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1 AVSEC PAR AVSEC para Operador de Aeródromo Formação Edição 2022 2 Boas-vindas! Prezado (a) aluno (a), É com grande satisfação que lhe damos boas-vindas ao curso de Formação em AVSEC para Operador de Aeródromo. Esse é mais um passo no processo de certificação em segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita, que deve ser contínuo. “O conhecimento é uma riqueza que não ocupa espaço, não tem massa, mas tem peso: o peso da responsabilidade.” Desejamos sucesso nos estudos e alertamos para o fato de que o bom êxito dependerá de muita dedicação, comprometimento e empenho. Estamos aqui para ajudar, por isso, tome nota das informações e tire sempre suas dúvidas. 3 Sumário Disciplinas Página Siglas 04 Modulo 1 - A segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita 07 Modulo 2 - Marco regulatório internacional e nacional 18 Modulo 3 - Planejamento Aeroportuário e recursos de segurança 34 Modulo 4 - Sistema de coordenação e comunicação 49 Modulo 5 - Sistema de proteção às áreas e instalações, zoneamento e vigilan. 53 Modulo 6 - Sistema de credenciamento e autorização 72 Modulo 7 - Medidas relativas aos funcionários, aos pax e bags de mão 87 Modulo 8 - Medidas de segurança relativas à bagagem despachada 112 Modulo 9 - Medidas de segurança relativas à carga, correio e outros itens 117 Modulo 10 - Sistema de contingência e comunicação 122 Modulo 11- Planos e programas de segurança do operador de aeródromos PSA 139 Modulo 12 - Controle de Qualidade AVSEC 146 Modulo 13 - Seleção e capacitação para desempenho de atividade AVSEC 160 Referências Normativas 174 4 SIGLAS E ABREVIATURAS AAM – Ameaça Âmbar AAR – Assessoria de Avaliação de Risco ABIN – Agência Brasileira de Inteligência AC – Área Controlada AD – Aeródromo ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil AOSSP – Aircraft Operator Standard Security Program AP – Aeroporto APAC – Agente de Proteção da Aviação Civil ARS – Área Restrita de Segurança ATIV – Autorização para o Trânsito Interno de Veículos AVD – Ameaça Verde AVM – Ameaça Vermelha AVSEC – Segurança da Aviação Civil CI – Centro de Instrução CIE – Cédula de Identidade de Estrangeiro CFTV – Circuito Fechado de Televisão CHT – Certificado de Habilitação Técnica CINA – Comissão Internacional de Navegação Aérea CMES – Centro de Monitoramento Eletrônico de Segurança CNT – Central Nacional de Transplantes COA – Centro de Operações Aeroportuárias COE – Centro de Operações de Emergência COMAER – Comando da Aeronáutica COMAIL – Aircraft Operator Company Mail COMAT – Aircraft Operator Company Materials COMAR – Comando Aéreo Regional CONSAC – Comissão Nacional de Segurança de Aviação Civil CSA – Comissão de Segurança Aeroportuária CT – Computed Tomography CVE – Corpo de Voluntários de Emergência DAC – Departamento de Aviação Civil DAVSEC – Diretriz de Segurança da Aviação Civil DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo 5 DEI – Dispositivo Explosivo Improvisado DDR – Dispositivo de Dispersão Radiológica DMM – Detector Manual de Metais DNOTA – Decisão, Negociadores, Operacional, Tático, Apoio DOC – Documento DPF – Departamento de Polícia Federal DSAC – Documento de Segurança da Aviação Civil DT – Dispositivo de Teste EDS – Sistema de Detecção de Explosivos E.I. – Estado Islâmico ESAB – Exercício Simulado de Ameaça de Bomba ESATA – Empresa de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo ETD – Detector de Traços de Explosivos EUA – Estados Unidos da América FBI – Federal Bureau Investigation FUNAI – Fundação Nacional do Índio GBE – Grupo de Bombas e Explosivos GLP – Gás Liquefeito de Petróleo GSC – Ground Security Coordinator IATA – International Air Transport Association ICAO – International Civil Aviation Organization INTERPOL – Organização Internacional de Polícia Criminal IPA – Indicação Positiva do Alvo IS – Instrução Suplementar ISO – Organização Internacional de Padronização LL – Lost Luggage MAER – Ministério da Aeronáutica MANPADS – Man Portable Air Defense System (Sistema antiaéreo portátil) MRE – Ministério de Relações Exteriores MVOP – Ministério de Viação e Obras Públicas OACI – Organização de Aviação Civil Internacional PCA – Plano de Contingência do Aeródromo PCM – Posto de Coordenação Móvel PDM – Pórtico Detector de Metal PIAVSEC – Programa de Instrução em Segurança de Aviação Civil PLEM – Plano de Emergência 6 PM – Polícia Militar PNAE – Pessoas com Necessidade de Assistência Especial PNAVSEC – Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil PNCAVSEC – Programa Nacional de Contingência de Segurança da Aviação Civil PNCQAVSEC – Programa Nacional de Controle de Qualidade de Segurança da Aviação Civil PNIAVSEC – Programa Nacional de Instrução em Segurança da Aviação Civil PSTAV – Programa de Segurança para o Transporte Aéreo de Valores PSA – Programa de Segurança Aeroportuária PSESCA – Plano de Segurança de Empresa de Serviços Auxiliares ou Exploradores de Área Aeroportuária PSOA – Programa de Segurança do Operador Aéreo QBRN – Químico, Biológico, Radiológico e Nuclear RANI – Registro Administrativo de Nascimento de Índio RBAC – Regulamento Brasileiro de Aviação Civil RES – Resolução da Agência Nacional de Aviação Civil RFB – Receita Federal do Brasil RX – Raios X SAC – Sistema de Aviação Civil Brasileiro SAC – Secretaria Nacional de Aviação Civil SARP – Standard and Recommended Practices – Normas e Práticas Recomendadas SCI – Seção de Combate a Incêndio SD – Security Directive SGSO – Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional SINPI – Sistema Nacional de Procurados e Impedidos SISBIN – Sistema Brasileiro de Inteligência SNT – Sistema Nacional de Transplantes TECA – Terminal de Carga Aérea TPS – Terminal de Passageiros TSA – Transportation Security Administration 7 MÓDULO 1 – A SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL CONTRA ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA NO MUNDO ❖ Revisão das formas de ataques contra a aviação civil e dos objetivos de grupos terroristas ▪ Terrorismo • Sistema de governar por meio de terror. • Conjunto de ações violentas contra o poder estabelecido cometido por grupos revolucionários. ▪ Definição OACI Uso ilegal da violência ou meios destrutivos para se conseguir atingir um determinado objetivo ideológico. Art. 2º do PNAVSEC A segurança da aviação civil tem como objetivo garantir a integridade de passageiros, tripulantes, pessoal de terra, bem como do público em geral, aeronaves e instalações de aeroportos brasileiros, a fim de proteger as operações da aviação civil contra atos de interferência ilícita cometidos no solo ou em voo. Após os atentados terroristas contra o território norte-americano, em 11 de setembro de 2001, quando foram empregadas aeronaves civis sequestradas como armas de ataque, houve a necessidade de ser realizada em fevereiro de 2002 através da OACI – Organização de Aviação Civil Internacional, a Conferência de Alto Nível Ministerial, em Montreal, identificando novas formas de ameaça contra a aviação civil e orientando, através de suas resoluções, a elaboração da Emenda 10 ao Anexo 17 à Convenção de Aviação Civil internacional. ▪ CENÁRIOS DE AMEAÇAS, ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA OU SITUAÇÕES CRÍTICAS. ✓ 1 - Ameaça de bomba em instalações aeroportuárias; ✓ 2 - Ameaça de bomba em aeronave em solo; ✓ 3 - Ameaça de bomba em aeronave em voo; ✓ 4 - Apoderamento ilícito (sequestro) de aeronave em solo; ✓ 5 - Apoderamento ilícito (sequestro) de aeronave em voo; ✓ 6 - Invasãode áreas ou instalações aeroportuárias; ✓ 7 - Invasão de aeronave; ✓ 8 - Identificação de objeto suspeito no aeródromo ou em aeronave; ✓ 9 - Ameaça ou ocorrência de greve ou tumulto no aeródromo; ✓ 10- Ameaça decorrente do deslocamento ou presença de multidões em instalações 8 ✓ Aeroportuárias; ✓ 11- Ataques armados a instalações aeroportuárias ✓ 12- Identificação de falhas de segurança ou suspeitas que afetem voos ou outros aeródromos ▪ Critérios de seleção de alvos terroristas O terrorista ao selecionar seu alvo leva em consideração uma série de possibilidades, sendo: 1. Valor simbólico 2. Potencial para perdas 3. Acessibilidade geográfica 4. Atividades operacionais existentes no aeroporto 5. Valor econômico do alvo selecionado 6. Vulnerabilidades ▪ Perfil do terrorista Não existe perfil confiável nem tão pouco estereótipo padrão. A resposta é que na análise do perfil de uma pessoa, deve-se centrar o foco no comportamento e não em perfis. Comportamento suspeito: Comportamento que suscita sentimentos de alerta ou desconfiança, porque é fora do comum para determinado tempo, lugar ou circunstância. A determinação de comportamento suspeito deve basear-se no comportamento e atitude da pessoa e não adotar critérios de raça, idade, sexo, religião, etnia ou origem nacional. Características comuns observadas em potenciais terroristas: Raiva e alienação Vitimas de injustiça social Violência não é imoral Realizam ações e não dialogam Familiares apoiam as suas causas 9 ✓ Medidas preventivas contra as organizações terroristas no mundo. Na manhã de 11 de setembro de 2001, quase 3.000 pessoas foram mortas em uma série de ataques terroristas coordenados em Nova York, Pensilvânia e Virgínia. Os ataques resultaram na criação da TSA (Administração de Segurança do Transporte), projetada para prevenir ataques semelhantes no futuro. Impulsionados pelo desejo de ajudar a nossa nação, dezenas de milhares de pessoas se juntaram à TSA e comprometeram-se a fortalecer nossos sistemas de transporte, assegurando a liberdade de movimento das pessoas e do comércio. A Lei de Segurança da Aviação e do Transporte , aprovada pelo 107º Congresso e assinada em 19 de novembro de 2001, estabeleceu a TSA. As empresas aéreas que operam voos com destino aos Estados Unidos devem cumprir algumas exigências da TSA: • Devem cumprir a regulamentação baseada no Programa Nacional de Segurança dos Estados Unidos (AOSSP – Aircraft Operator Standard Security Program) e diretrizes de segurança (SD-Security Directive). • Contar com profissionais devidamente treinados nas diretrizes AVSEC específicas da TSA (GSC – Ground Security Coordinator). • Trocar de forma permanente, informações com serviços nacionais e internacionais; • Controlar fronteiras; • Aplicar a rede de coleta de dados; • Capacitar pessoal; e • Dar atenção especial às equipes de campo. Fonte: http://www.abin.gov.br/atuacao/fontes-de-ameacas/terrorismo/ O terrorismo representa grave ameaça à segurança global. O Brasil, embora não seja alvo específico da ação de grupos terroristas, não está livre da ocorrência de atentados terroristas em seu território ou dos efeitos sociais, políticos e econômicos de atentados em outros países. A análise de indicadores de comportamento e de conduta suspeitas permite à Inteligência antecipar ações de indivíduos ou grupos que apresentam propósitos terroristas. Ao mesmo tempo, isso possibilita superar o principal elemento que o terrorista tem em seu favor: a capacidade de articular ataque de modo surpresa. 