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O relevo do Brasil O Brasil é um país que possui diversos tipos de feições geomorfológicas (relevo), já que se trata de um país com uma enorme extensão territorial. O relevo brasileiro é formado por rochas antigas, entretanto, podemos afirmar que a maior parte do relevo, tal como é visto hoje, é resultado de proces- sos de idade geológica mais recente. Muitos são os agentes que colaboraram para a atual conformação de nosso relevo, desde agentes internos, tais como agentes tectônicos (epirogênese, orogênese e vul- canismo), assim como os agentes externos (os mais diferentes tipos de erosão). Estrutura geológica Das estruturas geológicas que conhecemos, o Brasil possui dois tipos de províncias, as bacias sedimentares e os escudos cristalinos ou Núcleos Cratônicos. Ou seja, no Brasil não temos os dobra- mentos modernos (cadeias montanhosas recentes resultantes do dobramento da placa em limites diver- gentes, como os Andes, por exemplo). Dentro deste contexto, temos um país que possui no seu relevo planícies, planaltos e depressões, já que feições como as montanhas são típicas de dobramentos modernos, que, como vimos, o Brasil não possui. Como afirmamos anteriormente temos no Brasil rochas e relevos que possuem origem geológica an- tiga. Porém, as atuais feições geomorfológicas (pla- naltos, planícies e depressões), na maior parte, são resultantes de processos geológicos recentes. Deve- mos compreender, então, que características possue cada província geológica e sua localização no Brasil, assim como entender a sua gênese, posicionando-a no período geológico de sua formação. Escudos cristalinos As áreas cristalinas do Brasil, assim como as existentes no restante do globo, são as rochas mais antigas existentes na superfície terrestre. São forma- das no Pré-Cambriano, nos períodos: Arqueozoico (3,8 a 2,5 bilhões de anos atrás) e Proterozoico (2,5 bilhões a 590 milhões de anos atrás). Estas áreas cor- respondem a 36% da área total do país, sendo que os núcleos de origem arqueozoica correspondem a 32% e os de origem proterozoica correspondem a 4%. Nos terrenos proterozoicos estão as principais riquezas minerais existentes em nosso país, tais como: ferro, manganês, bauxita, ouro entre outros. Esses minerais estão associados a rochas cristalinas, ou seja, rochas cuja formação aconteceu de forma lenta, no caso, o resfriamento lento do magma, de forma intrusiva, que gerou o granito, por exemplo. Tais rochas cristalinas, que por meio de mudanças de pressão e temperatura, acabaram gerando metamorfismos, como no caso dos terrenos onde encontramos a gnaisse (metamorfismo do granito). Bacias sedimentares As bacias sedimentares, que são depósitos de sedimentos provenientes de áreas como os escudos cristalinos, estão presentes em aproximadamente 64% do território brasileiro. As bacias sedimentares, como o próprio nome sugere, possuem rochas sedi- mentares (resultantes da acumulação de sedimentos em depósitos) como o arenito. As bacias sedimenta- res são do Fanerozoico, englobando as eras Paleozoi- ca, Mesozoica e Cenozoica são formadas desde eras antigas (Paleozoica e Mesozoica) até a era geológica atual (Cenozoica). Nas bacias sedimentares podemos encontrar minerais como o carvão e o petróleo, essen- ciais fontes de energia do mundo moderno. Entretanto, mesmo possuindo 64% do território em bacias sedimentares não possuímos um número muito alto de jazidas de carvão (resultantes da acu- mulação de restos vegetais), ficando estas restritas 1 às depressões da região Sul do país (Periférica do RS e da borda leste do planalto da Bacia do Paraná). O pe- tróleo, resultante da deposição de micro-organismos marinhos, tem sua exploração principalmente na bacia de Campos (litoral norte do RJ), sendo também importante para prospecção o Recôncavo Baiano, a bacia Sedimentar Amazônica (que em período geo- lógico anterior era fundo de oceano). Mesmo sendo constituídas, originalmente, de áreas de depósito, ou seja, de áreas deprimidas, hoje encontramos muitas dessas bacias originando planal- tos e chapadas devido à presença de agentes modela- dores internos do relevo, tal como a epirogênese. Para entendermos um pouco mais desse proces- so avançaremos para a compreensão dos agentes mo- deladores do relevo brasileiro, aqueles que moldaram os planaltos, planícies e depressões nas estruturas geológicas trabalhadas anteriormente. Os agentes do relevo no Brasil Agentes internos O Brasil está no centro da placa Sul-americana, apresentando relativa estabilidade geológica, já que são os limites das placas tectônicas, as áreas de maior instabilidade. Dentro desse contexto, podemos atribuir a atual conformação do relevo, à falta de abalos sísmi- cos de grande amplitude e de atividades vulcânicas. Entretanto, como se explicariam a presença de rochas como o granito e o basalto no relevo brasilei- ro, se estas rochas são vulcânicas? Muito simples, pelo fato de que o Brasil, assim como o restante dos continentes, já esteve posicionado em outros pontos do globo terrestre. Ou seja, o Brasil não esteve sempre no centro da placa Sul-americana, já estando posicionado nos limites dessa e sujeito, por consequência, a processos vulcânicos. Tais processos estão ligados à dinâmica da Tectônica de Placas (no qual placas litosféricas se movem sob o manto, devido à convecção de calor proveniente do centro da Terra) e da Deriva Continental (teoria que afirma que todos os continentes formaram, a 200 milhões de anos atrás, um único continente chamado Pangeia). As rochas que compõem os escudos cristalinos (granito e gnaisse, principalmente), sofreram com movimentos orogenéticos na era Pré-Cambriana, no ciclo brasiliano, formando cadeias orogenéticas antigas (conhecidas também por dobramentos an- tigos). Neste processo temos a origem das Serras: do Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço. No Mesozoico, quando houve a separação dos continentes, tivemos sucessivos derrames de lavas vulcânicas, que acabaram por cobrir praticamente todo o setor sul do país, mais precisamente a área onde encontramos a bacia sedimentar do Paraná, resultando na formação do planalto Arenítico- basáltico (com arenito na base, devido à bacia