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JORNAL Periódico Pedagógico para estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio. ED IC AO n º 1 0. O ut . 2 02 2 CAPA: Preferência de jovens por games imersivos aponta tendências para o metaverso, diz pesquisa da Bain & Company pág 6 e 7 Abelhas sem ferrão se revelam tesouro do Brasil para gastronomia, cosméticos e remédios pág 10 Influenciador digital se consolida como profissão do agora e do futuro pág 13 Acharam mesmo a cura para o câncer? pág 8 EXPED IENTE 2 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 Já pensou como a questão do cuidado nos afe- ta? A gente precisa ter cuidado com tudo para o nosso próprio bem. E, ao analisarmos todos os aspectos da nossa vida, precisamos pensar nos cuidados que devemos ter, também, com a sociedade que nos rodeia. Embora seja um conceito bem difícil de expli- car, as pessoas entendem o que é qualidade de vida. Costumamos relacionar a qualidade de vida com o “sentir-se bem”. E, sim, esta noção se abriga nos principais fatores que interferem em nossas vidas, sobretudo os que afetam a nossa saúde, o nosso trabalho e o meio ambiente. Uma coisa precisa ficar clara: não se deve confundir qualidade de vida com padrão de vida. Muita gente mistura esses dois conceitos. O pa- drão de vida é medido pela qualidade e quantidade de bens e serviços dispo- níveis em uma sociedade, como serviços de saúde, educação e acesso à cultura, prática de esportes, enfim, um conceito bem mais am- plo e menos subjetivo que o de qualidade de vida. O stress é hoje um fator que traz sérios preju- ízos para a qualidade de vida. As dificuldades são mais ou menos intensas dependendo do nível de stress em que a pessoa se encontra, também das suas causas e dos sintomas que apresentam. Para garantir uma boa qualidade de vida no fu- turo, comece a se preocupar com a manuten- ção de hábitos saudáveis, cuidando do corpo, com uma alimentação equilibrada, exercícios físicos, relações saudáveis e, sobretudo, tendo tempo para o lazer, além de outras atividades que propiciem bem-estar. Aliás, cuidar da saúde aumenta a probabilidade das pessoas de atingirem um estado de com- pleto bem-estar físico, mental e social. Você precisa ser capaz de identificar e realizar os seus desejos, satisfazer as suas necessidades e modificar aquilo que não te faz bem. Ser saudável é um caminho que se traça diaria- mente nas pequenas escolhas que a gente faz. Portanto, opte por uma vida melhor e se sur- preenda com as diferenças que algumas mudanças podem trazer. E não se limi- te aos cuidados com o corpo. Estar bem e feliz é uma parte importante da saúde e te ajuda a ter ânimo para buscar os seus objetivos. É ainda fundamental que você con- siga tornar o tempo de lazer tão im- portante quanto o tempo que você pas- sa trabalhando. Embora seja bom gostarmos do nosso reflexo no espelho, não podemos cair naqueles terríveis extremismos de uma imagem padrão. Lembre-se que dietas loucas, perigosas e difíceis de cumprir, trazem o sentimento de frustração, que é prejudicial à saúde da mente. Aprenda a combater o stress. Assim você di- minui a probabilidade de sofrer de problemas como a hipertensão, alergias, infecções e mui- tos outros, além de melhorar a sua qualidade de vida. E lembre-se: Você é a pessoa mais im- portante da sua vida e só você é capaz de cui- dar dignamente da sua saúde. Se cuidar é uma forma sensacional de amor. Como você tem cuidado de você? 2 E D I T O R I A L Responsável – Projeto Lupa: Weyner Lopes Rodrigues Diretor da Escola de Formação da Secretaria de Educação de Minas Gerais Conteudistas Vol. 10: Leonardo Távora Ana Tafnes Vinícius Braz Viviane Soares Mônica Couto * Esta publicação é para fins didáticos. Proibida a comercialização Projeto Gráfico: Oros Soluções Educacionais ASCOM: Pablo Lima Supervisão: Anderson Camelo Direção: Ana Paula Ribeiro Coordenação de Equipe: Lúcio Gomes Designers: Douglas Lendel, João Victor Sampaio Natália Guimarães Ilustrações: Natália Guimarães Diagramação: Douglas Lendel 4 • animais 5 • Biodiversidade 8 • Ciência 10 • Ecologia 9 • Educação 11 • enem 12 • Personalidade 13 • Profissões 14 • RESENHA 1 5 • Curiosid. e r ec e i ta SUMÁR IO 6,7 • MATÉRIA DE CAPA 2 • editorial 3 • Opinião Aprenda a combater o stress. Assim você diminui a probabilidade de sofrer JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 3Periódico pedagógico para estudantes Estamos vivendo em uma época sem prece- dentes, em que parece que tudo o que sabe- mos e entendemos de repente foi colocado em risco, e as regras antigas as quais regiam nossas vidas não se aplicam mais. Avaliamos o presente e o passado, para buscarmos res- postas sobre as ameaças globais que atual- mente enfrentamos, tais como a pandemia e os desastres climáticos. A COVID-19 nos dá a chance de fazer um balanço dos riscos que estamos assumindo em nosso relacionamento insustentável com o meio ambiente e aproveitar a oportunidade para reconstruir nossas vidas de maneira mais am- bientalmente responsável. Em face desta pandemia, reconhe- cemos o potencial criativo e o impulso dinâmico que a juventude tem e a capa- cidade de reimaginar nosso mundo e trans- formá-lo para melhor. Ao celebrarmos o Dia Internacional da Juventude com a temática de “Engajamento jovem para Ação Global”, uma vez mais reconhecemos, enquanto instituição, o papel da movimentação jovem na concreti- zação das mudanças necessárias no presente, para que se assegure o futuro. Na coletiva de imprensa da abertura da 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o Secre- tário Geral António Guterres expressou uma mensagem de humildade e esperança, assu- mindo que a sua geração não foi capaz até agora de enfrentar com eficácia os problemas das mudanças climáticas e muitos outros de- safios que enfrentamos. Entretanto, apontou com esperança sua expectativa para que a juventude consiga assumir a liderança neces- sária para reunir todas e todos a fim de pres- sionar às suas sociedades e aos seus gover- nos, para que o mundo se una nas derrotas da pandemia, da mudança climática, da ameaça nuclear, do mau uso das novas tecnologias. Numa expectativa de criação de um novo contrato social para restabe- lecer a confiança entre os povos e organizações internacionais e go- vernos, e um novo acordo global para uma globalização justa, fa- zendo com que o progresso che- gue até todas e todos. Não existem direitos humanos em um planeta morto ou doente, diante disso é que cada vez mais se reconhece o direito a um meio ambiente saudável como um direito fundamental. Esse progresso é um reflexo da realidade de que o mundo não pode enfrentar de forma eficaz as questões ambientais sem abordar os direitos humanos, bem como os di- reitos humanos não podem ser protegidos de forma adequada sem levar em consideração as questões ambientais. A força da juventude está em sua inquietação e insatisfação, em seu potencial de parar o mundo numa sexta-feira em reflexão sobre o futuro. Sua falta de experiência, permite que vejam as questões antigas com novos olhos e proponham soluções jamais pensadas. Ener- gia, conectividade e resiliência são ingredien- tes que os tornam únicos, uma geração com potencial de reconstruir melhor e, através de sua luta, garantir maior equilíbrio para um mundo saudável. Ficamos muito felizes em ver a força da agenda ambiental crescendo no país, e ainda mais es- perançosos quando vemos essa causa flores- cer em crianças e jovens. O mundo precisa de vocês, e por isso, nós do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente parabenizamos e encorajamos essas iniciativas, para que o tra- balho cresça e os frutos sejam colhidos. Um grande abraço, Denise Hamú Representante PNUMA – Escritório do Brasil 25/09/2020 Carta aberta à juventude e organizações jovens no Brasil Disponível em: https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/statement/carta-aberta-juventude-e-organizacoes-jovens-no-brasil. Acesso em: 20 set.2022. 3Periódico pedagógico para estudantes A força da juventude está em sua inquietação e insatisfação, em seu potencial de parar o mundo O P I N I Ã O https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/statement/carta-aberta-juventude-e-organizacoes-jovens-no-brasil 4 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 20224 Como cuidar de gatos filhotes: 7 dicas para uma adaptação tranquila Receber um novo filho de quatro patas em casa pode trazer algumas inseguranças. Mesmo tutores experientes muitas vezes se perguntam como cuidar de gatos filhotes. Seja por uma gravidez inesperada ou por uma ado- ção, um pet bebê precisa de cuidados especiais, e nós precisamos estar preparados. Se você está se perguntando como cuidar de um gato filhote, está no lugar certo! Continue lendo e aprenda 7 dicas para uma adaptação tranquila. 