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Rodrigo Pires exercício seminário IV

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IBET
Módulo I – TRIBUTO E SEGURANÇA JURÍDICA
Seminário IV – NORMAS TRIBUTÁRIAS 
Aluno: Rodrigo Gonçalves Pires.
1. Que significa afirmar que uma norma “N” é válida? Diferençar: (i) validade, (ii) vigência; (iii) eficácia jurídica; (iv) eficácia técnica e (v) eficácia social.3
De acordo com Paulo de barros:
 “Ser norma válida quer significar que mantém relação de pertinencialidade 
com o sistema “S”, ou que nele foi posta por órgão legitimado a produzi-la, 
mediante procedimento estabelecido para esse fim. A validade não é, portanto, atributo que qualifica a norma jurídica, tendo status de relação: é o vínculo que se estabelece entre a proposição normativa e o sistema do direito posto, de tal sorte que ao dizermos que uma norma “N” é válida, estaremos expressando que ela pertence ao sistema “S”. 
(...) 
É intuitivo crer que a validade se confunde com a existência, de sorte que 
afirmar que uma norma existe implica reconhecer sua validade, em face de 
determinado sistema jurídico. 
Desta feita, para afirmarmos que a norma “N” é válida, ela tem que pertencer ao sistema “S”, estando dentro dos parâmetros legais exigidos pelo mesmo, no que diz respeito aos requisitos e a autoridade competente.
(i) validade: “Vínculo que se estabelece entre a proposição normativa e o sistema do direito posto” isto, dentro do que já afirmamos acima.
(ii) vigência: é a aptidão, força da norma para produzir efeitos para os quais foi criada.
(iii) eficácia jurídica: Segundo professor Paulo de Barros: “É a propriedade de que está investido o fato jurídico de provocar a irradiação dos efeitos que lhe são próprios, não sendo portanto atributo da norma mas sim do fato nela previsto.” Assim, essa eficácia está intrínseca na norma, é parte dela e não qualidade.
(iv) eficácia técnica: é quando uma norma apresenta validade, vigência, mas não está produzindo efeitos.
(v) eficácia social: é qualidade que a norma ostenta, no sentido de descrever fatos que, uma vez ocorridos, tenham aptidão de irradiar efeitos jurídicos.
2.	Descreva o percurso gerador de sentido dos textos jurídicos explicando os planos: (i) dos enunciados tomados no plano da expressão (S1); (ii) dos conteúdos de significação dos enunciados prescritivos (S2); (iii) das significações normativas (S3); (iv) das relações entre normas (S4). 
O modelo percurso gerador de sentido dos textos jurídicos foi desenvolvido por Paulo de Barros e nos permite uma análise da trajetória de construção do sentido de qualquer sistema prescritivo em quatro planos.
Inicialmente, no plano S1 O intérprete parte do encontro com o plano de expressão do direito, onde está o conjunto de letras, palavras, frases e períodos produzidos pelos órgãos legislativos. Em seguida, o intérprete passa a atribuir conteúdo significativo aos signos que encontrou no plano de expressão, constituindo o conjunto dos conteúdos de significação dos enunciados prescritivos (S2). Após, combina as significações de S2 no esquema formal da implicação deôntica, acomodando algumas no tópico de antecedente e outras no lugar do consequente, assim, formando o conjunto de normas jurídicas (S3); Por fim, o veículo introdutor construído em S3 é integrado ao sistema, inserido na estrutura do direito positivo, em consonância com os preceitos de subordinação estabelecido pelo sistema jurídico[footnoteRef:1] [1: Direito Tributário: Fundamentos Jurídicos da Incidência, pp. 67-88.] 
Nesse sentido, após percorrer por todas as etapas do percursor o intérprete constrói o sentido dos textos jurídicos e compreende o conteúdo legislado.
3.	Há um sentido correto para os textos jurídicos? Faça uma crítica aos métodos hermenêuticos tradicionais. É possível falar em interpretação teleológica e literal no direito tributário? E em interpretação econômica? Justifique. (Vide anexos I e II).
Conforme Paulo de Barros:
“O sentido dos textos jurídicos depende do corte promovido para isolamento do objeto, importando apenas conferir coerência das conclusões, em face das premissas estabelecidas”.[footnoteRef:2] [2: CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário : fundamentos jurídicos da incidência. São Paulo: Saraiva, 1998. p. 53.] 
A princípio, a hermenêutica jurídica tinha como objetivo estudar uma atividade focada na plenitude do ordenamento jurídico. Atualmente, a hermenêutica jurídica tem como foco estudar as condições reais do interprete.
