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BASES, MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO NOÇÕES DE HEMATOLOGIA E A CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DO SANGUE 1. Os leucócitos granulócitos são células pertencentes ao sistema imunológico do corpo, possuindo a função de proteção do organismo contra agentes patogênicos. O neutrófilo é granulócito e também é chamado de polimorfonuclear, pois: Possui um único núcleo lobulado em seu citoplasma. O termo polimorfonuclear, que também pode ser descrito como núcleo polimorfo, significa que o núcleo tem uma morfologia normalmente irregular, formando lóbulos, e não é esférico. Este termo não tem relação com o número de núcleos que a célula possui. 2. Os leucócitos abrangem um grupo de células importantes do sistema imunológico. Cada tipo celular possui características morfológicas e funcionais próprias, que, em conjunto, defendem o organismo contra infecções. Sabendo disso, sobre a descrição: "São células com núcleo bilobulado no citoplasma, com grandes grânulos, muitas vezes em cima do núcleo. Os grânulos contêm normalmente histamina e heparina que podem ser liberados para fora da célula em processo conhecido como degranulação". Trata-se de um: Basófilo. A descrição morfológica e funcional citada é de um basófilo. Os neutrófilos possuem um núcleo multilobulado e os grânulos encontrados no citoplasma são formadas por fosfatase alcalina, lisozima e grânulos azurófilos. Os eosinófilos possuem um núcleo bilobulado e no seu citoplasma há grânulos do tipo peroxidase, fosfatase ácida e fosfolipases, com afinidade pelo corante eosina. Os linfócitos possuem um núcleo esférico, às vezes com uma chanfradura que ocupa quase todo o citoplasma e o citoplasma destas células é provido de grânulos inespecíficos, pouco visíveis no citoplasma. Os monócitos apresentam um núcleo irregular e em forma de rim ou de ferradura e possuem grânulos azurófilos e inespecíficos no citoplasma. 3. Dependendo do tipo de análise que será realizada com o sangue, este precisa ser coletado em tubos de coleta contendo ou não anticoagulante apropriado. A escolha do anticoagulante incorreto pode interferir nas análises e gerar resultados errôneos. A coleta do sangue para o diagnóstico e monitoramento da diabetes deve ser feita em tubos contendo um anticoagulante especifico que inibe a etapa de glicólise. O anticoagulante referido é o: Fluoreto de Sódio. O fluoreto de sódio é o anticoagulante usado para inibição da glicose. O citrato de sódio é usado em exames relacionados com coagulação. O anticoagulante EDTA e heparina são usados em exames de hematologia. Já o ativador de coágulo não é um anticoagulante, muito pelo contrário, ele ativa a coagulação. 4. O infarto do miocárdio é uma emergência médica. A pessoa que está infartando pode ter uma sensação de aperto e dor no peito, fadiga, arritmia cardíaca e ansiedade. Sobre a elevação dos marcadores bioquímicos no plasma da pessoa, é correto afirmar que: Ocorrem devido à lise das células cardíacas que sofreram necrose. Quando as células do coração morrem, estas se rompem, liberando todo o conteúdo intracelular. A dosagem de proteínas e enzimas que foram liberadas no processo de lise celular é usada como marcadores bioquímicos para a confirmação de infarto do miocárdio. Deste modo, a elevação dos marcadores bioquímicos no plasma da pessoa infartada está relacionada com as células cardíacas que foram lisadas. Tanto as células cardíacas normais quanto as células adjacentes ao coração continuam realizando o seu metabolismo normal durante o infarto e não liberam compostos indicativos de que o infarto está ocorrendo. A elevação dos marcadores bioquímicos no plasma da pessoa infartada não tem relação clara com o aumento das células sanguíneas. 5. Os rins são importantes órgãos com a função de filtração de água e de compostos que formarão a urina. Sintomas como inchaços pelo corpo e urina com pouco volume, presença de sangue e odor forte podem ser indicativos de mau funcionamento dos rins. Um marcador plasmático bioquímico relacionado com a função renal é a dosagem de: Creatinina. Um marcador plasmático bioquímico relacionado com a função renal é a dosagem de creatinina sérica, por meio dela pode se detectar a taxa de filtração glomerular. A creatinina é filtrada principalmente nos rins, mas se este estiver comprometido, a filtração da creatinina diminuirá e os níveis plasmáticos de creatinina aumentarão. A insulina é um hormônio produzido pelas células pancreáticas e é responsável pela regulação da concentração de glicose no sangue. A tiroxina livre é um hormônio produzido pela glândula tireoide e é responsável pelo controle do metabolismo energético celular. A hemoglobina glicada pode ser definida como a ligação entre a proteína hemoglobina às moléculas de glicose e é um marcador para o monitoramento da diabetes, uma vez que se sabe que a glicose ligada à hemoglobina reflete os níveis médios glicêmicos plasmáticos. As troponinas correspondem a um grupo de proteínas encontradas em células musculares. As proteínas T e I são altamente específicas para o tecido cardíaco e podem ser detectadas no soro do paciente após o evento do infarto. ANATOMIA RADIOLÓGICA DO ESQUELETO AXIAL E APENDICULAR 1. Para visualizar as estruturas anatômicas do corpo humano, é necessário criar uma diferença de tons de cinza entre os órgãos, pois isso gera um contraste entre eles. Assinale a alternativa que representa estruturas radiopacas na imagem: Metal, ossos e meios de contraste (bário e iodo). A água e os músculos são o ponto de referência. Por isso, toda estrutura com densidade maior que a da água será radiopaca, como, por exemplo, ossos, metal e os meios de contraste (bário e iodo). Em contrapartida,toda estrutura com densidade menor que a da água será radiolúcida, como o ar e a gordura. 