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Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 1 Complexo Educacional Campos Salles ESPECIALIZAÇÃO DAS PRÁTICAS MUSICAIS E SISTEMAS DE COMPOSIÇÃO Módulo 2 Legislação, História e Pedagogia Musical Objetivos específicos Vamos fazer um panorama da legislação dentro da educação musical, passar por uma breve histó- ria da educação musical no Brasil e finalmente, os pensadores e pedagogos da música no séulo XX e sua influência na educação musical do nosso país. Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes Complexo Educacional Campos Salles Temas abordados nesse módulo INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................................. 3 1. REFLEXÕES SOBRE A LEI NO 11.769/2008 ................................................................................................... 3 2. O ENSINO DE MÚSICA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS ................................................................................. 6 3. EDUCADORES MUSICAIS DO SÉCULO XX ..................................................................................................... 9 3. 1 Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), Suíça ........................................................................................... 9 3. 2 Carl Orff (1895-1982), Alemanha ..............................................................................................................10 3. 3 Shinichi Suzuki (1898-1998), Japão ..........................................................................................................11 3. 4 Émile Jaques-Dalcroze (1865-1950), Suíça ..........................................................................................12 3. 5 Edgard Willems (1890-1978), Suíça .........................................................................................................13 3. 6 Heitor Villa-Lobos – Brasil ..........................................................................................................................14 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................15 MAPA MENTAL DESSE MÓDULO ...............................................................................................................................16 REFERÊNCIAS................................................................................................................................................................16 Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 3 Complexo Educacional Campos Salles INTRODUÇÃO No módulo anterior foi discutida a importância da música na educação e vimos que atualmen- te, existem várias publicações, artigos, livros e uma infinidade de teorias sobre a importância da educação musical nas escolas. Também encontramos a música através da história desde a Grécia Antiga e como seu povo concebia a musicalidade. Outro assunto importante que foi discutido anteriormente foi a música e suas diferentes funções no cérebro da criança e como ela atua nas partes lógica, cognitiva, artística. Vimos também que o cérebro musical é mais suscetível a novidades em diversas áreas. Recordamos ainda do que se trata a educação musical e algumas aplicações em sala de aula. Neste módulo vamos entender um pouco mais sobre a Lei 11.769/2008 e o que ela trás para a aula de música nas escolas, quais as mudanças aconteceram desde então e antes dessa nova Lei. A partir desta nova legislação, vamos ver o que mudou nos cursos de música e como está o cenário musical desde a formação dos professores até a sala de aula. Por fim vamos conhecer um pouco sobre os pensadores e educadores musicais do século XX, quais as contribuições eles trouxeram para a pedagogia musical. 1. REFLEXÕES SOBRE A LEI NO 11.769/2008 Antes de 2008 tivemos diferentes modificações e padronizações e tentativas de formular uma Lei que fosse suficiente e abordasse toda educação musical. Na verdade, desde que surgiram as aulas de música no nosso país, professores, músicos e legisladores estão procurando uma forma de re- gulamentar o ensino. “Para compreender a lei 11.769/2008 é necessário contextualizar aspectos da legislação educacional brasileira no que tange à educação musical. Desde o século XIX, a música faz parte de orientações legais para a educação brasileira, com diferentes propósitos e ênfases. Durante o século XIX, documentos legais foram produzidos incluindo orientações para a aula de música na escola (BRASIL, 1854, 1890); o Canto Orfeônico, proposto e desenvolvido por Villa-Lobos, a partir da década de 1930, mantem a presença da música na escola brasileira; na década de 1960, ‘o Canto Orfeônico foi substituído pela Educação Musical’.” (Figueiredo, 2010. p. 2. Apud. BRASIL, 1998, p. 24). Podemos entender, de acordo com a pesquisa do autor, que a música veio ao longo do tempo sendo aplicada de maneiras diferentes