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Tema 3 - Formação da Imagem em Tomografia

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DESCRIÇÃO
A formação da imagem em tomografia computadorizada e suas consequências para o contexto
da realização dos exames de qualidade diagnóstica avançada.
PROPÓSITO
Conhecer os dados físicos, a formação da imagem em diversos equipamentos, os principais
artefatos e as consequências relacionadas ao uso do meio de contraste em tomografia
computadorizada.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar a formação e a prevenção dos artefatos em TC
MÓDULO 2
Descrever a geração de dados correlacionada com a formação da imagem e as principais
modalidades em TC
MÓDULO 3
Definir a utilização dos meios de contraste em TC e a correlação com a segurança durante os
procedimentos
INTRODUÇÃO
A formação de imagem da tomografia computadorizada acontece da mesma forma que na
radiografia ou radiologia convencional. A energia usada provém dos raios X, é produzida na
ampola e um conjunto detectores que gira em torno do paciente a captura para o posterior
processamento das imagens.
Na TC, atualmente, o tubo de raios X faz um giro completo em torno da região ou da estrutura
do paciente a ser analisada, mas o conjunto de detectores é fixo. A imagem obtida é chamada
de tomográfica.
Basicamente, a formação da imagem se dá quando os detectores leem o coeficiente de
atenuação dos tecidos (região de estudo do paciente), atravessados pelo feixe de fótons de
radiação que sai pela ampola em forma de leque. As estruturas que atenuam maior quantidade
de radiação são as hiperdensas e as que atenuam menos, são as hipodensas.
javascript:void(0)
TOMOGRAFIA
Vem do grego tomos = fatias, cortes + graphein = grafar. Nesse exame, então, as
imagens são obtidas por meio de cortes ou fatias.
MÓDULO 1
 Identificar a formação e a prevenção dos artefatos em TC
PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM
Fonte: Gorodenkoff / Shutterstock.com
A TC é um método completamente não invasivo de obtenção de imagens internas do corpo.
Essas imagens são obtidas a partir do exterior do objeto, pela medição das intensidades dos
fótons de raios X que atravessam esse corpo. As intensidades obtidas são processadas por um
algoritmo computacional que as transforma em uma imagem bidimensional, que,
posteriormente, poderá ser reconstruída nos planos axial, coronal, sagital, oblíquo ou curva e
até mesmo em perspectiva tridimensional.
O processo de formação de imagem pode ser dividido em três fases:
FASE DE AQUISIÇÃO DE DADOS
Também conhecida como fase de varredura ou de exploração, inicia-se com a exposição de
uma seção da região do corpo a um feixe colimado de raios X, na forma de um leque fino,
envolvendo as suas extremidades. Os fótons de radiação que atravessam a seção do corpo
sem interagir atingem um conjunto de detectores, no lado oposto.
RECONSTRUÇÃO MATEMÁTICA DA IMAGEM
Os dados brutos obtidos pelos detectores são calculados a partir dos algoritmos matemáticos
pelo computador e representados em tons de cinza na tela do monitor, conforme a natureza
dos tecidos atravessados no corte, formando, assim, uma imagem numérica ou digital.
APRESENTAÇÃO DA IMAGEM
A fase final é a conversão da imagem digital em imagem de vídeo, para que possa ser
diretamente observada em um monitor de TV e, posteriormente, documentada em filme. Essa
fase é efetuada por componentes eletrônicos que funcionam como um conversor (vídeo)
digital-analógico. A relação entre os valores do número de TC do pixel da matriz de
reconstrução para os tons de cinza – ou de brilho – da matriz de apresentação, é estabelecida
pela seleção da janela.
Em outras palavras, a imagem é gerada a partir de um feixe de raios X estreito e um conjunto
de detectores montado no lado oposto (figura 1). Como o cabeçote e o detector estão
conectados mecanicamente, eles se movimentam de modo sincronizado. Quando o conjunto
cabeçote-detector faz uma translação ou rotação em torno do paciente, as estruturas internas
do corpo atenuam o feixe de raios X, de acordo com a densidade e o número atômico de cada
tecido (figura 2).
Fonte: EnsineMe
 Figura 1 – Formação da imagem na tomografia.
Os dados obtidos pelos detectores são armazenados no computador, que, aplicando equações
matemáticas sobre esses dados, torna possível a determinação de relações espaciais entre as
estruturas internas de uma região selecionada do corpo humano. A imagem é apresentada na
tela do computador como uma matriz bidimensional em que a cada elemento (pixel) é atribuído
um valor numérico, denominado número de TC. Esse valor é expresso em unidades Hounsfield
(UH) e está relacionado ao coeficiente linear médio de atenuação do elemento de volume
(voxel), no interior do corte que o pixel representa. O fóton, ao atravessar o corpo, é atenuado,
e a leitura do sinal do detector é proporcional ao grau de atenuação ou ao grau de penetração
do fóton.
Fonte: EnsineMe
 Figura 2 – Esquema de rotação do conjunto cabeçote-detector.