2. A anatomia radiológica convencional do crânio e dos seios da face é muito solicitada na área médica, pois com esse estudo é possível verificar os tecidos e órgãos normais e também se existem anormalidades, como fraturas e processos inflamatórios. Considerando o estudo anatômico do crânio, é correto afirmar: O neurocrânio engloba toda a calvária “abóbada” e a base do crânio e é composto de 8 ossos: 1 osso frontal, 1 osso occipital, 1 osso etmoidal, 1 osso esfenoidal, 2 ossos temporais, 2 ossos parietais. O crânio é dividido em duas partes básicas: neurocrânio e viscerocrânio. O neurocrânio engloba toda a calvária “abóbada” e a base do crânio e é composto de 8 ossos: 1 osso frontal, 1 osso occipital, 1 osso etmoidal, 1 osso esfenoidal, 2 ossos temporais e 2 ossos parietais. Já o viscerocrânio é constituído de 14 ossos da face: 2 lacrimais, 2 nasais, 2 zigomáticos, 2 maxilares, 2 palatinos, 2 conchas nasais inferiores, 1 vômer e 1 mandíbula. Incluindo os ossículos da orelha média (2 martelos, 2 bigornas e 2 estribos), o crânio soma ao total 28 ossos. 3. O exame radiológico do ombro é geralmente solicitado, pois essa região anatômica sofre muito com lesões. Na anatomia radiográfica do ombro, podem ser visualizadas quais estruturas? Cabeça do úmero, colo do úmero, glenoide, tubérculo maior e menor do úmero, processo coracoide, acrômio, articulação acrômioclavicular, articulação glenoumeral. As estruturas que podem ser visualizadas são: cabeça do úmero, colo do úmero, glenoide, processo coracoide, tubérculo maior e menor do úmero, acrômio, articulação acrômioclavicular e articulação glenoumeral. O acetábulo e o trocânter maior e menor são estruturas localizadas nos quadris e nos fêmures, respectivamente. O processo estiloide está localizado no rádio, na ulna e no osso temporal. O processo coronoide encontra-se na ulna. A tróclea e a fossa do olécrano são estruturas localizadas na porção distal do úmero. 4. Os exames do crânio para estudo dos seios paranasais são muito solicitados pelos médicos. Com esse exame, é possível diagnosticar presençaanormal de líquidos dentro dos seios da face, como nos casos de sinusite (inflamações). Quais destes seios paranasais são vistos no exame do crânio visualizado de frente? Seios frontal, maxilar e etmoidal. No exame do crânio visualizado de frente, é possível ver os seios frontal, maxilar e etmoidal. O seio esfenoidal e as células da mastoide são visualizados no exame em perfil. 5. Além das fraturas e das luxações, várias doenças ósseas e articulares acometem o esqueleto axial e apendicular, como osteoporose, osteoartrite, osteoartrose, osteocondrite. Por isso é que o estudo da anatomia radiológica é tão importante. Com esse conhecimento, é possível distinguir estruturas normais das patológicas. No exame radiológico da mão, é possível visualizar quais ossos? Falanges, metacarpos, escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio, trapezoide, capitato e hamato. No exame radiológico da mão, é possível visualizar os seguintes ossos nas duas mãos: 28 falanges, 10 metacarpos, 16 ossos do carpo (2 escafoides, 2 semilunares, 2 piramidais, 2 pisiformes, 2 trapézios, 2 trapezoides, 2 capitatos e 2 hamatos). Já os metatarsos, os cuboides, os tálus, os cuneiformes e os naviculares são os ossos dos pés. PRINCÍPIOS DA CONSTRUÇÃO DA IMAGEM RADIOLÓGICA 1. Exitem quatro fatores que influenciam a qualidade da imagem na hora de realizar melhor avaliação da imagem radiológica. Quais são esses fatores, os quais podem ser afetados ou controlados? Densidade, detalhe, contraste e distorção. DDentre os fatores que formam a imagem radiográfica, a densidade é responsavel pelo enegrecimento; o contraste é definido como a variação na densidade; o detalhe é definido como a nitidez de estruturas e a distorção que define a imagem radiográfica é a representação errada do tamanho ou do formato do objeto projetado. Esses quatro fatores são os principais por serem representados no ínicio da contrução da imagem, podendo ser afetados ou controlados. Já quanto aos outros fatores citados, alguns deles podem ser evitados ou modificados. 2. O fator primário de controle da densidade é o que controla a quantidade de raios X emitida pelo tubo de raios X durante uma exposição. Assim, a duplicação desse fator duplicará a quantidade de raios X emitida e a densidade. Qual é esse fator de controle da densidade? mAs. O fator primário de controle da densidade é o mAs, que controla a quantidade de raios X emitida pelo tubo de raios X durante uma exposição. Assim, a duplicação do mAs duplicará a quantidade de raios X emitida e a densidade. O ajuste de corrente (mAs) deve ser alterado em, no mínimo, 30 a 35% para que haja uma modificação notável na densidade radiográfica, causando, assim, um grau de enegrecimento na imagem. O Kv faz com que o contraste da imagem mude; ele é responsável pela diferença visível na densidade de estruturas adjacentes em uma radiografia. O contraste significa escala de cinza, diferença entre densidades adjacentes. O pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital, e o DFoFi é responsavel pela distância entre o tubo e o receptor na formação da imagem. 3. No momento de realizar o exame de raio X, é necessário determinar a abertura do tamanho do feixe de raios X para limitar a área de interesse da anatomia em questão, pois os raios se espalham para cobrir todo o filme. Qual seria esse limitador? Colimadores. A divergência do feixe de raios X ocorre porque os raios X originam-se de uma fonte estreita no tubo e divergem ou espalham-se para cobrir todo o filme ou receptor de imagem. O tamanho do feixe de raios X é limitado por colimadores ajustáveis, que absorvem os raios X periféricos dos lados, controlando, assim, o tamanho do campo de colimação. Quanto maior o campo de colimação e menor o DFoFi, maior é o ângulo de divergência nas margens externas. O mAs controla a quantidade de raios X emitida pelo tubo de raios X; o Kv faz com que o contraste da imagem mude; o ponto focal é usado para alcançar imagens com melhor nitidez; e a resolução é a habilidade de mostrar detalhes finos na imagem. 