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GESTAÇÃO E PARTO NORMAL

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@yasmincampos_vet 
 
 
GESTAÇÃO E PARTO NORMAL 
FUNÇÃO DO ÚTERO 
Igual a uma incubadora: 
• Calor 
• Umidade 
• Proteção da luz 
• Estéril* 
• Nutritivo 
 
*Estéril para não permitir crescimento de 
patógenos. 
 
OVO -> EMBRIÃO -> FETO 
• O ovo é um período curto de 7 dias, 
período de ativação do genoma 
embrionário, ainda está dentro da ZP. 
• O embrião é o período curto, onde pode 
ocorrer mais perdas devido a 
diferenciação e morfogênese, podo 
ocorrer mutação gênica. 
• Até mineralização do esqueleto é 
chamado de embrião, após mineralizar é 
chamado de feto. 
• O feto é o período mais longo, é a fase de 
crescimento, pois o feto já está formado e 
é a fase que tem menos chances de 
perda. 
• Concepto = feto + anexos 
 
 
 
Como saber que iniciou a gestação? 
Visualmente não tem como, é contado a partir do 
último serviço fértil. Nas mulheres é contado a 
partir da última menstruação. 
 
 
 
 
DURAÇÃO DA GESTAÇÃO 
ESPÉCIE DIAS MESES 
Bovinos 270-290 9 
Bubalinos 298-317 10 
Equinos 330-345 11 
Caprinos 145-151 5 
Ovinos 144-152 5 
Suínos 112-115 3m2sem3d 
Caninos 56-59 2 
Felinos 64-68 2 
 
 
FATORES DE INFLUÊNCIA 
Fatores de influência no tempo de gestação. 
Fatores maternos: idade e metabolismo 
Hipotireoidismo, por exemplo, faz com que 
gestação seja mais longa por conta do 
metabolismo lento. 
 
Fatores fetais: 
• Multíparas: quanto maior a ninhada 
menor o tempo de gestação. Porque o 
estresse fetal sinaliza o final da gestação. 
• Uníparas: gestação múltipla influência, 
por não ter espaço a gestação dura 
menos. 
• Equinos e bovinos: fetos machos fazem 
com que gestação seja por volta de 2 dias 
mais longa. 
• Equinos gemelar: fetos subdesenvolvido 
e gestação 30-40 dias mais longa. A 
placenta é difusa e por isso fetos se 
dividem no útero, demoram muito para se 
desenvolver e liberar cortisol porque são 
subdesenvolvidos (não tem maturação). 
Os dois fetos morrem. 
• Genética: gado holandês tem duração da 
gestação de 278 e gado pardo suíço de 
292 dias. Genética do feto que influência 
o momento do parto, independe da raça 
da fêmea. 
 
*Síndrome do feto único: feto não entra em 
estresse, acaba crescendo mais do que o normal, 
acaba morrendo e macerando dentro do útero. 
 
Fatores ambientais: 
• Estresse, porque causa liberação de 
cortisol e causa antecipação do parto. 
@yasmincampos_vet 
 
 
• Hormônios com fitoestrógeno 
encontrado em algumas plantas, pode 
causar aborto em ovelhas, pois essa 
substância se liga aos receptores de E2 e 
desencadeia a resposta do E2. 
 
 
ENDOCRINOLOGIA DA GESTAÇÃO 
 
Progesterona: aumenta o consumo de alimento 
e diminui a atividade física, gerando aumento de 
peso, para armazenar alimento para embrião. 
No final da gestação e início da lactação a fêmea 
entra em metabolismo energético negativo, 
retirando da reserva que foi criada anteriormente. 
 
Estrógeno: tem sinergismo* com P4 (glândulas 
endometriais e mamárias). É importante a relação 
entre P4 e E2, mesmo que em baixas 
concentrações E2 está sempre estimulando P4. 
*Quando dois ou mais hormônios interagem no 
mesmo alvo. 
 
