Prévia do material em texto
Estática Com este tópico pretendemos conceituar o mo- mento de uma força em relação a um ponto ou um eixo, bem como, exprimi-lo matematicamente; estudaremos também as unidades de momento e as aplicações prá- ticas dessa grandeza física. Estática é a parte da Mecânica que estuda as forças em equilíbrio. Vamos considerar, inicialmente, os movimentos clássicos de um corpo. Consideremos o corpo rígido M da figura abaixo, no qual marcamos um segmento de reta AB; se ele sofre um movimento, onde ocupa posições sucessivas representadas pelas figuras M1 e M2, e se observamos que o segmento de reta mantém posições paralelas entre si, dizemos que esse corpo M apresenta movi- mento de translação. A B M A B M 1 A B M 2 Se marcarmos nesse corpo um ponto P, por exem- plo, num de seus vértices, e o movimento ocupa as posições sucessivas representadas pelas figuras M3 e M4, e se observarmos que os pontos extremos do segmento AB giram em torno de P, dizemos que esse corpo M apresenta movimento de rotação. A B M AB M 3 M4 A B P Os movimentos reais são geralmente constituí- dos dos dois movimentos simultaneamente. Um caso bastante interessante pode ser obser- vado na rotação de uma roda em torno de seu eixo e este eixo sofre translação. O A A O Momento de uma força A resultante de um sistema de forças é a gran- deza física responsável pelo movimento de translação acelerada. Momento de uma força (ou torque) é a gran- deza física responsável pelo movimento de rotação do corpo. O momento de uma força é uma grandeza veto- rial e a soma de momentos deve obedecer as regras da soma vetorial. Vamos considerar um ponto fixo P e uma força F → cuja direção não contenha o ponto P. 90° P 90° dF → M → O módulo do momento da força F → em relação ao ponto P será dado pelo produto do módulo da força pela distância d , que é chamada braço de alavanca; observe que o braço de alavanca é a menor distância entre o ponto P e a direção da força. A direção do vetor momento é a da perpendicu- lar ao plano que contém a direção da força e o braço de alavanca. O sentido é dado pela regra da mão direita (coloque os dedos da mão direita como indicado na figura a seguir; considerando a força com o sentido dos dedos encurvados, o polegar representará o sentido do vetor momento). 1 O sentido pode ser dado também pela regra do parafuso ou do saca-rolhas, vista em Matemática no produto vetorial de dois vetores. No caso de forças coplanares usamos apenas a intensidade do momento, admitindo sinal positivo quando a força produz rotação, em torno do ponto fixo, no sentido anti-horário ou negativo para rotação no sentido horário. Se tivermos um sistema de forças paralelas, a resultante terá sempre a mesma direção delas e seu módulo será a soma algébrica de todas as forças, onde o sinal de cada uma delas estará vinculado ao sentido das mesmas. Podemos dizer que o momento da resultante não-nula, em relação a qualquer ponto, será igual à soma dos momentos das forças dadas em relação a esse mesmo ponto. Unidades de momento A unidade SI será: N . m; como essa unidade é vetorial, usava-se, antigamente, escrevê-la m . N, para que não fosse confundida com a unidade de trabalho, que é escalar; lembre-se que N . m = J, se for escalar. A unidade no sistema CGS será: dyn.cm. No sistema MKgfS a unidade será: kgf.m Apresentamos alguns exemplos: 1. Considere uma barra homogênea AB de com- primento e de peso desprezível em relação aos de- mais parâmetros do problema, tendo aplicadas duas forças F → 1 e F → 2 paralelas e de mesmo sentido, uma em cada extremidade, conforme a figura abaixo: A B F → 1 F → 2 Como sabemos a resultante será R → = F 1 + F 2 e terá módulo R = F 1 + F 2 ; falta-nos determinar o ponto de aplicação dessa resultante. O processo gráfico mais simples é transferir cada uma das forças para o ponto de aplicação da outra, invertendo o sentido de apenas uma delas; unindo-se as extremidades dos dois vetores