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ANATOMIA DOS ORGÃOS VEGETATIVOS Maiara de Souza Nunes Ávila maynunes@yahoo.com.br Universidade Federal do Amazonas ICET-Itacoatiara Curso Agronomia ITA-048 ANATOMIA E MORFOLOGIA VEGETAL ESTRUTURA GERAL RAIZ RAIZ: MERISTEMA APICAL DA RAIZ coifa ou de absorção MERISTEMA APICAL E REGIÕES DERIVADAS DA RAIZ 3 fileiras de iniciais Allium cepa ❖ Há certa inatividade das células iniciais, ❖ Há atividade mitótica a uma pequena distancia destas células. ❖ O promeristema é constituído por um corpo de células iniciais centrais quiescentes e pelas camadas celulares periféricas que se dividem ativamente. RAIZ: ESTRUTURA PRIMÁRIA CORTE TRANSVERSAL • Uniestratificada • Pelos radiculares • Fina cutícula • Velame das orquídeas EPIDERME VL EX CT CÓRTEX • Células Parenquimáticas • Ausência de cloroplastos • Contém amido CÓRTEX • EXODERME • ESTRIAS DE CASPARY • ENDODERME • SUBERINA • TRANSPORTE APOPLASTO E SIMPLASTO. CÓRTEX • ‘fitas’ • Localização: parede primária • Constituição: • Membrana fica aderida à estria. • Diminuem o refluxo de íons Estrias de caspary LIGNINA SUBERINA Alifática (acíclica) Aromática (cíclica) CELULOSE PROTEÍNAS • ESPESSAMENTO EM “U” • ESPESSAMENTO EM “O” • CÉLULAS DE PASSAGEM CÓRTEX • PERICICLO CILINDRO VASCULAR • PROTOXILEMA • XILEMA PRIMÁRIO EXARCO: projeções /arcos do protoxilema em posição externa ao metaxilema CILINDRO VASCULAR Fase inicial de maturação Fase final de maturação Classificação com relação ao número de pólos de protoxilema : • RAÍZES DIARCAS; • RAÍZES TRIARCAS; • RAÍZES TETRARCAS; • RAÍZES POLIARCAS; CILINDRO VASCULAR: PROTOXILEMA Raiz pentarca de mandioca Raízes poliarcas • Raízes que se originam em partes aéreas das plantas, em caules subterrâneos e em regiões mais ou menos velhas das raízes. • ZONA DE RAMIFICAÇÃO. • ORIGEM ENDÓGENA: PERICICLO. • ESTRUTURA INTERNA SEMELHANTE A DA RAIZ PRINCIPAL. RAÍZES LATERAIS Conexão vascular Atuação de enzimas ou afastamento de células • GIMNOSPERMAS E EUDICOTILEDÔNEAS; • CÂMBIO VASCULAR; • FELOGÊNIO. ESTRUTURA SECUNDÁRIA DA RAIZ • Meristema lateral • Xilema secundário para a face interna • Floema secundário em sentido externo CÂMBIO VASCULAR câmbio Passagem da EP para a ES Eliminação da epiderme e parte do córtex raios • ORIGEM: PROCÂMBIO E PERICICLO CÂMBIO NA RAIZ • Célula meristemática de origem secundária. • A instalação e atividade do felogênio varia conforme o orgão e a espécie. • Dá origem ao felema ou súber para o lado externo e a feloderme para o lado interno. FELOGÊNIO Marcgravia polyantha Delp. Seção transversal de raiz adventícia em estrutura primária. Instalação do felogênio (fg) ao nível da exoderme (células em início de divisão) e na primeira camada de células corticais Marcgravia polyantha. Seção transversal de raiz adventícia em estrutura secundária. Periderme (pe) apresentando: feloderme (fd) em 1 camada, felogênio (fg) e felema (fe), com células tabulares (achatadas radialmente), intercaladas por esclereídes (esc.); epiderme (ep) ainda presente (COSTA, 1989). Variações na atividade do câmbio • RAÍZES TUBEROSAS – proliferação de parênquima nos tecidos vasculares secundários.Ex: cenoura VARIAÇÕES NO CRESCIMENTO SECUNDÁRIO • CÂMBIOS ADICIONAIS- desenvolvem-se ao redor de elementos de vasos no xilema secundário. Produzem poucos elementos traqueais e elementos crivados e dão origem ao parênquima de reserva em ambas as direções. Raiz de batata-doce • Não associado ao cambio original, produzem camadas de crescimento que correspondem a xilema repleto de parênquima, para dentro, e a floema, para fora. • É formado em camadas concêntricas – camadas de crescimento CÂMBIOS ACESSÓRIOS • ORIGEM