Prolactina: síntese de leite e comportamento 
materno. Corpo lúteo ativa colesterol sintetase, 
aumentando colesterol disponível para a 
esteroidogênese, aumenta receptores de LHr e 
diminui a metabolização a di-
hidroxiprogesterona. 
 
Relaxina: é produzida pelo CL e placenta. Serve 
para relaxar a cérvix, sínfise púbica e ligamentos 
pélvicos. Pode ser usada como diagnóstico de 
gestação, porém é um hormônio que só aparece 
no fim da gestação então não é muito utilizado 
para isso. Ultrassom é mais prático. 
 
*Pseudociese - gestação psicológica: pode ser 
desencadeado pela prolactina, que induz o 
comportamento materno. Fêmeas em geral, tem 
aumento de prolactina no final da gestação, 
quando P4 cai. 
Fêmeas que fazem cesárea podem rejeitar os 
filhotes por não ter essa ação hormonal da 
prolactina. 
Mulheres que fazem cesárea tem mais chance de 
ter depressão pós-parto. 
Para evitar pseudociese deve ser utilizado 
hormônios anti-prolactinicos. Para isso deve ter 
certeza se que animal está em pseudociese, senão 
causará aborto do feto. 
 
*Melhor fase de castração em cadelas: no estro 
não é bom castrar porque E2 causa muita 
vascularização no útero. No diestro fêmea tem CL, 
se castrar nesse momento P4 cai abruptamente, o 
que pode levar ao aumento da prolactina e 
pseudociese. Melhor fase para castrar então é o 
anestro. 
 
P4, E2 e testosterona são hormônios lipídicos 
esteroides, quando P4 é transformada em E2 
ocorre baixa de P4 e aumento de E2. 
Na hora do parto o feto produz cortisol que ativa 
as duas enzimas, que converte P4 em E2, causa 
contração e relaxamento da cérvix. 
 
 
Ruminantes 
@yasmincampos_vet 
 
 
 
Éguas produzem hormônio diferente eCG 
(gonadotrofina coriônica equina), causa 
ovulação da égua, inclusive durante a gestação, 
forma CL acessórios. Concentração de P4 
aumenta conforme eCG aumenta. 
O eCG é produzido pelos cálices endometriais. 
No fim da gestação, o tecido materno expulsa 
essas células como se fossem corpo estranho. 
Causando diminuição do eCG e P4, sendo assim 
E2 no final da gestação é mais alto que P4 em 
equinos. Por isso égua é a única que se for 
aplicado ocitocina em qualquer momento da 
gestação ela induz o parto através da contração. 
 
 
Éguas 
 
P4 na cadela aumenta devido à presença do CL. 
Após 30 dias, CL precisa de ajuda para se manter, 
CL que para se manter através da ação da 
prolactina, por isso prolactina também está alta na 
gestação de cadelas. 
Não tem aumento de estrógeno não na hora do 
parto porque não é placenta que produz P4, mas 
sim o CL. 
 
 
Cadelas 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE 
FETOS 
 
Unípara, mono-ovulatória ou monotócica: 1 
filhote. 
• Bovinos e equinos 
• Frequência de parto gemelar: bovino (2-
4%); equino (0,5-1,5%) 
• Dupla ovulação nos equinos, em algumas 
raças como PSI, em 20% dos casos ocorre 
dupla ovulação, mas incidência do 
gemelar é de 0,5-1,5% porque gestações 
acabam sendo interrompidas e segundo 
embrião é reabsorvido 
• Cérvix bem desenvolvida 
• Placenta ocupa todo útero 
@yasmincampos_vet 
 
 
• Feto é grande, tendo 10% do peso vivo da 
mãe 
• Pode ter distocia devido ao tamanho do 
feto 
 
Caprinos e ovinos: eram uníparos, mas se 
adaptaram bem ao parto gemelar e agora são 
chamados como bíparos. 
 