4. Um recurso muito utilizado para melhorar o contraste entre estruturas com coeficientes de atenuação muito próximos é a utilização de meios de contraste. Quais substâncias aumentam o contraste radiográfico de uma determinada região? Iodo, bário e ar. O iodo, o bário e o ar são materiais introduzidos na região a ser estudada que tem um coeficiente de atenuação diferente da região vizinha da área de interesse, aumentando o contraste radiográfico. Isso ocorre, por exemplo, em estudos do sistema circulatório para se obter melhor visualização dos vasos sanguíneos. Por exemplo, utiliza-se contraste iodado. O bário é outro meio de contraste e pode ser utilizado no trato gastrintestinal, por exemplo. As bordas do trato gastrintestinal podem ser visualizadas com maior contraste, permitindo a identificação de ulcerações ou quaisquer rupturas que possam estar presentes. Outro meio de contraste que pode aumentar a atenuação dos fótons de raios X é o ar, que também pode ser utilizado em estudos do trato gastrintestinal. Tecnécio e flúor são radiofármacos, compostos radioativos para uso no próprio paciente no diagnóstico e terapia, fazendo com que ele mesmo seja a fonte de radiação. 5. Uma imagem sem nitidez pode esconder lesões, microfraturas e outras causas importantes para o diagnóstico. Quais os fatores que podem influenciar a nitidez da imagem? Ponto focal, DOF e movimentos do paciente. Os aspectos que influenciam a nitidez das imagens são: - Ponto focal: deve-se usar sempre o menor ponto focal possível para alcançar imagens com melhor nitidez. Pontos focais muito amplos podem gerar borramentos nos exames. - Distância entre o tubo e o receptor (DOF): quanto mais afastado o objeto do filme, menor será a nitidez da imagem, ou seja, deve-se aproximar o paciente do receptor para que o nível de detalhamento seja melhor. - Movimentos voluntários e involuntários do paciente: deve-se tentar reduzir o tempo de exposição do paciente e prestar atenção em seus movimentos antes de disparar os raios X. Lembre-se de tomar essas precauções para que as imagens obtenham detalhes suficientes para a realização do diagnóstico. Estes outros fatores implicam na qualidade da imagem, mas não classificam a nitidez dela: - mAs: controla a quantidade de raios X emitida pelo tubo de raios X, o Kv faz com que o contraste da imagem mude, o ponto focal é usado para alcançar imagens com melhor nitidez e a resolução é a habilidade de mostrar detalhes finos na imagem. - Os meios de contraste são utilizado para melhorar o contraste entre estruturas com coeficientes de atenuação muito próximos. O borramento da imagem, que ocorre devido à falta de definição da borda da estrutura de interesse e sua vizinhança, e o ruído são variações aleatórias indesejáveis do sinal incidente ao receptor de imagem. - O pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital, o qual, juntamente com o bit, é a menor unidade da informação que pode ser armazenada ou transmitida. IMAGEM TOMOGRÁFICA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 1. Na medicina, a tomografia computadorizada (TC) é uma especialidade que utiliza radiação nas suas aplicações para aquisição de imagens dos órgãos internos do corpo humano. Em relação aos efeitos deletérios que as radiações podem causar nas células expostas, marque a alternativa correta. A radiação utilizada no sistema de TC é ionizante e pode causar danos no DNA das células expostas. Essa radiação X atravessa o corpo do paciente e é captada pelos detectores, que enviarão as informações para que os computadores convertam em imagens. A radiação X utilizada no sistema de TC é ionizante e tem energia suficiente para causar danos no DNA das células expostas. Essa radiação precisa atravessar o paciente para que os detectores façam a captação e enviem as informaçõespara serem convertidas em imagens pelo computador. Já no sistema de ressonância magnética, as radiações utilizadas são as ondas de rádio, que não são ionizantes e não causam nenhum dano direto à célula exposta. 2. A ressonância magnética (RM) é uma especialidade que utiliza radiação nas suas aplicações para aquisição de imagens do corpo humano, principalmente dos tecidos moles, como músculos. A radiação utilizada no sistema de RM pode ser classificada como: eletromagnética e não ionizante, e não causa danos a nenhuma célula exposta. As ondas de rádio são classificadas quanto a sua natureza como radiação eletromagnética não ionizante. Esse tipo de radiação não tem energia suficiente para alterar a estrutura da matéria e é considerado seguro (não causa nenhum dano às células expostas) se comparado aos raios X do sistema de TC. As ondas sonoras são radiações de natureza mecânica e são aplicadas no sistema de ultrassom, e não no sistema de RM. 3. No sistema de radiografia convencional, a terminologia frequentemente utilizada para estruturas brancas nas imagens é radiopaco, e para estruturas escuras, radiolúcido. No sistema de tomografia computadorizada (TC), é utilizada a terminologia hiperatenuante, hipoatenuante e isoatenuante. Qual dessas terminologias se aplica para o osso? Hiperatenuante. Na TC, a terminologia que descreve estruturas densas como ossos, metal e meios de contraste é hiperatenuante, pois são mais densas e atenuam mais radiação que os tecidos moles, ficando esbranquiçadas nas imagens. Hipoatenuante descreve estruturas escuras e isoatenuante descreve estruturas cinza. Hipersinal, hipossinal e isossinal são terminologias aplicadas na ressonância magnética, e não na TC. 4. O sistema de ressonância magnética (RM) é responsável por transformar sinais emitidos pelos prótons de hidrogênio em imagens. Essas imagens são classificadas como ponderação em T1 e em T2. Nas imagens em T2, qual a cor do líquido visualizado nas imagens e como é classificado o sinal em relação à terminologia? Branco, hipersinal. No sistema de RM, as imagens ponderadas em T2 deixam o líquido branco, o que chamamos de hipersinal. A gordura fica com hipossinal e os músculos ficam cinza, com isossinal. Já nas imagens em T1, o líquido fica escuro, com hipossinal, e a gordura fica esbranquiçada, com hipersinal. 