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aula 4

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FUNDAMENTOS E
METODOLOGIAS PARA
AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
ORAL E ESCRITA
AULA 4
 
 
 
 
 
 
 
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Prof. Gustavo Thayllon França Silva
CONVERSA INICIAL
Anteriormente, discutimos bastante acerca do desenvolvimento da linguagem em seus
diferentes aspectos e dimensões, isto é, pelas perspectivas neurológica, interacionista e cognitiva.
Para além disso, discutimos acerca da história do surgimento da linguagem e do processo de
comunicação humana como um instrumento para o contínuo desenvolvimento social.
Para tanto, nesta etapa vamos nos aprofundar um pouco mais acerca de conceitos importantes
para o constructo teórico e técnico desta disciplina. Já percebeu que, no Brasil, temos diversas
variações linguísticas? Por exemplo, em Curitiba, salsicha se chama vina; em Minas Gerais, tem-se o
costume de chamar pessoas do sexo masculino de menino e pessoas do sexo feminino de menina,
enquanto no Sul são chamados de piá e guria. A todas essas diferenças regionais e culturais, damos o
nome de variações linguísticas, as quais estão diretamente ligadas à cultura e ao amplo espaço
territorial do nosso país.
Provavelmente, você deve estar se perguntando o motivo pelo qual vamos estudar isso. Bom, é
bem simples: temos várias influências linguísticas, culturais e sociais em nosso país, e isso acaba
gerando preconceitos linguísticos, portanto precisamos estar atentos para trabalhar com tais
questões em sala de aula, isto é, a diferença dos regionalismos, sotaques e assim por diante.
Outros aspectos em que vamos nos aprofundar em nossos diálogos é a diferenciação entre
linguagem oral e escrita, que se dará pois em um segundo momento vamos discutir um pouco sobre
o surgimento da linguagem escrita e do próprio alfabeto no papel de instrumento que apoia a
aquisição da aprendizagem da linguagem escrita.
Na sequência, vamos abordar um pouco a função da escrita. Parece óbvio, mas queremos que
você pereba que a escrita tem várias finalidades, por exemplo finalidades pessoais, comerciais,
empresariais e até de comunicação. Para finalização da nossa etapa, vamos abordar quem foi Emília
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Ferrero e suas contribuições para a alfabetização e para a aquisição da linguagem oral e escrita pelas
crianças, bem como seu método de trabalho.
TEMA 1 – DIFERENÇA ENTRE LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
Créditos: New Africa/Shutterstock.
Tanto a língua escrita quanto a língua falada têm um papel e uma função clara em nossa
sociedade. Cada uma serve e é utilizada em um contexto específico e com um grau específico de
formalidade. Assim como as roupas que usamos, a língua se adapta ao contexto e às funções a serem
desenvolvidas naquele contexto. Ninguém iria de traje de gala para um fim de semana na praia, a
não ser que tivesse que comparecer a um evento específico.
Também, ninguém usaria uma roupa de jogar tênis para ir a um casamento (a não ser que ele
fosse temático, festa à fantasia). Da mesma forma, não se escreve uma dissertação para explicar a
importância do protetor solar na praia, fala-se informalmente sobre o tema. Da mesma maneira, não
se publica um diálogo de supermercado como sendo um artigo de jornal. Cada qual tem sua função
e seu contexto.
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Por linguagem oral, podemos entender aquela que também proporciona interatividade e
corrobora com as práticas sociais e culturais. Neste sentido, Rocha, Atis e Neres (2010, p. 7) afirmam
que “A oralidade como uma atividade interativa e inserida nas práticas sociais e culturais leva o
indivíduo a agir de forma crítica e atuante politicamente e socialmente, tudo isso por meio da ‘voz’”.
Assim,
A atividade interativa da mãe é fundamental para a construção da linguagem e para a construção
da criança. Os primeiros sons (balbucios) vão se evoluindo por meio de um jogo de imitação, de
repetições, de reforço, de correções, em que o adulto vai modelando o repertório fonético da
criança. [...] Este comportamento marca um importante passo no desenvolvimento linguístico,
obtendo assim, novas informações sobre o mundo que a cerca. (Felix, 2009)
Neste sentido, precisamos compreender que, na escola, precisa haver a articulação das
atividades que também privilegiem o desenvolvimento da linguagem oral em coparticipação com o
desenvolvimento das habilidades de escrita e, por sua vez, também de leitura.
