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@yasmincampos_vet GESTAÇÃO E PARTO NORMAL FUNÇÃO DO ÚTERO Igual a uma incubadora: • Calor • Umidade • Proteção da luz • Estéril* • Nutritivo *Estéril para não permitir crescimento de patógenos. OVO -> EMBRIÃO -> FETO • O ovo é um período curto de 7 dias, período de ativação do genoma embrionário, ainda está dentro da ZP. • O embrião é o período curto, onde pode ocorrer mais perdas devido a diferenciação e morfogênese, podo ocorrer mutação gênica. • Até mineralização do esqueleto é chamado de embrião, após mineralizar é chamado de feto. • O feto é o período mais longo, é a fase de crescimento, pois o feto já está formado e é a fase que tem menos chances de perda. • Concepto = feto + anexos Como saber que iniciou a gestação? Visualmente não tem como, é contado a partir do último serviço fértil. Nas mulheres é contado a partir da última menstruação. DURAÇÃO DA GESTAÇÃO ESPÉCIE DIAS MESES Bovinos 270-290 9 Bubalinos 298-317 10 Equinos 330-345 11 Caprinos 145-151 5 Ovinos 144-152 5 Suínos 112-115 3m2sem3d Caninos 56-59 2 Felinos 64-68 2 FATORES DE INFLUÊNCIA Fatores de influência no tempo de gestação. Fatores maternos: idade e metabolismo Hipotireoidismo, por exemplo, faz com que gestação seja mais longa por conta do metabolismo lento. Fatores fetais: • Multíparas: quanto maior a ninhada menor o tempo de gestação. Porque o estresse fetal sinaliza o final da gestação. • Uníparas: gestação múltipla influência, por não ter espaço a gestação dura menos. • Equinos e bovinos: fetos machos fazem com que gestação seja por volta de 2 dias mais longa. • Equinos gemelar: fetos subdesenvolvido e gestação 30-40 dias mais longa. A placenta é difusa e por isso fetos se dividem no útero, demoram muito para se desenvolver e liberar cortisol porque são subdesenvolvidos (não tem maturação). Os dois fetos morrem. • Genética: gado holandês tem duração da gestação de 278 e gado pardo suíço de 292 dias. Genética do feto que influência o momento do parto, independe da raça da fêmea. *Síndrome do feto único: feto não entra em estresse, acaba crescendo mais do que o normal, acaba morrendo e macerando dentro do útero. Fatores ambientais: • Estresse, porque causa liberação de cortisol e causa antecipação do parto. @yasmincampos_vet • Hormônios com fitoestrógeno encontrado em algumas plantas, pode causar aborto em ovelhas, pois essa substância se liga aos receptores de E2 e desencadeia a resposta do E2. ENDOCRINOLOGIA DA GESTAÇÃO Progesterona: aumenta o consumo de alimento e diminui a atividade física, gerando aumento de peso, para armazenar alimento para embrião. No final da gestação e início da lactação a fêmea entra em metabolismo energético negativo, retirando da reserva que foi criada anteriormente. Estrógeno: tem sinergismo* com P4 (glândulas endometriais e mamárias). É importante a relação entre P4 e E2, mesmo que em baixas concentrações E2 está sempre estimulando P4. *Quando dois ou mais hormônios interagem no mesmo alvo. Prolactina: síntese de leite e comportamento materno. Corpo lúteo ativa colesterol sintetase, aumentando colesterol disponível para a esteroidogênese, aumenta receptores de LHr e diminui a metabolização a di- hidroxiprogesterona. Relaxina: é produzida pelo CL e placenta. Serve para relaxar a cérvix, sínfise púbica e ligamentos pélvicos. Pode ser usada como diagnóstico de gestação, porém é um hormônio que só aparece no fim da gestação então não é muito utilizado para isso. Ultrassom é mais prático. *Pseudociese - gestação psicológica: pode ser desencadeado pela prolactina, que induz o comportamento materno. Fêmeas em geral, tem aumento de prolactina no final da gestação, quando P4 cai. Fêmeas que fazem cesárea podem rejeitar os filhotes por não ter essa