5. Na ressonância magnética, para adquirir imagens ponderadas em T2, é necessário que o vetor de magnetização transversal dos prótons de hidrogênio decaia. Qual é o percentual de queda? Quando o vetor de magnetização transversal decai 37%, as imagens T2 são criadas. O tempo necessário para que o vetor de magnetização transversal decaia até 37% do seu eixo principal é chamado de relaxação transversal. As imagens obtidas na relaxação transversal são denominadas T2. Nas imagens em T2, a água fica com hipersinal (brilhante/esbranquiçada), a gordura fica com hipossinal (escura) e os músculos ficam cinza (isossinal). ULTRASSONOGRAFIA CINESIOLÓGICA: AVALIAÇÃO E TRATAMENTO 1. A ultrassonografia, como exame de imagem, permite a obtenção de imagens de estruturas internas do corpo humano. As ondas que retornam ao aparelho são transformadas em sinais elétricos, amplificadas, processadas por computadores e visualizadas no monitor de vídeo. _____________ baseia-se em um fenômeno físico no qual as ondas são transmitidas por meio da intensidade do eco. Reflexão. A ultrassonografia é um método diagnóstico que aproveita o eco produzido pelo som para ver em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo. 2. Um paciente internado a 15 dias na unidade de terapia intensiva, sob o uso de bloqueadores neuromusculares, será avaliado pelo fisioterapeuta da unidade. Qual é a possível alteração do quadríceps que se pode esperar nesse paciente? Diminuição da espessura da musculatura. A avaliação da espessura da musculatura é importante para poder determinar o grau de funcionalidade e de dependência pós-alta, assim, trabalha-se com a mobilização precoce e atividade para evitar a perda da musculatura. Ocorre uma diminuição da espessura da musculatura dependendo do imobilismo e do uso de bloqueadores neuromusculares. 3. João, ao jogar basquete, teve um choque contra outro jogador e se queixou de dor no ombro esquerdo. O fisioterapeuta do time apresentava um aparelho portátil de ultrassonografia e realizou o exame no intervalo do jogo, pois o jogador apresentava dor e limitação do movimento. Ao realizar a ultrassonografia do ombro, pode-se "esconder" alguma estrutura devido à pressão da sonda: bursa. As bursas são anecoicas e podem ser comprimidas pela pressão na sonda. No entanto, as outras imagens são caracterizadas por: os ossos são hiperecoicos, vistos pela sombra acústica abaixo deles; a cartilagem é anecoica; a gordura subcutânea é isoecogênica; as artérias aparecem delimitadas pelo fluxo sanguíneo. 4. Durante um exame de ultrassonografia, um breve pulso de ultrassom é emitido por um aparelho constituído por um cristal piezoelétrico. Um pulso elétrico provoca uma deformação mecânica na estrutura desse tipo de cristal, que passa a vibrar, originando uma onda mecânica (p. ex., uma onda sonora). Em contrapartida, uma pressão mecânica (onda sonora) exercida sobre esse tipo de cristal origina uma corrente elétrica. Dessa forma, o pulso de ultrassom enviado através do corpo é parcialmente refletido nas diferentes estruturas do corpo e detectado de volta pelo mesmo aparelho, que transforma a onda sonora em um pulso elétrico que poderá ser visualizado em um monitor de vídeo. Qual é o nome do fenômeno que ocorre? Efeito piezelétrico. O efeito piezoelétrico é a capacidade que as matérias, como cristais de quartzo, têm de vibrar em determinada frequência quando submetidos a uma pressão mecânica, como o som, transformando-a em impulsos elétrico. Estas ondas sonoras de alta frequencia são emitidas pela vibração de cristais com propriedades piezoelétricas, presentes no transdutor do aparelho,quando submetidas a correntes elétricas alternadas. 5. Você é profissional da saúde e está de plantão na sala vermelha de um pronto-socorro, quando chega uma mulher de 30 anos, grávida de 4 meses, que sofreu uma queda dentro de um ônibus e apresenta edema no tornozelo direito e está deambulando com dificuldade. Essa paciente pode realizar um exame de ultrassonografia? Sim, pode realizar esse exame. A ultrassonografia não gera problemas à gestação, pois são ondas ultrassônicas geradas por cristais e apenas são refletidas as imagens. Este exame pode ser realizado por qualquer pessoa em qualquer idade, pois não gera danos aos pacientes. ESTABILOMETRIA E A BAROPODOMETRIA 1. O equilíbrio é a habilidade de manter o corpo em harmonia e estabilidade, apresentando-se como uma variável importante do movimento e da postura. Com base nisso, indique a opção correta. O equilíbrio tem como tarefa básica manter a estabilidade corporal estática e dinâmica. O equilíbrio depende da integração do sistema vestibular, da visão, do cerebelo e da propriocepção. A tarefa básica do equilíbrio é manter a estabilidade corporal estática e dinâmica. Equilíbrio estático é a capacidade de manter a postura antigravitacional estável. O equilíbrio dinâmico é a estabilização do corpo quando a superfície está em movimento ou em transferências de posicionamentos. A orientação postural é o posicionamento do corpo em relação aos demais segmentos e ao meio ambiente. 2. O centro de gravidade é um ponto imaginário, saber da sua localização é necessário para manter a estabilidade corporal. Diante disso, assinale a alternativa correta. A linha de gravidade passa anterior ao maléolo, anterior ao joelho e posterior do quadril. A linha de gravidade considerada em uma postura normal passa anterior ao maléolo, anterior ao joelho e posterior do quadril. 3. Aestabilometria e o baropodometria são exames funcionais que verificam alterações relacionadas à postura e ao equilíbrio. Com relação à análise com estabilometria, assinale a alternativa correta. Os eixos avaliados são o eixo x, y e z que correspondem, respectivamente, a médio-lateral, anteroposterior e vertical. Os eixos avaliados nesse exame são o vertical (Z), o médio-lateral (X) e o anteroposterior (y). Esse exame avalia as oscilações nos eixos vertical, médio lateral e anteroposterior. A força é medida por uma célula do tipo strain gauge nos três eixos e é representada por Fx, Fy e Fz. O momento de força também é medido, nessa avaliação, por meio dos dispositivos da plataforma, representados por Mx, My e Mz. 4. A baropodometria é muito utilizada em clínicas, por ser de entendimento um pouco mais fácil e por pensar-se na forma de tratamento do paciente. Com base no estudado, assinale a opção correta. É possível avaliar, por meio desse exame, o tipo de pé (normal, cavo ou plano) e o tipo de pisada (pronada, supinada, neutra). A baropodometria avalia as pressões dos pés. Essa avaliação apresenta variações (olhos fechados, abertos e apoio unipodal) e é realizada na posição estática e dinâmica. A pressão é representada por cores, sendo que o vermelho é maior pressão e o azul menor pressão. É possível avaliar, por esse exame, o tipo de pé (normal, cavo ou plano) e o tipo de pisada (pronada, supinada, neutra). Esse exame é realizado em uma plataforma que avalia a pressão, não a força. 