10 A agência brasileira de Inteligência (ABIN) conseguiu verificar a veracidade da mensagem e do perfil utilizado. A declaração final foi feita por ninguém menos que Luiz Alberto Sallaberry, o diretor do Departamento de Contraterrorismo do órgão. Ainda de acordo com Sallaberry, o Brasil tem crescido nas chances de ser um próximo alvo principalmente por causa do aumento de brasileiros que compõem o grupo terrorista. Os chamados "lobos-solitários", pessoas que aparentemente não têm ligação formal com a organização, mas decidem se inspirar nos ataques feitos por ela. • Enfrentamento ao terrorismo no Brasil No Brasil, a Lei n° 13.260 (de 16 de março de 2016) define que: “o terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública” Tratados ratificados pelo Brasil com organismos internacionais reconhecem, nominalmente, como organizações terroristas, os grupos de vertente islâmica Al-Qaeda e Talibã. As preocupações com o terrorismo no território brasileiro, no entanto, não se restringem à atuação de organizações terroristas formal ou publicamente estabelecidas. Também envolvem ameaças provenientes de potenciais atos de violência com motivação política, religiosa, ideológica e étnica que apresentem propósito de geração de pânico, terror e sensação de insegurança na sociedade brasileira. Exemplos de indícios que, combinados, revelam sinais de possíveis planos terroristas em andamento: • Falsificação de documentos como passaporte, CPF, Carteira de Identidade, Carteira de habilitação, entre outros • Aquisição e manuseio de armas, munições, acessórios e equipamentos de uso restrito e sem a devida autorização 11 • Aquisição e manuseio não autorizados de produtos biológicos, químicos, nucleares, radiológicos de uso controlado • Aquisição em larga escala de produtos de venda liberados, mas que podem ser utilizados para fabricação de explosivos, tais como acetona, água oxigenada, ácido sulfúrico, nitrato de amônia, entre outros • Posse não autorizada de dados como imagens, vídeos, plantas, croquis, mapas, posicionamento de câmeras e vigilantes de alguma instalação pública ou privada de grande circulação • Vínculo com organizações terroristas ou extremistas • Envio de dinheiro a organizações terroristas ou extremistas • Transferências de grandes somas de dinheiro para países onde há maior atuação de terroristas ou onde há zonas de conflito • Tentativas de acesso não autorizado a áreas restritas de instalações públicas ou privadas de grande circulação • Discursos extremados, inclusive em redes sociais, de ódio e incitação à violência • Divulgação de ameaças, inclusive em redes sociais, de atentados terroristas ➢ Técnicas de sequestro e sabotagem de aeronaves ▪ Sequestro: Dentro do conceito formal, trata-se do ato de privar ilicitamente uma pessoa ou um grupo de pessoas de sua liberdade, mantendo-a em local do qual não possa livremente sair. Em geral, o sequestro é feito com o intuito de extorsão ou de coação por meio de violência ou ameaça, e para obter qualquer tipo de vantagem, seja dinheiro, bens materiais, ou mesmo utilizar o sequestrado como “moeda de troca”. Após os sequestros, vieram as ameaças com os dispositivos explosivos e acabaram se tornando a principal ameaça aos operadores aéreos. Entretanto os sequestros continuaram como uma ameaça real. ▪ Apoderamento ilícito de aeronave Desvio de rota da aeronave de forma intencional, através de ato ou atentado que coloque em risco um grupo de pessoas, que prive sua liberdade, através de agressão ou ameaça, visando defender seus interesses, chamar atenção à suas causas, vingança ou extorsão. O apoderamento ilícito já afetou muito a aviação civil que quanto mais se desenvolvia, mais se transformava em alvo importante para os grupos revolucionários. 12 Houve uma trajetória de procedimentos e condutas pré-estabelecidas,e medidas adicionais de segurança foram estruturadas e consolidadas com o advento da Convenção de Chicago em 1944. Principalmente entre a década de 1960 a 1970, várias aeronaves foram alvos de atentados terroristas, implicando na necessidade da OACI implementar procedimentos de inspeção de segurança junto aos passageiros e suas bagagens, e em 1974 foi instituído o Anexo 17 à Convenção de Chicago. Como consequência, o mundo assistiu ao crescimento de ideologias que difundiam ações terroristas inclusive com a ação de homens-bomba. “O processo ainda não oferecia condições adequadas de segurança, pois um explosivo foi colocado dentro de uma mala por um terrorista líbio e despachada no voo 103 da PAN AM em 21 de dezembro de 1988, derrubando a aeronave 747-121 sobre a cidade escocesa de Lockerbie matando 270 pessoas.” Este atentado ficou mundialmente conhecido como atentado de LOCKERBIE, hoje conhecido como sabotagem, e para evitar, possíveis atentados similares, se determinou como norma de segurança o procedimento de conciliação de passageiro e sua bagagem. O impacto das ações terroristas e suas ameaças obrigaram os países a criarem normas em conjunto, com um único propósito defensivo de especialização na identificação de ameaças contra a aviação civil, buscando com a prevenção, combater o terrorismo. Uma das repostas foi à atualização da legislação que institui novas medidas preventivas de segurança, sendo a principal delas, a realização da inspeção de segurança em passageiros, tripulantes, pessoal de solo e pertences de mão. Esta foi a forma encontrada para impedir a introdução nas aeronaves, de armas, explosivos e outros instrumentos que pudessem ser utilizados em atos ilícitos. Em razão dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, verificou-se que o sistema continuava não apresentando condições adequadas de segurança para a aviação, havendo a necessidade de reavaliar os processos e finalmente aplicar de forma efetiva a segurança com procedimentos mais rigorosos e com o envolvimento de todos os países afiliados a OACI. Medidas adicionais de segurança foram sendo reforçadas de maneira mais apurada, por conta dos novos tipos de ataques praticados por organizações terroristas. É importante ressaltar que as fatalidades anteriormente ocorridas não puderam ser evitadas, mas serviram de base para estudos, análises, propostas e finalmente estabelecimento de procedimentos para serem cumpridos através de normas e práticas recomendas pelo Anexo 17 da OACI. ▪ Sabotagem 13 Danificar sorrateiramente, propositadamente, criminosamente, instalações, equipamentos, processos e rotinas estabelecidas de trabalho para impedir, retardar, danificar ou interromper sua funcionalidade e eficácia em prejuízo de alguém ou de organizações. ✓ Sabotagens em instalações aeroportuárias (potenciais locais) ✓ Aeronaves estacionadas em posições remotas sem proteção; ✓ Equipamentos de segurança para inspeção; ✓ Subestações de energia elétrica; ✓ Sistema de ar-condicionado dos Terminais de Passageiros; ✓ Reservatórios de água potável; ✓ Equipamentos de auxílio à navegação aérea; ✓ Torre de Controle; ✓ Sistema de comunicação. Fatores que devem ser considerados no processo de combate ao sequestro e sabotagem. • adoção de medidas para controle, proteção e vigilância das atividades junto às aeronaves e sistemas da aviação civil, bem como o cumprimento das normas em vigor e ainda, garantir a qualidade nos processos de: ✓ Seleção adequada e capacitação do pessoal, envolvido nos processos; ✓ Procedimentos de segurança e recursos materiais condizentes ao nível de ameaça; ✓ Proteção de aeronaves estacionadas; ✓ Supervisão e controle de qualidade; ✓ Cumprimento das normas em vigor; ✓ Criação de uma cultura AVSEC para toda comunidade aeroportuária. ➢ NOVAS TECNOLOGIAS DE SEGURANÇA Evolução dos tempos... Quais seriam os recursos de segurança no aeroporto de São João, atual aeroporto de POA, em 1930? As propostas de conduta dos seres humanos mudaram ao passar do tempo? 14 Por fim..., qual o motivo, do romantismo ao extremismo? Como evitar, Atos Ilícitos atualmente? O terrorismo ganhou uma dimensão inédita neste início de século, antes restrito a regiões ou países com cismas sociais, econômicos, culturais, éticos ou religiosos, principalmente depois dos atentados de 11 de setembro nos EUA. “A mesma tecnologia que auxilia o terrorista é a que nos protege.” São considerados equipamentos de segurança AVSEC ✓ Equipamento detector manual de metais: também conhecido como “raquete”, é um equipamento portátil utilizado para inspeção não invasiva de pessoas, capaz de detectar a presença de objetos metálicos escondidos junto ao corpo dos inspecionados. ✓ Equipamento pórtico detector de metais: equipamento utilizado para inspeção não invasiva de pessoas, capaz de detectar a presença de objetos metálicos escondidos junto ao corpo dos inspecionados. ✓ Escâner corporal: também conhecido como Body Scanner, é um equipamento utilizado para inspeção não invasiva de pessoas, capaz de detectar a presença de objetos metálicos e não metálicos escondidos junto ao corpo dos inspecionados. ✓ Equipamento de raios-x convencional: equipamento utilizado para inspeção não 15 invasiva de objetos, através da emissão de raios-x. Pode ser do tipo single view, capaz de gerar uma imagem de cada objeto contido num volume de bagagem, carga ou correio, ou multi-view, capaz de gerar duas ou mais imagens de cada objeto. Equipamentos de detecção automática de explosivos (EDS): ✓ 1 - Equipamento do tipo CT (computed tomography): equipamento utilizado para inspeção não invasiva de objetos que possui tecnologia CT (Computed Tomography) capaz de gerar imagens 3D dos volumes inspecionados e identificar com precisão os locais onde estão os possíveis materiais explosivos. ✓ 2 - Equipamento de raios-x baseado em algoritmos: também conhecido como equipamento de raios-x com EDS (explosive detection system), é utilizado para inspeção não invasiva de objetos. É capaz de determinar o coeficiente de absorção de massa de um material através da interação da energia dos raios-x com o material, identificando substâncias com alta possibilidade de serem explosivas. ✓ Equipamento detector de traços explosivos: equipamento utilizado para a inspeção de pessoas ou objetos com tecnologia capaz de detectar a presença de pequenas quantidades de materiais explosivos. ✓ Biometria: Sistema do uso de características biológicas de uma pessoa a fim de promover mecanismos únicos de identificação. 1. Seu emprego visa promover um controle mais eficaz dentro dos aeroportos no tocante as áreas a serem acessadas pela comunidade integrante. 2. Quanto aos passageiros, garante maior segurança e agilidade no atendimento. Portanto, tais tecnologias são necessárias para manter níveis adequados de Segurança da Aviação Civil mediante novas ameaças oriundas de grupos que utilizam a aviação como alvo. ➢ IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DE INTELIGÊNCIA EM AVSEC Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN) é o conjunto de órgãos governamentais responsável pela produção de conhecimentos de interesse das atividades de inteligência, em especial aqueles ligados à defesa externa, segurança interna e relações exteriores. A lei nº 9883, de 07 de dezembro de 1999 instituiu o Sistema Brasileiro de Inteligência juntamente com a Abin (Agência Brasileira de Inteligência). 