sedimentar do Paraná e basalto no topo, devido ao extravasamento de lavas). Este planalto também é conhecido como Meridional. Vale lembrar que o vulcanismo também esteve presente na gênese das ilhas oceânicas brasileiras. Sobre movimentos epirogenéticos, vale res- saltar a contribuição destes para a formação de planaltos e chapadas em áreas de Bacia Sedimentar. Com a separação dos continentes, temos o início do dobramento resultante de um movimento orogené- tico provocado pelo choque da Placa Sul-americana com a Placa de Nazca, o que gerou o soerguimento da Cordilheira dos Andes. Este soergimento faz com que esta área aumente sua raiz no manto (semelhan- te à ideia de que quanto maior for um prédio, maior deve ser seu estacamento), pressionando-o e provo- cando uma série de soerguimentos e rebaixamentos nas áreas adjacentes. Sendo assim, é possível que uma área de bacia sedimentar seja soerguida, dando origem a planaltos. Estes movimentos epirogenéti- cos no Brasil são frutos da separação do Pangeia, sendo originados na Era Mesozoica. 2 Mesmo estando localizado no centro da Placa Sul-Americana, o Brasil não está livre dos sismos. Toda placa litosférica é recortada em diversos blo- cos pequenos, de várias dimensões. Esses recortes podem liberar energia a qualquer momento. Como as grandes catástrofes provocadas por sismos es- tão relacionadas às grandes falhas, tem-se a ideia de que o Brasil está livre dos tremores de terra, o que de fato não é verdadeiro. Já foram registrados sismos de grande intensidade no Rio Grande do Norte, especificamente no município de João Câ- mara, em Caruaru, em Pernambuco, e também na fronteira entre Mato Grosso e o Amazonas. Agentes externos Em um país tão extenso quanto o Brasil, com umadiversidade de climas e um litoral extenso, te- mos presentes os mais diversos processos erosivos na dinâmica de formação do relevo brasileiro. Intemperismo A variedade de climas no Brasil traz, por conse- quência, diversos tipos de processos erosivos ligados aos intemperismos químico, físico e biológico (este em menor amplitude). Intemperismo químico: em áreas úmidas como, por exemplo, nas serras litorâneas do Sudeste, aquelas que acabam constituindo o domínio dos Mares de Mor- ro, temos a mamelonização (arredondamento) das for- mas, fruto do intemperismo químico (ação da umidade sobre a rocha), que gera pequenos sedimentos. Intemperismo físico: já em áreas secas, como as que temos no semiárido nordestino (sertão), encontra- mos relevos angulares, resultantes desse tipo de intem- perismo (dilatação/contração das rochas), onde o tipo de sedimento gerado é grosseiro. Com isso é possível, no sertão nordestino, termos a presença de inselbergs, relevos angulares como àqueles que vemos em filmes de faroeste, nas paisagens do Grand Canyon. Erosão Quanto aos processos de erosão fluvial, eólica, pluvial, marinha e glacial cabe ressaltar: Fluvial – a grande quantidade de rios, em nos- so território, faz com que o país possua uma grande quantidade de vales fluviais. Muitos desses, ao se aprofundarem e se estenderem, acabaram formando depressões. Marinha – com um litoral extenso e com a presença de tabuleiros oceânicos no Nordeste, é comum a presença de feições do tipo falésia, nesta área. Nosso litoral possui pontos de abrasão mari- nha, como as áreas litorâneas do Nordeste (que se estende de Natal (RN) até o Recôncavo Baiano (BA) onde encontramos as falésias e áreas de deposição marinha, como os litorais do Amapá e Rio Grande do Sul. Deve-se lembrar que a definição de um ponto de abrasão ou não, se dá pelas direções que percorrem as correntes marítimas. Pluvial – a erosão pluvial contribui para a ma- melonização das formas, já que está correlacionada ao intemperismo químico. A erosão pluvial atua com grande força nas áreas equatoriais e nas áreas de morros, junto ao litoral do Sudeste (Serra do Mar, Mantiqueira), que no período das chuvas (no verão) estão sujeitas a processos erosivos como os movi- mentos de massa – deslizamento de terra. Eólica – a erosão eólica no Brasil produz feições como as dunas presentes no litoral nordestino, na área que vai do Maranhão ao Rio Grande do Norte. Também resultantes da ação do vento temos as fei- ções ruiniformes que encontramos em Vila Velha (PR) e na Chapada dos Guimarães (MT). Outro local onde podemos ver a ação dos ventos é junto a feições do semi-árido nordestino, já que a ação do vento tam- bém é responsável pela morfologia dos inselbergs. Glacial – mesmo o Brasil não sendo um país que hoje possua geleiras é possível visualizar feições como os vales em U (os vales produzidos pela ação fluvial são em V), presentes em vales no planalto Meridional. Estes vales foram esculpidos por geleiras existente no último período de glaciação, há 18 000 anos, aproximadamente. A classificação do relevo do Brasil A classificação de Aroldo de Azevedo Na década de 1940 surge a primeira proposta de classificação de relevo no Brasil pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. Levando em consideração a altimetria do terreno como referência para sua classificação, Aroldo de Azevedo propõe que as áreas com cota 3 altimétrica abaixo dos 200 metros de altitude são con- sideradas como planícies e aquelas que possuírem valores superiores são consideradas como planaltos. Após esta etapa, classificou regionalmente cada área. Temos então, segundo este autor, o seguinte mapa de classificação de relevo brasileiro: Brasil – Relevo (classificação de Aroldo de Azevedo) A classificação de Aziz Ab’Saber No início da década de 1960, o professor e geógrafo Aziz Nacib Ab’Saber faz uma uma nova proposta de classificação para o relevo brasileiro, utilizando para tal um conjunto maior de dados a serem considerados, demonstrando maior rigor científico. O principal critério adotado na propos- ta feita por Aziz Ab’Saber está na definição das formas de acordo com o processo geomorfológico predominante, erosão ou sedimentação. Para o autor, planalto corresponderia a uma superfície aplainada, onde o processo de erosão ultrapassa os de sedimentação. Com relação à planície (ou terras baixas), temos exatamente o contrário, ou seja, o processo de sedimentação estaria se sobrepondo aos processos erosivos. Por essa divisão, temos