por um segmento de reta, a intersecção dele com AB deter- minará o ponto de aplicação da resultante. A B F → 2 R → a b – F → 1 F → 2 O ponto de aplicação da resultante será tal que: F1 F2 = b a e a + b = 2. Considerando a mesma barra AB de compri- mento e de peso desprezível em relação aos demais parâmetros do problema, tendo aplicadas duas forças F → 1 e F → 2 paralelas e de sentidos opostos, uma em cada extremidade, conforme a figura abaixo: A B F → 1 F → 2 2 A resultante será R → = F 1 + F 2 terá módulo R = F 1 – F 2 ; determinemos o ponto de aplicação dessa resultante. Vamos, outra vez, transferir cada uma das for- ças para o ponto de aplicação da outra, invertendo sempre o sentido de apenas uma delas; unindo-se as extremidades dos dois vetores por um segmento de reta, a intersecção dele com AB determinará o ponto de aplicação da resultante. Observe que neste segundo exemplo, o ponto de aplicação da resultante estaria colocado fora da barra, isto é, a força única, que substituiria as outras duas forças seria uma força colocada no ponto O da reta que contivesse a barra AB. F → 2 R → b a F → 1 Continuaria valendo a relação entre forças: F1 F2 = b a e b – a = Nesses dois casos apresentados, a barra esta- ria sofrendo movimento de translação e também de rotação. Um caso particular, bastante usado praticamen- te, é o caso de duas forças paralelas, de sentidos opostos, tendo módulos iguais: tal sistema é chama- do de binário, conjugado ou par de forças. A B F → 1 F → 2 O A resultante será R → = F 1 + F 2 e terá módulo nulo, isto é, a barra não sofre translação; o momento total será M total = M F1 + M F2 ; se calcularmos os momentos de F → 1 e de F → 2 em relação a um ponto qualquer da barra ( O ) teremos: M F1 = F 1 x AO e M F2 = F2 x BO e como ambos giram a barra no mesmo sentido (na fi- gura acima, o sentido anti-horário), têm o mesmo sinal, portanto M total = M F1 + M F2 e lembrando que as for- ças são iguais em módulo: M total = F 1 x (AO + BO ) M F1 = F 1 x AB , ou seja, o módulo do momen- to total é dado pelo produto do módulo de uma das forças pela comprimento da alavanca; como pode ser constatado, no binário a resultante é nula, mas o mo- mento total não é nulo; a barra não sofre translação, porém sofre rotação. Na prática, temos vários exemplos da aplicação dos binários: nos motores elétricos, nas chaves de roda usadas por profissionais, na rotação de maça- netas de forma redonda, no uso de chaves de fenda etc. Quando dois binários agindo no mesmo plano apresentam momentos iguais, são chamados de binários equivalentes. Teorema de Varignon O momento total de um sistema de forças em relação a um ponto qualquer é igual ao momento da resultante desse sistema em relação ao mesmo ponto, excetuando-se o caso em que a resultante seja nula (binário). Teorema das três forças para um corpo extenso. Se um corpo extenso em equilíbrio estiver sub- metido a apenas três forças, estas necessariamente passam por um único ponto (retas concorrentes) ou são paralelas. F1 F2 F3 N T P Equilíbrio de uma partícula Dizemos que uma partícula está em equilíbrio quando a resultante do sistema de forças que atua sobre ela é nulo. 3 F = 0 ⇒ R = 0 Como já sabemos de vetores R = 0 implica: R x = 0 e Ry = 0 Como a partícula é considerada um ponto ma- terial, todas as forças aplicadas sobre ela têm suas linhas de ação concorrentes nela, já que um ponto material é considerado sem dimensão. Equilíbrio de um corpo rígido São duas as condições para equilíbrio de um corpo rígido: 1. A resultante de todas as forças que agem sobre esse corpo tem que ser nula: isso implica que o corpo não pode ter translação acelerada; se ele tiver translação, esta só poderá ocorrer com vetor velocidade constante. 