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JOVENS NO MUNDO DIGITAL- TEXTO- GAMES

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JORNAL
Periódico Pedagógico para estudantes do 
Ensino Fundamental Anos Finais 
e Ensino Médio.
ED
IC
AO
 n
º 1
0.
 O
ut
. 2
02
2
CAPA: 
Preferência de 
jovens por games 
imersivos aponta 
tendências para 
o metaverso, diz 
pesquisa da Bain 
& Company 
pág 6 e 7
Abelhas sem 
ferrão se 
revelam tesouro 
do Brasil para 
gastronomia, 
cosméticos e 
remédios pág 10
Influenciador 
digital se 
consolida como 
profissão do 
agora e do 
futuro pág 13
Acharam mesmo 
a cura para o 
câncer? pág 8
EXPED IENTE
2 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022
Já pensou como a questão do cuidado nos afe-
ta? A gente precisa ter cuidado com tudo para 
o nosso próprio bem. E, ao analisarmos todos 
os aspectos da nossa vida, precisamos pensar 
nos cuidados que devemos ter, também, com a 
sociedade que nos rodeia.
Embora seja um conceito bem difícil de expli-
car, as pessoas entendem o que é qualidade de 
vida. Costumamos relacionar a qualidade de 
vida com o “sentir-se bem”. E, sim, esta noção 
se abriga nos principais fatores que interferem 
em nossas vidas, sobretudo os que afetam a 
nossa saúde, o nosso trabalho e o meio 
ambiente.
Uma coisa precisa ficar clara: não se 
deve confundir qualidade de vida 
com padrão de vida. Muita gente 
mistura esses dois conceitos. O pa-
drão de vida é medido pela qualidade 
e quantidade de bens e serviços dispo-
níveis em uma sociedade, como serviços 
de saúde, educação e acesso à cultura, prática 
de esportes, enfim, um conceito bem mais am-
plo e menos subjetivo que o de qualidade de 
vida.
O stress é hoje um fator que traz sérios preju-
ízos para a qualidade de vida. As dificuldades 
são mais ou menos intensas dependendo do 
nível de stress em que a pessoa se encontra, 
também das suas causas e dos sintomas que 
apresentam.
Para garantir uma boa qualidade de vida no fu-
turo, comece a se preocupar com a manuten-
ção de hábitos saudáveis, cuidando do corpo, 
com uma alimentação equilibrada, exercícios 
físicos, relações saudáveis e, sobretudo, tendo 
tempo para o lazer, além de outras atividades 
que propiciem bem-estar.
Aliás, cuidar da saúde aumenta a probabilidade 
das pessoas de atingirem um estado de com-
pleto bem-estar físico, mental e social. Você 
precisa ser capaz de identificar e realizar os 
seus desejos, satisfazer as suas necessidades e 
modificar aquilo que não te faz bem.
Ser saudável é um caminho que se traça diaria-
mente nas pequenas escolhas que a gente faz. 
Portanto, opte por uma vida melhor e se sur-
preenda com as diferenças que algumas 
mudanças podem trazer. E não se limi-
te aos cuidados com o corpo. Estar 
bem e feliz é uma parte importante 
da saúde e te ajuda a ter ânimo para 
buscar os seus objetivos.
É ainda fundamental que você con-
siga tornar o tempo de lazer tão im-
portante quanto o tempo que você pas-
sa trabalhando. Embora seja bom gostarmos 
do nosso reflexo no espelho, não podemos cair 
naqueles terríveis extremismos de uma imagem 
padrão. Lembre-se que dietas loucas, perigosas 
e difíceis de cumprir, trazem o sentimento de 
frustração, que é prejudicial à saúde da mente.
Aprenda a combater o stress. Assim você di-
minui a probabilidade de sofrer de problemas 
como a hipertensão, alergias, infecções e mui-
tos outros, além de melhorar a sua qualidade 
de vida. E lembre-se: Você é a pessoa mais im-
portante da sua vida e só você é capaz de cui-
dar dignamente da sua saúde. 
Se cuidar é uma forma sensacional de amor.
Como você tem cuidado de você?
2 E D I T O R I A L
Responsável – Projeto Lupa: Weyner 
Lopes Rodrigues
Diretor da Escola de Formação da 
Secretaria de Educação de Minas 
Gerais
Conteudistas Vol. 10: 
Leonardo Távora
Ana Tafnes
Vinícius Braz 
Viviane Soares 
Mônica Couto
* Esta publicação é para fins 
didáticos. Proibida a comercialização
Projeto Gráfico: Oros Soluções 
Educacionais
ASCOM: Pablo Lima
Supervisão: Anderson Camelo
Direção: Ana Paula Ribeiro
Coordenação de Equipe: 
Lúcio Gomes
Designers: 
Douglas Lendel, 
João Victor Sampaio 
Natália Guimarães 
Ilustrações: Natália Guimarães 
Diagramação: Douglas Lendel
4 • animais
5 • Biodiversidade
8 • Ciência
10 • Ecologia
9 • Educação
11 • enem
12 • Personalidade
13 • Profissões
14 • RESENHA
1 5 • Curiosid. e r ec e i ta
SUMÁR IO
6,7 • MATÉRIA DE CAPA
2 • editorial
3 • Opinião
Aprenda a 
combater o stress. 
Assim você diminui 
a probabilidade 
de sofrer
JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022
3Periódico pedagógico para estudantes
Estamos vivendo em uma época sem prece-
dentes, em que parece que tudo o que sabe-
mos e entendemos de repente foi colocado 
em risco, e as regras antigas as quais regiam 
nossas vidas não se aplicam mais. Avaliamos 
o presente e o passado, para buscarmos res-
postas sobre as ameaças globais que atual-
mente enfrentamos, tais como a pandemia e 
os desastres climáticos. A COVID-19 nos dá a 
chance de fazer um balanço dos riscos 
que estamos assumindo em nosso 
relacionamento insustentável com 
o meio ambiente e aproveitar a 
oportunidade para reconstruir 
nossas vidas de maneira mais am-
bientalmente responsável.
Em face desta pandemia, reconhe-
cemos o potencial criativo e o impulso 
dinâmico que a juventude tem e a capa-
cidade de reimaginar nosso mundo e trans-
formá-lo para melhor. Ao celebrarmos o Dia 
Internacional da Juventude com a temática de 
“Engajamento jovem para Ação Global”, uma 
vez mais reconhecemos, enquanto instituição, 
o papel da movimentação jovem na concreti-
zação das mudanças necessárias no presente, 
para que se assegure o futuro.
Na coletiva de imprensa da abertura da 75ª 
Assembleia Geral das Nações Unidas, o Secre-
tário Geral António Guterres expressou uma 
mensagem de humildade e esperança, assu-
mindo que a sua geração não foi capaz até 
agora de enfrentar com eficácia os problemas 
das mudanças climáticas e muitos outros de-
safios que enfrentamos. Entretanto, apontou 
com esperança sua expectativa para que a 
juventude consiga assumir a liderança neces-
sária para reunir todas e todos a fim de pres-
sionar às suas sociedades e aos seus gover-
nos, para que o mundo se una nas derrotas da 
pandemia, da mudança climática, da ameaça 
nuclear, do mau uso das novas tecnologias. 
Numa expectativa de criação de um 
novo contrato social para restabe-
lecer a confiança entre os povos e 
organizações internacionais e go-
vernos, e um novo acordo global 
para uma globalização justa, fa-
zendo com que o progresso che-
gue até todas e todos.
Não existem direitos humanos em um 
planeta morto ou doente, diante disso é 
que cada vez mais se reconhece o direito a 
um meio ambiente saudável como um direito 
fundamental. Esse progresso é um reflexo da 
realidade de que o mundo não pode enfrentar 
de forma eficaz as questões ambientais sem 
abordar os direitos humanos, bem como os di-
reitos humanos não podem ser protegidos de 
forma adequada sem levar em consideração 
as questões ambientais.
A força da juventude está em sua inquietação 
e insatisfação, em seu potencial de parar o 
mundo numa sexta-feira em reflexão sobre o 
futuro. Sua falta de experiência, permite que 
vejam as questões antigas com novos olhos e 
proponham soluções jamais pensadas. Ener-
gia, conectividade e resiliência são ingredien-
tes que os tornam únicos, uma geração com 
potencial de reconstruir melhor e, através 
de sua luta, garantir maior equilíbrio para um 
mundo saudável.
Ficamos muito felizes em ver a força da agenda 
ambiental crescendo no país, e ainda mais es-
perançosos quando vemos essa causa flores-
cer em crianças e jovens. O mundo precisa de 
vocês, e por isso, nós do Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente parabenizamos 
e encorajamos essas iniciativas, para que o tra-
balho cresça e os frutos sejam colhidos.
Um grande abraço,
Denise Hamú
Representante
PNUMA – Escritório do Brasil
25/09/2020
Carta aberta à juventude e organizações jovens 
no Brasil
Disponível em: https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/statement/carta-aberta-juventude-e-organizacoes-jovens-no-brasil. Acesso em: 20 set.2022.
3Periódico pedagógico para estudantes
A força da 
juventude está em 
sua inquietação e 
insatisfação, em seu 
potencial de parar o 
mundo
O P I N I Ã O
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/statement/carta-aberta-juventude-e-organizacoes-jovens-no-brasil
4 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 20224
Como cuidar de gatos filhotes: 
7 dicas para uma adaptação tranquila
Receber um novo filho de quatro patas em casa pode trazer algumas inseguranças. 
Mesmo tutores experientes muitas vezes se perguntam como cuidar de gatos filhotes.
Seja por uma gravidez inesperada ou por uma ado-
ção, um pet bebê precisa de cuidados especiais, e 
nós precisamos estar preparados. Se você está se 
perguntando como cuidar de um gato filhote, está 
no lugar certo! Continue lendo e aprenda 7 dicas 
para uma adaptação tranquila.
1. Começando na hora certa
Bichanos são muito fofos e, quando são 
bebês, ficam ainda mais encantadores! 
Porém, é preciso ter calma na hora de 
receber um gatinho em casa. A Dra. 
Cássia Paulon explica que o primeiro pas-
so de como cuidar de gato recém-nascido 
é saber a hora certa de adotar. “O ideal é es-
perar até os dois meses de idade”, explica.