um relevo brasileiro composto de 10 unidades – 7 planal- tos, que ocupam 75% do território, e três planícies, nos 25% restantes. Nesta proposta, assim como na que foi feita por Aroldo de Azevedo, não aparecem as depressões. Quando visualizamos o mapa da proposta de Aziz Ab’Saber encontramos algumas similaridades entre esta proposta e a anterior, feita por Aroldo de Azevedo. Brasil – Relevo (classificação de Aziz Ab’Saber) Planaltos Planalto das Guianas: ocupa a porção norte do território brasileiro, é formado por rochas de origem cristalinas datadas do Pré-Cambriano. Possui diver- sas serras incluindo as serras de Parima, Pacaraíma, Tumucumaque, Acarai, Imeri (onde estão localizados os picos mais altos do país: da Neblina e 31 de Março). Abrigando reservas minerais de manganês, ferro, alu- mínio, urânio e ouro é alvo do Projeto Calha Norte cuja finalidade é de cunho geopolítico e estratégico. Planalto Brasileiro: extenso planalto que abrange desde áreas do Norte até o Sul do Brasil. Subdivide-se em: planalto Central, planalto Meridio- nal, planalto Nordestino, serras e planaltos do Leste e Sudeste, planalto do Maranhão-Piauí, planalto Uruguaio Sul-rio-grandense. Planalto Central: possui terrenos sedimentares (chapadas dos Veadeiros, Parecis e Guimarães) e cristalinos (planaltos Goiano, Sul-Amazônico, Norte- Mato-grossense). Nesta área, sobre um terreno cris- talino do Pará, encontramos a Serra dos Carajás (rica em minérios de ferro e cobre). O tipo de vegetação associada a esta área é o cerrado. Planalto Meridional: abrangendo áreas do sul do Mato Grosso do Sul e São Paulo, as áreas a oeste 4 do Paraná e Santa Catarina, mais ao norte do Rio Grande do Sul, este planalto apresenta rochas ígneas extrusivas (basalto), resultantes do extravasamento de lava ocorrido com a separação do Gondwana. Este basalto está em cima de uma bacia sedimentar e, por isso, também é chamado de Arenítico-basáltico – arenito (Paleozoico) na base e basalto (Mesozoico) no topo. A forma de cuesta é uma característica dessa unidade. Da intemperização do basalto é que temos a formação do solo terra roxa (latossolo roxo). Planalto Nordestino: possui boa parte dos ter- renos em áreas cristalinas. O planalto da Borborema e a Serra do Araripe merecem destaque na região. Devido ao clima semiárido e, por consequência, à atuação do intemperismo físico, temos a formação de inselbergs – relevo residual possuindo uma forma geométrica predominada por arestas. Serras e planaltos do Leste e Sudeste: é a área dos “mares de morro”, onde encontramos diversas serras cristalinas resultantes de dobramentos que ocorreram no Pré-Cambriano. A presença de mor- ros arredondados ou mamelonares, que formam os chamados “pães-de-açúcar” resultantes da ação do intemperismo químico, é comum nessa área que se estende de Santa Catarina à Bahia. As Serras do Mar, Espinhaço e Mantiqueira fazem parte do conjunto. Planalto do Maranhão-Piauí: este planalto de característica sedimentar apresenta superfícies rebaixadas, possuindo um conjunto de cuestas e ta- buleiros. Destaca-se na região o planalto de Ibiapaba. É a área da Mata dos Cocais, sendo abastecida pela bacia hidrográfica do rio Parnaíba. Planalto Uruguaio rio-grandense: abrangendo uma área do extremo-sul do Brasil, este planalto que está sobre o Escudo cristalino Uruguaio Sul-rio- -grandense, tem a presença das “coxilhas” (formas arredondadas em relevo colinoso).Planícies Planícies e terras baixas amazônicas: localizada entre o planalto Central e o planalto das Guianas, es- tando inserida em sua maior parte sobre a bacia sedi- mentar Amazônica, esta área não pode ser entendida como se toda ela fosse uma planície. Existem diferentes cotas altimétricas que permitem-nos afirmar que são áreas distintas: áreas de várzea (terrenos sedimentares recentes junto aos rios, estando permanentemente inundados), os tesos (terraços fluviais de pequenas elevações onde periodicamente há inundação) e a terra firme ou baixos platôs (terrenos de formação mais antiga – terciário – estando livre das cheias). Planícies e terras baixas costeiras: se esten- dendo do extremo sul do Brasil até o Maranhão, esta área possui desde tabuleiros oceânicos datados do terciário (onde encontramos as falésias), até baixadas litorâneas do quaternário (onde encontramos restin- gas, dunas, tômbolos, lagoas costeiras etc). Planície do Pantanal: localizada entre os planal- tos Meridional e Central, esta planície, que é drenada pelos rios da Bacia do Paraguai, encontra-se inun- dada no verão e seca no inverno, devido à ação do clima tropical nesta área. Seus terrenos são oriundos do quaternário, pertencendo à bacia sedimentar do Pantanal, estando ainda em processo de formação. Esta área se estende ao Paraguai, recebendo o nome de Chaco. A classificação de Jurandyr L. S. Ross O geógrafo Jurandyr L. S. Ross, elabora, no início da década de 90, uma nova classificação de relevo para o Brasil. Utilizando-se das imagens de radar do projeto RadamBrasil, Jurandyr L. S. Ross traz na sua proposta de classificação um detalha- mento das feições do relevo brasileiro, dividindo o Brasil em 28 unidades de relevo, sendo 11 planaltos, 6 planícies e 11 depressões. Para chegar a este nível de detalhamento foi preciso, além das imagens de satélites, um rigor metodológico onde foram levados em consideração três elementos: Morfoescultura • – relativa à ação dos agentes externos do relevo; Morfoestrutura • – referente à estrutura (provín- cia) geológica onde o relevo está assentado. Morfoclimática • – que leva em conta a ação do clima sobre a rocha, e os seus respectivos resultados. Outro elemento metodológico é a estruturação das formas de relevos por táxons: 1.° táxon: relativo à unidade de relevo (planalto, planície ou depressão); 2.° táxon: relativo à província geológica (válido somente para os planaltos); 3.° táxon: relativo à localidade. 