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SEMINÁRIO IV - INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DA NORMA TRIBUTÁRIA_LEONARDO_RODRIGUES_DE_LIMA

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Módulo Tributo e Segurança Jurídica 
 Seminário IV - INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA 
 E EFICÁCIA DA NORMA TRIBUTÁRIA 
 SEMINÁRIO IV - INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DA 
 NORMA TRIBUTÁRIA 
 Questões 
 1. Que significa afirmar que uma norma “N” é válida? Diferençar: (i) validade, 
 (ii) vigência; (iii) eficácia jurídica; (iv) eficácia técnica e (v) eficácia social. 
 Ao afirmar que uma norma “N” é válida, podemos dizer que essa foi 
 inserida no ordenamento jurídico em questão por órgão que possui competência 
 para produzi-la, respeitando o procedimento estabelecido para esse fim. Sendo 
 assim, não há que se falar em norma válida ou inválida, mas sim, se a norma “N” 
 pertence a um ordenamento jurídico, qual seja um sistema “S”. 
 É o que nos ensina Carvalho 1 : 
 E ser norma válida quer significar que mantém relação de 
 pertinencialidade com o sistema “S”, ou que nele foi posta por 
 órgão legitimado a produzi-la, mediante procedimento 
 estabelecido para esse fim. É o vínculo que se estabelece entre a 
 proposição normativa e o sistema do direito posto, de tal sorte 
 que ao dizermos que u’a norma “N” é válida, estaremos 
 expressando que ela pertence ao sistema “S”. Uma regra, 
 enquanto não ab-rogada por outra, continua pertencente ao 
 sistema e, como tal, reveste-se de validade. Confirmação 
 eloquente desse asserto está na disposição do art. 52, X, do 
 Texto Constitucional vigente. 
 Desse modo, uma norma considerada válida, somente deixará de 
 assim ser, quando for excluída do ordenamento jurídico por estar em 
 descompasso com a Carta Magna, como por exemplo, o que disciplina o art. 52, 
 X da CF/88. 
 No mesmo sentido, nos ensina Kelsen 2 , que a validade de uma norma 
 ocorre quando esta entra em vigor, ou seja, a partir do momento em que é 
 incorporada ao ordenamento jurídico. Assim, basicamente, a partir do momento 
 em que uma norma é introduzida no ordenamento jurídico, não há e não pode 
 haver outro critério ou condição para que ela funcione plena e eficazmente. 
 2 KELSEN, H. Teoria Geral das Normas. Porto Alegre: Fabris, 1986, p. 97-98. 
 1 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 86. 
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 Seminário IV - INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA 
 E EFICÁCIA DA NORMA TRIBUTÁRIA 
 Pois a validade de uma norma é – como já observado - sua 
 específica existência. Não a existência de um fato do ser, mas a 
 existência, i.e., a existência de um sentido (ou do conteúdo do 
 sentido), do sentido de um fato, do real ato de estabelecimento. A 
 existência de um sentido constitui uma existência “ideal”, e não 
 “real”. Que uma norma que prescreve certa conduta vale, 
 significa que tal norma existe. Uma norma “entra em validade”, 
 quer dizer: entra em sua específica existência, começa a valer. 
 Uma norma “sai de validade”, quer dizer: sai de existência, cessa 
 de valer.” 
 Quanto a diferença entre validade, vigência, eficácia técnica, eficácia 
 jurídica e eficácia social, faz-se necessário a definição de cada um desses 
 conceitos, como veremos a seguir: 
 (i) Validade: 
 Norma “N” pertencente a um sistema “S”, inserida por Órgão que 
 possua competência para tanto e respeitado o procedimento legal estabelecido 
 para esse fim; 
 (ii) Vigência: 
 A vigência de uma norma pode ser definida como o lapso temporal 
 necessário para que a norma produzida esteja apta a produzir efeitos. Leciona 
 Bastos 3 que “vigência é aquele atributo da lei que lhe confere plena 
 disponibilidade para sua aplicação”. 
 A principal condição para a vigência de uma lei é a publicidade , que 
 se dá pela publicação em diário oficial, pois, para uma lei seja exigível, é 
 imprescindível que tenha sido divulgada, à medida que com a publicidade, há a 
 presunção de que a sociedade foi devidamente informada, não podendo esta, 
 posteriormente, alegar desconhecimento da lei quando a elas for imputado o seu 
 descumprimento. 
 Importante mencionar que a vigência de uma lei não pode ser 
 confundida com a validade. Nos ensina Carvalho 4 que há normas “N” que existem 
 e que, por conseguinte, são válidas no sistema “S”, contudo não dispõem da 
 4 CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário: linguagem e método. 7. ed. São Paulo: Noeses, 
 2018, p. 466. 
 3 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito financeiro e de direito tributário. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 
 1992, p. 127. 
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 Seminário IV - INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA 
 E EFICÁCIA DA NORMA TRIBUTÁRIA 
 aptidão da vigência, tendo em vista não possuírem capacidade para 
 desencadear as consequências estipuladas para o mandamento. É o mesmo que 
 dizer que tal norma não é vigente, tendo em vista a impossibilidade de ser 
 invocada para produzir efeitos. 
 Sobre a vigência da norma jurídica, define Carvalho 5 : 
 De quanto se expôs deflui que a norma jurídica se diz vigente 
 quando está apta para qualificar fatos e determinar o surgimento 
 de efeitos de direito, dentro dos limites que a ordem positiva 
 estabelece, no que concerne ao espaço e no que consulta ao 
 tempo. 
 Sendo assim, é possível concluir que a vigência pode ser definida 
 como a capacidade de uma norma para alcançar hipóteses previstas, resultando 
 na competência para produzir efeitos jurídicos sobre determinado fato. É o 
 mesmo que dizer que uma norma é capaz de qualificar fatos e determinar os 
 efeitos legais sobre eles, respeitando os limites impostos pelo ordenamento 
 jurídico vigente, o espaço e o tempo. 