OBTENÇÃO DE IMAGENS NOS
DIFERENTES EQUIPAMENTOS DE
TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA
Fonte: EnsineMe
TC linear (convencional) – nesse equipamento, também conhecido como corte a corte, a
mesa se movimenta após cada giro de 360° do tubo, obtendo uma imagem a cada giro; ou
seja, a mesa anda e para a cada novo corte.
Fonte: EnsineMe
TC helicoidal – é um método de aquisição indireto que combina a emissão contínua de
radiação X e a rotação do conjunto ampola-detectores com o movimento da mesa (pitch),
adquirindo um volume de dados em forma de hélice. A aquisição de dados é contínua, de forma
que a ampola permanece girando enquanto a mesa permanece em movimento; ou seja, nesse
processo não há mais a aquisição de dados por corte, mas sim de forma ininterrupta.
Fonte: EnsineMe
TC multicortes (multislice) – trata-se de um dos mais novos avanços na tomografia,
apresentando múltiplos conjuntos de anéis detectores de forma estrategicamente emparelhada,
sendo possível a aquisição de vários cortes simultâneos em cada rotação do tubo de raios X.
Em tomografia, a imagem final representa a densidade correspondente de cada tecido, através
de uma escala de cinzas.
CLASSIFICAÇÃO EM FUNÇÃO DA
DENSIDADE DO OBJETO
As diferenças entre regiões nas imagens por TC são classificadas em:
Fonte: RPACS
HIPERDENSAS (CLARAS)
Caracterizadas pela tonalidade branca, em uma tomografia de abdome.
Fonte: RPACS
ISODENSAS (EM TONS DE CINZA)
Caracterizadas por escalas de cinza (do escuro ao claro), em uma tomografia de crânio.
Fonte: RPACS
HIPODENSAS (ESCURAS)
Caracterizadas por tonalidades de cinza (do preto ao cinza escuro) em uma tomografia de
tórax.
A partir dessa classificação tem-se a chamada escala de Hounsfield (HU), cujas unidades
assumem valores preestabelecidos, a partir da atribuição do valor 0 (zero) correspondente à
densidade da água. Os tomógrafos são calibrados de modo que a água tenha sempre o valor
0.
A escala Hounsfield (figura 6) assume valores que vão de -1000 (ar) até +1000 (osso cortical).
Fonte: EnsineMe
 Figura 6 – Escala de Hounsfield.
O olho humano só consegue distinguir 64 níveis de cinza, sendo necessário selecionar um
nível ideal de atenuação que permita contrastar os tecidos avaliados. Selecionado um nível e
uma abertura de janela adequada, será possível visualizar estruturas ósseas ou detalhes
anatômicos das partes moles.
A tabela 1, a seguir, mostra valores de HU para algumas estruturas; nela podemos perceber
que, quanto maior a densidade do tecido/órgão, maior a atenuação.
Valores Estruturas
300 a 100 Osso cortical/denso
100 a 200 Osso normal
60 Fígado
50 Pâncreas
36 Parênquima cerebral
20 Músculo
0 Água
-20 a -80 Gordura
-500 a -800 Pulmão
-1000 Ar
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Tabela 1 – Principais densidades teciduais utilizadas em TC.
A ESCALA DE HOUNSFIELD E O PADRÃO
DA IMAGEM NA TELA DO MONITOR
Para visualizarmos os números de TC representados pela escala de cinza, utilizaremos um
elemento denominado janela (window), composta por três fatores:
CENTRO DA JANELA OU WC (WINDOWCENTER)
Representa o valor médio da densidade das estruturas que compõem o voxel ou um grupo de
voxels. O centro da janela independe do contraste que se apresenta na imagem e seu valor
deve ser relacionado à densidade média do objeto de maior interesse na imagem obtida.
NÍVEL DA JANELA OU WL (WINDOW LEVEL)
Esse fator está diretamente relacionado aos valores de atenuação tecidual e controla o brilho
da imagem ou determina o número de TC que será o centro da janela. Geralmente ele é
determinado pela densidade do tecido que aparece com mais frequência dentro de uma
estrutura anatômica.
LARGURA DA JANELA OU WW (WINDOW WIDHT)
A largura da janela se refere ao intervalo de números de TC que são exibidos como diferentes
tons de cinza e está relacionado ao contraste da imagem.
 EXEMPLO
Quando realizamos exame do abdome superior, o WC (level center - LC)WC (LC) deverá
corresponder à densidade média do fígado. No exame de tórax (mediastino), o WC (LC)
deverá corresponder à densidade média do coração. No exame de tórax (pulmão), o WC
(LC) deverá corresponder à densidade média do pulmão.
Janela ampla: baixo contraste definido como 400-2000 HU, melhor para usar em áreas de
diferentes valores de atenuação agudos (tórax, por exemplo).
Janela estreita: alto contraste definido como 50-350 HU, excelente ao examinar áreas de
atenuação semelhantes (crânio, por exemplo).
O ajuste da janela é fundamental para definir corretamente o contorno de uma estrutura, pois,
devido ao efeito de volume parcial presente na imagem, sempre haverá um borrão na interface
de duas estruturas adjacentes.
As figuras 7, 8 e 9 mostram exemplos de janelas em TC:
Fonte: RPACS
 Figura 7 – Exame de tórax: WL 53 e WW 354.