16 O Sisbin foi criado para integrar as ações de planejamento e execução das atividades de inteligência do Brasil, com a finalidade de fornecer subsídios ao Presidente da República nos assuntos de interesse nacional. O Sisbintem a Abin como órgão interno, que tem a seu cargo: planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de inteligência do Brasil. SISBIN tem como órgão central a ABIN Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) é o serviço de inteligência civil do Brasil. A função principal da agência é investigar ameaças reais e potenciais, bem como identificar oportunidades de interesse da sociedade e do Estado brasileiro, e defender o estado democrático de direito e a soberania nacional. Foi criada por lei durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso em 1999. Apesar de a agência ter sido criada há pouco tempo, a atividade de inteligência no Brasil já existe desde 1927. A área de atuação da ABIN é definida pela Política Nacional de Inteligência é definida pelo Congresso Nacional de acordo com os focos indicados pelo Poder Executivo Federal como de interesse do país. Trata-se de um órgão da administração direta integrante da Presidência da República, e é fiscalizada pelo controle externo exercido pelo Congresso Nacional, que possui uma comissão mista de senadores e deputados para este fim, denominada CCAI (Comissão Mista de Controle da Atividade de Inteligência). A atividade de inteligência no segmento AVSEC é fundamental, pois vivemos em um mundo globalizado onde a exposição a riscos iminentes por parte de grupos ou facções terroristas, competitividade e a concorrência na geração de lucros, aliados à situação interna no país, indicam a necessidade de um acompanhamento regular e permanente de um rol de assuntos de interesse, de forma a possibilitar a previsão e antecipação de eventos que, por sua natureza, evidenciem uma tomada de decisão em uma determinada localidade. Um serviço de inteligência ou serviço de informações é geralmente um departamento governamental cuja função é a coleta de informações, ditas “inteligência”, relacionadas com possíveis ameaças à segurança do Estado ou organização no aeroporto, visando ações de contramedidas para manter os níveis adequados de segurança. Além das medidas citadas anteriormente, os Operadores Aéreo e de Aeródromo, bem como a ANAC, devem manter comunicação constante no que se refere a fatos pontuais nos aeroportos, cumprindo o estabelecido em normas existentes, uma vez que a atividade perfilada com a Inteligência chama se “Avaliação de Risco”. 17 Avaliação de Risco significa o processo aplicado na gestão de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita de uma organização, abrangendo ao menos as etapas de identificação de ameaças, de vulnerabilidades e do nível de exposição das operações ao risco de atos de interferência ilícita. Através do RBAC 107 (Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita) ele estabelece responsabilidades ao Operador de Aeródromo em seu aeroporto, esta abordagem, de fato, determina qual o cenário de suas operações, sendo a função de inteligência a atualização dos dados que compõe o dito Cenário, conforme segue: Identificação de ameaças – situações, problemas que podem advir das operações do aeroporto, tais como atos de interferência ilícita e ilícitos comuns, mau funcionamento ou interrupções dos serviços, que possibilitem ilícitos, crises relacionadas à segurança da localidade onde o aeroporto opera, ou crises relacionadas a situações internacionais, caso opere este tipo de aviação. Em nível nacional cabe a Polícia Federal o seu estabelecimento (nível de ameaça). Vulnerabilidades – sabidamente, nenhuma “planta” possui proteção de 100% de segurança, portanto observam-se quais pontos podem apresentar a admissão de algum risco, em função da não adoção por alto custo para sua mitigação, ou que o risco seja entendido como mínimo, ou que podem ser superados por ações pontuais, quando da elevação do nível de ameaça. Exemplo: uma proteção física que não esteja dentro dos padrões. O operador de aeródromo deve garantir que as comunicações com organizações responsáveis sejam de caráter reservado, estejam de acordo com a legislação e normatização específica e sejam realizados por meios adequados. Portanto o que identifica a atividade de Inteligência é a instituição de representantes, procedimentos e ferramentas que possibilitem a identificação, coleta e formatação de dados, para a atualização de cenário, visando garantir a estabilidade da segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita. ➢ CONSCIÊNCIA DE SEGURANÇA AVSEC Cultura de segurança – Definição - Conjunto de normas, crenças, valores, atitudes e pressupostos que são inerentes ao funcionamento diário de uma organização e que se refletem nas ações e comportamentos de todas as entidades dessa organização e do seu pessoal. A cultura de segurança da aviação eficaz se baseia em: • Reconhecer que a eficiência da AVSEC é crucial para o sucesso das atividades • Apreciar as práticas positivas de segurança entre os funcionários • Harmonizar a segurança da aviação civil com os objetivos básicos da organização • Entender a segurança como um valor essencial e não como uma obrigação ou despesa onerosa 18 E quais as vantagens: • Envolvimento dos funcionários • Nível de conformidade com as medidas de proteção • Redução de risco • Maior sensação de segurança • Melhora da segurança sem a necessidade de grandes despesas Os procedimentos de segurança funcionam como uma corrente, onde cada indivíduo é responsável por manter a cultura AVSEC com o objetivo de impedir que atos de interferência ilícita aconteçam. Os riscos estão sempre presentes em qualquer profissão e ambiente de trabalho. Porém, há algumas atividades em que eles são muito maiores e requerem um conjunto de cuidados especiais. As atividades relacionadas à AVSEC estão diretamente ligadas a prevenção à atos de interferência ilícita que podem impactar nas diversas áreas do aeroporto, bem como as vidas dos passageiros, tripulantes, pessoal de serviço e público em geral. A ANAC através do Sistema de Gerenciamento da Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita (SGSE), fará o mapeamento de ameaças e gerenciamento do risco a que estão sujeitas as operações da aviação civil, identificando as atividades críticas para alcançar níveis aceitáveis de segurança, inclusive eventuais medidas e procedimentos que estão além do controle e responsabilidade da própria organização. A ANAC implementará, internamente e no ambiente regulado, elementos do SGSE, com o objetivo de tornar as melhorias na segurança da aviação civil mais pró ativas do que reativas. Dentre os elementos do SGSE que a ANAC implementará no contexto da aviação civil brasileira, destacam-se: 1) Comprometimento das altas direções das organizações com a garantia da segurança da aviação civil, incluindo a promoção da cultura de segurança em todos os níveis da organização; 2) 2) Incorporação de Políticas AVSEC nas organizações, elaboradas em conjunto com o corpo de funcionários, aprovadas pelas direções e amplamente divulgadas, firmando comprometimento na observância da regulamentação, na busca pela melhoria contínua da segurança e no encorajamento aos reportes voluntários no caso de detecção de ocorrências, vulnerabilidades ou ameaças à segurança; 3) 3) Encorajamento à constituição de um ambiente em que as organizações públicas e privadas atuem como parceiras na busca pela segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita. MÓDULO 2 – MARCO REGULATÓRIO INTERNACIONAL E NACIONAL. ➢ AS CONVENÇÕES INTERNACIONAIS SOBRE SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL Evolução da Aviação Civil 19 AERONAVEGABILIDADE: Propriedade ou capacidade de uma aeronave realizar um voo seguro ou navegar com segurança no espaço aéreo. Primeiro voo do mais pesado que o ar, denominado 14 BIS, em 23 de outubro de 1906. Percorreu60 metros de distância e 2 metros de altura. Em 1909, Alberto Santos Dumont construiu um novo aeroplano denominado Demoiselle, muito mais leve, compacto e capaz de realizar manobras precisas. Tratava-se de um projeto de construção barato, para que esses fossem fabricados em larga escala e com isso popularizar a aviação. A capacidade de uma aeronave voar com segurança, depende de três componentes básicos: ✓ 1º Certificação do projeto da aeronave – Engloba avaliações de engenharia, simulações, testes em laboratórios e voos experimentais. ✓ 2º Certificação de fabricação – Assegura que cada unidade que sai da linha de montagem é idêntica ao projeto certificado. ✓ 3º O terceiro componente é a manutenção da aeronave. 1ª Guerra Mundial (1914 a 1918) O avião recém-inventado tomou o seu lugar como uma plataforma de observação, como bombardeiro e arma anti-pessoal, assim com uma defesa antiaérea abatendo aviões inimigos. A aviação prendia a atenção geral dos governos dos estados aliados. Era considerada com particular interesse, por conta de suas realizações bélicas. Já se vislumbraram suas reais possibilidades futuras, ou seja, o transporte de carga e passageiro. 1918 – Fim da Guerra Mundial A aviação civil deu um grande passo no tocante à construção aeronáutica e no aproveitamento econômico do transporte aéreo. Surgiram as aeronaves em estrutura metálicas, em substituição às fabricadas em madeira. Eram mais velozes e com maior capacidade de transporte. Tudo isso possibilitou a transformação do avião em meio de transporte pacífico, porém um transporte subdesenvolvido e desorganizado. Foi necessária uma Convenção Internacional para ajudar no desenvolvimento da aviação. Convenções importantes ✓ 1919 Paris; ✓ 1929 Varsóvia; ✓ 1944 Chicago; ✓ 1963 Tóquio; ✓ 1970 Haia; ✓ 1971/ 1991 Montreal 20 As convenções são atos multilaterais, oriundos de conferências internacionais; objetivam estabelecer normas para o comportamento dos Estados, que se comprometem a cumprir as condições e disposições acordadas. ✓ Convenção de Paris 1919. Convenção Internacional de Regulamentação da Navegação Aérea, constituída de 43 artigos que tratavam de aspectos técnicos, operacionais e organizacionais. Assinada em 13 de outubro de 1919 por 27 Estados Membros, visando traçar a paz entre os países envolvidos na Guerra e estabelecer normas técnicas para Aviação Civil Internacional, criando a CINA. A Principal Cláusula foi definir solução para o problema da caracterização da natureza jurídica do espaço aéreo. A França era favorável à livre circulação de aeronaves no espaço aéreo, limitada apenas à altitude que o Estado utilizasse ou de que necessitasse para preservar sua segurança. A inspiração inglesa defendia o princípio da soberania do Estado com relação ao espaço aéreo sobrejacente a seu território. Convenção de Varsóvia 1929 • Disciplinar a responsabilidade do transportador por danos ocasionados, bem como padronizar a forma dos documentos de transporte, bilhetes e passagens. • Unificou regras relativas ao transporte aéreo internacional; • Criou o termo de responsabilidade para os operadores aéreos; • Determinou e padronizou documentos para todos os passageiros, suas bagagens e para a carga. 2ª Guerra Mundial (1939 a 1945) O início da Segunda Guerra Mundial, em setembro de 1939, assinalou uma nova era na história da aviação. Passou-se a dar importância a aviões de combate mais velozes, a bombardeiros com maior capacidade de transporte, movimentando maior quantidade de homens, aeronaves que voassem mais alto e que cobrissem grandes distâncias. Ainda durante esta guerra entraram em ação os primeiros aviões a jato. 21 ✓ Convenção de Chicago 1944 Criar procedimentos padronizados para garantir eficácia na segurança da aviação civil internacional. • O tratado foi firmado em 07 de dezembro de 1944, por 52 nações, porém entrou em vigor em 04 de abril de 1947; • Ratificado em âmbito nacional através do decreto nº 21.713 de 27 de agosto de 1946; A referida Convenção foi dividida em duas partes, sendo: 1ª parte – Regulamentou e padronizou as atividades técnicas da aviação civil, através de 19 anexos; 2ª parte – Criação da Organização da Aviação Civil Internacional “OACI”. Seu propósito é de estabelecer diretrizes e normatizar procedimentos para a aviação civil, principalmente aspectos técnicos e econômicos. Seu objetivo é proporcionar um transporte ordenado, eficiente e seguro. Também estabeleceu diretrizes e normatizou procedimentos para a aviação civil envolvendo dois aspectos: 1. Aspectos técnicos: visava à padronização de técnicas e procedimentos com o objetivo de um transporte aéreo ordenado, eficiente e seguro. 