 (iii) Eficácia técnica: 
 Quanto à eficácia técnica, podemos dizer que é a capacidade que uma 
 norma possui para propagar os seus efeitos no mundo jurídico. Contudo, faz-se 
 necessário entender a diferença que há entre ter a possibilidade de geração 
 desses efeitos e a capacidade efetiva de modificação no mundo do direito 
 positivo. 
 Tal diferenciação é relevante ao passo que não são todas as normas 
 que estão aptas a produzir efeitos aos fatos que descrevem, considerando os 
 possíveis impedimentos a sua efetiva produção de efeitos. Portanto, pode uma 
 norma estar totalmente apta à produção de efeitos pois, além de válida, descreve 
 hipóteses e seus consequentes efeitos, contudo, não ser capaz de produzir 
 efeitos em decorrências de obstáculos ainda não sanados, como a entrada em 
 vigor por exemplo. 
 Dito isso, as normas só passam a ter eficácia, quando, já vigentes, não 
 se depararem com quaisquer obstáculos tendentes a impedir a irradiação de seus 
 5 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 89. 
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 efeitos. 
 É o que nos ensina Carvalho 6 : 
 Sob a rubrica de eficácia técnica vemos a condição que a regra 
 de direito ostenta, no sentido de descrever acontecimentos que, 
 uma vez ocorridos no plano do real-social, tenham o condão de 
 irradiar efeitos jurídicos, já removidos os obstáculos de ordem 
 material que impediam tal propagação. Diremos ausente a 
 eficácia técnica de u’a norma (ineficácia técnico-sintática)quando 
 o preceito normativo não puder juridicizar o evento, inibindo-se o 
 desencadeamento de seus efeitos. pela falta de outras regras de 
 igual ou inferior hierarquia, consoante sua escala hierárquica, ou, 
 (b) pelo contrário, na hipótese de existir no ordenamento outra 
 norma inibidora de sua incidência. 
 (iv) Eficácia jurídica: 
 Eficácia jurídica pode ser entendida como a capacidade de que está 
 investido o fato jurídico, combinado com a aptidão para propagar os efeitos 
 constantes na norma. Podemos dizer que uma norma “N” possui eficácia jurídica 
 quando da ocorrência de uma hipótese prevista no seu antecedente, resulta na 
 capacidade de gerar os efeitos previstos no seu consequente. 
 Como exemplo de eficácia jurídica, podemos citar o mecanismo lógico 
 da incidência, haja vista que efetivando-se o fato previsto no antecedente, 
 projetam-se os efeitos prescritos no consequente, também conhecido como 
 causalidade jurídica. 
 É o que prescreve Carvalho 7 , ao disciplinar que a eficácia jurídica não 
 se trata de atributo da norma, mas sim do fato nela previsto: 
 Eficácia jurídica é a propriedade de que está investido o fato 
 jurídico de provocar a irradiação dos efeitos que lhe são próprios, 
 ou seja, a relação de causalidade jurídica, no estilo de Lourival 
 Vilanova. Não seria, portanto, atributo da norma, mas sim do 
 fato nela previsto. Tomamos por eficácia jurídica o próprio 
 mecanismo lógico da incidência, o processo pelo qual, 
 efetivando-se o fato previsto no antecedente, projetam-se os 
 efeitos prescritos no consequente. 
 (v) Eficácia social: 
 Por fim, quanto à eficácia social da norma, podemos dizer que está 
 7 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 87. 
 6 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 87. 
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 diretamente relacionada ao acatamento (ou não) pela sociedade. Dizemos que 
 uma norma jurídica possui eficácia social quando a aceitação e adimplemento de 
 seus estatutos é observado pela sociedade (seus destinatários). 
 Considerando que norma “N” possui o condão de regular as condutas 
 de indivíduos de uma determinada sociedade, no caso de a referida norma ser 
 desrespeitada e/ou inobservada por essas sociedade, é possível concluir que 
 essa norma não possui o atributo da eficácia social. Tendo em vista que tal 
 regulação de conduta trazida pela norma é incapaz de gerar o resultado 
 esperado, é possível concluir que a norma em questão carece de eficácia social. 
 Conforme doutrina de Carvalho 8 , temos que: 
 A eficácia social ou efetividade, por sua vez, diz respeito aos 
 padrões de acatamento com que a comunidade responde aos 
 mandamentos de uma ordem jurídica historicamente dada. 
 Indicaremos como eficaz aquela norma cuja disciplina foi 
 concretamente seguida pelos destinatários, satisfazendo os 
 anseios e as expectativas do legislador, da mesma forma que 
 inculcaremos de ineficaz aquel’outra cujos preceitos não foram 
 cumpridos pelos sujeitos envolvidos na situação tipificada. Toda 
 vez que a conduta estipulada pela norma for reiteradamente 
 descumprida, frustrar-se-ão as expectativas, inexistindo eficácia 
 social. 
 2. Descreva o percurso gerador de sentido dos textos jurídicos explicando os 
 planos: (i) dos enunciados tomados no plano da expressão (S1); (ii) dos 
 conteúdos de significação dos enunciados prescritivos (S2); (iii) das 
 significações normativas (S3); (iv) das relações entre normas (S4). 
 Em relação ao percurso gerador de sentido dos textos jurídicos, 
 encontramos na doutrina do Professor Paulo de Barros Carvalho quatro planos, 
 quais sejam: os enunciados tomados no plano da expressão (S1); do conteúdo 
 de significação dos enunciados prescritivos (S2); da significação normativa (S3); 
 e das relações entre as normas (S4). 