dentro da escola. Até que depois da década de 70 as atividades musicais quase desapareceram de dentro da sala de aula. A aula de Educação Artística tomou seu lugar tendo por objetivo levar todas as formas e manifestações da arte para a sala de aula. Porém, até a década de 90 não foi bem o que aconteceu. A aula por vezes era fragmentada e a música não era ensinada como foco na educação musical. “A Lei 5.692/71, que reformou o ensino brasileiro, suprimiu a educação musical do currículo escolar e introduziu a disciplina denominada ‘educação artística’, à qual foi imputada a tarefa de dar conta dos três discursos artísticos-plástico, Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 4 Complexo Educacional Campos Salles teatral e musical. A mudança, justificada a época pela busca da integração das três dimensões da arte, revelou-se, na prática, geradora de um impasse: exige poli valência do professor da disciplina, sem ter-lhe proporcionado às condições para tal. Por conta desse descompasso, as escolas voltam-se para uma outra dimensão e, quase sempre, a música é deixada de ser trabalhada como Arte possível de ser vivenciado e experimentada para a transformação e o crescimento individual do educando.” (Uriarte, 2004. Pág. 247-248). Figura 1 – Fonte: http://www.anne-frank-gs.de/schulleben/anne-frank-tag/chor/ acessado em: 03/12/18. Durante esta época, antes da nova reforma nos currículos escolares, a formação do professor de educação artística, do magistério ou pedagogia era extremamente defasada, pois não envolvia com profundidade as três áreas de arte que seriam ensinadas em sala de aula. Concluímos então que o curso superior de educação artística feitos em quatro anos não era suficiente para formar com pro- fundidade o professor de arte capaz de trabalhar com música, teatro e artes plásticas. Atualmente as faculdades de música possuem um curso de Licenciatura Plena em Música, formando todos os anos novos professores. Sendo assim, durante muitos anos e, a música foi deixada de lado ou feita de forma não produtiva no que se refere o aprimoramento musical pedagógico dos alunos. Somente após as novas refor- mas curriculares a partir de 1996, a música começou a ingressar novamente às escolas infantis e aos poucos tomando seu lugar dentro da pedagogia musical. Mesmo assim podemos encontrar educadores que ultrapassam todos esses limites das dificuldades que conseguem montar programas ir aulas nas práticas musicais de maneira bastante satisfatória. Também devemos levar em conta a musicalidade atendente do povo brasileiro que auxilia no su- cesso dessas aulas. “Conhecer a legislação é uma forma de atuar conscientemente como profissional. Este conhecimento é essencial para que se identifiquem as necessidades de Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 5 Complexo Educacional Campos Salles mudançasem aspectos da legislação e também representa um modo de cobrar sua efetivação dentro das regras do jogo. A legislação é uma forma de apropriar-se da realidade política por meio das regras declaradas, tornadas públicas, que regem a convivência social de modo a suscitar o sentimento e a ação da cidadania. Não se apropriar das leis é, de certo modo, uma renúncia à autonomia e a um dos atos constitutivos da cidadania”. (Figueiredo, 2015 Apud. CURY, 2002, p. 11-15). Todos nós professores de música, devemos sim conhecer essa nova legislação e o que ela trás de benefícios ao nosso trabalho e para a escola. Saiba mais Você pode encontrar artigos completos sobre a Lei 11.769/2008. Nestas páginas da internet: A Obrigatoriedade do Ensino de Música na Educa- ção Básica Brasileira: Uma Análise do Processo Histórico-Político. Acesse o link em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada11/artigos/2/ artigo_simposio_2_931_carlaasm@yahoo.com.pdf Educação Musical e Legislação: Reflexões a cerca do veto à formação específica na Lei 11.769/2008. Acesse o Link em: https://www.researchgate.net/publication/261798076_Edu- cacao_musical_e_legislacao_reflexoes_acerca_do_veto_a_formacao_especifica_na_ Lei_117692008 O Processo de Aprovação da Lei 11.769/2008 e a Obrigatoriedade da Música na Educação Básica. Acesse o link em: http://www.musicaeeducacao.ufc.br/Para%20o%20site/Revistas%20e%20 peri%C3%B3dicos/Educa%C3%A7%C3%A3o%20Musical/FIGUEIREDO%20-%20Leis%20musi- ca%20na%20escola.pdf “O resultado evidente deste processo é a aprovação da lei 11.769/2008 que ‘dispõe sobre a obrigatoriedade da música na educação básica’ (BRASIL, 2008). Concretamente a lei representa um avanço para a educação musical no Brasil, já que estabelece a presença da música no currículo escolar de forma inequívoca. De certa forma, a falta de clareza do parágrafo 2º do artigo 26 da LDB foi minimizada com a nova lei, porque agora se evidencia que a música é uma das artes que devem fazer parte do currículo obrigatório das escolas. O texto da lei traz a música