Durante esse período, o bichano deverá convi-
ver com sua mãe e irmãozinhos. Essa é uma fase 
importante para o amadurecimento e desenvolvi-
mento do pet, explica a médica-veterinária da Petz.
2. Tenha os acessórios certos
Outro ponto importante de como cuidar de gato 
filhote é ter os acessórios certos para o bichano. 
Imagine que você está mudando para uma casa 
sem fogão, geladeira, cama ou chuveiro. A convi-
vência será um pouco complicada, não é mesmo?
É uma situação parecida para os pets, que preci-
sam de alguns itens para seu desenvolvimento. A 
Dra. Cássia recomenda que toda casa com gato 
tenha. Claro, o pet vai precisar de muito amor e 
atenção. Porém, esses itens facilitarão a adaptação 
e farão com que o gato filhote se sinta mais seguro.
• Caixa de areia: esse item é essencial não só 
para a manter a limpeza da casa. Gatos se 
sentem desconfortáveis fazendo suas neces-
sidades fora da areia. Ter uma caixa higiênica é 
uma forma de demonstrar que eles são bem-
-vindos;
• Comedouros e bebedouros: essa é outra for-
ma de demonstrar que o lar está recebendo 
bem o filhote. Ao identificar que a região sem-
pre tem comida, o pet cria uma rotina e fica 
menos inseguro;
• Brinquedos: gatos filhotes têm muita energia! 
E para estimular seu desenvolvimento, brin-
quedos são essenciais. Além de contribuírem 
para o amadurecimento do pet, eles ajudam 
a desestressar e aliviam algumas tarefas dos 
tutores,
• Casinha ou caminha: gatos adoram se es-
conder e sentir-se protegidos. Por isso é tão 
importante uma caminha. A Dra. Cássia expli-
ca que não precisa ser especificamente uma 
cama tradicional. Alguns gatos gostam de to-
cas e caixas, facilmente encontradas em lojas 
como a Petz.
3. Cuide da alimentação
Se sua gata recentemente teve bebês 
e você está se perguntando como cui-
dar de filhote de gato, a alimentação 
será mais fácil. Até em média três se-
manas, a mamãe costuma cuidar bem 
de seus descendentes, fornecendo o rico 
e nutritivo leite materno.
Após esse tempo, é recomendado iniciar a intro-
dução de ração para filhotes, de preferência da 
categoria super premium. Esse tipo de produto 
é fabricado com ingredientes nobres e possui as 
quantidades exatas de nutrientes que um gatinho 
precisa para se desenvolver.
Caso o filhote tenha menos de três semanas e, por 
algum motivo, não possa se alimentar do leite ma-
terno, o indicado é buscar leite para pets. Ele deve 
ser administrado utilizando mamadeiras especiais 
para gatos, com um formato adaptado para o filho-
te. Esses produtos são facilmente encontrados em 
lojas especializadas.
Se você encontrar receitas caseiras que indicam 
dar leite de vaca ou outro alimento similar para os 
bichanos, não se engane. Veterinários reforçam 
que esses produtos podem causar danos ao orga-
nismo animal. “O leite de vaca, por exemplo, pode 
causar problemas gastrointestinais, como vômitos 
e diarreia”, explica a Dra. Cássia.
4. Espalhe alguns esconderijos pela casa
Gatos são naturalmente pets desconfiados. Por 
sua natureza um tanto selvagem, demoram um 
pouco para ganhar intimidade e precisam se sentir 
seguros. Uma dica na hora de pensar como cuidar 
de gatos filhotes é espalhar alguns esconderijos 
pelo lar. “É recomendado deixar vários locais de 
descanso em toda a casa”, comenta a Dra.
Outra dica é colocar esses espaços em diferentes 
alturas. Os felinos, por suas características naturais, 
adoram se abrigar nas alturas. E fique tranquilo: não 
é necessário se preocupar com quedas. Os bichanos 
são muito habilidosos e sempre caem de pé.
5. Lembre-se da vacina e vermifugação
Outro ponto fundamental em como cuidar de fi-
lhote de gato é se preocupar com a saúde. Nes-
se quesito, é importante se lembrar das vacinas 
e vermifugação. Essas práticas simples podem 
evitar problemas de saúde e até mesmo doenças 
graves. A Dra. Cássia lembra algumas das princi-
pais vacinas:
• Vacina múltipla: previne diferentes doenças, 
comuns em bichanos. Deve ser aplicada a par-
tir de 60 dias de vida,
• Antirrábica: previne a temida raiva, doença 
grave e fatal. Deve ser aplicada a partir do 5º 
mês.
Procure um veterinário para analisar a carteirinha 
de vacinação de seu filho de quatro patas. Ele po-
derá indicar todos os procedimentos necessários.
6. Faça a castração
Muitas vezes associamos a castração apenas a ga-
tos adultos. Porém, a Dra. Cássia afirma que quan-
do pensamos em cuidados com filhotes, esse é um 
ponto importante. “A partir de 6 meses de idade 
já podemos considerar a castração dos gatos”, ex-
plica.
Além de um procedimento-chave da tutoria 
responsável, a castração comprovadamente 
evita doenças nos bichanos, como câncer e 
infecções.
7. Ofereça brincadeiras e muitas atividades
Quem pensa que os bichanos são dorminhocos e 
preguiçosos é porque nunca teve um gato recém-
-nascido em casa! Essas pequenas ferinhas adoram 
se divertir com brinquedos, carinhos e pequenas 
caçadas!
Para ajudar seu amigo a se desenvolver, é essen-
cial oferecer muitas brincadeiras e atividades. “Os 
gatos costumam gostar de bolinhas, arranhadores, 
varinhas com penas e brinquedos com catinip”, co-
menta a Dra. Cássia.
Porém, é essencial que o tutor dedique um 
tempo para brincar com seu amigo. Carinhos e 
jogos são ótimas maneiras de fortalecer rela-
ções e, assim, deixar seu pet mais confortável 
e seguro.
Lembre-se que cuidar de gatos filhotes é uma 
aventura com algumas tarefas. Certamente, po-
rém, todo esse processo é recompensado pela 
companhia de adoráveis gatinhos.
A N I M A I S
Para ajudar 
seu amigo a se 
desenvolver, é 
essencial oferecer 
muitas brincadeiras 
e atividades.
5Periódico pedagógico para estudantes 5Periódico pedagógico para estudantes
As montanhas nos dão muito mais que belas paisagens
Publicado em 15 de setembro de 2022 por Cientistas.
Por Dr. Elisandro Ricardo Drechsler-Santos, depto. de Botânica da UFSC e Kelmer Martins-Cunha, graduando em Ciências Biológicas pela UFSC
Disponível em: https://cientistasdescobriramque.com/2022/09/15/as-montanhas-nos-dao-muito-mais-que-belas-paisagens/. Acesso em 24 set. 2022.
Pois é, a oferta de água e as condições climáticas 
são recursos naturais extremamente importantes 
no nosso dia a dia, e podem significar tanto qua-
lidade de vida quanto verdadeiras tragédias para 
nossas cidades e áreas agrícolas.
Agora vocês devem estar se perguntando “O que 
tem a ver as montanhas do título com isso?” Cal-
ma, ainda vamos complicar um pouquinho mais, 
pois a novidade que trazemos hoje está relacio-
nada com os fungos. Sim, falaremos de como os 
fungos e as montanhas, com seus ecossistemas 
preservados, significam saúde e bem-estar para 
a população. 
Então, por partes, primeiro a novidade:
Recentemente, um grupo de cientistas de diver-
sos países, incluindo professores brasileiros da 
UFSC e da UFMG, apostou em uma pesquisa 
para tentarresponder a seguinte pergun-
ta: Como os fungos se apresentam no 
solo ao longo de diferentes altitudes 
nas montanhas?
Primeiro, com o aumento de altitude 
e mudanças no relevo, as montanhas 
“criam” diferentes ambientes com di-
ferenças na temperatura, disponibi-
lidade de chuva e nuvens, química do 
solo e radiação solar. Essas diferenças 
ao longo da montanha são alguns dos fatores 
que favorecem, ou não, a presença de diferen-
tes espécies. Já é bem conhecido que para cada 
“degrau” da montanha são encontradas espécies 
de animais e de plantas que melhor se adaptaram 
àquelas condições específicas.
O estudo foi realizado em montanhas da Argenti-
na, Bornéu, Brasil, Papua Nova Guiné e Panamá. 
No Brasil, a pesquisa aconteceu no Parque Na-
cional de São Joaquim, em Santa Catarina. Foram 
coletadas pequenas quantidades de solo, de onde 
o DNA dos organismos foi utilizado para saber 
quais espécies estavam presentes nas amostras.
Os cientistas descobriram que as comunidades 
de fungos também são altamente especializadas 
para cada degrau de altitude das montanhas. Isso 
significa que diferentes conjuntos de espécies de 
fungos do solo ocupam diferentes ambientes em 
diferentes altitudes. 
Considerando os dados do Brasil, a elevação das 
montanhas pode alterar até 94% a comunidade 
de fungos, ou seja, muitos fungos que existem em 
altitudes mais baixas não existem em mais altas e 
vice-versa. 
Ainda, associadas à elevação, ficou claro que a 
temperatura (média anual) e as características 
do solo, como o pH, são os principais fato-
res para a estruturação das comunida-
des fúngicas. 
Outro resultado interessante é que 
fungos que atuam de maneiras di-
ferentes no ecossistema, seja degra-
dando madeira ou causando doenças 
em animais, ou ainda estabelecendo 
relações de benefícios para as plantas, 
também se distribuem de acordo com os 
diferentes fatores ambientais.
OK, agora vamos voltar ao que foi falado no iní-
cio. Vamos esclarecer o porquê da importância de 
saber sobre essas variações, da presença ou au-
sência de fungos em determinadas altitudes das 
montanhas. 
Já sabemos, e é consenso entre os cientistas, que 
os fungos são essenciais para o funcionamento 
dos ecossistemas (com o papel de decomposição 
da matéria orgânica e relações benéficas com as 
plantas, por exemplo). Então, saber quais são os 
fungos, onde eles estão e como vivem no seu am-
biente, nos ajuda a entender melhor como preser-
var os ecossistemas montanhosos. Ou seja, com 
estes resultados, os cientistas poderão fazer pro-
jeções no futuro de como as mudanças do clima 
irão impactar negativamente ou positivamente 
os fungos e suas funções, e, consequentemente, 
como as florestas e ecossistemas naturais “sobre-
viverão” ao longo do tempo. 