Rocha, Atis e Neres (2010) ainda comentam a necessidade de estimulação e a importância de
apresentar a linguagem oral como um fator relevante a ser trabalhado nas escolas, tendo em vista
que a todo momento e em todas as práticas sociais e culturais precisamos dela, por exemplo quando
vamos a um prestador de serviços, quando vamos deixar um recado, portanto a escola tem um papel
importante de apresentar aos estudantes a importância e as variedades da linguagem oral.
Já o aspecto da linguagem escrita e da leitura perpassa um processo denominado de
alfabetização, que veremos um pouco mais a fundo adiante em nosso material. De acordo com Mello
(2010), a linguagem escrita é um sistema complexo e simbólico que perpassa tanto pelas práticas
culturais quando pelo aspecto de desenvolvimento de nosso cérebro, ou seja, para esse sistema ser
aprendido, temos inúmeras variáveis, como os desenvolvimentos motor, cognitivo, afetivo e social.
Ainda de acordo com Mello, “A escrita é um simbolismo de segundo ordem, uma vez que se
forma por um sistema de signos que identificam convencionalmente os sons e palavras da linguagem
oral que são, por sua vez, signos de objetos e relações reais” (p. 339)
TEMA 2 – AS VARIANTES LINGUÍSTICAS E O PRECONCEITO
LINGUÍSTICO
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Nos temas anteriores, mencionamos várias vezes que a linguagem oral perpassa por aspectos
culturais e regionais e que tais variações decorrem do amplo território que temos em nosso país.
Essas influências decorrem de aspectos regionais, religiosos, culturais dentre tantos outros.
Na contemporaneidade, temos uma área que busca compreender tais variações e seus
movimentos dentro da sociedade, denominada de sociolinguística. Podemos, assim, entender a
sociolinguística, de acordo com Silva (2015), como
[...] outro enfoque no objeto da linguística, especialmente a partir da segunda metade do século XX,
considera os diversos aspectos relativos às inter-relações humanas que atuam na estruturação das
línguas. A necessidade, sempre premente, de entender a variação e a mudança linguísticas e, ainda,
de compreender as condições sociais de produção e reprodução linguísticas move boa parte dos
estudiosos não adeptos do programa estruturalista. Na modernidade, os principais estudos
produzidos a partir dessa perspectiva se constroem pelos pressupostos da Sociolinguística –
disciplina recente, estabelecida na década de 1960 – que observa a língua como um sistema
heterogêneo e toma a variação e a mudança linguísticas como objeto de reflexão e análise. (p. 16)
Neste sentido, podemos perceber uma direção plural da língua na sociedade: um mesmo termo
pode possuir diferentes significados ou, ainda, objetos podem ter palavras diferentes para os
representar, como é o caso da vina (salsicha) ou ainda do cacetinho (pão). A todas essas variações,
damos o nome de variedades linguísticas, as quais possuem aspectos culturais e sociais envolvidos.
Algo que se faz de grande importância estudarmos são os preconceitos linguísticos, isto é,
aquele julgamento, bullying, ou até um estranhamento em relação a um sotaque diferente do nosso
ou, ainda, em relação a expressões diferentes das que conhecemos. Um exemplo de variedades de
sotaques são os das regiões Sudeste, Sul e Nordeste.
Uma das questões das pessoas que acabam cometendopreconceito linguístico é a afirmação de
que a forma correta de se falar é da forma que se escreve, contudo precisamos entender que na
oralidade muitas questões influenciam, como as emoções, o lócus regional e cultural. Em
contrapartida, precisamos também compreender que existem espaços que demandam uma
linguagem formal ou culta da língua, por exemplo quando ministramos uma palestra, um seminário
ou uma conferência.
Precisamos entender que a língua muda e está em constante mudança pois é uma língua viva,
isto é, precisamos entender a gramática e a forma correta de escrita, mas também entender que
existem diferenças nas mais variadas formas de se falar.