como conteúdo obrigatório, ‘mas não exclusivo’ (BRASIL, 2008: art. 1º), indicando que outras artes também devem fazer parte da formação escolar. Compete aos sistemas educacionais, exercendo sua autonomia, elaborar seus projetos político pedagógicos, onde as artes devem ser inseridas. No entanto, para que as artes sejam inseridas de forma significativa, é preciso que sejam revistas concepções sobre tais áreas no currículo escolar”. (Figueiredo, 2010. p.3-4) Muitos autores ainda buscam alternativas para trazer a música para suas aulas. Encontramos em Esperidião e Mrech, (2009) que “pesquisas atuais revelam que jovens e crianças chegam a construir Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 6 Complexo Educacional Campos Salles grupos indentitários, tribos urbanas, graças a gostos e escolhas musicais”. Podemos mencionar o RAP: música com motivos rítmicos repetidos, sugerindo certa compulsão obsessiva e a melodia se desvanecendo em palavras recitadas sobre essa rítmica. Esse padrão de expressão artística pode e deve ser utilizado pelo professor em sala de aula ou mesmo pelos alunos dentro da escola. 2. O ENSINO DE MÚSICA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS Para sabermos como está o ensino musical nas escolas brasileiras seria interessante voltar no tem- po e contextualizar a aula de música desde os primórdios do nosso país. Em algumas pesquisas e livros de história da Música brasileira encontramos referências de que as primeiras aulas de músicas dadas no Brasil foram feitas pelos padres jesuítas, que vieram ao novo mundo encontrar novos adeptos ao catolicismo. E por meio da música, do canto, principalmente do canto gregoriano, eles encontrara um forma de ensinar a doutrina aos indígenas. Com o passar dos tempos os jesuítas também aprenderam as manifestações musicais dos índios e adaptaram tudo ao ensino religioso. Era como se dissessem “nós ensinamos a eles nossa cultura” e vice-versa. Os nativos aprendiam novas escalas e estilos musicais com as letras das escrituras e os padres aprendiam as danças, as músicas, os estilos dos indígenas e adaptavam tudo para o cristianismo. Essa prática firmou-se durantes os primeiros séculos dos Brasil Colônia até que a música profana veio aos poucos trazendo as tendências europeias. Encontramos em Kiefer, que: “Embora a música dos Indígenas praticamente não deixar se vestígios em nossa música, constituindo até hoje um fenômeno exótico, não se pode iniciar uma história da música brasileira sem breve referências a seu respeito (...). A mais antiga dessas referências, (...) é encontradas na famosa carta (...) de Pero Vaz de Caminha (...) ‘ destino Porto Seguro, da vossa ilha de Vera Cruz (...) olhando-nos, a sentaram- se. E, depois de acabado a missa, (...) tangeram corno ou buzina e começaram a saltar e dançar um pedaço’.” (Kiefer 1923, pág. 09) Com tudo, a música com foco na religião foi predominante e imposta aos indígenas do Brasil colo- nial. Até hoje encontramos diversas destas manifestações na Folia de Reis, Na Congada e em muitas outras manifestações festivo-religiosas. Sabe-se também, pelos livros de história que os padres jesuítas tiveram a mesma prática com os escravos, trazendo mais musicalidade e ritmo pra dentro da liturgia. Isso trouxe para a música brasileira uma enorme riqueza rítmica e estilística, mesmo o autor rela- tando que não há fortes traços na música atual, encontraram elementos da música indígena, pois a junção destes estilos musicais enriqueceu nossa cultura de forma notável. Foi uma técnica que aos poucos foi tomando proporção nacional. Hoje temos em todas as regiões do nosso país mani- festações folclóricas ligadas ao cristianismo, musica colonial e etnias indígenas e afro-brasileiras. “Não há dúvida, os jesuítas foram os primeiros professores de música europeia no Brasil. É quase um lugar comum essa afirmação. Mas, ao mesmo tempo em que Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 7 Complexo Educacional Campos Salles é correta, encerra o perigo de uma visão errônea da história da nossa música, pois facilmente suscita a impressão de que o ensino musical dos Jesuítas tenha constituído uma espécie de coluna mestra do desenvolvimento musical entre nós. E não foi assim. Ação dos jesuítas no campo da música tinha uma finalidade eminentemente catequética E visava, sobretudo, os indígenas. Acontece, porém, que a consequente ‘deculturação’ Do índio foi tão radical que, praticamente, não ficará vestígio na música brasileira. Portanto, o ensino da música pelos jesuítas não pode ser considerado como coluna mestra do desenvolvimento da nossa música. Muito mais importante, nesse sentido, foi ação dos mestres de capela que viveu em Portugal o que se criaram aqui – Padres e leigos – E que teve início no primeiro governo geral na Bahia e, logo depois, em Pernambuco e outro centos. Além disto, é preciso não perder de vista que os