Multíparos ou politócicas: 
• Caninos, felinos e porcinos 
• Cérvix pouco desenvolvida 
• Cada placenta ocupa uma pequena parte 
dos cornos uterinos 
• Fetos se distribuem por todos os cornos 
• Tamanho do feto varia de 1-3% do peso 
vivo materno 
• Cadelas maiores = ninhada maior 
 
ADAPTAÇÃO DO SISTEMA MATERNO 
Precisa mudar algo? Sim, metabolismo materno 
muda por conta da fisiologia da gestação. 
Por que mulher incha? A reabsorção de sódio 
causa retenção de retenção de água. É 
importante para aumentar volemia do sangue 
para troca materno-fetal na placenta. 
O que acontece se retém água? Hemodiluição, 
que aumenta em até 40% o volume plasmático de 
sangue. Hematócrito da gestante diminui, 
causando anemia gestacional. 
Precisa de mais células vermelhas para algo? 
Sim. Aumenta liberação de eritropoitina, que 
estimula a produção de células vermelhas. É 
importante para o transporte de oxigênio da mãe 
para o feto. 
Perda de sangue no parto, maiores alterações 
em espécies com qual tipo de placenta? Nas 
mulheres, que possuem placenta hemocorial. 
Fêmeas necessitam dessa alteração 
hemodinâmica para aumento da produção de 
eritrócitos, devido a maior perda de sangue no 
parto. Isso evita hemorragia e morte materna 
durante o parto. 
Nos outros tipos de placenta essa alteração 
hemodinâmica é muito menor, porque não perde 
tanto sangue durante o parto. 
 
O QUE ESPERAR DO DÉBITO CARDÍACO 
• Aumento da volemia causa aumenta do 
DC 
• Para ajudar a melhorar a circulação 
aumenta a frequência respiratória 
• Fluxo uterinofim da gestação = 17% do 
débito cardíaco 
 
Ovelhas: 
• No diestro o fluxo uterino é de 10ml/min 
• No estro, o estrógeno faz com que o fluxo 
uterino seja de 100ml/min (aumenta em 
10x) 
• Durante o cio a distruibuição do sangue é 
homogênea entre todas as camadas 
• No final da gestação o feto necessita de 
maior aporte sanguíneo, então as trocas 
são direcionadas para os cotilédones 
(83%) 
 
APORTE/ CONSUMO ENERGÉTICO 
• Progesterona aumenta insulina 
• 2/3 iniciais: reserva energética para futuro 
nutrição do feto 25% pré-parto e 10-15% 
pós-parto 
• 1/3 final: estrógeno, lactogênio, cortisol = 
resistência à insulina 
 
Qual o requerimento da fêmea gestante? 
Aporte energético do embrião é pequeno, mas a 
fêmea necessita se alimentar no início da 
gestação para reserva futura para nutrição do 
filhote, no terço final da gestação. 
 
Qual momento tem maior necessidade? o 
momento que mais necessita de energia é no 
terço final da gestação. 
 
Como ela manda mais energia para o feto e 
menos para ela? Diminuindo receptores de 
insulina (resistência) para que glicose seja 
direcionada para o feto, é chamado de diabetes 
@yasmincampos_vet 
 
 
gestacional. Na fêmea gestante isso é fisiológico. 
Para fêmea utilizar glicose realiza oxidação de 
ácidos graxos da sua reserva (gordura) e nesse 
momento pode entrar em cetose (toxemia da 
gestação). 
 
O que P4 faz no miométrio? Bloqueio do 
miométrio, tirando receptores de E2 e ocitocina, 
bloqueando que contrações se formem. 
 
Como direcionar para o feto? Através do sistema 
circulatório no cordão umbilical. 
 
Quais tipos de alimento? 
• Proteínas: aumento de 40-70% a mais do 
que a manutenção 
• Carboidratos: aumento de 35% de 
energia a mais que a manutenção – 
alimentos densos, menos volumosos* 
• Cálcio e fósforo: é retirado da 
alimentação da mãe quando embrião está 
passando por mineralização, se não for 
fornecido pela alimentação embrião 
absorve dos ossos da mãe 
 
*Digestibilidade: é importante pois quando 
alimento é fácil de digerir, é mais fácil de ser 
absorvido. Alimentação não digerida no intestino 
aumenta fermentação, pode causar diarreia e por 
consequência desidratação da fêmea. 
 