1. Começando na hora certa Bichanos são muito fofos e, quando são bebês, ficam ainda mais encantadores! Porém, é preciso ter calma na hora de receber um gatinho em casa. A Dra. Cássia Paulon explica que o primeiro pas- so de como cuidar de gato recém-nascido é saber a hora certa de adotar. “O ideal é es- perar até os dois meses de idade”, explica. Durante esse período, o bichano deverá convi- ver com sua mãe e irmãozinhos. Essa é uma fase importante para o amadurecimento e desenvolvi- mento do pet, explica a médica-veterinária da Petz. 2. Tenha os acessórios certos Outro ponto importante de como cuidar de gato filhote é ter os acessórios certos para o bichano. Imagine que você está mudando para uma casa sem fogão, geladeira, cama ou chuveiro. A convi- vência será um pouco complicada, não é mesmo? É uma situação parecida para os pets, que preci- sam de alguns itens para seu desenvolvimento. A Dra. Cássia recomenda que toda casa com gato tenha. Claro, o pet vai precisar de muito amor e atenção. Porém, esses itens facilitarão a adaptação e farão com que o gato filhote se sinta mais seguro. • Caixa de areia: esse item é essencial não só para a manter a limpeza da casa. Gatos se sentem desconfortáveis fazendo suas neces- sidades fora da areia. Ter uma caixa higiênica é uma forma de demonstrar que eles são bem- -vindos; • Comedouros e bebedouros: essa é outra for- ma de demonstrar que o lar está recebendo bem o filhote. Ao identificar que a região sem- pre tem comida, o pet cria uma rotina e fica menos inseguro; • Brinquedos: gatos filhotes têm muita energia! E para estimular seu desenvolvimento, brin- quedos são essenciais. Além de contribuírem para o amadurecimento do pet, eles ajudam a desestressar e aliviam algumas tarefas dos tutores, • Casinha ou caminha: gatos adoram se es- conder e sentir-se protegidos. Por isso é tão importante uma caminha. A Dra. Cássia expli- ca que não precisa ser especificamente uma cama tradicional. Alguns gatos gostam de to- cas e caixas, facilmente encontradas em lojas como a Petz. 3. Cuide da alimentação Se sua gata recentemente teve bebês e você está se perguntando como cui- dar de filhote de gato, a alimentação será mais fácil. Até em média três se- manas, a mamãe costuma cuidar bem de seus descendentes, fornecendo o rico e nutritivo leite materno. Após esse tempo, é recomendado iniciar a intro- dução de ração para filhotes, de preferência da categoria super premium. Esse tipo de produto é fabricado com ingredientes nobres e possui as quantidades exatas de nutrientes que um gatinho precisa para se desenvolver. Caso o filhote tenha menos de três semanas e, por algum motivo, não possa se alimentar do leite ma- terno, o indicado é buscar leite para pets. Ele deve ser administrado utilizando mamadeiras especiais para gatos, com um formato adaptado para o filho- te. Esses produtos são facilmente encontrados em lojas especializadas. Se você encontrar receitas caseiras que indicam dar leite de vaca ou outro alimento similar para os bichanos, não se engane. Veterinários reforçam que esses produtos podem causar danos ao orga- nismo animal. “O leite de vaca, por exemplo, pode causar problemas gastrointestinais, como vômitos e diarreia”, explica a Dra. Cássia. 4. Espalhe alguns esconderijos pela casa Gatos são naturalmente pets desconfiados. Por sua natureza um tanto selvagem, demoram um pouco para ganhar intimidade e precisam se sentir seguros. Uma dica na hora de pensar como cuidar de gatos filhotes é espalhar alguns esconderijos pelo lar. “É recomendado deixar vários locais de descanso em toda a casa”, comenta a Dra. Outra dica é colocar esses espaços em diferentes alturas. Os felinos, por suas características naturais, adoram se abrigar nas alturas. E fique tranquilo: não é necessário se preocupar com quedas. Os bichanos são muito habilidosos e sempre caem de pé. 5. Lembre-se da vacina e vermifugação Outro ponto fundamental em como cuidar de fi- lhote de gato é se preocupar com a saúde. Nes- se quesito, é importante se lembrar das vacinas e vermifugação. Essas práticas simples podem evitar problemas de saúde e até mesmo doenças graves. A Dra. Cássia lembra algumas das princi- pais vacinas: • Vacina múltipla: previne diferentes doenças, comuns em bichanos. Deve ser aplicada a par- tir de 60 dias de vida, • Antirrábica: previne a temida raiva, doença grave e fatal. Deve ser aplicada a partir do 5º mês. Procure um veterinário para analisar a carteirinha de vacinação de seu filho de quatro patas. Ele po- derá indicar todos os procedimentos necessários. 6. Faça a castração Muitas vezes associamos a castração apenas a ga- tos adultos. Porém, a Dra. Cássia afirma que quan- do pensamos em cuidados com filhotes, esse é um ponto importante. “A partir de 6 meses de idade já podemos considerar a castração dos gatos”, ex- plica. Além de um procedimento-chave da tutoria responsável, a castração comprovadamente evita doenças nos bichanos, como câncer e infecções. 7. Ofereça brincadeiras e muitas atividades Quem pensa que os bichanos são dorminhocos e preguiçosos é porque nunca teve um gato recém- -nascido em casa! Essas pequenas ferinhas adoram se divertir com brinquedos, carinhos e pequenas caçadas! Para ajudar seu amigo a se desenvolver, é essen- cial oferecer muitas brincadeiras e atividades. “Os gatos costumam gostar de bolinhas, arranhadores, varinhas com penas e brinquedos com catinip”, co- menta a Dra. Cássia. Porém, é essencial que o tutor dedique um tempo para brincar com seu amigo. Carinhos e jogos são ótimas maneiras de fortalecer rela- ções e, assim, deixar seu pet mais confortável e seguro. Lembre-se que cuidar de gatos filhotes é uma aventura com algumas tarefas. Certamente, po- rém, todo esse processo é recompensado pela companhia de adoráveis gatinhos. A N I M A I S Para ajudar seu amigo a se desenvolver, é essencial oferecer muitas brincadeiras e atividades. 5Periódico pedagógico para estudantes 5Periódico pedagógico para estudantes As montanhas nos dão muito mais que belas paisagens Publicado em 15 de setembro de 2022 por Cientistas. Por Dr. Elisandro Ricardo Drechsler-Santos, depto. de Botânica da UFSC e Kelmer Martins-Cunha, graduando em Ciências Biológicas pela UFSC Disponível em: https://cientistasdescobriramque.com/2022/09/15/as-montanhas-nos-dao-muito-mais-que-belas-paisagens/. Acesso em 24 set. 2022. Pois é, a oferta de água e as condições climáticas são recursos naturais extremamente importantes no nosso dia a dia, e podem significar tanto qua- lidade de vida quanto verdadeiras tragédias para nossas cidades e áreas agrícolas. Agora vocês devem estar se perguntando “O que tem a ver as montanhas do título com isso?” Cal- ma, ainda vamos complicar um pouquinho mais, pois a novidade que trazemos hoje está relacio- nada com os fungos. Sim, falaremos de como os fungos e as montanhas, com seus ecossistemas preservados, significam saúde e bem-estar para a população. Então, por partes, primeiro a novidade: Recentemente, um grupo de cientistas de diver- sos países, incluindo professores brasileiros da UFSC e da UFMG, apostou em uma pesquisa para tentarresponder a seguinte pergun- ta: Como os fungos se apresentam no solo ao longo de diferentes altitudes nas montanhas? Primeiro, com o aumento de altitude e mudanças no relevo, as montanhas “criam” diferentes ambientes com di- ferenças na temperatura, disponibi- lidade de chuva e nuvens, química do solo e radiação solar. Essas diferenças ao longo da montanha são alguns dos fatores que favorecem, ou não, a presença de diferen- tes espécies. Já é bem conhecido que para cada “degrau” da montanha são encontradas espécies de animais e de plantas que melhor se adaptaram àquelas condições específicas. O estudo foi realizado em montanhas da Argenti- na, Bornéu, Brasil, Papua Nova Guiné e Panamá. No Brasil, a pesquisa aconteceu no Parque Na- cional de São Joaquim, em Santa Catarina. Foram coletadas pequenas quantidades de solo, de onde o DNA dos organismos foi utilizado para saber quais espécies estavam presentes nas amostras. Os cientistas descobriram que as comunidades de fungos também são altamente especializadas para cada degrau de altitude das montanhas. Isso significa que diferentes conjuntos de espécies de fungos do solo ocupam diferentes ambientes em diferentes altitudes. Considerando os dados do Brasil, a elevação das montanhas pode alterar até 94% a comunidade de fungos, ou seja, muitos fungos que existem em altitudes mais baixas não existem em mais altas e vice-versa. Ainda, associadas à elevação, ficou claro que a temperatura (média anual) e as características do solo, como o pH, são os principais fato- res para a estruturação das comunida- des fúngicas. Outro resultado interessante é que fungos que atuam de maneiras di- ferentes no ecossistema, seja degra- dando madeira ou causando doenças em animais, ou ainda estabelecendo relações de benefícios para as plantas, também se distribuem de acordo com os diferentes fatores ambientais. OK, agora vamos voltar ao que foi falado no iní- cio. Vamos esclarecer o porquê da importância de saber sobre essas variações, da presença ou au- sência de fungos em determinadas altitudes das montanhas. Já sabemos, e é consenso entre os cientistas, que os fungos são essenciais para o funcionamento dos ecossistemas (com o papel de decomposição da matéria orgânica e relações benéficas com as plantas, por exemplo). Então, saber quais são os fungos, onde eles estão e como vivem no seu am- biente, nos ajuda a entender melhor como preser- var os ecossistemas montanhosos. Ou seja, com estes resultados, os cientistas poderão fazer pro- jeções no futuro de como as mudanças do clima irão impactar negativamente ou positivamente os fungos e suas funções, e, consequentemente, como as florestas e ecossistemas naturais “sobre- viverão” ao