Isso tudo pode parecer tão distante e não rela-
cionado com nossas vidas, mas vocês sabiam que 
as montanhas preservadas ajudam a abastecer 
os aquíferos? Sim, a umidade das nuvens barra-
das pelas montanhas e as consequentes chuvas 
infiltram no solo pela vegetação, abastecendo os 
reservatórios naturais. Também é nas montanhas 
que encontramos a grande maioria das nascentes, 
com águas de alta qualidade.
Os diferentes ecossistemas montanhosos ajudam 
a regular as temperaturas, tornando-as mais ame-
nas e, com isso, controlando tempestades extre-
mas, secas, enxurradas, enchentes etc.
Pois é, a conservação dos ambientes naturais das 
montanhas ajuda a evitar os eventos ocasionados 
pela crise climática atual, justamente a mesma 
crise que ameaça nossa biodiversidade, mas que 
pode ser monitorada com resultados de trabalhos 
como o apresentado aqui. 
Além disso, as montanhas que abrigam um terço 
da biodiversidade terrestre, com espécies únicas 
e ameaçadas, é fonte inesgotável de plantas, ani-
mais e fungos com potencial de aplicabilidade na 
medicina, biotecnologia, entre outras áreas que 
são essenciais para nossa qualidade de vida.
Muitos fungos 
que existem em 
altitudes mais 
baixas não existem 
em mais altas e 
vice-versa. 
B I O D I V E R S I D A D E
Com certeza você se identifica com algumas dessas situações abaixo, certo?
Illustrações: cientistasdescobriramque.com
https://cientistasdescobriramque.com/2022/09/15/as-montanhas-nos-dao-muito-mais-que-belas-paisagens/
6 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022
Curiosidades dos anos 1600 a 1700, muito inte-
ressante, vale a pena esta viagem.
 “Ao se visitar o Palácio de Versalhes, em Paris, 
observa-se que o suntuoso palácio não tem ba-
nheiros. Na Idade Média, não existia escovas de 
dente, perfumes, desodorantes, muito menos 
papel higiênico. Os excrementos humanos eram 
despejados pelas janelas do palácio.
 Em dias de festa, a cozinha do palácio conseguia 
preparar um banquete para 1500 pessoas, sem a 
mínima higiene.
Vemos nos filmes de hoje as pessoas sendo aba-
nadas. A explicação não está no calor, mas no 
mau cheiro que exalava por debaixo das saias (que 
eram propositalmente feitas para conter o odor 
das partes íntimas, já que não havia higiene).
 Também não havia o costume de tomar banho 
devido ao frio e à quase inexistência de água en-
canada. O mau cheiro era dissipado pelo abana-
dor. Só os nobres tinham lacaios para abaná-los, 
para dissipar o mau cheiro que o corpo e boca 
exalavam, além de também espantar os insetos.
 Quem já esteve em Versalhes admirou muito os 
jardins enormes e belos que, na época, não eram 
só contemplados, mas “usados” como vaso sanitá-
rio nas famosas baladas promovidas pela monar-
quia, porque não existiam banheiros.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria 
no mês de junho (para eles o início do verão). A ra-
zão é simples: o primeiro banho do ano era toma-
do em maio; assim em junho, o cheiro das pessoas 
ainda era tolerável.
Entretanto, como alguns odores já começavam 
a incomodar, as noivas carregavam bu-
quês de flores, junto ao corpo, para 
disfarçar o mau cheiro. Daí termos 
“maio” como “o mês das noivas” e 
a explicação da origem do buquê 
de noiva.
Os banhos eram tomados em uma 
única tina, enorme, cheia de água 
quente.
O chefe da família tinha o privilégio do 
primeiro banho na água limpa. Depois, 
sem trocar a água, vinham os outros da casa, 
por ordem de idade, as mulheres, também por 
idade e, por fim, as crianças.
Os bebês eram os últimos a tomar banho. Quan-
do chegava a vez deles a água da tina já estava tão 
suja que era possível “perder” um bebê lá dentro. 
É por isso que existe a expressão em inglês “don’t 
throw the baby out with the bath water”, ou seja, 
literalmente “não jogue o bebê fora junto com a 
água do banho”, que hoje usamos para os mais 
apressadinhos.
Os telhados das casas não tinham forro e as vigas 
de madeira que os sustentavam era o melhor lu-
gar para os animais – cães, gatos, ratos e besouros 
se aquecerem.
Quando chovia, as goteiras forçavam os animais 
a pularem para o chão. Assim, a nossa expressão 
“está chovendo canivete” tem o seu equivalente 
em inglês em “it’s raining cats and dogs” (está cho-
vendo gatos e cachorros).
Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de 
estanho. Certos tipos de alimento oxidavam o 
material, fazendo com que muita gente morresse 
envenenada.
Lembremo-nos de que os hábitos higiênicos, da 
época, eram péssimos. Os tomates, sendo ácidos, 
foram considerados, durante muito tempo, vene-
nosos.
Os copos de estanho eram usados para beber 
cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, 
deixava o indivíduo “no chão” (numa espécie de 
narcolepsia induzida pela mistura da bebida alcoó-
lica com óxido de estanho). Alguém que passasse 
pela rua poderia pensar que ele estivesse morto, 
portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. 
O corpo era então colocado sobre a mesa da cozi-
nha por alguns dias e a família ficava em volta, em 
vigília, comendo, bebendo e esperando para ver 
se o morto acordava ou não. Daí surgiu o velório, 
que é a vigília junto ao caixão.
A Inglaterra é um país pequeno, onde nem sem-
pre havia espaço para se enterrarem todos os 
mortos. Então os caixões eram abertos, os ossos 
retirados,postos em ossuários, e o túmulo utili-
zado para outro cadáver. Às vezes, ao abrirem os 
caixões, percebia-se que havia arranhões nas tam-
pas, do lado de dentro, o que indicava que o mor-
to, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, 
surgiu a ideia de, ao se fechar o caixão, amarrar 
uma tira do pulso do defunto, passá-la por 
um buraco feito no caixão e amarrá-la a 
um sino. Após o enterro, alguém ficava 
de plantão ao lado do túmulo, duran-
te uns dias. Se o indivíduo acordasse, 
o movimento de seu braço faria o 
sino tocar. E ele seria “saved by the 
bell”, ou “salvo pelo gongo”, expressão 
usada por nós até os dias de hoje.
 Basicamente, a Idade Média era consti-
tuída de três estamentos sociais:
- O Clero (que era pertencente à Igreja Católica);
 - A Nobreza (que englobava os senhores feudais, 
cavaleiros, duques, etc.), e
- Os Servos ou Vassalos (que trocavam o seu tra-
balho por proteção e/ou moradia).
 É ainda importante mencionar que o Feudalismo 
era a forma de organização social e econômica 
deste período, tendo a sua base na agricultura, por 
mais rudimentar que fosse.
 A Idade Média foi o período que ocorreu entre 
a queda do Império Romano (476 d.C.) e a queda 
de Constantinopla (em 1453 d.C.). Este período 
da história pode ser separado em dois:
- Alta Idade Média (séculos V a XI);
- Baixa Idade Média (séculos XII a XV).
M A T É R I A D E C A P A6
Os videogames são a primeira escolha 
de entretenimento para pessoas de 13 a 
17 anos, superando as mídias sociais, TV, 
música ou qualquer outra forma de mídia, 
de acordo com estudo inédito da Bain & 
Company, consultoria global com sede em 
Boston, nos Estados Unidos. A pesqui-
sa entrevistou 5 mil gamers nos Estados 
Unidos, Brasil, China e Japão, entre ou-
tros países, e mostra que essa faixa etá-
ria tem gasto mais tempo e dinheiro 
no metaverso do que os jogadores 
mais velhos, de 18 a 34 anos.
Segundo o relatório, o público ga-
mer de 13 a 17 anos gasta cerca 
de 12,5 horas por semana nos vi-
deogames que trazem algum tipo 
de experiência imersiva. Essa mesma 
faixa etária passa menos de 10 horas 
nas mídias sociais — que ficou em segun-
do lugar na lista de preferência dos jovens. 
A transmissão de eventos esportivos, que 
ficou em último no ranking, recebe pouco 
mais de 5 horas de atenção semanais. Na 
faixa dos 18 a 24 anos, o tempo semanal 
gasto em games diminui para 10,9 horas, 
e na faixa dos 25 aos 34 anos fica em 
10,5 horas. 
A pesquisa também informa que os jo-
vens gastam cerca de US $42 (R $220) 
por mês nos games, contra US $28 (18-
24 anos) e US $35 (25-34 anos). Para 
Luis Diez, sócio da Bain & 
Company, o dado chama 
a atenção porque, em ge-
ral, essa é uma faixa etária 
com baixo poder de com-
pra — quando tem algum. 
Por outro lado, represen-
ta uma oportunidade para 
as empresas: “Daqui a poucos 
anos, esses jovens serão adultos, com 
poder aquisitivo maior. Se as grandes 
companhias se prepararem para esse 
ambiente, estarão na vanguarda de de-
senvolvimento de experiências atrativas 
que esse consumidor já gosta de ter, já 
experimenta e já busca”, observa.
A experiência do metaverso aliada a 
algum componente de interação social 
marca outra diferença entre os gamers 
adolescentes e os gamers adultos. Os 
gamers mais jovens têm maior atração 
por jogos do metaverso que são total-
Os videogames 
se tornam a 
base para outras 
experiências, não 
necessariamente de 
entretenimento
Preferência de jovens por games imersivos 
aponta tendências para o metaverso, diz 
pesquisa da Bain & Company
Levantamento feito com mais de 5 mil gamers nos Estados Unidos, Brasil, China e Japão mostra como as 
empresas podem criar oportunidades de negócio a partir de novas demandas de consumo
Por Louise Bragado. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2022/09/preferencia-de-jovens-por-games-imersivos-aponta-
tendencias-para-o-metaverso-diz-pesquisa-da-bain-company.html
JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022
https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2022/09/preferencia-de-jovens-por-games-imersivos-aponta-tendencias-para-o-metaverso-diz-pesquisa-da-bain-company.html
https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2022/09/preferencia-de-jovens-por-games-imersivos-aponta-tendencias-para-o-metaverso-diz-pesquisa-da-bain-company.html
7Periódico pedagógico para estudantes 7Periódico pedagógico para estudantes
mente imersivos e sociais, onde os joga-
dores são criadores ativos e há sistema 
de compras in-game. Além disso, metade 
dos jovens gamers prefere passar tempo 
com seus amigos em jogos do que sair 
pessoalmente.
