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© UNIP 2020 all rights reserved Universidade Paulista Processos Conformação e Usinagem Aula 06 Curso Engenharia Mecânica © UNIP 2020 all rights reserved Usinabilidade dos Materiais USINABILIDADE (slide 02/35) © UNIP 2020 all rights reserved Na obtenção de peças pela retirada de cavacos verificamos que cada material tem um comportamento diferente. Enquanto uns podem ser trabalhados facilmente, outros apresentam problemas tais como: Empastamento, desgaste rápido da ferramenta, mau acabamento, necessidade de grande potência para o corte, etc. Isto varia de acordo com a usinabilidade do material Podemos definir usinabilidade como sendo o grau de dificuldade que determinado material apresenta para ser usinado. USINABILIDADE (slide 03/45) © UNIP 2020 all rights reserved A usinabilidade não depende apenas das características do material, mas também, de outros parâmetros da usinagem, tais como: refrigeração, rigidez do sistema máquina-ferramenta, das características da ferramenta, tipo de operação, etc Assim, dependendo das condições de usinagem um mesmo material poderá ter variações em sua usinabilidade. USINABILIDADE (slide 04/35) © UNIP 2020 all rights reserved A usinabilidade normalmente é determinada por comparação e para determinada característica, tal como a vida da ferramenta. Neste caso pode-se determinar um índice de usinabilidade através da comparação com o desempenho previamente conhecido de um material padrão. Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais (slide 05/35) © UNIP 2020 all rights reserved Os principais critérios, que são passíveis de serem expressos em valores numéricos, são: · Vida da ferramenta · Força de corte · Potência consumida Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais (slide 06/35) © UNIP 2020 all rights reserved Esses parâmetros servem, também, para definir o custo do trabalho de usinagem. . Assim, a vida da ferramenta entre duas afiações sucessivas tem grande influência no custo de operação. . A força e a potência limitam as dimensões máximas de corte e, portanto, o volume de material removido por hora-máquina. Além disso, a exigência de um acabamento de alta qualidade poderá influir, também, no custo de usinagem. Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais (slide 07/35) © UNIP 2020 all rights reserved Baseadas principalmente nestes critérios é que são estabelecidas as tabelas e os gráficos que indicam o comportamento de cada material na usinagem. Embora seja impossível determinar-se com precisão um índice de usinabilidade para cada material, estas tabelas são de grande valor para estabelecer parâmetros iniciais de partida que, de acordo com as condições específicas de cada trabalho, poderão ser trazidos para valores mais adequados, através de ensaios e experimentações. Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais (slide 08/35) © UNIP 2020 all rights reserved Dureza e resistência mecânica: Valores baixos geralmente favorecem a usinabilidade Ductibilidade: Valores baixos geralmente favorecem a usinabilidade Condutividade térmica: Valores elevados geralmente favorecem a usinabilidade Taxa de encruamento: Valores baixos geralmente favorecem a usinabilidade Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais (slide 09/35) © UNIP 2020 all rights reserved Fonte: STEMMER, Caspar Erich. Ferramentas de Corte I- Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2007. p.168. Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais (slide 10/35) © UNIP 2020 all rights reserved Exercício Resolvido: Usinando barras trefiladas a frio de aço ABNT 1040, em um torno automático com velocidade de corte 35 m/mim, verificamos que a vida útil da ferramenta é de 3 horas. Determinar: a) O índice de usinabilidade para o aço ABNT 1040. b) O índice de usinabilidade para o aço ABNT 1137. c) A velocidade de corte, no mesmo torno automático, utilizando uma barra de aço ABNT 1137, para obter a mesma vida útil da ferramenta. Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais (slide 11/35) © UNIP 2020 all rights reserved Resolução Dados Vc = 35 m/mim Vida útil da ferramenta = 3h IU (ABNT 1040) = ? IU (ABNT 1137) = ? Vc (utilizando ABNT 1137) = ? Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais (slide 12/35) © UNIP 2020 all rights reserved Utilizando a tabela, localizamos na mesma o IU, índice de usinabilidade, do aço ABNT 1040. Resposta:IU (ABNT 1040) = 60% Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais (slide 13/35) © UNIP 2020 all rights reserved b) Utilizando a tabela novamente, localizamos na mesma o IU, índice de usinabilidade, do aço ABNT 1137 Resposta: IU (ABNT 1137) = 75% Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais (slide 14/35) © UNIP 2020 all rights reserved c) Com os dados obtidos anteriormente podemos calcular a velocidade de corte da seguinte maneira: Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais (slide 15/35) © UNIP 2020 all rights reserved FLUIDOS DE CORTE (slide 16/35) O QUE SÃO? Fluidos de corte são aqueles líquidos e gases aplicados na ferramenta e no material que está sendo usinado, para facilitar a operação de corte. Freqüentemente são chamados de lubrificantes ou refrigerantes em virtude das suas principais funções na usinagem: reduzir o atrito entre a ferramenta e a superfície em corte. (lubrificação) e diminuir a temperatura na região de corte. (refrigeração) vida. © UNIP 2020 all rights reserved FLUIDOS DE CORTE(slide 17/35) O USO O uso correto dos fluidos de corte nos processos de usinagem pode trazer muitos benefícios, observados na qualidade e na produtividade. Por outro lado, se não forem manipulados e tratados corretamente, eles podem ser nocivos a saúde e ao meio ambiente. Assim, a escolha do fluido de corte influi diretamente na qualidade do acabamento superficial das peças, na produtividade, nos custos operacionais e também na saúde dos operadores e no meio-ambiente. © UNIP 2020 all rights reserved Funções e Finalidades dos fluidos de corte slide(18/35) Redução da Força e Potência necessárias ao corte; Redução do consumo de Energia; Diminuição da Temperatura da peça e da ferramenta em trabalho; Desobstrução da região de corte; Aumento da Vida da ferramenta; Eliminação do Gume Postiço; Melhor Acabamento da superfície usinada. © UNIP 2020 all rights reserved Como agem os fluidos de corte(slide 19/35) Os fluidos de corte cumprem, nas suas aplicações, uma ou mais das seguintes funções: a)Refrigerar a região de corte. b) Lubrificar as superfícies em atrito. c) Arrastar o cavaco da área de corte. d) Proteger a ferramenta, a peça e a máquina contra oxidação e corrosão. © UNIP 2020 all rights reserved A REFRIGERAÇÃO (slide 20/35) Uma das principais funções dos fluidos de corte é refrigerar, ou seja, remover o calor gerado durante a operação. Isso ajuda a prolongar a vida útil das ferramentas e a garantir a precisão dimensional das peças pela redução dos gradientes térmicos. © UNIP 2020 all rights reserved TEMPERATURAS (slide 21/35) De maneira geral, quanto maior a velocidade de corte (Vc), maiores serão as temperaturas e maior a necessidade de refrigeração. © UNIP 2020 all rights reserved Na usinagem com ferramenta de geometria definida, a maior parte do calor gerado vai para o cavaco. TEMPERATURAS (slide 22/35) © UNIP 2020 all rights reserved Na maioria dos casos, é benéfico diminuir temperaturas tão altas. Nesses casos, se o calor não for removido, ocorrerão distorções térmicas nas peças e alterações prejudiciais na estrutura da ferramenta. Como resultado, tem-se o desgaste prematuro e trocas mais freqüentes da ferramenta. TEMPERATURAS (slide 23/35) © UNIP 2020 all rights reserved Por outro lado, há casos onde as temperaturas elevadas facilitam o corteda peça em virtude desta redução de dureza. Nesses casos, é importante usar uma ferramenta com temperatura crítica maior. Um fator importante na vida da ferramenta é que a temperatura de nenhuma de suas partes, especialmente do gume, ultrapasse um valor crítico, além do qual se verifica forte redução da dureza. TEMPERATURAS (slide 24/35) © UNIP 2020 all rights reserved LUBRIFICAÇÃO(slide 25/35) Nos processos de usinagem, a lubrificação nas interfaces peça-ferramenta-cavaco é difícil e complexa, em virtude das elevadas pressões de contato nessas