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ENEM- REDAÇÃO NOTA 1000 Prof. Marcilene C. Moreira A introdução é o parágrafo de contextualizar o tema e apresentar um ponto de vista, uma tese em cima da discussão proposta pela banca; O desenvolvimento é o espaço de convencimento. Nele, o aluno precisa apresentar ideias e fundamentá-las com o objetivo de mostrar a relevância de sua tese nessa discussão; A conclusão precisa retomar a tese, parafraseando a abordagem mostrada na introdução, e apresentar propostas de intervenção detalhadas e que tentem solucionar cada um dos pontos apresentados no desenvolvimento. Tema: Publicidade infantil em questão no Brasil (ENEM 2014) http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2014/CAD_ENEM_2014_DIA_2_07_AZUL.pdf http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2014/CAD_ENEM_2014_DIA_2_07_AZUL.pdf O verdadeiro preço de um brinquedo É comum vermos comerciais direcionados ao público infantil. Com a existência de personagens famosos, músicas para crianças e parques temáticos, a indústria de produtos destinados a essa faixa etária cresce de forma nunca vista antes. No entanto, tendo em vista a idade desse público, surge a pergunta: as crianças estariam preparadas para o bombardeio de consumo que as propagandas veiculam? Comentário: O primeiro parágrafo já cumpre suas funções: em primeiro lugar, contextualiza a proposta temática, não deixando dúvidas de que o tema é “Publicidade infantil em questão no Brasil”. Além disso, já na introdução o aluno apresenta a tese como uma questão. A palavra “bombardeio” já mostra, de certa forma, o lado negativo da publicidade exagerada e admite o ponto de vista do autor sobre toda essa questão. Há quem duvide da capacidade de convencimento dos meios de comunicação. No entanto, tais artifícios já foram responsáveis por mudar o curso da História. A imprensa, no século XVIII, disseminou as ideias iluministas e foi uma das causas da queda do absolutismo. Mas não é preciso ir tão longe: no Brasil redemocratizado, as propagandas políticas e os debates eleitorais são capazes de definir o resultado de eleições. É impossível negar o impacto provocado por um anúncio ou uma retórica bem estruturada. Comentário: Aqui, já comprovando a sua tese, o autor começa a mostrar o poder, a força da publicidade no Brasil e no mundo. Apresentando um desenvolvimento da imprensa ao longo da história, reforça a ideia de que a propaganda sempre impactou o interlocutor, sempre buscou passar alguma informação e, em muitos momentos, mudar opiniões. O problema surge quando tal discurso é direcionado ao público infantil. Comerciais para essa faixa etária seguem um certo padrão: enfeitados por músicas temáticas, as cenas mostram crianças, em grupo, utilizando o produto em questão. Tal manobra de “marketing” acaba transmitindo a mensagem de que a aceitação em seu grupo de amigos está condicionada ao fato dela possuir ou não os mesmos brinquedos que seus colegas. Uma estratégia como essa gera um ciclo interminável de consumo que abusa da pouca capacidade de discernimento infantil. Comentário: Depois de provar a força das propagandas, o autor volta a discutir a publicidade infantil, mostrando estratégias de vendas que alcançam seus objetivos. Além disso, destaca o quanto tais mecanismos afetam a mente das crianças, atingindo, inclusive, a sua relação com grupos de amigos. Fica clara, portanto, a necessidade de uma ampliação da legislação atual a fim de limitar, como já acontece em países como Canadá e Noruega, a propaganda para esse público, visando à proibição de técnicas abusivas e inadequadas. Além disso, é preciso focar na conscientização dessa faixa etária em escolas, com professores que abordem esse assunto de forma compreensível e responsável. Só assim construiremos um sistema que, ao mesmo tempo, consiga vender seus produtos sem obter vantagem abusiva da ingenuidade infantil. Comentário: Mais uma vez, o autor traz comparações. Isso ajuda (e muito!) na hora de defender a tese, além de mostrar que houve uma interpretação dos dados apresentados na coletânea de textos (havia um mapa com as principais formas de regulação no mundo). Por fim, apresenta propostas detalhadas e aplicáveis aos argumentos utilizados, sem atingir os direitos humanos – exigência da prova do ENEM.
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