A interpretação teleológica leva em consideração as exigências sociais e econômicas com foco no bem comum e nos princípios da justiça, tendo como premissa a finalidade da norma. 
Por fim, entendo que no direito tributário não existe a interpretação literal, visto que para a hermenêutica tradicional, a intepretação literal se vincula ao significado de base de signos positivados, e para nós quando interpretamos, entramos no plano dos valores e conteúdo das significações que só existe na mente do interprete, pressupondo sempre uma contextualização.
4.	A Lei “A” foi promulgada no dia 01/06/12 e publicada no dia 30 de junho desse mesmo mês e ano. A Lei “B” foi promulgada no dia 10/06/12, tendo sido publicada no dia 20 desse mesmo mês e ano. Na hipótese de antinomia entre os dois diplomas normativos, qual deles deve prevalecer? Justificar.
De acordo com o art. 2º, §1° da LINDB:
Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
§ 1o  A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
Inicialmente, devemos avaliar a eficácia técnico-sintática dos dispositivos legal. O legislador ao elaborar o significado das normais jurídicas a partir dos textos legais poderá existir um confronto entre as normas estabelecidas. 
Considerando que há antinomia entre as normais, o interprete deverá seguir com os critérios hierárquico, cronológico e da especialidade para dirimir tal conflito. 
Sendo assim, considerando o enunciado, não havendo eficácia técnica da norma, sendo a lei “A” publicada posteriormente a Lei “B” será considerada a lei que passou a ter eficácia no mundo jurídico em momento posterior, ou seja, a lei “A”.
5. Compete ao legislativo a positivação de interpretações? Existe lei puramente interpretativa? Tem aplicabilidade o art. 106, I, do CTN ao dispor que a lei tributária interpretativa se aplica ao fato pretérito? Como confrontar este dispositivo do CTN com o princípio da irretroatividade? (Vide anexos III e IV).
O poder legislativo tem como competência desenvolvimento da legislação, criando direito positivo, podendo realizar interpretações apenas quando há obscuridade em algum disposto legal. No entanto, devemos respeitar a divisão dos poderes, sendo assim, a parte da interpretação da legislação no plano organizacional é inerente a ciência do direito e, portanto, foge da competência desse órgão. 
Seguindo essa linha, não cabe a existência de lei puramente interpretativa, uma vez que a interpretação é uma atividade de construção de sentido da norma. 
Paulo de Barro segue esse mesmo entendimento:
“é o ser humano que, em contacto com as manifestações expressas do direito positivo, vai produzindo as respectivas significações. Daí a asserção peremptória segundo a qual é a interpretação que faz surgir o sentido, inserido na profundidade do contexto, mas sempre impulsionada pelas fórmulas literais do direito documentalmente objetivado. Sim, porque já foi dito e redito que não há texto sem contexto ou, de outro modo, não há plano de expressão sem plano de conteúdo e vice-versa.”[footnoteRef:3] [3: CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário, Capítulo IV.] 
Em relação ao princípio da irretroatividade, a constituição federal não cita esse princípio como sendo absoluto, sendo assim, esse instituto pode ser revisto.
6.	Dada a seguinte lei fictícia, responder às questões que seguem:
Lei ordinária federal n. 10.001, de 10/10/2015 (DO de 01/11/2015)
	Art. 1º Esta taxa de licenciamento de veículo tem como fatogerador a propriedade de veículo automotor com registro de domicílio no território nacional.
	Art. 2º A base de cálculo dessa taxa é o valor venal do veículo.
	Parágrafo único. A alíquota é de 1%.
	Art. 3º Contribuinte é o proprietário do veículo.
	Art. 4º Dá-se a incidência dessa taxa no primeiro dia do quarto mês de cada exercício, devendo o contribuinte que se encontrar na situação descrita pelo art. 1º dessa lei, desde logo, informar até o décimo dia deste mesmo mês, em formulário próprio (FORMGFA043), o valor venal, o tipo, a marca, o ano e a cilindrada do respectivo veículo.
	Art. 5º A importância devida, a título de taxa, deve ser recolhida até o décimo dia do mês subsequente, sob pena de multa de 10% sobre o valor do tributo devido.
	Art. 6º Diante da não emissão do formulário (FORMGFA043) na data aprazada, poderá, a autoridade fiscal competente lavrar Auto de Infração e Imposição de Multa, em decorrência da não observância dessa obrigação, impondo multa de 50% sobre o valor do tributo devido. (...)
	