longo do tempo. Isso tudo pode parecer tão distante e não rela- cionado com nossas vidas, mas vocês sabiam que as montanhas preservadas ajudam a abastecer os aquíferos? Sim, a umidade das nuvens barra- das pelas montanhas e as consequentes chuvas infiltram no solo pela vegetação, abastecendo os reservatórios naturais. Também é nas montanhas que encontramos a grande maioria das nascentes, com águas de alta qualidade. Os diferentes ecossistemas montanhosos ajudam a regular as temperaturas, tornando-as mais ame- nas e, com isso, controlando tempestades extre- mas, secas, enxurradas, enchentes etc. Pois é, a conservação dos ambientes naturais das montanhas ajuda a evitar os eventos ocasionados pela crise climática atual, justamente a mesma crise que ameaça nossa biodiversidade, mas que pode ser monitorada com resultados de trabalhos como o apresentado aqui. Além disso, as montanhas que abrigam um terço da biodiversidade terrestre, com espécies únicas e ameaçadas, é fonte inesgotável de plantas, ani- mais e fungos com potencial de aplicabilidade na medicina, biotecnologia, entre outras áreas que são essenciais para nossa qualidade de vida. Muitos fungos que existem em altitudes mais baixas não existem em mais altas e vice-versa. B I O D I V E R S I D A D E Com certeza você se identifica com algumas dessas situações abaixo, certo? Illustrações: cientistasdescobriramque.com https://cientistasdescobriramque.com/2022/09/15/as-montanhas-nos-dao-muito-mais-que-belas-paisagens/ 6 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 Curiosidades dos anos 1600 a 1700, muito inte- ressante, vale a pena esta viagem. “Ao se visitar o Palácio de Versalhes, em Paris, observa-se que o suntuoso palácio não tem ba- nheiros. Na Idade Média, não existia escovas de dente, perfumes, desodorantes, muito menos papel higiênico. Os excrementos humanos eram despejados pelas janelas do palácio. Em dias de festa, a cozinha do palácio conseguia preparar um banquete para 1500 pessoas, sem a mínima higiene. Vemos nos filmes de hoje as pessoas sendo aba- nadas. A explicação não está no calor, mas no mau cheiro que exalava por debaixo das saias (que eram propositalmente feitas para conter o odor das partes íntimas, já que não havia higiene). Também não havia o costume de tomar banho devido ao frio e à quase inexistência de água en- canada. O mau cheiro era dissipado pelo abana- dor. Só os nobres tinham lacaios para abaná-los, para dissipar o mau cheiro que o corpo e boca exalavam, além de também espantar os insetos. Quem já esteve em Versalhes admirou muito os jardins enormes e belos que, na época, não eram só contemplados, mas “usados” como vaso sanitá- rio nas famosas baladas promovidas pela monar- quia, porque não existiam banheiros. Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria no mês de junho (para eles o início do verão). A ra- zão é simples: o primeiro banho do ano era toma- do em maio; assim em junho, o cheiro das pessoas ainda era tolerável. Entretanto, como alguns odores já começavam a incomodar, as noivas carregavam bu- quês de flores, junto ao corpo, para disfarçar o mau cheiro. Daí termos “maio” como “o mês das noivas” e a explicação da origem do buquê de noiva. Os banhos eram tomados em uma única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a tomar banho. Quan- do chegava a vez deles a água da tina já estava tão suja que era possível “perder” um bebê lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês “don’t throw the baby out with the bath water”, ou seja, literalmente “não jogue o bebê fora junto com a água do banho”, que hoje usamos para os mais apressadinhos. Os telhados das casas não tinham forro e as vigas de madeira que os sustentavam era o melhor lu- gar para os animais – cães, gatos, ratos e besouros se aquecerem. Quando chovia, as goteiras forçavam os animais a pularem para o chão. Assim, a nossa expressão “está chovendo canivete” tem o seu equivalente em inglês em “it’s raining cats and dogs” (está cho- vendo gatos e cachorros). Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimento oxidavam o material, fazendo com que muita gente morresse envenenada. Lembremo-nos de que os hábitos higiênicos, da época, eram péssimos. Os tomates, sendo ácidos, foram considerados, durante muito tempo, vene- nosos. Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo “no chão” (numa espécie de narcolepsia induzida pela mistura da bebida alcoó- lica com óxido de estanho). Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estivesse morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da cozi- nha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu o velório, que é a vigília junto ao caixão. A Inglaterra é um país pequeno, onde nem sem- pre havia espaço para se enterrarem todos os mortos. Então os caixões eram abertos, os ossos retirados,postos em ossuários, e o túmulo utili- zado para outro cadáver. Às vezes, ao abrirem os caixões, percebia-se que havia arranhões nas tam- pas, do lado de dentro, o que indicava que o mor- to, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a ideia de, ao se fechar o caixão, amarrar uma tira do pulso do defunto, passá-la por um buraco feito no caixão e amarrá-la a um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo, duran- te uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria o sino tocar. E ele seria “saved by the bell”, ou “salvo pelo gongo”, expressão usada por nós até os dias de hoje. Basicamente, a Idade Média era consti- tuída de três estamentos sociais: - O Clero (que era pertencente à Igreja Católica); - A Nobreza (que englobava os senhores feudais, cavaleiros, duques, etc.), e - Os Servos ou Vassalos (que trocavam o seu tra- balho por proteção e/ou moradia). É ainda importante mencionar que o Feudalismo era a forma de organização social e econômica deste período, tendo a sua base na agricultura, por mais rudimentar que fosse. A Idade Média foi o período que ocorreu entre a queda do Império Romano (476 d.C.) e a queda de Constantinopla (em 1453 d.C.). Este período da história pode ser separado em dois: - Alta Idade Média (séculos V a XI); - Baixa Idade Média (séculos XII a XV). M A T É R I A D E C A P A6 Os videogames são a primeira escolha de entretenimento para pessoas de 13 a 17 anos, superando as mídias sociais, TV, música ou qualquer outra forma de mídia, de acordo com estudo inédito da Bain & Company, consultoria global com sede em Boston, nos Estados Unidos. A pesqui- sa entrevistou 5 mil gamers nos Estados Unidos, Brasil, China e Japão, entre ou- tros países, e mostra que essa faixa etá- ria tem gasto mais tempo e dinheiro no metaverso do que os jogadores mais velhos, de 18 a 34 anos. Segundo o relatório, o público ga- mer de 13 a 17 anos gasta cerca de 12,5 horas por semana nos vi- deogames que trazem algum tipo de experiência imersiva. Essa mesma faixa etária passa menos de 10 horas nas mídias sociais — que ficou em segun- do lugar na lista de preferência dos jovens. A transmissão de eventos esportivos, que ficou em último no ranking, recebe pouco mais de 5 horas de atenção semanais. Na faixa dos 18 a 24 anos, o tempo semanal gasto em games diminui para 10,9 horas, e na faixa dos 25 aos 34 anos fica em 10,5 horas. A pesquisa também informa que os jo- vens gastam cerca de US $42 (R $220) por mês nos games, contra US $28 (18- 24 anos) e US $35 (25-34 anos). Para Luis Diez, sócio da Bain & Company, o dado chama a atenção porque, em ge- ral, essa é uma faixa etária com baixo poder de com- pra — quando tem algum. Por outro lado, represen- ta uma oportunidade para as empresas: “Daqui a poucos anos, esses jovens serão adultos, com poder aquisitivo maior. Se as grandes companhias se prepararem para esse ambiente, estarão na vanguarda de de- senvolvimento de experiências atrativas que esse consumidor já gosta de ter, já experimenta e já busca”, observa. A experiência do metaverso aliada a algum componente de interação social marca outra diferença entre os gamers adolescentes e os gamers adultos. Os gamers mais jovens têm maior atração por jogos do metaverso que são total- Os videogames se tornam a base para outras experiências, não necessariamente de entretenimento Preferência de jovens por games imersivos aponta tendências para o metaverso, diz pesquisa da Bain & Company Levantamento feito com mais de 5 mil gamers nos Estados Unidos, Brasil, China e Japão mostra como as empresas podem criar oportunidades de negócio a partir de novas demandas de consumo Por Louise Bragado. