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Zoonoses Natal/RN: Dengue e outras arboviroeses, Raiva e Monkeypox - Desafios e Prevenção O QUE SÃO ZOONOSES? São doenças infecciosas que podem ser transmitidas naturalmente entre animais vertebrados, incluindo os humanos. Essas doenças podem ser causadas por vírus, bactérias, parasitas, fungos e outros agentes patogênicos, e são transmitidas principalmente através do contato direto com animais infectados, consumo de alimentos contaminados, picadas de vetores (como mosquitos) ou exposição a ambientes contaminados. 01 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as zoonoses são doenças e infecções naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e humanos. A OMS destaca que mais de 60% das doenças infecciosas humanas conhecidas são de origem animal, sendo que cerca de 75% das doenças emergentes são zoonóticas. SEGUNDO A OMS: 02 DENGUE E OUTRAS ARBOVIROESES: As arboviroses são um grupo de doenças virais transmitidas por artrópodes, principalmente por mosquitos, pertencentes à família Arboviridae. O termo "arbovirose" é uma abreviação de "arbovírus" (vírus transmitidos por artrópodes) e "doenças". As principais arboviroses incluem a dengue, a febre chikungunya, o vírus Zika e a febre amarela. Essas doenças são transmitidas para os humanos quando são picados por mosquitos infectados. Os mosquitos atuam como vetores, ou seja, são responsáveis por transmitir o vírus de um hospedeiro infectado para uma pessoa saudável. CONCEITO: PRINCIPAIS ARBOVIROSES: AEDES AEGYPTI O Aedes aegypti é um mosquito vetor que transmite doenças como dengue, febre chikungunya, vírus Zika e febre amarela. Encontrado em áreas tropicais e subtropicais, reproduz-se em água parada e limpa. Medidas de controle do vetor, como eliminação de criadouros, são essenciais na prevenção. É importante remover recipientes que possam acumular água, vedar caixas d'água e limpar calhas. O uso de repelentes, mosquiteiros e roupas protetoras também ajuda a prevenir picadas. Programas de conscientização e participação comunitária são fundamentais no combate ao Aedes aegypti e no controle das doenças transmitidas por ele. Situação epidemiológica da Dengue e outras arboviroses no município de Natal. Este boletim foi elaborado com base nos resultados dos monitoramentos entomológico e epidemiológico, assim como nas informações dos casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, durante o período de 01/01/2023 a 30/04/2023. As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes sp. apresentam um período epidêmico no município de Natal entre os meses de abril a agosto, que coincide com o período de chuvas. É importante ressaltar que as informações deste boletim estão sujeitas a alterações constantes, devido à dinâmica das doenças e dos casos notificados. ITEM 1 Segundo a Tribuna do Norte, o número de casos de dengue cresceu 151% no RN em 2023. Ou seja os casos mais do que dobraram em relação ao ano de 2022. Casos saltaram de 31 para 78 nas cinco primeiras semanas epidemiológicas. ITEM 2 Foram notificados 657 casos de dengue no estado, até a semana epidemiológica 5 (mês de janeiro e primeira semana de fevereiro. ITEM 3 Zika, até a Semana Epidemiológica 10, foram notificados 147 casos da doença, sendo confirmados 4 casos, 126 casos considerados prováveis, 21 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 3,54 casos prováveis por 100 mil habitantes. ITEM 4 Chikungunya, foram notificados no RN, até a Semana Epidemiológica 10, um total de 758 casos da doença, sendo confirmados 49 casos, 677 casos considerados prováveis, 81 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 19,01 casos prováveis por 100 mil habitantes. ATUALMETE ITEM 5 Procura nas UPAS aumentou 400% Casos prováveis por bairro de residência: VIGILÂNCIA E CONTROLE Vigilância Entomológica desempenha um papel crucial no acompanhamento de vetores que transmitem doenças de importância médica, com o objetivo de estudar os aspectos e as relações envolvidas nessas doenças. A análise atual do perfil entomológico revela variações significativas na densidade dos vetores, com aumentos graduais e picos nas semanas 10 e 14, entre 06/03/2023 e 02/04/2023. No entanto, quando comparamos a coleta de ovos durante o mesmo período nos anos de 2022 e 2023, observamos uma redução de 22% na quantidade de ovos coletados. A doença da raiva é uma enfermidade viral grave que afeta mamíferos, incluindo seres humanos. Ela é causada pelo vírus da raiva, que é transmitido principalmente por meio da mordida ou arranhão de animais infectados, como cães, gatos, morcegos e outros animais