2. Aspectos econômicos: O objetivo era incentivar relações comerciais através de acordos de transporte aéreo. Envolvia também procedimentos de proteção ao passageiro e suas bagagens. 1945 – Final da 2ª Guerra Mundial. 1946 – Foi estabelecida a sede da OACI. A aviação civil se organizou de novo e voltou a se desenvolver, de maneira surpreendente! Tão surpreendente que virou alvo de ataques, para chamar a atenção do mundo. As lideranças eram geralmente de facções religiosas que disputavam o poder sacrificando muitas vidas indefesas. Alguns grupos extremistas revolucionários com ações classificadas como “terrorismo” surgiram com o propósito de chamar a atenção do mundo para as suas causas. Criaram-se exércitos de fanáticos que se espalharam pelo mundo, com ataques cada vez mais intensos e atingindo muito mais a aviação civil. A partir de então a aviação se tornou alvo importante para esses grupos que por meio de ameaças e crimes, conseguem de forma violenta, intimidar, enfraquecer e anular ações das autoridades. Como consequência, o mundo começou a assistir o crescimento de ideologias que difundiam ações terroristas, sempre atingindo a aviação civil. 22 O número de aeronaves sequestradas aumentou e foi necessária outra convenção internacional. ✓ Convenção de Tóquio – 14 de setembro de 1963 Tratou das infrações e certos outros atos praticados a bordo de aeronaves. Surge a definição de SEQUESTRO ILÍCITO DE UMA AERONAVE “Quando uma pessoa a bordo, mediante violência ou intimidação, cometer qualquer ato ilegal de sequestro, interferência ou exercício do controle de uma aeronave em voo ou for iminente a realização desses atos.” Os Estados Contratantes tomaram todas as medidas apropriadas, a fim de que o legítimo comandante da aeronave recobre ou mantenha o controle da mesma. Foi considerado infração, qualquer ato ilegal de sequestro mediante violência ou intimidação ou na interferência no controle de uma aeronave, cometida por qualquer pessoa a bordo. Estados Contratantes tomaram todas as medidas apropriadas a fim de que o legítimo comandante da aeronave recobre ou mantenha o controla da mesma. O impacto das ações terroristas e suas ameaças obrigaram os países a criarem normas em conjunto com um único propósito defensivo de especialização na identificação de ameaças, em combate ao terrorismo. No final dos anos 60 e início dos anos 70, o índice de sequestro de aeronaves civis aumentou drasticamente nos Estados Unidos e em alguns países do mundo. ✓ Convenção de Haia – 16 de dezembro de 1970 Tratou da repressão ao apoderamento ilícito de aeronaves. Qualquer pessoa, a bordo de aeronave em voo, comete crime quando: “Ilicitamente, pela força ou qualquer outra forma de intimidação, se apodera ou exerce controle da referida aeronave, tenta praticar qualquer um desses atos, é cumplice de uma pessoa que pratica ou tenta praticar qualquer um desses atos.” Cada Estado Contratante obriga-se a tornar o crime punível com severas penas. Apesardos inúmeros procedimentos criados para reprimir os atos ilícitos e dos esforços empenhados, terroristas continuaram vendo na aviação civil um alvo em potencial e continuaram com o objetivo de realizar atentados com grande repercussão internacional. ✓ Convenção de Montreal – 23/setembro/1971 23 Tratou da repressão aos atos ilícitos contra a segurança da aviação civil. Os Estados Contratantes definiram que constitui crime, os atos praticados a bordo de aeronave em voo internacional ou doméstico, sendo: • Ato de violência contra pessoa a bordo de aeronave em voo, se tal ato colocar em risco a segurança da aeronave; • Destruição de aeronave em serviço ou dano causado à mesma que a torne incapaz de voar ou possa colocar em risco a sua segurança em voo; • Introdução em uma aeronave em serviço, de dispositivo ou substância capaz de destruí-la ou de lhe causar dano que a torne incapaz de voar e que possa colocar em risco a segurança da aeronave em voo; • Destruição ou dano de facilidades de navegação aérea ou interferência em sua operação, se qualquer dos referidos atos é capaz de colocar em risco a segurança da aeronave em voo; e • Comunicação de falsa informação, colocando em risco a segurança de uma aeronave em voo. Após os sequestros, vieram às ameaças com dispositivos explosivos, tornando-se assim, a principal ameaça aos operadores aéreos. Porém, os sequestros ainda eram uma ameaça a aviação. ✓ Convenção de Montreal - 1991 Tratou sobre a marcação de explosivos plásticos com propósito de proteção. Na Convenção foi definido o controle de: • Explosivos plásticos; • Agente de detecção; • Marcação; • Fabricação; • Artefatos militares devidamente autorizados; • Definição de controles para fabricação dos explosivos, distribuição, marcação, artefatos militares autorizados para o Estado produtor. ➢ REVISÃO DAS NORMAS E PRÁTICAS RECOMENDADAS DO ANEXO 17 24 • Contamos hoje com 19 Anexos Técnicos. • Os anexos contêm Normas e Métodos Recomendados. • Os Estados Contratantes se comprometem a colaborar e cumprir com as determinações. • Nota: Qualquer norma ou método que o Estado considere impraticável, deverá notificar à OACI. O Anexo 17 é um documento criado pela OACI, com o objetivo de estabelecer a seus Estados Contratantes, as principais medidas de segurança contra atos de interferência ilícita. Contém Normas e Práticas Recomendadas (Standard and Recommended Practices – SARPS) para a segurança da aviação civil, que devem ser observadas pelos Estados Contratantes, e está constantemente sendo revisado e alterado à medida em que novas tendências e tecnologias são desenvolvidas, para atuar efetivamente na prevenção de atos de interferência ilícita. É composto por 5 capítulos que são: Capítulo 1 – Definições Capítulo 2 – Princípios gerais Capítulo 3 – Organização Capítulo 4 – Medidas preventivas Capítulo 5 – Gerenciamento para resposta a atos de interferência ilícita. ▪ Capítulo 1 Este capítulo apresenta apenas algumas definições de termos técnicos empregados na área da segurança contra atos ilícitos. Standards and Recommended Practices (SARP) – Norma (PADRÃO) - Standard “Qualquer especificação de suas características físicas, configuração, desempenho material, pessoal ou procedimento, a aplicação uniforme do que é reconhecido como necessário para a segurança ou a regularidade da navegação aérea internacional e para a qual os Estados Contratantes deverão obedecer em conformidade com a Convenção.” Prática Recomendada – Recommended Practice “Qualquer especificação de suas características físicas, configuração, desempenho material, pessoal ou procedimento, a aplicação uniforme do que é reconhecido como desejáveis no interesse da segurança, regularidade e eficiência da navegação aérea internacional, e que os Estados Contratantes deverão esforçar-se para obedecer, em conformidade com a Convenção”. ▪ Capítulo 2 25 Este capítulo traz procedimentos que devem assegurar que as medidas de segurança interfiram o mínimo possível nas atividades da aviação civil, desde que a eficiência dessas medidas não fique comprometida. ▪ Capítulo 3 Todos os estados contratantes devem criar uma Organização nacional e autoridade competente. No Brasil: • Implementação de um programa nacional de aviação civil (PNAVSEC – decreto lei 7168 de maio de 2010). • ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil – órgão regulador que deve desenvolver e implementar regulamentos, métodos e procedimentos para oferecer a segurança necessária para operação de aeronaves. • CONSAC – Comissão Nacional de Segurança de Aviação Civil – Tem como objetivo coordenar atividades de segurança entre departamentos, agencias e organismos do Estado, operadores de aeródromos, operadores aéreos e outras entidades envolvidas na implementação de vários aspectos do PNAVSEC. • Operadores de aeródromos – Implementação por escrito de um programa de segurança aeroportuária adequado de acordo com o Programa Nacional (PSA – Programa de Segurança Aeroportuária). • CSA (Comissão de Segurança Aeroportuária) – Comitê de Segurança para coordenar e implementar os controles e procedimentos de segurança, conforme especificado no Programa de Segurança Aeroportuária. • Operadores aéreos – Implementação por escrito de um programa de segurança de operador aéreo (PSOA) adequado ao cumprimento dos requisitos do programa nacional de segurança. • PNCQAVSEC (Programa Nacional de Controle de Qualidade da Segurança da Aviação Civil) – Documento elaborado para garantir a eficiência do PNAVSEC. • PNIAVSEC (Programa Nacional de Instrução em Segurança da Aviação Civil) – Documento elaborado com o objetivo de garantir que o pessoal que implementa os controles de segurança seja devidamente treinado e que detenham competência para o desempenho de suas atribuições. ▪ Capítulo 4 Objetivos – Adoção de várias medidas para proteger a aviação civil dos atos de interferência ilícita: • Produtos proibidos para embarque; • Proteção de aeronaves em solo; 26 • Controle de acesso à cabine de comando da aeronave; • Reconciliação de passageiros e bagagens; • Proteção da bagagem despachada; • Medidas de segurança referente aos passageiros e suas bagagens de mão; • Proteção da carga, mala postal e outras mercadorias; • Medidas relacionadas às categorias especiais de passageiros (diplomatas, passageiros armados, passageiros sob custódia policial, agentes de segurança estrangeiros); • Credenciamento; • Medidas relativas ao controle de acesso de pessoas e veículos; • Supervisão da movimentação de pessoas e veículos próximos às aeronaves. ▪ Capítulo 5 Prevenção: • Proteção de aeronaves; • Inspeção de passageiros, funcionários, tripulantes e pertences de mão; • Plano de contingência (Medidas adicionais de segurança para situações de elevado nível de ameaça) Resposta: • Coleta de informações – Garantir que o Controle de Tráfego Aéreo colete todas as informações possíveis e dissemine essas informações para todos os órgãos envolvidos na contingência deste evento. • Permanência da aeronave no solo – Medidas para assegurar que aeronave sob interferência ilícita permaneça no solo, a menos que a partida seja justificada pela necessidade imperiosa de salvar vidas. USAP – (Universal Security Audit Program) Programa de auditorias criado após os ataques de 11/Set/2001 para promover a segurança da aviação civil através do monitoramento de desempenho de segurança dos Estados Membros, a fim de reforçar capacidades de segurança da aviação. A OACI editou o Doc. 9807 que referencia a aplicação de auditorias de forma regular e contínua. Emenda 10 do anexo 17 de 07 de dezembro de 2001 • Aplicação da SARP’S paravoos domésticos; • Comunicação das informações sobre ameaças entre Estados; • Treinamento e certificação de pessoal AVSEC; 27 • Proteção da cabine de comando; • Controle de segurança de passageiros e suas bagagens de mão; e • Maior cooperação com relação à resposta contra atos de interferência ilícita. Emenda 11 do anexo 17 de 10 de abril de 2006 • Programa de Segurança para a aviação civil geral e serviços aéreos especializados; • PNCQAVSEC – Programa Nacional de Controle de Qualidade; • Medidas