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2022/09/preferencia-de-jovens-por-games-imersivos-aponta- tendencias-para-o-metaverso-diz-pesquisa-da-bain-company.html JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2022/09/preferencia-de-jovens-por-games-imersivos-aponta-tendencias-para-o-metaverso-diz-pesquisa-da-bain-company.html https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2022/09/preferencia-de-jovens-por-games-imersivos-aponta-tendencias-para-o-metaverso-diz-pesquisa-da-bain-company.html 7Periódico pedagógico para estudantes 7Periódico pedagógico para estudantes mente imersivos e sociais, onde os joga- dores são criadores ativos e há sistema de compras in-game. Além disso, metade dos jovens gamers prefere passar tempo com seus amigos em jogos do que sair pessoalmente. Ainda segundo o relatório, cerca de meta- de dos jovens disse que gostaria de parti- cipar de eventos escolares no metaverso. Ou seja, os videogames se tornam a base para outras experiências, não necessaria- mente de entretenimento, mas também sociais, incluindo trabalho. “É provável que essa crescente demanda por experiências comunitárias se torne um catalisador para um metaverso mais amplo”, aponta a pes- quisa. No entanto, as empresas do metaverso precisarão atender às preferências de di- ferentes perfis. Por exemplo, 56% dos ga- mers mais jovens disseram que se sentiam confortáveis em pagar para desbloquear recursos que melhoram seu desempenho em um jogo, enquanto a maioria dos mais velhos não. A pesquisa de Bain também descobriu que jogadores mais jovens pre- ferem competir online para interagir com amigos, familiares e estranhos, enquanto que os jogadores adultos tendem a jogar por diversão e são mais propensos a jogar sozinhos. Indústria de games aposta em aquisições Gamers convivem com o metaverso há algum tempo — muito antes do termo ganhar popularidade. Jogos de realidade virtual ou imersiva não são exatamen- te novidade para esse público, mas, à medida em que as empresas constroem mundos paralelos com novos tipos de entretenimento e interações sociais, a dinâmica do mercado também tende a se transformar. “A frenética atividade de M & A [Mer- gers and Acquisitions] definiu que o primeiro semestre de 2022 na indús- tria de jogos pode ser apenas o come- ço. A experiência de outras indústrias de mídia sugere que é provável uma maior consolidação. As companhias que ficarão no mercado são aquelas que conseguirem ganhar escala, e isso pode acontecer pela aquisição de es- túdios ou desenvolvedores menores”, acredita Luis Diez. “Tanto para supor- tar investimentos quanto para criar esse efeito de rede que os jovens ga- mers procuram. São dois desafios que as companhias terão que resolver”, analisa. Ele aposta, por exemplo, na geração de franquias, da mesma forma que fazem hoje grandes companhias do mercado audiovi- sual, como Marvel Studios, que coleciona personagens famosos como Homem-A- ranha, Hulk, Homem de Ferro e Capitão América. “Criar filmes e outros negócios baseados nos videogames pode ser um terceiro desafio e também uma oportuni- dade”, observa. 8 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 C I Ê N C I A Drogas antitumorais costumam ter efeitos colaterais importantes 8 Pacientes com câncer retal avançado no local, são geralmente tratados com quimioterapia neoadjuvante e radiação. Acharam mesmo a cura para o câncer? Publicado em 22 de setembro de 2022 por Cientistas descobriram que Por Dr. Bruno Costa da Silva do Champalimaud Centre for the Unknown/Lisboa, Portugal Disponível em: https://cientistasdescobriramque.com/2022/09/22/acharam-mesmo-a-cura-para-o-cancer/. Acesso em 27 set.. 2022. JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 Nas primeiras semanas de junho de 2022, uma notícia sobre uma suposta “cura definitiva para o câncer” despertou entusiasmados debates tanto do público leigo, quanto de especialistas na área de oncologia/oncobiologia. Resumidamente, em um artigo publicado em junho de 2022 na re- nomada revista médica New England Journal of Medicine e liderado pelo médico Luis Diaz Jr., do centro de pesquisa e tratamento ao câncer Memorial Sloan Kettering Cancer Center (Nova Iorque – EUA) cientistas descobriramque uma droga pode, em princípio, erra- dicar completamente tumores em 100% dos pacientes tratados. De fato, nunca se tinha ouvido tal no- tícia em toda a história da medicina. Seria esta droga uma nova penicilina que revolucionou o tratamento de doenças infecciosas, ou uma nova esta- tina que revolucionou a prevenção contra doenças vasculares? Seríamos nós, os felizardos de estarmos vivos na época em que a medicina erradicou “o câncer”? Seria este que vos escreve o mais novo cientista desempregado? Certamen- te, uma descoberta dessa envergadura justificaria uma leitura mais atenta além das manchetes dos jornalões e portais de notícias online. Em uma primeira leitura do artigo original, já é possível perceber que o alvo terapêutico (a mo- lécula do nosso corpo ou do tumor à qual o tra- tamento antitumoral é dirigido) é uma badalada, porém conhecida molécula chamada de PD-1. O PD-1, que age como um freio para as células do nosso sistema imune não atacarem células tumo- rais. A droga utilizada (dostarlimab) pertence a uma categoria de drogas que atuam destravando a frenagem de PD-1, permitindo que as células do sistema imune matem as células tumorais. Outra observação interessante foi que o estudo em questão testou esta droga apenas em pa- cientes com tumores de reto, o que já não nos garante que a mesma estratégia será uma “bala de prata” universal para eliminar outros tumores. Outro dado importante diz respeito ao número de pacientes tratados, que neste caso fo- ram apenas 12 pacientes. Esta informa- ção além de reduzir um pouco mais a pirotecnia das manchetes originais leva a outro questionamento: por que apenas 12 pacientes foram tra- tados? Seria o grande trunfo do tra- balho não necessariamente achar uma droga revolucionária, mas sim identificar um grupo de pacientes que respondam bem a esse tratamento? De fato, o artigo deixa claro que apenas um pequeno grupo de pacien- tes com tumores de reto (com um tipo de ins- tabilidade genética responsável pela ocorrência exacerbada de mutações gênicas) foi escolhido para o estudo. Uma breve visita aos trabalhos anteriores do gru- po do Dr. Diaz nos leva a outro artigo publicado na mesma revista em 2015, que demonstra que a droga dostarlimab foi efetiva apenas em pacien- tes com tumores com a tal instabilidade genéti- ca. O que é interessante nesse artigo de 2015 é que, diferentemente dos 100% de resposta ao tratamento observado no trabalho de 2022, o grupo observou uma resposta de apenas 40% nos pacientes tratados. Uma leitura mais atenta mostra que uma diferença importante entre os dois estudos foi a fase da doença em que os pacientes foram tratados. Enquanto em 2015 tratou-se apenas pacientes com doença já avançada, em 2022 o tratamento foi dado a pacientes sem manifesta- ção de metástases distantes. Além do tratamento ter sido iniciado antes do potencial espalhamento do tumor, utilizou-se o inibidor de PD-1 (dostar- limab) como o único tratamento fornecido aos pacientes, o que é algo ainda pouco estudado na literatura médica. Outra potencial vantagem foi que os pacientes nunca sofreram os insultos pro- venientes da remoção cirúrgica do(s) tumor(es) e/ ou da administração sistêmica de quimioterapias, o que pode, por si só, ter contribuído para a me- lhor saúde dos pacientes e evitado a seleção de células tumorais mais agressivas por conta da qui- mioterapia. Apesar do “banho de água fria” no entusiasmo inicial das notícias e da garantia de que o que vos escreve manterá (pelo menos por agora) o seu emprego como pesquisador de oncobiolo- gia, cabe ressaltar que a tal instabilidade genética também é presente em alguns tipos de tumores de pâncreas, estômago e próstata, tornando pelo menos parte dos pacientes com estes tumores potenciais beneficiários do tratamento com dos- tarlimab ou outras drogas da mesma cate- goria. Outro avanço demonstrado neste tra- balho é a viabilidade de se encontrar ca- racterísticas específicas de tumores que identifiquem pacientes que possam tirar mais proveito de tratamentos antitumorais específicos. Vale deixar claro que, como drogas anti- tumorais costumam ter efeitos colaterais importantes, a identificação de pacientes não respondedores pode não apenas pou- par nos custos elevados com estes trata- mentos, mas também poupar os pacientes de efeitos colaterais muitas vezes nocivos e que podem contribuir ainda mais para a deterioração da saúde dos pacientes onco- lógicos. 9Periódico pedagógico para estudantes 9Periódico pedagógico para estudantesE D U C A Ç Ã O 8 aplicativos para estudar de forma mais interativa Na edição 9 do nosso jornal Lupa apresentamos 5 aplicativos para estudar com mais organização. Na presente edição, trazemos aplicativos gratuitos que podem tornar os seus estudos mais dinâmicos e interativos: Quer organizar seus estudos do dia a dia? Então precisa de aplicativos eficientes e, de preferência, gratuitos para se aprofun- dar no assunto. TV Escola O Governo criou alguns aplicativos que serão muito úteis para os seus estudos. O mais interessante deles é o TV Escola. Ele é uma plataforma de vídeos só que ensinam várias matérias da escola. É para baixar e começar a assistir já! Logo, o TV Escola funciona até para quem não está no ensino médio mais. Ou para aqueles que querem ter um compa- nheiro de estudos, mas não tem muita grana para investir em cursinho. Ele fun- cionará como um EAD, educação a dis- tância, para que você tenha aulas diárias através de vídeos e de todos os assuntos que precisa para o vestibular. Aproveite! Duolingo Agora, se quer estudar outros idiomas, vale optar por tirar 10 minutinhos do seu tempo por dia para usar o Duolingo. Cla- ro, esse é o tempo mais básico de todos! Com o aplicativo você sentirá que está brincando e não estudando. As tarefas são bem simples, trabalham vocabulários e verbos específicos por vez. Ele é baseado naquilo de saber a tradução para entender a frase. Algumas escolas de ensino