 Entendo que o referido método de interpretação, ao percorrer esses 
 quatro planos, partindo primeiramente das estruturas morfológicas e gramaticais 
 do texto legal, permitindo ao operador do direito uma interpretação abrangente e 
 8 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 88. 
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 complexa da norma, ao ordená-las na forma estrutural das normas e de suas 
 significações enquanto enunciados prescritivos; o do conteúdo das normas 
 jurídicas, como unidades de sentido obtidas mediante grupamento de 
 significações que obedecem a determinado esquema formal; e o das estruturas 
 superiores constituídas por vínculos de coordenação e de subordinação que 
 apresentam o sistema como um todo unitário, permitem uma interpretação ampla, 
 abrangente e assertiva das normas jurídicas. Entende Carvalho 9 : 
 A partir do contato com a literalidade textual, com o plano dos 
 significantes ou com o chamado plano da expressão, como algo 
 objetivado, isto é, posto intersubjetivamente, ali onde estão as 
 estruturas morfológicas e gramaticais, que o intérprete inicia o 
 processo de interpretação, propriamente dito, passando a 
 construir os conteúdos significativos dos vários enunciados ou 
 frases prescritivas para, enfim, ordená-los na forma estrutural de 
 normas jurídicas, articulando essas entidades para constituir um 
 domínio. 
 (i) dos enunciados tomados no plano da expressão (S1); 
 Tratando dos enunciados tomados no plano da expressão, também 
 conhecido como literalidade textual, temos as estruturas morfológicas e 
 gramaticais da norma. Ao realizar essa análise, o intérprete da norma passa a 
 construir uma interpretação baseada em conteúdos de vários enunciados, para 
 posteriormente, ordená-los e estruturados de modo a permitir o início da trajetória 
 da interpretação das normas jurídicas. Para corroborar tal afirmativa, vejamos o 
 que leciona Carvalho 10 : 
 O plano dos significantes (plano de expressão) é o veículo que 
 manifesta, graficamente (no direito escrito), a mensagem 
 expedida pelo autor. Na sua implexa totalidade, constitui o 
 sistema morfológico e gramatical do direito posto, conjunto de 
 frases prescritivas introduzidas por fatos jurídicos que a 
 ordenação positiva para tanto credencia. 
 (ii) dos conteúdos de significação dos enunciados prescritivos 
 (S2); 
 Depois de ter percorrido o caminho do plano da expressão, entramos 
 na seara do conteúdo de significação dos enunciados prescritivos. Após realizado 
 o isolamento da base física do texto (morfológica e gramatical), o intérprete da 
 10 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 116. 
 9 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 114. 
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 norma é capaz de atribuir valores unitários aos vários signos encontrados na 
 norma, selecionando suas significações e compondo os segmentos portadores de 
 sentido do texto. Nesse momento,entendo que é possível realizar a interpretação 
 da base material da norma, que lhe dá sustentação física, constituído através do 
 conteúdo de significação constituído a partir da fórmula gráfica do enunciado. 
 Cumpre mencionar que para realizar a interpretação no plano do 
 conteúdo de significação dos enunciados prescritivos, conforme Carvalho 11 , é 
 imprescindível o cumprimento de três requisitos: i) que sejam expressões 
 linguísticas portadoras de sentido; ii) produzidas por órgãos credenciados pelo 
 ordenamento para a sua expedição; e iii) consoante o procedimento específico 
 que a ordem jurídica estipular. 
 Sendo assim, conforme Carvalho 12 , temos que a proposição como 
 expressão verbal de um conteúdo de significação constitui a fórmula gráfica do 
 enunciado, qual seja: 
 Todavia, a porção que nos interessa do enunciado, neste 
 momento, é a proposicional, vale dizer, a substância significativa 
 que se pode adjudicar à base material que lhe dá sustentação 
 física. Proposição, não no sentido da Lógica Clássica, como 
 expressão verbal de um juízo, mas enquanto conteúdo de 
 significação constituído a partir da fórmula gráfica do enunciado. 
 Cumpre mencionar que o conteúdo das significações, por si só, não é 
 suficiente para uma completa compreensão do sentido da norma, sendo 
 necessário uma construção deôntica, por meio da qual o direito regula as 
 condutas intersubjetivas. Sendo assim, é imprescindível que as referidas 
 proposições normativas sejam devidamente estruturadas, passando assim para o 
 plano das significações normativas. 
 (iii) das significações normativas (S3); 
 No campo das significações normativas, após travado o primeiro 
 contato como texto jurídico-positivo, ingressa efetivamente o exegeta no universo 
 dos conteúdos significativos. Cumpre mencionar que a interpretação das 
 significações normativas não são suficientes para interpretação e significação das 
 12 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 121. 
 11 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 122. 
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 normas, sendo necessário a realização de uma contextualização dos conteúdos 
 obtidos nos planos i e ii do percurso gerador de sentido dos textos jurídicos. 
 Feito isso, podemos afirmar que seja possível a produção de unidades 
 completas de sentido para as mensagens deônticas, resultando assim em uma 
 verdadeira e completa significação das normas.que o conteúdo das significações, 
 por si só, não é suficiente para uma completa compreensão do sentido da norma, 
 sendo necessário uma construção deôntica, por meio da qual o direito regula as 
 condutas intersubjetivas. Sendo assim, é imprescindível que as referidas 
 proposições normativas sejam devidamente estruturadas, passando assim para o 
 plano das significações normativas. 
 (iv) das relações entre normas (S4). 
 Por fim, após percorridos os planos (S1), (S2) e (S3), para arrematar a 
 interpretação abrangente da norma, temos as relações entre as normas como 
 última barreira a ser transposta pelo exegeta, qual seja a (S4), considerado por 
 Carvalho 13 como o estrato mais elevado, tendo em vista a estruturação das 
 normas de forma escalonada, presentes laços de coordenação e de 
 subordinação entre as unidades construídas. 