2. O momento total deveser nulo: isso implica que o corpo não pode sofrer rotação. O item 1 nos mostra que podemos considerar dois tipos de equilíbrio: o estático, quando o corpo está parado e o dinâmico, quando o corpo está em movimento retilíneo e uniforme. Portanto, para equilíbrio, teremos sempre: F = 0 ⇒ R = 0 M = 0 ⇒ M total = 0 Centro de gravidade Consideremos um corpo de massa m. A força gravitacional da Terra atua em cada partícula desse corpo, tendo direção vertical e sentido para o centro da Terra; como o centro da Terra está muito distante do corpo, podemos considerar que as forças sobre as partículas são paralelas e com isso, somar algebrica- mente as forças e determinar sua resultante teórica : essa resultante é chamada peso do corpo. O peso do corpo está aplicado em um ponto teórico chamado centro de gravidade. Podemos determinar esse ponto associando ao corpo um par de eixos cartesianos e considerar, para cada partícula, suas coordenadas x e y. x y p1 p2 pn p3 P CG Sejam p1 , p2 , ... , pn os pesos das partículas consideradas; podemos escrever: yCG p1y1 + p2y2 + ...+ pnyn p1+ p2+ ...+ pn xCG p1x1 + p2x2 + ...+ pnxn p1+ p2+ ...+ pn = = onde x1 , x2 , ... , xn e y1 , y1 , ... , yn representam as coordenadas das partículas e xCG e yCG representam as coordenadas do centro de gravidade, ou seja, o ponto de aplicação da força peso. Se tivermos um corpo homogêneo e simétrico o centro de gravidade coincide com seu centro de simetria. Corpos apoiados Para que haja equilíbrio de um corpo rígido apoiado em um plano, é condição necessária que a perpendicular sobre esse plano, baixada do centro de gravidade, passe pelo polígono da base de apoio. Podemos considerar três tipos de equilíbrio: 1. Estável: quando o corpo afastado ligeira- mente da posição de equilíbrio a retoma espontane- amente. 2. Instável: quando o corpo afastado ligeira- mente da posição de equilíbrio não a retoma espon- taneamente. 3. Indiferente: quando o corpo afastado ligei- ramente da posição de equilíbrio, toma, espontane- amente, outra posição de equilíbrio. 4 Exemplos: Estável Instável Indiferente Observa-se que, na primeira figura, um ligeiro deslocamento provocará elevação do centro de gra- vidade (aumento da energia potencial gravitacional); na segunda, ocorrerá abaixamento do centro de gra- vidade (diminuição da energia potencial gravitacio- nal); na terceira, um ligeiro movimento não alterará a altura do centro de gravidade (a energia potencial gravitacional permanece constante) Corpos suspensos Para um corpo suspenso estar em equilíbrio é condição necessária que o centro de suspensão e o centro de gravidade estejam na mesma vertical. Podemos considerar os três tipos de equilí- brio: 1. Estável: o centro de gravidade está abaixo do centro de suspensão. 2. Instável: o centro de gravidade está acima do centro de suspensão. 3. Indiferente: o centro de gravidade coincide com o centro de suspensão. Exemplos : Estável Instável Indiferente Máquinas simples Máquinas são aparelhos ou instrumentos des- tinados a modificar ou transmitir a ação de forças. A máquina é chamada de máquina simples quando é constituída de um único sistema rígido. Nessas máqui- nas consideramos somente duas forças aplicadas: a força motora, força potente ou potência (aquela que aciona a máquina) e a força resistente ou resistência (a força que a máquina deve vencer) . Definimos vantagem mecânica de uma máquina a razão entre a força resistente e a força potente. Consideramos três tipos de máquinas sim- ples: Alavancas1. : consta, basicamente, de uma barra rígida que é colocada sobre um ponto de apoio. Podemos considerar três possibilidades de aplicação: a) Interfixa: quando o ponto de apoio está entre a força potente e a força resistente. Exemplos: balanças, tesouras, alicates etc. B A apoio O F P F R b) Interpotente: quando força potente está entre o ponto de apoio e a força resistente. Exemplos: pinça, pegador de gelo, martelo tirando um prego, a mandíbula etc. B A apoio O F P F R c) Inter-resistente: quando força resistente está entre o ponto de apoio e a força potente. Exemplos: carrinho de mão, quebra-nozes, pé humano na ação