ação hormonal da prolactina. Mulheres que fazem cesárea tem mais chance de ter depressão pós-parto. Para evitar pseudociese deve ser utilizado hormônios anti-prolactinicos. Para isso deve ter certeza se que animal está em pseudociese, senão causará aborto do feto. *Melhor fase de castração em cadelas: no estro não é bom castrar porque E2 causa muita vascularização no útero. No diestro fêmea tem CL, se castrar nesse momento P4 cai abruptamente, o que pode levar ao aumento da prolactina e pseudociese. Melhor fase para castrar então é o anestro. P4, E2 e testosterona são hormônios lipídicos esteroides, quando P4 é transformada em E2 ocorre baixa de P4 e aumento de E2. Na hora do parto o feto produz cortisol que ativa as duas enzimas, que converte P4 em E2, causa contração e relaxamento da cérvix. Ruminantes @yasmincampos_vet Éguas produzem hormônio diferente eCG (gonadotrofina coriônica equina), causa ovulação da égua, inclusive durante a gestação, forma CL acessórios. Concentração de P4 aumenta conforme eCG aumenta. O eCG é produzido pelos cálices endometriais. No fim da gestação, o tecido materno expulsa essas células como se fossem corpo estranho. Causando diminuição do eCG e P4, sendo assim E2 no final da gestação é mais alto que P4 em equinos. Por isso égua é a única que se for aplicado ocitocina em qualquer momento da gestação ela induz o parto através da contração. Éguas P4 na cadela aumenta devido à presença do CL. Após 30 dias, CL precisa de ajuda para se manter, CL que para se manter através da ação da prolactina, por isso prolactina também está alta na gestação de cadelas. Não tem aumento de estrógeno não na hora do parto porque não é placenta que produz P4, mas sim o CL. Cadelas CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE FETOS Unípara, mono-ovulatória ou monotócica: 1 filhote. • Bovinos e equinos • Frequência de parto gemelar: bovino (2- 4%); equino (0,5-1,5%) • Dupla ovulação nos equinos, em algumas raças como PSI, em 20% dos casos ocorre dupla ovulação, mas incidência do gemelar é de 0,5-1,5% porque gestações acabam sendo interrompidas e segundo embrião é reabsorvido • Cérvix bem desenvolvida • Placenta ocupa todo útero @yasmincampos_vet • Feto é grande, tendo 10% do peso vivo da mãe • Pode ter distocia devido ao tamanho do feto Caprinos e ovinos: eram uníparos, mas se adaptaram bem ao parto gemelar e agora são chamados como bíparos. Multíparos ou politócicas: • Caninos, felinos e porcinos • Cérvix pouco desenvolvida • Cada placenta ocupa uma pequena parte dos cornos uterinos • Fetos se distribuem por todos os cornos • Tamanho do feto varia de 1-3% do peso vivo materno • Cadelas maiores = ninhada maior ADAPTAÇÃO DO SISTEMA MATERNO Precisa mudar algo? Sim, metabolismo materno muda por conta da fisiologia da gestação. Por que mulher incha? A reabsorção de sódio causa retenção de retenção de água. É importante para aumentar volemia do sangue para troca materno-fetal na placenta. O que acontece se retém água? Hemodiluição, que aumenta em até 40% o volume plasmático de sangue. Hematócrito da gestante diminui, causando anemia gestacional. Precisa de mais células vermelhas para algo? Sim. Aumenta liberação de eritropoitina, que estimula a produção de células vermelhas. É importante para o transporte de oxigênio da mãe para o feto. Perda de sangue no parto, maiores alterações em espécies com qual tipo de placenta? Nas mulheres, que possuem placenta hemocorial. Fêmeas necessitam dessa alteração hemodinâmica para aumento da produção de eritrócitos, devido a maior perda de sangue no parto. Isso evita hemorragia e morte materna durante o parto. Nos outros tipos de placenta essa alteração hemodinâmica é muito menor, porque não perde tanto sangue durante o parto. O QUE ESPERAR DO DÉBITO CARDÍACO • Aumento da volemia causa aumenta do DC • Para ajudar a melhorar a circulação aumenta a frequência respiratória • Fluxo uterinofim da gestação = 17% do débito cardíaco Ovelhas: • No diestro o fluxo uterino é de 10ml/min • No estro, o estrógeno faz com que o fluxo uterino seja de 100ml/min (aumenta em 10x) • Durante o cio a distruibuição do sangue é homogênea entre todas as camadas • No final da gestação o feto necessita de maior aporte sanguíneo, então as trocas são direcionadas para os cotilédones (83%) APORTE/ CONSUMO ENERGÉTICO • Progesterona aumenta insulina • 2/3 iniciais: reserva energética para futuro nutrição do feto 25% pré-parto e 10-15% pós-parto • 1/3 final: estrógeno, lactogênio, cortisol = resistência à insulina Qual o requerimento da fêmea gestante? Aporte energético do embrião é pequeno, mas a fêmea necessita se alimentar no início da gestação para reserva futura para nutrição do filhote, no terço final da gestação. Qual momento tem maior necessidade? o momento que mais necessita de energia é no terço final da gestação. Como ela manda mais energia para o feto e menos para ela? Diminuindo receptores de insulina (resistência) para que glicose seja direcionada para o feto, é chamado de diabetes @yasmincampos_vet gestacional. Na fêmea gestante isso é fisiológico. Para fêmea utilizar glicose realiza oxidação de ácidos graxos da sua reserva (gordura) e nesse momento pode entrar em cetose (toxemia da gestação). O que P4 faz no miométrio? Bloqueio do miométrio, tirando receptores de E2 e ocitocina, bloqueando que contrações se formem. Como direcionar para o feto? Através do sistema circulatório no cordão umbilical. Quais tipos de alimento? • Proteínas: aumento de 40-70% a mais do que a manutenção • Carboidratos: aumento de 35% de energia a mais que a manutenção – alimentos densos, menos volumosos* • Cálcio e fósforo: é retirado da alimentação da mãe quando embrião está passando por mineralização, se não for fornecido pela alimentação embrião absorve dos ossos da mãe *Digestibilidade: é importante pois quando alimento é fácil de digerir, é mais fácil de ser absorvido. Alimentação não digerida no intestino aumenta fermentação, pode causar diarreia e por consequência desidratação da fêmea. CARACTERÍSTICA NO INÍCIO E FINAL DA GESTAÇÃO Vulva e vagina: P4 alto causa aspecto seco e pálido. No final, com E2 alto o aspecto é edemaciado e relaxado. Cérvix: no início P4 alta fecha a cérvix e cria tampão mucoso (muco denso). No final, E2 causa relaxamento e rompimento do tampão, secretando muco. Útero: passa por fase de mitose e crescimento através da proliferação de células uterinas (todos os tipos). Ocorre dilatação, P4 causa relaxamento para permitir o crescimento do feto. Ovário: ocorre diminuição da atividade folicular, entra em anestro gestacional. P4 que mantém esse mecanismo. A P4 inicial é formada pelo CL, que para se manter se transforma em CL gravídico/gestacional. Ligamento pélvico e sínfise púbica: na hora do parto devem estar relaxados, através da ação da relaxina. *Na mucometra/hidrometra/piometra ocorre dilatação do útero, sem passar por fase de proliferação celular. PARTO NORMAL O que é? Expulsão do feto e anexos fetais (placenta). O que é necessário? Contração e dilatação. Para isso deve ter alterações neuroendócrinas, para diminuir a progesterona. Ocorre alterações bioquímicas, biofísicas e de fisiologia muscular. Quem desencadeia o parto? O feto, através do cortisol fetal, que é produzido através do estresse fetal*. *O que causa esse estresse? Falta de oxigênio, espaço limitado, falta de glicose (próximo ao parto mãe não consegue ter aporte suficiente para o feto). O fator estressor já está presente no final da gestação, mas só é ativado após maturação hipotalâmica. Essa maturação