 Isso posto, é possível verificar de forma clara a importância da 
 compatibilidade da norma criada em detrimento da norma que foi seu fundamento 
 de criação (relação de subordinação), possibilitando assim concluir pela 
 constitucionalidade, inconstitucionalidade ou ilegalidade de uma norma. Sendo 
 assim, é possível constatar de igual modo uma relação de coordenação entre a 
 norma criada, e outras demais existentes no ordenamento jurídico que versem 
 sobre o mesmo tema, sendo imprescindível para resolução de um conflito entre 
 normas, a identificação de um patamar hierárquico, de modo que influencie na 
 escolha de uma ao invés de outra. 
 Ante todo o exposto, podemos concluir que ao exegeta, após 
 percorridos os quatro planos delimitados nesta questão – (S1); (S2); (S3); e (S4) 
 –, é possível realizar uma interpretação consolidada, bem construída e 
 13 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 128. 
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 fundamentada do real sentido dos textos jurídicos, traduzidos em normas “N” e 
 inseridas em um sistema “S”. 
 3. Há um sentido correto para os textos jurídicos? Faça uma 
 crítica aos métodos hermenêuticos tradicionais. É possível falar em 
 interpretação teleológica e literal no direito tributário? E em interpretação 
 econômica? Justifique. (Vide anexos I e II). 
 Ensina Paulo de Barros Carvalho 14 que “o direito positivo é um corpo 
 de linguagem, de cunho prescritivo, organizado para disciplinar o comportamento 
 dos seres humanos no convívio social.”. Partindo dessa premissa, faz-se 
 necessário que o exegeta realize a interpretação do texto jurídico tomando por 
 base uma análise sistêmica, considerando não somente a letra da lei, qual seja o 
 sentido literal, contudo, deve se atentar à interpretação histórica, lógica, 
 teleológica e sistêmica. Caso o intérprete se atenha somente aos métodos 
 hermenêuticos, estaremos diante de uma análise precária e insuficiente dos 
 textos jurídicos. 
 Para Carlos Maximiliano 15 , a hermenêutica tem por objeto “o estudo e 
 a sistematização dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance 
 das expressões do direito”. Dito isso, podemos inferir que o termo hermenêutica, 
 refere-se à ciência da interpretação, enquanto interpretação significaria 
 determinar o sentido e o alcance da norma jurídica. Não há que se negar que a 
 análise hermenêutica das normas jurídicas é relevante, contudo, não poderá o 
 operador do direito, na qualidade de intérprete da norma, se limitar apenas a essa 
 técnica. Como dito no primeiro parágrafo, corroborado por Carvalho, é mister que 
 a interpretação das normas seja primada pela pela interveniência de todos os 
 métodos disponíveis, considerando as aplicações de forma sucessivas. 
 Sendo assim, teço uma crítica quanto a análise hermenêutica 
 tradicional, porque entendo ser insuficiente para a busca do real sentido das 
 15 MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. 18ª ed. Rio de Janeiro: Revista 
 Forense, 1999. 
 14 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 99. 
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 normas, tendo em vista nenhuma palavra ou enunciado podem ser 
 compreendidos isoladamente, pressupondo sempre uma contextualização. Isso 
 posto, no momento em que o exegeta percorrer todos esses caminhos, não se 
 limitando ao uso de uma técnica apenas, terá esgotado o estádio declarativo, 
 resultando no ingresso da fase integrativa. 
 Quanto à possibilidade de sefalar em interpretação teleológica e literal 
 no direito tributário, temos que a interpretação literal pode ser definida como 
 aquela que se considera a literalidade do texto legal (letra da lei), permitindo ao 
 leitor o entendimento do que está positivado, dispensando assim a necessidade 
 de interpretação. Contudo, Aurora Tomazini de Carvalho 16 pensa diferente, 
 considerando que por mais clarividente possa parecer o texto de uma lei, o seu 
 sentido somente será descoberto após a aplicação de um processo interpretativo, 
 por mais clara e objetiva a norma possa parecer, cada leitor poderá entender de 
 um jeito, podendo ser óbvio para um e não tão claro para outro. 
 Referente à interpretação teleológica, que tem por objetivo a busca da 
 finalidade da norma, o sentido buscado pelo legislador no momento da criação, 
 entende a referida autora 17 que trata-se de uma justificação e legitimação das 
 significações normativas que foram construídas ao longo do processo 
 hermenêutico, como um mecanismo que permite uma interpretação analítica e 
 profunda na busca do sentido do texto. Sendo assim, entendo ser a interpretação 
 teleológica possível no Direito tributário tendo em vista ser um método de 
 justificação e legitimação das significações normativas construídas no processo 
 hermenêutico. 
 Por fim, quanto à aplicação da interpretação econômica no Direito 
 Tributário, entendo ser plenamente possível, considerando que são duas áreas 
 que estão intimamente ligadas, a do direito e a da economia. Ao realizar essa 
 análise, o intérprete procura observar não somente os efeitos tributários da 
 norma, como também os econômicos, partindo do princípio de que tributo e 
 economia andam de mãos dadas, como o poder de arrecadação do Estado, por 
 17 CARVALHO, Aurora Tomazini de. Curso de Teoria Geral do Direito. 4ª ed. Editora Noeses. 2014. p. 
 206. 
 16 CARVALHO, Aurora Tomazini de. Curso de Teoria Geral do Direito. 4ª ed. Editora Noeses. 2014. p. 
 39. 
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 exemplo, que se utiliza das receitas tributárias para o desempenho de suas 
 atividades típicas. Para corroborar essa ideia, cito a doutrina de Machado 18 , ao 
 afirmar que “na relação jurídica tributária há uma relação econômica subjacente, 
 que deve pautar o ‘significado da norma’.”. 
