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1629981937140_1629981934525_1629590711256_AULA 4- ÉTICA E PSICOLOGIA APLICADA

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ETICA PROFISSIONAL 
E 
PSICOLOGIA
aula 4
PROFº ENF. Dr. MOYSES COUTINHO
AULA 
	Conceito da ética; 
	Discutir sobre moral e consciente moral;
	O homem, a vida, a saúde;
	O homem quanto indivíduo social;
	Perceber a cidadania como construção histórica e produto da luta de interesses de diferentes segmentos sociais em momentos e lugares também diversos.
ÉTICA
A palavra “ética” vem do grego ethos. 
Em sua etimologia, ethos significa literalmente morada, habitat, refúgio. O lugar onde as pessoas habitam. 
Mas para os filósofos, a palavra se refere a “caráter”, “índole”, “natureza
ÉTICA
Para Aristóteles, “somos o resultado de nossas escolhas”. 
Aristóteles acreditava que a ética caracteriza-se pela finalidade e pelo objetivo a ser atingido, isto é, que se possa viver bem, ter uma vida boa, com e para os outros, com instituições justas.
Já Platão entende que a justiça é a principal virtude a ser seguida
ÉTICA
Ética é o comportamento individual e refletido de uma pessoa com base em um código de ética ou de conduta que deve ter aplicabilidade geral.
moral
A palavra “moral” deriva do latim mores, que significa “costume”. 
Aquilo que se consolidou ou se cristalizou como sendo verdadeiro do ponto de vista da ação.
A moral é fruto do padrão cultural vigente e incorpora as regras eleitas como necessárias ao convívio entre os membros dessa sociedade. 
Regras estas determinadas pela própria sociedade
MORAL
Moral é, por sua vez, o costume ou hábito de um povo, de uma sociedade, ou seja, de determinados povos em tempos determinados. 
A moral muda constantemente, pois os hábitos sociais são renovados periodicamente e de acordo com o local em que são observados.
o homem quanto indivíduo social
Cada indivíduo, ao nascer encontra-se num sistema social criado através de gerações já existentes e que é assimilado por meio de inter-relações sociais”.
O homem, desde seus primórdios, é considerado um ser de relações sociais, que incorpora normas, valores vigentes na família, em seus pares, na sociedade. 
A formação da personalidade do ser humano é decorrente, de um processo de socialização, no qual intervêm fatores inatos e adquiridos.
 
Entende-se, por fatores inatos, aquilo que herdamos geneticamente dos nossos familiares, e os fatores adquiridos provém da natureza social e cultural.
o homem quanto indivíduo social
O homem é um animal que depende de interação para receber afeto, cuidados e até mesmo para se manter vivo. 
Somos animais sociais, pois o fato de ouvir, tocar, sentir, ver o outro fazem parte da nossa natureza social. 
O ser humano precisa se relacionar com os outros por diversos motivos: por necessidade de se comunicar, de aprender, de ensinar, de dizer que ama o seu próximo, de exigir melhores condições de vida, bem como de melhorar o seu ambiente externo, de expressar seus desejos e vontades.
o homem quanto indivíduo social
O indivíduo, enquanto ser particular e social, desenvolve-se em um contexto multicultural, em que temos regras, padrões, crenças, valores, identidades muito diferenciadas. Assim, a cultura torna-se um processo de “intercâmbio” entre indivíduos, grupos e sociedades.
A partir do momento em que faz uso da linguagem, o indivíduo se encontra em um processo cultural, que, por meio de símbolos, reproduz o contexto cultural que vivencia. 
o homem quanto indivíduo social
O indivíduo tanto cria como mantém a sua cultura presente na sociedade. Cada sociedade humana tem a sua própria cultura, característica expressa e identificada pelo comportamento do indivíduo.
O homem é também um animal, mas um animal que difere dos outros por ser cultural”.
o homem quanto indivíduo social
Nós fazemos parte de diversos grupos sociais e que é por meio desses grupos que o nosso processo de socialização ocorre. 
Temos, então, como agentes socializadores , três grupos: a família, a escola (agentes básicos) e os meios de comunicação em massa.
o homem quanto indivíduo social
O primeiro contato que o ser humano tem, ao nascer, é a família: primeiramente, com a mãe, por meio dos cuidados físicos e afetivos, e, paralelamente, com o pai e os irmãos, que transmitem atitudes, crenças e valores que influenciarão no seu desenvolvimento psicossocial. 