é importante porque assim, ao nascer, neonato consegue identificar falta de oxigênio, hipotermia e hipoglicemia através dos reflexos neurais. Se esse feto não tivesse essa maturação poderia nascer prematuro e teria morte neonatal devido à falta desses reflexos. MECANISMO FETAL Cortisol só é produzido quando hipotálamo está maturo. Hipotálamo produz hormônio liberador das corticotrofinas (CRH), que na adeno-hipófise libera as corticotrofinas, que vai até adrenal fetal liberando o cortisol. Cortisol atua na placenta, transformando P4 em E2, através de enzimas. O E2 causa quebra do bloqueio do miométrio, aumentando receptores de ocitocina (sensibiliza o útero), aumenta contrações miometriais, aumentando a pressão do feto contra a cérvix, estimula reflexo neuroendócrino (reflexo de Ferguson), liberando ocitocina. @yasmincampos_vet Simultaneamente E2 causa relaxamento da cérvix e liberação do tampão mucoso. Porém não são todas as espécies que têm produção de E2 pela placenta (cadelas). Nessas espécies, o cortisol fetal consegue induzir produção de PGF, que causa luteólise e diminuição da P4. QUESTÃO DE PROVA: a última coisa antes do parto é a contração? Não, contrações ocorrem antes da ocitocina. Última coisa é o aumento/liberação da ocitocina. ORIGEM DA P4 Placentária: ovelha, égua e gata (prof não considera gata porque não tem estudos, mas está no livro). Luteal: vaca (até os 200 dias, depois é placentária), cabra, porca e cadela. QUESTÃO DE PROVA: na porca o E2 causa luteólise? Não, na porca o E2 é produzido pelos fetos para sinalizar a gestação. Produção de PGF não é induzida pelo E2. A PGF é liberada exocrinamente para o endométrio. E a cadela, placenta produz P4? Não, não tem conversão de E2. Tem PGF, mas não tem aumento de E2, mecanismo é direto, pela liberação de cortisol. VIA FETAL Estruturas que formam o canal de passagem do feto: • Via fetal dura (ossos da pelve) • Cérvix • Vagina cranial e vestibular • Vulva • Ligamentos sacroisquiáticos Formato X Distocia: Formato dos ossos da pelve influenciam diretamente nos casos de distocia. • Éguas: redonda, curta e plana o que favorece a saída o feto • Vacas: comprida, ovalada e côncava tem mais chances de causar distocia) *Na égua cérvix é de mais fácil manipulação, pode até ser dilatado com as mãos caso necessite de ajuda na hora do parto. *Pontos críticos na vaca: cérvix, anel himenal e a vulva. FASES DO PARTO 1 - Fase prodrômica (pródromos): fase de aumento da prolactina e diminuição da P4. Fase de alterações de comportamento - isolamento, inapetência/anorexia (deixa comida a vontade, mas não pode forçar), inquietação/agitação, ansiedade. ÉGUAS • Comportamento de andar, andar em círculos, patear, deitar e levantar, rolar (pode confundir com cólica) *Égua ao rolar pode causar torção uterina no final da gestação. *Vacas ao levantar e deitar pode causar também torção uterina e pode acontecer a qualquer momento da gestação devido a forma de se levantar - dobrando as patas, podendo causar choque com o rúmen e torção. @yasmincampos_vet CADELAS • Comportamento de construção do ninho (comportamento materno induzido pela prolactina, após a queda da progesterona) • Ocorre queda de temperatura de cerca de 1ºC de temperatura 24 horas antes do parto • US – sinal de maturação fetal é quando tem dilatação gástrica fetal e peristaltismo (próximo aos 55 dias) • Após 30 dias do diestro ela depende da prolactina para manter a função luteal (é luteotrófica), cadela pode apresentar secreção láctea* *Secreção láctea em cadelas não indica proximidade ao parto, pois pode estar em diestro com aumento de prolactina gestante ou não e pode também estar em pseudociese. GATAS • Queda de temperatura 12 horas antes do parto, é menos evidente • Vocalização, andar em círculos, olhar