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© UNIP 2020 all rights reserved Universidade Paulista Processos Conformação e Usinagem Aula 04 Curso Engenharia Mecânica © UNIP 2020 all rights reserved Elevada dureza a frio e a quente. É a resistência oferecida pelo material à penetração, ao desgaste, e ao atrito. Mede-se usualmente a dureza com auxílio de penetrador que tem a forma de uma esfera/pirâmide com dimensões e cargas padronizadas. A dureza da ferramenta deve ser bem maior que a do material a ser usinado, porém, dentro de um limite para que este não se torne muito quebradiço (frágil). EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA UM MATERIAL DE CORTE (slide 02/34) © UNIP 2020 all rights reserved Tenacidade É a capacidade que o material tem de absorver energia (deformar-se) até fraturar-se, incluindo a deformação plástica.O material deve ter uma boa tenacidade para resistir aos choques/impactos que ocorrem durante a usinagem, evitando com isso o surgimento de trincas e lascamentos na ferramenta. EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA UM MATERIAL DE CORTE (slide 03/34) © UNIP 2020 all rights reserved Resistência ao desgaste por abrasão Na região de contato peça-ferramenta-cavaco ocorrem elevadas pressões e presença de partículas muito duras. Essas partículas, devido ao movimento relativo entre os componentes causa o rápido desgaste por abrasão da ferramenta, caso ela não possua elevada resistência. EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA UM MATERIAL DE CORTE (slide 04/34) © UNIP 2020 all rights reserved Estabilidade Química Na usinagem a ferramenta e a peça apresentam diferentes composições químicas e estão submetidas a elevadas temperaturas, formando assim uma condição favorável para o surgimento de reações. Estas reações podem resultar em desgaste e perdas de propriedades da ferramenta. EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA UM MATERIAL DE CORTE (slide 05/34) © UNIP 2020 all rights reserved Custo e facilidade de obtenção. Existem materiais para ferramenta que são fáceis de fabricar e apresentam baixo custo de produção. No entanto, não apresentam todas as propriedades desejadas e por isto tem seu uso limitado, exemplo: aço ferramenta. Por outro lado, tem-se a disposição materiais com excelentes propriedades dentre as quais dureza e resistência ao desgaste, porém com elevado custo. Portanto o balanço qualidade-custo deverá ser adequado a necessidades específicas. EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA UM MATERIAL DE CORTE (slide 06/34) © UNIP 2020 all rights reserved Aço Ferramenta Aço Rápido Ligas Fundidas Metal Duro Cermet Cerâmica Nitreto de Boro Cúbico Cristalino Diamante MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 07/34) © UNIP 2020 all rights reserved Aço-ferramenta Denomina-se de aço ferramenta o material descrito abaixo (aço não ligado). Há diferenças de nomenclatura na bibliografia, que pode também denominar aço ferramenta toda a gama de aços usados para fabricação de ferramentas. Foi o único material (aço) empregado na confecção de ferramentas de corte até 1900. Característica: • Composição: 0.8 a 1.5% de carbono. • Limitação • Temperatura de trabalho: até 250°C, acima desta temperatura a ferramenta perde sua dureza. MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 08/34) © UNIP 2020 all rights reserved Aplicação Após o surgimento do aço rápido seu uso reduziu-se a aplicações secundárias, tais como: - Reparos, uso doméstico e de lazer. - Ferramentas usadas uma única vez ou para fabricação de poucas peças. - Ferramenta de forma. São ainda atualmente usados pelas seguintes características: - São os materiais mais baratos. - Facilidade de obtenção de gumes vivos. - Tratamento térmico simples. - Quando bem temperado obtém-se elevada dureza e resistência ao desgaste. MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 09/34) © UNIP 2020 all rights reserved Aço Rápido Desenvolvido por Taylor e apresentado publicamente em 1900 na Exposição Mundial de Paris. Composição - Elementos de Liga: tungstênio ou molibdênio, cromo e vanádio como elementos básicos de liga e pequena quantidade de manganês para evitar fragilidade. Características - temperatura limite de 520 a 600°C; - maior resistência à abrasão em relação ao aço- ferramenta; - preço elevado; - tratamento térmico complexo. MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 10/34) © UNIP 2020 all rights reserved Aço Rápido com Revestimento de nitreto de titânio - TiN O revestimento de TiN é aplicado pelo processo PVD (deposição física a vapor) conferindo uma aparência dourada a ferramenta. Característica - Redução do desgaste na face e no flanco da ferramenta; - Proteção do metal de base contra altas temperaturas pelo baixo coeficiente de transmissão de calor do TiN. - Baixo atrito; - Não há formação de aresta postiça. MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 11/34) © UNIP 2020 all rights reserved BUE Temperatura da aresta de corte muito baixa Geometria ou classe inadequada MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 12/34) © UNIP 2020 all rights reserved Aço Rápido com Cobalto O aço rápido ao cobalto, denominado de aço super- rápido, apareceram pela primeira vez em 1921. Característica - maior dureza a quente; - maior resistência ao desgaste; - menor tenacidade. MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 13/34) © UNIP 2020 all rights reserved Ligas Fundidas Desenvolvidas por Elwood Haynes em 1922. Composição - tungstênio, cromo e vanádio; - no lugar de tungstênio pode-se usar em partes, manganês, molibdênio, vanádio, titânio e tântalo; - no