5 Brasil – Relevo (classificação de Jurandyr L. S. Ross) Planalto 1- Planalto da Amazônia Oriental 2- Planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba 3- Planaltos e chapadas da bacia do Paraná 4- Planaltos e chapadas do Parecis 5- Planaltos residuais Norte-Amazônicos 6- Planaltos residuais Sul-Amazônicos 7- Planaltos e serra do Atlântico-Leste-Sudoeste 8- Planaltos e serra de Goiás-Minas 9- Serras residuais do Alto-Paraguai 10- Planalto da Borborema 11- Planalto Sul-rio-grandense Depressão 12- Depressão da Amazônia Ocidental 13- Depressão marginal Norte-Amazônica 14- Depressão marginal Sul-Amazônica 15- Depressão do Araguaia 16- Depressão Cuiabana 17- Depressão do Alto-Paraguai-Guaporé 18- Depressão do Miranda 19- Depressão Sertaneja e do São Francisco 20- Depressão do Tocantins 21- Depressão periférica da borda leste da bacia do Paraná 22- Depressão periférica Sul-rio-grandense Planície 23- Planície do rio Amazonas 24- Planície do rio Araguaia 25- Planície e pantanal do rio Guaporé 26- Planície e pantanal Mato-grossense 27- Planície da lagoa dos Patos e Mirim 28- Planície e tabuleiros litorâneos Planaltos Áreas de relevo onde a erosão é maior do que a deposição, podendo estar em diferentes províncias geológicas. Sendo assim, Ross propõe uma classi- ficação de planaltos quanto à província geológica em que tais planaltos estão assentados. Dentro desse contexto, os 11 planaltos encontrados estão divididos em 4 grandes grupos: Os planaltos em bacias sedimentares – podem ser delimitados por depressões periféricas. O planal- to e chapadas da bacia do Parnaíba, o planalto da Amazônia Oriental, o planalto da bacia do Paraná (sendo este coberto por rochas vulcânicas extrusivas – basalto – provenientes de vulcanismos do período da separação do Gondwana). Os planaltos em intrusões e coberturas residuais de plataforma – são formações anti- gas, mais precisamente da era Pré-Cambriana, possuindo grande parte de sua área coberta por terrenos sedimentares. Fazem parte desse grupo: o planalto e chapada dos Parecis, os planaltos residuais Norte-Amazônicos, planaltos residuais Sul-Amazônicos. Os planaltos em núcleos cristalinos arquea- dos – também são áreas referentes ao Pré-Cambria- no, possuindo rochas cristalinas em sua estrutura. Temos, nesse conjunto, o Planalto da Borborema e o Planalto Uruguaio Sul-rio-grandense. Os planaltos em cinturões orogênicos – sua gênese está correlacionada à ação erosiva em su- perfícies dobradas na era Pré-Cambriana. Fazem parte desse conjunto: os planaltos e serras do Atlântico-leste-sudeste (onde encontramos, por exemplo, as serras do Espinhaço e da Mantiqueira), 6 os planaltos e serras do Goiás-Minas, e os planaltos e serras residuais do Alto-Paraguai. Planícies Estas áreas, cuja formação se dá por processos de deposição, sendo, por consequência, altimetrica- mente baixas. Boa parte das áreas que eram consi- deradas como planícies nas classificações anteriores, hoje são entendidas como depressões. No Brasil, segundo a classificação de Ross, temos 6 unidades de planícies, podendo estas serem divididas em: Costeira: que formam boa parte de nosso litoral, como a planície das lagoa dos Patos e Mirim e as planícies e tabuleiros litorâneos. Continentais: situadas no interior do continen- te. A planície e pantanal do Rio Guaporé, a planície e pantanal Mato-grossense, a planície do rio Araguaia, a planície do rio Amazonas (possui uma pequena área junto ao litoral – incluindo a Ilha de Marajó(PA) são áreas que fazem parte desse conjunto Depressões As depressões, nas classificações anteriores, não eram utilizadas para denominar as grandes unidades de relevo do nosso país. A partir da obra de Jurandyr L.S. Ross, temos a presença das depressões para determinar áreas rebaixadas por processos erosivos, ocorrido principalmente na era Cenozoica. No Brasil, segundo a proposta de Ross, são identificadas 11 unidades de depressão que podemos dividir em: Periféricas: nas regiões de contato entre es- truturas cristalinas e sedimentares. Dentro desse contexto, temos a Depressão periférica Sul-rio- grandense e a Depressão periférica da borda leste da bacia do Paraná (nestas duas áreas encontramos carvão mineral). Marginais: margeiam a borda de bacias se- dimentares estando esculpidas em rochas crista- linas. A Depressão marginal Norte-Amazônica e a Depressão marginal Sul-Amazônica possuem estas características. Interplanálticas: são áreas mais baixas que os planaltos adjacentes. Fazem parte desse conjunto: a Depressão do Araguaia-Tocantins, a Depressão Sertaneja e do São Francisco, Depressão do Tocan- tins, Depressão do Miranda, Depressão Cuiabana, Depressão do Alto-Paraguai-Guaporé. (Fuvest) Analise o mapa e assinale a alternativa que 1. completa corretamente a frase: O estratégico reservatório de água subterrânea, denominado aquífero Guarani, ocorre em áreas de ________ e se estende __________. terrenos cristalinos, pelo Brasil, Argentina, Uruguaia) e Paraguai. dobramentos antigos, pelos países do Cone Sul.b) planícies, pelos países do Cone Sul.c) sedimentação, pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Pa-d) raguai. terrenos arqueados, pelo Brasil, Argentina e Uruguai.e) Solução: ` Letra D. O Aquífero Guarani, estratégico reserva- tório de água para a região, está inserido na bacia sedimentar do Paraná, estando presente no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. A formação deste aquífero está ligada ao arenito Botucatu,um tipo de rocha presente na estrutura geológica do planalto Meridional, ou planalto Arenítico-basáltico. Devemos lembrar que rochas sedimentares são mais porosas que as demais, permitindo a formação de aquíferos. O Aquífero Guarani, que poderia abastecer sozinho a população brasileira por 1 500 anos, hoje já sofre com problemas como a poluição, gerada pela extra- ção de forma indevida de suas águas, por meio de poços mal construídos que podem levar resíduos da superfície para o mesmo. 