de línguas não curtem muito essa prática de traduzir para o nos- so idioma. Mas vale a experiência. AppProva O AppProva trabalha com um banco de dados de questões de vestibulares passados. Nele, o usuário tem a chance de responder às perguntas, enquanto o aplicativo registra o tempo passado até a escolha da resposta e quantifica automa- ticamente os pontos acumulados. Caso o usuário erre alguma resposta, o aplicativo sugere uma dedicação maior a tópicos específicos do programa da ma- téria aos quais a questão se relaciona. PhotoMath O PhotoMath é um aplicativo para resol- ver problemas matemáticos. Ele realiza operações e informa não apenas o resul- tado final, como também o passo a passo de toda a resolução. A cálculo que deve ser resolvido pode ser descrito através do teclado ou mesmo usando a câmera do celular para identificar qual o proble- ma a ser resolvido Ele pode ler e resolver operações que vão desde a aritmética básica como contas de adição, subtração, divisão, multiplicação, fração, raiz, quadrada e mesmo resolver algumas equações mais complexas. É ne- cessário que o aluno escreva os algarismos de uma determinada maneira para que o aplicativo não apresente erros. A própria plataforma libera a consulta às sugestões. Google Lens Enquanto o PhotoMath tem seu foco voltado para questões matemáticas, o Google Lens oferece uma pesquisa um pouco mais ampla, embora também sir- va para operações matemáticas. A partir dele é possível pesquisar plantas a par- tir de fotos tiradas e até mesmo traduzir textos, dentre outras possibilidades que vão além dos estudos. Issuu Gosta de ler livros e revistas para incre- mentar na hora de estudar? Então, preci- sa conhecer o aplicativo chamado Issuu. Nele você encontra várias revistas, livros, e-books, sobre diversos assuntos. Assim, você conseguirá estudar pelo celular e até pelo computador de uma maneira muito mais simples. Dá até para colocar o que quiser disponí- vel offline, assim, não precisa gastar a suainternet fora de casa! Basta você procurar pela temática ou matéria que já aparecem vários livros e e-books indicados para aquele tema. Busquei por biologia. Observe abaixo al- guns dos resultados que encontrei. Dá para separar os conteúdos em pastas, o que facilita ainda mais na hora de en- contrar o que deseja. 12 min Outro aplicativo para te ajudar na hora da leitura é o 12 min. Ele oferece resumo de diversos livros e a média de tempo que você leva para consumir esse conteúdo é de 12 minutos. Pensando que a vida de estudante é uma correria e ao mesmo tempo uma quantida- de de material pra estudar sem fim, o apli- cativo 12 min já é aquela ajudinha para en- tender vários assuntos em menos tempo. Assim, você consegue conhecer diversos temas de forma rápida e ainda vai conseguir tirar um tempo para dar aquela respirada entre uma matéria e outra. Flipboard Agora, se você precisa acompanhar mais de perto o que acontece no mundo, vale baixar o Flipboard. Isso é importante para quem quer ir bem no Enem, já que saber sobre a atualidade é importante para a prova, uma vez que ela utiliza de aconte- cimentos recentes em suas questões. O Flipboard funciona como uma revista, capturando as principais notícias do dia de diversos sites de notícias para facilitar a sua vida corrida. Vale selecionar os temas que mais te interessam e fazer um feed com os assuntos mais importantes para você. Aplicativo para conferir a nota do ENEM: Gabarito ENEM Stoodi Desenvolvido pela Usemobile, em parceria com a Stoodi, o aplicativo Gabarito ENEM Stoodi possui um grande diferencial. Além de mostrar o gabarito do ENEM, ele calcula uma nota estimada, mais aproximada pos- sível da real, com base no sistema de corre- ção das provas, o TRI. Funciona da seguinte forma: o estudante, ao sair da prova, preenche o gabarito de acordo com as suas respostas. Logo após o término das provas, o time de profes- sores do Stoodi disponibiliza um gabarito não oficial de cada caderno e esse gaba- rito é levado em consideração para exibir a quantidade de questões corretas. Assim que o gabarito oficial for disponibi- lizado pelo INEP, o aplicativo é atualizado, disponibilizando o gabarito oficial. E, com as respostas dos alunos, a ferramenta fará uma estimativa da nota do Enem de cada usuário do app. Quanto mais pesso- as cadastrarem seus gabaritos, mais apro- ximada será a nota estimada da real em função da metodologia TRI. Dessa forma, o aplicativo permite que você saiba com antecedência suas chan- ces de ser aprovado no curso e na univer- sidade dos seus sonhos! 10 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 202210 E C O L O G I A Abelhas sem ferrão se revelam tesouro do Brasil para gastronomia, cosméticos e remédios Funcionário público de 66 anos cria abelhas mandaguari e defende seu potencial ainda pouco conhecido, mas que começa a despertar mais interesse no país. Por France Presse. Disponível em: https://g1.globo.com/olha-que-legal/noticia/2022/07/23/abelhas-sem-ferrao-se-revelam-tesouro-do- brasil-para-gastronomia-cosmeticos-e-remedios.ghtml Luiz Lustosa retira a tampa de uma caixa de madeira, e a reação é quase imediata: de dentro de pequenas crateras de cera, brotam milhares de abelhas mandaguari, que voam, formando uma nuvem que o envolve. “Que maravilha!”, exclama o funcionário pú- blico, de 66 anos, que dedica seu tempo li- vre à reprodução de abelhas nativas, ativida- de que desperta cada vez mais interesse no Brasil por seu potencial na alta gastronomia e uso muito incipiente na indústria de cosméti- cos e no desenvolvimento de remédios. Lustosa veste apenas uma camiseta branca de manga comprida, jeans e um chapéu com uma rede que co- bre seu rosto. A pouca proteção contra o enxame não é um des- cuido: as abelhas nativas, sem fer- rão, convivem de forma harmônica com o homem e têm um potencial enorme na preservação ambiental. Presidente do Instituto Abelha Nativa em Brasília, Lustosa se animou a trabalhar na reprodução de seis espécies quando perce- beu, com outros pesquisadores, que elas es- tavam em extinção: “Mas não eram apenas as abelhas, e sim a natureza” em retrocesso. “Explicamos às crianças que as abelhas não picam. Elas são necessárias para o meio am- biente e a natureza e estão aqui para nos aju- dar”, diz Lustosa no instituto, onde ministra oficinas de criação e de reprodução, além de vender favos e mel de abelhas nativas. As abelhas nativas se popularizaram para além dos territórios indígenas e quilombos, onde seus benefícios foram aproveitados his- toricamente. Embora o interesse tenha cres- cido durante a pandemia, com mais adeptos da criação caseira como hobby, ou para con- tribuir com a preservação, as abelhas nativas são um tesouro pouco conhecido no país. “As abelhas possibilitam negócios com impac- to positivo na sociedade, no meio ambiente e na agricultura”, resume Cristiano Menezes, especialista em meliponicultura da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embra- pa). Jataí, uruçu, mandaçaia, mandaguari... das 550 espécies sem ferrão identificadas em países tropicais e subtropicais, cerca de 250 foram encontradas no Brasil, diz Menezes. Nas fazendas, muitos apostam em favos de abelhas nativas para polinizar e au- mentar a produção em cultivos de frutas vermelhas, peras e abaca- tes, entre outros. Mas também começou a ser explorado o uso do seu mel - considerado mais saudável, devido à menor quan- tidade de açúcar e menor índice glicêmico - na cosmética e gastro- nomia. Com sabor e acidez diferentes, dependendo da espécie, o mel dessas abelhas é mais cobi- çado que o das abelhas com ferrão, que pro- duzem até 30 vezes mais. Enquanto o quilo de mel das primeiras é vendido por US $6, o das abelhas nativas chega a US $55. Um mundo ‘rico como o vinho’. As abelhas nativas foram, em boa parte, es- quecidas na colonização das Américas. Atri- bui-se aos jesuítas a introdução de abelhas com ferrão procedentes da África. Elas eram apreciadas no começo do século XIX por pro- duzirem uma cera mais espessa, necessária para a fabricação de velas. Diferentemente das africanas, que, muitas vezes, buscam alimento em restos de comida, ou em qualquer lugar onde encontrem açúcar, as nativas se alimentam apenas de frutos e de f l o r e s de árvores nativas. Por isso, para os cria- dores, plantar árvores é tão importante quanto reproduzir insetos. “Dependem de que a floresta este- ja de pé. Por isso, os criadores de abe- lhas são agentes de preservação, têm esse interesse”, explica à AFP Jerônimo Villas- -Bôas, ecologista e criador de abelhas nativas em São Paulo. Villas-Bôas ajuda comunidades tradicionais a melhorarem a cadeia produtiva do mel, para que esta se torne um negócio. Entre os clientes de Villas-Bôas está o chef Alex Atala, responsável pelo restaurante D.O.M, que ostenta duas estrelas no guia Mi- chelin. Conhecido por explorar sabores locais em sua cozinha, Atala compartilha o fascínio pelas abelhas nativas, cujo mel é ingrediente de um dos pratos de seu cardápio. É uma das partes “mais divertidas do menu”, conta Atala à AFP, na cozinha de seu restau- rante, situado em um dos bairros mais exclu- sivos de São Paulo. Trata-se de um pedaço de mandioca cozido no leite, com molho branco e banhado em mel de abelha tubi, servido entre o prato principal e a sobremesa. “Temos um mundo tão rico quanto o do