Num segundo momento, tem a interferência da escola. Geralmente, nessa fase, o indivíduo já traz consigo referências de comportamentos, de orientação pessoal básica, devido ao contato inicial com a família.
o homem quanto indivíduo social
Os meios de comunicação em massa são considerados como agente socializador, diante das inovações tecnológicas na atualidade histórica, porém nem sempre eles têm consciência do seu papel no processo de socialização e na formação da personalidade do indivíduo.
Na família e na escola, existe uma relação didática e, com a TV, a relação é diferente, visto que a comunicação é direta e impessoal
o homem quanto indivíduo social
O processo de socialização ocorre durante toda a vida do indivíduo ; por isso, esse processo é dividido em etapas:
Socialização primária
Socialização secundária
Socialização terciária
O homem quanto indivíduo social
Socialização primária: ocorre na infância com os agentes socializadores citados anteriormente, que exercem uma influência significativa na formação da personalidade social;
O homem quanto indivíduo social
socialização secundária: ocorre na idade adulta. Geralmente, nessa etapa, o indivíduo já se encontra com sua personalidade relativamente formada, o que caracteriza certa estabilidade de comportamento. 
Isso faz com que a ação dos agentes seja mais superficial, mas abalos estruturais podem ocorrer, gerando crises pessoais mais ou menos intensas.
Nesse momento, surgem outros grupos que se tornam agentes socializadores, como grupo do trabalho;
O homem quanto indivíduo social
socialização terciária: ocorre na velhice. Pela própria fase de vida, o indivíduo pode sofrer crises pessoais, haja vista que o mundo social do idoso muitas vezes se torna restrito (deixa de pertencer a alguns grupos sociais) e monótono. 
Nessa fase, o indivíduo pode sofrer uma dessocialização, em decorrência das alterações que ocorrem, em relação a critérios e valores. 
E, concomitantemente, o indivíduo, nesta fase, começa um novo processo de aprendizagem social para as possíveis adaptações a nova fase da vida, o que implica em uma ressocialização.
A Segunda Guerra Mundial resultou na perda de um grande número de pessoas, sobretudo com as muitas violações a direitos individuais cometidas por governos fascistas durante o período. Logo após o fim do conflito, formou-se a Organização das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo declarado é trazer paz a todas as nações do mundo.
O HOMEM, A VIDA E A SAÚDE
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Artigo I
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Artigo II.
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
O HOMEM, A VIDA E A SAÚDE
Artigo III.
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV.
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.
Artigo V.
Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo VI.
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.
O HOMEM, A VIDA E A SOCIEDADE
Artigo VII.Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo VIII.
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Os direitos do paciente
Abandono
Após iniciado o tratamento o médico não pode abandonar o paciente, a não ser que tenham ocorrido fatos que comprometam a relação médico-paciente e o desempenho profissional e desde que assegurada a continuidade na assistência prestada.
Acompanhante
O paciente tem o direito de ser acompanhado por pessoa por ele indicada, se assim desejar, nas consultas, internações, exames pré-natais e no momento do parto; receber do profissional adequado, presente no local, auxílio imediato e oportuno para a melhoria do conforto e bem-estar.
Os direitos dos pacientes
Alta
O médico pode negar-se a conceder alta a paciente sob seus cuidados quando considerar que isso pode acarretar-lhe risco de vida. Se o paciente ou familiares decidirem pela alta sem parecer favorável do médico, devem responsabilizar-se por escrito. Nesse caso, o médico tem o direito de passar o caso para outro profissional indicado ou aceito pelo paciente ou família.
Os diretos dos pacientes
Anestesia
Receber anestesia em todas as situações indicadas. Recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida
Atendimento digno
O paciente tem direito a um atendimento digno, atencioso e respeitoso, sendo identificado e tratado pelo nome ou sobrenome. O paciente não pode ser identificado ou tratado por números, códigos, ou de modo genérico, desrespeitoso ou preconceituoso.
Os diretos dos pacientes
Autonomia
Consentir ou recusar, de forma livre, voluntária e esclarecida, com adequada informação, procedimentos diagnósticos ou terapêuticos a serem nele realizados.