7 (Fuvest) O arquipélago de Fernando de Noronha, as 2. ilhas de Trindade e Martin Vaz e os rochedos São Pedro e São Paulo são ilhas oceânicas brasileiras. Considerando que essas ilhas não guardam nenhuma relação com o relevo continental, é correto dizer que sua origem está vinculada: ao soerguimento de blocos falhados;a) aos dobramentos terciários;b) ao vulcanismo submarino;c) à ascensão do nível do mar;d) à acumulação de corais.e) Solução: ` Letra C. Nossas ilhas oceânicas são constituídas de rochas cristalinas, ou seja, por rochas magmáticas, resultante do resfriamento interno do magma, que também são chamadas de endógenas. Também há a presença do arenito nesta área, estando este associa- do à deposição de sedimentos oriundos das rochas cristalinas. (UFMG) Os planaltos, as depressões e as planícies3. constituem as grandes unidades de relevo que carac- terizam o território brasileiro. Com relação a essas unidades, assinale a alternativa incorreta. Enquanto os planaltos correspondem às regiõesa) de altimetria mais elevada, as depressões são áreas altimetricamente mais rebaixadas. Enquanto o relevo nos planaltos apresenta topo-b) grafia plana e uniforme, a topografia nas depres- sões é irregular e acidentada. Enquanto os planaltos e as depressões resultamc) do trabalho de erosão, as planícies correlacio- nam-se ao processo de acumulação de sedimen- tos. Enquanto os planaltos e as depressões ocupamd) grandes extensões, as planícies ocupam áreas reduzidas nas margens dos rios, lagos e no li- toral. Solução: ` Letra B. A topografia nas depressões não pode ser tida como irregular, devido aos processos erosivos que lhes deram origem, resultando em um aplainamento de suas formas. (Fuvest) No mapa abaixo, as áreas numeradas de 1 a 44. representam as unidades geológico-geomorfológicas da Amazônia Ocidental. Relacione tais unidades (de 1 a 4) com as características agrupadas na se- quência: Cadeia montanhosa/rochas ígneas e metamórficas/I. Cordilheira dos Andes. Área cratônica/rochas ígneas e metamórficas/II. planalto das Guianas. Bacia intracratônica /sedimentos e rochas sedimen-III. tares/ planícies e terras baixas da Amazônia. Área cratônica/rochas ígneas e metamórficas/IV. planalto Brasileiro. Assinale a alternativa correta: área 1 área 2 área 3 área 4 a) I III II IV b) I IV II III c) II I IV III d) III II I IV e) IV II III I Solução: ` Letra A. Na área 1 temos os dobramentos modernos andinos, resultante do choque das placas da Sul- Americana e de Nazca. Na área 2 temos bacias sedi- mentares situadas na Amazônia, onde encontramos sedimentos provenientes do desgaste dos maciços antigos encontrados nas áreas do Planalto das Guianas (área 3) e planalto Brasileiro (área 4), ambos formados por rochas Pré-Cambrianas. 8 Sobre o Ciclo do Ouro ocorrido no Brasil, no século5. XVII e XVIII: Quais foram os principais motivos que levarama) a Coroa Portuguesa a incentivar a exploração deste mineral, o ouro, no Brasil? Em quais atuais Estados brasileiros estavam si-b) tuadas as principais jazidas de ouro da época? Em qual tipo de rocha temos associado o ouro nes-c) se local? Qual a datação geológica dessa rocha? Solução: ` A descoberta de ouro de aluvião junto às Ser-a) ras do Atlântico permitiu ao governo português ter posse de uma área que lhe provesse me- tais preciosos, assim como a Espanha (que ti- nha conseguido reservas minerais na América espanhola). Isto significou uma oxigenação nas finanças portuguesas que estavam arruinadas com o fim da União Ibérica, já que essa união criou problemas diplomáticos com a Inglaterra e a Holanda. Minas Gerais e Goiás.b) O ouro está associado a rochas cristalinas, en-c) contradas em escudos cristalinos do período proterozoico, entre 2,5 bilhões a 590 milhões de anos atrás. As áreas costeiras do Brasil atualmente enfrentam6. diversos problemas ambientais. Podemos afirmar que alguns dos problemas estão diretamente rela- cionados a fatores históricos. Utilizando-se da história do Brasil, o que poderia sera) apontado como um problema nas áreas costeiras? Utilizando-se da classificação de relevo de Ju-b) randyr L. S. Ross que unidades de relevo en- contramos na costa brasileira? Solução: ` As áreas da costa brasileira são aquelas quea) primeiro foram ocupadas pelos colonizadores (portugueses principalmente, embora tenha- mos franceses e holandeses ocupando áreas do Nordeste). Até hoje, as áreas que possuem maior densidade demográfica são aquelas junto ao litoral. Planícies e tabuleiros costeiros, planície das lago-b) as dos Patos e Mirim, planície do rio Amazonas, planaltos e serras do Atlântico Leste-Sudeste e Depressão da borda leste da bacia do Paraná. (FZL-SP) O relevo brasileiro:1. transformou-se profundamente sob a ação dos mo-a) vimentos orogenéticos modernos; apresenta uma estrutura geológica exclusiva deb) escudos; foi afetado por inúmeras transgressões e regressõesc) marinhas; apresenta predominantemente altitudes baixas,d) pois sua estrutura geológica é recente; apresenta uma estrutura geológica antiga e des-e) gastada, com predominio de planaltos. (Mackenzie) Sobre a estrutura geológica do território2. brasileiro, é incorreto afirmar que: o território brasileiro não foi marcado por dobra-a) mentos recentes; as bacias sedimentares são de origem paleozoica,b) mesozoica e cenozoica; os escudos cristalinos que afloram no território bra-c) sileiro são de origem Pré-Cambriana; na história geológica do país não há notícia de vul-d) canismo nas nossas formações; as transgressões marinhas marcaram nosso territó-e) rio durante a Era Mesozoica. (Fuvest) No Brasil, as concentrações minerais localizadas3. no Quadrilátero Ferrífero e em Carajás formaram-se na era geológica: Pré-Cambriana;a) Paleozoica;b) Mesozoica;c) Cenozoica;d) Quaternária.e) 9 (Fuvest) Nos mapas 1, 2 e 3 as áreas assinaladas em azul-4. escuro correspondem respectivamente, às rochas: sedimentares, cristalinas e vulcânicas;a) cristalinas, sedimentares e vulcânicas;b) vulcânicas, metamórficas e sedimentares;c) sedimentares, metamórficas e cristalinas;d) magmáticas, metamórficas e vulcânicas.e) (UECE) Aponte a característica que melhor identifica o5. relevo brasileiro: apresenta predomínio de grandes altitudes, consi-a) derando possuir o território altitudes superiores a 1 000m; apresenta dobramentos modernos e está sujeito ab) movimentos tectônicos; apresenta pequena variedade de formas, predomi-c) nando os maciços residuais; possui uma estrutura geológica velha, bastante ero-d) dida, portanto de altitudes modestas. (UECE) Tratando-se da estrutura geológica do Brasil,6. todas as afirmações a seguir são verdadeiras, exceto: as grandes estruturas do país são formadas por es-a) cudos cristalinos e por bacias sedimentares; a parte central da Amazônia é formada por rochasb) metamórficas que compõem uma extensa bacia sedimentar; recursos naturais como petróleo, gás natural