5. A estabilometria e a baropodometria são exames utilizados para identificar alterações que podem prejudicar a deambulação de indivíduos. Com base nisso, qual alternativa é correta? A baropodometria é capaz de representar o centro de gravidade por meio de um círculo, que deve estar entre os pés. Essas avaliações podem ser utilizadas como uma forma de intervenção apresentando um feedback visual para o paciente realizando treinos com ele juntamente com essas plataformas do exame e também serve para prescrição de palmilha. A estabilometria avalia as oscilações e a baropodometria avalia as pressões da região plantar. A distribuição de peso deve ser distribuída em 50% cada membro inferior e deve ser observado na baropodometria. A melhor distribuição de pressão observada deve ser maior na região posterior dos pés, sendo de 60% nessa região e 40% na região anterior. A baropodometria mostra o centro de gravidade através de um círculo que deve estar entre os pés. EXAMES FUNCIONAIS NEUROMUSCULOESQUELÉTICOS I 1. A biofotogrametria permite a análise dos alinhamentos corporais tanto para desvios laterais e anteroposteriores quanto rotacionais. Para um exame confiável, são necessárias a observação de alguns pontos anatômicos como referências e a referência externa para comparar os alinhamentos e a extensão dos segmentos. Durante a avaliação, adota-se uma sequência lógica de observações ou mesmo um protocolo para que nada saia fora do esperado. Diante das observações, faça uma análise lógica das alternativas e marque aquela que melhor descreva uma sequência lógica para o exame, isto é, menos passível de erros. Após fixação dos marcadores e posicionamento, o avaliador deve solicitar que o avaliado se mantenha na mesma posição enquanto realiza as fotos. O ideal é que tenha uma câmera para cada vista que irá capturar. Após a fixação dos marcadores e do posicionamento tanto das câmeras quanto do paciente, não se deve movimentar ou permitir que o paciente saia do lugar, pois assim a avaliação estará comprometida. Durante a avaliação não se pode induzir ou solicitar que o paciente adote uma postura fora de seu padrão natural, pois o objetivo é observar se ele adota algum vício de postura. 2. Durante o teste de força muscular, o avaliador ensina o posicionamento correto ao paciente, assim como explica quais são os objetivos do teste e como ele deve se comportar para que o teste seja o máximo fidedigno possível. Analise as assertivas a seguir e marque a correta. No teste de dinamometria lombar, o paciente pode sentir grande desconforto na região, em razão da tração que ele deve realizar, levando em conta que pacientes com dor lombar têm uma redução de força dessa região. O teste de dinamometria lombar reproduz uma grande força à região lombar, sendo passível de desconfortos se o paciente tiver lombalgia. A posição correta para o teste de força lombar é coluna ereta, quadril fletido a quase 90° e joelhos semifletidos, a fim de evitar hiperextensão destes. Quanto aos resultados, são dados na unidade de medida de força em kgf e os resultados podem ser comparados durante o tratamento fisioterapêutico a fim de se observar a evolução do paciente. O teste de força escapular é específico para mensurar a força de adução escapular, excluindo a possibilidade de qualquer diagnóstico patológico. 3. Um paciente que sofreu AVC normalmente apresenta alterações físicas como alteração do tônus muscular, força e amplitude de movimento. Com base no exame de eletrodiagnóstico, é possível perceber: o limiar de excitabilidade do ponto motor do músculo avaliado reduzido, que sinaliza a redução do movimento funcional nesse paciente. O exame eletrodiagnóstico permite avaliar o limiar de excitabilidade do ponto motor do músculo que está sendo avaliado, apontando assim a integridade do sistema neuromuscular. Se a excitabilidade estiver reduzida, significa que o movimento funcional pode estar comprometido. Durante o exame eletrodignóstico, não é solicitada a contração muscular. Os alinhamentos posturais são avaliados por meio da biofotogrametria. 4. A biofotogrametria é um exame clínico e científico que permite avaliar a postura normal ou patológica do paciente. Dentre os recursos necessários para a análise, estão: um fundo de cor uniforme para que não confunda com a roupa ou a pele do paciente, facilitando a análise após o exame. A câmera deve ser posicionada de acordo com a altura do paciente e o fundo deve ter cor uniforme para evitar erros de interpretação. As câmeras devem ser posicionadas e todos os detalhes e dúvidas devem ser sanados antes do momento da captura. No caso de realizar a captura de mais de uma vista, deve- se dispor de uma câmera para cada uma. A captura é realizada em postura estática, sendo que qualquer movimento inviabiliza o exame. O softwareé utilizado apenas após as capturas. É um processo lento e minucioso para que tenha confiabilidade. 5. A força é descrita como uma capacidade funcional geral do paciente. Sendo que aquele que foi acometido por acidente ou cirurgia poderá apresentar alterações para os seguimentos afetados. Diante do teste de força pela dinamometria, marque a alternativa correta. Durante a avaliação, o terapeuta deve posicionar os equipamentos e o paciente e encorajá-lo a fazer a força máxima que ele tem para que o resultado do teste seja fidedigno. Durante o teste, o fisioterapeuta encoraja o paciente para acessar a sua força máxima. Os valores de dinamometria podem variar, sendo que existe na literatura os valores encontrados em alguns estudos que podem ser utilizados como parâmetros durante as análises. Em caso de acometimento bilateral, não é possível acessar a força padrão do paciente, pois os dois lados estarão acometidos. Considerando a individualidade do paciente, não é possível traçar o objetivo de chegar aos resultados de outro paciente ou dados exatos da literatura. É esperado que o paciente com lesões ou alterações apresente valores alterados para menor. EXAMES FUNCIONAIS NEUROMUSCULOESQUELÉTICOS II 1. O sistema vestibular possibilita sentir os movimentos da cabeça, especialmente os involuntários, e combatê-los com movimentos oculares reflexivos e ajustes posturais que mantêm o mundo visual estável e o impedimento de cair. Com base nisso, faz-se necessário o conhecimento dos componentes desse sistemapara melhor entendê-los e avaliá-los. Quais itens estão relacionados ao sistema vestibular? Vestíbulo, sáculo, utrículo e cóclea. Os itens do sistema vestibular são vestíbulo, sáculo, utrículo e cóclea. Martelo, bigorna e estribo são os ossos do ouvido médio. 