Ainda segundo o relatório, cerca de meta-
de dos jovens disse que gostaria de parti-
cipar de eventos escolares no metaverso. 
Ou seja, os videogames se tornam a base 
para outras experiências, não necessaria-
mente de entretenimento, mas também 
sociais, incluindo trabalho. “É provável que 
essa crescente demanda por experiências 
comunitárias se torne um catalisador para 
um metaverso mais amplo”, aponta a pes-
quisa.
No entanto, as empresas do metaverso 
precisarão atender às preferências de di-
ferentes perfis. Por exemplo, 56% dos ga-
mers mais jovens disseram que se sentiam 
confortáveis em pagar para desbloquear 
recursos que melhoram seu desempenho 
em um jogo, enquanto a maioria dos mais 
velhos não. A pesquisa de Bain também 
descobriu que jogadores mais jovens pre-
ferem competir online para interagir com 
amigos, familiares e estranhos, enquanto 
que os jogadores adultos tendem a jogar 
por diversão e são mais propensos a jogar 
sozinhos.
Indústria de games aposta em aquisições
Gamers convivem com o metaverso há 
algum tempo — muito antes do termo 
ganhar popularidade. Jogos de realidade 
virtual ou imersiva não são exatamen-
te novidade para esse público, mas, à 
medida em que as empresas constroem 
mundos paralelos com novos tipos de 
entretenimento e interações sociais, a 
dinâmica do mercado também tende a 
se transformar. 
“A frenética atividade de M & A [Mer-
gers and Acquisitions] definiu que o 
primeiro semestre de 2022 na indús-
tria de jogos pode ser apenas o come-
ço. A experiência de outras indústrias 
de mídia sugere que é provável uma 
maior consolidação. As companhias 
que ficarão no mercado são aquelas 
que conseguirem ganhar escala, e isso 
pode acontecer pela aquisição de es-
túdios ou desenvolvedores menores”, 
acredita Luis Diez. “Tanto para supor-
tar investimentos quanto para criar 
esse efeito de rede que os jovens ga-
mers procuram. São dois desafios que 
as companhias terão que resolver”, 
analisa.
Ele aposta, por exemplo, na geração de 
franquias, da mesma forma que fazem hoje 
grandes companhias do mercado audiovi-
sual, como Marvel Studios, que coleciona 
personagens famosos como Homem-A-
ranha, Hulk, Homem de Ferro e Capitão 
América. “Criar filmes e outros negócios 
baseados nos videogames pode ser um 
terceiro desafio e também uma oportuni-
dade”, observa.
8 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022 C I Ê N C I A
Drogas 
antitumorais 
costumam ter 
efeitos colaterais 
importantes
8
Pacientes com câncer retal avançado no local, são geralmente tratados com 
quimioterapia neoadjuvante e radiação.
Acharam mesmo a cura para o câncer?
Publicado em 22 de setembro de 2022 por Cientistas descobriram que Por Dr. Bruno 
Costa da Silva do Champalimaud Centre for the Unknown/Lisboa, Portugal
Disponível em: https://cientistasdescobriramque.com/2022/09/22/acharam-mesmo-a-cura-para-o-cancer/. Acesso em 27 set.. 2022.
JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022
Nas primeiras semanas de junho de 2022, uma 
notícia sobre uma suposta “cura definitiva para o 
câncer” despertou entusiasmados debates tanto 
do público leigo, quanto de especialistas na área 
de oncologia/oncobiologia. Resumidamente, em 
um artigo publicado em junho de 2022 na re-
nomada revista médica New England Journal of 
Medicine e liderado pelo médico Luis Diaz Jr., 
do centro de pesquisa e tratamento ao câncer 
Memorial Sloan Kettering Cancer Center (Nova 
Iorque – EUA) cientistas descobriramque 
uma droga pode, em princípio, erra-
dicar completamente tumores em 
100% dos pacientes tratados. De 
fato, nunca se tinha ouvido tal no-
tícia em toda a história da medicina. 
Seria esta droga uma nova penicilina 
que revolucionou o tratamento de 
doenças infecciosas, ou uma nova esta-
tina que revolucionou a prevenção contra 
doenças vasculares? Seríamos nós, os felizardos 
de estarmos vivos na época em que a medicina 
erradicou “o câncer”? Seria este que vos escreve 
o mais novo cientista desempregado? Certamen-
te, uma descoberta dessa envergadura justificaria 
uma leitura mais atenta além das manchetes dos 
jornalões e portais de notícias online.
Em uma primeira leitura do artigo original, já é 
possível perceber que o alvo terapêutico (a mo-
lécula do nosso corpo ou do tumor à qual o tra-
tamento antitumoral é dirigido) é uma badalada, 
porém conhecida molécula chamada de PD-1. O 
PD-1, que age como um freio para as células do 
nosso sistema imune não atacarem células tumo-
rais. A droga utilizada (dostarlimab) pertence a 
uma categoria de drogas que atuam destravando 
a frenagem de PD-1, permitindo que as células do 
sistema imune matem as células tumorais.
Outra observação interessante foi que o estudo 
em questão testou esta droga apenas em pa-
cientes com tumores de reto, o que já não nos 
garante que a mesma estratégia será uma “bala 
de prata” universal para eliminar outros tumores. 
Outro dado importante diz respeito ao número 
de pacientes tratados, que neste caso fo-
ram apenas 12 pacientes. Esta informa-
ção além de reduzir um pouco mais 
a pirotecnia das manchetes originais 
leva a outro questionamento: por 
que apenas 12 pacientes foram tra-
tados? Seria o grande trunfo do tra-
balho não necessariamente achar uma 
droga revolucionária, mas sim identificar 
um grupo de pacientes que respondam 
bem a esse tratamento? De fato, o artigo deixa 
claro que apenas um pequeno grupo de pacien-
tes com tumores de reto (com um tipo de ins-
tabilidade genética responsável pela ocorrência 
exacerbada de mutações gênicas) foi escolhido 
para o estudo.
Uma breve visita aos trabalhos anteriores do gru-
po do Dr. Diaz nos leva a outro artigo publicado 
na mesma revista em 2015, que demonstra que a 
droga dostarlimab foi efetiva apenas em pacien-
tes com tumores com a tal instabilidade genéti-
ca. O que é interessante nesse artigo de 2015 
é que, diferentemente dos 100% de resposta ao 
tratamento observado no trabalho de 2022, o 
grupo observou 
uma resposta de 
apenas 40% nos 
pacientes tratados.
Uma leitura mais 
atenta mostra que 
uma diferença importante 
entre os dois estudos foi a fase 
da doença em que os pacientes foram 
tratados. Enquanto em 2015 tratou-se apenas 
pacientes com doença já avançada, em 2022 o 
tratamento foi dado a pacientes sem manifesta-
ção de metástases distantes. Além do tratamento 
ter sido iniciado antes do potencial espalhamento 
do tumor, utilizou-se o inibidor de PD-1 (dostar-
limab) como o único tratamento fornecido aos 
pacientes, o que é algo ainda pouco estudado na 
literatura médica. Outra potencial vantagem foi 
que os pacientes nunca sofreram os insultos pro-
venientes da remoção cirúrgica do(s) tumor(es) e/
ou da administração sistêmica de quimioterapias, 
o que pode, por si só, ter contribuído para a me-
lhor saúde dos pacientes e evitado a seleção de 
células tumorais mais agressivas por conta da qui-
mioterapia.
Apesar do “banho de água fria” no entusiasmo 
inicial das notícias e da garantia de que o que 
vos escreve manterá (pelo menos por agora) o 
seu emprego como pesquisador de oncobiolo-
gia, cabe ressaltar que a tal instabilidade genética 
também é presente em alguns tipos de tumores 
de pâncreas, estômago e próstata, tornando pelo 
menos parte dos pacientes com estes tumores 
potenciais beneficiários do tratamento com dos-
tarlimab ou outras drogas da mesma cate-
goria.
Outro avanço demonstrado neste tra-
balho é a viabilidade de se encontrar ca-
racterísticas específicas de tumores que 
identifiquem pacientes que possam tirar 
mais proveito de tratamentos antitumorais 
específicos.
Vale deixar claro que, como drogas anti-
tumorais costumam ter efeitos colaterais 
importantes, a identificação de pacientes 
não respondedores pode não apenas pou-
par nos custos elevados com estes trata-
mentos, mas também poupar os pacientes 
de efeitos colaterais muitas vezes nocivos 
e que podem contribuir ainda mais para a 
deterioração da saúde dos pacientes onco-
lógicos.
9Periódico pedagógico para estudantes 9Periódico pedagógico para estudantesE D U C A Ç Ã O
8 aplicativos para estudar de forma mais interativa
Na edição 9 do nosso jornal Lupa apresentamos 5 aplicativos para estudar com mais 
organização. Na presente edição, trazemos aplicativos gratuitos que podem tornar os 
seus estudos mais dinâmicos e interativos:
Quer organizar seus estudos do dia a dia? 
Então precisa de aplicativos eficientes e, 
de preferência, gratuitos para se aprofun-
dar no assunto.
TV Escola
O Governo criou alguns aplicativos que 
serão muito úteis para os seus estudos. 
O mais interessante deles é o TV Escola. 
Ele é uma plataforma de vídeos só que 
ensinam várias matérias da escola. É para 
baixar e começar a assistir já!
Logo, o TV Escola funciona até para 
quem não está no ensino médio mais. Ou 
para aqueles que querem ter um compa-
nheiro de estudos, mas não tem muita 
grana para investir em cursinho. Ele fun-
cionará como um EAD, educação a dis-
tância, para que você tenha aulas diárias 
através de vídeos e de todos os assuntos 
que precisa para o vestibular. Aproveite!
Duolingo
Agora, se quer estudar outros idiomas, 
vale optar por tirar 10 minutinhos do seu 
tempo por dia para usar o Duolingo. Cla-
ro, esse é o tempo mais básico de todos! 
Com o aplicativo você sentirá que está 
brincando e não estudando.