e car-c) vão mineral ocorrem nos escudos cristalinos; as grandes reservas de águas subterrâneas se lo-d) calizam em rochas porosas das bacias e coberturas sedimentares. (FGV) Há pouco tempo foi inaugurado em Itu-SP o7. Parque do Varvito para mostrar um pouco da história geológica do local. Assinale a alternativa que apresenta a natureza e a origem dessa rocha. Rochas sedimentares arenosas formadas em du-a) nas que se depositaram pelo trabalho dos ventos em períodos de climas pretéritos mais secos da era Mesozoica. Rochas sedimentares formadasno fundo de anti-b) gos lagos glaciais, existentes na era Paleozoica. Rochas ígneas formadas em climas muito frios, comc) invernos rigorosos, quando os glaciares deixaram suas marcas no contato com as rochas sedimentares. Rochas ígneas vulcânicas que sob a ação do intem-d) perismo deram origem a solos naturalmente férteis na Depressão periférica Paulista. Rochas que se metamorfizaram, tornando-se bas-e) tante resistentes e que deram origem aos vários tipos de mármores na região de Itu. (Mackenzie) Sobre os movimentos terciários no relevo8. brasileiro, é correto afirmar que: não há marcas de seus efeitos, pois as nossas ter-a) ras são muito antigas; aparecem representados nas grandes altitudes dob) Escudo Guiano, no extremo norte do país; nossas formações do Brasil Central e Sul datamc) deste período; as formas de relevo, que se situam na Amazôniad) meridional, foram formadas neste período; seus efeitos são responsáveis pela formação do re-e) levo do leste do Brasil. (UECE) O conjunto de rochas que ocorre com maior9. frequência nas regiões brasileiras é: granito, basalto e calcário;a) gnaisse, areia e granito;b) micaxisto, gnaisse e argila;c) arenito, siltito e argilito.d) (UFF) A seguir são apresentados os mapas com as10. divisões do relevo brasileiro, segundo Jurandyr L. S. Ross e Aziz N. Ab’Saber. Comparando-os, assinale a opção verdadeira. O mapa de Aziz N. Ab’Saber introduziu o conceitoa) geomorfológico de depressão. 10 O planalto Central passou a ser apresentado nob) mapa de Jurandyr L. S. Ross dividido em 12 unida- des morfológicas distintas. A área ocupada pela planície Amazônica aparecec) aumentada no mapa de Jurandyr L. S. Ross. A planície do Pantanal desaparece no mapa de Ju-d) randyr L. S. Ross. As serras e planaltos do Leste e Sudeste apareceme) no mapa de Jurandyr L. S. Ross cortados por gran- des planícies. (OSEC-SP) Em relação ao relevo brasileiro pode-se11. afirmar que: a atividade dos agentes de erosão, ao longo da his-I. tória geológica do Brasil, é um dos fatores respon- sáveis pelas altitudes baixas do seu relevo; as terras baixas brasileiras abrangem apenas 0,5%II. do seu território e correspondem às planícies; 58,5% do território brasileiro corresponde as terrasIII. cujas altitudes se encontram entre 200 e 1 200m; 37% do território brasileiro é composto por terrasIV. com altitudes superiores a 1 200m. Das afirmativas anteriores, estão corretas: I e II.a) III e IV.b) II e IV.c) I e IV.d) I e III.e) (Fuvest)12. I – II – As formas da superfície terrestre e sua dinâmica podem ser compreendidas se considerarmos os inúmeros fatores exógenos (esculturais) e fatores endógenos (estruturais) que as definem. A partir disso, é possível entender porque a classificação do relevo ou modelado brasileiro pode ser realizada segundo metodologias diversas. Os mapas acima demonstram tal fato. A esse respeito, é correto afirmar que o mapa: I prioriza dados geológicos;a) II leva em consideração, com o mesmo peso, dadosb) geológicos e climáticos; I e o II priorizam dados climáticos;c) I leva em consideração, com o mesmo peso, dadosd) geológicos e altimétricos; II prioriza geologia e altimetria.e) (Fuvest) A propósito das grandes planícies e terras bai-13. xas brasileiras, e de sua distribuição geográfica pode-se afirmar que elas: predominam em área com relação aos planaltos e aa) mais contínua é a planície litorânea; ocupam extensões menores do que os planaltos,b) apesar de sua grande expressão na Amazônia; equivalem em área aos planaltos, com a planíciec) Amazônica representando metade de sua extensão; integram um sistema único e contínuo de depósitosd) sedimentares quaternários; correspondem geologicamente a bacias sedimen-e) tares antigas. (UFSM) Observe e compare os mapas:14. 11 Considerando os mapas das áreas de riscos de erosão e do relevo brasileiro, pode-se inferir que as áreas de: fracos riscos de erosão correspondem aos relevosa) de planícies, como ocorre nas regiões do rio Ama- zonas e do Pantanal Mato-grossense; riscos de erosão forte a muito forte abrangem ab) maior parte dos planaltos e chapadas da bacia do Paraná; riscos moderados a fortes correspondem exclusi-c) vamente às depressões, como a Depressão Sul- Amazônica; riscos de erosão de fraco a moderado restrigem-sed) às depressões e planícies, como ocorre na maior parte da região Norte-Amazônica e no Pantanal Mato-grossense, respectivamente; riscos de erosão extremamente fortes correspondeme) à Serra do Espinhaço, que pertence ao comparti- mento dos planaltos e serras do Leste-Sudeste. (UFRGS) Quanto à estrutura geológica do Brasil, po-15. demos afirmar que: as formações geológicas cristalinas, consolidadasI. ao longo do Pré-Cambriano, possuem importantes reservas de minerais metálicos; os derrames vulcânicos ocorridos na Era Mesozoi-II. ca, no Sul e Sudeste do país, acabaram por origi- nar solos de alta fertilidade conhecidas como terra roxa; as bacias sedimentares, formadas na Era Cenozoi-III. ca, apresentam grandes reservas minerais de man- ganês e estanho. É(São) verdadeira(s) a(s) afirmativa(s): I apenas.a) I e II apenas.b) I e III apenas.c) II e III apenas.d) I, II e III.e) (UFRGS) A figura abaixo mostra aspectos morfológi-16. cos em rochas cristalinas nas quais se observa intensa mamelonização topográfica. Esse tipo de relevo é característico de setores da região _____________ do Brasil. O clima predominante é ___________, sendo ___________ o principal agente modelador, de modo que o relevo adquire formas arredondadas. E o domínio morfoclimático conhecido por _____________ Centro-Oeste, quente e úmido, a água, mares dea) morro. Centro-Oeste, quente e seco, o vento, cerrado.b) Sudeste, quente e úmido, a água, mares