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AULA4CASAMENTO_20230316100442

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PESSOAS, RELAÇÕES FAMILIARES E SUCESSÓRIAS
AULA 4 – CASAMENTO
Profs. GERALDO JÚNIOR DOS SANTOS
MÁRIO CÉSAR HAMDAN GONTIJO
I – NOÇÃO
- União de duas pessoas, reconhecida e regulamentada pelo Estado, formada com o objetivo de constituição de uma família e baseado em um vínculo de afeto.
	- Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com 	base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.
	- Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e 	a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer 	vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
II – NATUREZA JURÍDICA
- Instituição
- Contrato especial
- Instituição/contrato especial: instituição quanto ao conteúdo (afeto, moral, religião, intenção de constituir família, etc.) e contrato quanto à formação (manifestação livre de vontade de duas pessoas)
III – CAPACIDADE – IMPEDIMENTOS – CAUSAS SUSPENSIVAS
III.1 – CAPACIDADE
Código civil
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631. (Art. 1.631. (...) Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.)
Art. 1.518. Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização.
Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz.
Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código.
Lei 13.146/15
Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
I - casar-se e constituir união estável
- O emancipado, maior de 16: autorização dispensada
Código Civil
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento
III.2 – IMPEDIMENTOS – para situações específicas. Rol taxativo
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
- Ascendentes e descendentes: sem limite
- Colaterais até terceiro grau: casamento avuncular (tios e sobrinhos) – desde que atestado ausente risco biológico) (próxima página)
- Afins em linha reta (relação com os parentes do cônjuge): sogro/sogra com genro/nora; padrasto/madrasta com enteado/enteada); etc.. Cunhados, ok (afim colateral). Válido para união estável. Vínculo é perpétuo
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
§ 1 o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.
§ 2 o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
§1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
- Adotado com irmão/irmã do adotante: equipara-se a linha colateral em terceiro grau, sem o risco biológico.
- Monogamia: casados não podem se casar. Bigamia é crime (art. 235, CP)
- Homicídio doloso, após trânsito em julgado. Contra o consorte do “cônjuge sobrevivente”
- Oposição dos impedimentos: por terceiros ou de ofício, até o momento da celebração. Após = nulidade.
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo.
AVÔ
PAI
FILHO
IRMÃO
TIO
PRIMO
III.3 – CAUSAS SUSPENSIVAS – TEMPORÁRIAS
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.
- Inobservância: regime imposto. Pode ser alterado com o desaparecimento da causa suspensiva.
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
- Inciso II: só a viúva/esposa e não o viúvo/marido: saber de quem são os filhos
ATIVIDADE – VENDO O FUTURO
Em grupos de 5 a 7, escolhidos pelos discentes
Leitura do acórdão: 15 minutos
Respostas às questões: 30 minutos
Apresentações/debates: 20 minutos
QUESTÕES
Quais as regras gerais para o casamento por procuração?
Pode ser por instrumento particular?
Pode conter apenas poderes gerais?
Tem prazo de validade?
A procuração pode ser revogada?
Quais os efeitos da revogação?
Qual forma deve revestir?
Quem são os autores e o réu da ação?
Vocês concordam com o julgamento? Fundamente
Trata-se de um documento público?
Contém poderes para casar?

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