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Patologias Gastrointestinais 2

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Patologias Gastrointestinais 
Aluna: Ana Julia
Prof.: Priscila 
Sistema Digestório 
O que é?
O sistema digestório, também chamado de digestivo ou gastrointestinal (SGI) é um dos principais sistemas do corpo humano e é responsável pelo processamento dos alimentos e absorção de nutrientes, permitindo o bom funcionamento do organismo.
Órgãos
 Esse sistema é formado por vários órgãos, como boca, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso, reto e ânus, que atuam em conjunto para que sua função possa ser desempenhada.
Funções
- Promover a digestão de proteínas, carboidratos e lipídios dos alimentos e bebidas consumidos;
- Absorver líquidos e micronutrientes;
- Fornecer uma barreira física e imunológica para microrganismos, corpos estranhos e antígenos consumidos com o alimento.
Gastrite 
Gastrite é a inflamação aguda ou crônica da mucosa que reveste as paredes internas do estômago. Essa alteração pode ser provocada por diferentes fatores.
A doença pode ser aguda (surge de repente) ou crônica, quando o processo inflamatório se instala aos poucos e leva muito tempo para ser controlado.
Causas 
Uso prolongado do ácido acetilsalicílico e de anti-inflamatórios;
Consumo de bebidas alcoólicas;
Gastrite autoimune: a doença ocorre quando o sistema imune produz anticorpos que agridem e destroem as células gástricas do próprio organismo;
Tabagismo;
Infecção pela bactéria Helicobacter pylori.
Sintomas 
A dor da gastrite é circunscrita, começa na região epigástrica, logo abaixo do esterno, osso vertical situado na parte anterior do tórax. Na prática, a queixa é de dor na “boca do estômago” que pode irradiar-se para outras regiões do corpo e confundir-se até com a dor do infarto, por exemplo.
A dor da gastrite pode vir acompanhada de azia ou queimação
Perda do apetite, náuseas e vômitos também são sintomas de gastrite, assim como a presença de sangue nas fezes e no vômito.
 
5
Diagnóstico e tratamento
Histórico clínico e endoscopia alta (exame que permite visualizar a mucosa do estômago). Isso não exclui a necessidade de realizar uma biópsia, isto é, de retirar fragmentos da mucosa estomacal para análise mais minuciosa no microscópio.
O uso de ácido acetilsalícilico, anti-inflamatórios e álcool deve ser evitado, porque essas substâncias funcionam como fatores de risco para a doença. A medicação pode ser ministrada por via oral e os resultados obtidos costumam ser bastante satisfatórios.
Úlcera Gástrica (péptica)
Os ácidos estomacais, especialmente o clorídrico, são muito fortes. Num estômago normal e saudável, sua ação restringe-se somente aos alimentos, mas, em determinadas situações, eles podem atacar o revestimento do trato digestivo e provocar o aparecimento de uma úlcera que destrói a parede estomacal e do duodeno.
Causas 
Histórico familiar: Fatores genéticos podem justificar o aparecimento de úlceras pépticas;
Bactéria Helicobacter pylori: Esse micro-organismo pode atacar a parede estomacal de pessoas com predisposição para a doença. Erradicada a infecção, a úlcera tende a desaparecer;
Ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios: O uso constante desses medicamentos.
Estresse: Que, além de outros efeitos prejudiciais, pode estimular a secreção de ácidos que atacam o revestimento do estômago e do duodeno.
Sintomas 
Sensação de dor e/ou queimação na área entre o esterno e o umbigo que se manifesta especialmente com o estômago vazio
Dor que desperta o paciente à noite e tende a desaparecer com a ingestão de alimentos ou antiácidos;
Dor característica da úlcera do duodeno que desaparece com a alimentação reaparecendo depois;
Vômitos com sinais de sangue;
Fezes escurecidas ou avermelhadas que indicam a presença de sangue.
Esofagite 
Esofagite é uma inflamação da mucosa do esôfago, órgão muscular que desce pelo tórax, na frente da coluna vertebral, e transporta os alimentos da boca até o estômago.