 Ante todo o exposto, entendo ser perfeitamente possível a 
 interpretação literal, teleológica e econômica no ramo do Direito Tributário. 
 Para corroborar tal afirmativa, vejamos alguns trechos do RE 
 606.107/RS (Anexo I) e REsp 1.325.709/RJ (anexo II), ambos anexos do 
 presente seminário. O STJ fixou entendimento favorável à interpretação 
 teleológica quanto à inconstitucionalidade da incidência da contribuição ao PIS e 
 da COFINS não cumulativas sobre os valores auferidos por empresa exportadora 
 em razão da transferência a terceiros de créditos de ICMS. Entendeu a Suprema 
 Corte na análise do caso concreto, de forma acertada para mim, pela legalidade 
 da interpretação teleológica do instituto da não incidência da contribuição do 
 PIS/COFINS referente aos créditos de ICMS obtidos na aquisição de produtos 
 destinados à exportação, afirmando que tal interpretação empresta-lhe 
 abrangência maior, com escopo de assegurar à norma supralegal máxima 
 efetividade. 
 Por conseguinte, no anexo II, o STJ decidiu pela possibilidade de 
 ampliação da interpretação da norma jurídica, além da literalidade da norma, sob 
 o argumento de que a especificidade exegética do Direito Tributário não deriva 
 apenas das peculiaridades evidentes da matéria jurídica por ele regulada, mas 
 sobretudo da singularidade dos seus princípios, sem cuja perfeita absorção e 
 efetivação, o afazer judicial se confundiria com as atividades administrativas 
 fiscais. 
 4. A Lei “A” foi promulgada no dia 01/06/12 e publicada no dia 
 30 de junho desse mesmo mês e ano. A Lei “B” foi promulgada no dia 
 10/06/12, tendo sido publicada no dia 20 desse mesmo mês e ano. Na 
 hipótese de antinomia entre os dois diplomas normativos, qual deles deve 
 prevalecer? Justificar. 
 18 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário, 29. ed., p. 112. 
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 Na análise do caso concreto, considerando que ambas as leis 
 possuam o mesmo grau hierárquico, que regulem inteiramente a mesma matéria 
 e que sejam válidas, em caso de antinomia, entendo que a Lei “A” deverá 
 prevalecer sobre a Lei “B”, considerando que norma posteriormente publicada 
 deverá prevalecer sobre norma anterior, com fulcro no Art. 2º, § 1º da Lei de 
 Introdução às normas do Direito Brasileiro, combinado com o art. 101 do CTN, 
 quais sejam: 
 Decreto-Lei Nº 4.657/1942 LINDB. 
 Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor 
 até que outra a modifique ou revogue. 
 § 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o 
 declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule 
 inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. (grifo 
 nosso) 
 Lei nº 5.172/1966 CTN 
 Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação 
 tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas 
 jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo. 
 Isso porque a LINDB estabelece regras de prevalência de normas 
 jurídicas em caso de antinomia de primeiro grau. Para tanto, disciplina que 
 deverão ser considerados os seguintes critérios: cronológico, onde norma 
 posterior deverá prevalecer sobre a anterior; da especialidade, ocasião em que 
 norma especial deverá prevalecer sobre a norma geral; e hierárquico, quando 
 norma superior terá prevalência em detrimento de norma inferior. 
 Cumpre mencionar que diante da antinomia entre as duas normas, o 
 fato de a Lei “A” prevalecer sobre a Lei “B” não resulta na exclusão desta do 
 ordenamento jurídico, conforme já debatido no presente seminário, onde se 
 firmou entendimento de que uma norma considerada válida, somente deixará de 
 assim ser, quando for excluída do ordenamento jurídico por estar em 
 descompasso com a Carta Magna, como por exemplo, o que disciplina o art. 52, 
 X da CF/88. 
 5. Compete ao legislativo a positivação de interpretações? 
 Existe lei puramente interpretativa? Tem aplicabilidade o art. 106, I, do CTN 
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 ao dispor que a lei tributária interpretativa se aplica ao fato pretérito? Como 
 confrontar este dispositivo do CTN com o princípio da irretroatividade? 
 (Vide anexos III e IV). 
 Como já debatido anteriormente, cabe ao operador do direito realizar a 
 interpretação da norma, por meio do percurso gerador de sentido dos textos 
 jurídicos e das técnicas hermenêuticas. Entendo que a positivação da 
 interpretação da norma pelo poder legislativo é possível e ocorre no nosso 
 ordenamento jurídico, mesmo não sendo essa sua atividade principal. 
 Em relação às normas puramenteinterpretativas, parafraseando 
 Neto 19 , a lei interpretativa, nada mais é do que um instrumento de redefinição 
 (sem prejuízo dela mesmo ser passível de múltiplas interpretações), que promove 
 a escolha apriorística de um sentido normativo da legislação, vinculando o 
 aplicador, com a característica específica de sua retroatividade no âmbito 
 tributário. 
 Como exemplo, podemos citar a ADI-MC n. 6053/DF (anexo III do 
 presente seminário), no qual aduziu o ministro Celso de Mello que "É plausível, 
 em face do ordenamento constitucional brasileiro, o reconhecimento da 
 admissibilidade das leis interpretativas, que configuram instrumento juridicamente 
 idôneo de veiculação da denominada interpretação autêntica". 
 Dito isso, entendo pela possibilidade de norma interpretativa, 
 resultando em mais um critério disponível ao exegeta na árdua tarefa de 
 interpretação da norma, assim como as muitas outras já citadas no presente 
 seminário. 