Fonte: RPACS
 Figura 8 – Exame de tórax: WL 95 e WW 349.
Fonte: RPACS
 Figura 9 – Exame de tórax: WL -650 e WW 1198.
ALGORITMOS DE RECONSTRUÇÃO
APLICADOS À FORMAÇÃO DA IMAGEM
Em TC, as imagens podem ser reconstruídas utilizando-se os chamados algoritmos de
reconstrução. Esse método matemático (complexo) consiste, basicamente, na obtenção de
imagens em diferentes projeções, com a correspondente somatória dos resultados de cada
projeção, a partir de um valor médio de atenuação para cada coluna ou linha da imagem,
colocando em evidência alguns tecidos.
Veja a tabela 2, a seguir. E nas figuras 10, 11 e 12, você poderá observar as imagens
correspondentes a algumas dessas classificações.
Classificação Natureza do tecido
SOFT Tecidos moles em crianças
STANDARD Tecidos moles nos adultos (músculos e vísceras)
DETAIL Tecido de densidade intermediária entre músculos e ossos
BONE Ênfases ao tecido ósseo
EDGE Ênfases ao tecido ósseo denso e cortical óssea (contorno ósseo)
LUNG Parênquima pulmonar
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Tabela 2 – Relação entre a classificação e a natureza do tecido estudado.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Figura 10 – Standard.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Figura 11 – Lung.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Figura 12 – Bone.
ALGORITMOS DE RECONSTRUÇÃO
Assista ao vídeo a seguir em que o especialista explica como funcionam os algoritmos de
reconstrução.
FILTROS DE IMAGEM
O filtro de reconstrução tem por finalidade retirar ou minimizar certas frequências espaciais que
estão presentes nas projeções, as quais são responsáveis pela degradação da resolução
espacial da imagem tomográfica. Esse é um dos parâmetros mais importantes a condicionar a
qualidade de imagem em TC, oferecendo diferentes compromissos entre a resolução espacial
e o ruído. As imagens digitais podem receber tratamentos que alteram o seu aspecto visual.
Fonte: Okrasiuk / Shutterstock.com
Os tratamentos são obtidos por filtros do tipo high pass e low pass. Os filtros high pass dão
realce às imagens e podem ser do tipo enhance/sharp/edge, já os filtros low pass suavizam a
imagem e podem ser do tipo smooth/soft.
Mas qual a diferença desses filtros?
Os filtros sharp são frequentemente utilizados na reconstrução de imagens em que se
pretende obter os detalhes finos, isto é, com elevada resolução espacial. No entanto, ocorre o
aumento dos níveis de ruído da imagem.

Os filtros smooth são utilizados em reconstruções de tecidos moles. Neles há diminuição do
ruído de imagem e resolução espacial.
DOCUMENTAÇÃO TOMOGRÁFICA
Trata-se da última etapa do exame de tomografia computadorizada. Uma boa documentação,
além de demonstrar zelo com o exame, pode ser decisiva para a correta interpretação do
estudo. As imagens devem ser documentadas, levando-se em consideração qual o tecido de
maior interesse (assunto) e evidenciando-se, na medida do possível, o contraste delas.
O tecido de interesse é estabelecido pelo nível da imagem (window level), representado pelo
valor WL. O contraste da imagem depende da amplitude da janela (window width),
representado por WW. Janelas muito amplas apresentam imagens tomográficas acinzentadas
e, portanto, de baixo contraste, mas podem representar fator de qualidade na medida em que
mais estruturas estarão presentes na imagem.
No próximo módulo, você vai conhecer os principais artefatos em TC, as soluções para
resolvê-los e as principais características que interferem diretamente na qualidade da imagem
e na busca de um diagnóstico. Isso poderá ser feito por meio de uma correlação entre a
hipótese diagnóstica adequada à imagem de TC e as falhas que podem ocorrer em função do
aparecimento desses artefatos.
Fonte: Nomad_Soul / Shutterstock.com
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAL DAS ALTERNATIVAS A SEGUIR REPRESENTA, NA TC, A
TONALIDADE DE CINZA VARIANDO DO PRETO AO CINZA ESCURO, EM
QUE A IMAGEM FINAL RETRATA A DENSIDADE CORRESPONDENTE DE
CADA TECIDO A PARTIR DE UMA ESCALA DE CINZAS?
A) Imagens densas
B) Imagens hiperdensas
C) Imagens hipodensas
D) Imagens isodensas
E) Imagens com baixíssima densidade
2. QUAL DOS ALGORITMOS DE RECONSTRUÇÃO APLICADOS À
FORMAÇÃO DA IMAGEM REPRESENTA O PARÊNQUIMA PULMONAR E O
TECIDO ÓSSEO CORTICAL, RESPECTIVAMENTE?
A) Edge e soft
B) Lung e edge
C) Soft e lung
D) Bone e detail
E) Bone e soft
GABARITO
1. Qual das alternativas a seguir representa, na TC, a tonalidade de cinza variando do
preto ao cinza escuro, em que a imagem final retrata a densidade correspondente de
cada tecido a partir de uma escala de cinzas?