interfaces. Outro agravante é a dificuldade de levar esse lubrificante até a posição desejada. © UNIP 2020 all rights reserved A eficiência do lubrificante vai depender das características e da sua habilidade em penetrar na região entre o cavaco e a ferramenta, formando um filme. LUBRIFICAÇÃO(slide 26/35) © UNIP 2020 all rights reserved Tanto a superfície do cavaco quanto a da ferramenta não são perfeitamente lisas. Elas são rugosas, ou seja, apresentam minúsculas saliências, asperezas em forma de picos e vales da ordem de micrômetros. Os picos mais salientes atritam-se, desgastando a ferramenta, gerando calor e uma força de atrito. Com a progressão do desgaste, pequenas partículas soldam-se no gume da ferramenta, formando o gume postiço. LUBRIFICAÇÃO(slide 27/35) © UNIP 2020 all rights reserved Para reduzir esse atrito, o fluido de corte penetra na interface rugosa por capilaridade. Como conseqüência, reduz-se uma parcela da geração de calor. Também reduzem-se o consumo de energia, a força necessária ao corte e praticamente elimina-se o gume postiço. LUBRIFICAÇÃO(slide 28/35) © UNIP 2020 all rights reserved ARRASTAMENTO DE CAVACO (slide 29/35) Em alguns processos de usinagem é muito importante considerar o destino do cavaco após a sua formação. O cavaco formado deve ser retirado da área de trabalho para não riscar ou comprometer o acabamento da peça, danificar a ferramenta ou impedir a própria usinagem. Na furação profunda o cavaco formado no fundo do furo tende a se acumular, dificultando o corte e a formação de mais cavaco. Até mesmo no torneamento externo, cavacos em forma de fitas longas podem se enroscar na peça e na ferramenta e atrapalhar o trabalho. © UNIP 2020 all rights reserved O arrastamento pode ocorrer de 3 formas: 1) O escoamento de alta vazão do fluido ajuda a carregar ou empurrar o cavaco para longe. 2) O resfriamento brusco do cavaco fragiliza-o e facilita sua quebra ou fragmentação. 3) Ao se utilizar fluidos de corte os parâmetros de usinagem podem ser ajustados de modo a facilitar a obtenção de cavacos menores. ARRASTAMENTO DE CAVACO (slide 30/35) © UNIP 2020 all rights reserved Gases e Névoas(slide 31/35) Névoas e gases são usadas em operações de mecânica de precisão, usinagem de alta velocidade e em QMFC (quantidade mínima de fluido de corte). O termo QMFC é empregado para sistemas de névoa onde o consumo na operação permanece abaixo de 50 ml/h de fluido de corte. Nesse tipo de aplicação o fluido é disperso na forma de spray sobre a região que se quer refrigerar ou lubrificar. © UNIP 2020 all rights reserved Vantagens: •Menor consumo de óleo, o que reduz os custos e os impactos ao meio-ambiente; •Melhor visibilidade; •Melhora a vida da ferramenta. Desvantagens: •Capacidade de lubrificação e refrigeração limitadas; •É necessário um sistema de exaustão. Gases e Névoas(slide 32/35) © UNIP 2020 all rights reserved FERRARESI, D. - Fundamentos da Usinagem dos Metais - Ed. Edgard Blucher, 1977 BRESCIANI FILHO, E. ET alli - Conformação Plástica dos Metais – disponível para acesso livre em: <http://www.ocw.unicamp.br/fileadmin/user_upload/cursos/EM730/CONFORMACA OPLASTICADOSMETAIS_1.pdf >, 2011. MACHADO, A. R. et alli – Teoria da Usinagem dos Materiais – Ed. Edgard Blucher, 2011 NOVASKI, O. - Introdução à Engenharia de Fabricação Mecânica - Ed. Edgard Blucher, 2003 NOVASKI, O. – Custos de Usinagem - Ed. Edgard Blucher, 2003 MACHADO, A. R. et alli – Teoria da Usinagem dos Materiais – Ed. Edgard Bkucher, 2011 SCHEAFFER, L. - Conformação Mecânica – Imprensa Livre, Porto Alegre, 1999. HELMAN, H. C. et alli - Fundamentos da Conformação Mecânica dos Metais – Ed. Artliber, 2005; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (slide 33/35) © UNIP 2020 all rights reserved DINIZ, A. ET alli – Tecnologia da Usinagem dos Materiais – Ed Artlieber, 2008 https://www.home.sandvik/br/ http://portal.inep.gov.br Fonte: STEMMER, Caspar Erich. Ferramentas de Corte I- Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2007. p.168. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (slide 34/35) © UNIP 2020 all rights reserved FIM !
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