portugueses trouxeram para cá a suas danças e seus catares”. (Kiefer 1923, pág. 11) Com a chegada da corte imperial no Brasil, por volta de 1813, as manifestações musicais receberam enorme atenção por parte de músicos, padres, compositores, etc. Houve grande necessidade de aprimorar tudo, pois a corte estava chegando com sua comitiva. Construíram novos teatros, con- trataram músicos da Europa, aperfeiçoaram o ensino da música, até um órgão completo veio de Lisboa. E logo depois tudo foi sendo esquecido e perdendo a importância. Apenas Francisco Manoel da Silva ficou representando e coordenando a vida musical no Rio de Janeiro da era colonial. Em 1816 criou-se, por decreto régio, a escola Real de ciências, artes e ofícios. Integraram o seu corpo docente os componentes da famosa missão Artística, contratada na França pelo governo. Muito influiu na Vinda desta missão ao Conselho do Conde da Barca. Na França colaborou Alexandre von Humboldt na escolhados elementos. Quanto os motivos que levaram tantos artistas de renome a abandonarem o Saulo da França, sobressai a situação calamitosa do país o desastre de Waterloo 1815; no caso de Sigismund Neukomm, no entanto, o móvel principal foi seu persistente desejo de conhecer o mundo. (...) A vinda dessa missão foi indiscutivelmente benéfica Brasil. Ao mesmo tempo, porém, criou-se um condicionamento pelas atividades ligadas ao provimento de modelos europeus ir ao recrutamento de discípulos, de que foram manifestação concreta a fundação de escolas de artes e de museus e a construção de mestres estrangeiros. Esses dois aspectos, cuja benemerência não pode ser posta em dúvida, assinalam à transplantação que, conjugada a alienação, necessariamente, já no alvorecer do século XIX, persisti como decorrência das condições objetivas então reinantes. (Kiefer 1923, pág. 47) Somente em 1854 o ensino da música passou a ser regularizado no nosso país e então surgiram as primeiras escolas de música, com os primeiros professores oficiais. Anteriormente o ensino era totalmente informal e só havia profissionalização na Europa, nos grandes conservatórios e universi- dades renomadas até o dia de hoje. Já nos tempos da República Federativa do Brasil o ensino passou a ser bastante diversificado fican- do a cargo das escolas e dos governos estaduais formatarem suas escolas. Não havia ainda um cur- rículo padrão a ser seguido nem uma referência de conteúdo programático, porém muitas escolas acabavam por adaptar-se ao estilo europeu. Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 8 Complexo Educacional Campos Salles A partir da década de Trinta foi implantado em todas as escolas do país o ensino da música. Foi criando então a Superintendência De Educação Musical e Artística (SEMA) por Heitor Villa-Lobos. As aulas eram baseadas em educação artística, civismo, disciplina e Canto Orfeônico (canto coral). Eram as famosas aulas de Orfeão. Villa-Lobos, certamente inspirou-se nos pensadores e educadores da Europa do começo do século XX. Havia nessa época o crescente movimento da arte moderna e toda essa manifestação refletiu-se no ensino, principalmente no ensino da música. Em 1942, criou-se o Conservatório Nacional de Canto Orfeônico com a finalidade de formar profes- sores. Em 1960, em São Paulo, foi criado o curso de formação de professores de música. E a Edu- cação musical ficou nas escolas até a década de 70, quando as leis de ensino musical nas escolas começaram a sofrer modificações. Tempos depois, já na década de 80, dentro das aulas de Educação Artística, a música era abordada como um item, junto com as artes plásticas, a dança, o teatro e outras manifestações de arte. Isso também fez com que as universidades tivessem que adequar seus conteúdos programáticos e os cursos de Arte. Consequentemente, as aulas de música foram sendo substituídas nas escolas pela nova disciplina e o conteúdo musical foi deteriorando-se ou misturando-se aos outros teores das aulas. Na década de 90 houve nova modificação na Lei, que tornou o ensino musical nas escolas outra vez vigente, porém com enormes elementos a serem analisados e regularizados. Em 2008 quando a nova lei foi sancionada, com todas as especificações e ajustes, as escolas de ensino infantil e mé- dio passaram a ter novamente a disciplina de música. Houve, então, um enorme movimento entre músicos, educadores, universidades para atender a nova demanda. Diversas universidades reorgani- zaram ou criaram cursos de Licenciatura em Música. Outros foram reformulados a fim de atender as exigências do MEC, e a cada ano, novos professores de música ingressam no mercado. “Sendo assim, faz-se necessário o envolvimento do professor para que o trabalho com a música não fique apenas em ‘levar músicas e cantar para/com os colegas’. O objetivo nesse caso deve ser bem específico para que a educação musical realmente aconteça, e neste sentido a história, a didática, os