A alternativa "C " está correta.
As imagens hipodensas representam, numa escala de cinzas, tonalidades mais escuras
relativas às densidades teciduais mais baixas.
2. Qual dos algoritmos de reconstrução aplicados à formação da imagem representa o
parênquima pulmonar e o tecido ósseo cortical, respectivamente?
A alternativa "B " está correta.
Os filtros ou algoritmos de reconstrução lung e edge representam o tecido pulmonar, mais
especificamente o parênquima pulmonar (excluindo-se o mediastino), e o osso cortical é
representado pelo segundo algoritmo.
MÓDULO 2
 Descrever a geração de dados correlacionada com a formação da imagem e as
principais modalidades em TC
ARTEFATOS DE IMAGEM EM TC
Fonte: NaNahara Sung / Shutterstock.com
Os artefatos em tomografia podem ser descritos como estruturas que aparecem nas imagens
adquiridas e que não fazem parte das estruturas escaneadas. Eles são produzidos por
diferenças entre as reais características físicas dos objetos e o coeficiente de atenuação que
será captado pelo receptor. Devem ser evitados, sempre com eficiência e quando possível.
Muitas vezes, eles aparecem pela não observância e por descuido dos operadores de TC.
O artefato tem diversas origens e pode prejudicar a qualidade da imagem, além de dificultar o
diagnóstico. Eles podem ser causados por fatores físicos do aparelho, quando ocorrem “falhas”
ou imperfeições no scanner ou, ainda, por fatores relacionados à aquisição das imagens.
Este módulo apresenta os principais efeitos dos artefatos de imagem em TC. São eles:
O EFEITO DO VOLUME PARCIAL
Esse artefato ocorre geralmente nas imagens com pouca resolução (matrizesbaixas /
grossas). O voxel pode ser retratado em uma tonalidade de cinza não correspondente ao
tecido que representa. Acontece, por exemplo, quando um voxel representa a imagem de um
material de baixa densidade e parcialmente a imagem de um material de alta densidade. Os
cálculos efetuados pelo computador podem atribuir uma tonalidade de cinza correspondente à
de um tecido muscular, causando esse efeito.
Esse efeito pode ser corrigido com utilização de matrizes altas.
ARTEFATOS DE ANEL (RING ARTEFACTS)
Os artefatos na imagem que se apresentam em forma de anel estão, inicialmente, relacionados
a problemas nos detectores. Como estes necessitam de calibração com o “ar” (air calibration)
para reconhecimento dos demais tecidos, ocasionalmente perdem os valores de referência, o
que pode gerar esses artefatos em forma de anéis.
O primeiro procedimento a ser realizado nessas circunstâncias é efetuar uma calibração nos
detectores; em alguns casos pode ser realizado o warm up para solucionar e eliminar esse tipo
de artefato, a critério do serviço de radiodiagnóstico e, a depender do aparelho e das
recomendações do fabricante.
A periodicidade dessa calibração varia de aparelho para aparelho. A maior parte dos aparelhos
modernos admite uma única calibração diária, geralmente realizada pela manhã, antes do
primeiro exame, para não atrapalhar a frequência de pacientes e de exames durante outras
horas do dia, principalmente nos momentos de maior fluxo de movimento. A calibração diária
fica registrada no aparelho e pode ser resgatada para fins de documentação e orientação para
o próximo evento dentro de 24 horas.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Artefato de anel.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Artefato de anel.
MATERIAIS DE ALTA DENSIDADE (STRIKE)
Objetos metálicos, tais como projéteis de arma de fogo, implantes metálicos (obturações),
parafusos e placas ortopédicas, piercings de difícil extração, entre outros materiais metálicos,
produzem artefatos lineares de alta densidade, devido aos altos coeficientes de atenuação
linear apresentados por esse material; e pode até inviabilizar o estudo tomográfico.
Embora não haja como evitar esses artefatos, sua presença pode ser minimizada ou atenuada
com o uso de feixe de alta energia (120/140kv). Mas fica mais fácil prever sua ocorrência
quando o paciente auxilia, informando, previamente, a existência de objetos metálicos dentro
do corpo.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Artefato por elementos de alta densidade (metal).
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Artefato por elementos de alta densidade (metal).
MATERIAIS DE ALTO NÚMERO ATÔMICO
Materiais de alto número atômico tendem a se comportar como os materiais metálicos,
produzindo artefatos do tipo strike.
Para evitar esse tipo de artefato, os meios de contraste positivos, como o iodo e o bário, em
altas concentrações, devem ser evitados ou usados com muito critério.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Artefato provocado por material de alto número atômico.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Artefato provocado por material de alto número atômico.
RUÍDOS NA IMAGEM
O ruído, um tipo de artefato que se apresenta com aspecto granuloso nas imagens, ocorre
principalmente em consequência da utilização de feixes de baixa energia ou quando o paciente
é obeso; mais raramente, acontece como erro de técnica do operador de TC.
A maneira de evitar o ruído é aumentando os fatores de exposição pela kilovoltagem,
miliamperagem ou pelo tempo de exposição, facilmente controlados pelo operador
responsável pelo exame.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Ruído.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Ruído.