2. A inclinometria é analisada por meio de um instrumento denominado inclinômetro, o qual é utilizado como forma de analisar as inclinações da coluna vertebral, sendo semelhante a um goniômetro. Sobre essa avaliação, assinale a alternativa correta: O inclinômetro mede o deslocamento angular relativo à gravidade de forma ativa ou passiva. O teste é feito mais de uma vez, sendo, preferencialmente, três vezes, com diferença aceitável de 5º ou 10%. Não deve ser aplicado em pacientes com trauma grave, pois pode os afetar negativamente. Além disso, é realizado de forma ativa e passiva, com o paciente em pé e, em alguns casos, sentado, sendo que o exame mede o deslocamento angular relativo à gravidade. O goniômetro mede apenas os arcos do movimento, enquanto o inclinômetro consegue distinguir quais articulações estão atuando no movimento, observando em partes. Por isso, é mais utilizado para a avaliação da coluna. 3. Os exames de função vestibular visam a detectar a origem das disfunções, sendo extremamente importantes para a escolha do tratamento adequado, melhorando a qualidade de vida e possibilitando a execução de atividades funcionais, muito prejudicada em alguns casos. Apesar de ser geralmente avaliado e diagnosticado por um otorrinolaringologista, faz-se necessário conhecer as avaliações da função vestibular. Com base nessas avaliações, qual alternativa está correta? No exame de vectoeletronistagmografia, são avaliados os eletrodos na região temporal direita, esquerda, frontal e outro eletrodo neutro de localização frontal. Nos exames de eletronistagmografia (ENG) ou videonistagmografia (VNG), é avaliada a orelha interna; no de vectoeletronistagmografia, os eletrodos na região temporal direita, esquerda, frontal e outro eletrodo neutro de localização frontal. É um exame que avalia o sistema vestibular, sendo indicado para pessoas com vertigem, tontura, náuseas, zumbidos no ouvido, perda auditiva e enxaqueca, permitindo medir os parâmetros da função vestíbulo-oculomotora. O teste da cadeira rotatória é capaz de mensurar respostas dos movimentos da cabeça em velocidades próximas àquelas utilizadas durante as atividades da vida diária. O paciente senta em uma cadeira computadorizada que se move. A acuidade visual dinâmica computadorizada auxilia a determinar o quanto o seu problema vestibular interfere na sua visão durante as atividades. O vertical visual subjetiva (VVS) avalia o utrículo, que é um dos órgãos da orelha interna responsáveis por sentir a gravidade. 4. A termografia é uma técnica que permite mapear um corpo ou região com o intuito de distinguir áreas de diferentes temperaturas. Com base no que esse exame avalia, assinale a alternativa correta: Qualquer alteração no equilíbrio térmico é sinal de que algo não está bem, sendo importante de se avaliar. Trata-se de um exame não radioativo, sem contato e indolor. É um exame de imagem realizado por meio de uma câmara especial, com sensores de infravermelho, capaz de detectar emissão infravermelha do corpo humano e transformar em temperatura, que pode ser analisada em um computador. É um método diagnóstico não invasivo que avalia a microcirculação (perfusão tecidual) e as fibras nervosas finas (atividade simpática vasomotora), isto é, quais estruturas estão inflamadas. A temperatura pode ser considerada como um dos cinco sentidos vitais do ser humano; como um aviso de que algo está errado no funcionamento do corpo, ocorre a alteração do equilíbrio térmico, sendo importante a sua avaliação. A termografia está se tornando um procedimento adjuvante, junto com a mamografia, na detecção do risco de câncer de mama. 5. Você recebe, em seu consultório, um paciente com redução de movimento na coluna, o qual relata ter sofrido um acidente. Nessa situação, o que é recomendado fazer? Realizar a anamnese e outros testes, mas não a inclinometria, pois não é aconselhável até se certificar de que não há lesão local. O atendimento do paciente só deve ser feito com a certeza de que a realização de testes, como a inclinometria, não irá prejudicá-lo, aumentando sua lesão, como no caso relatado. Em caso de dúvidas, o médico do paciente deve ser contatado para esclarecimentos. EXAMES FUNCIONAIS CARDIORRESPIRATÓRIOS I 1. A manovacuometria é um teste funcional não invasivo para mensurar as pressões inspiratórias e expiratórias máximas, respectivamente, PImáx e PEmáx. Para que essas pressões sejam mensuradas adequadamente, o comando na realização da manobra deve estar devidamente organizado. Assim, qual alternativa representa uma sequência apropriada aplicada a manovacuometria? Inspiração até a capacidade pulmonar total, oclusão do orifício no adaptador do manovacuômetro e solicitar uma expiração máxima para determinação da PEmáx. A determinação da PEmáx parte de uma inspiração até a capacidade pulmonar total (CPT) e deve ser solicitada a expiração forçada; já a PImáx parte sempre do volume residual (VR) e deve ser solicitada a inspiração forçada. O orifício do adaptador do manovacuômetro sempre estará ocluído durante a manobra apenas. 2. A ventilometria possibilita a mensuração de volumes e capacidades pulmonares. Para o uso do ventilômetro (aparelho utilizado no referido exame), a habilidade do profissional que conduz o teste é importante para a devida mensuração dos valores e, consequentemente, determinação do tratamento. Sabendo disso, qual alternativa atende a uma condição apropriada para a realização da ventilometria? Adaptadores podem ser utilizados em pacientes sob ventilação mecânica artificial. Esclarecer dúvidas e instruir o paciente previamente, além de posicionar adequadamente, são atitudes que garantem a qualidade do exame e a segura aplicação no tratamento, como por exemplo, a determinação do índice de Tobin para desmame ventilatório em pacientes sob ventilação mecânica, no qual o ventilômetro pode ser utilizado por meio de adaptadores. Ainda, é preciso que o procedimento seja realizado três vezes e o maior valor considerado a fim de se evitar dados mensurados incorretamente. 