de andar etc. 5 B A apoio O F P F R A condição de equilíbrio em alavancas implica FP x AO = FR x BO onde AO é chamado braço da potência e BO é chamado braço da resistência. Observa-se então que a VM está relacionada com a relação entre os braços: quanto maior a razão entre o braço da potência e o braço da resistência, maior será a VM. Roldanas2. : consta, basicamente, de uma roda rígida que gira em torno de um eixo; a roda apre- senta um fulcro por onde passa um fio. Podemos considerar duas possibilidades de aplicação: a) Fixa: quando o eixo não sofre movimento de translação. B AO F P F R A roldana fixa se comporta como uma alavanca interfixa de braços iguais e portanto sua VM é 1. b) Móvel : quando o eixo sofre movimento de translação B AO F P F R A roldana móvel se comporta como uma alavanca inter-resistente onde o braço da potência vale o dobro do braço da resistência e, portanto, sua VM é 2. Podemos considerar as roldanas associadas em grupos de fixas e móveis: Talha, cadernal ou moitão: F P F R F → R F → P Nessa associação temos: VM=2n, onde n é o número de roldanas móveis; na primeira figura n=3 e na segunda figura n=2. 6 Talha exponencial: F P F R Nessa associação temos: VM=2n , onde n é o número de roldanas móveis; na figura n=3 e, então, VM=23=8. Talha diferencial: F P F R r2 r1 Nessa associação temos: VM = 2r1r1 – r2 onde r1 é o raio da polia maior superior e r2 é o raio da polia menor superior. Sarilho ou cabrestante Consta de um cilindro solidário a uma mani- vela; uma corda é enrolada no cilindro e levanta um peso. F P F R r2 r1 Nessa associação temos: VM = r1 r2 Plano inclinado3. : é um plano rígido que forma um ângulo diferente de 0º com a horizontal; é geralmente usado como parafuso ou como uma cunha. A cunha é um prisma reto de base triangular e transmite força; a força potente é aplicada em uma face e as forças resistentes são trans- mitidas pelas faces laterais. 2 F P F R2 F R1 Teremos 1VM = 2 SEN 2 (Cesgranrio) Uma força 1. F → , de módulo 1,0 . 10–4 N, está aplicada em um ponto A, que dista 10cm de outro ponto B. 7 A B F → Sabendo-se que a perpendicular à força F → , baixada pelo ponto B, encontra a mesma em um ponto situado a 6,0cm de A, o momento de F → em relação ao ponto B vale, em m . N: 8,0 x 10a) –4 6,0 x 10b) –4 8,0 x 10c) –6 6,0 x 10d) –3 3,0 x 10e) –6 Solução: ` . C será o ponto sobre F → no pé da perpendicular AC = 6cm AB = 10cm BC = 8cm = d M → F =1,0 . 10–4 . 8 . 10–2 M → F = F → . BC— M → F =8,0 . 10–6 N . m (UFRJ) Um jovem e sua namorada passeiam de carro2. por uma estrada e são surpreendidos por um furo num dos pneus. O jovem, que pesa 75 kgf, pisa a extremidade de uma chave de roda, inclinada em relação à horizon- tal, como mostra a figura 1, mas só consegue soltar o parafuso quando exerce sobre a chave uma força igual a seu peso. figura 1 A namorada do jovem, que pesa 51kgf, encaixa a mesma chave, mas na horizontal, em outro parafuso, e pisa a extremidade da chave, exercendo sobre ela uma força igual a seu peso, como mostra a figura 2. figura 2 Supondo que este segundo parafuso esteja tão apertado quanto o primeiro, e levando em conta as distâncias indicadas nas figuras, verifique se a moça consegue soltar esse segundo parafuso. Justifique sua resposta. Solução: ` Mrapaz = F x d como d = 0,20m Mrapaz = 75 x 0,20 Mrapaz =15m kgf Mmoça = F x d como d = 0,30m Mmoça = 51 x 0,30 M moça =15,3m kgf A moça encontra maior facilidade para soltar o parafuso porque está exercendo momento maior. (Cesgranrio) Querendo-se arrancar um prego com3. um martelo,conforme mostra a figura, qual das forças indicadas (todas elas de mesmo módulo) será mais eficiente, na posição indicada? 