 
CARACTERÍSTICA NO INÍCIO E FINAL DA 
GESTAÇÃO 
 
Vulva e vagina: P4 alto causa aspecto seco e 
pálido. No final, com E2 alto o aspecto é 
edemaciado e relaxado. 
Cérvix: no início P4 alta fecha a cérvix e cria 
tampão mucoso (muco denso). No final, E2 causa 
relaxamento e rompimento do tampão, 
secretando muco. 
Útero: passa por fase de mitose e crescimento 
através da proliferação de células uterinas (todos 
os tipos). Ocorre dilatação, P4 causa relaxamento 
para permitir o crescimento do feto. 
Ovário: ocorre diminuição da atividade folicular, 
entra em anestro gestacional. P4 que mantém 
esse mecanismo. A P4 inicial é formada pelo CL, 
que para se manter se transforma em CL 
gravídico/gestacional. 
Ligamento pélvico e sínfise púbica: na hora do 
parto devem estar relaxados, através da ação da 
relaxina. 
*Na mucometra/hidrometra/piometra ocorre 
dilatação do útero, sem passar por fase de 
proliferação celular. 
 
 
PARTO NORMAL 
O que é? Expulsão do feto e anexos fetais 
(placenta). 
O que é necessário? Contração e dilatação. Para 
isso deve ter alterações neuroendócrinas, para 
diminuir a progesterona. Ocorre alterações 
bioquímicas, biofísicas e de fisiologia muscular. 
Quem desencadeia o parto? O feto, através do 
cortisol fetal, que é produzido através do estresse 
fetal*. 
 
*O que causa esse estresse? Falta de oxigênio, 
espaço limitado, falta de glicose (próximo ao 
parto mãe não consegue ter aporte suficiente 
para o feto). O fator estressor já está presente no 
final da gestação, mas só é ativado após 
maturação hipotalâmica. 
Essa maturação é importante porque assim, ao 
nascer, neonato consegue identificar falta de 
oxigênio, hipotermia e hipoglicemia através dos 
reflexos neurais. 
Se esse feto não tivesse essa maturação poderia 
nascer prematuro e teria morte neonatal devido à 
falta desses reflexos. 
 
 
MECANISMO FETAL 
Cortisol só é produzido quando hipotálamo está 
maturo. Hipotálamo produz hormônio liberador 
das corticotrofinas (CRH), que na adeno-hipófise 
libera as corticotrofinas, que vai até adrenal fetal 
liberando o cortisol. 
 
Cortisol atua na placenta, transformando P4 em 
E2, através de enzimas. O E2 causa quebra do 
bloqueio do miométrio, aumentando receptores 
de ocitocina (sensibiliza o útero), aumenta 
contrações miometriais, aumentando a pressão 
do feto contra a cérvix, estimula reflexo 
neuroendócrino (reflexo de Ferguson), liberando 
ocitocina. 
 
@yasmincampos_vet 
 
 
 
 
Simultaneamente E2 causa relaxamento da cérvix 
e liberação do tampão mucoso. Porém não são 
todas as espécies que têm produção de E2 pela 
placenta (cadelas). Nessas espécies, o cortisol 
fetal consegue induzir produção de PGF, que 
causa luteólise e diminuição da P4. 
 
QUESTÃO DE PROVA: a última coisa antes do 
parto é a contração? Não, contrações ocorrem 
antes da ocitocina. Última coisa é o 
aumento/liberação da ocitocina. 
 
ORIGEM DA P4 
Placentária: ovelha, égua e gata (prof não 
considera gata porque não tem estudos, mas está 
no livro). 
Luteal: vaca (até os 200 dias, depois é 
placentária), cabra, porca e cadela. 
 
