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Abuso Sexual


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Abuso Sexual -> qualquer tipo de atividade de natureza erótica ou 
sexual que desrespeita o direito de escolha de um dos envolvidos. O 
direito de escolha pode ser suprimido: 
❖ Por coação. 
❖ Por ascendência. 
❖ Por imaturidade. 
O abuso sexual ocorre quando criança ou adolescente são usados 
para satisfação sexual de um adulto ou adolescente mais velho. 
O abuso sexual inclui: 
❖ Carícias. 
❖ Manipulação de genitália, mamas ou ânus. 
❖ Exibição de pornografia. 
❖ Exibicionismo. 
❖ Ato sexual com ou sem penetração. 
EPIDEMIOLOGIA 
O abuso sexual é considerado pela OMS como um dos maiores 
problemas de saúde pública, atingindo 7-35% das meninas e 3-29% 
dos meninos. A distribuição é homogênea por gênero, etnia, classe 
social e idade. 
Crônico: 
❖ Acomete mais frequentemente as crianças. 
❖ Agressor próximo à criança, em geral dentro da família. 
❖ Atos sexuais aumentam de intensidade com o passar do tempo 
❖ Frequentemente associada com sedução, gerando na criança o 
sentimento de culpa. 
❖ Raramente demanda atendimento em pronto-socorro. 
Agudo: 
❖ Acomete mais frequentemente mulheres adultas e 
adolescentes. 
❖ Agressor geralmente desconhecido. 
❖ Frequentemente associada com ameaças ou violência física. 
❖ Demanda atendimento em serviço médico de urgência. 
QUANDO SUSPEITAR? 
Sinais indiretos de agressão psicológica + fatos relatados pela vítima 
ou por um adulto próximo. 
❖ Tristeza constante. 
❖ Prostração. 
❖ Sonolência diurna. 
❖ Medo exagerado de adultos, habitualmente aquele do sexo do 
abusador. 
❖ História de fugas. 
❖ Comportamento sexual adiantado para idade. 
❖ Masturbação frequente e descontrolada. 
 
❖ Tiques ou manias. 
❖ Enurese ou encoprese. 
❖ Baixo amor-próprio. 
EXAME FÍSICO 
Quando suspeitar? 
❖ Lesões em região genital. 
❖ Edema, hematomas ou lacerações em região próxima ou em 
área genital, como partes internas de coxas, grandes lábios, 
vulva, vagina, região escrotal ou anal. 
❖ Dilatação anal ou uretral, ou rompimento de hímen dão o 
diagnóstico de abuso sexual. 
❖ Sangramento vaginal ou anal em crianças pré-púberes, 
acompanhado de dor, afastados os problemas orgânicos que 
possam determiná-los. 
❖ Encontro de doenças sexualmente transmissíveis como 
gonorreia, sífilis, HPV, clamídia. 
❖ Aborto de forma natural ou provocada 
❖ Gravidez. 
No exame físico, deve-se examinar o corpo inteiro da vítima, 
procurando por lesões/cicatrizes indicativas de violência física. Em 
crianças muito pequenas, é difícil avaliar sinais de irritação 
peritoneal – buscar apoio em outros métodos diagnósticos. 
Na urgência, observar sempre a diurese. A anatomia genital da 
criança torna mais provável as lesões de trato urinário. Deve-se 
excluir hematúria. 
EXAME GINECOLÓGICO 
❖ Evitar novo trauma com o exame ginecológico (considerar o 
exame sob narcose, em centro cirúrgico). 
❖ Excluir lesões sangrantes: a avaliação de fundo de saco vaginal 
em crianças deve ser feita por profissional experiente. 
❖ Avaliar secreções, DSTs ou a presença de gestação. 
❖ Avaliação de rotura himenal recente. O diâmetro himenal não 
é indicador confiável. 
❖ Avaliar a região anal. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
❖ Ultrassom pélvico e abdome total. 
❖ Hemograma completo. 
❖ Sorologias (HIV, sífilis e hepatites B e C). 
❖ Urina I. 
! Caso sejam utilizados antirretrovirais, acrescentar provas de 
função hepática e renal. 
CONDUTAS NA EMER GÊNCIA 
❖ Profilaxia da sífilis. 
❖ Profilaxia da clamidíase e do cancro mole. 
❖ Profilaxia da gonorreia. 
HAM - ABUSO SEXUAL NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 
❖ Profilaxia da tricomoníase. 
❖ Quimioprofilaxia antirretroviral. 
❖ Profilaxia da Hepatite B. 
❖ Profilaxia de emergência da gestação. 
Muitas vezes, as crianças e adolescente se calam, e isso se dá por 
motivos como: 
❖ Os casos mais frequentes de violência sexual até́ a 
adolescência é decorrente de incesto. 
❖ O agressor tem ou mantém algum grau de parentesco com a 
vítima. 
❖ Lesão psicológica mais grave do que na agressão sofrida por 
estranhos. 
❖ Usualmente acontece de forma repetitiva e insidiosa. 
❖ Inversão de papéis quando há consciência por parte da 
criança. 
❖ Etapa de exigência do silêncio, através de todos os tipos de 
ameaças à vítima e às pessoas de quem ela mais gosta ou 
depende. 
❖ O abuso é progressivo; quanto mais medo, aversão ou 
resistência pela vítima, maior o prazer do agressor, maior a 
violência.

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