conteúdos específicos, a teoria musical, entre outros pontos, possam ser aprofundados. Mas para isso não basta apenas a boa vontade e o gostar de música do professor. É preciso um ‘mínimo’ de conhecimento na área.” (Costa, 2015. p.17) A autora ainda discorre que o professor deve estar capacitado para exercer a sua função. Acredito que pelo menos a formação musical superior ele deva possuir. Assim as atividades podem ser com- preendidas pelos alunos e praticadas em grupo. Recentemente, em 2018, no congresso internacional da Bett Educar, houve diversas discussões sobre o planejamento e padronização dos currículos escolares, incluindo as disciplinas de arte. Governo e escolas terão até 2022 para adaptar os conteúdos e currículos. A aula de música na verdade não deverá ficar somente musical. As escolas deverão adaptar-se para ministrar aula de Arte e nela con- ter: Música, Teatro, Artes Plásticas, Dança. Cada colégio pode adotar um critério para essas aulas. Foi questionado por diversos professores e coordenadores se haveria a necessidade de contratar to- Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 9 Complexo Educacional Campos Salles dos os professores cada um de sua área. O ideal seria um professor para cada matéria, porém sabe- mos que na realidade do nosso país nem sempre podemos conta com essa situação. Fica a critério do Coordenador pedagógico examinar a viabilidade e a disponibilidade de sua escola e colocar em prática as aulas. Porém até 2022 tudo deve estar adequado. Figura 2 – Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Music_class_usa.jpg acessado em 23/11/18. 3. EDUCADORES MUSICAIS DO SÉCULO XX Conforme encontramos em outros textos e outros módulos, a música está inserida na filosofia e na história humana. Durante o século XIX e XX muitos filósofos, pedagogos e musicólogos pensaram em diversas formar de como a música, a educação musical podem ser aplicadas como práticas de ensino e como os alunos podem tirar proveito destas teorias. A seguir vamos encontrar alguns dos principais pensadores da música e entender um pouco sua obra. 3. 1 Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), Suíça Foi primeiro a oferecer um plano para pedagogia da Educação Musical, foi desbravador no uso das filosofias psicológicas e do desenvolvimento cognitivo para forjar o currículo escolar. Pois em suas obras iniciais ele trouxe o conceito moderno de infância. Da sua obra podemos citar aqui Emilio ou Da Educação que foram as grandes fontes que inspiraram os pensadores seguintes. Nesta abordagem, ele nos mostra a ideia da teoria sensitiva que influen- ciou os processos educativo-musicais, ainda nos aspecto da filosofia da educação musical, além disso, é importante ser estudado pelos desafios que apresenta nos dias de hoje. “A invenção do conceito moderno de infância representou um rompimento paradigmático no que diz respeito à maneira como se pensava a educação em geral. Tal rompimento permitiu à modernidade repensar o tratamento oferecido às práticas educativas e fundamentações teóricas que conferiam base aos processos pedagógicos. Também a educação musical sofreu influência desse processo. Foi Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 10 Complexo Educacional Campos Salles nesse contexto que surgiu a necessidade de se tratar a criança em seu mundo respeitando-a em suas condições, o que reivindicava, por outro lado, o abandono da pedagogia escolásticotradicional-racionalista na qual a criança era tratada como um adulto em miniatura, e os processos pedagógicos guiados por perspectivas puramente racionalista-inatistas. Guiada por princípios escolástico-racionalistas, a educação orientava-se por processos pedagógicos baseados numa educação pela razão, na qual prevalecia a instrução pelos conceitos, os quais, necessariamente, seriam apresentados pela autoridade (mestre, professor, tutor) detentora do conhecimento”. (Rojbac, 2011) Um dos pensadores que Rousseaus influencioufoi Zoltán Kodály (1882-1967), húngaro. Foi idealiza- dor de uma proposta pedagógico-musical que atingia a todas as pessoas. As atividades relevantes de sua teoria eram a prática vocal em grupo, o treinamento auditivo, ou seja, a percepção auditiva, e o solfejo, que é caracterizado pela leitura das notas em suas alturas definidas. Uma das ferramentas usada por ele era a música folclórica que foi integrada à metodologia. Kodaly também era adepto da experiência musical, da criatividade, dos movimentos corporais, do desenvolvimento intelectual e emocional, tudo isso antes da aplicação da teoria musical. Pois é sabido pela psicologia que as crianças quando aprendem pela corporeidade, pela imitação e pela mente, o cérebro faz novas conexões mais fortes e ao entrarem em contato com a teoria o reforço neuronal é mais eficiente, proveitoso e a criança não esquece a nova lição. Nos estudos de Dauphin (2015) encontramos referencias a Kodaly como um homem de ação, cons- cientizador e criterioso na estruturação do ensino musical. Ele aponta progressivamente aos cami- nhos e meios que levam ao desenvolvimento da linguagem musical. Em seus diversos livros criou centenas de exercícios desde os mais simples aos mais sofisticados para que todos pudessem, gra- dativamente, alcançar a musicalidade. Atenção Rousseaus não era música de formação, porém influenciou diversos mú- sicos e outros filósofos da música. Vale procurar mais informações sobre cada um deles. Você pode encontrar mais informações nesse site: http:// abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/523 3. 