8 Aa) Bb) Cc) Dd) Ee) Solução: ` O momento será máximo quando a força estiver perpendicular ao braço de alavanca; braço de alavanca Observando com cuidado podemos notar que a força representada pela letra C está perpendicular ao cabo do martelo, mas não ao braço da alavanca: a força que produz momento mais eficaz é a representada pela letra D. Na figura abaixo, a barra está parada, suportada por dois4. apoios e tem peso desprezível. Determine as reações nos apoios A e B. 4,0m 0,5m 2,0m 1,0m 30N 20N 50N BA Determine as reações nos apoios A e B. Solução: ` Como a barra não está sofrendo translação, sua resul- tante é nula; existindo três forças para baixo de módulos 30, 20 e 50N, as reações dos apoios RA e RB devem ser tais que RA + RB = 30 + 20 + 50 = 100N Como a barra também não sofre rotação, o momento total, em relação a qualquer ponto deve ser nulo; vamos considerar o momento em relação ao ponto A; total = RA + RB + 20 + 30 + 50 Em relação a esse ponto A, a reação do apoio RA não gera momento, pois seu braço de alavanca é nulo; as forças 20, 30 e 50 produzem movimento no sentido horário e a reação do apoio B gera momento no sentido anti-horário; então: O = O + RB x 4 – 20 x 2 – 30 x 1 – 50 x 4,5 ou RB x 4 = 40 + 30 + 225 e portanto RB = 2954 RB = 73,75ou Como os dados foram apresentados com dois algarismos significativos RB = 74N e sabendo-se que RA+ RB = 100N vem RA = 26N (EN) Calcular a menor força que aplicada à roda de 100N5. da figura faz com que ela galgue o degrau de 20cm de altura. O raio da roda é 50cm. R 20Na) 40Nb) 80Nc) 50Nd) 30Ne) Solução: ` Como o exercício pede a força mínima, deveremos considerar o braço de alavanca máximo; para a roda galgar o degrau, ela girará em torno do ponto O (con- tato entre a roda e o degrau) e o braço de alavanca máximo, em relação a esse ponto, será o diâmetro da roda. 9 C Ry x O 20 50 F P Admitindo-se a situação limite que é o equilíbrio, po- demos dizer que | MF | = | Mp| e portanto F . 2R = P . x ou F . 2 . 50 = 100 . x; observa-se pela figura acima que y = 50 – 20 = 30cm e no triângulo retângulo de R, y e x; R2 = y 2 + x 2, portanto 502 = 302 + x2 ou x = 40cm. Então F . 100 = 100 . 40 ou F = 40N Letra B (UFRJ) Considere o esquema abaixo que representa6. um antebraço na posição horizontal formando um ângulo de 90º com o braço. Fm 32cm 60N Fg4cm O músculo bíceps exerce uma força Fm a 4cm do cotovelo e a mão sustenta uma esfera de peso 60N, a 32cm do cotovelo. Considerando-se o peso do antebraço desprezível, qual deve ser o valor da força exercida pelo bíceps para manter o antebraço imóvel? Solução: ` Imóvel implica em não haver rotação nem translação. Então, o cotovelo exercerá uma reação de apoio, a força Fm exercerá força para cima e a esfera, através do peso, exercerá força para baixo. Fazendo o momento dessas forças em relação ao cotovelo (ponto O) total = R cotovelo + Fm + Pesfera O momento gerado pelo apoio do cotovelo é nulo (braço de alavanca = 0), o momento gerado pelo bíceps é positivo (sentido anti-horário) e o momen- to gerado pelo peso da esfera é negativo (sentido horário) 0 = 0 + Fm x 4 – 60 x 32 ou Fm x 4 = 1 920 e portanto Fm = 1 920 4 ou Fm = 480 Como um dos dados foi apresentado com um alga- rismo significativo Fm = 5 x 102N. (AMAN) Um ponto é solicitado por duas forças, sendo1. uma de 60N e outra de 80N. A força resultante tem intensidade: 140N, necessariamente.a) 20N em qualquer caso.b) 100N se as componentes forem normais uma à outra.c) obrigatoriamente diferente de 80N.d) nenhuma das anteriores.e) (Associado) Um sistema de várias forças coplanares2. apresenta a soma vetorial igual a R e o momento re- sultante do sistema em relação a um ponto do mesmo plano, igual a Q . Assinale em qual das condições abaixo é possível afirmar que o sistema de forças equivale a um binário. |a) R | = 0 e |Q | = 0 |b) R | ≠ 0 e |Q | ≠ 0 |c) R | ≠ 0 e |Q | = 0 |d) R | = 0 e |Q | ≠ 0 |e) R | pode ser ou não igual a zero, mas |Q | ≠ 0. (FAU) A intensidade da resultante de duas forças:3. é sempre maior que a intensidade de qualquer dasa) componentes. é sempre igual à soma das intensidades das com-b) ponentes. pode ser igual à metade da soma das intensidadesc) das componentes. pode ser igual à soma dos quadrados das intensi-d) dades das componentes. nenhuma das anteriores.e) 10 (UERJ) A figura mostra o braço de um homem apertan-4. do um parafuso com uma chave de boca de 0,20m de comprimento. 