para posterior • Presença de corrimento PORCAS • Apresenta comportamento de construção do ninho (comportamento materno induzido pela prolactina, após a queda da progesterona) • Mantém temperatura alta durante a lactação • Não confundircom condições patológicas 2 - Fase dilatação ou insinuação: aumento do E2 através da placenta. • Início das contrações uterinas pelo E2 • Término: ruptura da membrana fetal • Útero começa a ganhar tônus e impulsiona feto contra a cérvix • Vaca pode durar até 16h • Égua pode durar até 2h • Humanas pode durar dias 3 – Fase de expulsão: • Início: ruptura das membranas fetais • Término: expulsão do(s) feto(s) • Na vaca expulsão demora de 1-3 h e placenta 30 min - 8h* • Égua demora 30 min para expulsão e placenta 15 min – 2h* *A partir de 12h na vaca já é considerado retenção de placenta. *Égua em 3h já é considerado retenção de placenta e pode iniciar processo de endometrite/laminite. Como placenta da égua solta mais rápido, é raro a retenção de placenta. Porém, se o feto demorar mais que os 30min, placenta irá se soltar e feto pode sofrer hipóxia e morte fetal. Reflexo de Ferguson: Ocorre quando o feto começa a se insinuar na cérvix. A cérvix tem neurônios, que são ativados com a dilatação cervical, realizando comunicação com o centro hipotalâmico, que libera ocitocina na neurohipófise. É um reflexo neuroendócrino. Ao chegar no útero gera contrações, filhote é pressionado contra cérvix, chegando à vagina. Na vagina ocorre um segundo reflexo, de esvaziamento, onde é estimulado o nervo pudendo e ocorre contração abdominal. CADELAS • Fetos podem nascer com ou sem ruptura das membranas* • Mãe come a placenta, comum vômito • Intervalo de 15’- 3h entre cada filhote • Até 40% dos fetos nascem em posição posterior, em bovinos e equinos a posição @yasmincampos_vet é anterior, para diminuir distocia no parto *Membrana amniótica fica em contato com feto e não rompe, a cório-alontoide tem que romper para o nascimento. Bovinos e equinos por serem fetos maiores nascem sem a placenta. Em cães, se mãe não romper a membrana, é necessário romper manualmente assim que o feto nasce, para liberar vias respiratórias. *Animais ansiosos tendem a canibalizar, comer os filhotes devido ao estresse. GATAS • Âmnio pode não romper • Gata pode se preocupar mais com a própria higienização, do que com o rompimento da placenta, assessorar caso necessário NASCIMENTO Quais alterações ocorrem com o feto? Agora animal necessita amamentação, respiração e termorregulação. Respiração: • Segundos após o nascimento • Surfactante: diminui tensão de superfície, evita o colabamento dos alvéolos, é produzido pelos pneumócitos tipo 2 • Cortisol: estimula produção do surfactante pelos pneumócitos • Epinefrina: estimula liberação do surfactante dentro dos alvéolos *Quanto menor a tensão de superfície mais fácil a entrada de ar. Experimento com balão: balão cheio e outro pouco cheio, ao abrir a pressão entre os dois balões, o balão com mais ar é totalmente preenchido e o outro é murcho. Experimento com água: tensão de superfície na água é maior do que em álcool. Sabão é tensoativo, diminui a superfície de tensão na água, é um surfactante natural. Termorregulação: • Gordura marrom: gordura rica em mitocôndrias*, são diferentes*, pois tem proteínas que permitem a troca de gordura transformando em calor • Glicose (glicogênio hepático, músculo cardíaco): reserva vem da mãe, que deveria ter entrado em resistência à insulina na gestação • Armazenamento de glicose depende de cortisol e insulina *Gordura branca: gordura que guarda colesterol e triglicérides – reserva energética. *Células mitocondriais consomem oxigênio e transformam em água. PUERPÉRIO Divido em 2 fases: 1 – Delivramento, liberação das secundinas: Perda da