ENDÓGENA; • SUSTENTAÇÃO; • PROPAGAÇÃO VEGETATIVA; RAÍZES ADVENTÍCIAS Caule em estrutura primária Primórdio de raiz adventícia a partir do periciclo proliferado Primórdio atravessando o córtex • GEMAS RADICULARES • Origem endógena: gemas adicionais • Origem exógena: gemas reparativas. Resposta a injúrias, ... RAÍZES GEMINÍFERAS Corte transversal da raiz de Machaerium stipitatum. Observa- se o desenvolvimento de duas gemas a partir da proliferação parenquimática resultante das divisões de células derivadas do periciclo, dos raios parenquimáticos e do câmbio. Fonte: adaptado de HAYASHI et al., 2000. Obrigada pela atenção! • FORMAÇÃO ANATOMIA INTERNA DO CAULE REGIÕES INTERNAS DO CAULE EP CÓRTEX CILINDRO VASCULAR MEDULA REGIÕES EXTERNAS DO CAULE • SISTEMA DE REVESTIMENTO • Origem protoderme • Uniestratificada • Cutícula • Pode apresentar estômatos e tricomas ESTRUTURA PRIMÁRIA DO CAULE • ORIGEM: MERISTEMA FUNDAMENTAL • EXODERME • COLÊNQUIMA • ESCLERÊNQUIMA • CÉLULAS SECRETORAS CÓRTEX • Organização compacta • Aerênquima em plantas aquáticas CÓRTEX • Caules especializados: colmos, bulbos e rizomas. Acumulam grãos de amido CÓRTEX • Podem apresentar estrias de caspary – BAINHA AMILÍFERA CÓRTEX Corte transversal do caule de Ricinus communis em estrutura primária mostrando bainha amilífera (seta). • PERICICLO • Parenquimático • Células com alta capacidade de divisão celular. • Origina o câmbio interfascicular. • Origina as raízes adventícias. CILINDRO VASCULAR Corte transversal do caule de Aristolochia sp. em estrutura primária. O periciclo pluriestratificado é formado por células esclerificadas (CE) • Origem procâmbio • EUDICOTILEDÔNEAS: organizado na forma de cilindro oco ou anel de feixes concêntricos. SISTEMA VASCULAR PRIMÁRIO • MONOCOTILEDÔNEAS • Aparentemente dispersos no parênquima SISTEMA VASCULAR FEIXES VASCULARES Curcubita Monocotiledôneas, raros em eudi • Protoxilema do caule forma-se na porção interna dos feixes vasculares próximo à medula - endarco FEIXES VASCULARES METAXILEMA • FEIXES VASCULARES INDEPENDENTES • RAMIFICAÇÕES DOS FEIXES: TRAÇOS FOLIARES E TRAÇOS DE GEMAS LATERAIS. FEIXES VASCULARES • Células parenquimáticas MEDULA • MERISTEMAS DE ESPESSAMENTO • LOCALIZADO NO PERICICLO • CÉLULAS PARENQUIMÁTICAS PARA O EXTERIOR E PARÊNQUIMA E FEIXES VASCULARES PARA O INTERIOR. CRESCIMENTO EM ESPESSURA DAS MONOCOTILEDÔNEAS • CÂMBIO VASCULAR CRESCIMENTO SECUNDÁRIO DO CAULE Detalhe do cilindro vascular do caule de Ricinus communis em corte transversal mostrando a região cambial em diferentes estádios de desenvolvimento. A. Diferenciação do câmbio. B. Atividade inicial. Seta branca = câmbio fascicular; seta preta = câmbio interfascicular; PX = protoxilema; MX = metaxilema • ORIGEM: PROCÂMBIO entre o xilema e o floema primários, e NO PERICICLO (câmbio interfascicular). • Divisões periclinais: xilema secundário para o interior e floema secundário para a periferia, • Divisões anticlinais: câmbio contribui para o crescimento em espessura. CRESCIMENTO SECUNDÁRIO DO CAULE 1. ENTRENÓS: feixes vasculares primários são separados por faixas estreitas de parênquima, os tecidos vasculares secundários apresentam-se como um cilindro contínuo, com raios parenquimáticos pouco desenvolvidos; 2. Feixes vasculares primários são separados por largas faixas de parênquima, os tecidos vasculares secundários aparecem como um cilindro contínuo, com raios parenquimáticos estreitos, ou como feixes separados por largos raios parenquimáticos. 