0,20m Para dar o aperto final, fazendo a porca girar em torno do eixo que passa por seu centro, é necessário um momento de 100N.m em relação ao eixo. Estando a ferramenta na horizontal, o valor mínimo do módulo da força vertical que o homem precisa exercer na extremidade da chave é : 100Na) 150Nb) 200Nc) 300Nd) 500Ne) (PUC) Qual das grandezas abaixo é 5. dimensionalmente homogênea ao momento de uma força? Velocidade.a) Aceleração.b) Trabalho.c) Força.d) Volume.e) 6. (PUC) Para se conseguir girar a porca no parafuso, na situação esquematizada na figura, é necessário aplicar na extremidade A da chave, uma força F de módulo, no mínimo, igual a 8,0N. diâmetro do parafuso: ∅ = 1,2cm 30 m Então, a força de resistência ao movimento da porca em torno do parafuso vale, aproximadamente : 200Na) 300Nb) 400Nc) 500Nd) 600Ne) (Cesgranrio) As forças 7. F 1, F 2, F 3, F 4 e F 5 representadas na figura, têm todas o mesmo módulo. Qual delas tem o momento de maior módulo, em relação ao ponto O? F a) 1 F b) 2 F c) 3 F d) 4 F e) 5 (UFF) Para derrubar o poste da figura, qual dentre os ho-8. mens, puxando sozinho, executaria o menor esforço? A B C D E Aa) Bb) Cc) Dd) Ee) (EMC) Um corpo está sujeito a um sistema de três forças9. concorrentes. As intensidades de duas são 5N e 20N . Quanto à intensidade da terceira força F, para que haja equilíbrio, deve satisfazer a desigualdade: 11 F a) ≤ 5N 5N b) ≤ F ≤ 20N F c) ≤ 25N 15N d) ≤ F ≤ 25N F e) ≤ 25N (PUC) A força que deve ser aplicada em A, para equi-10. librar a carga de 200N é de: 200N 10Na) 20Nb) 30Nc) 40Nd) 50Ne) (Associado) Um quadro pesado deve ser suspenso por11. meio de uma corda cujas extremidades se prendem a dois pontos A e B de lados opostos do quadro distanciados de 1m. 1m Haverá maior segurança, isto é, menos perigo da corda arrebentar se for usada uma corda de comprimento: 1,2ma) 1,4mb) 1,6mc) 1,8md) 2,0me) (AFA) No sistema da figura abaixo, em equilíbrio estático,12. um corpo de massa M está suspenso por fios inexten- síveis, de massa desprezível. As tensões nos fios OA e OB valem, respectivamente: A B α Mg sen αa) e Mg tg α Mg cos αb) e Mg tg α Mg sen c) α e Mg cos α Mg cos d) α e Mg sen α (MACK) Uma esfera pesando P = 50 13. 3 N está apoiada numa parede sem atrito e mantida nessa posição por um plano inclinado também sem atrito, que forma um ângulo de 60º com o plano horizontal. Podemos afirmar que as intensidades de N e F valem, res pectivamente : N = 80 a) 3 N, F = 100N N = 100 b) 3 N, F = 150N N = 500N, F = 200 c) 3 N N = 400 d) 3 N, F = 50 3 N N = 100N, F = 80 e) 3 N (AFA) Considere sistema abaixo, onde o corpo suspenso14. está em equilíbrio Se o seu peso fosse a metade do que é, então: a tração no fio AB dobra.a) a tração no fio BC reduz-se à metade e a tração emb) AB não se altera. as trações nos fios AB e BC ficam reduzidas aoc) meio. o corpo deixa de estar em equilíbrio.d) 12 (FEI) Sobre um ponto material atuam simultaneamente15. três forças de intensidades 30N, 40N e 50N. Sabendo que o corpo está em equilíbrio podemos afirmar que: as três forças têm a mesma direção.a) há necessariamente mais uma força atuando sobreb) esse ponto. cada uma das três forças é normal às outras duas.c) não havendo outraforça atuante, o ângulo entre ad) força de 30N e a de 40N será 90°. nenhuma das anteriores.e) (Cesgranrio) A figura representa uma escada apoiada16. contra uma parede, com duas forças que atuam sobre ela: o peso P e a força E ,exercida pela parede. Entre os cinco vetores propostos a seguir, qual representa a força exercida pelo chão sobre a escada, para que ela permaneça em equilíbrio? P E Aa) Bb) Cc) Dd) Ee) (EELINS) No esquema abaixo, representa-se uma barra1. rígida e homogênea, apoiada em um degrau N, e que pode girar em torno do