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Quando estamos ensinando Língua Portuguesa nas escolas, precisamos tomar cuidado ao
afirmar que o estudante errou. O erro, às vezes, pode soar de maneira muito forte aos ouvidos desse
estudante, portanto
Deve se levar em conta também que não existe erro de português. Existem diferentes gramáticas
para as diferentes variedades de português, gramáticas que dão conta dos usos que diferem da
alternativa única proposta pela Normativa. Além disso, não se recomenda usar a expressão “erro de
português” para o erro de ortografia. Esta á artificial, ao contrário da língua, que é natural. A
ortografia é uma decisão política, por isso ela pode mudar de uma época para outra. Algumas
línguas não têm sistema escrito nem por isso deixam de possuir sua gramática Outro ponto que
merece destaque é a questão de que tudo o que os gramáticos conservadores chamam de “erro” é
na verdade um fenômeno que tem uma explicação científica perfeitamente demonstrável. Toda
língua muda e varia. O que hoje é visto como certo já foi erro no passado; o que hoje é visto como
erro pode vir a ser perfeitamente aceito como certo no futuro da língua. (Andrade; Santana; Riveiro,
2012, p. 7)
TEMA 3 – A CRIAÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA
Créditos: Tartila/Shutterstock.
A história da escrita surge juntamente com a própria história da linguagem, por meio dos
registros feitos nas cavernas que posteriormente foram sendo aprimoradas até chegar aos sistemas
de leitura e da escrita propriamente dita. Neste sentido, Reis (2019, p. 12) afirma que
Muitos povos atribuíram o surgimento da escrita às divindades ou aos heróis lendários. Desde as
pinturas rupestres, o homem da pré-história sentia necessidade de preservar registros de suas
atividades e de deixar uma marca para a posterioridade. Quando o homem passou de nômade para
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sedentário, iniciando o cultivo do seu alimento e a criação de animais, surgiu a necessidade de um
recurso para registrar as contagens do que possuía e o quanto de alimento havia estocado.
Ainda nesta perspectiva, pensando sob o viés histórico, para que haja a escrita, primeiro
precisamos de um sistema de símbolos que possuam um significado atribuído e que tenha sido
aceito pela sociedade (Higounet, 2013). Neste aspecto, segundo Reis (2019, p. 12),
Antes de chegar a escrita completa, a humanidade usou uma riqueza de símbolos gráficos e
mnemônicos, que são ferramentas de memória, de vários tipos como pictográficos, registros feitos
com nós, ossos ou paus entalhados ou tábuas com mensagens, ligando objetos físicos com a fala
para acumular informações. A aquisição desses símbolos ocorreu por um processo lento de
desenvolvimento e variando segundo a mentalidade e a língua das sociedades em que são
operados.
Pensando por essa ótica, podemos então colocar o principal marco da história do surgimento da
escrita, que foi com os egípcios mais de 5 mil anos a.C., uma evolução dos desenhos até chegar aos
hieroglifos. Em continuidade na história, tivemos ainda a criação do alfabeto grego, com 16 letras,
enquanto outros alfabetos e tipografias foram surgindo, como exemplo o alfabético latino. Neste
sentido, de acordo com Reis (2019, p. 18),
O alfabeto é um sistema de sinais que exprimem os sons elementares da linguagem. A palavra tem
origem do latim alphabetum, formado com os nomes das duas primeiras letras do alfabeto grego,
alpha e beta, que foram emprestadas das línguas semíticas. O alfabeto grego é primordial na
história de nossa escrita e da civilização, além de transmitir a mensagem de um pensamento
incomparável, o alfabeto grego foi também intermediário ocidental entre o alfabeto semítico e o
alfabeto latino, pois foram os gregos os primeiros a ter a ideia da notação integral e estrita das
vogais. Usando consoantes e vogais juntos, foram dessa forma, reproduzindo a fala mais fielmente
do que qualquer sistema inventado antes ou depois.
Neste limiar, podemos perceber a importância dos egípcios, dos gregos e dos latinos no
processo de formulação e desenvolvimento de um sistema representativo linguístico para a
humanidade, bem como todos os pressupostos e as teorias que pudessem embasar e justificar esse
surgimento.