3. A tosse auxilia o sistema respiratório na eliminação de muco e corpos estranhos na árvore respiratória garantindo vias aéreas livres para passagem do ar. O teste de pico de fluxo de tosse (PFT), também denominado de pico de fluxo expiratório (PFE), é realizado com auxílio de um aparelho chamado peak flow meter acomplado a boca do paciente com um clipe nasal e permite: Mensurar o fluxo expiratório. O teste de pico de fluxo de tosse é um método avaliativo (exame) que permite mensurar o fluxo expiratório do ar, que, ao passar pelas vias aéreas, analisa se a força da musculatura expiratória está gerando um fluxo suficiente para a higiene brônquica. 4. É importante sempre considerar as indicações e contra-indicações na aplicação de recursos avaliativos e terapêuticos nos cuidados em saúde. A manovacuometria é um exame funcional que permite obter informações importantes sobre a mecânica pulmonar, mas que exige grande esforço do paciente para que o teste seja realizado de forma correta e os valores mensurados sejam validados. Por isso, é preciso haver atenção ao indicar o exame. Considerando isso, a manovacuometria pode ser indicada para: Avaliação pré-operatória da função dos músculos ventilatórios. A manovacuometria é indicada, entre diversas condições clínicas, à avaliação pré-operatória da função de músculos ventilatórios; e contra-indicada em casos de pneumotórax, cirurgias recentes de abdômen, tórax e vias aéreas, glaucoma e angina instável recente, entre outras condições clínicas. 5. O teste de pico de fluxo datosse (PFT) é aplicado em diversas condições patológicas para identificar disfunções, entre elas, a descoordenação na abertura da glote devido disfunção bulbar e a fraqueza dos músculos inspiratórios e expiratórios. Uma redução da eficiência da tosse durante um teste de PFT pode estar relacionado com: Processo de envelhecimento. O processo de envelhecimento está relacionado, diretamente, a reduções no pico de fluxo de tosse. Alterações de frequência respiratória, plaquetopenia e rebaixamento de nível de consciência e indicação para intubação orotraqueal estão relacionados a outras condições clínicas. EXAMES FUNCIONAIS CARDIORRESPIRATÓRIOS II 1. O Teste de Velocidade da Marcha (TVM) tem sido recomendado em situações que indiquem o declínio da capacidade funcional e preditor para o risco de morte. Em que consiste o TVM? Analisar a velocidade média da marcha em uma superfície plana. O TVM permite determinar a velocidade média atingida ao caminhar por uma superfície plana. Dados antropométricos e número de passos não são incluídos nessa análise. O teste preconiza superfície plana, sendo a esteira e o cicloergômetro aplicáveis a outros testes. 2. O teste denominado Timed Up and Go (TUG) consiste em avaliar a velocidade do indivíduo ao executar uma atividade relativa a: levantar-se de uma cadeira com os braços; caminhar três metros à frente; virar-se; caminhar de volta ao ponto de origem; e sentar-se na cadeira. A aplicação do teste TUG está voltada para a avaliação da capacidade funcional e faz alusão a/ao: Mobilidade independente. O teste TUG é tratado frente a um conjunto de ações típicas das atividades da vida diária do indivíduo com alusão à mobilidade independente. Tempo de reação, força muscular nos membros inferiores, equilíbrio e marcha são pontos de estímulo e avaliação ao teste TUG. 3. O estudo da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) permite a avalição da modulação do sistema autônomo de forma não invasiva. A VFC corresponde à habilidade cardíaca ao responder a estímulos, como, por exemplo, a atividade física, analisados por meio do eletrocardiograma (ECG). Os intervalos do ECG analisados para gerar índices de estudos de VFC são: Intervalos R-R. Intervalos R-R (entre as ondas R) permitem gerar índices de estudo da VFC que é expressa em unidade de tempo (milissegundos) por intervalo R-R (batimento sinusal) e representam as flutuações na duração dos ciclos cardíacos. O complexo QRS, o intervalo S-T, o intervalo Q-T e o intervalo P-R referem-se às partes específicas dentro do ciclo cardíaco. 4. Mesmo sendo um teste submáximo, o Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6M) contém contraindicações devido ao gasto energético durante a execução do teste e pode ser limitado por sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Assim, é uma contraindicação absoluta do TC6M: Angina instável. São contraindicações absolutas: angina instável e infarto agudo do miocárdio recente. Outras condições patológicas devem ser analisadas e aplicadas com critério pelo avaliador. 5. O Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6M) tem baixo custo operacional, é dinâmico e bem tolerado por diversos pacientes. É simples de ser executado, com tempo preestabelecido e de acompanhamento da capacidade cardiorrespiratória, simulando esforços das atividades de vida diária e com boa correlação com o consumo de oxigênio máximo (VO2). No TC6M, o avaliador participa do teste: a distância, exceto em casos específicos. O avaliador participa dando instruções a distância, até mesmo com incentivo verbal, exceto em casos particulares em que o avaliador poderá estar atrás do paciente, sem impedir o deslocamento. TESTES CARDIOPULMONARES DE EXERCÍCIO MÁXIMO E SUBMÁXIMO 1. Os TCPEs máximo e submáximo diferenciam-se dos TE, entre outros aspectos, pela análise de gases durante o esforço do paciente submetido a um teste. Nesse sentido, o consumo de oxigênio (VO2) refere-se à variável presente nos testes cardiopulmonares que representa: O volume de oxigênio extraído do ar inspirado pela ventilação pulmonar em dado período de tempo. Trata-se do volume de oxigênio (VO2) extraído do ar inspirado pela ventilação pulmonar em determinado período de tempo. É um dado relacionado à perfusão, à ventilação e à circulação e sofre interferência nas atividades físicas devido a maior necessidade de aporte aéreo. 2. O quociente respiratório (ou razão de trocas respiratórias) tem sido um excelente indicador não invasivo de esforço máximo, ou seja, ele contribui no TCPE, indicando um esforço intenso por meio da relação entre oxigênio e gás carbônico. A relação que expressa esse quociente é: VCO2/VO2. É a relação entre a produção de VCO2 e o VO2, ou seja, VCO2/VO2. As demais relações não atribuem dados de valor prático. 