Causas 
Hérnia de hiato – provocada pelo deslocamento da parte superior do estômago do abdômen para o tórax, através do hiato
Defeito no clareamento do esôfago – alteração no mecanismo de limpeza que o esôfago. 
Incontinência do esfíncter (anel) inferior do esôfago – falha no funcionamento da válvula cárdia localizada entre o esôfago (que tem pressão negativa) e o estômago (com pressão positiva). Essa válvula deveria abrir-se para a passagem dos alimentos e fechar-se logo depois para impedir a entrada do conteúdo estomacal no esôfago;
Fatores de risco 
Obesidade;
Infecção por fungos, como a cândida, ou por vírus, como os do herpes e o citomegalovírus;
Doenças autoimunes
Ingestão acidental, ou não, de produtos químicos cáusticos;
Álcool e cigarro;
Vômitos excessivos, como os que ocorrem nos casos de bulimia;	
Dieta inadequada;
Cirurgia ou radiação na área do peito e pescoço;	
Sistema imunológico deprimido.
Uso prolongado de medicamentos;
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas da esofagite são semelhantes aos do refluxo gastroesofágico, embora possam ser mais intensos. O mais característico é a azia ou queimação (pirose). Outro sintoma importante é a dor no peito, regurgitação, gosto amargo na boca, mau hálito, rouquidão, dor de garganta e tosse.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da esofagite leva em conta a história, a avaliação clínica e o resultado de dois exames: a endoscopia digestiva alta, que permite visualizar a mucosa do esôfago, estômago e de parte do intestino delgado, e a pHmetria, que possibilita medir a quantidade de ácido que sobe do estômago para o esôfago no período de 24 horas.
Esofagite é uma doença que pode ser curada. O tratamento está diretamente correlacionado com a causa específica da enfermidade e inclui o uso de medicamentos (antiácidos, antibióticos, antifúngicos) e mudanças no estilo de vida. Casos mais graves podem exigir intervenção cirúrgica.
Diarreia 
As principais características da diarreia são o aumento do número de evacuações e a perda de consistência das fezes, que se tornam aguadas. Uma das complicações mais perigosas é a desidratação. Adultos são mais resistentes, mas bebês, crianças e idosos desidratam-se com facilidade, até em menos de 1 dia.
Causas 
Toxinas bacterianas como a do estafilococus;
Infecções por bactérias como a Salmonella e a Shighella;
Infecções virais;
Disfunção da motilidade do tubo digestivo;
Parasitas intestinais causadores de amebíase e giardíase;
Efeitos colaterais de algumas drogas, por exemplo, antibióticos, altas doses de vitamina C e alguns medicamentos para o coração e câncer;
Uso de antibióticos;
Abuso de laxantes;
Intolerância a derivados do leite pela dificuldade de digerir lactose (açúcar do leite);
Intolerância ao sorbitol, adoçante obtido a partir da glicose.
Tipos 
DIARREIA COMUM: Caracteriza-se normalmente por provocar apenas fezes soltas e aguadas e durar no máximo 2 semanas. Ocorre mais em crianças. Pode estar associada a uma combinação de estresse, remédios e alimentos. 
DIARREIA INFECCIOSA: Comum em crianças, provoca além dos sintomas da diarreia comum, febre, perda de energia e de apetite. É causada por vírus e bactérias. Se não for convenientemente tratada, pode demorar até 1 semana para os sintomas desaparecerem;
DIARREIA CRÔNICA: Dura mais de 2 semanas seguidas, mesmo que os casos de evacuações típicas de diarreia sejam pontuais durante esse período. Nesses casos, é necessário investigar a causa. As mais frequentes são intolerâncias alimentares (como à lactose ou ao glúten) e a síndrome do intestino irritável.
Quando procurar ajuda?
Se os sintomas não passarem em 1 ou 2 dias. Crianças e idosos desidratam muito depressa;
Em caso de crianças, se elas tiverem mais de 3 ou 4 episódios de diarreia e estiverem bebendo pouco líquido. Se houver sinais de desidratação, como apatia, boca seca e choro sem lágrimas;
Se houver presença de sangue nas fezes que adquirem coloração preta ou avermelhada;
Se as fezes adquiriram aspecto volumoso e com traços evidentes de gordura indicativosde má absorção;
Se os episódios de diarreia forem repetidos e, principalmente, se eles se alternarem com crises de prisão de ventre (sintomas sugestivos de tumores intestinais).