TEMA 4 – FUNÇÃO DA ESCRITA
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Créditos: fizkes/Shutterstock.
Gostaríamos de iniciar este ponto com algumas indagações: você já se perguntou qual é a
função da escrita? Observe quais símbolos estão ao seu redor. Provavelmente serão vários estímulos
escritos, como placa de ônibus, livros, placas de lojas, mercados e assim por diante.
Já percebeu que, alguns anos atrás, sempre fazíamos opção da escrita em papel em detrimento
da utilização do computador e dos softwares de escritório? Hoje isso tem se modificado bastante,
não é mesmo? Acabamos utilizando mais os softwares de escritório do que o próprio papel. Mas, em
maior ou menor grau, sempre estamos fazendo uso do sistema simbólico e de escrita para diferentes
fins, sejam comerciais, pessoais ou até de ensino. Carvalho e Barbeiro (2013, p. 611) definem que
[...] a escrita facilita a geração e o aprofundamento das ideias, permite o seu enquadramento numa
forma de expressão adequada (géneros textuais) e a sua reestruturação à luz de fatores que
relevam da dimensão retórica (objetivos, destinatário etc.), tornando possível a inserção em
contextos diferenciados
Percebe-se que a escrita, além de ter função de estimular a cognição e a criatividade, torna
possível a emancipação do sujeito, podendo atuar como um instrumento de transmissão de
conhecimento de geração para geração.
Algo muito interessante que podemos pensar é na função da escrita na contemporaneidade.
Sabemos que, desde tempos remotos, a grafia de símbolos e as pinturas rupestres orientaram os
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sujeitos até chegarmos à sociedade que conhecemos hoje. E hoje, como vemos essa questão da
escrita?
Podemos entender que a escrita possui diferentes funções, por exemplo: fazemos usos de
aplicativos digitais para nos comunicarmos, isto é, são enviadas mensagens instantâneas. Você já se
perguntou a quantidade de mensagens instantâneas que envia por dia?
Outra perspectiva de função é conseguirmos entender as várias comunicações que nos são
direcionadas ao longo do dia, por exemplo quando recebemos um e-mail da coordenação da escola
ou, ainda, quando vamos ao supermercado e precisamos fazer a leitura de um panfleto promocional.
São inúmeras as funções sociais do sistema de escrita e seus benefícios para os seres humanos.
Justamente nesta direção, é de suma importância
proporcionar o contacto com diversos tipos de texto escrito que levam a criança a compreender a
necessidade e as funções da escrita, favorecendo a emergência do código escrito. A forma como o
educador utiliza e se relaciona com a escrita é fundamental para incentivar as crianças a
interessarem-se e a evoluírem neste domínio. (DGE, 1997, p. 71)
Neste sentido, de acordo com Martins e Niza (citadas por Ferrão; Brito, [S.d.], p. 4), podemos
definir que a escrita possui seis funções, sendo:
1). ler/escrever para obter/comunicar uma informaçãode carácter geral - texto informativo (ex:
jornal, revista, convites, folhetos, avisos, recados, etc.);
2). ler/escrever para obter/memorizar e transmitir uma informação precisa ou dados concretos –
texto enumerativo (ex: índice, lista telefónica, horários, agendas, etc.);
3). ler/escrever para seguir/dar instruções – texto prescritivo (ex: receita de culinária, instruções de
construção de um objeto, regras de jogo, etc.);
4). ler/escrever por prazer e sensibilidade estética – texto literário (ex.: histórias, poesias, teatro,
canções, lendas, etc.);
5). ler/escrever para aprender/estudar e partilhar conhecimentos – texto expositivo (ex: livro
temático, enciclopédia, dicionários, etc.);
6). ler para rever um escrito do próprio – não corresponde a nenhum tipo de texto mas é uma ação
que decorre sempre após qualquer escrita
TEMA 5 – EMILIA FERREIRO E A LÍNGUA ESCRITA
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Emilia Ferrero é uma estudiosa que revolucionou a educação e o processo de alfabetização e
letramento e se dedicou em sua carreira a entender a psicogênese da leitura e da escrita, isto é, de
que maneira acontece a inclusão destes conhecimentos no repertório da criança.
