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GLAUCO LOPES BELLI
 Filme: “Os intocáveis” (Intouchables).
A trama contemporânea se passa na cidade de Paris na França, inspirada em fatos reais, retratando a vida de Philippe, um multimilionário tetraplégico preso a uma cadeira de rodas que se cruza com a vida de Driss, um jovem morador do subúrbio de Paris quando este entra aleatoriamente em uma entrevista onde está sendo feita a seleção para um novo cuidador. 
Driss começa a falar a respeito de um documento que precisa a fim de receber um benefício do governo, logo os dois começam uma discussão a respeito de seus gostos musicais e Philippe nota que é tratado como uma pessoa normal, o que não acontecia com os outros candidatos.
A verdadeira amizade surge após a chegada de Driss a casa de Philippe, que vê o comportamento extravagante do seu cuidador e isso começou a conquistá-lo, apesar do descuido com os trejeitos, ou seja, o esquecimento das limitações do paciente, a exemplo de entrega-lhe correspondências para serem abertas e lidas, ademais com a própria saúde do paciente, já que eles corriam com a cadeira de rodas, pulavam de pára-quedas, fumavam baseados e entre outros. 
Porém, foram essas aventuras que fizeram Philippe voltar a amar, a viver e a ser feliz, enquanto a Driss, tornou-se um rapaz mais social, com conhecimentos sobre artes e, por conseguinte mais responsável. 
A história termina com Philippe tendo a oportunidade de viver um grande amor, casando-se e tendo dois filhos, porém ele torna-se mais confiante e aceita a lidar com sua dificuldade.
 
E apesar de Driss ter seguido seu caminho e não ser mais seu cuidador é criado um laço de amizade até o resto de suas vidas. 
O filme estimula um olhar humanista para além do que os olhos podem enxergar, a observar as pessoas com outras perspectivas, também nos levando a refletir quanto as nossas próprias limitações e barreiras.
Diversas vezes o multimilionário é questionado do porquê ter contratado tal cuidador, tendo em vista que o mesmo não tem experiencia alguma com tal profissão, entretanto seu argumento é sempre em virtude de que a forma como o rapaz o trata lhe faz sentir-se novamente como um humano.
Outrossim, o filme traz ao espectador a oportunidade de se transportar para aquele universo levando o mesmo a refletir, o quão sem esperança Philippe se encontrava e o quanto a amizade verdadeira e a empatia podem ser agentes transformadores para a superação.
Por conseguinte, há na trama o contraste com a vida dura do cuidador que mora no subúrbio e passa por diversas dificuldades.
Assim, em poucas palavras, podemos dizer que Driss trouxe Philippe como autor de sua própria vida novamente.
A trama nos instiga e nos convida: ao nos colocarmos no lugar do próximo conseguimos compreender melhor seus anseios, seus medos e limitações.
REFERÊNCIAS:
NAKACHE, Olivier; TOLEDANO Eric. Intocáveis. [Filme-Vídeo]. Direção de Olivier
Nakache; Eric Toledano. França. Califórnia Filmes. 2012.
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