As tarefas são bem simples, trabalham 
vocabulários e verbos específicos por 
vez. Ele é baseado naquilo de saber a 
tradução para entender a frase. Algumas 
escolas de ensino de línguas não curtem 
muito essa prática de traduzir para o nos-
so idioma. Mas vale a experiência.
AppProva
O AppProva trabalha com um banco 
de dados de questões de vestibulares 
passados. Nele, o usuário tem a chance 
de responder às perguntas, enquanto o 
aplicativo registra o tempo passado até a 
escolha da resposta e quantifica automa-
ticamente os pontos acumulados.
Caso o usuário erre alguma resposta, o 
aplicativo sugere uma dedicação maior a 
tópicos específicos do programa da ma-
téria aos quais a questão se relaciona.
PhotoMath
O PhotoMath é um aplicativo para resol-
ver problemas matemáticos. Ele realiza 
operações e informa não apenas o resul-
tado final, como também o passo a passo 
de toda a resolução. A cálculo que deve 
ser resolvido pode ser descrito através 
do teclado ou mesmo usando a câmera 
do celular para identificar qual o proble-
ma a ser resolvido
Ele pode ler e resolver operações que vão 
desde a aritmética básica como contas de 
adição, subtração, divisão, multiplicação, 
fração, raiz, quadrada e mesmo resolver 
algumas equações mais complexas. É ne-
cessário que o aluno escreva os algarismos 
de uma determinada maneira para que o 
aplicativo não apresente erros. A própria 
plataforma libera a consulta às sugestões.
Google Lens
Enquanto o PhotoMath tem seu foco 
voltado para questões matemáticas, o 
Google Lens oferece uma pesquisa um 
pouco mais ampla, embora também sir-
va para operações matemáticas. A partir 
dele é possível pesquisar plantas a par-
tir de fotos tiradas e até mesmo traduzir 
textos, dentre outras possibilidades que 
vão além dos estudos.
Issuu
Gosta de ler livros e revistas para incre-
mentar na hora de estudar? Então, preci-
sa conhecer o aplicativo chamado Issuu. 
Nele você encontra várias revistas, livros, 
e-books, sobre diversos assuntos. Assim, 
você conseguirá estudar pelo celular e 
até pelo computador de uma maneira 
muito mais simples.
Dá até para colocar o que quiser disponí-
vel offline, assim, não precisa gastar a suainternet fora de casa!
Basta você procurar pela temática ou 
matéria que já aparecem vários livros 
e e-books indicados para aquele tema. 
Busquei por biologia. Observe abaixo al-
guns dos resultados que encontrei.
Dá para separar os conteúdos em pastas, 
o que facilita ainda mais na hora de en-
contrar o que deseja.
12 min
Outro aplicativo para te ajudar na hora da 
leitura é o 12 min. Ele oferece resumo de 
diversos livros e a média de tempo que 
você leva para consumir esse conteúdo é 
de 12 minutos.
Pensando que a vida de estudante é uma 
correria e ao mesmo tempo uma quantida-
de de material pra estudar sem fim, o apli-
cativo 12 min já é aquela ajudinha para en-
tender vários assuntos em menos tempo. 
Assim, você consegue conhecer diversos 
temas de forma rápida e ainda vai conseguir 
tirar um tempo para dar aquela respirada 
entre uma matéria e outra.
Flipboard
Agora, se você precisa acompanhar mais 
de perto o que acontece no mundo, vale 
baixar o Flipboard. Isso é importante para 
quem quer ir bem no Enem, já que saber 
sobre a atualidade é importante para a 
prova, uma vez que ela utiliza de aconte-
cimentos recentes em suas questões.
O Flipboard funciona como uma revista, 
capturando as principais notícias do dia de 
diversos sites de notícias para facilitar a sua 
vida corrida. Vale selecionar os temas que 
mais te interessam e fazer um feed com os 
assuntos mais importantes para você.
Aplicativo para conferir a nota do 
ENEM: Gabarito ENEM Stoodi
Desenvolvido pela Usemobile, em parceria 
com a Stoodi, o aplicativo Gabarito ENEM 
Stoodi possui um grande diferencial. Além 
de mostrar o gabarito do ENEM, ele calcula 
uma nota estimada, mais aproximada pos-
sível da real, com base no sistema de corre-
ção das provas, o TRI.
Funciona da seguinte forma: o estudante, 
ao sair da prova, preenche o gabarito de 
acordo com as suas respostas. Logo após 
o término das provas, o time de profes-
sores do Stoodi disponibiliza um gabarito 
não oficial de cada caderno e esse gaba-
rito é levado em consideração para exibir 
a quantidade de questões corretas.
Assim que o gabarito oficial for disponibi-
lizado pelo INEP, o aplicativo é atualizado, 
disponibilizando o gabarito oficial. E, com 
as respostas dos alunos, a ferramenta 
fará uma estimativa da nota do Enem de 
cada usuário do app. Quanto mais pesso-
as cadastrarem seus gabaritos, mais apro-
ximada será a nota estimada da real em 
função da metodologia TRI.
Dessa forma, o aplicativo permite que 
você saiba com antecedência suas chan-
ces de ser aprovado no curso e na univer-
sidade dos seus sonhos!
10 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 202210 E C O L O G I A
Abelhas sem ferrão se 
revelam tesouro do Brasil para 
gastronomia, cosméticos e 
remédios
Funcionário público de 66 anos cria abelhas mandaguari e defende 
seu potencial ainda pouco conhecido, mas que começa a despertar 
mais interesse no país.
Por France Presse. Disponível em: 
https://g1.globo.com/olha-que-legal/noticia/2022/07/23/abelhas-sem-ferrao-se-revelam-tesouro-do-
brasil-para-gastronomia-cosmeticos-e-remedios.ghtml
Luiz Lustosa retira a tampa de uma caixa 
de madeira, e a reação é quase imediata: de 
dentro de pequenas crateras de cera, brotam 
milhares de abelhas mandaguari, que voam, 
formando uma nuvem que o envolve.
“Que maravilha!”, exclama o funcionário pú-
blico, de 66 anos, que dedica seu tempo li-
vre à reprodução de abelhas nativas, ativida-
de que desperta cada vez mais interesse no 
Brasil por seu potencial na alta gastronomia e 
uso muito incipiente na indústria de cosméti-
cos e no desenvolvimento de remédios.
Lustosa veste apenas uma camiseta 
branca de manga comprida, jeans e 
um chapéu com uma rede que co-
bre seu rosto. A pouca proteção 
contra o enxame não é um des-
cuido: as abelhas nativas, sem fer-
rão, convivem de forma harmônica 
com o homem e têm um potencial 
enorme na preservação ambiental.
Presidente do Instituto Abelha Nativa 
em Brasília, Lustosa se animou a trabalhar na 
reprodução de seis espécies quando perce-
beu, com outros pesquisadores, que elas es-
tavam em extinção: “Mas não eram apenas as 
abelhas, e sim a natureza” em retrocesso.
“Explicamos às crianças que as abelhas não 
picam. Elas são necessárias para o meio am-
biente e a natureza e estão aqui para nos aju-
dar”, diz Lustosa no instituto, onde ministra 
oficinas de criação e de reprodução, além de 
vender favos e mel de abelhas nativas.
As abelhas nativas se popularizaram para 
além dos territórios indígenas e quilombos, 
onde seus benefícios foram aproveitados his-
toricamente. Embora o interesse tenha cres-
cido durante a pandemia, com mais adeptos 
da criação caseira como hobby, ou para con-
tribuir com a preservação, as abelhas nativas 
são um tesouro pouco conhecido no país.
“As abelhas possibilitam negócios com impac-
to positivo na sociedade, no meio ambiente 
e na agricultura”, resume Cristiano Menezes, 
especialista em meliponicultura da Empresa 
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embra-
pa).
Jataí, uruçu, mandaçaia, mandaguari... das 
550 espécies sem ferrão identificadas em 
países tropicais e subtropicais, cerca de 250 
foram encontradas no Brasil, diz Menezes.
Nas fazendas, muitos apostam em favos de 
abelhas nativas para polinizar e au-
mentar a produção em cultivos de 
frutas vermelhas, peras e abaca-
tes, entre outros. Mas também 
começou a ser explorado o uso 
do seu mel - considerado mais 
saudável, devido à menor quan-
tidade de açúcar e menor índice 
glicêmico - na cosmética e gastro-
nomia.
Com sabor e acidez diferentes, dependendo 
da espécie, o mel dessas abelhas é mais cobi-
çado que o das abelhas com ferrão, que pro-
duzem até 30 vezes mais. Enquanto o quilo 
de mel das primeiras é vendido por US $6, o 
das abelhas nativas chega a US $55.
Um mundo ‘rico como o vinho’.
As abelhas nativas foram, em boa parte, es-
quecidas na colonização das Américas. Atri-
bui-se aos jesuítas a introdução de abelhas 
com ferrão procedentes da África. Elas eram 
apreciadas no começo do século XIX por pro-
duzirem uma cera mais espessa, necessária 
para a fabricação de velas.
Diferentemente das africanas, que, muitas 
vezes, buscam alimento em restos de comida, 
ou em qualquer lugar onde encontrem açúcar, 
as nativas se alimentam apenas de frutos e de 
f l o r e s 
de árvores 
nativas. Por 
isso, para os cria-
dores, plantar árvores 
é tão importante quanto 
reproduzir insetos.
“Dependem de que a floresta este-
ja de pé. Por isso, os criadores de abe-
lhas são agentes de preservação, têm esse 
interesse”, explica à AFP Jerônimo Villas-
-Bôas, ecologista e criador de abelhas nativas 
em São Paulo.
Villas-Bôas ajuda comunidades tradicionais a 
melhorarem a cadeia produtiva do mel, para 
que esta se torne um negócio.
Entre os clientes de Villas-Bôas está o chef 
Alex Atala, responsável pelo restaurante 
D.O.M, que ostenta duas estrelas no guia Mi-
chelin. Conhecido por explorar sabores locais 
em sua cozinha, Atala compartilha o fascínio 
pelas abelhas nativas, cujo mel é ingrediente 
de um dos pratos de seu cardápio.
É uma das partes “mais divertidas do menu”, 
conta Atala à AFP, na cozinha de seu restau-
rante, situado em um dos bairros mais exclu-
sivos de São Paulo.