de morro.c) Sudeste, quente e seco, o vento, pães-de-açúcar.d) Sudeste, quente e úmido, a água cerrado.e) (Mackenzie) Predomínio de rochas vulcânicas, ocorrên-17. cia de derrame de lavas no período mesozoico e intenso intemperismo que resultou na formação da terra roxa, são características que marcam o: norte da Amazônia;a) planalto Nordestino;b) vale do São Francisco;c) planalto Meridional;d) litoral Oriental.e) (UFMG) Sobre a divisão do relevo brasileiro, sistemati-18. zada a partir de levantamentos realizados pelo Projeto RadamBrasil. Todas as alternativas apresentam alterações introduzidas por essa divisão, exceto: ampliação do número de unidades do relevo;a) aumento na extensão das áreas de planície;b) diminuição da extensão de algumas áreas de planalto;c) introdução das depressões como unidades de relevo.d) (PUCRS) Quanto à evolução geológica da Terra, é1. correto afirmar que: 12 a formação geológica dos planaltos e chapadas da a) bacia do Paraná apresenta basaltos resultantes e an- tigos derrames que ocorreram também na África; tanto o continente africano como o estado do Riob) Grande do Sul configuram em seu relevo a presen- ça de falésias no Litoral Atlântico, formadas por ro- chas metamórficas e cristalinas; a teoria que se contrapõe à citada no texto acimac) chama-se Tectônica de Placas, e explica a presença de montanhas na Terra, oriundas do enrugamento da crosta; o solo do tipo massapê, encontrado no estado de Sãod) Paulo, é consequência do intemperismo de rochas do tipo basalto que surgem de processos vulcânicos existentes durante a separação dos continentes; a Cordilheira dos Andes, localizada na borda orien-e) tal da América do Sul, sofre constantes eventos tectônicos devido à pressão do continente africano sobre suas placas de formação. (Elite) Sobre o aquífero Guarani considere as seguintes2. afirmativas: a reserva estende-se por quatro países da AméricaI. do Sul: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. essa é a maior reserva de água subterrânea daII. América do Sul, e uma das maiores do mundo. as águas do Aquífero não estão sujeitas a conta-III. minação. a área do aquífero está situada na bacia sedimentarIV. do Paraná. o volume de água é muito grande, mas sua explo-V. ração é inviável economicamentepara o abasteci- mento público e empresarial. Estão corretas as afirmativas: I, II e IV.a) I, III e V.b) II, IV e V.c) I, IV e V.d) II, III e IV.e) (CN) Qual a formação orográfica brasileira, onde, em3. função das condições climáticas, melhor identificamos o fenômeno de “pediplanização” do modelado terrestre? Serra Geral.a) Planalto Central.b) Maciço Nordestino.c) Planalto Meridional.d) Baixo Platô Amazônico.e) (FURG) Ocupando grande parte da plataforma estável4. sul-americana, o Brasil era considerado um país as- sísmico, devido à ausência de sismos destrutivos. No entanto, o monitoramento sismológico contínuo tem demonstrado que esse tipo de fenômeno é frequente, hajam visto os 1 208 tremores registrados em Caruaru entre julho e setembro de 2002, cuja intensidade média foi de 3,5 graus na escala Richter. Sobre esse fenômeno é correto afirmar que: a margem continental do litoral nordestino é do tipoa) ativa e desencadeia esse tipo de fenômeno geológico; o mesmo está restrito às áreas cársticas devido ab) desabamentos subterrâneos; ele ocorre principalmente ao longo de falhas geoló-c) gicas ativas existentes no território brasileiro; os terrenos sedimentares cenozoicos estão em pro-d) cesso de acomodação, gerando abalos sísmicos; os movimentos eustáticos geram sismos de fraca ee) média intensidade nessa área. (Unirio) Estrutura geológica são diferentes tipos de rochas5. (e minerais) que compõem a litosfera. A respeito da estru- tura geológica do Brasil, é incorreto afirmar que: o território brasileiro é formado fundamentalmentea) por duas estruturas geológicas: os maciços antigos e as bacias sedimentares; a base estrutural do nosso território é de naturezab) cristalina, portanto muito antiga e rígida; os afloramentos superficiais do embasamento cris-c) talino só representam cerca de 36% do total da su- perfície do país, ao passo que as áreas sedimentares representam em torno de 64%; os terrenos formados na era proterozoica são ded) grande importância, porque geralmente aparecem associados às jazidas de minerais metálicos; as bacias sedimentares apresentam camadas dis-e) postas horizontalmente ou quase horizontalmente, o que evidencia a atuação de agentes internos. (UECE) Sobre a origem da Terra e as bases geológicas6. do território brasileiro, é correto afirmar: a Era Cenozoica caracteriza-se pelo aparecimentoa) do homem, enquanto os escudos são datados da era Pré-Cambriana; a Era Mesozoica registrou o aparecimento da vidab) nos oceanos, enquanto as cadeias de montanhas aparecem na Era Arquezoica; a Era Azoica não registra vida alguma e as rochasc) magmáticas são da Era Paleozoica; a Era Cenozoica registra vida recente, enquanto ad) extinção dos grandes répteis ocorre na quaternária. 13 (Mackenzie)7. Assinale a alternativa que substitui corretamente A e B no quadro referente à geomorfologia do território brasileiro. ERA GEOLÓGICA EVENTO Cenozoico A B Formação dos escudos cristalinos Sedimentação do Pantanal - Pré-Cambriana.a) Formação da “serra” do Mar - Mesozoica.b) Formação da bacia sedimentar Paranaica - Paleo-c) zoica. Derrames basálticos - Cenozoica.d) Formação de jazidas de carvão - Proterozoica.e) (UEL) Observe a figura abaixo:8. IE SD E B ra si l S .A . Aspecto de Vila Velha Ponta Grossa (PR) As formas encontradas em Vila Velha resultam: de processos erosivos em áreas de rochas sedi-a) mentares; de processos erosivos em áreas de rochas cristalinas;b) da sedimentação resultante da ação de pequenos rios;c) da sedimentação provocada pelo vento em área ded) vegetação rasteira; do soerguimento tectônico de blocos cristalinos.e) (UECE) O mapa apresenta um esboço do relevo brasi-9. leiro, de acordo com o Prof. Aziz Nacib Ab’Saber. O relevo do Brasil Segundo o Prof. Aziz Nacib Ab’Saber 1 Planalto das Guianas 2 Planícies e terras baixas Amazônicas 3 Planalto do Maranhão-Piauí 4 Planalto Nordestino 5 Planalto Central 6 Serras e planaltos do Leste e Sudeste 7 Planalto Meridional 8 Planície