silvestres. RAIVA Epidemiologia da raiva humana Apesar da existência da vacina antirrábica desde 1885, a raiva ainda é uma doença mortal, causando aproximadamente 59 mil mortes anualmente, especialmente na Ásia e na África, de acordo com a OMS. Em países em desenvolvimento, os cães são os principais transmissores da raiva para humanos, mas a doença foi amplamente controlada como uma fonte endêmica nas décadas de 1970. No Brasil, entre 1990 e 2017, foram registrados 594 casos de raiva, principalmente em áreas urbanas. Durante o período de 2000 a 2009, houve um aumento nos casos de raiva humana transmitida por morcegos no país. A vacinação de animais e a conscientização sobre a prevenção são fundamentais para combater a disseminação da raiva e controlar essa importante questão de saúde pública. Virologia e Patogênese A raiva parece ser causada por uma série de diferentes espécies de vírus neurotrópicos da Família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus. O sequenciamento genético do vírus pode ajudar a determinar o provável animal vetor de transmissão. O Lyssavirus possui a forma de uma bala e contém um genoma de RNA de fita simples que codifica cinco proteínas estruturais. Um desses genes codifica uma glicoproteína externa, que é um alvo primário para anticorpos neutralizantes de vírus. Os Lyssavírus têm predileção por tecido neural e se espalham através dos nervos periféricos até o sistema nervoso central (SNC) Epidemiologia NO RN Segundo a Secretaria de Saúde do RN quanto aos casos de raiva animal, até julho de 2022, 25 animais positivaram, dentre eles um cão, três bovinos, um equino, uma raposa e 19 morcegos. Os municípios envolvidos foram: Mossoró, Natal, Santo Antônio, Lajes Pintadas, Caicó, Jucurutu e Parnamirim. Dos 19 morcegos positivos, 15 foram do município de Natal, 2 do município de Santo Antônio, 1 do município de Caicó e 1 do município de Parnamirim.No Rio Grande do Norte, o último caso documentado de raiva humana foi datado em 2010, com ocorrência no município de Frutuoso Gomes, localizado no Oeste Potiguar, sendo o morcego o animal transmissor envolvido. vacinação A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS Natal), por meio da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), comunica à população os pontos fixos para vacinação antirrábica de cães e gatos em Natal Mpox A Monkeypox, ou Mpox, é uma doença viral zoonótica causada pelo vírus Monkeypox, pertencente ao gênero Orthopoxvirus e à família Poxviridae. Ela pode ser transmitida aos humanos por meio do contato com animais ou humanos infectados, assim como com materiais corporais humanos que contenham o vírus. Emergência Mpox A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional para a doença Monkeypox em julho de 2022, aumentando a preocupação global com a doença e ressaltando a necessidade de medidas para conter sua transmissão. Em resposta, o Ministério da Saúde ativou o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE Monkeypox) em 29 de julho de 2022, visando coordenar a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) na resposta à emergência da doença. Em Natal, no Brasil, o primeiro caso de Monkeypox foi identificado em 23 de junho de 2022 em um paciente do sexo masculino, jovem, que havia retornado de uma viagem à Europa. A vigilância do município constatou que o paciente retornou ao Brasil com sintomasda doença durante o período de infecção. A identificação desse caso ressalta a importância da vigilância e do monitoramento para controlar a propagação da Monkeypox. Boletim Epidemiológico Mpox Natal/RN PROFISSIONAIS DE LABORATÓRIO QUE TRABALHAM DIRETAMENTE COM O VÍRUS; PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS COM CONTAGEM DE LINFÓCITOS INFERIOR A 200 CÉLULAS NOS ÚLTIMOS SEIS MESES PESSOAS QUE TIVERAM CONTATO DIRETO COM FLUIDOS E SECREÇÕES CORPORAIS DE PESSOAS SUSPEITAS, PROVÁVEIS OU CONFIRMADAS PARA MPOX O Rio Grande do Norte recebeu 244 doses de vacina contra varíola dos macacos, também chamada de monkeypox (mpox). A VACINAÇÃO CONTRA A DOENÇA SERÁ RESTRITA A: REFERÊNCIAS Secretaria Municipal de Saúde Departamento de Vigilância em Saúde Unidade de Vigilância de Zoonoses Natal/RN http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/secretaria-de-saaode-alerta-para-prevena-a-o-contra-arboviroses-no- rn/560346 https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-raiva-humana-completo-sanarflix https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2023/03/09/rn-vai-receber-244-doses-da-vacina-contra-variola- dos-macacos-saiba-publico-que-sera-vacinado.ghtml
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