Trata-se de um pedaço de mandioca cozido 
no leite, com molho branco e banhado em 
mel de abelha tubi, servido entre o prato 
principal e a sobremesa.
“Temos um mundo tão rico quanto o do vinho 
para conhecer, méis tão deliciosos quanto vina-
gres balsâmicos”, diz Atala, para quem apostar 
no mel de abelhas nativas também é uma rei-
vindicação da biodiversidade brasileira.
“Comer nossa biodiversidade irá gerar valor 
a produtos que estão esquecidos, desvalori-
zados, talvez apenas na memória dos nossos 
povos originários”, completou.
O mel dessas 
abelhas é mais 
cobiçado que o das 
abelhas com 
ferrão
JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022
https://g1.globo.com/olha-que-legal/noticia/2022/07/23/abelhas-sem-ferrao-se-revelam-tesouro-do-brasil-para-gastronomia-cosmeticos-e-remedios.ghtml
https://g1.globo.com/olha-que-legal/noticia/2022/07/23/abelhas-sem-ferrao-se-revelam-tesouro-do-brasil-para-gastronomia-cosmeticos-e-remedios.ghtml11Periódico pedagógico para estudantes 11Periódico pedagógico para estudantesE N E M
Dicas de redação para o Enem
Preparar-se para a prova, ler cuidadosamente a coletânea e organizar ideias e 
argumentos estão entre as principais dicas de redação para o Enem.
Por Perez, Luana Castro Alves. “Dicas de redação para o Enem”; Brasil Escola. 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/dicas-redacao-para-enem.htm. 
Acesso em 25 de setembro de 2022
A redação do Enem permite que o candida-
to mostre seu repertório cultural. Estabele-
cer relações dialógicas com outras áreas do 
saber é fundamental.
Você se sente preparado para escrever a 
redação do Exame Nacional do Ensino Mé-
dio? Para atingir uma boa pontuação na-
quela que é uma das partes mais importan-
tes do exame — a redação —, você precisa 
preparar-se e ficar atento ao que acontece 
no Brasil e no mundo. Lembre-se de que, 
mesmo que você tenha dificuldades com as 
outras provas, é na prova de redação que 
você tem a chance de melhorar sua média, 
portanto, vamos estudar!
Dicas de redação para o Enem
Preparando-se para o Enem:
■ Você estuda para a prova de Matemática, 
Português, História e outras disciplinas, 
não é mesmo? Por que não estudar para a 
prova de Redação? É na prova de redação 
que você tem a oportunidade de mostrar 
todo o seu repertório cultural, tudo aquilo 
que você aprendeu com a literatura, com 
o cinema, com a música, com os noticiá-
rios etc. Se você ainda não se interessou 
por nenhuma dessas áreas, é hora de se 
redimir. Leia mais, amplie os horizontes 
e as chances de mostrar para o corretor 
que você é capaz de criar, desenvolver e 
defender uma ideia.
■ Caso você tenha curiosidade, pesquise 
redações que atingiram a nota máxima ao 
longo dos anos de ocorrência do exame. 
Você vai perceber que todas elas saem do 
previsível, afastam-se dos clichês e esta-
belecem uma competente relação dialógica 
com outras áreas do conhecimento, como a 
História, a Geografia e a literatura, sempre 
respeitando o tema e aproveitando ao má-
ximo as informações da coletânea.
Como escrever a redação do Enem?
■ Você já deve saber que o tipo textual cobra-
do no Enem é a dissertação, texto argumen-
tativo que exige do autor o desenvolvimento 
de uma ideia e um posicionamento crítico so-
bre ela. Para que o tema seja desenvolvido 
de maneira imparcial, você deve apresentar 
ideias favoráveis e ideias contrárias à sua pró-
pria opinião, elementos indispensáveis para 
a estratégia de persuasão, afinal de contas, 
um texto argumentativo tem como finalidade 
convencer o leitor.
■ Muitas pessoas deixam para conferir o 
tema da redação apenas no final da 
prova, o que é, para a maioria dos 
professores, um erro. Ao receber 
a prova, veja qual é o tema da 
redação e, enquanto você resol-
ve as questões objetivas, pode ir 
amadurecendo ideias para o seu 
texto, anotando-as. É interessante 
observar que, muitas vezes, o tema 
da redação esteve presente nas questões 
objetivas do Exame, o que poderá fornecer 
subsídios para o seu texto.
■ Nunca despreze a coletânea de textos: ela 
deve ser aproveitada ao máximo, especial-
mente se você não domina o tema exigido. 
Ao ler a coletânea, faça observações sobre 
a maneira adequada de aproveitar os textos, 
pois eles devem ser fonte de informação e 
jamais devem ser copiados ou parafraseados. 
O candidato 
deve inter-
pretar esses 
textos e uti-
lizar as infor-
mações neles 
contidas para 
criar sua argu-
mentação.
■ Elabore uma 
lista com todas 
as ideias que você 
teve no decorrer da 
prova, além das ideias que 
surgiram com a leitura da cole-
tânea, e procure definir sua tese, 
ou seja, o que você pretende defender 
no seu texto. Elabore seus argumentos e 
concentre-se para apresentar uma boa pro-
posta de intervenção para o problema apre-
sentado, esse é um elemento imprescindível 
na redação do Enem. A proposta de inter-
venção não deve ser confundida com uma 
conclusão, pois não basta concluir o texto, 
é obrigatória a apresentação de soluções 
viáveis que respeitem os direitos humanos, 
tópico previsto na matriz de referência do 
Exame. A proposta deve estar bem deta-
lhada e apresentar conexão com os argu-
mentos desenvolvidos ao longo da 
redação.
■ Respeite o limite de linhas, lem-
bre-se de que as partes do texto 
devem ser proporcionais, o que 
significa que você não deve fazer, 
por exemplo, uma introdução ou 
conclusão longas demais. Para evitar 
esse tipo de erro, é importante que você 
planeje a quantidade de linhas que cada pará-
grafo deve ter. O ideal é que você dispense um 
parágrafo para a introdução (apresentação do 
tema), dois ou três para o desenvolvimento (ar-
gumentação) e um para a conclusão (proposta 
de intervenção). Revise seu texto e fique atento 
à coerência, coesão, redundância e erros gra-
maticais. Além disso, se possível, passe seu tex-
to a limpo, capriche na letra e boa sorte!
O candidato 
deve interpretar 
esses textos e utilizar 
as informações neles 
contidas para criar 
sua argumentação.
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/dicas-redacao-para-enem.htm
12 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022
Eduardo Kobra
Da periferia de São Paulo para o mundo. Nascido em 1975 no Jardim Martinica, bairro pobre da zona sul paulistana, o 
artista Eduardo Kobra tornou-se um dos mais reconhecidos muralistas da atualidade, com obras em 5 continentes
Disponível em: https://www.eduardokobra.com/biografia. Acesso em: 29/09/2022
Desde os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, ele 
detém o recorde de maior mural grafitado do mun-
do – primeiro com ‘Etnias’, pintado para celebrar 
o evento, com 2,5 mil metros quadrados; marca 
superada por ele mesmo em 2017, com uma obra 
em homenagem ao chocolate que ocupa um pa-
redão de 5.742 metros quadrados às margens da 
Rodovia Castello Branco, na Região Metropolitana 
de São Paulo.
Uma de suas obras mais famosas é ‘O Beijo’, exe-
cutada em 2012 no High Line, em Nova York – 
apagada quatro anos mais tarde. Trata-se de uma 
releitura cheia de cores da imagem feita pelo fo-
tojornalista norte-americano Alfred Eisenstaedt 
(1898-1995) em 13 de agosto de 1945, quando o 
povo saiu às ruas para comemorar o fim da Segun-
da Guerra Mundial.
Kobra começou a desenhar em muros na clandes-
tinidade, como pichador, ainda durante a adoles-
cência. O gosto pela espontânea arte de rua já era 
visível no garoto, que colecionava advertências 
por intervenções não autorizadas na escola e che-
gou a ser detido três vezes por crime ambiental 
– justamente por conta do uso irregular de sprays 
em muros das redondezas.
Nos anos 1990, trabalhou fazendo cartazes, pin-
tando cenários de brinquedos e criando imagens 
decorativas para eventos naquele que era o maior 
parque de diversões do Brasil. Era a primeira vez 
que ele, filho de um tapeceiro e de uma dona 
de casa, ganhava dinheiro com suas imagens. O 
trabalho foi bem-sucedido, tanto que lhe rendeu 
convites para atuar também em outras em-
presas e junto a agências de publicidade.
Sua arte urbana começou a ganhar visi-
bilidade na década seguinte. Em 2007, 
apareceu com destaque na mídia pela 
primeira vez por causa do projeto 
Muro das Memórias, em que mer-
gulhou no universo das fotos antigas 
de São Paulo e passou a reproduzi-las 
nas ruas em tons de sépia ou em preto 
e branco, apresentando um estilo de grafite 
diverso daquele que se espalhava pela cidade.
Esse projeto acabou se tornando uma marca, em-
brião de muito do que viria a seguir.
Kobra se tornou um obstinado pesquisador de 
imagens históricas e não foram poucas as vezes 
em que tal predileção, estampada em muros gi-
gantescos, acabou servindo para resgatar a im-
portância de lugares e fortalecer a sensação de 
pertencimento de seus habitantes.
Autodidata, o muralista admite que aprendeu e 
desenvolveu sua arte ao observar a obra de artis-
tas que admira – do misterioso expoente da stre-
et art Banksy, britânico cuja identidade jamais foi 
revelada, a nomes como o norte-americano Eric 
Grohe (1944- ), o também norte-americano Keith 
Haring(1958-1990) e o mexicano Diego Rivera 
(1886-1957).
Os projetos passaram a se somar. Em Greenpincel, 
Kobra demonstra uma eloquente preocupação 
com causas ambientais. Esses painéis, compos-
tos por uma imagem e uma frase de protesto, são 
fortes panfletos em prol de causas ecológicas. 
Nesse sentido, seus genuínos temas vão 
desde o combate à pesca predatória 
até o veto à exploração de animais 
em eventos como o rodeio. Aqueci-
mento global, poluição da água e do 
ar e desmatamento também apare-
cem em seus murais.