QUESTÃO DE PROVA: na porca o E2 causa 
luteólise? Não, na porca o E2 é produzido pelos 
fetos para sinalizar a gestação. Produção de PGF 
não é induzida pelo E2. A PGF é liberada 
exocrinamente para o endométrio. 
E a cadela, placenta produz P4? Não, não tem 
conversão de E2. Tem PGF, mas não tem 
aumento de E2, mecanismo é direto, pela 
liberação de cortisol. 
 
VIA FETAL 
Estruturas que formam o canal de passagem do 
feto: 
• Via fetal dura (ossos da pelve) 
• Cérvix 
• Vagina cranial e vestibular 
• Vulva 
• Ligamentos sacroisquiáticos 
 
Formato X Distocia: 
Formato dos ossos da pelve influenciam 
diretamente nos casos de distocia. 
• Éguas: redonda, curta e plana o que 
favorece a saída o feto 
• Vacas: comprida, ovalada e côncava tem 
mais chances de causar distocia) 
*Na égua cérvix é de mais fácil manipulação, pode 
até ser dilatado com as mãos caso necessite de 
ajuda na hora do parto. 
*Pontos críticos na vaca: cérvix, anel himenal e a 
vulva. 
 
FASES DO PARTO 
1 - Fase prodrômica (pródromos): fase de 
aumento da prolactina e diminuição da P4. 
Fase de alterações de comportamento - 
isolamento, inapetência/anorexia (deixa comida a 
vontade, mas não pode forçar), 
inquietação/agitação, ansiedade. 
 
ÉGUAS 
• Comportamento de andar, andar em 
círculos, patear, deitar e levantar, rolar 
(pode confundir com cólica) 
*Égua ao rolar pode causar torção uterina no final 
da gestação. 
*Vacas ao levantar e deitar pode causar também 
torção uterina e pode acontecer a qualquer 
momento da gestação devido a forma de se 
levantar - dobrando as patas, podendo causar 
choque com o rúmen e torção. 
 
 
@yasmincampos_vet 
 
 
CADELAS 
• Comportamento de construção do ninho 
(comportamento materno induzido pela 
prolactina, após a queda da 
progesterona) 
• Ocorre queda de temperatura de cerca 
de 1ºC de temperatura 24 horas antes do 
parto 
• US – sinal de maturação fetal é quando 
tem dilatação gástrica fetal e peristaltismo 
(próximo aos 55 dias) 
• Após 30 dias do diestro ela depende da 
prolactina para manter a função luteal (é 
luteotrófica), cadela pode apresentar 
secreção láctea* 
*Secreção láctea em cadelas não indica 
proximidade ao parto, pois pode estar em diestro 
com aumento de prolactina gestante ou não e 
pode também estar em pseudociese. 
 
GATAS 
• Queda de temperatura 12 horas antes do 
parto, é menos evidente 
• Vocalização, andar em círculos, olhar para 
posterior 
• Presença de corrimento 
 
PORCAS 
• Apresenta comportamento de construção 
do ninho (comportamento materno 
induzido pela prolactina, após a queda da 
progesterona) 
• Mantém temperatura alta durante a 
lactação 
• Não confundircom condições 
patológicas 
 
2 - Fase dilatação ou insinuação: aumento do E2 
através da placenta. 
• Início das contrações uterinas pelo E2 
• Término: ruptura da membrana fetal 
• Útero começa a ganhar tônus e 
impulsiona feto contra a cérvix 
• Vaca pode durar até 16h 
• Égua pode durar até 2h 
• Humanas pode durar dias 
 
3 – Fase de expulsão: 
• Início: ruptura das membranas fetais 
• Término: expulsão do(s) feto(s) 
• Na vaca expulsão demora de 1-3 h e 
placenta 30 min - 8h* 
• Égua demora 30 min para expulsão e 
placenta 15 min – 2h* 
*A partir de 12h na vaca já é considerado retenção 
de placenta. 
*Égua em 3h já é considerado retenção de 
placenta e pode iniciar processo de 
endometrite/laminite. Como placenta da égua 
solta mais rápido, é raro a retenção de placenta. 
Porém, se o feto demorar mais que os 30min, 
placenta irá se soltar e feto pode sofrer hipóxia e 
morte fetal. 
 