de segurança para 100% da carga transportada em aeronaves de passageiros; • Oficiais de segurança em voo. Portanto a criação do Anexo 17 pela OACI também busca como meta: • Fornecer informações para que haja êxito na segurança da aviação civil internacional; • Incentivar os Estados Contratantes a aplicar procedimentos de segurança através das normas e práticas recomendadas visando um sistema seguro e eficiente na aviação civil internacional; e • Contribuir na prevenção de atos de interferência ilícita através de seus cinco capítulos elaborados na Convenção de Chicago. Anexos técnicos: 01 – Licença de Pessoal; 02 – Regras do Ar; 03 – Serviço Meteorológico; 04 – Cartas Aeronáuticas; 05 – Unidades de Medida; 06 – Operação de Aeronave; 07 – Marcas de Nacionalidade e de Matrícula de Aeronaves; 08 – Aeronavegabilidade; 09 – Facilidade; 10 – Telecomunicações Aeronáuticas; 11 – Serviço de Tráfego Aéreo; 12 – Busca e Salvamento; 13 – Investigação de Acidentes de Aeronaves; 14 – Aeroportos; 15 – Informações Aeronáuticas; 16 – Proteção ao Meio Ambiente; 17 – Segurança da Aviação Civil; 18 – Carga Perigosa; e 19 – SGSO – Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional. ❖ PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL CONTRA ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA 28 O Decreto nº 7.168 de 05 de maio de 2010, sancionado pelo Presidente de República Federativa do Brasil, dispõe sobre a obrigatoriedade do cumprimento do Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita (PNAVSEC) por todos os segmentos do Sistema de Aviação Civil. O PNAVSEC tem por finalidade instruir e dispor sobre os requisitos a serem aplicados pelos segmentos do Sistema de Aviação Civil, na proteção contra atos de interferência ilícita. O objetivo é disciplinar a aplicação de medidas de segurança destinadas a garantir a integridade de passageiros, tripulantes, pessoal de terra, público em geral, aeronaves e instalações de aeroportos brasileiros, a fim de proteger as operações da aviação civil contra atos de interferência ilícita cometidos no solo ou em voo. É um documento editado em conformidade com diretrizes e regras de atos internacionais (convenções, anexos e documentos da OACI), bem como as diretrizes e regras da legislação nacional (leis e decretos) relacionadas com o tema em questão. O PNAVSEC define atribuição de responsabilidades dos seguintes envolvidos: • ANAC; • Operadores de Aeródromo; • Exploradores de Áreas; • Operadores Aéreo; • Órgãos de Segurança Pública; • Comando da Aeronáutica; • Organização do Sistema Nacional de Defesa Civil; e • Outras Organizações. O PNAVSEC define a responsabilidade de coordenação e da comunicação aos seguintes organismos: • CONSAC; • CSA; • Comunicação com a Imprensa; • Comunicação e da Cooperação com Estados estrangeiros; • Comunicação com a OACI; e • Comunicação e das informações em Âmbito Nacional. Define critérios sobre proteção de aeroportos, aeronaves e auxílios à navegação aérea. Estabelece que os operadores de aeródromo e operadores aéreos, através de seus Programas de Segurança, devem descrever detalhadamente os tipos de equipamentos de segurança utilizados, sua forma de aquisição, calibração, técnicas de operação e manutenção. 29 Estabelece exigências para definir critérios de seleção do pessoal envolvido em AVSEC. Define responsabilidades e critérios para as organizações e entidades envolvidas em AVSEC, quanto ao desenvolvimento e aplicação dos PIAVSEC. Define responsabilidades aos Operadores de Aeródromo e Aéreo sobre a elaboração de seus Planos de Contingência e os respectivos desdobramentos. Define a responsabilidade para os integrantes do sistema, a elaboração de um Programa de Controle de Qualidade, visando assegurar a eficácia do cumprimento dos procedimentos e demais controles de segurança estabelecidos em norma. Define que através de coletas e avaliações prontas e contínuas das informações sobre a ameaça, implicam na necessidade da manutenção do efetivo programa de segurança. Estabelece que cada órgão e entidade participante em AVSEC deve garantir que haja previsão orçamentária disponível para sua aplicação dentro das respectivas competências. ❖ RBAC 107 e IS 107 O referido documento tem por objetivo estabelecer os requisitos a serem aplicados pelos operadores de aeródromo para garantir a integridade de passageiros, tripulantes, pessoal de terra, público em geral, aeronaves e instalações aeroportuárias, de forma a proteger as operações da aviação civil contra atos de interferência ilícita. Aplicabilidade – O RBAC 107 se aplica ao operador de aeródromo civil, compartilhado ou não cujas responsabilidades relacionadas à segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita (AVSEC) estão previstas no artigo 8º do Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita (PNAVSEC). O RBAC 107, não se aplica: ✓ Aos aeródromos civis destinados exclusivamente a helicópteros (helipontos ou heliportos); ✓ Às áreas militares dos aeródromos civis compartilhados; e ✓ Às instalações e serviços de controle do espaço aéreo e de proteção ao voo, sob responsabilidade de organizações das Forças Armadas. 30 O universo de aeródromos abrangidos pelo RBAC 107 é classificado de acordo com: • Infraestrutura do aeródromo disponível, avaliada observando os serviços e as facilidades proporcionados por pistas de pouso, pistas de táxi, pátio de estacionamento de aeronaves, terminais de passageiros e carga e área de estadia; • O tipo de serviço aéreo operado no aeródromo; e • O número de passageiros processados. As classes definidas para os aeródromos, segundo o tipo de serviço aéreo em operação e o número de passageiros processados, são: Classe AP-0: Aeródromo com operação exclusiva de aviação geral, de serviço de táxi aéreo e/ou de aviação comercial na modalidade de operação de fretamento; Classe AP-1: Aeródromo com operação da aviação comercial regular ou na modalidade de operação charter e com média aritmética anual de passageiros processados nessas operações nos últimos 3 (três) anos inferior a 600.000 (seiscentos mil); Classe AP-2: Aeródromo com operação da aviação comercial regular ou na modalidade de operação charter e com média aritmética anual de passageiros processados nessas operações nos últimos 3 (três) anos superior ou igual a 600.000 (seiscentos mil) e inferior a 5.000.000 (cinco milhões); Classe AP-3: Aeródromo com operação da aviação comercial regular ou na modalidade de operação charter e com média aritmética anual de passageiros processados nessas operações nos últimos 3 (três) anos superior ou igual a 5.000.000 (cinco milhões). A ANAC dará publicidade à classificação dos aeródromos, para fins de aplicação do RBAC 107, considerando os dados estatísticos encaminhados à Agência, nos termos da normativa em vigor. (1) Em aeródromo que possua menos de 3 (três) anos de operação, o operador de aeródromo deve declarar à ANAC a classe em que pretende operar. (i) A classe atribuída ao aeródromo novo deve ser avaliada durante os 2 (dois) primeiros anos de sua operação, com vistas à adequação de classe.Nota: Independente da classe atribuída, a ANAC pode estabelecer a obrigatoriedade de atendimento a requisito(s) específico(s) para qualquer operador de aeródromo, desde que previamente justificado, com base em avaliação de risco efetuada pela ANAC. A metodologia de aplicação do RBAC 107 é alcançada com a utilização da Tabela de Requisitos disponibilizada no apêndice no referido regulamento. 31 O mecanismo de utilização está relacionado no cruzamento das classes de aeródromos com a indicação do grau de aplicação estabelecido, podendo definir como: obrigatório, recomendado ou dispensado. Através das subpartes constantes do RBAC 107, são descritos os requisitos estabelecidos para as suas aplicações segundo a classificação dos aeródromos, conforme segue: • Recursos organizacionais, tecnológicos e humanos; • Sistema de coordenação e comunicação; • Sistema de proteção aplicado às áreas e instalações do aeródromo; • Sistema de proteção aplicado a pessoas/objetos • Sistema de contingência de AVSEC; • Programas e planos de segurança; • Disposições finais e transitórias. Para garantir a eficácia da atividade de supervisão realizada pelo operador de aeródromo, por meio de criação de instrumentos que motivem a implementação de ações sob responsabilidade de terceiros que estejam relacionadas ao cumprimento dos requisitos do RBAC 107, é necessário que: • Haja celebração de acordos operacionais com os operadores aéreos e demais exploradores de área aeroportuária, que prevejam condutas de observância dos requisitos e procedimentos AVSEC a serem cumpridos; e • Realizar gestão permanente junto aos órgãos públicos. 32 IS 107 (Instrução Suplementar) Define o modelo de programa de segurança aeroportuária (PSA) e estabelece meios e procedimentos para o cumprimento dos requisitos do RBAC nº 107. Descreve, detalha e orienta a elaboração do programa de segurança aeroportuário, com a orientação de recursos materiais, humanos, organizacionais e procedimentais aceitos pela ANAC para fins de implementação do cumprimento dos requisitos do RBAC 107 por parte dos operadores de aeródromo. ❖ DEMAIS REGULAMENTOS BRASILEIROS O RBAC 108 aplica-se ao operador aéreo cujas responsabilidades relacionadas à segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita estão atribuídas nos artigos 10 e 11 do PNAVSEC. O objetivo é estabelecer os requisitos a serem aplicados pelos operadores aéreos para garantir a integridade de passageiros, tripulantes, pessoal de terra, público em geral, aeronaves e instalações de aeródromos, de forma a proteger as operações da aviação civil contra atos de interferência ilícita. Atualmente, não há obrigatoriedade de o operador aéreo apresentar à ANAC um Programa para análise, uma vez que a Instrução Suplementar nº 108 (IS nº 108 E) será considerada o Programa de Segurança do Operador Aéreo (PSOA) de cada operador aéreo. Assim, somente as propostas de procedimentos alternativos (Diferenciados) aos contidos na IS nº 108 ou medidas adicionais de segurança deverão ser encaminhadas para ANAC para análise e aprovação. Através das subpartes constantes do RBAC 108, são descritos os requisitos estabelecidos para as suas aplicações segundo a classe dos operadores aéreos. A metodologia de aplicação do RBAC 108 é alcançada com a utilização da Tabela de Requisitos disponibilizada no apêndice no referido regulamento. O mecanismo de utilização está relacionado no cruzamento das classes de aeródromos com a indicação do grau de aplicação estabelecido, podendo definir como: aplicável ou não aplicável. 