Em 2009, Kobra se deparou com pin-
turas de street art tridimensionais. De-
cidiu que também poderia fazê-las. Mer-
gulhou em seu ateliê, realizou testes diversos e, 
em seguida, colocou sua arte na rua. Primeiro na 
Avenida Paulista, coração simbólico e financeiro 
de São Paulo. Depois, em exposições ao redor do 
mundo, de festivais em Dubai, nos Emirados Ára-
bes Unidos, a eventos nos Estados Unidos.
Sua sensibilidade para as mazelas sociais resultou 
no projeto Realidade Aumentada, em que pintou 
dez painéis em dez dias em 2015, sempre cha-
mando a atenção para uma questão importante 
– de uma menina desaparecida a um morador de 
rua que escreve poemas, passando pela história 
de uma bailarina de origem pobre da periferia pau-
listana.
Mais recentemente, em uma revisita atualizada 
às imagens antigas, Kobra criou a série Recortes 
da História. Em vez de partir de velhas fotogra-
fias que retratem a memória de um lugar, o artis-
ta volta-se para momentos marcantes da história 
da humanidade. Assim, cenas como a do ativista 
norte-americano Martin Luther King (1929-1968) 
proferindo um discurso contra o racismo ganha-
ram os muros pelos traços do artista brasileiro.
Já no projeto Olhar a Paz, Kobra retrata persona-
lidades históricas que tenham lutado contra a vio-
lência, pela disseminação de uma cultura de paz 
pelo mundo. É quando a arte do brasileiro endossa 
– e muitas vezes ecoa – mensagens de fraterni-
dade e não-violência. Ele já estampou em muros 
o ativista indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), 
a vítima do Holocausto Anne Frank (1929-1945), 
a ativista paquistanesa Malala Yousafzai (1997- ) 
e o cientista alemão Albert Einstein (1879-1955), 
entre outros exemplos.
A herança de seu passado no hip-hop é revivida 
no estilo mais marcante de sua arte: imagens hi-
per-realistas, muitas vezes baseadas em fotogra-
fias de personalidades, como o arquiteto brasileiro 
Oscar Niemeyer (1907-2012), o artista espanhol 
Salvador Dalí (1904-1989) e o músico brasileiro 
Chico Buarque (1944- ), cobertas com cores for-
tes e contrastantes. Essas cores acabaram se tor-
nando seu principal cartão de visitas ao redor do 
mundo, o estilo marcante de sua obra. E, em maior 
ou menor grau, passaram a aparecer em obras das 
mais diversas fases de sua carreira.
Seu primeiro mural fora do Brasil foi em Lyon, na 
França, em 2011. Na época, havia sido convidado 
para ilustrar um paredão de um bairro que passa-
va por processo de revitalização – ou seja, lançou 
mão de sua vertente Muros da Memória para aju-
dar na valorização histórica da região. De lá para 
cá, já pintou em países como Espanha, Itália, No-
ruega, Inglaterra, Malaui, Índia, Japão, Emirados 
Árabes Unidos, além de diversas cidades norte-a-
mericanas.
Mora em São Paulo, onde também fica seu ateliê.
P E R S O N A L I D A D E12 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022
Sua 
sensibilidade 
para as mazelas 
sociais resultou no 
projeto Realidade 
Aumentada, em que 
pintou dez painéis em 
dez dias em 
2015
https://www.eduardokobra.com/biografia
13Periódico pedagógico para estudantes
Influenciador digital 
se consolida como 
profissão do agora e 
do futuro
Para Fátima Pissara, CEO da Mynd, 
qualquer pessoa pode criar conteúdo, 
ganhar a confiança dos consumidores e 
alavancar negócios no ambiente digital
Disponível em: 
https://www.meioemensagem.com.br/home/patrocinado/
mynd/2022/08/12/influenciador-digital-se-consolida-como-profissao-
do-agora-e-do-futuro.html Acesso em: 21 set. 2022.
Segundo pesquisa da SignalFire, do final de 
2020, existem pelo menos 50 milhões de in-
fluenciadores no mundo inteiro, que acumulam 
um faturamento anual de US $100 bilhões por 
meio de plataformas como Instagram, Twitch e 
YouTube.
Quando o assunto é o Brasil, estamos falando 
do país dos influenciadores: são cerca de 500 
mil, segundo levantamento da Nielsen. Soma-
-se a isso o fato de que 140 milhões de 
brasileiros estão nas redes sociais e, 
destes, 52% seguem pelo menos um 
influenciador, de acordo com pes-
quisa do Ibope Inteligência de 2021.
Essa realidade foi sendo moldada 
na última década e passou por gran-
des transformações através dos anos, 
acompanhando as tendências, a morte 
e o nascimento de redes sociais, o compor-
tamento dos consumidores e a valorização dos 
criadores de conteúdo por grandes players do 
mercado como oportunidades de negócio.
Hoje, é pouco provável que as marcas que dese-
jam se destacar nas redes sociais e outras mídias 
não procurem influenciadores para trazer mais 
humanização e novas narrativas para ampliar o 
awareness e vender seu produto ou serviço.
Segundo levantamento da Invesp, 72% dos con-
sumidores confiam mais em uma empresa de-
pois que ela é recomendada por um influencer e 
92% confiam em avaliações de influencers ao in-
vés de em anúncios clássicos e recomendações 
de celebridades.
É fruto da solidificação desse mercado também 
a democratização da profissão influencer. Hoje, 
fazem dinheiro na internet não só criadores 
com milhões de seguidores, como é o caso de 
Whindersson Nunes ou Camilla de Lucas, mas 
também os que trabalham com nichos em escala 
bem menor e possuem poucos seguidores, mas 
que trazem uma comunicação direcionada e en-
dosso em temáticas que atuam.
“O mercado está muito diferente do que era há 
10, cinco e até dois anos. Ganhar dinheiro na in-
ternet nunca foi tão possível, e a expansão des-
te mercado está apenas no começo” afirma 
Fátima Pissarra, CEO da Mynd, maior 
agência especializada em marketing 
de influência e entretenimento da 
América Latina.
Para se ter uma ideia da dimensão 
dessa economia no Brasil, o número 
de influenciadores no país já supe-
ra o de dentistas, arquitetos e enge-
nheiros civis que se formam por aqui. 
Para Pissarra, a verdade é que criar conteúdo 
pode andar lado a lado a qualquer que seja a sua 
profissão.
“Por natureza, nós já influenciamos as pessoas à 
nossa volta o tempo todo. Então, você pode pe-
gar o que faz de melhor e se transformar em um 
influenciador. É pegar o seu trabalho principal e 
estendê-lo, como um empreendimento, aplican-
do rotinas, processos e colocando isso como um 
trabalho real”, afirma.
Fátima Pissarra é uma das pioneiras do marke-
ting digital no Brasil e, recentemente, lançou o 
livro “Profissão Influencer: Como fazer sucesso 
dentro e fora da internet” (Harper Collins, 2022), 
em que se aprofunda na sua expertise com in-
fluenciadores digitais e marcas. Um manual de 
boas práticas, o livro traz dicas valiosas para no-
vos criadores e empreendedores que desejam 
apostar nesse universo, assim como um panora-
ma geral do mercado e como se desenvolver de 
forma estruturada e profissional.
Com mais de 25 anos de carreira, a empresária 
ganhou o título de “influenciadora dos influen-
ciadores”, porque provocou uma verdadeira re-
volução no mercado de marketing de influência 
no Brasil. Como CEO da Mynd, em parceria com 
os sócios, Preta Gil e Carlos Scappini, ela cons-
truiu um casting de mais de 400 criadores, que 
vão de Luísa Sonza, Gil do Vigor, Camilla de Lu-
cas, Pequena Lo, Negra Li, entre outros.
Como construir influência, criar valor e traçar 
estratégias eficazes e lucrativas são alguns dos 
tópicos que o “Profissão Influencer” traz. Fátima 
chama atenção para a importância de levar o 
trabalho de creator a sério, com planejamento, 
processos e destaca que o conteúdo precisa ser 
autêntico.
“Uma das primeiras percepções que tanto in-
fluenciador como a marca precisam ter é a de 
que, agora, relevância é muitomais do que nú-
mero de curtidas. É trabalhar de forma genuína 
e verdadeira, produzindo narrativas mais huma-
nas. Dessa forma que se constrói credibilidade”, 
declara.
“Profissão Influencer” inclui prefácio de Preta Gil 
e depoimentos de diversos artistas mentorados 
por Fátima. O livro já está entre os mais vendi-
dos no site da Amazon e ocupa a 7a posição na 
categoria “Orientação Profissional”.
Se você quer saber como tirar o máximo provei-
to das mídias sociais para lançar-se na carreira de 
influenciador, turbinar as vendas do seu negó-
cio ou simplesmente aprender mais sobre esse 
mercado, compre agora o manual do marketing 
de influência, “Profissão Influencer”, de Fátima 
Pissarra.
13
Criar conteúdo 
pode andar lado a 
lado a qualquer que 
seja a sua profissão
Periódico pedagógico para estudantesP R O F I S S Õ E S
https://www.meioemensagem.com.br/home/patrocinado/mynd/2022/08/12/influenciador-digital-se-consolida-como-profissao-do-agora-e-do-futuro.html
https://www.meioemensagem.com.br/home/patrocinado/mynd/2022/08/12/influenciador-digital-se-consolida-como-profissao-do-agora-e-do-futuro.html
https://www.meioemensagem.com.br/home/patrocinado/mynd/2022/08/12/influenciador-digital-se-consolida-como-profissao-do-agora-e-do-futuro.html
14 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022
Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa
Já aviso que sim, essa crítica tem os spoilers óbvios que todos já sabiam sobre o filme. Então não me 
venha reclamar, você está igual a o padre do filme “A Freira” quando passa pela porta com o twitt de 
Deus “Te garanto até aqui, pra lá tu tá pela tua conta e risco”.
Por Alex. Disponível em: https://cinemaemserie.com.br/filmes/resenha-homem-aranha-sem-volta-pra-casa/. Acesso em: 19 set. 2022.
Isto posto, vamos falar de Homem-Aranha – 
Sem Volta para Casa.
Vamos dar uma geral sobre o filme, tanto a 
Marvel como a Sony investiram pesado na cria-
ção de um hype para esse filme, era boato atrás 
de boato, um disse-me-disse danado. 
E pelo visto muito desse hype se 
converteu em ingressos, em filas, 
brigas nas filas e muitos vídeos 
de youtube te explicando tudo 
que você não queria saber sobre 
todos os filmes do Aranha.