Constipação intestinal
Prisão de ventre e intestino preso são os nomes populares pelos quais é conhecida a constipação (ou obstipação) intestinal, um distúrbio comum caracterizado pela dificuldade persistente para evacuar. É preciso considerar, entretanto, que não existe um padrão rígido para classificar a frequência normal de funcionamento dos intestinos, que pode variar de 3 a 12 vezes por semana.
Causas 
As causas mais comuns da prisão de ventre costumam ser a dieta pobre em fibras, a pequena ingestão de líquidos, o sedentarismo, assim como o consumo excessivo de proteína animal e de alimentos industrializados
A complicação mais comum da constipação é o fecaloma, massa compacta de fezes endurecidas, que se deposita no reto ou no cólon-sigmoide, e interrompe o trânsito intestinal. A tendência é o fecaloma aparecer mais nas pessoas com dificuldade de locomoção, como os idosos acamados e os cadeirantes.
Sintomas 
Número reduzido de evacuações;
Dificuldade para eliminar as fezes que se apresentam ressecadas, muito duras e pouco volumosas;
Sensação de esvaziamento incompleto dos intestinos.
No entanto, esses não são os únicos sintomas. Desconforto, distensão e inchaço abdominal, mal-estar, gases e distúrbios digestivos são manifestações que também podem estar correlacionadas com a prisão de ventre.
Diagnóstico e tratamento
Deve-se fazer o levantamento da história do paciente, seguido de um exame clínico minucioso. Exames de laboratório, como hemograma e sangue oculto nas fezes, e de imagem – enema opaco (ou clister opaco), colonoscopia e tempo de trânsito das fezes;
Posto que a prisão de ventre é apenas um sintoma e não uma doença em si, o objetivo do tratamento é corrigir as causas do distúrbio. A maioria dos pacientes se beneficia com mudanças na dieta e no estilo de vida. Em alguns casos, porém, pode ser necessário prescrever o uso de supositórios e de enemas (lavagens intestinais) para facilitar a eliminação das fezes. 
Apendicite 
Apendicite é a inflamação do apêndice, um pequeno órgão linfático parecido com o dedo de uma luva, localizado no ceco, a primeira porção do intestino grosso. Na maioria dos casos, o problema ocorre por obstrução da luz dessa pequena saliência do ceco pela retenção de materiais diversos com restos fecais.
Sintomas 
Diagnóstico e tratamento 
O diagnóstico é clínico, realizado com base na história do paciente e na palpação do abdômen. Como os sintomas das anexites (inflamação das tubas uterinas, útero e ovários) também provocam dor do lado direito do abdômen, é preciso estabelecer o diagnóstico diferencial. O ultrassom e a tomografia auxiliam bastante nessa distinção.
O tratamento da apendicite é cirúrgico. A incisão é pequena e as cicatrizes quase imperceptíveis. A intervenção pode ser feita também por via laparoscópica com os mesmos resultados da cirurgia com campo aberto.
Pancreatite 
Pancreatite é uma inflamação do pâncreas, que pode ser aguda ou crônica. O consumo de álcool está diretamente associado à maioria dos casos da doença.
Tipos 
Pancreatite aguda: pode ser causada pela migração deformação de pequenos cálculos biliares que obstruem a porção terminal do colédoco, interrompendo o fluxo das secreções pancreáticas. Essa obstrução provoca processo inflamatório intenso e aumento da glândula por causa do edema, ou seja, do acúmulo de líquido em seu interior;
Pancreatite crônica: o álcool ingerido em grandes quantidades e por tempo prolongado determina alterações no parênquima pancreático, caracterizadas por fibrose e endurecimento, com consequente atrofia do pâncreas.