33 Intitulada “Programa de Segurança do Operador Aéreo (PSOA)”, que descreve procedimentos de segurança, de contingência e de comunicação aceitos pela ANAC para o cumprimento dos requisitos contidos no RBAC nº 108. assinada pelo Gerente de Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita – GSAC. A versão completa da IS 108-001 possui acesso restrito e será enviada, por correio eletrônico, aos responsáveis AVSEC de operadores de aeródromo, aéreo e centro de instrução que possuam cadastro na ANAC para acesso à informação restrita AVSEC. A IS nº 108-001contempla na parte final, todos os modelos de formulários previstos para as atividades em AVSEC do Operador Aéreo, objetivando a padronização das informações, além de fazerem composição do Despacho AVSEC do voo. RBAC 110 e IS 110 O objetivo do RBAC 110 é regulamentar as atividades de Capacitação em Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita, a toda comunidade da aviação, obedecendo aos preceitos estabelecidos no Apêndice “A” do presente regulamento, conforme atividade desenvolvida. O RBAC 110 apresenta sua organização de forma segmentada conforme a aplicabilidade aos respectivos operadores de aeródromo e aéreo, agentes de carga aérea acreditados, centros de instrução e profissionais AVSEC, obedecendo aos requisitos que se seguem: 34 • Requisitos de capacitação para profissionais que realizam atividades AVSEC; • Responsabilidades dos Centros de Instrução; • Responsabilidades das Organizações com responsabilidade AVSEC; e • Fiscalização, Consequências e Sanções Administrativas. Também determina que para esclarecer, detalhar e orientar a construção de um MPCI (Manual de Procedimentos do Centro de Instrução), conforme requisito “Responsabilidades dos Centros de Instrução” foi estabelecido uma Instrução Suplementar nº 110-001 – Revisão “A”, de 29 de outubro de 2015, aprovada através da Portaria nº 2893/SIA, de 28 de Outubro de 2015. Portaria 1155/SIA de 15 de maio de 2015 Dispõe sobre os procedimentos diferenciados de inspeção. Resolução nº 461 de 25 de janeiro de 2018 Dispõe sobre os procedimentos de embarque e desembarque de passageiros armados, despacho de arma de fogo e de munição e transporte de passageiro sob custódia a bordo de aeronaves civis. Resolução 515 de 10 de maio de 2019 Dispõe sobre os procedimentos de inspeção de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita nos aeroportos e dá outras providências. MÓDULO 3 – PLANEJAMENTO AEROPORTUÁRIO E RECURSOS DE SEGURANÇA AVALIAÇÃO DE RISCO E PLANEJAMENTO A resolução 167 de 17 de agosto de 2010 estabelece diretrizes para o gerenciamento de risco à Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita pela ANAC. O gerenciamento de risco à AVSEC compreende a identificação das vulnerabilidades e dos níveis de ameaças, bem como a avaliação, o controle e a mitigação dos riscos, associados às 35 operações de aeródromos e empresas aéreas. Aplica-se a todos os aeródromos brasileiros e empresas aéreas que operam no Brasil. A ANAC pode delimitar o universo de aeródromos e de empresas aéreas aos quais o gerenciamento de risco à AVSEC deve ser aplicado de maneira contínua e sistemática. ➢ Processo de avaliação de risco Os níveis de vulnerabilidade de aeródromos e de empresas aéreas devem ser estabelecidos pela ANAC, com base nos resultados das atividades de controle de qualidade da AVSEC. As atividades de controle de qualidade da AVSEC compreendem auditorias, inspeções e testes realizados pela ANAC. Os níveis de ameaça à AVSEC devem ser estabelecidos pela Polícia Federal em interface com a ANAC, operadores de aeródromos e órgãos integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência. Os níveis de ameaça são estabelecidos em âmbito específico, para aeródromos e empresas aéreas, e em âmbito nacional. O nível de risco à AVSEC deve ser estabelecido com base nos níveis de vulnerabilidade e de ameaça associados a cada aeródromo ou empresa aérea. Alteraçõesno nível de ameaça à AVSEC em âmbito nacional, estabelecidos pela Polícia Federal, implicam alterações proporcionais nos níveis de risco de aeródromos e empresas aéreas. ❖ Critérios para determinar o nível de vulnerabilidade de aeródromos estabelecidos pela ANAC: I – A adequada definição de responsabilidades quanto às questões de AVSEC no aeródromo; II – A existência e as condições das barreiras físicas que evitem acesso indevido às áreas restritas de segurança do aeródromo; III – O estabelecimento de medidas e procedimentos de AVSEC pelos órgãos e entidades atuantes no aeródromo, compatíveis com a complexidade de suas operações; IV – As medidas de AVSEC adotadas para controle dos acessos existentes às áreas restritas de segurança do aeródromo; 36 V – A avaliação do histórico de não conformidades do operador de aeródromo relativas a atos normativos que dispõem sobre AVSEC; e VI – A eficácia das medidas de segurança adotadas pelo operador de aeródromo para garantia da AVSEC. ❖ Critérios para determinação do nível de ameaça de aeródromos estabelecidos pela Polícia Federal: I – A existência na região de grupos organizados capazes de realizar atos de interferência ilícita contra a aviação civil; II – O registro de ocorrência de atos de interferência ilícita ou manifestações públicas nas dependências ou nas imediações do aeródromo; III – O volume de tráfego total no aeródromo; IV – A existência de empresa aérea com ligação a localidades potencialmente sujeitas a atos de interferência ilícita; V – A realização frequente de eventos de grande repercussão nacional ou internacional na região atendida pelo aeródromo; e VI – A presença frequente de dignitários ou de pessoas que sejam potencialmente sujeitos a ataques individuais. ➢ São critérios para determinação do nível de vulnerabilidade de empresas aéreas estabelecidos pela ANAC: I – A adequada definição de responsabilidades quanto às questões de AVSEC na estrutura da empresa aérea; II – O estabelecimento das medidas e procedimentos de AVSEC pela empresa aérea e por suas contratadas, compatíveis com a complexidade de suas operações; III – A avaliação do histórico de não conformidades da empresa aérea relativas a atos normativos que dispõem sobre AVSEC; e IV – O registro de ocorrências de atos de interferência ilícita contra a empresa aérea. ➢ São critérios para determinação do nível de ameaça de empresas aéreas estabelecidos pela Polícia Federal: 37 I – O tipo de tráfego operado pela empresa aérea, classificado em doméstico, internacional, regular ou não regular; II – O registro de atos de interferência ilícita envolvendo as operações da empresa aérea; III – A realização de operações potencialmente sujeitas a atos de interferência ilícita; IV – A capacidade e alcance das aeronaves operadas pela empresa aérea; V – A realização de transporte de valores pela empresa aérea; VI – A característica do transporte realizado pela empresa aérea, classificado em transporte de passageiros, transporte de carga ou transporte de passageiros e carga; e VII – As condições técnico-operacional e financeira da empresa aérea. A avaliação do nível de vulnerabilidade deve ser realizada sempre que for concluída uma atividade de controle de qualidade AVSEC pela ANAC, ou sempre que houver ato de interferência ilícita contra a aviação civil ou sobrevierem fatos que possam indicar sua ocorrência. A avaliação do nível de ameaça à AVSEC deve ser atualizada periodicamente ou sempre que houver ato de interferência ilícita contra a aviação civil. A avaliação do nível de risco à AVSEC de aeródromos ou empresas aéreas envolvidos em ato de interferência ilícita contra a aviação civil deve ser realizada no prazo de até 30 (trinta) dias após a sua ocorrência. Os resultados das avaliações de risco realizadas nos aeródromos e nas empresas aéreas devem ser considerados pela ANAC nas atividades de sua competência, visando ao controle e mitigação do risco à AVSEC, em particular para: I-Definir quais medidas de segurança contra atos de interferência ilícita adotadas no transporte aéreo internacional devem ser estendidas ao transporte aéreo doméstico; II-Propor à CONSAC a reavaliação das medidas de segurança e procedimentos do PNAVSEC, a fim de prevenir a recorrência de atos de interferência ilícita; III-Estabelecer as prioridades e frequência de realização das atividades de controle de qualidade, no âmbito da AVSEC; e IV-Estabelecer ou reavaliar os requisitos relacionados a: a) Definição das áreas restritas de segurança nos aeródromos; b) Inspeção das pessoas que acessam as áreas restritas de segurança dos aeródromos; 38 c) Inspeção de segurança nas aeronaves; e d) Medidas aplicáveis aos controles de segurança para passageiros, bagagem, carga, mala postal e provisões. De acordo com o nível de risco à AVSEC avaliado, e considerando o interesse público, a ANAC deve determinar a adoção de medidas adicionais de segurança e de restrições operacionais aplicáveis a aeródromos e empresas aéreas. Tais medidas adicionais de segurança, constituem: disponibilizados pelo operador de aeródromo ou pela empresa aérea. As restrições operacionais constituem qualquer limitação à capacidade operacional de aeródromos ou empresas aéreas, podendo culminar na suspensão parcial ou total das operações. As medidas adicionais de segurança e as restrições operacionais devem ser aplicadas com o objetivo de combater especificamente as ameaças e as vulnerabilidades, de maneira proporcional, visando à manutenção do nível de risco de aeroportos e empresas aéreas em índices toleráveis. ➢ Restrições operacionais As restrições operacionais constituem qualquer limitação à capacidade operacional de aeródromos ou empresas aéreas, podendo culminar na suspensão parcial ou total das operações. As medidas adicionais de segurança e as restrições operacionais devem ser aplicadas com o objetivo de combater especificamente as ameaças e as vulnerabilidades, de maneira proporcional, visando à manutenção do nível de risco de aeroportos e empresas aéreas em índices toleráveis. As medidas adicionais de segurança e as restrições operacionais devem ser aprovadas por 39 ato da Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária, em documento denominado Diretriz de Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita (DAVSEC). Observando os prazos estabelecidos pela ANAC, o operador de aeródromo ou a empresa aérea podem encaminhar sugestões de alteração ao conteúdo da DAVSEC emitida, inclusive com proposição de medidas adicionais de segurança e restrições operacionais alternativas. As sugestões de alteração ao conteúdo da DAVSEC devem ser submetidas à aprovação da Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária. A apresentação de sugestões de alteração não implica efeito suspensivo da DAVSEC. A DAVSEC deve conter, além das medidas adicionais de segurança e das restrições operacionais as seguintes informações: I – O seu âmbito de aplicação, especificando os aeródromos ou empresas aéreas aos quais se aplica; II – O prazo para implantação das medidas adicionais de segurança e das restrições operacionais; III – O prazo para proposição, pelo operador de aeródromo ou pela empresa aérea, de sugestões de alteração ao conteúdo da DAVSEC; IV – A sua vigência; e V – A fundamentação para a determinação das medidas adicionais de segurança e restrições operacionais. O prazo para implantação do estabelecido na DAVSEC deve ser compatível com a gravidade dos riscos e suas implicações para a AVSEC, a complexidade das medidas adicionais e o impacto das restrições operacionais. A DAVSEC pode tervigência estabelecida por prazo determinado ou condicionada à reavaliação do nível de risco à AVSEC a índices toleráveis O conteúdo da DAVSEC e seus anexos devem ser classificados, podendo ser de caráter sigiloso, no todo ou em parte. ➢ Avaliação de risco – Operador de Aeródromo – Fonte: Apêndice F da IS 107 001 AVALIAÇÃO DE RISCO E PLANEJAMENTO AEROPORTUÁRIO ✓ Processo de Avaliação de Risco – Conforme IS 107 40 O operador de aeródromo realiza a avaliação de risco do aeródromo a cada alteração perceptível nas ameaças ou alterações em suas instalações ou medidas de segurança no mínimo, a cada 12 meses (doze meses). As avaliações de risco são produzidas no formato de relatório e arquivadas, em meio físico ou digital por, no mínimo, 5 (cinco) anos. A avaliação de risco, assim que concluída, é encaminhada ao Departamento de