 Em relação à aplicabilidade do art. 106, I, do CTN, ao dispor que a lei 
 tributária interpretativa se aplica ao fato pretérito, faz-se necessário frisar que a 
 referida aplicabilidade não abarca a aplicação de penalidade à infração dos 
 dispositivos interpretados. Entendo que tal exceção se coaduna perfeitamente 
 com o princípio da irretroatividade da lei tributária e da não surpresa, ao garantir 
 19 NETO, Carlos Augusto Daniel. A Lei nº 14.395/22 e as leis interpretativas: "A Traição das 
 Palavras". Disponível em: 
 https://www.conjur.com.br/2022-jul-20/direto-carf-lei-1439522-leis-interpretativas, acessado em 
 10/05/2023. 
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 que o contribuinte consiga prever com antecedência os impostos que deverá 
 pagar e limita o poder de tributar do Estado. 
 Dito isso, no caso em que a retroprojeção normativa da lei 
 interpretativa não resulte em aplicação de penalidade à infração dos dispositivos 
 interpretados, ou a instituição e/ou oneração de tributos, nada impede que sejam 
 editados atos normativos interpretativos com efeitos retroativos, em respeito ao 
 disposto no art. 150, III da Carta Magna. 
 6. Dada a seguinte lei fictícia, responder às questões que 
 seguem: 
 Lei ordinária federal n. 10.001, de 10/10/2016 (DO de 01/11/2016) 
 Art. 1º Esta taxa de licenciamento de veículo tem como fato gerador a 
 propriedade de veículo automotor com registro de domicílio no território nacional. 
 Art. 2º A base de cálculo dessa taxa é o valor venal do veículo. 
 Parágrafo único. A alíquota é de 1%. 
 Art. 3º Contribuinte é o proprietário do veículo. 
 Art. 4º Dá-se a incidência dessa taxa no primeiro dia do quarto mês de 
 cada exercício, devendo o contribuinte que se encontrar na situação descrita pelo 
 art. 1º dessa lei, desde logo, informar até o décimo dia deste mesmo mês, em 
 formulário próprio (FORMGFA043), o valor venal, o tipo, a marca, o ano e a 
 cilindrada do respectivo veículo. 
 Art. 5º A importância devida, a título de taxa, deve ser recolhida até o 
 décimo dia do mês subsequente, sob pena de multa de 10% sobre o valor do 
 tributo devido. 
 Art. 6º Diante da não emissão do formulário (FORMGFA043) na data 
 aprazada, poderá, a autoridade fiscal competente lavrar Auto de Infração e 
 Imposição de Multa, em decorrência da não observância dessa obrigação, 
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 impondo multa de 50% sobre o valor do tributo devido. 
 (...) 
 a) Em 01/06/2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em ação 
 direta (com efeito erga omnes), pela inconstitucionalidade desta lei federal. 
 Identificar nas datas abaixo fixadas, segundo os critérios indicados, a 
 situação jurídica da regra que instituiu o tributo, justificando cada uma das 
 situações: 
 Critérios\ 
 datas 
 11/10/2016 01/11/2016 01/02/2017 01/04/2017 01/07/2019 
 É válida SIM SIM SIM SIM SIM 
 É vigente NÃO NÃO SIM SIM NÃO 
 Incide NÃO NÃO SIM SIM NÃO 
 Apresenta 
 eficácia 
 jurídica 
 NÃO NÃO SIM SIM NÃO 
 Validade: Considerando esse critério, conforme já debatido no 
 presente, a validade da norma é considerada a partir do momento em que seja 
 inserida no ordenamento jurídico em questão por órgão que possui competência 
 para produzi-la, respeitando o procedimento estabelecido para esse fim. Sendo 
 assim, como a lei foi assinada em 11/10/2016, considerando o critério de 
 validade, entendo que na data de sua assinatura tenha ocorrido a positivação no 
 ordenamento jurídico. Cumpre mencionar que o critério de validade não pode ser 
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 confundido com o da vigência. Sendo assim, mesmo diante da declaração de 
 inconstitucionalidade da referida lei pelo STF, com efeitos erga omnes em 
 01/06/2019, e como no caso concreto não foi apresentada nenhuma informação 
 referente à Resolução do Senado Federal para expurgar a referida lei do 
 ordenamento jurídico, entendo que permanecerá válida desde a data de 
 11/10/2016 até a data de 01/07/2019. 
 Vigência: De acordo com o que já fora citado no presente, 
 conceituamos que a vigência de uma norma pode ser definida como o lapso 
 temporal necessário para que a norma produzida esteja apta a produzir efeitos. 
 No caso concreto, a referida Lei foi publicada no DO em 01/11/2016. 
 Como se trata de lei que instituiu tributo, em obediência ao princípio da 
 anterioridade (art. 150, III, alíneas b e c da CF/88), entendo que a referida 
 exação só poderá ser exigida pelo ente tributante a partir de 01/02/2017. 
 Considerando o mesmo critério utilizado pela validade da norma, como no caso 
 concreto não foi apresentada nenhuma informação referente à Resolução do 
 Senado Federal para expurgar a referida lei do ordenamento jurídico, entendo 
 que permanecerá vigente desde a data de 01/02/2017 até a data da declaração 
 de inconstitucionalidade pelo STF, qual seja 01/06/2019. Sendo assim, não é 
 possível afirmar que 01/07/2019 a lei continuará vigente, tendo em vista a 
 ausência de aptidão para produção de efeitos. 
 Incidência: No tocante à incidência, utilizando o mesmo critério da 
 vigência, a referida lei incidirá sobre os fatos geradores ocorridos entre 
 01/02/2017 (considerando o respeito ao princípio da anterioridade) até 
 01/06/2019 (considerando a declaração de inconstitucionalidade pela Corte 
 Suprema). 