lugar do cromo o níquel. Característica - elevada resistência a quente; - temperatura limite de 700 a 800°C; - qualidade intermediária entre o aço rápido e o metal duro MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 14/34) © UNIP 2020 all rights reserved O Metal Duro (Carbonetos Sinterizados) surgiram em 1927 com o nome de widia (wie diamant - como diamante), com uma composição de 81% de tungstênio, 6% de carbono e 13% de cobalto. MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 15/34) © UNIP 2020 all rights reserved Característica - Elevada dureza - Elevada resistência à compressão; - Elevada resistência ao desgaste; - Possibilidade de obter propriedades distintas nos metais duros pela mudança específica dos carbonetos e das proporções do ligante. - Controle sobre a distribuição da estrutura. MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 16/34) © UNIP 2020 all rights reserved Propriedades variam com: - tipo e tamanho das partículas - tipo e propriedades dos ligantes - técnica de manufatura - quantidade de elementos de liga MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 17/34) © UNIP 2020 all rights reserved Composição O metal duro é composto de carbonetos e cobalto responsáveis pela dureza e tenacidade, respectivamente MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 18/34) © UNIP 2020 all rights reserved O tamanho das partículas varia entre 1 e 10 mícrons e compreende geralmente 60 à 95% da porção de volume. MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 19/34) © UNIP 2020 all rights reserved As primeiras ferramentas compostas unicamente de carbonetos de tungstênio(WC) e cobalto eram adequadas apenas para a usinagem de ferro fundido. Na usinagem do aço havia formação de cratera na face da ferramenta devido a fenômenos de difusão e dissolução ocorridos entre o cavaco da peça e a face da ferramenta. MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 20/34) © UNIP 2020 all rights reserved Para solucionar tais problemas, começou-se a acrescentar outros carbonetos (TiC, TaC e NbC) que conferem as seguintes características: TiC (Carbonetos de Titânio): - pouca tendência à difusão, resultando na alta resistência dos metais duros; - redução daresistência interna e dos cantos. TaC (Carbonetos de Tântalo) e NbC (Carboneto de Nióbio) - em pequenas quantidades atuam na diminuição do tamanho dos grãos, melhorando a tenacidade e a resistência dos cantos. MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 21/34) © UNIP 2020 all rights reserved MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 22/34) © UNIP 2020 all rights reserved Prensagem é um processo operação de prensar, de comprimir, apertar ou achatar na prensa: prensagem de discos; prensagem a frio. FABRICAÇÃO DA PASTILHA DE METAL DURO (slide 23/34) © UNIP 2020 all rights reserved Prensagem FABRICAÇÃO DA PASTILHA DE METAL DURO (slide 24/34) © UNIP 2020 all rights reserved A sinterização é um processo no qual uma vez compactados, são submetidos a temperaturas elevadas, ligeiramente menores que a sua temperatura de fusão. Este processo cria uma alteração na estrutura microscópica do elemento base. FABRICAÇÃO DA PASTILHA DE METAL DURO (slide 25/34) © UNIP 2020 all rights reserved Sinterização FABRICAÇÃO DA PASTILHA DE METAL DURO (slide 26/34) © UNIP 2020 all rights reserved Retífica é o processo pelo qual se remove material, estabelecendo-se contato entre a peça e o rebolo girando à alta velocidade.A retífica confere à peça exatidão de medidas e elevada qualidade de acabamento superficial.A espessura do cavaco retirado através de retífica varia de 0,0025 a 0,03 mm. A superfície retificada apresenta menor coeficiente de atrito e maior resistência à fadiga. FABRICAÇÃO DA PASTILHA DE METAL DURO (slide 27/34) © UNIP 2020 all rights reserved Retífica FABRICAÇÃO DA PASTILHA DE METAL DURO (slide 28/34) © UNIP 2020 all rights reserved Escova FABRICAÇÃO DA PASTILHA DE METAL DURO (slide 29/34) © UNIP 2020 all rights reserved Cobertura CVD / PVD FABRICAÇÃO DA PASTILHA DE METAL DURO (slide 30/34) © UNIP 2020 all rights reserved CVD PVD Processos de revestimentos para ferramentas Cobertura CVD / PVD Deposição química a vapor Deposição física a vapor FABRICAÇÃO DA PASTILHA DE METAL DURO (slide 31/44) © UNIP 2020 all rights reserved Variação da Dureza do Metal Duro com a Temperatura D u re za V ic k e rs [ k g f/ m m ² ] Temperatura [°C] 10007505002500 500 1000 2000 1500 aço rápido MD 15% Co MD 6% Co MATERIAIS EMPREGADOS NA FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (slide 32/34) © UNIP 2020 all rights reserved FERRARESI, D. - Fundamentos da Usinagem dos Metais - Ed. Edgard Blucher, 1977 BRESCIANI FILHO, E. ET alli - Conformação Plástica dos Metais – disponível para acesso livre em: <http://www.ocw.unicamp.br/fileadmin/user_upload/cursos/EM730/CONFORMACA OPLASTICADOSMETAIS_1.pdf >, 2011. MACHADO, A. R. et alli – Teoria da Usinagem dos Materiais – Ed. Edgard Blucher, 2011 NOVASKI, O. - Introdução à Engenharia de Fabricação Mecânica - Ed. Edgard Blucher, 2003 NOVASKI, O. – Custos de Usinagem - Ed. Edgard Blucher, 2003 MACHADO, A. R. et alli – Teoria da Usinagem dos Materiais – Ed. Edgard Bkucher, 2011 SCHEAFFER, L. - Conformação Mecânica – Imprensa Livre, Porto Alegre, 1999. HELMAN, H. C. et alli - Fundamentos da Conformação Mecânica dos Metais – Ed. Artliber, 2005; DINIZ, A. ET alli – Tecnologia da Usinagem dos Materiais – Ed Artlieber, 2008 https://www.home.sandvik/br/ http://portal.inep.gov.br REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (slide 33/34) © UNIP 2020 all rights reserved FIM !
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