pressão, alterações hemodinâmicas. *Experimento das luvas de procedimento: colocar os dedos das duas luvas uns sobre os outro e encher os dois lados. Ao soltar o ar e tentar remover um dos lados se solta facilmente e leva parte de dentro do outro lado. 2 - Involução uterina: Enzimas proteolíticas (degradam proteínas) estão guardadas em lisossomos, que é estabilizado pela P4. P4 na hora do parto cai, tirando estabilidade dos lisossomos, causando autofagia. Esse mecanismo libera lóquios. *Lóquios: líquido de tecido excedente que cresceu durante a gestação e precisa ser expelido para útero voltar a ser como era antes. Composto por excesso de sangue, fragmentos deciduais, bactérias, exsudatos e transudatos vaginais. No fim pode ter aspecto purulento devido a presença de bactérias e neutrófilos. Contração uterina auxilia na expulsão dele. VACAS • Um dos puerpérios mais longos – de até 120 dias • Em 5 dias cessa contração uterina @yasmincampos_vet • Involução até 40 dias • Vacas que amamentam* tem período de involução mais curto • Presença de lóquios sanguinolento (restos celulares) • Retorno atividade ovariana demora de 30- 72 dias (vacas de leite) e 46-104 (vacas de corte)* • Pode ser induzido ciclicidade com protocolo de estrógeno *Vaca de leite: amamentação (presença do filhote) estimula ocitocina, que causa contrações e estimula involução uterina. Presença do filhote causa anestro lactacional. *Vaca de corte: demora muito para ter involução devido ao manejo, menos amamentação, porém tem a vantagem de não entrar em anestro (15 dias está ciclando novamente). ÉGUAS • Um dos puerpérios mais curtos • Involução de 10-14 dias* • Lóquios claros e escassos primeira semana • Até 30 dias • Retorno atividade ovariana 6-14 dias *Potro pode amamentar 80-100x por dia. Não causa mastite porque égua tem esvaziamento maior do que outras espécies, bactérias não conseguem se manter nas glândulas. *Cio do potro: égua não tem bloqueio da ciclicidade pela presença do filhote, logo após o parto pode ter o cio do potro de 6-14 dias. Égua é poliéstrica e sazonal, ou seja, só tem cio em primavera ou verão. Se gestação é em 11 meses, égua emprenha no verão e tem parto no verão. Não tem muito tempo para emprenhar de novo, porque senão sai da estação. *Égua não tem anestro lactacional: no início da lactação embrião é pequeno, não exige muita energia materna. Por isso, égua consegue simultaneamente ter lactação e desenvolvimento de uma nova gestação. PORCAS • Placenta sai junto com o filhote ou logo após cada filhote ou até 4 horas após o parto* • Cios anovulatórios de 3-5 dias após parto • Sem amamentação 2 semanas • Amamentando inibido • Cio 3-5 dias pós desmame *Se placenta não sair em até 4 horas é perigoso pois pode causar metrite. *Porca é muito sensível ao anestro lactacional, não cicla enquanto está amamentando. Desvantagem: não é possível realizar IATF em porcas, pois é muito resistente a PGF e demora 14 dias para fazer efeito. Para sincronizar cio das porcas deve-se retirar as porcas todas juntas da amamentação. *Problema do desmame precoce: filhote é pequeno, pode ter diarreia e causar natimortalidade. Por isso normalmente o desmame é feito em torno de 28 dias. CADELAS • Puerpério longo • 12 semanas para involução uterina • Lóquios esverdeados devido a uteroverdina, decorrente da oxidação do ferro da placenta nos hematomas marginais (questão de prova – aula anterior) • Até 5 semanas *Puerpério é longo porque cadela é monoéstrica, tem longo anestro e não tem necessidade de voltar a ciclar rápido. GATAS • Lóquios claros, acastanhados e não dura muito • Não acreditar no anestro lactacional da gata, pode ficar gestante durante a gestação • Involução uterina tem período curto
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