Criança
A criança, ao ser internada, terá em seu prontuário a relação das pessoas que poderão acompanhá-la integralmente durante o período de internação.
Os diretos dos pacientes
Exames
É vedada a realização de exames compulsórios, sem autorização do paciente, como condição necessária para internação hospitalar, exames pré-admissionais ou periódicos e ainda em estabelecimentos prisionais e de ensino.
Gravação
O paciente tem o direito de gravar a consulta, caso tenha dificuldade em assimilar as informações necessárias para seguir determinado tratamento.
Identificação
Poder identificar as pessoas responsáveis direta e indiretamente por sua assistência, por meio de crachás visíveis, legíveis e que contenham o nome completo, a função e o cargo do profissional, assim como o nome da instituição.
OS DIREITOS DOS PACIENTES
Informação
O paciente deve receber informações claras, objetivas e compreensíveis sobre hipóteses diagnósticas; diagnósticos realizados; exames solicitados; ações terapêuticas, riscos, benefícios e inconvenientes das medidas propostas e duração prevista do tratamento. 
OS DIREITOS DOS PACIENTES
INFORMAÇÕES
No caso de procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos, deve ser informado sobre a necessidade ou não de anestesia; o tipo de anestesia a ser aplicada; o instrumental a ser utilizado; as partes do corpo afetadas; os efeitos colaterais; os riscos e as conseqüências indesejáveis e a duração esperada do procedimento; os exames e as condutas a que será submetido; a finalidade dos materiais coletados para exame; as alternativas de diagnósticos e terapêuticas existentes, no serviço onde está sendo realizado o atendimento ou em outros serviços, além do que mais julgar necessário.
OS DIREITOS DOS PACIENTES
Medicação
Ter anotado no prontuário, principalmente se estiver inconsciente durante o atendimento, todas as medicações, com dosagens utilizadas; e registro da quantidade de sangue recebida e dos dados que permitam identificar a sua origem, sorologias efetuadas e prazo de validade.
Morte
O paciente tem o direito de optar pelo local de morte (conforme Lei Estadual válida para os hospitais do Estado de São Paulo).
OS DIREITOS DOS PACIENTES
Pesquisa
Ser prévia e expressamente informado, quando o tratamento proposto for experimental ou fizer parte de pesquisa, que deve seguir rigorosamente as normas regulamentadoras de experimentos com seres humanos no país e ser aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do hospital ou instituição.
Prontuário
Ter acesso, a qualquer momento, ao seu prontuário médico, recebendo por escrito o diagnóstico e o tratamento indicado, com a identificação do nome do profissional e o número de registro no órgão de regulamentação e controle da profissão.
OS DIREITOS DOS PACIENTES
Receituário
Receber as receitas com o nome genérico dos medicamentos prescritos, datilografadas ou em letra legível, sem a utilização de códigos ou abreviaturas, com o nome, assinatura do profissional e número de registro no órgão de controle e regulamentação da profissão.
Recusa
O paciente pode desejar não ser informado do seu estado de saúde, devendo indicar quem deve receber a informação em seu lugar.
OS DIREITOS DOS PACIENTES
Respeito
Ter assegurado, durante as consultas, internações, procedimentos diagnósticos e terapêuticos, a satisfação de necessidades, a integridade física, a privacidade, a individualidade, o respeito aos valores éticos e culturais, a confidencialidade de toda e qualquer informação pessoal, e a segurança do procedimento; ter um local digno e adequado para o atendimento; receber ou recusar assistência moral, psicológica, social ou religiosa.
OS DIREITO DOS PACIENTES
Sangue
Conhecer a procedência do sangue e dos hemoderivados e poder verificar, antes de recebê-los, os carimbos que atestaram origem, sorologias efetuadas e prazo de validade.
OS DIRETOS DOS PACIENTES
Segunda opinião
Direito de procurar uma segunda opinião ou parecer de um outro médico sobre o seu estado de saúde.
Sigilo
Ter resguardado o segredo sobre dados pessoais, por meio da manutenção do sigilo profissional, desde que não acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública.