Uma de suas principais teorias é a da escrita como um sistema de representação, em que ela
comenta que a escrita pode possuir duas concepções distintas de acordo com o fim ao qual ela está
sendo entendida: a primeira delas é a representação da escrita como linguagem, e a segunda, como
representação e transcrição gráfica de unidades sonoras (Ferrero, 2011).
Em parceria com Ana Teberosky, Ferrero, afirmou que
Pretendemos demonstrar que a aprendizagem da leitura, entendida como questionamento a
respeito da natureza, função e valor deste objeto cultural que é a escrita, inicia-se muito antes do
que a escola imagina, transcorrendo por insuspeitados caminhos. Que além dos métodos, dos
manuais, dos recursos didáticos, existe um sujeito que busca a aquisição de conhecimento, que se
propõe problemas e trata de solucioná-los, segundo sua própria metodologia... insistiremos sobre
o que se segue: trata-se de um sujeito que procura adquirir conhecimento, e não simplesmente de
um sujeito disposto ou mal disposto a adquirir uma técnica particular. Um sujeito que a psicologia
da lecto-escrita esqueceu [...]. (Ferreiro; Teberosky, 1986, p. 11)
Portanto, quando falaram acerca da psicogênese da leitura e da escrita como uma de suas
principais teorias, elas estavam buscando compreender de que maneira a criança consegue o
domínio desses sistemas, bem como de que maneira se dá a gênese do conhecimento da língua
pelas crianças.
Justamente nessa perspectiva, Ferrero e Teberosky afirmam que a criança passa por níveis de
aquisição, os quis, de acordo com a Secretaria de Educação do Estado do Paraná, podem ser
descritos como fase:
Pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada.
Silábica: interpreta a letra à sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada uma.
Silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas.
Alfabética: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.
NA PRÁTICA
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Olá, caro estudante. Chegamos ao momento prático da nossa disciplina. Abordamos diferentes
conceitos acerca dos aspectos da língua e da linguagem. Então, agora, faça a atividade conforme
enunciado a seguir.
Escreva um texto, discorrendo sobre a escola e a língua. Descreva as modalidades linguísticas
que a escola deve abordar, que variantes deve trabalhar e quais são as funções da língua escrita no
contexto escolar.
Após escrita do texto, faça a socialização deste com seus colegas de turma para poderem
perceber quais aspectos metodológicos utilizaram para a escrita.
FINALIZANDO
Nesta etapa, estudamos que a língua, apesar de parecer uma unidade uniforme, pode se
apresentar de diferentes maneiras com diferentes variantes e formas. Pode se apresentar na
modalidade oral ou escrita e sofre variação do contexto com relação aos seus graus de formalidade.
Vimos também que a língua escrita foi evoluindo desde o homem pré-histórico até constituir o
sistema de escrita que usamos hoje em dia e que ele não é único! Existem diversos sistemas de
escrita em uso no mundo atual. Discutimos também a importância desse meio escrito e suas funções
na sociedade e começamos a discutir a alfabetização infantil.
REFERÊNCIAS
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<https://www.radiotube.org.br/texto-zkjplv9i>. Acesso em: 22 abr. 2022.
REIS, C. K. História da escrita: uma contextualização necessária para o processo de
alfabetização. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade
Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019. Disponível em:
<https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28854/1/Hist%C3%B3riaEscritaUma.pdf>. Acesso
em: 22 abr. 2022.
ROCHA, A. G. F.; ATIS, M. M.; NERES, T. M. B. Oralidade e suas implicações pedagógicas. 23 f.
Artigo Científico (Licenciatura em Língua Portuguesa) – Universidade Tiradentes, Aracaju, 2010.
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<https://openrit.grupotiradentes.com/xmlui/bitstream/handle/set/2612/ORALIDADE%20E%20SUAS%
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Acesso em: 22 abr. 2022.
MELLO, S. A. Ensinar e aprender a linguagem escrita na perspectiva histórico-cultural. Psicologia
Política, v. 10, n. 20, p. 329-343, jul./dez. 2010. Disponível em:
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ANDRADE, G. K. S.; SANTANA, I. M.; RIVEIRO, J. S. O preconceito linguístico: discriminação social
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