ARTEFATOS DE MOVIMENTO
Os artefatos de movimento podem ser causados devido a movimentações do paciente após
seu posicionamento no aparelho; durante o processo de aquisição de dados, esses artefatos
podem ser eliminados.
Deve haver uma comunicação efetiva, simples e clara do operador com a intenção de orientar
o paciente a manter-se imóvel durante as aquisições. O paciente incapaz de cooperar
(crianças, pacientes psiquiátricos, portadores de mal de Parkinson, por exemplo) poderá ser
contido por familiares ou com o uso de sedativos, a critério do médico assistente, considerando
sempre a situação clínica do paciente.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Artefato de movimento.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Artefato de movimento.
Os artefatos resultantes de movimentos respiratórios podem ser reduzidos:
• solicitando ao paciente uma apneia durante a aquisição dos dados, se possível. Essa redução
é mais fácil e simples em aparelhos mais novos com tecnologia helicoidal multislice, que fazem
aquisições de imagem extremamente rápidas, comparadas com aparelhos de tecnologia
inferior;
• reduzindo o tempo do exame em pacientes com dificuldades respiratórias. Isso pode ser feito
aumentando a distância entre cortes ou pela divisão do processo em duas ou mais etapas.
Os artefatos gerados por movimentos de deglutição e peristálticos poderão ser reduzidos se o
paciente receber informações sobre o exame e um preparo anterior para a redução do bolo
fecal.
ARTEFATOS DE INTERFACE
Esses efeitos acontecem devido à grande variação de absorção entre estruturas próximas
(densidade entre os órgãos), fazendo aparecer raias na imagem a partir da interface. Podem
ocorrer em qualquer interface tecido-ar, mais comumente quando há maior absorção dos fótons
de raios X, como no caso de meios de contraste de ar. Esse tipo de artefato é o resultado da
combinação do efeito de gradiente de interface, não linearidade do volume parcial e
movimento.
O efeito pode ser reduzido diminuindo-se a espessura do corte a ser irradiado para cada tipo
de estudo.
ENDURECIMENTO DO FEIXE
O feixe de raios X utilizado em radiodiagnóstico é policromático (espectral), variando entre 40 e
140keV na tomografia. A atenuação do feixe pelos tecidos é proporcional à energia média dos
fótons que o compõem.
O endurecimento do feixe ocorre quando a proporção entre os fótons mais energéticos e os
fótons menos energéticos varia, aumentando a quantidade de fótons mais energéticos e a
energia média do feixe.
Esse aumento na quantidade de fótons que atingem os detectores leva a um aumento no
contraste da imagem gerada e provoca também a perda de detalhes, principalmente de partes
moles.
GRADIENTE DE ATENUAÇÃO
Artefato provocado pela redução do gradiente de atenuação na região central do objeto,
podendo ocorrer em objetos com diâmetros de corte maiores. É semelhante ao endurecimento
do feixe.
O feixe que atinge a região central do objeto já foi parcialmente absorvido por suas regiões
mais superficiais – apenas os mais endurecidos atingem a região central – ocasionando o
efeito indesejável. O endurecimento causa maiores danos à região central do objeto,
aumentando o contraste nessa região e perdendo detalhes principalmente em tecidos moles, o
que inviabiliza o exame tomográfico.
A compensação ocorre com a rotação do tubo em 360°.
Esse efeito pode ser facilmente sanado com a utilização de algoritmo específico, fornecido pelo
aparelho.
ARTEFATOS DE INCONSISTÊNCIA
Ocorrem devido a uma série de interferências e pelo funcionamento inadequado da máquina
durante o processo de varredura. As interferências podem ser:
• Falha em um canal detector.
• Variação na emissão do feixe devido à alimentação do tubo ou arcos voltaicos internos.
• Interferências eletromagnéticas.
• Interferências devido a vibrações.
• Problemas no sistema de transmissão de dados.
• Problemas no sistema computacional.
Deve ser feito o teste de calibração do equipamento. Caso isso não resolva, torna-se
necessário solicitar o serviço de manutenção, que pode resolver o problema ou mesmo orientar
o operador a fazê-lo.
ARTEFATO TIPO ANEL
Assista ao vídeo em que o especialista aborda o artefato tipo anel, explicando suas
características ocorrências e prevenção, dada a frequência em que ocorre.
VERIFICANDO O APRENDIZADO1. AIR CALIBRATION É UMA CALIBRAÇÃO DE AR REALIZADA
DIARIAMENTE PARA EVITAR UM ARTEFATO DE TC. A QUAL DAS
ALTERNATIVAS A SEGUIR SE REFERE O ARTEFATO DESSA
AFIRMATIVA?
A) Artefatos de interface
B) Artefatos de movimento
C) Artefatos de anel
D) Strike
E) Imagens com baixíssima densidade
2. OS ARTEFATOS DE INCONSISTÊNCIA OCORREM DEVIDO A UMA
SÉRIE DE INTERFERÊNCIAS E AO FUNCIONAMENTO INADEQUADO
DURANTE O PROCESSO DE VARREDURA. QUAL DAS ALTERNATIVAS A
SEGUIR REPRESENTA UMA CAUSA PARA O APARECIMENTO DESSE
ARTEFATO?