vinho para conhecer, méis tão deliciosos quanto vina- gres balsâmicos”, diz Atala, para quem apostar no mel de abelhas nativas também é uma rei- vindicação da biodiversidade brasileira. “Comer nossa biodiversidade irá gerar valor a produtos que estão esquecidos, desvalori- zados, talvez apenas na memória dos nossos povos originários”, completou. O mel dessas abelhas é mais cobiçado que o das abelhas com ferrão JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 https://g1.globo.com/olha-que-legal/noticia/2022/07/23/abelhas-sem-ferrao-se-revelam-tesouro-do-brasil-para-gastronomia-cosmeticos-e-remedios.ghtml https://g1.globo.com/olha-que-legal/noticia/2022/07/23/abelhas-sem-ferrao-se-revelam-tesouro-do-brasil-para-gastronomia-cosmeticos-e-remedios.ghtml11Periódico pedagógico para estudantes 11Periódico pedagógico para estudantesE N E M Dicas de redação para o Enem Preparar-se para a prova, ler cuidadosamente a coletânea e organizar ideias e argumentos estão entre as principais dicas de redação para o Enem. Por Perez, Luana Castro Alves. “Dicas de redação para o Enem”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/dicas-redacao-para-enem.htm. Acesso em 25 de setembro de 2022 A redação do Enem permite que o candida- to mostre seu repertório cultural. Estabele- cer relações dialógicas com outras áreas do saber é fundamental. Você se sente preparado para escrever a redação do Exame Nacional do Ensino Mé- dio? Para atingir uma boa pontuação na- quela que é uma das partes mais importan- tes do exame — a redação —, você precisa preparar-se e ficar atento ao que acontece no Brasil e no mundo. Lembre-se de que, mesmo que você tenha dificuldades com as outras provas, é na prova de redação que você tem a chance de melhorar sua média, portanto, vamos estudar! Dicas de redação para o Enem Preparando-se para o Enem: ■ Você estuda para a prova de Matemática, Português, História e outras disciplinas, não é mesmo? Por que não estudar para a prova de Redação? É na prova de redação que você tem a oportunidade de mostrar todo o seu repertório cultural, tudo aquilo que você aprendeu com a literatura, com o cinema, com a música, com os noticiá- rios etc. Se você ainda não se interessou por nenhuma dessas áreas, é hora de se redimir. Leia mais, amplie os horizontes e as chances de mostrar para o corretor que você é capaz de criar, desenvolver e defender uma ideia. ■ Caso você tenha curiosidade, pesquise redações que atingiram a nota máxima ao longo dos anos de ocorrência do exame. Você vai perceber que todas elas saem do previsível, afastam-se dos clichês e esta- belecem uma competente relação dialógica com outras áreas do conhecimento, como a História, a Geografia e a literatura, sempre respeitando o tema e aproveitando ao má- ximo as informações da coletânea. Como escrever a redação do Enem? ■ Você já deve saber que o tipo textual cobra- do no Enem é a dissertação, texto argumen- tativo que exige do autor o desenvolvimento de uma ideia e um posicionamento crítico so- bre ela. Para que o tema seja desenvolvido de maneira imparcial, você deve apresentar ideias favoráveis e ideias contrárias à sua pró- pria opinião, elementos indispensáveis para a estratégia de persuasão, afinal de contas, um texto argumentativo tem como finalidade convencer o leitor. ■ Muitas pessoas deixam para conferir o tema da redação apenas no final da prova, o que é, para a maioria dos professores, um erro. Ao receber a prova, veja qual é o tema da redação e, enquanto você resol- ve as questões objetivas, pode ir amadurecendo ideias para o seu texto, anotando-as. É interessante observar que, muitas vezes, o tema da redação esteve presente nas questões objetivas do Exame, o que poderá fornecer subsídios para o seu texto. ■ Nunca despreze a coletânea de textos: ela deve ser aproveitada ao máximo, especial- mente se você não domina o tema exigido. Ao ler a coletânea, faça observações sobre a maneira adequada de aproveitar os textos, pois eles devem ser fonte de informação e jamais devem ser copiados ou parafraseados. O candidato deve inter- pretar esses textos e uti- lizar as infor- mações neles contidas para criar sua argu- mentação. ■ Elabore uma lista com todas as ideias que você teve no decorrer da prova, além das ideias que surgiram com a leitura da cole- tânea, e procure definir sua tese, ou seja, o que você pretende defender no seu texto. Elabore seus argumentos e concentre-se para apresentar uma boa pro- posta de intervenção para o problema apre- sentado, esse é um elemento imprescindível na redação do Enem. A proposta de inter- venção não deve ser confundida com uma conclusão, pois não basta concluir o texto, é obrigatória a apresentação de soluções viáveis que respeitem os direitos humanos, tópico previsto na matriz de referência do Exame. A proposta deve estar bem deta- lhada e apresentar conexão com os argu- mentos desenvolvidos ao longo da redação. ■ Respeite o limite de linhas, lem- bre-se de que as partes do texto devem ser proporcionais, o que significa que você não deve fazer, por exemplo, uma introdução ou conclusão longas demais. Para evitar esse tipo de erro, é importante que você planeje a quantidade de linhas que cada pará- grafo deve ter. O ideal é que você dispense um parágrafo para a introdução (apresentação do tema), dois ou três para o desenvolvimento (ar- gumentação) e um para a conclusão (proposta de intervenção). Revise seu texto e fique atento à coerência, coesão, redundância e erros gra- maticais. Além disso, se possível, passe seu tex- to a limpo, capriche na letra e boa sorte! O candidato deve interpretar esses textos e utilizar as informações neles contidas para criar sua argumentação. https://brasilescola.uol.com.br/redacao/dicas-redacao-para-enem.htm 12 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 Eduardo Kobra Da periferia de São Paulo para o mundo. Nascido em 1975 no Jardim Martinica, bairro pobre da zona sul paulistana, o artista Eduardo Kobra tornou-se um dos mais reconhecidos muralistas da atualidade, com obras em 5 continentes Disponível em: https://www.eduardokobra.com/biografia. Acesso em: 29/09/2022 Desde os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, ele detém o recorde de maior mural grafitado do mun- do – primeiro com ‘Etnias’, pintado para celebrar o evento, com 2,5 mil metros quadrados; marca superada por ele mesmo em 2017, com uma obra em homenagem ao chocolate que ocupa um pa- redão de 5.742 metros quadrados às margens da Rodovia Castello Branco, na Região Metropolitana de São Paulo. Uma de suas obras mais famosas é ‘O Beijo’, exe- cutada em 2012 no High Line, em Nova York – apagada quatro anos mais tarde. Trata-se de uma releitura cheia de cores da imagem feita pelo fo- tojornalista norte-americano Alfred Eisenstaedt (1898-1995) em 13 de agosto de 1945, quando o povo saiu às ruas para comemorar o fim da Segun- da Guerra Mundial. Kobra começou a desenhar em muros na clandes- tinidade, como pichador, ainda durante a adoles- cência. O gosto pela espontânea arte de rua já era visível no garoto, que colecionava advertências por intervenções não autorizadas na escola e che- gou a ser detido três vezes por crime ambiental – justamente por conta do uso irregular de sprays em muros das redondezas. Nos anos 1990, trabalhou fazendo cartazes, pin- tando cenários de brinquedos e criando imagens decorativas para eventos naquele que era o maior parque de diversões do Brasil. Era a primeira vez que ele, filho de um tapeceiro e de uma dona de casa, ganhava dinheiro com suas imagens. O trabalho foi bem-sucedido, tanto que lhe rendeu convites para atuar também em outras em- presas e junto a agências de publicidade. Sua arte urbana começou a ganhar visi- bilidade na década seguinte. Em 2007, apareceu com destaque na mídia pela primeira vez por causa do projeto Muro das Memórias, em que mer- gulhou no universo das fotos antigas de São Paulo e passou a reproduzi-las nas ruas em tons de sépia ou em preto e branco, apresentando um estilo de grafite diverso daquele que se espalhava pela cidade. Esse projeto acabou se tornando uma marca, em- brião de muito do que viria a seguir. Kobra se tornou um obstinado pesquisador de imagens históricas e não foram poucas as vezes em que tal predileção, estampada em muros gi- gantescos, acabou servindo para resgatar a im- portância de lugares e fortalecer a sensação de pertencimento de seus habitantes. Autodidata, o muralista admite que aprendeu e desenvolveu sua arte ao observar a obra de artis- tas que admira – do misterioso expoente da stre- et art Banksy, britânico cuja identidade jamais foi revelada, a nomes como o norte-americano Eric Grohe (1944- ), o também norte-americano Keith Haring(1958-1990) e o mexicano Diego Rivera (1886-1957). Os projetos passaram a se somar. Em Greenpincel, Kobra demonstra uma eloquente preocupação com causas ambientais. Esses painéis, compos- tos por uma imagem e uma frase de protesto, são fortes panfletos em prol de causas ecológicas. Nesse sentido, seus genuínos temas vão desde o combate à pesca predatória até o veto à exploração de animais em eventos como o rodeio. Aqueci- mento global, poluição da água e do ar e desmatamento também apare- cem em seus murais. Em 2009, Kobra se deparou com pin- turas de street art tridimensionais. De- cidiu que também poderia