do Pantanal 9 Planalto UruguaioRio-grandense 10 Planícies e terras baixas Costeiras Com base na análise da figura, tem-se como alternativa verdadeira: todos os compartimentos de relevos são de origema) sedimentar; as planícies e terras baixas Amazônicas correspon-b) dem, geologicamente, à área da bacia sedimentar amazônica; o planalto Meridional apresenta, exclusivamente,c) rochas do embasamento cristalino; o planalto Nordestino não tem superfícies rebaixa-d) das e pediplanadas; o autor utilizou a altitude como o fator de diferen-e) ciação das unidades. (UEPG) Assinale a afirmação 10. incorreta sobre a forma- ção do relevo no Brasil: 14 a Borborema e a Ibiapaba ou Serra Grande sãoa) importantes feições planálticas do relevo da região Nordeste do Brasil. o planalto Meridional Brasileiro é formado por duasb) regiões distintas: a sedimentar e a vulcânica, cons- tituída por formações arenito-basálticas, e a Serra do Mar, modelada em rochas do complexo crista- lino brasileiro. a planície Amazônica é apenas uma fração do rele-c) vo da Amazônia. as serras do Mar e de Paranapiacaba fazem parted) dos maciços Pré-Cambrianos do sudeste brasileiro. a Chapada Diamantina em território baiano, formae) o divisor de águas dos rios que correm diretamente para o Oceano Atlântico e os rio afluentes do Rio São Francisco pela margem direita. (E.F.O. Alfenas-MG) Assinale a alternativa que contém a11. denominação correta da unidade de relevo que domina a porção central do estado de Minas Gerais. Essa unidade contém grande concentração de riquezas minerais e serve de divisor de águas entre a bacia do São Francisco, a Oeste, e as bacias do Jequitinhonha e Doce, a Leste. Serra da Canastra.a) Serra da Mantiqueira.b) Serra do Jibão.c) Chapada dos Gerais.d) Serra do Espinhaço.e) (UFRGS) Sobre as grandes unidades morfológicas12. brasileiras são feitas as seguintes afirmações: O planalto Meridional é constituído por um conjun-I. to de planaltos sedimentares a vulcânicos, rodea- dos por depressões periféricas; O planalto das Guianas abrange os estados doII. Amazonas, Roraima, Pará e Amapá; O planalto Central, esculpido em terrenos cristalinoIII. e sedimentar, caracteriza-se pela presença de cha- padas, cuestas e mares de morros. Apenas I.a) Apenas III.b) Apenas I e II.c) Apenas II e III.d) I, II e III.e) (UFRGS) O planalto da Borborema, localizado na par-13. te oriental da região Nordeste do Brasil, e o planalto Sul-Rio-grandense são unidades do relevo brasileiro identificadas como sendo planaltos em: cinturões orogênicos;a) instrusões e coberturas residuais de plataforma;b) bacias sedimentares;c) núcleos orogênicos de plataforma;d) núcleos cristalinos arqueanos.e) (Fuvest) Este perfil a seguir representa as formas de14. relevo e a cobertura vegetal primitiva que seriam vistas num trajeto, em linha reta, entre as cidades brasileiras A e B. Elas são, respectivamente, Florianópolis e Cuiabá.a) Campos do Jordão e Cuiabá.b) Curitiba e Campo Grande.c) Campos do Jordão e Corumbá.d) Curitiba e Corumbá.e) (Mackenzie) Um dos níveis das terras baixas amazônicas15. é a várzea, que é considerada: a terra mais elevada, com constituição arenosa ea) inundada eventualmente. o terraço fluvial mais característico da bacia comb) altitude inferior a cinco metros. a planície verdadeira, com terrenos quaternários,c) sujeita a inundações. uma área pantanosa, com vegetação halófila ed) constituída de terras cristalinas. um baixo platô terciário, nunca inundado, com ve-e) getação rasteira. 15 (PUC-Campinas) Considere os mapas da Região Norte16. apresentados a seguir Como pode-se observar, a extensão da planície amazônica é diferente para os dois geógrafos. Essas interpretações estão associadas a critérios diferentes. São eles: Aroldo de Azevedo - altitude de 0 a 100m; Jurandyra) Ross - altitude de 0 a 200m. Aroldo de Azevedo - altitude de 0 a 200m; Jurandyrb) Ross - processo de formação sedimentar. Aroldo de Azevedo - estrutura geológicacristalina;c) Jurandyr Ross - sucessão de processos erosivos. Aroldo de Azevedo - estrutura geológicad) (PUC-Campinas) Segundo a classificação do relevo elabo-17. rada por Jurandyr Ross, as planícies brasileiras estão res- tritas a pequenas porções do território conforme pode-se observar no mapa (adaptado) apresentado a seguir Sobre essas planícies é correto afirmar que se carac- terizam pela pequena altitude e por terem sido formadasa) com sedimentação fluvial ou marinha da era Meso- zoica, apresentando solos de grande fertilidade. como áreas planas resultantes de sedimentaçãob) recente e que apresentam, a exemplo da planície amazônica, rios potencialmente viáveis para a cons- trução de hidrovias. pela sua formação em áreas de contato entre pla-c) naltos e depressões cristalinas, apresentando rios encachoeirados e de grande potencial hidráulico. como áreas antigas de relevo residual e, à exce-d) ção da estreita faixa litorânea, se apresentam muito pouco ocupadas. pela formação geológica cristalina que tende a ser tra-e) balhada e homogeneizada pelo trabalho de agentes externos, como a água e as variações de temperatura. O Brasil possui 64% do seu território em bacias18. sedimentares e 36% em escudos cristalinos, não possuindo, portanto, dobramentos modernos. Se o diâmetro do gráfico corresponde a 10cm,a) qual é a área do setor correspondente aos es- cudos cristalinos no mesmo? O fato de não possuir dobramentos modernosb) faz com que nosso território não tenha que tipo de formas de relevo? 16 E1. D2. A3. A4. D5. B6. B7. D8. A9. B10. E11. E12. B13. E14. B15. C16. D17. B18. A1. A2. C3. C4. E5. A6. A7. A8. B9. B10. E11. C12. 17 E13. E14. E15. C16. B17. 18. Primeiro calcula-se a área do gráfico:a) A = πr2 = 25 πcm2 Em seguida, através de uma regra de três simples, calcula-se a área do setor dos escudos cristalinos: 25π = 100% X = 36% Portanto, o setor dos escudos no gráfico tem área de 9πcm2 . Esse fato faz com que no Brasil não existam gran-b) des cadeias montanhosas. 18 sae-pre-vestibular-extensivo-geografia-cap-003 sae-pre-vestibular-extensivo-geografia-cap-000 sae-pre-vestibular-extensivo-geografia-cap-003 sae-pre-vestibular-extensivo-geografia-cap-005 sae-pre-vestibular-extensivo-geografia-cap-000 sae-pre-vestibular-extensivo-geografia-cap-005