2 Carl Orff (1895-1982), Alemanha Ele é responsável pela criação de uma pedagogia musical que combina a dança e a música como foco principal. Trabalha também com os ritmos da fala e do corpo, atividades vocais e instrumen- tais em grupo. Outro foco de sua didática é a improvisação musical, pois ele acreditava que a expe- riência de tocar e improvisar em grupo faz com que as crianças entrem em contato com a criação e fazer musical. Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 11 Complexo Educacional Campos Salles Orff criou um sistema de instrumentos musicais para sua pedagogia. São as flautas-doce, que para a iniciação musical é excelente ferramenta, também temos os instrumentos de afinação definida e indefinida. Aqui encontramos uma série de deles da família dos Xilofones e Metalofones que são feitos por teclados de madeira ou metal com as notas definidas nas escalas musicais. Esse tipo de abordagem serve para ensinar as notas musicais e as alturas para as crianças. Esses instrumentos são feitos com as teclas encaixadas numa caixa acústica e as crianças podem inverter, mudar as posições e criar novas possibilidades e arranjos nessas escalas. Ele traz o conceito de “música elementar“ que é o principal fundamento da sua pedagogia. A con- cepção de educação musical desenvolvido por ele tem como princípio a ideia de que música por ser uma forma de expressão natural deve ser encarada como uma linguagem e aprendido como tal. Esse aprendizado vem através da observação, da imitação, da improvisação, da criação musical e assim a criança passa a apropriar-se da música. Orff mostra ainda em sua pedagogia que a criança orienta-se em movimentação dos sons naturais para criar e fazer música. Como vimos anteriormente ele utiliza os movimentos, a fala e a musica para exercitar naturalmente a musicalidade das crianças. 3. 3 Shinichi Suzuki (1898-1998), Japão Suzuki baseou-se em na proposta pedagógica no método conhecido como “método da língua mãe” e toda sua metodologia esta baseada em que todas as crianças aprendem sua língua materna com amor e encorajamento dentro do seu ambiente familiar e social. Com isso ele fez um paralelo entre aprender uma linguagem e um instrumento musical. Portanto, as crianças aprendem sua língua materna pela escuta, então, podem aprender a linguagem musical da mesma forma. Usando este método o autor incentiva o aprendizado pela imitação e faz com que a criança desen- volva a habilidade de memória, com estímulo à execução de ouvido, ou seja, aprender música sem partitura, e realização musical em grupo e a participação familiar no processo de aprendizagem musical da criança. Para ele a importância da família neste processo faz com que a criança trabalhe melhor as habili- dades cognitivas, motoras e sensoriais, fortalecendo assim os vínculos sociais e familiares. O desenvolvimento do método veio através da observação de que as crianças são capazes de apren- der por meio da repetição, pois aprendem a falar repetindo as primeiras palavras. Assim criou o mé- todo a partir da imitação e repetição. As músicas escolhidas podem variar entre os instrumentos. Suzuki criar o primeiro momento para violino em seguida, foi ganhando adeptos a sua filosofia e diversos outros educadores adaptaram o método para diversos instrumentos. Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 12 Complexo Educacional Campos Salles 3. 4 Émile Jaques-Dalcroze (1865-1950), Suíça Dalcroze nos traz uma proposta de educação musical que inclui a música ao movimento corporal. Para o desenvolvimento deste ponto de vista, o autor propôs diversos caminhos metodológicos com objetivo de estimular o desenvolvimento global da pessoa no aspecto físico, intelectual e so- cial. O ritmo, o solfejo e a improvisação fazem parte destas teorias para o desenvolvimento musical de crianças, jovens e adultos. Podemos observar como tudo que o autor lançar mão dos aspectos da corporeidade para o ensino musical. Como podemos observar em Dauphin: “O método Dalcroze É afiliado à educação que se dar através dos sentidos, definida por vários filó- sofos do século XVIII, entre os quais Locke, Condillac e Rousseau. Este último chegando a sustentar, em Emílio, que a criança é atenta apenas ao que afeta seus