fazê-las. Mer- gulhou em seu ateliê, realizou testes diversos e, em seguida, colocou sua arte na rua. Primeiro na Avenida Paulista, coração simbólico e financeiro de São Paulo. Depois, em exposições ao redor do mundo, de festivais em Dubai, nos Emirados Ára- bes Unidos, a eventos nos Estados Unidos. Sua sensibilidade para as mazelas sociais resultou no projeto Realidade Aumentada, em que pintou dez painéis em dez dias em 2015, sempre cha- mando a atenção para uma questão importante – de uma menina desaparecida a um morador de rua que escreve poemas, passando pela história de uma bailarina de origem pobre da periferia pau- listana. Mais recentemente, em uma revisita atualizada às imagens antigas, Kobra criou a série Recortes da História. Em vez de partir de velhas fotogra- fias que retratem a memória de um lugar, o artis- ta volta-se para momentos marcantes da história da humanidade. Assim, cenas como a do ativista norte-americano Martin Luther King (1929-1968) proferindo um discurso contra o racismo ganha- ram os muros pelos traços do artista brasileiro. Já no projeto Olhar a Paz, Kobra retrata persona- lidades históricas que tenham lutado contra a vio- lência, pela disseminação de uma cultura de paz pelo mundo. É quando a arte do brasileiro endossa – e muitas vezes ecoa – mensagens de fraterni- dade e não-violência. Ele já estampou em muros o ativista indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), a vítima do Holocausto Anne Frank (1929-1945), a ativista paquistanesa Malala Yousafzai (1997- ) e o cientista alemão Albert Einstein (1879-1955), entre outros exemplos. A herança de seu passado no hip-hop é revivida no estilo mais marcante de sua arte: imagens hi- per-realistas, muitas vezes baseadas em fotogra- fias de personalidades, como o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer (1907-2012), o artista espanhol Salvador Dalí (1904-1989) e o músico brasileiro Chico Buarque (1944- ), cobertas com cores for- tes e contrastantes. Essas cores acabaram se tor- nando seu principal cartão de visitas ao redor do mundo, o estilo marcante de sua obra. E, em maior ou menor grau, passaram a aparecer em obras das mais diversas fases de sua carreira. Seu primeiro mural fora do Brasil foi em Lyon, na França, em 2011. Na época, havia sido convidado para ilustrar um paredão de um bairro que passa- va por processo de revitalização – ou seja, lançou mão de sua vertente Muros da Memória para aju- dar na valorização histórica da região. De lá para cá, já pintou em países como Espanha, Itália, No- ruega, Inglaterra, Malaui, Índia, Japão, Emirados Árabes Unidos, além de diversas cidades norte-a- mericanas. Mora em São Paulo, onde também fica seu ateliê. P E R S O N A L I D A D E12 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 Sua sensibilidade para as mazelas sociais resultou no projeto Realidade Aumentada, em que pintou dez painéis em dez dias em 2015 https://www.eduardokobra.com/biografia 13Periódico pedagógico para estudantes Influenciador digital se consolida como profissão do agora e do futuro Para Fátima Pissara, CEO da Mynd, qualquer pessoa pode criar conteúdo, ganhar a confiança dos consumidores e alavancar negócios no ambiente digital Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/home/patrocinado/ mynd/2022/08/12/influenciador-digital-se-consolida-como-profissao- do-agora-e-do-futuro.html Acesso em: 21 set. 2022. Segundo pesquisa da SignalFire, do final de 2020, existem pelo menos 50 milhões de in- fluenciadores no mundo inteiro, que acumulam um faturamento anual de US $100 bilhões por meio de plataformas como Instagram, Twitch e YouTube. Quando o assunto é o Brasil, estamos falando do país dos influenciadores: são cerca de 500 mil, segundo levantamento da Nielsen. Soma- -se a isso o fato de que 140 milhões de brasileiros estão nas redes sociais e, destes, 52% seguem pelo menos um influenciador, de acordo com pes- quisa do Ibope Inteligência de 2021. Essa realidade foi sendo moldada na última década e passou por gran- des transformações através dos anos, acompanhando as tendências, a morte e o nascimento de redes sociais, o compor- tamento dos consumidores e a valorização dos criadores de conteúdo por grandes players do mercado como oportunidades de negócio. Hoje, é pouco provável que as marcas que dese- jam se destacar nas redes sociais e outras mídias não procurem influenciadores para trazer mais humanização e novas narrativas para ampliar o awareness e vender seu produto ou serviço. Segundo levantamento da Invesp, 72% dos con- sumidores confiam mais em uma empresa de- pois que ela é recomendada por um influencer e 92% confiam em avaliações de influencers ao in- vés de em anúncios clássicos e recomendações de celebridades. É fruto da solidificação desse mercado também a democratização da profissão influencer. Hoje, fazem dinheiro na internet não só criadores com milhões de seguidores, como é o caso de Whindersson Nunes ou Camilla de Lucas, mas também os que trabalham com nichos em escala bem menor e possuem poucos seguidores, mas que trazem uma comunicação direcionada e en- dosso em temáticas que atuam. “O mercado está muito diferente do que era há 10, cinco e até dois anos. Ganhar dinheiro na in- ternet nunca foi tão possível, e a expansão des- te mercado está apenas no começo” afirma Fátima Pissarra, CEO da Mynd, maior agência especializada em marketing de influência e entretenimento da América Latina. Para se ter uma ideia da dimensão dessa economia no Brasil, o número de influenciadores no país já supe- ra o de dentistas, arquitetos e enge- nheiros civis que se formam por aqui. Para Pissarra, a verdade é que criar conteúdo pode andar lado a lado a qualquer que seja a sua profissão. “Por natureza, nós já influenciamos as pessoas à nossa volta o tempo todo. Então, você pode pe- gar o que faz de melhor e se transformar em um influenciador. É pegar o seu trabalho principal e estendê-lo, como um empreendimento, aplican- do rotinas, processos e colocando isso como um trabalho real”, afirma. Fátima Pissarra é uma das pioneiras do marke- ting digital no Brasil e, recentemente, lançou o livro “Profissão Influencer: Como fazer sucesso dentro e fora da internet” (Harper Collins, 2022), em que se aprofunda na sua expertise com in- fluenciadores digitais e marcas. Um manual de boas práticas, o livro traz dicas valiosas para no- vos criadores e empreendedores que desejam apostar nesse universo, assim como um panora- ma geral do mercado e como se desenvolver de forma estruturada e profissional. Com mais de 25 anos de carreira, a empresária ganhou o título de “influenciadora dos influen- ciadores”, porque provocou uma verdadeira re- volução no mercado de marketing de influência no Brasil. Como CEO da Mynd, em parceria com os sócios, Preta Gil e Carlos Scappini, ela cons- truiu um casting de mais de 400 criadores, que vão de Luísa Sonza, Gil do Vigor, Camilla de Lu- cas, Pequena Lo, Negra Li, entre outros. Como construir influência, criar valor e traçar estratégias eficazes e lucrativas são alguns dos tópicos que o “Profissão Influencer” traz. Fátima chama atenção para a importância de levar o trabalho de creator a sério, com planejamento, processos e destaca que o conteúdo precisa ser autêntico. “Uma das primeiras percepções que tanto in- fluenciador como a marca precisam ter é a de que, agora, relevância é muitomais do que nú- mero de curtidas. É trabalhar de forma genuína e verdadeira, produzindo narrativas mais huma- nas. Dessa forma que se constrói credibilidade”, declara. “Profissão Influencer” inclui prefácio de Preta Gil e depoimentos de diversos artistas mentorados por Fátima. O livro já está entre os mais vendi- dos no site da Amazon e ocupa a 7a posição na categoria “Orientação Profissional”. Se você quer saber como tirar o máximo provei- to das mídias sociais para lançar-se na carreira de influenciador, turbinar as vendas do seu negó- cio ou simplesmente aprender mais sobre esse mercado, compre agora o manual do marketing de influência, “Profissão Influencer”, de Fátima Pissarra. 