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RESENHA CRÍTICA DE CASO - Planejamento Estratégico de Mercado de Energia

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Resenha Crítica de Caso 
Marco Aurélio Da Silva Barros Júnior
Trabalho da disciplina Planejamento Estratégico do Mercado de Energia
 Tutor: ARY MANOEL GAMA DA SILVA
Itaguaí, Rio de Janeiro
2021
 (
2
)
MIDLAND ENERGY RESOURCES, INC.: CUSTO DE CAPITAL
 Referências: TIMOTHY A. LUEHRMAN E JOAL L. HEILPRIN
No estudo de caso Midland Energy Resources, Inc.: Custo de Capital, dos autores Luehrman e Heilprin é apresentado o planejamento estratégico e o desenvolvimento da metodologia de cálculo do custo de capital de uma companhia norte americana. Trata-se de uma empresa global de energia com atuação nas áreas de exploração e produção de petróleo e gás, além de refino e distribuição de produtos petroquímicos.
O texto começa a ser desenvolvido sob a necessidade da companhia em aprimorar as suas estimativas de custo de capital, pois as estimativas até então produzidas eram frequentemente criticadas e geravam desconforto aos presidentes e tesoureiros das divisões da companhia. Então, com o objetivo de finalmente melhorar as suas estimativas de custo de capital foi eleita uma analista sênior para estimar o custo de capital da empresa para uma proposta de um plano grande de recompra de ações.
 Após este episódio, os cálculos com as estimativas da analista acabaram por se tornar referência para muitas análises internas da companhia. Com o grande impacto interno de seus cálculos Mortensen, analista em questão, passou a debruçar-se sobre os números produzidos por ela mesma e a se questionar se as estimativas estavam de fato apropriadas.
A seguir, no estudo de caso, são destacadas as áreas de atuação da Midland, com o objetivo de permitir ao leitor uma melhor compreensão sobre os negócios da companhia e como cada um deles era capaz de impactar no seu custo de capital. A primeira divisão destacada é a de Exploração de Produção de petróleo, que por sinal era o negócio mais rentável da companhia. Sobre esta divisão, os autores destacam que à época havia uma expectativa de crescimento contínuo da economia e da população mundial, o que levaria a um aumento da demanda pelos seus produtos de exploração e produção de petróleo. Nesta mesma conjuntura eram observadas altas históricas dos preços do petróleo, o que fez com que a empresa antecipasse investimentos na expansão de suas atividades através da aquisição de propriedades com potencial de produção e propriedades para o desenvolvimento de suas reservas ainda não exploradas. A segunda divisão apresentada é a de Refino e Distribuição, segmento que enfrentava grande concorrência, já que os produtos eram vistos como commodities, ou seja, o preço passava a ser determinado diretamente pela oferta e pela demanda globais, sem a diferenciação da origem dos produtores por ter um caráter essencialmente homogêneo. As margens de lucro deste segmento estavam caindo ao longo dos últimos anos, entretanto a companhia acreditava que a combinação de tecnologias avançadas e a sinergia com os seus outros segmentos a tornariam um líder no mercado de refino e distribuição. Por fim, destaca-se no texto a terceira área de atuação da companhia, a saber: Produtos Petroquímicos. Esta era a menor divisão da Midland, mas que possuía grande importância dentro da companhia. Neste segmento era esperado um grande crescimento no curto prazo, dada a necessidade de substituição das instalações mais antigas por instalações mais novas e eficientes. Estes investimentos seriam realizados em sua maioria no exterior.
Depois de apresentarem os segmentos da Midland, os autores começam a explorar a Política Financeira e de Investimentos da companhia. A estratégia financeira era pautada em quatro pilares: financiamento de uma grande expansão no exterior; investimento em projetos criadores de valor em todas as divisões; otimização da estrutura de capital e; aproveitamento das oportunidades para a recompra de ações as quais julgasse subvalorizadas.
No quesito expansão no exterior, este era o principal fator de crescimento para a companhia, que investia em projetos com os governos ou companhias locais. No segundo pilar, “investimento em projetos criadores de valor”, o desempenho era medido através da performance versus o planejado nos prazos de 1, 3 e 5 anos, e também através do “valor econômico agregado”. O terceiro pilar, otimização da estrutura de capital, era pautado no acompanhamento dos níveis de endividamento em todas as divisões da companhia e nas mudanças nos preços da energia que eram correlacionadas às variações nos preços das ações. Com o aumento do preço do petróleo em 2007, e, partindo-se do princípio de que as demais variáveis permanecessem constantes, era possível aumenta a capacidade de endividamento da Midland.
Além da capacidade de endividamento, os autores destacam outros fatores determinantes para a estrutura de capital da companhia, como: um balanço patrimonial robusto, acesso aos mercados financeiros e de commodities globais.
Por último, conforme observado no texto, era de suma importância para a Midland uma estimativa de custo de capital confiável, pois a companhia tinha entre seus pilares a recompra de ações que julgasse estarem subvalorizadas.
Após descrever os principais pilares e a forma de negócio da companhia, os autores retomam ao custo do capital, demonstrando qual o método aplicado por Mortensen nos seus cálculos. A analista se baseava no Custo Médio Ponderado de Capital (WACC, em inglês). Por este método são considerados os custos das dívidas mais um prêmio sobre os títulos do governo norte americano de prazo semelhante.
Este prêmio dependia de diversos fatores, dentre eles o valor das garantias de algumas operações da companhia que eram afetadas por risco político, como por exemplo, a divisão de exploração e produção. Mortensen também se baseava no custo do capital próprio através do método “Capital Asset Pricing Model” (CAPM), pela fórmula: re = rf + β(PRM), onde rf é a taxa de retorno livre de risco, o b é uma medida de risco sistemático e PRM é o valor pelo qual o retorno de uma carteira diversificada precisa para superar o retorno livre de risco dentro de um período determinado.
Por fim, a analista observou erros nos cálculos do β das divisões da companhia, e assim, passou a utilizar betas de bases públicas de empresas que julgasse comparáveis a cada divisão da Midland, com isso chegando a um prêmio de risco de mercado de 5%.
Com o desenvolvimento dos tópicos do texto, como a explanação das áreas da companhia, formato das políticas financeiras e de investimento, e a análise dos dados das demonstrações dos resultados, balanços patrimoniais, resultados abertos por segmento, valorização das ações da companhia e benchmark com outras empresas, é possível concluir que o esforço da Midland em ter uma estrutura de capital apropriada, e ter uma análise criteriosa dos riscos envolvidos nos seus negócios para a definição do custo de capital ótimo contribuíram positivamente para estratégia de recompra de ações.
Luehrman e Heilprin conseguiram demonstrar como o comprometimento da empresa e de um funcionário estratégico beneficiaram os resultados da companhia, além da conjuntura econômica da época que muito favoreceu o seu crescimento.

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