sentidos. (Rousseau 1969). Além disso, a leitura de Emílio havia relatado a Dalcroze que, na Antiguidade, Platão ensinava as crianças apenas em situações de festas, jogos, canções, passatempos e que Sénèque considerava que as situações de ensino aos jovens romanos deveriam ocorrer quando eles estavam em pé, pois, para ele, nada se aprendia sentado. Festas, jogos, canções, movimento, dança, marcha, corrida, ritmo corporal, eram, para Jaques-Dalcroze, da mesma forma que para Kodaly, uma via natural de eclosão da música na vida. Um e outro estão convencidos que, desde a mais tenra idade, esses ‘divertimentos’ reúne em crianças, pais e comunidade nacional, da mesma forma como se ocorre com aprendizado da língua materna.” Localizamos aqui nesta passagem que este autor também busca a linguagem materna ou a situa- ções maternais as quais as crianças estão inseridas e a partir destas trajem nas parar a música. Vemos então a importância do brincar no fazer musical e como isso traz benefícios às crianças. Podemos encontrar este comportamento com as professoras de educação infantil que se faz em maternal aos pequenos. Assim a criança sente acolhimento e consegue se expressar melhor musi- calmente artisticamente. De acordo com Dalcroze todo elemento musical pode ser realizado através do corpo, ou seja, o indivíduo torna-se a própria partitura musical. A altura das notas pode ser executada através de gestos feitos no espaço, sendo a mais grave mais para baixo e a mais aguda mais para cima. Com relação à intensidade, pode ser interpretada através da dinâmica muscular por movimentos fortes ou sutis. O timbre pode ser caracterizado pela diversidade das formas corporais ou pelas posturas. A melodia pode ser executada de forma contínua e por movimentos isolados. Já o contraponto vem com a oposição dos movimentos. E por fim à formação de acordes pode ser representada pela construção gestos em grupo. Deste modo entendemos que para ele o corpo humano é a fonte de todas as ideias musicais através do movimento e da percepção. Ele partedo seguinte pensamento: devemos primeiro sentir e em seguida, demonstrar. Concluímos então que a experiência sensorial surgiu antes do pensamento concreto. Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 13 Complexo Educacional Campos Salles “O método Dalcroze está dividido em três partes: a eurritmia, o solfejo e a improvisação. Os alunos que se desenvolvem nessas três áreas tem condições de se tornarem bons músicos, o que para Dalcroze consiste em: posso ir percepção auditiva, sensibilidade nervosa, sentido rítmico (no sentido das relações existentes entre tempo espaço) ei faculdade de exteriorizar espontaneamente as sensações emotivas. Essas qualidades, segundo ele, se desenvolveram potencialmente na própria prática, provando que a música está dentro do indivíduo, sendo parte do seu organismo.” (Moreira, 2003) Assim essa metodologia traz a cada pessoa a oportunidade de autoconhecimento através das po- tencialidades da música e seus elementos. A criança passa a conhecer seus limites e pode explorar mais suas capacidades pessoais superando os próprios limites. 3. 5 Edgard Willems (1890-1978), Suíça Willems foi responsável pelo desenvolvimento de uma proposta de ensino musical para todas as crianças a partir de três anos de idade. Para ele, “a escuta é a base da musicalidade” e o estudo da audição foi um dos parâmetros fundamentais abordados em sua proposta. Sua busca também foi de encontro aos pilares da psicologia para educação musical e isso marcou sua trajetória como educador. Em suas pesquisas estabeleceu relações entre o som e a natureza humana e parte dos aspectos sensorial, assertivo, e mental. “As ideias de Edgar Willems causaram grande impacto no ambiente da educação musical a partir do início do século XX. Suas concepções sobre a música como valor humano, parte integrante e essencial da informação, mesmo daqueles que não pretendem profissionaliza-se, interessaram a todos que estavam ávidos por uma visão mais global e integradora do aluno. Tais concepções fundamentam-se no paralelismo que Willems estabeleceu entre a vida humana e a vida música”. (Parejo, 2012) Podemos então entender que para ele a educação não é somente uma preparação para a vida, ela é a própria manifestação permanente e harmoniosa da vida. Sua fala é bastante impressionante, pois contêm abrangência e profundidade, pois Willems em seu tempo teve acesso a diversas teorias filosóficas, inclusive na área psicológica, principalmente as de Piaget. Porém, Willems não se ateve somente a essas filosofias, É sabido que sua obra também se baseia na teosofia e antroposofia de Rudolph Steiner. Essa linha de pensamento declara que todo ser deve ser observado e respeitado em sua forma mais abrangente: o ser humano na forma integral contendo corpo, mente e espírito. Dentro da pesquisa musical foi quem estabeleceu as bases para concepção de uma educação mu- sical viva, que concebe a criança como ser integral. Suas ideias influenciaram muitos dos outros pensadores músicas no seu tempo juntos eles constituíram a primeira geração de transformadores passando o ensino musical tradicional e mecânico para um ensino musical vivo, prazeroso, diverti- do todo voltado para educação infantil. Atualmente essas práticas e ideologias estão fortemente presentes nas escolas de música e escolas de educação infantil. Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 14 Complexo Educacional Campos Salles Figura 3 – Fonte: https://pixabay.com/pt/cantar-crian%C3%A7as-m%C3%BAsica-crian%C3%A7a-18438/ acessado em 16/11/18. 3. 6 Heitor Villa-Lobos – Brasil Villa-Lobos foi responsável por muitas modificações no ensino da música no nosso país. Foi ele quem desenvolveu as aulas de música e canto coral dentro das escolas. Levado pela visão nacionalista vindas da Europa, instituiu no Brasil a educação musical baseado no canto coral, ou como conhecido na época, Canto Orfeônico. Sua metodologia foi implantada em todas as escolas do país tornando ensino da música e do canto uma abrangência nacional. Conhecido por sua grande pesquisa na área Etnomusicologia, Villa-Lobos foi muito importante para a catalogação e difusão da música brasileira no exterior. Sua obra pedagógica é extensa e muitos professores utilizam suas melodias atualmente sem mesmo saberem de sua existência como orga- nizador deste material. Ele viajou para todas as regiões do Brasil pesquisando, anotando, catalogando e descobrindo todas as manifestações folclóricas e musicais do nosso país, dai sua enorme importância na educação musical. Mário de Andrade, que influenciou toda uma geração de músicos e artistas, foi poeta e romancista com ativa participação na instauração do modernismo no nosso país, porém foi grande pesquisador da música popular e incentivador de criação de novas melodias e músicas e canções populares por compositores da sua época. No que diz respeito à tradição romântica musical do século XIX, Mario de Andrade foi grande incen- tivador da ruptura desses padrões na música brasileira, procurando instituir uma música moderna e nacional com características do nosso país. Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 15 Complexo Educacional Campos Salles Suas ideias influenciaram diversos artistas em diversas áreas, bem como educadores trazendo sua filosofia parar dentro do ensino musical e pedagógica. Há ainda outros pensadores dentro da antropologia responsáveis por mudanças em suas socieda- des. Você pode encontrar inúmeros e importantes trabalhos na internet. Pense comigo Villa-Lobos fez muitas pesquisas na área da educação e encontramos na internet diversos materiais disponíveis para consulta. Um deles é o “Guia Prático”, que ele desenvolveu prar professores de música. Que tal você dar uma conferida? CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste módulo aprendemos sobre as reflexões e aplicações da Lei 11.769/2008 que trouxe padroniza- ção no ensino da música e das artes nas escolas. Assim professores de arte podem exercer suas ati- vidades e programações dentro das aulas com os conteúdos programáticos inseridos e adequados às escolas. Vimos também como está o ensino da música nas escolas brasileiras na atualidade: as dificuldades e as facilidades desde os primórdios até a atualidade. O que os professores encontram e encontraram de obstáculos em suas atividades. Finalmente, estudamos os educadores musicais do século XX, e seu papel no ensino da música, todos os pensadores e pedagogos musicais da Europa até suas influências no ensino musical brasi- leiro trazido por Heitor Villa-Lobos e Mário de Andrade. No último módulo vamos encontrar as atividades de iniciação musical, atividades de envolvimento com a música: modelo C(L)A(S)P. e dicas de construção de planejamentos para aulas de música. Até lá! Especialização das Práticas Musicais e Sistemas de Composição - Públio Gimenes 16 Complexo Educacional Campos Salles MAPA MENTAL DESSE MÓDULO REFERÊNCIAS AMATO, Rita de Cássia Fucci – Breve Retrospectiva Histórica e Desafios na Música e na Educação Bá- sica Brasileira – OPUS – Revista Eletrônica da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música, Nº 12 – 2006. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental, (1998). Referen- cial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, v. 3. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB: Lei 9394/96. Brasília: BRITO, Teca, ALWNCAR, Música na Educação Infantil: Propostas para Formação Integral da Criança. 2ª ed. São Paulo: Peirópolis, 2003. CAETANO, Monica Cristina, GOMES, Roberto, KERN. A Importância da Música na Formação do ser Hu- mano em Período Escolar. Educação em Revista, v.13, nº02. Marília, 2012. COSTA, SB. A importância da Música para as Crianças. 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