3. Os TCPEs máximo e submáximo são aplicados conforme protocolos específicos, direcionando o diagnóstico para diversas alterações fisiopatológicas ou mesmo descrevendo o condicionamento físico, a exemplo da análise de desempenho de atletas. Quanto à aplicação dos TCPEs, pode-se considerar que: é um método para avaliar o desempenho aeróbico e subsidiar a prescrição de exercícios aeróbicos. O TCPE é considerado o melhor método para avaliar o desempenho aeróbico e, principalmente, subsidiar a prescrição de exercícios aeróbicos. 4. Os TCPEs máximo e submáximo fornecem diversos dados e informações relevantes para a interpretação e o suporte na prescrição de exercícios aeróbicos. Entretanto, pode-se dizer que as informações mais relevantes obtidas no TCPE são: FC e intensidade do esforço nos limiares ventilatórios. Na prescrição de exercícios aeróbicos, as informações mais relevantes obtidas no TCPE são a FC e a intensidade do esforço na qual ocorrem os limiares ventilatórios, em especial o limiar anaeróbico ou primeiro limiar. 5. O VO2 pico tem sido utilizado como marcador capaz de refletir amplamente a severidade da doença em pacientes. Em algumas situações, é utilizado como sinônimo de VO2max. O VO2 pico é considerado anormal quando: está abaixo de 85% do percentual do predito. O VO2 pico é considerado anormal quando está abaixo de 85% do percentual do predito. Ele reflete, de forma ampla, a condição de saúde do paciente, sendo usado como marcador universal. A relação VCO2/VO2, ou seja, o quociente respiratório (R), é tida como o melhor indicador não invasivo de esforço máximo. AVALIAÇÃO CINEMÁTICA DA MARCHA 1. A marcha é uma das tarefas mais presentes do nosso dia-a-dia, sendo o método por meio do qual movimenta-se de um lugar a outro. Em relação às fases e subfases da marcha é correto afirmar que: A fase de apoio é quando o pé está em contato com a superfície e a fase de balanço o tempo em que o pé está fora do solo. A fase de apoio compreende todo o momento em que o pé está em contato com o solo, apresenta 5 subdivisões, sendo a fase de contato inicial a primeira subfase, quando o contato é feito pelo retropé. A fase de balanço tem início quando o pé perde o contato com o solo; essa fase apresenta 3 subdivisões. A fase de apoio corresponde à maioria do ciclo (60%) e a fase de apoio, 40%. 2. Embora cada um de nós desenvolva um estilo próprio de marcha, existem parâmetros normais dentro dos quais todos nos movemos para nos munir de um método eficiente de deambulação. Com base no que se conhece sobre marcha, é correto afirmar que: Os dois pés estão em contato com o solo em dois momentos no ciclo da marcha. O comprimento do passo é a distância do contato inicial de um pé para o contato inicial do outro pé. Os dois pés estão em contato com o solo em dois momentos no ciclo da marcha, 10% no início e 10% no final da fase de apoio. É a distância entre o contato inicial do pé e o próximo contato inicial deste. É a distância horizontal entre os dois pés. Velocidade é a distância por uma unidade de tempo. 3. A deambulaçãopode ser definida como uma forma de locomoção. Em relação à marcha, assinale a alternativa correta. A cinemática da marcha é caracterizada por parâmetros espaciais e temporais. A fase de apoio corresponde a 60% e a fase de balanço a 40% do ciclo normal. As características temporais estão relacionadas ao tempo, e são portanto, velocidade e cadência. O sinal de Tredenlenburg é a queda da pelve do membro em fase de balanço, ou seja, o contralateral ao que está em contato com o solo. A marcha apresenta parâmetros de avaliação cinemática que são conhecidos como temporais e espaciais. Os parâmetros temporais estão relacionados ao tempo e os parâmetros espaciais são facilmente visualizados observando-se os pés enquanto deambulam. Em geral, as mulheres caminham em uma cadência mais elevada que os homens. 4. A marcha apresenta diversas técnicas que podem ser utilizadas para análise cinemática da marcha. Com base nisso, podemos verificar que: A análise da marcha pode ser realizada por meio da análise simples de filmagem ou com colocação de marcadores reflexivos que ajudam na avaliação. A plataforma de força deve ser utilizada no mesmo nível da passarela de avaliação da marcha ou do chão, pois não irá interferir na deambulação do paciente, que, ao precisar mudar de nível de altura, irá alterar sua marcha, interferindo na avaliação. A baropodometria não é muito comum, não são todas as clínicas que possuem o equipamento e ela é utilizada para ver a distribuição de pressão dos pés. A EMG pode ser utilizada durante a deambulação nos casos da eletromiografia sem fio ou em caso da marcha em esteira, onde os fios alcançam e não interferem. A análise da marcha pode ser realizada de forma simples ou com marcadores reflexivos, sendo analisados posteriormente por meio de vídeo e software. Diferentes técnicas podem ser utilizadas em associação, como por exemplo, marcadores reflexivos e a plataforma de força. 5. Existem diversas marchas patológicas com caracteristicas únicas conhecidas. A marcha festinante é característica de: Parcientes com Parkinson A marcha de pacientes com Parkinson é uma marcha festinante, com passos curtos, em bloco e com dificuldade de iniciar o movimento. Pacientes com ataxia apresentam movimentos bruscos e descoordenados e base de suporte aumentada. Na marcha hemiplégica, os pacientes hemiparéticos realizam um semicírculo com o membro espástico (sem apresentar os movimentos de flexão de membros inferiores). O membro superior permanece flexionado, pronado e em adução. A marcha em tesoura é comum em pacientes com PC devido à hipertonia dos membros inferiores, fazendo com que os mesmos se cruzem a cada passo, além de arrastar os pés. Em pacientes com Alzheimer, observa-se em estágios mais iniciais a diminuição da velocidade da marcha, redução no comprimento do passo e redução na largura do passo, diminuição da força de membros superiores e inferiores e alterações no controle postural.
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