RESPEITO 
AS DIFERENÇAS
RESPEITO AS DIFERNÇAS
Entre as principais riquezas da humanidade está a diversidade entre os povos. Diferenças de cultura, raça e crença tornam o mundo mais interessante e repleto de aprendizagens. 
No entanto, essa diversidade nem sempre é encarada como um fator importante para o desenvolvimento humano.
RESPEITO AS DIFERENÇAS
A intolerância e o preconceito ainda se manifestam fortemente em pleno século XXI. Perseguições e violências baseadas apenas nas diferenças são noticiadas todos os dias. 
Diante desta triste realidade, pais e educadores precisam selar uma parceria para formar jovens tolerantes, que respeitem as diferenças e que lutem para afastar de vez o preconceito ainda tão presente na sociedade atual.
EMPATIA E RESPEITO
Entender a necessidade de uma pessoa, suas expectativas e seus anseios. 
Estes requisitos podem ser a chave para desvendar os segredos de seu paciente, melhorar seu atendimento e alcançar novos pacientes. 
A grande pergunta é: qual o segredo para alcançar esse objetivo? A empatia pode ajudar e resolver essa questão.
EMPATIA
Empatia implica em identificar-se com o outro e se pôr no seu lugar. Para exemplificar, é quando alguém, através de suas próprias especulações ou sensações, se coloca no lugar de outra pessoa, tentando entendê-la.
EMPATIA
A empatia ajuda a traçar a personalidade das pessoas de modo a nos fazer compreender o mundo da maneira delas. 
Na medicina, isso deve fazer parte do dia a dia, sendo sempre colocado em prática como forma de conseguir um resultado mais eficaz em cada atendimento. 
EMPATIA
Pontos chave para te ajudar a criar empatia com seu paciente, são eles:
Tenha SEMPRE respeito
Sempre que dialogar com seus pacientes ou profissionais que trabalham em seu consultório, tenha respeito. É a regra número1 para uma boa relação com qualquer pessoa em seu ambiente de trabalho. A partir do respeito entre todos, torna-se possível criar um ambiente agradável e aberto, para que tanto profissionais de saúde, pacientes e recepcionistas possam conversar sem conflitos.
EMPATIA
Fique atento aos detalhes durante o atendimento
Os detalhes fazem toda a diferença. Às vezes, alguma informação muito importante sobre seu paciente, que podem ajudar compreendê-lo, será dita de forma discreta.
Médicos atendem muitas pessoas por dia e, às vezes, com o passar do tempo e com o desgaste, prestamos menos atenção aos detalhes. 
Manter sempre aguçada a nossa sensibilidade ajuda a desenvolver uma relação de empatia com o paciente.
EMPATIA
Esteja atento aos argumentos do paciente
Ouvir é um exercício que poucos sabem fazer. Escutar atentamente seu paciente, voltando toda sua atenção a ele, ajuda a entender o que ele sente e como ele se expressa. Um princípio básico da comunicação efetiva é, além de expor, ouvir os argumentos. Não devemos menosprezar as informações que nosso paciente nos passa. Mesmo que não seja dotada de fundamento teórico, ela pode sim ser a chave para criar a empatia e resolver problemas.
EMPATIA
Fortaleça o relacionamento entre você e paciente
saber como anda o tratamento e mostrar interesse são atitudes que ajudam a melhorar o relacionamento entre o profissional de saúde e o paciente e criar empatia. 
Seu paciente sentirá esse cuidado e retribuirá de várias formas.
empatia
Evite desleixo
Faça esforços para entender o que seu paciente necessita e para resolver seu problema rapidamente.
Mostre que você está totalmente ao dispor dele. Nada é mais estressante do que ir a uma hospital e ser atendido com descaso. 
Um paciente não é um número, é mais uma vida que deve ser cuidada com toda relevância que merece. 
Mesmo que o cansaço de outros atendimentos o desgaste, não deixe que isso prejudique outros pacientes.
empatia
Humanize seu atendimento
É importante saber que estamos interagindo com seres humanos com emoções e sentimentos que podem aflorar a qualquer momento. Identifique aspectos emocionais e intelectuais do seu paciente para compreender pelo que ele está passando.
O mais importante é aprender que para criar empatia é preciso dialogar. A empatia é a prática e o exercício diário para entender o próximo e ampliar perspectivas e entendimento através do respeito.

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