Sintomas 
Diagnóstico e tratamento
O diagnostico é por exame clínico e levantamento do histórico do paciente, principalmente no que se refere ao uso de álcool. Sua confirmação, porém, depende dos resultados dos exames de sangue, de raios X e de ultrassom abdominal.
Pancreatite aguda: o tratamento é clínico, mas requer internação hospitalar, porque o doente deve ficar em jejum e receber hidratação por soro na veia. Como não existe nenhum medicamento capaz de desinflamar o pâncreas, é preciso deixá-lo em repouso até que a inflamação regrida, o que acontece em 80% dos casos. 
Pancreatite crônica: inicialmente o tratamento também é clínico. Além do controle da dor, é preciso deixar o pâncreas em repouso, evitar alimentos gordurosos e adotar uma dieta à base de hidratos de carbono.
Doença Celíaca 
A doença celíaca é uma doença autoimune. Na doença celíaca, a inflamação é provocada pelo glúten, proteína presente no trigo, cevada e centeio. Esse processo inflamatório, que no caso ocorre na parede interna do intestino delgado, leva à atrofia das vilosidades intestinais, gerando diminuição da absorção dos nutrientes.
Sintomas 
Diagnóstico e tratamento 
A maneira mais segura de fazer o diagnóstico é realizar a dosagem no sangue dos anticorpos contra o glúten. Outro exame importante é a biópsia do intestino, para verificar se há alterações de inflamação e atrofia das vilosidades.
Não há cura para a doença celíaca. O melhor tratamento ainda é retirar da dieta os alimentos que contenham glúten, responsável por desencadear a inflamação.
CÁLCULO BILIAR
Pedra na vesícula é um problema caracterizado por pequenas pedras que se formam na vesícula biliar, órgão localizado no lobo inferior direito do fígado onde a bile se concentra e de onde é lançada sob a influência de um hormônio intestinal. 
Causas 
Dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras;
Vida sedentária que eleva o LDL (mau colesterol) e diminui o HDL (bom colesterol);
Diabetes;	
Obesidade;	
Hipertensão (pressão alta); 
Fumo;
Predisposição genética;
Uso prolongado de anticoncepcionais;
Elevação do nível de estrogênio o que explica a incidência maior de cálculos biliares nas mulheres.
Sintomas 
Alguns casos de pedra na vesícula podem ser assintomáticos, mas outros provocam dor intensa do lado direito superior do abdômen que se irradia para a parte de cima da caixa torácica ou para as costelas. A dor normalmente aparece meia hora após uma refeição, atinge um pico de intensidade e diminui depois. Pode vir ou não acompanhada de febre, náuseas e vômitos.
Tratamento 
O tratamento para pedra na vesícula pode ser feito à base de medicamentos que diluem o cálculo se ele for constituído apenas por colesterol. Nos outros casos, a cirurgia por laparoscopia, que requer poucos dias de internação hospitalar, é a conduta mais indicada.
Tratamento por ondas de choque para fragmentar o cálculo representa também uma possibilidade terapêutica.
Anorexia nervosa
Anorexia nervosa é um distúrbio alimentar resultado da preocupação exagerada com o peso corporal e que pode provocar problemas físicos graves. A pessoa se olha no espelho e, embora extremamente magra, se enxerga obesa. Com medo de engordar ainda mais, exagera na atividade física, jejua, vomita, toma laxantes e diuréticos.
Sintomas 
Perda exagerada e rápida de peso sem nenhuma justificativa (nos casos mais graves, o índice de massa corpórea chega a ser inferior a 17);
Preocupação exagerada com o valor calórico dos alimentos (os pacientes chegam a ingerir apenas 200 kcal por dia);
Interrupção do ciclo menstrual (amenorreia) e regressão das características femininas;
Atividade física intensa e exagerada;
Depressão, síndrome do pânico, comportamentos obsessivo-compulsivos;
Pele muito seca e coberta por lanugo (pelos parecidos com a barba de milho).