pino M. O vetor que melhor representa a força exercida pelo pino M, sobre a barra é: A A a) B b) C c) D d) E e) (Vunesp) Justifique por que uma pessoa, sentada con-2. forme a figura, mantendo o tronco e as tíbias na vertical e os pés no piso, não consegue se levantar por esforço próprio. Se julgar necessário, faça um esquema para auxiliar sua explicação. (PUC) Determine graficamente o ponto de aplicação da3. força resultante das forças aplicadas: a) 13 b) (PUC) Um cilindro homogêneo de raio 4. R está apoiado no solo no ponto M, e sobre o degrau no ponto N, de altura h. Sobre ele, no ponto A, atua uma força F , hori- zontal para a direita, que coloca o cilindro na iminência de movimento. A figura abaixo ilustra essa situação: F A força que a superfície exerce sobre o cilindro nos pontos M e o momento no ponto N são, respectivamente: 2P 1 + 2 cosθ a) e mgR 0 e 0b) mgR ec) 2P 1 + 2 cosθ mgR e 0d) mgh e mgh sene) θ (Cesgranrio)5. 1,00m0,50m A figura acima ilustra uma prensa para fabricação caseira de queijo. Sabendo-se que o queijo deve ser prensado na forma com uma força de 30kgf, quanto deve valer o peso do objeto P ? (Despreze o peso da barra). 10kgfa) 15kgfb) 20kgfc) 30kgfd) 60kgfe) 6. (UERJ) Um bloco de massa M = 5,0kg está preso a um fio ideal, que passa sem atrito por uma roldana também ideal de raio R2 = 10cm e que é dotada de uma manivela. Uma força F é aplicada perpendicularmente ao braço da manivela a uma distância R 1 = 50cm do centro da roldana, conforme indica a figura abaixo: Girando-se a manivela de modo tal que o bloco suba com aceleração constante de intensidade 2,0m.s–2, calcule a tração no fio e a força F. Dado: aceleração da gravidade: g = 10m. s–2. (PUC) Determine o momento das três forças abaixo em7. relação ao ponto O. (OA = 2,0m) 60o 45o 0o F1 = 60N F3 = 100N F2 = 100N A (PUC) Com relação à questão anterior, qual a rotação8. produzida pelas forças F 1, F 2 e F 3, no sentido horário ou no anti-horário? Justificar. Muitas lesões no joelho, ocorrem, principalmente no9. futebol, quando um jogador é “calçado” por trás. Nesse momento, são aplicadas inúmeras forças. Entretanto, serão consideradas apenas duas forças de mesma in- tensidade (uma nos artelhos e outra no calcanhar, local do ‘calço’), paralelas e de sentidos contrários. Supondo o pé em sua extensão, como um segmento de reta perpendicular aos pontos de aplicação das forças que atuam nas extremidades do pé. Explica-se esse sistema 14 físico através do(a): torque ou binário.a) 1.ª lei de Newton.b) 2.ª Lei de Newton.c) 3.ª lei de Newton.d) Lei de Hooke.e) (AMAN) Qual a menor força que se deve aplicar à10. roda de peso P e raio R para que ela possa galgar o degrau de altura h? (EN) Um cilindro homogêneo de peso igual a 100N11. apoia-se sobre uma parede vertical lisa (sem atrito) e so- bre um plano inclinado de 60º em relação à horizontal. Sabendo-se que o coeficiente de atrito entre o cilindro e o plano inclinado é igual a 0,2, o módulo da força (em newtons) que a parede vertical exerce sobre o cilindro é de: 100a) 200b) 200c) 3 120d) 3 100e) 3 (AFA) Na figura, o rolo G tem peso 1 000N e raio 15cm. O12. obstáculo tem altura de 3cm. Calcule o valor da força hori- zontal F, em N, para que haja a iminência de movimento. 500.a) 750.b) 1 000.c) 1 250.d) (Fuvest) Uma balança tem braços não exatamente13. iguais, embora seu travessão fique horizontal quando descarregado. Quando um corpo é colocado no prato direito, uma massa Me deve ser colocada no prato es- querdo para que haja equilíbrio; se, entretanto, o corpo é colocado no prato esquerdo, para que haja equilíbrio deve-se colocar uma massa Md no prato direito. Pode-se então concluir que a massa verdadeira do corpo é: Me . Md Me + Md a) Me + Md 2b) Me . Mdc) M2e + M 2 d 2d) (EN) A barra AB é uniforme, pesa 80N e tem 12m14. de comprimento. O bloco D pesa 50N e dista 10m de A. A distância entre os pontos de apoio da barra é AC = 8m. O módulo da reação do apoio