Reflexo de Ferguson: 
Ocorre quando o feto começa a se insinuar na 
cérvix. A cérvix tem neurônios, que são ativados 
com a dilatação cervical, realizando 
comunicação com o centro hipotalâmico, que 
libera ocitocina na neurohipófise. É um reflexo 
neuroendócrino. Ao chegar no útero gera 
contrações, filhote é pressionado contra cérvix, 
chegando à vagina. 
Na vagina ocorre um segundo reflexo, de 
esvaziamento, onde é estimulado o nervo 
pudendo e ocorre contração abdominal. 
 
 
CADELAS 
• Fetos podem nascer com ou sem ruptura 
das membranas* 
• Mãe come a placenta, comum vômito 
• Intervalo de 15’- 3h entre cada filhote 
• Até 40% dos fetos nascem em posição 
posterior, em bovinos e equinos a posição 
@yasmincampos_vet 
 
 
é anterior, para diminuir distocia no parto
 
*Membrana amniótica fica em contato com feto e 
não rompe, a cório-alontoide tem que romper 
para o nascimento. 
Bovinos e equinos por serem fetos maiores 
nascem sem a placenta. 
Em cães, se mãe não romper a membrana, é 
necessário romper manualmente assim que o feto 
nasce, para liberar vias respiratórias. 
*Animais ansiosos tendem a canibalizar, comer os 
filhotes devido ao estresse. 
 
GATAS 
• Âmnio pode não romper 
• Gata pode se preocupar mais com a 
própria higienização, do que com o 
rompimento da placenta, assessorar 
caso necessário 
 
NASCIMENTO 
Quais alterações ocorrem com o feto? Agora 
animal necessita amamentação, respiração e 
termorregulação. 
 
Respiração: 
• Segundos após o nascimento 
• Surfactante: diminui tensão de 
superfície, evita o colabamento dos 
alvéolos, é produzido pelos pneumócitos 
tipo 2 
• Cortisol: estimula produção do 
surfactante pelos pneumócitos 
• Epinefrina: estimula liberação do 
surfactante dentro dos alvéolos 
*Quanto menor a tensão de superfície mais fácil a 
entrada de ar. 
Experimento com balão: balão cheio e outro 
pouco cheio, ao abrir a pressão entre os dois 
balões, o balão com mais ar é totalmente 
preenchido e o outro é murcho. 
Experimento com água: tensão de superfície na 
água é maior do que em álcool. Sabão é 
tensoativo, diminui a superfície de tensão na 
água, é um surfactante natural. 
Termorregulação: 
• Gordura marrom: gordura rica em 
mitocôndrias*, são diferentes*, pois tem 
proteínas que permitem a troca de 
gordura transformando em calor 
• Glicose (glicogênio hepático, músculo 
cardíaco): reserva vem da mãe, que 
deveria ter entrado em resistência à 
insulina na gestação 
• Armazenamento de glicose depende de 
cortisol e insulina 
*Gordura branca: gordura que guarda colesterol 
e triglicérides – reserva energética. 
*Células mitocondriais consomem oxigênio e 
transformam em água. 
 
PUERPÉRIO 
Divido em 2 fases: 
1 – Delivramento, liberação das secundinas: 
Perda da pressão, alterações hemodinâmicas. 
*Experimento das luvas de procedimento: colocar 
os dedos das duas luvas uns sobre os outro e 
encher os dois lados. Ao soltar o ar e tentar 
remover um dos lados se solta facilmente e leva 
parte de dentro do outro lado. 
2 - Involução uterina: 
Enzimas proteolíticas (degradam proteínas) 
estão guardadas em lisossomos, que é 
estabilizado pela P4. 
P4 na hora do parto cai, tirando estabilidade dos 
lisossomos, causando autofagia. Esse 
mecanismo libera lóquios. 
*Lóquios: líquido de tecido excedente que 
cresceu durante a gestação e precisa ser expelido 
para útero voltar a ser como era antes. Composto 
por excesso de sangue, fragmentos deciduais, 
bactérias, exsudatos e transudatos vaginais. 
No fim pode ter aspecto purulento devido a 
presença de bactérias e neutrófilos. Contração 
uterina auxilia na expulsão dele. 
 