a) Em 01/06/2017, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em ação direta (com efeito erga omnes), pela inconstitucionalidade desta lei federal. Identificar nas datas abaixo fixadas, segundo os critérios indicados, a situação jurídica da regra que instituiu o tributo, justificando cada uma das situações:
	Critérios\ datas
	11/10/2015
	01/11/2015
	01/02/2016
	01/04/2016
	01/07/2017
	É válida
	Não
	Sim
	Sim
	Sim
	Não
	É vigente
	Não
	Não
	Sim
	Sim
	Não
	Incide
	Não
	Não
	Não
	Sim
	Não
	Apresenta eficácia jurídica
	Não
	Não
	Sim
	Sim
	Não
De acordo com as premissas adotadas, a Lei será válida durante todo o período em que estiver inserida no ordenamento jurídico, após sua publicação. Neste caso, só não será em 11/11/2015, pois ainda não tinha sido publicada e dia 01/07/2017, quando a ADIN já tinha declarado expressamente sua inconstitucionalidade 01/06/2017.
Como a vigência determina o tempo e o espaço em que uma norma jurídica terá força para regulamentar conduta, esta norma em questão estava vigente após sua aplicabilidade.
Quanto à incidência, segundo dispõe o art. 4º da Lei em comento, ela ocorrerá no primeiro dia do quarto mês de cada exercício, ou seja, em 01/04/2016.
Por fim, a lei terá eficácia jurídica no período após a sua publicação e até antes de ser declarada inconstitucional, vez que fora da norma jurídica não haverá fato que possa ser considerado jurídico.
7.	Uma lei inconstitucional (produzida materialmente em desacordo com a Constituição Federal – porém ainda não submetida ao controle de constitucionalidade) é válida? O vício de inconstitucionalidade pode ser sanado por emenda constitucional posterior? (Vide anexo V).
Na visão de Hans Kelsen: 
O fundamento de validade das normas jurídicas reside na existência de outra norma jurídica superior e previamente estabelecida que confira a uma autoridade poder para gerá-la. Há mera relação de pertinencialidade, no qual o conteúdo da norma jurídica torna-se prescindível. A ausência desta relação implicaria na invalidade e consequente inexistência da norma jurídica para o sistema jurídico.[footnoteRef:4] [4: https://www.ibet.com.br/wp-content/uploads/2017/01/Rodrigo-Barros-de-Azevedo-Inconstitucionalidade-da-convalida%C3%A7%C3%A3o-de-norma-inconstitucional.pdf.pg13] 
Paulo de Barros expõem que validade se confunde com existência, conforme se verifica do trecho a seguir transcrito:
Ser norma válida quer significar que mantém relação de pertinencialidade com o sistema “S”, ou que nele foi posta por órgão legitimado a produzi-la, mediante procedimento estabelecido para esse fim. A validade não é, portanto, atributo que qualifica a norma jurídica, tendo status de relação: é o vínculo que se estabelece entre a proposição normativa e o sistema do direito posto, de tal sorte que ao dizermos que uma norma “N” é válida, estaremos expressando que ela pertence ao sistema “S”. (...)
É intuitivo crer que a validade se confunde com a existência, de sorte que afirmar que uma norma existe implica reconhecer sua validade, em face de determinado sistema jurídico.[footnoteRef:5] [5: CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário.18ª ed. rev. e atual. São Paulo. Saraiva. 2007. 
] 
Entendo que a norma só será considerada inconstitucional caso haja determinação de órgão competente para retira-la do sistema, bem como, nos casos em que nova norma venha a retira-la do ordenamento jurídico. Sendo assim, caso a legislação não tenha sido submetida ao controle inconstitucional, será considera válida. Contudo, vale esclarecer que a norma seguirá comprometida no ordenamento jurídico.
O sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente, conforme RE n. 346.084/PR. Ou seja, sendo modificada via emenda algum artigo da CF, não anulará vicio ocorrido antes da vigência do novo texto
8.	Leia atentamente abaixo a sucessão de fatos no tempo:
	
