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Alimentação e amamentação na infância

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Alimentação e amamentação na infância 
Aleitamento materno – Alimentação, proteção contra doenças, bem-estar físico e psíquico, 
desenvolvimento cognitivo e emocional (fortalece o vínculo entre mãe e bebê) e proteção 
contra diversas doenças. 
Anatomia da mama: 
Alvéolos mamários, tecido de suporte gorduroso – dentro alvéolo temos uma musculatura que 
envolve, sensíveis a ocitocina que permite que ocorra a contração e que o leite seja eliminado. 
Existem células produtoras de leite que são sensíveis a prolactina que permite a produção. 
Observar aureola e mamilo, o tamanho da mama não importa 
Fisiologia da lactação: 
A lactação ocorre em 3 fases: 
1. Começa no último trimestre da gestação (ambiente intrauterino) – Lactogênese 
Os hormônios que são responsáveis por essa fase é o estrógeno e a progesterona, sendo que o 
estrógeno produz e a progesterona segurando a ejeção do leite. Desenvolvimento dos lóbulos 
e ductos lactíferos. 
A prolactina aumenta desde a quinta semana de gestação e é inibida pelos hormônios 
placentários (lactogênio placentário inibe secreção de leite). 
2. Após o nascimento 
Queda dos hormônios com descida ou apojadura (mama fica quente, como se fosse um 
processo inflamatório até ter o ajuste dos hormônios) do leite entre o terceiro e quarto dia – 
400ml/dia 
Colostro é o primeiro leite logo após o nascimento e é o que a criança precisa para os primeiros 
dias da vida, contém uma quantidade maior de proteína. O colostro protege o bebê contra 
muitas doenças (imunoglobulinas). 
Prolactina: Estímulo para secreção do leite (secretada pela hipófise anterior) 
Ocitocina (sucção): Contração das células mioepiteliais (secretada pela hipófise posterior) 
3. Depois da sucção e esvaziamento da mama – Quando ocorre uma nova produção de 
leite e o leite fica armazenado na mama 
Fatores que fazem com que a ocitocina seja liberada: Estímulo de sucção faz com que vá 
estímulos aferentes para o sistema nervoso central que faz com que a hipófise libere ocitocina. 
Os sentidos visuais da mãe com o bebê também fazem com que ocorra liberação. A ocitocina 
também é responsável por fazer o útero se contrair, isso faz com que o útero volte ao seu 
tamanho normal no pós parto. 
A prolactina é estimulada também por impulsos sensoriais (luz – a noite tem uma liberação 
maior de prolactina e suprime a ovulação) e pela sucção. 
Classificação do aleitamento materno: 
Aleitamento materno exclusivo (AME): Somente leite humano (mama, ordenhado) sem 
líquidos ou sólidos. 
Aleitamento materno predominante: Além do leite materno, recebe água, chás e sucos. 
Aleitamento materno complementado: Qualquer alimento sólido ou semissólido para 
complementar. 
Aleitamento misto ou parcial: Leite materno + outros tipos de leite. 
Recomendação: Leite materno exclusivo até os 6 meses e após os 6 meses leite materno 
complementado até 2 anos de idade ou mais. 
O leite materno é de digestão fácil, por isso, algumas crianças querem mamar mais vezes. O 
leite do início da mamada defende o bebê contra infecções e mata a sede e o leite do final da 
mamada engorda o bebê (mais rico em gordura). O leite maduro tem uma diferença entre o 
anterior e o posterior, o que diferencia é a quantidade de gordura, sendo que o posterior contém 
mais gordura. 
Leite maduro – Por volta do decimo dia 
Propriedades imunológicas do leite materno: 
Células (macrófagos, neutrófilos, linfócitos), IgA secretória, IgM e IgG, fator bífido (microbiota), 
lactoferrina, lisozima etc. 
 
Como amamentar – técnicas: Como colocar o bebê no peito? 
Quando o peito estiver muito cheio, antes de amamentar, massagear e espremer a região da 
aréola para tirar um pouco de leite. Isto é para deixar a aréola mais macia e mais fácil para o 
bebê mamar. Deixar que o próprio bebê pegue o peito. 
Posicionar o bebê barriga com barriga com a mãe, aproximar do peito para que ele consiga 
localizar pelo reflexo de busca, o bebê suga através do reflexo de sucção. 
A pega incorreta causa dor, lesão, ingurgitação e mastite. 
A amamentação deve ser iniciada já na sala de parto, na primeira hora de vida. Os primeiros 
dias após o parto são cruciais para o sucesso da amamentação. 
Duração das mamadas 
O tempo não deve ser estabelecido – normalmente 15 minutos, mas não deve ser 
preestabelecido – até que a mama se esvazie. 
Volume de leite 
1 dia – não se dilata para caber mais, pois as paredes ficam firmes, suporta cerca de 7ml 
3 dias – mais ou menos do tamanho de uma noz, tendo uma capacidade por volta dos 22-27ml 
Aumenta com o tempo. 
Sinais para saber se a criança está mamando o suficiente: 
Ganho constante de peso, as mamas ficam vazias após a amamentação, sua urina é 
abundante diariamente. 
O leite não é fraco! 
Em média os bebês perdem 10% do peso. 
Quando o aleitamento não é possível é necessário utilizar os substitutos, especialmente no 
primeiro ano de vida. O leite de vaca integral não é indicado para crianças menores de 1 ano. 
Contra-indicação: Mães portadoras de HIV, que fazem uso de antineoplásicos e radiofármacos 
e crianças com galactosemia 
Para cada 30 ml de água – 1 scop (sempre deixa um pouco na mamadeira – forma do bebê 
falar que esta saciado, se ele esvaziar a mamadeira aumenta 20 ml) 
Interrupção temporária: Infecção herpética com lesões na mama, varicela materna com lesões 
5 dias antes e 2 dias após parto, fase aguda da doença de chagas, tuberculose bacilífera não 
tratada e consumo de drogas. 
COVID não contraindica a amamentação. 
Mastite – O mais importante é não parar de amamentar e orientar a prega. 
Sempre observar o ganho de peso para verificar se a amamentação é efetiva. 
1º trimestre – 25 a 30 g por dia 
2º trimestre – 20 g por dia 
3º trimestre – 15 g por dia 
4º trimestre – 10 g por dia 
Leite de vaca modificado em casa – Diluído com água (quando a criança tem idade inferior a 
4 meses de vida) 
A introdução dos alimentos é feita a partir do 6º mês (para quem já tem aleitamento materno 
exclusivo, se for aleitamento misto pode ser inserida desde o 4º mês) e é possível pois o bebê 
já possui a capacidade de deglutição e de sentar-se. Iniciar com frutas amassadas ou 
raspadas, sem estímulo sensorial de tela, sentada. A primeira papa principal no 6º mês deve 
ser semissólido ou pastoso de misturas múltiplas. A segunda papa (jantar) ocorre no 7º a 8º 
mês. A partir do 9º a 11º mês introdução gradativamente, passar para a refeição da família com 
ajuste da consciência. E no 12º mês comida da família – observando a adequação dos 
alimentos. 
Zero açúcar até os 2 anos. 
Mais importante a consistência e a variedade. Sem adição de sal. 
Idade corrigida do bebê – 40 menos a idade de nascimento 
Ex: nasce com 32 – logo 40 – 32 = 8 ou seja 2 meses de vida. Quando o bebê está com 6 meses 
ele teoricamente estaria com 4 meses., 2 a menos.

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