VACAS 
• Um dos puerpérios mais longos – de até 
120 dias 
• Em 5 dias cessa contração uterina 
@yasmincampos_vet 
 
 
• Involução até 40 dias 
• Vacas que amamentam* tem período de 
involução mais curto 
• Presença de lóquios sanguinolento 
(restos celulares) 
• Retorno atividade ovariana demora de 30-
72 dias (vacas de leite) e 46-104 (vacas de 
corte)* 
• Pode ser induzido ciclicidade com 
protocolo de estrógeno 
*Vaca de leite: amamentação (presença do 
filhote) estimula ocitocina, que causa contrações 
e estimula involução uterina. Presença do filhote 
causa anestro lactacional. 
*Vaca de corte: demora muito para ter involução 
devido ao manejo, menos amamentação, porém 
tem a vantagem de não entrar em anestro (15 dias 
está ciclando novamente). 
 
ÉGUAS 
• Um dos puerpérios mais curtos 
• Involução de 10-14 dias* 
• Lóquios claros e escassos primeira 
semana 
• Até 30 dias 
• Retorno atividade ovariana 6-14 dias 
*Potro pode amamentar 80-100x por dia. Não 
causa mastite porque égua tem esvaziamento 
maior do que outras espécies, bactérias não 
conseguem se manter nas glândulas. 
*Cio do potro: égua não tem bloqueio da 
ciclicidade pela presença do filhote, logo após o 
parto pode ter o cio do potro de 6-14 dias. 
Égua é poliéstrica e sazonal, ou seja, só tem cio 
em primavera ou verão. Se gestação é em 11 
meses, égua emprenha no verão e tem parto no 
verão. Não tem muito tempo para emprenhar de 
novo, porque senão sai da estação. 
*Égua não tem anestro lactacional: no início da 
lactação embrião é pequeno, não exige muita 
energia materna. Por isso, égua consegue 
simultaneamente ter lactação e desenvolvimento 
de uma nova gestação. 
 
PORCAS 
• Placenta sai junto com o filhote ou logo 
após cada filhote ou até 4 horas após o 
parto* 
• Cios anovulatórios de 3-5 dias após parto 
• Sem amamentação 2 semanas 
• Amamentando inibido 
• Cio 3-5 dias pós desmame 
*Se placenta não sair em até 4 horas é 
perigoso pois pode causar metrite. 
*Porca é muito sensível ao anestro lactacional, 
não cicla enquanto está amamentando. 
Desvantagem: não é possível realizar IATF em 
porcas, pois é muito resistente a PGF e 
demora 14 dias para fazer efeito. Para 
sincronizar cio das porcas deve-se retirar as 
porcas todas juntas da amamentação. 
*Problema do desmame precoce: filhote é 
pequeno, pode ter diarreia e causar 
natimortalidade. Por isso normalmente o 
desmame é feito em torno de 28 dias. 
 
CADELAS 
• Puerpério longo 
• 12 semanas para involução uterina 
• Lóquios esverdeados devido a 
uteroverdina, decorrente da oxidação do 
ferro da placenta nos hematomas 
marginais (questão de prova – aula 
anterior) 
• Até 5 semanas 
*Puerpério é longo porque cadela é monoéstrica, 
tem longo anestro e não tem necessidade de 
voltar a ciclar rápido. 
 
GATAS 
• Lóquios claros, acastanhados e não dura 
muito 
• Não acreditar no anestro lactacional da 
gata, pode ficar gestante durante a 
gestação 
• Involução uterina tem período curto

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