FATO 1 – A lei n. 9.528/97, alterando o art. 25 da Lei n. 8.212/91, estabeleceu que:
Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física e do segurado especial referidos, respectivamente, na alínea “a” do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada a Seguridade Social, é de:
	I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção;  
	II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para o financiamento das prestações por acidente do trabalho.”
	FATO 2 – Emenda Constitucional 20/1998 alterou a redação do art. 195, inciso I, da Constituição Federal.
	REDAÇÃO NOVA:
	Art. 195 - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:  
	I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
	a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
	b) a receita ou o faturamento;
	c) o lucro;
	REDAÇÃO ANTERIOR:
	Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:  
	I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro; 
	II - dos trabalhadores;
	FATO 3 – O STF, em controle difuso, declarou inconstitucional o art. 25, incisos I e UU, da Lei n. 8.212/91, com as alterações promovidas pela lei n. 9.528/97: 
	(RE 363852, Relator(a):  Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 03/02/2010, DJe-071 DIVULGAÇÃO 22-04-2010 PUBLICAÇÃO 23-04-2010): “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PRESSUPOSTO ESPECÍFICO - VIOLÊNCIA À CONSTITUIÇÃO - ANÁLISE - CONCLUSÃO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - COMERCIALIZAÇÃO DE BOVINOS - PRODUTORES RURAIS PESSOAS NATURAIS - SUB-ROGAÇÃO - LEI Nº 8.212/91 - ARTIGO 195, INCISO I, DA CARTA FEDERAL - PERÍODO ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/98 - UNICIDADE DE INCIDÊNCIA - EXCEÇÕES - COFINS E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PRECEDENTE - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. Ante o texto constitucional, não subsiste a obrigação tributária sub-rogada do adquirente, presente a venda de bovinos por produtores rurais, pessoas naturais, prevista nos artigos 12, incisos V e VII, 25, incisos I e II, e 30, inciso IV, da Lei nº 8.212/91, com as redações decorrentes das Leis nº 8.540/92 e nº 9.528/97. Aplicação de leis no tempo - considerações.”
	FATO 4 – A lei 10.256/2001, alterou o caput do artigo 25 da Lei n. 8.212/91:
	“Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de:”
	FATO 5 - O STF reconheceu a constitucionalidade da contribuiçãodo empregador rural pessoa física ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL):
	(RE 718874, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 30/03/2017, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-219 DIVULG 26-09-2017 PUBLIC 27-09-2017 REPUBLICAÇÃO: DJe-225 DIVULG 02-10-2017 PUBLIC 03-10-2017) Ementa: TRIBUTÁRIO. EC 20/98. NOVA REDAÇÃO AO ARTIGO 195, I DA CF. POSSIBILIDADE DE EDIÇÃO DE LEI ORDINÁRIA PARA INSTITUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO DE EMPREGADORES RURAIS PESSOAS FÍSICAS INCIDENTE SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 10.256/2001. 1.A declaração incidental de inconstitucionalidade no julgamento do RE 596.177 aplica-se, por força do regime de repercussão geral, a todos os casos idênticos para aquela determinada situação, não retirando do ordenamento jurídico, entretanto, o texto legal do artigo 25, que, manteve vigência e eficácia para as demais hipóteses. 2. A Lei 10.256, de 9 de julho de 2001 alterou o artigo 25 da Lei 8.212/91, reintroduziu o empregador rural como sujeito passivo da contribuição, com a alíquota de 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; espécie da base de cálculo receita, autorizada pelo novo texto da EC 20/98. 3. Recurso extraordinário provido, com afirmação de tese segundo a qual É constitucional formal e materialmente a contribuição social do empregador rural pessoa física, instituída pela Lei 10.256/01, incidente sobre a receita bruta obtida com a comercialização de sua produção.
	FATO 6 – Resolução do Senado n. 15/2017:
	“Art. 1º É suspensa, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução do inciso VII do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e a execução do art. 1º da Lei nº 8.540, de 22 de dezembro de 1992, que deu nova redação ao art. 12, inciso V, ao art. 25, incisos I e II, e ao art. 30, inciso IV, da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, todos com a redação atualizada até a Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997, declarados inconstitucionais por decisão definitiva proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordinário nº 363.852.”
	
Considerando as ocorrências acima, responda fundamentadamente:
	
a) Em dezembro de 1999, é possível afirmar que o art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97) é válido, vigente e possui eficácia técnica?
Sim, é válido devido a existência de uma norma especifica. Há vigência, pois tem especificidade no ordenamento jurídico e não possui eficácia étnica de acordo com RE 718874.
	
b) A decisão na RE 363.852 é capaz de alcançar a validade, vigência ou a eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97)?
É capaz de de alcançar a validada, pois existe uma norma especifica, não tem vigência, pois não teria especificidade no ordenamento jurídico e não possui eficácia étnica devido aos fatos jurídicos, foi declarado inconstitucional.
	
c) Quais os efeitos da Resolução do Senado n. 15/2017 no que se refere à Vigência, validade e eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97)?
Não é valido pois a norma foi suspensa, bem como, não tem vigência porque foi substituída por nova lei. Assim como, não há eficácia, pois foi declarado inconstitucional pelo STF.
d) A decisão no RE 718.874 alcança a validade, vigência ou eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97)?
Pode ser considerada válida por existir uma norma especifica, tem especificidade no ordenamento jurídico inclusive modificado através da lei 10.256/01 e tem eficácia devido a declaração de constitucionalidade do STF.

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