13 Criar conteúdo pode andar lado a lado a qualquer que seja a sua profissão Periódico pedagógico para estudantesP R O F I S S Õ E S https://www.meioemensagem.com.br/home/patrocinado/mynd/2022/08/12/influenciador-digital-se-consolida-como-profissao-do-agora-e-do-futuro.html https://www.meioemensagem.com.br/home/patrocinado/mynd/2022/08/12/influenciador-digital-se-consolida-como-profissao-do-agora-e-do-futuro.html https://www.meioemensagem.com.br/home/patrocinado/mynd/2022/08/12/influenciador-digital-se-consolida-como-profissao-do-agora-e-do-futuro.html 14 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa Já aviso que sim, essa crítica tem os spoilers óbvios que todos já sabiam sobre o filme. Então não me venha reclamar, você está igual a o padre do filme “A Freira” quando passa pela porta com o twitt de Deus “Te garanto até aqui, pra lá tu tá pela tua conta e risco”. Por Alex. Disponível em: https://cinemaemserie.com.br/filmes/resenha-homem-aranha-sem-volta-pra-casa/. Acesso em: 19 set. 2022. Isto posto, vamos falar de Homem-Aranha – Sem Volta para Casa. Vamos dar uma geral sobre o filme, tanto a Marvel como a Sony investiram pesado na cria- ção de um hype para esse filme, era boato atrás de boato, um disse-me-disse danado. E pelo visto muito desse hype se converteu em ingressos, em filas, brigas nas filas e muitos vídeos de youtube te explicando tudo que você não queria saber sobre todos os filmes do Aranha. Depois de dois filmes bem media- nos e com várias ressalvas, achei que finalmente acharam o tom certo para o Aranha do Tom Holland, que está finalmente entendendo o perrengue que é ser o amigão da vizinhança. Ainda com a personalidade de um jovem que está saindo da adolescência e, não costuma pensar muito antes de agir, tem que lidar com as consequências do último filme onde a sua identidade foi revelada e como isso impacta na vida dos seus entes queridos. O enredo começa exatamente no momento que o filme anterior termina e se desenrola daí. Temos algumas informações legais sobre o universo dos outros filmes sendo passado de forma natural e se você não prestar atenção perde detalhes interessantes (fique de olho no Wong e pra onde ele está indo e vindo). Dr Estranho (Benedict Cumberbatch) cumpre bem o papel de “tutor” do Aranha, e ajuda muito no “amadurecimento” dele. Mas quem rouba mesmo a cena é a tia May (Marisa Tomei) que dessa vez é mais ativa e faz com que Peter comece a assumir a responsabilidade e resolver os problemas que ele arruma. A volta dos vilões Mas vamos falar do que todos já sabem. Os vi- lões antigos voltaram e estão sensacionais! Ver o Molina como Otto Octavius novamente e Dafoe como Norman/ Duende Verde aqueceu o coração do jovem que assistiu aos primeiros, e melhores, filmes do Aranha nos anos 2000. As lutas foram boas, mas a intera- ção entre eles estava ótima. Jamie Foxx conseguiu ser um Electro mais legal nessa segunda chance, mostrando que o “faísca” não é um dos maiores vilões do Aranha à toa. O Lagarto continuou sendo bem qualquer coisa só aparecendo mesmo nas porradas, o Sandman nem vou comentar por- que admito que deletei o Homem Aranha 3 da minha mente e não posso opinar sobre ele. Um destaque especial para o Duende… Ele realmente é o vilão que deveria ser mais explo- rado pelo MCU. O cara é ruim mesmo. E vamos para o Spoiler que você já sabe que tem, mas se ainda quiser se enganar, pule esse parágrafo e vá direto para o último. Esse é o segundo aviso, nem vem reclamar depois. Sim, temos os três Aranhas aparecendo no fil- me!!!! E o melhor, interagindo e falando como a vida deles seguiram nos seus universos e todos falam a frase. Tobey e Andrew voltam a dar vida a Peter Parker, cada um com a sua perso- nalidade, Tobey com o Aranha mais experiente que já passou por muita coisa e conseguiu levar a vida com a sua MJ e acima de tudo sabe o peso que a responsabilidade tem. Andrew já está numa de ainda ter dúvidas, já que falhou em salvar Gwen e ainda não sabe se é digno de ser um herói. Eles ajudam o Peter (Tom Holland) a entender que fazer o certo pode ter conse- quências, mas esse é o lance dos Homens-Ara- nhas. O filme tem um ritmo muito bom, você não sente às 2:28 do filme passar. Diferente do segundo, que é bem arrastado. Esse filme diz muito sobre como será o futuro do cabeça de teia na Marvel/ Sony, sim a Sony está bem ativa nesse filme e deve seguir assim em tudo que envolve o universo Aranha daqui pra frente. Admito que torci para termos algo de Milles, mas quem sabe para um próximo filme. Ho- mem-Aranha:Sem Volta para Casa me entregou um filme divertido, empolgante, com muito fanservice bem feito e um casal que você torce para ficarem juntos. Mesmo que não tenha fala- do até aqui, Zendaya aparece bastante e contri- bui muito para a jornada de amadurecimento do Peter no filme. Saí bem feliz da sala de cinema, coisa que não acontecia com um filme live-ac- tion do aranha desde de 2004 (não conto aqui o Aranhaverso porque ele é o melhor filme do Aranha). Ele tem seus méritos, seus erros, mas na soma final fica com um 8,5 e passa de ano com sobra. Então pode assistir sem medo, ele tem uma cena pós crédito bem legal que me deixou bem esperançoso. E o Trailer do Dr Estranho 2 que vale a pena ver. Até a próxima. R E S E N H A As lutas foram boas, mas a interação entre eles estava ótima. 14 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 https://cinemaemserie.com.br/filmes/resenha-homem-aranha-sem-volta-pra-casa/ 15Periódico pedagógico para estudantes R E C E I T A C U R I O S I D A D E S 15Periódico pedagógico para estudantes Massa de Panqueca Tereza Cristina da Silva. Disponível em: https://www.tudogostoso.com.br/receita/82681-massa-de-panqueca.html) INGREDIENTES • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo • 2 xícaras (chá) de leite • 3 ovos • 1 pitada de sal MODO DE PREPARO • Bata todos os ingredientes no liquidificador por 2 minutos. • Em seguida desligue e, com uma colher, misture a farinha que grudou no copo do liquidificador. • Bata novamente só para misturar e reserve. • Unte a frigideira com um fio de óleo e leve ao fogo até aquecer. • Com o auxílio de uma concha, pegue uma porção de massa e coloque na frigideira, gire a frigideira para espalhar bem a massa. • Abaixe o fogo e deixe dourar por baixo, em seguida vire do outro lado e deixe dourar, repita o processo com toda a massa. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Dicas para caprichar na sua massa de panqueca: • Utilize uma frigideira antiaderente média para fritar as panquecas. • Use uma concha média e calcule muito bem a quantidade de massa na frigideira. • Utilize o recheio e o molho de sua preferência. Já aconteceu uma vez e com certeza acontecerá novamente com você. Ao encostar em algum ob- jeto ou pessoa, sente aquele estalinho e a sensa- ção de choque. Isso é ainda mais comum em lo- cais muito frios e com períodos sem chuva. Mas o que é esse “choque”? Conforme explica Larissa Moletta, professora de Física do Colégio Po- sitivo Master, em Ponta Grossa (PR), todos os corpos são formados por átomos, que são compostos de pró- tons e elétrons. Quando o corpo pos- sui a mesma quantidade de prótons e elétrons, dizemos que ele é neutro. Mas, em certas situações, (atrito ou contato entre materiais), os corpos podemganhar ou perder elétrons. Esse processo de perda ou ganho de elétrons chama-se eletrização. “O corpo humano é um bom condutor de ele- tricidade, ou seja, permite que cargas elétricas (os elétrons) se movimentem livremente, possi- bilitando a passagem de corrente elétrica. Mui- tas vezes o nosso corpo fica tão eletrizado (com acúmulo de elétrons) que acaba descarregando essa energia no primeiro objeto condutor (metal ou o corpo de outra pessoa, por exemplo) que aparece pela frente. Essa movimentação de car- gas elétricas acontece de maneira tão veloz que conseguimos até sentir, e essa sensação é o que chamamos de choque”, explica a professora. É comum percebermos esse cho- que quando encostamos em ob- jetos de metal como a porta do carro, o registro do chuveiro, a maçaneta de uma porta, ou quan- do encostamos em outra pessoa, pois todos são bons condutores de eletrici- dade, o que permite que a corrente elétrica flua no material. “Há uma tendência que nos mostra que em dias frios e secos os corpos eletrizados tendem a fi- car mais tempo carregados e se acumulam em maior quantidade nas superfícies. Essas cargas são transmitidas quando encostamos em outra pessoa ou objeto. Por isso, no inverno e na épo- ca de estiagem, a ocorrência de choques é mais frequente, pois nosso corpo e os outros mate- riais condutores acumulam mais energia”, explica a professora. Em épocas mais frias as pessoas usam calçados com sola de borracha, blusas de lã ou tecidos sin- téticos. “Esses materiais, em movimento, acumu- lam carga”, completa. E quando acontece entre duas pessoas, de quem é a culpa pelo choque? Nesse caso, pode ser de ambas, o que aumenta- ria a intensidade do choque, ou de apenas uma das pessoas, aquela que esteja mais carregada. “Ambos irão sentir a corrente elétrica passando, que é como se fosse uma descarga elétrica”, es- clarece a professora. Mas não é motivo para se preocupar, pois a in- tensidade da corrente elétrica é na faixa de 2 mA (miliampere), o que não significa risco à saúde. Como evitar os choques – Usar calçados que não sejam de borracha; – Evitar roupas de lã ou tecidos sintéticos; – Usar panos para abrir maçanetas e torneiras; – Ao sair do carro, segurar em uma parte me- tálica da porta ANTES de começar a descer do veículo. Há uma tendência que nos mostra que em dias frios e secos os corpos eletrizados tendem a ficar mais tempo carregados Por que levamos “choques” ao encostar em um objeto ou pessoa? A Física explica. O corpo humano permite que cargas elétricas (os elétrons) se movimentem livremente, possibilitando a passagem de corrente elétrica. Por Cecília Aimée Brandão, especial para a Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/por-que-levamos-choques-ao-encostar-em-alguem/ https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/por-que-levamos-choques-ao-encostar-em-alguem/ P E R I Ó D I C O P E D A G Ó G I C O PA R A E S T U D A N T E S D O E N S I N O F U N D A M E N TA L A N O S F I N A I S E E N S I N O M É D I O . G O V E R N O D O E S TA D O D E M I N A S G E R A I S S E C R E TA R I A D E E S TA D O D E E D U C A Ç Ã O D E M I N A S G E R A I S E S C O L A D E F O R M A Ç Ã O E D E S E N V O LV I M E N T O P R O F I S S I O N A L D E E D U C A D O R E S JORNAL
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