A, em newtons, é igual a : 6,0a) 7,5b) 20c) 32,5d) 40e) (EN) Na configuração a seguir tem-se uma esfera ma-15. ciça, homogênea e uniforme de peso P , em equilíbrio estático entre dois planos inclinados. Sabendo-se que: O módulo da força I. F A é de 200N. O módulo da aceleração da gravidade é de 10m/sII. 2. Os atritos são desprezíveis.III. 15 Pode-se afirmar que a massa, em quilogramas, da esfera é: 10a) 20 3 3 b) 40 3 3c) 20d) 3 60e) (Elite) Uma barra homogênea de peso 100N é articulada16. em A e é mantida em equilíbrio por meio do fio BC. Em B é suspenso um peso de 200N. Determine a intensidade da força que traciona o fio BC e a reação do pino A (componente vertical e horizontal). (Elite) A barra indicada BD é mantida horizontalmente17. pela corda AC e é articulada em B. Qual a reação de apoio do pino (componente vertical e horizontal) e qual a tração na corda, sendo desprezível o peso da barra? (Fuvest) Uma escada de peso P = 80N e comprimento18. 6 metros, encontra-se apoiada pelas suas extremidades sobre dois planos, um horizontal (rugoso) e outro (per- feitamente liso), conforme a figura. Determine: as reações normais de apoio nos pontos A e B;a) a força de atrito no ponto B.b) (F. CARLOS CHAGAS) O coeficiente de atrito estático19. entre um bloco homogêneo e um plano inclinado vale 0,80. O bloco é colocado em repouso sobre o plano, cuja inclinação vai sendo aumentada a partir de 10° com a horizontal. A inclinação máxima do plano, sem que o bloco deslize ou tombe, é tal que a razão h/l vale: 1/6a) 1/4b) 1/3c) 1/2d) 0,8e) (Unicamp-Adaptado) As escadas usadas em casa têm20. sempre pés de borracha. A parte superior delas, a que encosta na parede, pode ter ou não as proteções de borracha. Demonstre que, para a situação de equilíbrio, é necessária força de atrito com o chão, mas com a parede vertical não é necessária a existência de atrito. (MACK) Na figura a seguir, a barra homogênea de peso21. P é mantida em equilíbrio, com o extremo B apoiado numa parede lisa e com o extremo A preso pela corda AC. 16 Sendo BC = 2m e o comprimento da barra AB = 4m, podemos afirmar que o comprimento da corda vale, aproximadamente: 5,3ma) 4,3mb) 6,3mc) 3,3md) 7,3me) 17 C1. D2. C3. E4. C5. C6. C7. E8. D9. E10. E11. A12. B13. C14. D15. B16. C1. Com as tíbias na vertical, a normal N2. 1 de apoio no solo não pode exercer momento no joelho (figura 1). Esse momento só pode existir com as pernas flexionadas (figura 2). N1 fig 1 b P fig 2 b P a N1 18 3. Traça-se Fa) 1 sobre F2 e F2 sobre F1 e unem-se as ex- tremidades. O ponto de intersecção F1 determina a posição da resultante. A B F2 FR F2 F1 Vamos passar 2 para A e 1 para B, esta última, invertida. F2 A B l R O FR O Unindo-se as extremidades das forças pela linha pontilhada, observamos que ela corta a barra no ponto O, que é o ponto de aplicação da resultante dessas duas forças. B4. A5. T = 60N F = 12N6. M7. F1 = 60 3m.N M8. F2 = 0 MF3 = 100 2 m.N. M9. res = 20 (5 2 – 3 3 )m.N no sentido horário. A menor força acontecerá quando o braço de alavanca10. for máximo, isto é, a força deverá ser aplicada no ponto diametralmente oposto ao ponto de contato do degrau; para a roda galgar esse degrau, MF deverá ser ligeira- mente maior que o MP: h y R – h R P F F = 2R h – h2 P 2R E11. B12.C13. B14. C15. T = 16. 1 250 3 N RAX = 1 000 3 N RAY = 50N R17. BX = 150N RBY = 100N a) N18. A = 40 3 3 N ; NB = 80N fb) atrito B = 40 3 3 N D19. Vamos fazer um esquema:20. Parede chãoO escada chão parede Nparede P Nchão fatrito fatrito Para equilíbrio: Σ forçasx = 0 e Σ forçasy = 0 Atendendo à 1.ª condição: no eixo x | F atrito chão| = |N parede|, donde concluímos que se |F atrito chão| = 0 não há equilíbrio. Atendendo à 2.ª condição: no eixo y |F atrito parede| + |N chão| = |P |, portanto, se |F atrito parede| = 0 pode haver equilíbrio, desde que |N chão| = |P |. A21. 19 sae-pre-vestibular-extensivo-fisica-cap-000 sae-pre-vestibular-extensivo-fisica-cap-011
Compartilhar