 Eficácia Jurídica: Conforme já conceituado no presente seminário, a 
 eficácia jurídica pode ser resumida como a capacidade de que está investido o 
 fato jurídico, combinado com a aptidão para propagar os efeitos constantes na 
 norma. Na análise do caso concreto, entendo que o critério para que a norma 
 detenha eficácia jurídica será o mesmo utilizado para a incidência, qual seja a 
 ocorrência dos fatos geradores entre 01/02/2017 (considerando o respeito ao 
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 princípio da anterioridade) até 01/06/2019 (considerando a declaraçãode 
 inconstitucionalidade pela Corte Suprema). 
 7. Uma lei inconstitucional (produzida materialmente em desacordo com a 
 Constituição Federal – porém ainda não submetida ao controle de 
 constitucionalidade) é válida? O vício de inconstitucionalidade pode ser 
 sanado por emenda constitucional posterior? (Vide anexo V). 
 Entendo que uma lei inconstitucional (produzida materialmente em 
 desacordo com a Constituição Federal – porém ainda não submetida ao controle 
 de constitucionalidade) é válida. Para ratificar tal afirmação, faz-se necessário a 
 análise de alguns conceitos. 
 Como já dito anteriormente, ao afirmar que uma norma “N” é válida, 
 podemos dizer que essa foi inserida no ordenamento jurídico em questão por 
 órgão que possui competência para produzi-la, respeitando o procedimento 
 estabelecido para esse fim. Sendo assim, não há que se falar em norma válida ou 
 inválida, mas sim, se a norma “N” pertence a um ordenamento jurídico, qual seja 
 um sistema “S”. 
 No caso concreto, temos uma lei que foi produzida em desacordo com 
 os preceitos da Carta Maior. Dito isso, enquanto a referida lei estiver inserida no 
 ordenamento jurídico, mesmo que eivada de inconstitucionalidade material, 
 enquanto não houver a declaração de inconstitucionalidade pela Suprema Corte, 
 entendo ser ela válida. 
 Somente será possível afirmar que a norma não será válida após a 
 declaração de sua inconstitucionalidade pelo STF, seguido pela Resolução do 
 Senado para determinar a suspensão de sua eficácia técnica e, por conseguinte, 
 para expurgar a referida lei do ordenamento jurídico pelo órgão responsável pela 
 sua promulgação. 
 Quanto a possibilidade de sanar o vício de inconstitucionalidade por 
 emenda constitucional posterior, entendo não ser possível. Isso porque, no nosso 
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 ordenamento jurídico, não há que se falar em constitucionalidade superveniente, 
 como muito bem decidido pelo STF no RE n. 346.084/PR (anexo V do presente 
 seminário). Considerando que a lei em questão possui hierarquia inferior a da 
 emenda constitucional, o vício de inconstitucionalidade por ela trazido não poderá 
 ser convalidado por meio de emenda. 
 8. Leia atentamente abaixo a sucessão de fatos no tempo: 
 FATO 1 – A lei n. 9.528/97, alterando o art. 25 da Lei n. 8.212/91, estabeleceu 
 que: 
 “Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física e do segurado 
 especial referidos, respectivamente, na alínea “a” do inciso V e no inciso VII do 
 art. 12 desta Lei, destinada a Seguridade Social, é de: 
 I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; 
 II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção 
 para o financiamento das prestações por acidente do trabalho.” 
 FATO 2 – Emenda Constitucional 20/1998 alterou a redação do art. 195, 
 inciso I, da Constituição Federal. 
 REDAÇÃO NOVA: 
 Art. 195 - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
 direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
 orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
 seguintes contribuições sociais: 
 I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da 
 lei, incidentes sobre: 
 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, 
 a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
 empregatício; 
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 b) a receita ou o faturamento; 
 c) o lucro; 
 REDAÇÃO ANTERIOR: 
 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
 direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
 orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
 seguintes contribuições sociais: 
 I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o 
 lucro; 
 II - dos trabalhadores; 
 FATO 3 – O STF, em controle difuso, declarou inconstitucional o art. 25, 
 incisos I e UU, da Lei n. 8.212/91, com as alterações promovidas pela lei n. 
 9.528/97: 
 (RE 363852, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 
 03/02/2010, DJe-071 DIVULGAÇÃO 22-04-2010 PUBLICAÇÃO 23-04-2010): 
 “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PRESSUPOSTO ESPECÍFICO - VIOLÊNCIA 
 À CONSTITUIÇÃO - ANÁLISE - CONCLUSÃO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - 
 COMERCIALIZAÇÃO DE BOVINOS - PRODUTORES RURAIS PESSOAS 
 NATURAIS - SUB-ROGAÇÃO - LEI Nº 8.212/91 - ARTIGO 195, INCISO I, DA 
 CARTA FEDERAL - PERÍODO ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 
 20/98 - UNICIDADE DE INCIDÊNCIA - EXCEÇÕES - COFINS E 
 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PRECEDENTE - INEXISTÊNCIA DE LEI 
 COMPLEMENTAR. Ante o texto constitucional, não subsiste a obrigação 
 tributária sub-rogada do adquirente, presente a venda de bovinos por produtores 
 rurais, pessoas naturais, prevista nos artigos 12, incisos V e VII, 25, incisos I e II, 
 e 30, inciso IV, da Lei nº 8.212/91, com as redações decorrentes das Leis nº 
 8.540/92 e nº 9.528/97. Aplicação de leis no tempo - considerações.” 
 FATO 4 – A lei 10.256/2001, alterou o caput do artigo 25 da Lei n. 8.212/91: 
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 “Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à 
 contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, 
 referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta 
 Lei, destinada à Seguridade Social, é de:” 
 FATO 5 - O STF reconheceu a constitucionalidade da contribuição do 
 empregador rural pessoa física ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural 
 (FUNRURAL): 
 (RE 718874, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Relator(a) p/ Acórdão: Min. 
 ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 30/03/2017, PROCESSO 
 ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-219 DIVULG 26-09-2017 
 PUBLIC 27-09-2017 REPUBLICAÇÃO: DJe-225 DIVULG 02-10-2017 PUBLIC 
 03-10-2017) Ementa: TRIBUTÁRIO. EC 20/98. NOVA REDAÇÃO AO ARTIGO 
 195, I DA CF. POSSIBILIDADE DE EDIÇÃO DE LEI ORDINÁRIA PARA 
 INSTITUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO DE EMPREGADORES RURAIS PESSOAS 
 FÍSICAS INCIDENTE SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL. 
 CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 10.256/2001. 1.A declaração incidental de 
 inconstitucionalidade no julgamento do RE 596.177 aplica-se, por força do regime 
 de repercussão geral, a todos os casos idênticos para aquela determinada 
 situação, não retirando do ordenamento jurídico, entretanto, o texto legal do artigo 
 25, que, manteve vigência e eficácia para as demais hipóteses. 2. A Lei 10.256, 
 de 9 de julho de 2001 alterou o artigo 25 da Lei 8.212/91, reintroduziu o 
 empregador rural como sujeito passivo da contribuição, com a alíquota de 2% da 
 receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; espécie da base 
 de cálculo receita, autorizada pelo novo texto da EC 20/98. 3. Recursoextraordinário provido, com afirmação de tese segundo a qual É constitucional 
 formal e materialmente a contribuição social do empregador rural pessoa física, 
 instituída pela Lei 10.256/01, incidente sobre a receita bruta obtida com a 
 comercialização de sua produção. 
 FATO 6 – Resolução do Senado n. 15/2017: 
 “Art. 1º É suspensa, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, 
 a execução do inciso VII do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e a 
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 execução do art. 1º da Lei nº 8.540, de 22 de dezembro de 1992, que deu nova 
 redação ao art. 12, inciso V, ao art. 25, incisos I e II, e ao art. 30, inciso IV, da Lei 
 nº 8.212, de 24 de julho de 1991, todos com a redação atualizada até a Lei nº 
 9.528, de 10 de dezembro de 1997, declarados inconstitucionais por decisão 
 definitiva proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso 
 Extraordinário nº 363.852.” 
 Considerando as ocorrências acima, responda fundamentadamente: 
 a) Em dezembro de 1999, é possível afirmar que o art. 25, incisos I e II, 
 da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97) é válido, vigente e possui 
 eficácia técnica? 
 Sim. Mantendo a coerência apresentada nas questões anteriores, 
 quanto à validade, vigência e eficácia técnica, entendo que o art. 25, incisos I e II, 
 da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97) em 12/1999 era válido, por ter 
 sido inserido no sistema jurídico órgão que possui competência para produzi-lo, 
 respeitando o procedimento estabelecido para esse fim, vigente por não ter sido 
 expurgado do ordenamento jurídico por Resolução do Senado e detinha eficácia 
 técnica, tendo em vista que o STF, em controle difuso, declarou a 
 inconstitucionalidade do referido artigo em 03/02/2010, tendo sido sido publicado 
 em 23/04/2010. 
 b) A decisão na RE 363.852 é capaz de alcançar a validade, vigência ou 
 a eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 
 9.528/97)? 
 A decisão no RE 363.852 é capaz de alcançar tanto a vigência 
 quanto a eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei 
 n. 9.528/97). 
 Consideramos que a vigência de uma norma pode ser definida 
 como o lapso temporal necessário para que a norma produzida esteja apta a 
 produzir efeitos. Com a declaração de inconstitucionalidade pelo STF ao referido 
 artigo, não restam dúvidas quanto à inaptidão para produção de efeitos do 
 dispositivo. Sendo assim, não há que se falar em vigência da norma. 
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 Consideramos que a eficácia jurídica pode ser resumida como 
 a capacidade de que está investido o fato jurídico, combinado com a aptidão para 
 propagar os efeitos constantes na norma. Ao passo que a Corte Suprema 
 declarou a inconstitucionalidade do referido artigo, não resta presente a 
 capacidade de propagação dos efeitos constantes na norma. 
 Por fim, entendo que a decisão no RE 363.852, por si só, não é 
 capaz de alcançar a validade da norma, tendo em vista o que já foi defendido no 
 presente seminário, no sentido de não ter sido editada Resolução do Senado 
 Federal para expurgar a referida lei do ordenamento jurídico (art. 52, X CF/88). 
 c) Quais os efeitos da Resolução do Senado n. 15/2017 no que se refere 
 à Vigência, validade e eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 
 (redação dada pela lei n. 9.528/97)? 
 Os efeitos da Resolução do Senado n. 15/2017 afetam a 
 validade da norma, tendo em vista ter o condão de expurgar a referida norma do 
 ordenamento jurídico. Pela lógica, também afetará tanto a vigência quanto à 
 eficácia, tendo em vista a suspensão da execução do referido artigo. 
 d) A decisão no RE 718.874 alcança a validade, vigência ou eficácia do 
 art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97)? 
 Entendo que a decisão do STF no RE 718.874 alcançou 
 a vigência e a eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada 
 pela lei n. 9.528/97). Cumpre mencionar que a referida decisão não alcançou a 
 validade pelo fato de que a norma “N” já estava inserida no sistema “S”. Dito isso, 
 tendo a decisão do STF reconhecido pela constitucionalidade da contribuição do 
 empregador rural pessoa física ao FUNRURAL, com efeitos erga omnes, entendo 
 ter alcançado tanto a vigência quanto a eficácia do referido artigo, presentes os 
 pressupostos de aptidão para produção de efeitos (vigência) e a capacidade de 
 que está investido o fato jurídico, combinado com a aptidão para propagar os 
 efeitos constantes na norma (eficácia). 
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