Depois de dois filmes bem media-
nos e com várias ressalvas, achei que 
finalmente acharam o tom certo para o 
Aranha do Tom Holland, que está finalmente 
entendendo o perrengue que é ser o amigão 
da vizinhança. Ainda com a personalidade de 
um jovem que está saindo da adolescência e, 
não costuma pensar muito antes de agir, tem 
que lidar com as consequências do último filme 
onde a sua identidade foi revelada e como isso 
impacta na vida dos seus entes queridos. O 
enredo começa exatamente no momento que o 
filme anterior termina e se desenrola daí. Temos 
algumas informações legais sobre o universo 
dos outros filmes sendo passado de forma 
natural e se você não prestar atenção perde 
detalhes interessantes (fique de olho no Wong 
e pra onde ele está indo e vindo).
Dr Estranho (Benedict Cumberbatch) cumpre 
bem o papel de “tutor” do Aranha, e ajuda 
muito no “amadurecimento” dele. Mas quem 
rouba mesmo a cena é a tia May (Marisa Tomei) 
que dessa vez é mais ativa e faz com que Peter 
comece a assumir a responsabilidade e resolver 
os problemas que ele arruma.
A volta dos vilões
Mas vamos falar do que todos já sabem. Os vi-
lões antigos voltaram e estão sensacionais! Ver 
o Molina como Otto Octavius novamente 
e Dafoe como Norman/ Duende Verde 
aqueceu o coração do jovem que 
assistiu aos primeiros, e melhores, 
filmes do Aranha nos anos 2000. 
As lutas foram boas, mas a intera-
ção entre eles estava ótima. Jamie 
Foxx conseguiu ser um Electro mais 
legal nessa segunda chance, mostrando 
que o “faísca” não é um dos maiores vilões 
do Aranha à toa. O Lagarto continuou sendo 
bem qualquer coisa só aparecendo mesmo nas 
porradas, o Sandman nem vou comentar por-
que admito que deletei o Homem Aranha 3 da 
minha mente e não posso opinar sobre ele.
Um destaque especial para o Duende… Ele 
realmente é o vilão que deveria ser mais explo-
rado pelo MCU. O cara é ruim mesmo.
E vamos para o Spoiler que você já sabe que 
tem, mas se ainda quiser se enganar, pule esse 
parágrafo e vá direto para o último. Esse é o 
segundo aviso, nem vem reclamar depois.
Sim, temos os três Aranhas aparecendo no fil-
me!!!! E o melhor, interagindo e falando como a 
vida deles seguiram nos seus universos e todos 
falam a frase. Tobey e Andrew voltam a dar 
vida a Peter Parker, cada um com a sua perso-
nalidade, Tobey com o Aranha mais experiente 
que já passou por muita coisa e conseguiu levar 
a vida com a sua MJ e acima de tudo sabe o 
peso que a responsabilidade tem. Andrew já 
está numa de ainda ter dúvidas, já que falhou 
em salvar Gwen e ainda não sabe se é digno de 
ser um herói. Eles ajudam o Peter (Tom Holland) 
a entender que fazer o certo pode ter conse-
quências, mas esse é o lance dos Homens-Ara-
nhas.
O filme tem um ritmo muito bom, você não 
sente às 2:28 do filme passar. Diferente do 
segundo, que é bem arrastado. Esse filme diz 
muito sobre como será o futuro do cabeça de 
teia na Marvel/ Sony, sim a Sony está bem ativa 
nesse filme e deve seguir assim em tudo que 
envolve o universo Aranha daqui pra frente.
Admito que torci para termos algo de Milles, 
mas quem sabe para um próximo filme. Ho-
mem-Aranha:Sem Volta para Casa me entregou 
um filme divertido, empolgante, com muito 
fanservice bem feito e um casal que você torce 
para ficarem juntos. Mesmo que não tenha fala-
do até aqui, Zendaya aparece bastante e contri-
bui muito para a jornada de amadurecimento do 
Peter no filme. Saí bem feliz da sala de cinema, 
coisa que não acontecia com um filme live-ac-
tion do aranha desde de 2004 (não conto aqui 
o Aranhaverso porque ele é o melhor filme do 
Aranha). Ele tem seus méritos, seus erros, mas 
na soma final fica com um 8,5 e passa de ano 
com sobra.
Então pode assistir sem medo, ele tem uma 
cena pós crédito bem legal que me deixou bem 
esperançoso. E o Trailer do Dr Estranho 2 que 
vale a pena ver.
Até a próxima.
R E S E N H A
As lutas foram boas, 
mas a interação 
entre eles estava 
ótima.
14 JORNAL LUPA n. 10, OUT. 2022
https://cinemaemserie.com.br/filmes/resenha-homem-aranha-sem-volta-pra-casa/
15Periódico pedagógico para estudantes
R E C E I T A
C U R I O S I D A D E S 15Periódico pedagógico para estudantes
Massa de Panqueca
Tereza Cristina da Silva. Disponível em: https://www.tudogostoso.com.br/receita/82681-massa-de-panqueca.html) 
INGREDIENTES
• 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
• 2 xícaras (chá) de leite
• 3 ovos
• 1 pitada de sal
MODO DE PREPARO
• Bata todos os ingredientes no liquidificador por 2 
minutos.
• Em seguida desligue e, com uma colher, misture a 
farinha que grudou no copo do liquidificador.
• Bata novamente só para misturar e reserve.
• Unte a frigideira com um fio de óleo e leve ao fogo 
até aquecer.
• Com o auxílio de uma concha, pegue uma porção 
de massa e coloque na frigideira, gire a frigideira para 
espalhar bem a massa.
• Abaixe o fogo e deixe dourar por baixo, em seguida 
vire do outro lado e deixe dourar, repita o processo 
com toda a massa.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Dicas para caprichar na sua massa de panqueca:
• Utilize uma frigideira antiaderente média para fritar 
as panquecas.
• Use uma concha média e calcule muito bem a 
quantidade de massa na frigideira.
• Utilize o recheio e o molho de sua preferência.
Já aconteceu uma vez e com certeza acontecerá 
novamente com você. Ao encostar em algum ob-
jeto ou pessoa, sente aquele estalinho e a sensa-
ção de choque. Isso é ainda mais comum em lo-
cais muito frios e com períodos sem chuva.
Mas o que é esse “choque”?
Conforme explica Larissa Moletta, 
professora de Física do Colégio Po-
sitivo Master, em Ponta Grossa (PR), 
todos os corpos são formados por 
átomos, que são compostos de pró-
tons e elétrons. Quando o corpo pos-
sui a mesma quantidade de prótons e 
elétrons, dizemos que ele é neutro. Mas, 
em certas situações, (atrito ou contato entre 
materiais), os corpos podemganhar ou perder 
elétrons. Esse processo de perda ou ganho de 
elétrons chama-se eletrização.
“O corpo humano é um bom condutor de ele-
tricidade, ou seja, permite que cargas elétricas 
(os elétrons) se movimentem livremente, possi-
bilitando a passagem de corrente elétrica. Mui-
tas vezes o nosso corpo fica tão eletrizado (com 
acúmulo de elétrons) que acaba descarregando 
essa energia no primeiro objeto condutor (metal 
ou o corpo de outra pessoa, por exemplo) que 
aparece pela frente. Essa movimentação de car-
gas elétricas acontece de maneira tão veloz que 
conseguimos até sentir, e essa sensação é 
o que chamamos de choque”, explica a 
professora.
É comum percebermos esse cho-
que quando encostamos em ob-
jetos de metal como a porta do 
carro, o registro do chuveiro, a 
maçaneta de uma porta, ou quan-
do encostamos em outra pessoa, pois 
todos são bons condutores de eletrici-
dade, o que permite que a corrente elétrica 
flua no material.
“Há uma tendência que nos mostra que em dias 
frios e secos os corpos eletrizados tendem a fi-
car mais tempo carregados e se acumulam em 
maior quantidade nas superfícies. Essas cargas 
são transmitidas quando encostamos em outra 
pessoa ou objeto. Por isso, no inverno e na épo-
ca de estiagem, a ocorrência de choques é mais 
frequente, pois nosso corpo e os outros mate-
riais condutores acumulam mais energia”, explica 
a professora.
Em épocas mais frias as pessoas usam calçados 
com sola de borracha, blusas de lã ou tecidos sin-
téticos. “Esses materiais, em movimento, acumu-
lam carga”, completa.
E quando acontece entre duas pessoas, de quem 
é a culpa pelo choque?
Nesse caso, pode ser de ambas, o que aumenta-
ria a intensidade do choque, ou de apenas uma 
das pessoas, aquela que esteja mais carregada. 
“Ambos irão sentir a corrente elétrica passando, 
que é como se fosse uma descarga elétrica”, es-
clarece a professora.
Mas não é motivo para se preocupar, pois a in-
tensidade da corrente elétrica é na faixa de 2 mA 
(miliampere), o que não significa risco à saúde.
Como evitar os choques
– Usar calçados que não sejam de borracha;
– Evitar roupas de lã ou tecidos sintéticos;
– Usar panos para abrir maçanetas e torneiras;
– Ao sair do carro, segurar em uma parte me-
tálica da porta ANTES de começar a descer do 
veículo.
Há uma 
tendência que nos 
mostra que em dias 
frios e secos os corpos 
eletrizados tendem 
a ficar mais tempo 
carregados
Por que levamos “choques” ao encostar em um 
objeto ou pessoa? A Física explica.
O corpo humano permite que cargas elétricas (os elétrons) se movimentem livremente, possibilitando a 
passagem de corrente elétrica. 
Por Cecília Aimée Brandão, especial para a Gazeta do Povo.
Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/por-que-levamos-choques-ao-encostar-em-alguem/
https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/por-que-levamos-choques-ao-encostar-em-alguem/
P E R I Ó D I C O P E D A G Ó G I C O PA R A E S T U D A N T E S 
D O E N S I N O F U N D A M E N TA L A N O S F I N A I S E E N S I N O M É D I O .
G O V E R N O D O E S TA D O D E M I N A S G E R A I S
S E C R E TA R I A D E E S TA D O D E E D U C A Ç Ã O D E M I N A S G E R A I S
E S C O L A D E F O R M A Ç Ã O E D E S E N V O LV I M E N T O P R O F I S S I O N A L D E E D U C A D O R E S
JORNAL

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