Causas 
Diversos fatores favorecem o aparecimento da doença:
Predisposição genética;
Conceito atual de moda que determina a magreza absoluta como padrão de beleza e elegância;
Pressão da família e do grupo social;
Alterações neuroquímicas cerebrais, especialmente na concentração de serotonina e noradrenalina.Tratamento 
Uma vez diagnosticado um quadro de anorexia, a reintrodução dos alimentos deve ser gradativa, a fim de evitar maior sobrecarga cardíaca. Há casos em que se torna imprescindível a internação hospitalar para que a oferta gradual de calorias seja controlada por nutricionistas.
Não há medicação específica para a anorexia nervosa. Medicamentos antidepressivos podem ajudar a aliviar os sintomas depressivos, compulsivos e de ansiedade. Em geral, o tratamento desses pacientes exige o trabalho de equipe multidisciplinar.
Bulimia nervosa 
Bulimia é um distúrbio que se caracteriza por episódios recorrentes e incontroláveis de consumo de grandes quantidades de alimentos, geralmente com alto teor calórico, seguidos de reações inadequadas para evitar o ganho de peso, tais como indução de vômitos, uso de laxativos e diuréticos, jejum prolongado e prática exaustiva de atividade física.
Sintomas 
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da doença nem sempre é fácil, porque os sintomas não são evidentes como os da anorexia. Por isso, o levantamento da história do paciente, seus hábitos alimentares e a preocupação constante com o peso são dados que precisam ser cuidadosamente observados. 
O tratamento da bulimia nervosa exige acompanhamento de equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas. Medicamentos antidepressivos podem ser úteis, especialmente se ocorrerem distúrbios como depressão e ansiedade. 
Doença de Crohn
A doença de Crohn é uma enfermidade inflamatória crônica que pode afetar todo o sistema digestivo, mas acomete especialmente o íleo terminal (parte inferior do intestino delgado) e o cólon. Esse processo inflamatório é extremamente invasivo e compromete todas as camadas da parede intestinal: mucosa, submucosa, muscular e serosa.
Causas 
A causa da enfermidade é desconhecida, mas não estão descartadas as hipóteses de que seja provocada pela desregulação do sistema imunológico, ou seja, do sistema de defesa do organismo. Fatores genéticos, ambientais, dietéticos ou infecciosos também podem estar envolvidos.
A doença de Crohn se manifesta igualmente em homens e mulheres e, em grande parte dos casos, em parentes próximos. Doença de Crohn é um fator de risco para o câncer de intestino.
Sintomas 
Dor abdominal, associada à diarreia (com ou sem sinais de muco e sangue);
Febre;	
Perda de peso;
Enfraquecimento por causa da dificuldade para absorver os nutrientes.
Pioderma gangrenoso (ferida com a aparência de um vulcão) e do tipo eritema nodoso (nódulos dolorosos e avermelhados sob a pele), além de inflamação dos olhos (uveíte), pedras nos rins e na vesícula.
As complicações mais graves, porém, são obstrução intestinal e, em 30% dos casos, a presença de fissuras e fístulas, ou seja, de perfurações no intestino que podem drenar para a região perineal, para a vagina e para a bexiga.
Diagnóstico 
O exame clínico e o levantamento da história do paciente, assim como alguns exames de sangue, são instrumentos importantes para o diagnóstico da doença de Crohn. Por meio de exames de imagem como endoscopia digestiva, colonoscopia, raios X do trânsito intestinal (enema opaco), tomografia e ressonância magnética, a fim de estabelecer o diagnóstico diferencial.
Tratamento 
Ainda não se conhece a cura para a doença de Crohn. O tratamento é instituído de acordo com a fase de evolução da doença, que pode ser classificada em leve, moderada e grave. Basicamente, ele se volta para conter o processo inflamatório, aliviar os sintomas, prevenir as recidivas e corrigir as deficiências nutricionais. Nas fases agudas, pode ser necessário administrar corticosteroides por via oral.
Se o paciente não responder a esse tratamento, existem drogas imunossupressoras que induzem períodos de remissão clínica, mas podem ter efeitos colaterais adversos. Na maioria dos casos, a intervenção cirúrgica fica reservada para os quadros graves de obstrução intestinal, doença perineal, hemorragias e fístulas.

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