Polícia Federal e aos demais órgãos de segurança pública com presença e atuação no sítio aeroportuário ou nas áreas adjacentes. O operador do aeródromo utiliza um método de avaliação de risco, conforme apresentado no formulário de dados AVSEC do aeródromo, que busca identificar, avaliar e comparar as ameaças e vulnerabilidades do aeródromo, como forma de auxiliar a gestão de recursos alocados na prevenção e mitigação de atos de interferência ilícita. A regulamentação apresenta medidas obrigatórias às quais já passaram por um processo de avaliação de risco no seu processo de produção. No entanto, medidas normativas gerais podem não ser suficientes para atacar todos os riscos de um aeroporto, uma vez que há especificidades distintas. Nesse sentido, a avaliação de risco do aeroporto é uma medida que complementa a regulação com o objetivo de identificar riscos particulares e medidas para mitigar esses riscos. A avaliação de risco auxilia na definição de medidas de segurança pelo operador de aeródromo, como por exemplo: a) A localização de câmeras de vigilância; b) O posicionamento de postos de vigilância; c) As rotas e frequência de realização de rondas; d) Locais sujeitos à identificação automatizada de intrusos; e) Gestão junto às autoridades competentes para apresentar os locais de maiores riscos à aviação; e f) As contramedidas de segurança cibernética a serem implementadas nos sistemas críticos. No mínimo os seguintes cenários de ameaça são analisados no processo de avaliação de risco, como forma de identificar pontos vulneráveis e medidas de segurança a Avaliação de vulnerabilidades 41 a) Ataque ao lado terra do aeroporto do terminal de passageiros; b) Ataque a aeronave utilizando dispositivo de defesa antiaérea portátil (MANPADS), quando o aeródromo for de classe AP-3 ou atender operação de voo comercial internacional; c) Ataque cibernético aos sistemas informatizados essenciais, quando o aeródromo for de classe AP-3 ou atender operação comercial de voo internacional; d) Introdução de dispositivo explosivo improvisado em ARS por passageiro, no próprio corpo ou nos pertences de mão; e) Introdução de dispositivo explosivo improvisado em ARS por funcionário, no próprio corpo, nos pertences ou em veículo; f) Invasão de ARS visando apoderamento ilícito de aeronave ou roubo; e g) Ataque utilizando dispositivo químico, biológico, radioativo ou nuclear. ➢ A ameaça é avaliada através do levantamento das seguintes informações mínimas: a) Presença conhecida de organização criminosa com potencial para conduzir ato de interferência ilícita; b) Ocorrência de ações violentas nas dependências do aeródromo nos últimos anos, inclusive atos de interferência ilícita; c) Ocorrência de manifestações ou greves nas dependências ou imediações do aeródromo nos últimos anos; d) Ocorrência de ações violentas nas dependências do aeródromo nos últimos anos, inclusive atos de interferência ilícita; e) Número de voos regulares domésticos e internacionais operados no aeródromo; f) Voos que possam ser considerados alvos potenciais; g) Proximidade de regiões sede de eventos de grande visibilidade na mídia nacional ou internacional; h) Trânsito elevado de autoridades nacionais e internacionais. ➢ A vulnerabilidade é avaliada através do levantamento das seguintes informações mínimas: 42 a) Recursos humanos e tecnológicos (equipamentos de inspeção, CFTV, detector de intrusos, alarme, fechaduras eletrônicas, entre outros) disponíveis para proteção das áreas do aeródromo; b) Procedimentos de segurança aplicados no aeródromo frente aos possíveis cenários de perpetração de atos de interferência ilícita; c) Identificação dos locais mais e menos vulneráveis do aeródromo; d) Não conformidades apontadas nos relatórios das atividades de controle de qualidade, com ênfase naquelas que ainda não foram sanadas. e) Características e condições das barreiras de segurança e dos pontos de controle de acesso nos seguintes pontos: (1) Divisas entre Lado Ar e Lado Terra; (2) Divisas entre áreas controladas e ARS; e (3) Divisas de pontos sensíveis. A avaliação de risco abrange toda a área patrimonial do aeródromo, incluindo tanto o lado ar quanto o lado terra, bem como eventuais áreas públicas adjacentes ao sítio aeroportuário que possam causar prejuízo às operações se atingidas por atos de interferência ilícita. Com o levantamento e análise das ameaças e vulnerabilidades do aeródromo, o operador identifica as áreas, estruturas e procedimentos mais críticos (maior risco) para a manutenção da segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita. A identificação das áreas, estruturas e procedimentos mais críticos é apresentada no relatório de avaliação de risco e utilizada para guiar a alocação dos recursos disponíveis para a manutenção da segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita, na forma de melhorias permanentes ou provisórias de infraestrutura e medidas de segurança, tais como, a reforma de uma barreira de segurança, a instalação de câmera de vigilância em um ponto sensível, a instalação de sistema de iluminação e a contratação de APAC e vigilantes. Durante a aplicação das medidas de segurança, de forma contínua ao longo do tempo, o operador do aeródromo avalia e apresenta no relatório de avaliação de risco, a efetividade, sustentabilidade e viabilidade econômica dos processos e recursos empregado. ❖ PROJETO E ANÁLISE DE INFRAESTRUTURA SOB A ÓTICA AVSEC Consideração dos Aspectos de AVSEC durante Obras e Serviços 43 O operador do aeródromo planeja e executa as obras e serviços que ocorrem no aeródromo de forma a preservar a segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita, utilizando os seguintes procedimentos, combinados ou não: a) Controle de entrada e saída na ARS de ferramentas e materiais enquadrados como objetos proibidos; b) Controle de acesso de funcionários à AC e ARS; c) Controle de acesso e comboio de veículos e equipamentos; d) Segregação de área por meio de vigilância; e) Segregação de área por meio de barreira de segurança física; e f) Outros procedimentos. O acesso de ferramentas deve ser controlado, conforme procedimento determinado pelo aeródromo. Durante a realização de obras e serviços o operador de aeródromo estabelece procedimentos especiais para controle do trânsito de veículos que não acessam frequentemente as áreas operacionais do aeródromo, tais como, caminhões de entrega de materiais de construção e de equipamentos. As áreas de realização de obras e serviços podem ser segregadas do restante da área operacional, através de vigilância permanente ou da instalação de barreiras de segurança, impedindo o trânsito indevido de pessoas e veículos. A implantação ou retirada de barreiras relacionadas à execução de obras ou serviços na área operacional ou nos limites desta é coordenada com o setor responsável pelasegurança do aeródromo, garantida a vigilância permanente da área. ❖ AMPLIAÇÃO DE UM AEROPORTO E SEUS IMPACTOS EM AVSEC Consideração dos Aspectos de AVSEC em Estudos e Projetos Aeroportuários O operador do aeródromo avalia os estudos e projetos com fins de reforma, modernização ou ampliação da infraestrutura e instalações aeroportuárias, garantindo que os aspectos AVSEC sejam observados e contemplados, em especial os requisitos estabelecidos pelo RBAC 107 e avaliação de risco do aeródromo. A fim de diminuir a possibilidade de ocorrência de um ato de interferência ilícita contra as instalações aeroportuárias e seus usuários, e para reduzir ao mínimo os efeitos de um ato desse tipo, os seguintes elementos “chave” se integram ao projeto do aeródromo: (a) Zoneamento e Barreiras de Segurança; (b) Vigilância e Supervisão; (c) Credenciamento e Autorização; (d) Controle de Acesso. 44 A avaliação AVSEC de estudos e projetos verifica se as soluções arquitetônicas e de infraestrutura propostas são adequadas para a implementação das medidas de segurança no aeródromo, observando as seguintes diretrizes básicas: a) Integração das medidas de segurança dentro das instalações do aeródromo, como forma de manter o uso eficiente dos espaços disponíveis para processamento de passageiros, bagagens, carga, materiais de serviço, mercadorias e suprimentos; b) Adequação das dimensões das áreas destinadas (área para implantação de módulos de inspeção, áreas para realização da inspeção de bagagens despachadas, entre outras) à aplicação das medidas da segurança em relação à demanda do aeródromo; c) Facilitação na implementação do plano de contingência AVSEC do aeródromo; d) Proteção adequada de pontos sensíveis; ❖ AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA ➢ Equipamentos de Segurança e Especificações Técnicas O operador de aeródromo trata como equipamento de segurança todo dispositivo de natureza especializada, de uso individual ou integrante de um sistema, utilizado para auxílio na detecção de intrusos, armas, substâncias, objetos ou dispositivos proibidos ou perigosos. O operador somente adquire equipamentos de inspeção de segurança que atendam às especificações técnicas mínimas e aos parâmetros de detecção, calibração e operação definidos no Anexo 1 da IS 107 001, e eles devem constar no PSA. O operador de aeródromo, durante o processo de aquisição de equipamentos de segurança, considera a utilização de tecnologias modernas que permitam a execução das medidas de segurança de forma eficiente e eficaz, respeitando a privacidade do usuário e promovendo a facilitação do transporte aéreo. ➢ Novas Tecnologias e Conceitos Operacionais 45 Caso o operador de aeródromo opte por utilizar equipamento de inspeção de segurança que adote tecnologias ou conceitos operacionais ainda não previstos pela regulamentação, solicita aprovação prévia da ANAC para sua operação. A solicitação é encaminhada à ANAC pelo operador de aeródromo, com as seguintes informações mínimas: a) Nome do equipamento; b) Descrição do equipamento, com imagens; c) Descrição da função exercida pelo equipamento; d) Descrição das capacidades de detecção e processamento; e) Descrição da forma com que o equipamento será utilizado no aeródromo; f) Exemplos de utilização em outros países e áreas além da aviação civil, caso existam. Somente após aprovação prévia da ANAC o operador de aeródromo inicia a utilização de equipamento de inspeção de segurança que adote tecnologias ou conceitos operacionais ainda não previstos pela regulamentação, com exceção de operações assistidas autorizadas pela ANAC. Com o objetivo de verificar a eficácia e capacidade de operação de determinado equipamento de segurança inovador, a critério da ANAC, o operador de aeródromo utiliza o equipamento por período específico, na forma de operação assistida. ➢ Inventário dos Equipamentos de Segurança O operador de aeródromo mantém, física ou eletronicamente, um inventário atualizado com a descrição de todos os equipamentos de segurança em utilização no aeródromo. O inventário contém, para cada equipamento, no mínimo, os seguintes dados: a) Modelo e fabricante do equipamento; b) Número de série; c) Data de aquisição; e d) Local atual de utilização. ➢ Configuração de um canal de inspeção de segurança 46 Cada ponto de controle de acesso de passageiros, funcionários e tripulantes à ARS é constituído por um ou mais módulos de inspeção de pessoas, que são operados, no mínimo, com os recursos humanos e materiais elencados no Anexo 4 da IS 107 001, de acordo com a classe e as características de operação do aeródromo. Considera-se: classe do aeroporto, movimentação e