3. a porção interfascicular do câmbio origina apenas raios parenquimáticos. PADRÕES DE CRESCIMENTO SECUNDÁRIO DO CAULE FELOGÊNIO Corte transversal do caule de Sambucus sp. em estrutura secundária. FS = floema secundário; MX = metaxilema; PE = periderme; PX = protoxilema; XP = xilema primário; XS = xilema secundário; e a seta indica fibras do floema primário. Meristema de origem secundária • Arranjo compacto de célulasde formato variado. • Tecido de proteção do orgão. • Desprovidas de conteúdo visível • Podem acumular substâncias como resina ou compostos fenólicos. SÚBER/ cortiça/ felema Dimorphandra mollis • Uma ou três, quatro camadas de células. • Células parenquimáticas ativas alinhadas com células do felogênio. • Funções: secretoras ou esclereídes FELODERME • Extensões caracterizadas por espaços intercelulares e compostas por células do felogênio e feloderme da lenticela. • Aeração dos tecidos internos de raízes aéreas, caules e frutos. LENTICELAS Sabugueiro (Sambucus sp.). Seção transversal caulinar com lenticela. A – Início de desenvolvimento, observando-se felogênio da lenticela (seta). B – Detalhe do início de desenvolvimento da lenticela, destacando-se felogênio da lenticela. Barra = 66 µm. C – Lenticela apresentando tecido de enchimento (estrela) e feloderme da lenticela (cabeça de seta). • Constitui-se de todos os tecidos externos ao câmbio vascular: floema secundário (quando já formado), floema primário, córtex e periderme (quando já formada). • Casca externa: todos os tecidos externos ao felogênio mais interno (tecidos mortos) • Casca interna: tecidos localizados internamente ao felogênio mais interno, alcançando o câmbio vascular (tecido vivo) CASCA • Resultado evolutivo: teria acontecido um achatamento dos ramos caulinares terminais, que resultou na expansão do limbo da folha (Gifford e Foster, 1989). • Identidade e continuidade com o caule. • Especializou-se na realização da fotossíntese. FOLHAS São constituídas basicamente de: • Limbo - laminar e verde, comumente muito delgado; • Pecíolo - espécie de pedicelo, inserido na base do limbo; • Bainha - situada na parte inferior do pecíolo. FOLHAS: morfologia FOLHAS: morfologia FOLHAS ANATOMIA INTERNA ESTÔMATOS FOLHAS ANATOMIA INTERNA E EXTERNA FOLHAS: diferenças entre mono e dicotiledôneas • Caracteres mesofíticos – folhas dorsiventrais, estômatos apenas na superfície abaxial. FOLHAS E O MEIO-AMBIENTE Plantas mesófitas – plantas terrestres, requerem disponibilidade de água e atmosfera úmida e solos bem drenados. • Caracteres hidrofíticos : • Redução dos tecidos de sustentação e vasculares, principalmente o xilema, • Presença de grandes espaços intercelulares. • A absorção é feita via epiderme (parede e cutículas delgadas). • Presença de hidropótios. • Mesófilo reduzido e sem diferenciações. • Estômatos podem estar ausentes ou somente na superfície adaxial. • O floema pode ser muito abundante. Outras: plantas anfíbias FOLHAS: adaptações Caracteres xerofíticos : • Folhas pequenas e compactas (razão volume/superfície externa), • Redução no tamanho das células; • Aumento no espessamento das paredes celulares, e da cutícula; • Maior densidade do sistema vascular e dos estômatos • Parênquima palicádico em quantidade maior que o esponjoso, ou presença apenas do palicádico. • Alguns apresentam folhas suculentas, com tecido armazenador de água (parênquima aquífero); em outras espécies encontra-se uma hipoderme. • Folhas espessas e coriáceas, com uma cutícula bem desenvolvida e grande quantidade de tricomas. • Folha é, muitas vezes, cilíndrica ou tem a capacidade de se enrolar. Esta característica, em geral, mantém os estômatos protegidos; • Possui estômatos nas duas superfícies. • Presença de tricomas tectores (e glandulares), que têm importante papel na entrada de água através das folhas, pois apresentam traqueídes no seu interior. FOLHAS: adaptações
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