A) Problemas de carga elétrica excessiva.
B) Problemas de placa de vídeo.
C) Problemas no monitor principal.
D) Problemas de intranet.
E) Problemas no sistema computacional.
GABARITO
1. Air calibration é uma calibração de ar realizada diariamente para evitar um artefato de
TC. A qual das alternativas a seguir se refere o artefato dessa afirmativa?
A alternativa "C " está correta.
Os artefatos de anel (ring artefacts) estão relacionados à falta de calibração diária do aparelho
de TC (air calibration).
2. Os artefatos de inconsistência ocorrem devido a uma série de interferências e ao
funcionamento inadequado durante o processo de varredura. Qual das alternativas a
seguir representa uma causa para o aparecimento desse artefato?
A alternativa "E " está correta.
Problemas no sistema computacional são um dos fatores que geram os artefatos de
inconsistência e devem ser evitados ou solucionados com testes regulares de calibração do
equipamento.
MÓDULO 3
 Definir a utilização dos meios de contraste em TC e a correlação com a segurança
durante os procedimentos
INTRODUÇÃO
Neste último módulo, você vai reconhecer a importância do uso dos meios de contraste
artificiais em TC, os aspectos de segurança, os mais variados tipos de reações ao uso do
contraste venoso iodado, suas indicações e contraindicações. Vai entender também as
imagens contrastadas em comparação aos respectivos órgãos sem a utilização do agente de
contraste.
MEIOS DE CONTRASTE NA TC
Os meios de contraste em TC são frequentemente utilizados para distinguir tecido normal de
tecido patológico. Os meios de contraste radiopacos iodo e sulfato de bário, em geral, servem
para ajudar a delinear as bordas entre tecidos com radiodensibilidade similar.
Fonte: Roman Zaiets / Shutterstock.com
Os meios de contraste iodados podem ser iônicos ou não iônicos, mas todos apresentam
algumas propriedades que estão relacionadas à concentração do soluto: densidade,
viscosidade e osmolaridade. Entenda:
A densidade representa o número de átomos (N) de iodo por volume (ml) de solução (N/ml).
A viscosidade é a “força” necessária para injetar a substância através de um cateter; aumenta
com a concentração da solução e com o peso molecular. A viscosidade é menor quanto maior
for a temperatura.
A osmolaridade representa o poder osmótico que a solução exerce sobre as moléculas de
água.
Os contrastes podem ser administrados por diferentes vias: oral, endovenosa, retal e
intratecal. E por sua capacidade de absorver radiação, os meios de contraste classificam-se
em:
Negativos
Absorvem menos radiação do que os tecidos adjacentes (radiotransparentes). Ex.: água, ar e
gordura. São os meios de contraste naturais.

Positivos
Absorvem mais radiação do que os tecidos adjacentes (radiopacos). Ex.: Iodo e sulfato de
bário. São os meios de contraste artificiais.
CONTRASTE ORAL
É utilizado em exames abdominais (figura 1), uma vez que preencher as alças intestinais
facilita a visualização de todas outras estruturas e até de patologias. Geralmente, utiliza-se o
sulfato de bário, apropriado para TC, ou o contraste iodado diluído em torno de 3%.
A quantidade ingerida, em torno de 1.000 ml, deve ser administrada em torno de uma hora
antes do exame e dividida em cinco doses, sendo a última ingerida logo antes de iniciá-lo.
Fonte: Henrique Luz Coelho, 2020
 Figura 1 – Alças intestinais com meio de contraste.
CONTRASTE RETAL
É utilizado nos estudos pélvicos quando o contraste oral não apresente uma boa progressão.
Tem por finalidade ajudar no diagnóstico, pois preenche o reto e o sigmoide. A quantidade
injetada está em torno de 200 ml, sendo mais utilizado o contraste iodado diluído a 3%.
 ATENÇÃO
A dosagem deve ficar a critério clínico (depende da condição de saúde do paciente e da
conduta médica).
CONTRASTE VENOSO
A quantidade de contraste venoso depende de fatores como peso do paciente, região a ser
estudada, velocidade do aparelho.
No uso de contraste venoso, o preparo do paciente é indispensável e deve ser realizado em
jejum de aproximadamente seis horas (dependendo da condição clínica do paciente e a critério
do serviço de imagem). Contudo, pode estar associado a medicamentos preventivos que
também ficam a critério de cada serviço. Antes do uso, deve-se analisar a relação entre o
estado clínico do paciente, a hipótese diagnóstica e a sintomatologia que ele apresenta.
Principais indicações para uso de contraste iodado:
cefaleia
crise convulsiva
neoplasias (e pós-operatório de neoplasias)
em portadores de HIV
malformação vascular
controle de processo inflamatório
tumor cerebral
O contraste iodado é contraindicado para pessoas com:
hipersensibilidade ao meio de contrate iodado
diabetes mellitus
asma e outros distúrbios respiratórios
mieloma múltiplo (condição maligna dos plasmócitos da medula óssea)
feocromacitoma (tumor da medula adrenal)
anemia falciforme (pode comprometer a função renal)
uso de Glucophage (metformin), medicamento para tratamento do diabetes não
insulinodependente. A combinação de metformin e contraste iodado aumenta o risco de
falência renal aguda induzida pelo meio de contraste
desidratação acentuada
doença renal ou hepática aguda ou crônica
O uso de contraste iodado pode provocar reações adversas. Características dos pacientes que
correm mais riscos:
portadores de disfunção renal com creatina ≥ 2,0 mg/dl, principalmente diabéticos
com idade superior a 60 anos
com idade inferior a 1 ano
portadores de diabetes mellitus, especialmente aqueles com doença renal crônica
associada
com hipertensão
com insuficiência cardíaca
portadores de mieloma múltiplo
pacientes que fazem uso de outros fármacos nefrotóxicos
com desidratação
crianças com risco de distúrbios hidroeletrolíticos
portadores de doenças que afetam a barreira hematoencefálica
pacientes que utilizam imunoterapia com Interleucina-2 (oncológicos)
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas podem ser definidas como qualquer efeito nocivo ou indesejado
decorrente da administração de alguma droga em dose apropriada, através da via correta, para
fins de profilaxia, diagnóstico ou tratamento.
Essas reações classificam-se como:
REAÇÕES LEVES
Caracterizam-se por náuseas/vômitos, tosse, calor, rubor, cefaleia discreta, tontura, calafrios,
tremores, urticária limitada, prurido, sudorese, palidez, congestão nasal, espirros, edema
orbitário/boca, dor no local da injeção.
REAÇÕES MODERADAS
Incluem vômitos intensos, alterações de FC, hipertensão, hipotensão, urticária extensa, edema
facial, dispneia, sibilos, cefaleia intensa, laringoespasmo, broncoespasmo, rigidez occipital.
REAÇÕES GRAVES
Caracterizam-se por laringoespasmo, edema de glote, inconsciência, convulsões, coma,
arritmias, PCR, edema pulmonar, broncoespasmo intratável, choque.
 SAIBA MAIS
As reações graves podem ainda ser classificadas quanto ao seu tempo de ocorrência. As
principais são:
• agudas – ocorrem em até 30 minutos após a administração do contraste iodado;
• tardias – ocorrem após 30 minutos da administração do contraste iodado, ou manifestam-se
dias depois;
• hospitalização.
ASPECTOS DE SEGURANÇA NA TC
WARM UP E LASER
O equipamento de tomografia opera com raios X e, por isso, requer os cuidados comuns de
proteção radiológica previstos na RDC n. 330, de 20 de dezembro de 2019.
Para prolongar a vida útil do tubo de raios X, ele deve ser aquecido após duas horas de
inatividade (warm up). Após o aquecimentodo tubo, é conveniente, pelo menos uma vez ao
dia, fazer a calibração dos detectores. Esse procedimento evita o aparecimento de artefatos na
imagem, especialmente os do tipo anelar.
Fonte: Gorodenkoff / Shutterstock.com
Nos equipamentos dotados de lâmpada laser, deve-se ter cuidado para não direcionar o feixe
luminoso nos olhos do paciente.
LIMITE DE PESO E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS
O limite de peso estipulado pelo fabricante, geralmente adesivado e bem visível, deve ser
respeitado para evitar danos à mesa de exames e problemas no seu deslocamento durante o
procedimento.
 ATENÇÃO
Como a mesa possui dois motores e engrenagens, o excesso de peso pode prejudicar o
funcionamento e inviabilizar o exame ou até mesmo colocar o aparelho em manutenção
corretiva, tanto do motor que eleva e abaixa a mesa, quanto do motor que leva em direção ao
gantry e na direção da ponta da mesa.
Os equipamentos são dotados de mecanismos de segurança especiais que permitem
interromper a alimentação elétrica do conjunto gantry/mesa. Esses mecanismos são essenciais
quando se observa a presença de fumaça, fogo, faíscas nesses componentes ou barulhos
estranhos ao uso recorrente do aparelho de TC.
SHUT DOWN E INCLINAÇÃO DO GANTRY
Equipamentos que eventualmente apresentam problemas de desempenho do software
necessitam ser totalmente desligados (shut down). Após algum tempo, reinicia-se o sistema
(start up) e observa-se se o problema foi solucionado. Não obtendo resultado satisfatório, será
preciso entrar em contato com o fabricante.
 ATENÇÃO
Deve-se ter um zelo especial na utilização das angulações do gantry durante os exames. O
contato visual é essencial no momento do posicionamento e da angulação do aparelho de TC.
Alguns pacientes podem ter parte do corpo pressionada pelo equipamento ou até mesmo
apresentar certa fobia em função da proximidade. É preciso ter cuidado com roupas, lençóis e
cobertores durante a fase de posicionamento e movimentação da mesa, para evitar
sufocamento do paciente e outros percalços, bem como para que esses tecidos não prendam
na mesa durante os procedimentos.
Alguns fabricantes obrigam os operadores a fazerem angulações somente no painel do
gantry.
POSTURA DO OPERADOR
A postura correta do operador do equipamento evita o aparecimento de doenças relacionadas
às condutas inadequadas no trabalho, como LER (lesão por esforços repetitivos). A posição do
monitor precisa estar na altura dos olhos do operador, numa distância entre 40 cm e 80 cm. Os
pés do profissional devem ficar totalmente apoiados no chão ou em um suporte para esse fim.
Já as mãos devem deslizar livres sobre o teclado, com os antebraços perfazendo um ângulo de
aproximadamente 90° com os braços.
Fonte: Dmytro Zinkevych / Shutterstock.com
 ATENÇÃO
Deve-se utilizar o princípio da ergonomia durante os procedimentos na sala de comando.
CONTROLE DA QUALIDADE
O controle de qualidade periódico deve ser implementado com ênfase na apuração da
espessura de corte, resolução espacial, ruído da imagem, precisão da lâmpada laser e demais
apurações relacionadas à proteção radiológica, dotação do fabricante e do serviço de
radiodiagnóstico. Normalmente, os testes de controle de qualidade fazem parte cotidiano do
uso dos equipamentos, que também dispõem de “simuladores’’ específicos para esse fim.
ACOMPANHANTES
Os acompanhantes não deverão permanecer na sala de exame. Eles entram apenas em caso
de extrema necessidade, usando protetores radiológicos individuais que devem estar na sala
de exames e ser de fácil acesso. É o responsável pelo exame que orienta o acompanhante em
relação aos procedimentos.
 ATENÇÃO
Adesivos espalhados pelo setor devem trazer as informações necessárias aos acompanhantes.
ANAMNESE
Assista ao vídeo em que o especialista aborda o tema anamnese, relacionando-o à prevenção
de acidentes.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. OS PACIENTES CONSIDERADOS DE MAIOR RISCO, QUE PODEM
APRESENTAR REAÇÕES ADVERSAS AO USO DO MEIO DE CONTRASTE
IODADO, DEVEM CONTAR COM O CUIDADO DA EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA. MARQUE A
ALTERNATIVA QUE PONTUA DUAS SITUAÇÕES DE MAIOR RISCO:
A) Paciente com 78 anos e hipertenso.
B) Paciente com 55 anos e com diabetes.
C) Paciente feminino asmático e paciente masculino com 4 anos.
D) Paciente de 42 anos com doença renal crônica e paciente com pneumonia de base.
E) Paciente gripado e alérgico à penicilina.
2. O QUE O EXCESSO DE PESO DO PACIENTE PODE OCASIONAR
DURANTE OS PROCEDIMENTOS DE EXAME TOMOGRÁFICO?
A) Problemas de baixa captação do iodo como agente de meio de contraste.
B) Dificuldades no acesso ao meio de contraste venoso.
C) Nenhum problema.
D) Problemas visualização das estruturas abdominais.
E) Desgaste dos motores da mesa de exames.
GABARITO
1. Os pacientes considerados de maior risco, que podem apresentar reações adversas
ao uso do meio de contraste iodado, devem contar com o cuidado da equipe
multidisciplinar da tomografia computadorizada. Marque a alternativa que pontua duas
situações de maior risco:
A alternativa "A " está correta.
Idade superior a 60 anos e hipertensão são considerados fatores de maior risco ao uso do iodo
como meio de contraste.
2. O que o excesso de peso do paciente pode ocasionar durante os procedimentos de
exame tomográfico?
A alternativa "E " está correta.
O desgaste dos motores da mesa de exames pode ser ocasionado pelo excesso de peso do
paciente, que deve ser observado, de acordo com o fabricante do equipamento de TC.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conteúdo tratado neste tema é, sem dúvida, essencial à formação de quem vai trabalhar com
tomografia computadorizada. Como se forma a imagem na TC, seus usos, as diferentes
modalidades, os artefatos e como evitá-los, os meios de contraste, cuidados com o paciente e
com o equipamento, a postura do operador e demais aspectos relativos à segurança, entre
outros assuntos, formam uma parte da bagagem de conhecimentos necessária à prática
profissional. Mas como tudo muda com muita rapidez – a ciência evolui, novas tecnologias
surgem minuto a minuto – o recado é: não pare de estudar, atualize-se sempre. Esse é o
caminho.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
DOS SANTOS, E. S.; NACIF, M. F. Manual de técnicas em tomografia computadorizada.
Rio de Janeiro: Rubio, 2009.
MAZZOLA, A. A. Associação Brasileira de Física Médica. Princípios de formação da imagem
e aplicações em imagem funcional. 2009. Consultado em meio eletrônico em: 10 out. 2020.
MOURÃO, A. P. Tomografia computadorizada: tecnologias e aplicações. São Caetano do
Sul: Difusão, 2015.
NÓBREGA, A.I. Manual de tomografia computadorizada, 1. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
EXPLORE+
Saiba mais sobre a formação da imagem em tomografia computadorizada e um pouco
mais do aspecto histórico e global da TC lendo o Manual de técnicas em tomografia
computadorizada, de Edvaldo Severo dos Santos e Marcelo Souto Nacif, disponível no
site Radioinmama.
CONTEUDISTA
Henrique Luz Coelho
 CURRÍCULO LATTES
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