quantidade de assentos ofertados nas aeronaves pelos operadores aéreos. Referência – Anexo 4 da IS 107 – Alternativas para configuração dos módulos de inspeção. Para melhor exemplificar, utilizaremos 2 (dois) exemplos com diferentes aplicabilidades. Alternativa 1 Aplicável à: PAX INT*4 - Ponto de controle de acesso à ARS de Passageiros de voos internacionais *4 – É aceitável que o aeródromo não possua ponto de controle de acesso exclusivo para passageiros de voos internacionais, neste caso, no momento em que os passageiros de voos internacionais estiverem acessando a sala de embarque, devem ser garantidos os requisitos mínimos para um ponto de controle de acesso à ARS de passageiros de voos internacionais, garantindo sempre a esterilidade da sala de embarque e a segregação entre passageiros de voos domésticos e internacionais. PAX DOM I - Ponto de controle de acesso à ARS de Passageiros de voos domésticos PES SERV I – Ponto de controle de acesso _a ARS exclusivo de Pessoal em Serviço Equipamentos mínimos Escâner corporal 1 Detector manual de metais 1 Raios-x convencional ou raios-x baseado em algoritmo 1 Equipamento detector de traços explosivos F.27.17 da IS 107 Recursos humanos mínimos APAC – Função I 1 APAC – Função II 1 APAC – Função III 1 APAC – Função IV 1 APAC – Função V Conforme item F.2717 APAC – Função VI 1 a cada 2 módulos F.27.17 Quando o módulo de inspeção utiliza equipamento detector de traços explosivos (ETD), conforme anexo 4 da IS 107, o operador do aeródromo adota uma das seguintes alternativas de infraestrutura e pessoal 47 Opção 1 O operador de aeródromo disponibiliza 01 (um) equipamento ETD para, no máximo, 02 (dois) módulos de inspeção, garantindo, no mínimo, 01 (um) ETD por canal de inspeção de passageiros e/ou funcionários à ARS. Opção 2 O operador do aeródromo disponibiliza uma quantidade de equipamentos ETD suficiente para atender a demanda de inspeção do ponto de controle de acesso, inclusive a inspeção aleatória dos pertences de mão, garantindo, no mínimo, 01 (um) ETD por ponto de controle de acesso de passageiros e funcionários à ARS, conforme exemplo abaixo: Observação: Para cada equipamento ETD que atenda mais de 02 (dois) módulos de inspeção o operador do aeródromo disponibiliza, no mínimo, 01 (um) APAC adicional (Função V), que se responsabiliza exclusivamente por realizar a atividade de coleta de amostras e verificação delas através do ETD de modo contínuo. Alternativa 12 Aplicável à: PAX DOM V – Ponto de controle de acesso à ARS de passageiros de voos domésticos, aceitável quando houver, no máximo, a oferta de 110 assentos em voos comerciais por hora no aeródromo. 48 PES SERV II – Ponto de controle de acesso à ARS exclusivo para pessoal em serviço, aceitável em aeródromos de classe AP-1. Equipamentos mínimos Detector Manual de Metais 2 Raios-x convencional ou raios-x baseado em algoritmo 1 Recursos humanosmínimos APAC – Função I, II e III 1 APAC – Função IV 1 APAC – Função VI (acumulando outras funções) 1*¹ *¹ Caso o APAC na Função VI esteja exercendo outras funções cumulativamente, o número total de APAC no módulo poderá ser 02 (dois) ❖ CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA O programa de testes e ensaios de aferição, disponibilizado no formulário de dados AVSEC do aeródromo, segue as diretrizes fornecidas para os testes de calibração de cada tipo de equipamento de segurança, conforme disposto no Anexo 1 da IS 107 001. O operador de aeródromo mantém os equipamentos de segurança calibrados, atendendo aos requisitos dispostos no RBAC 107 e em função do nível de ameaça. Com o objetivo de garantir a calibração e a eficácia adequada dos equipamentos de segurança e sistemas de suporte, o operador de aeródromo deve elaborar e implementar um programa de testes e ensaios de aferição, descrevendo: I. o cronograma de realização de testes e ensaios de aferição; II. a(s) metodologia(s) empregada(s) nos testes e ensaios de cada equipamento; III. o(s) resultado(s) esperado(s) para a condição de funcionamento aceitável do equipamento; e IV. As ações corretivas a serem adotadas na identificação de deficiências ou desvios das características esperadas. Os resultados dos testes de calibração são registrados e arquivados, física ou eletronicamente, por um período mínimo de seis meses. ❖ OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA 49 O operador de aeródromo deve manter os equipamentos em condições normais de operação, observando os requisitos deste regulamento e as recomendações dos fabricantes dos equipamentos. Na operação dos equipamentos devem ser observados aspectos gerais sobre fatores humanos, de forma que as limitações de atuação dos profissionais não contribuam para o cometimento de erros que prejudiquem o sistema de segurança. Na eventual indisponibilidade de equipamentos de inspeção, o operador do aeródromo deve impedir o acesso de pessoas e objetos às áreas restritas de segurança até que se adotem meios alternativos para garantir a continuidade do processo de inspeção. A garantia das condições normais de operação deve ser buscada, através de um programa de manutenção preventiva que inclua procedimentos alternativos em caso de falhas. Programa de controle de manutenção preventiva possui no mínimo: a) Nome, modelo e número de série dos equipamentos; b) Local de instalação no aeródromo; c) Data de aquisição e data de garantia; d) Data da última manutenção com breve descrição do que foi realizado e responsáveis pelo serviço; e) Data da próxima manutenção preventiva. Em emergência, o operador de aeródromo deve manter em condição de prontidão operacional permanente os recursos humanos e materiais, para atuar sob a coordenação do Centro de Operações de Emergência (COE), que sejam necessários para garantir a manutenção corretiva dos equipamentos. 50 • Recursos humanos e materiais - Módulo de contingência alternativas Conforme anexo 4 da IS 107 Prioridade Alternativa mais completa conformidade Disponibilidade de equipamento e pessoal A utilização de módulo de contingência ocorre por no máximo 60 (sessenta) dias e é interrompida tão logo seja normalizada a situação. MÓDULO 4 – SISTEMA DE COORDENAÇÃO E COMUNICAÇÃO. Referência: Tema II da IS 107 Aplicabilidade O operador do aeródromo ativa e adota as medidas necessárias para manter em funcionamento uma CSA, com o objetivo de buscar a implementação coordenada das medidas de segurança para proteção da aviação civil contra atos de interferência ilícita, observando a regulamentação AVSEC vigente. A CSA é constituída por ato próprio do operador do aeródromo, através da publicação do regime interno. As atribuições da CSA observam os requisitos regulamentares e estão definidas no regimento interno. ✓ Regimento interno da CSA 51 O operador de aeródromo deve: - Elabora, implementa e mantém um regimento interno para regular o funcionamento da CSA. - Realiza gestão com as organizações tratadas como membros permanentes da CSA, e busca a presença e contribuição destas em todas as reuniões da comissão, ressalvando as ausências devidamente justificadas. Nas reuniões da comissão, como forma de incentivo a participação dos membros nas discussões, é lido um roteiro contendo questões relacionadas à AVSEC no âmbito do aeródromo. Perguntas obrigatórias nas reuniões de CSA Após a leitura da ata da reunião anterior o seguinte roteiro deverá ser percorrido, reportando- se as não conformidades constatadas e as respectivas medidas corretivas, e revendo-as continuamente, até que sejam sanados os problemas de vulnerabilidades encontradas, Sempre que a respostas de algum membro da CSA indicar uma não conformidade, deverá ser feita uma síntese de sua observação, da avaliação ou comentário dos demais participantes e da conclusão, por consenso ou voto. SIM NAO 1.As ações corretivas propostas na reunião anterior foram implementadas? (retomar a discussão item por item) 2.Os pontos sensíveis do aeródromo sofreram alguma ação delituosa? 3.Houve alguma invasão do sítio aeroportuário? 4.Existe (m) indício (s) de alguma vulnerabilidade nas barreiras físicas ou naturais? 5.Existe (m) indício (s) de falha (s) nos procedimentos de segurança realizados nos pontos de controle de acesso (identificação e inspeção de pessoas e veículo)? 6.Existe (m) indício (s) de falha (s) na supervisão dos procedimentos de segurança realizados nos pontos de controle de acesso de pessoas veículos? 7.Existe (m) indício (s) de falha (s) na vigilância das áreas pública, AC ou ARS do aeródromo? 8.Existe (m) indício (s) de falha (s) nos sistemas de comunicação (telefones e radiocomunicadores)? 9.Existe (m) indício (s) de falha (s) nos sistemas de CFTV? 10.Existe (m) indício (s) de falha (s) nos sistemas de alarme dos pontos de acesso? 11.Existe (m) indício (s) de falha (s) no sistema de credenciamento de pessoas e veículos? 12.No caso de acionamento do COE, constataram-se falhas nas atividades desenvolvidas? 13.No caso de ocorrência relacionada à AVSEC, incluindo ameaça de bomba, constatou-se falha de procedimentos previstos no PCA/AVSEC? 52 14.Existe (m) indício (s) de falha (s) nos procedimentos de segurança, por ocasião de operação de transporte de valores? 15No caso de invasão por pessoa não autorizada, na AC ou ARS, constatou-se falha nos procedimentos de segurança mitigatório? 16.Existe (m) indício(s) de falha (s) nos procedimentos de segurança ou constatou-se ocorrência relacionadas ao: - Despacho de passageiro: - Identificação de passageiro, tripulante ou funcionário? - Passageiro indisciplinado? - Passageiro armado? - Passageiro custodiado? 17.Existe (m) indício (s) de falha (s) nos procedimentos de segurança ou constatou-se ocorrência referentes à: - Pertences de mão de passageiros? - Bagagem despachada? - Carga ou mala postal? - Suprimentos ou provisões de bordo? 18.Existe(m) indício(s) de falha(s) no cumprimento do PSA? 19.Existe (m) indício(s) de falhas no cumprimento do PSOA por patê de operador aéreo nacional ou estrangeiro? 20.Existe(m) indício(s) de falha(s) no cumprimento do PSESCA por parte de explorador de aérea aeroportuária ou empresa de serviços auxiliares? 21.Existe(m) indício(s) de falha(s) no cumprimento do Plano de Instrução AVSEC (PIAVSEC) 22.Existe(m) indício(s) de falha(s) na aquisição, operação, calibragem ou manutenção de equipamento de segurança? 23.Foram expedidos, diretamente para a ANAC, documentos de segurança da aviação civil (DSAC), conforme determinao RBAC 107? 24.Constatou-se ausência de membros titulares ou suplentes por duas reuniões consecutivas? (relacionar os nomes e organizações) Os planos e programas mencionados nas perguntas deverão estar disponíveis na sua totalidade, para permitir a discussão dos diversos assuntos correlatos, no decorrer da reunião da CSA. • Comunicação sobre assuntos de AVSEC Referência: 107.43 (a) – Documento de Segurança da Aviação Civil (DSAC) Quando for identificada a ocorrência de ato ou tentativa de interferência ilícita ou de situações que caracterizem ameaça ou vulnerabilidade no sistema de segurança, o operador de aeródromo encaminha um DSAC à ANAC, por meio de canal específico para tal finalidade, relatando todas as informações relevantes da ocorrência ou situação identificada. O DSAC é encaminhado à ANAC no prazo máximo de 30 (trinta) dias da data da ocorrência ou da identificação da situação de ameaça ou vulnerabilidade. O conteúdo do DSAC apresenta a descrição detalhada da ocorrência, incluindo, quando disponível, a informação do local dia e horário da ocorrência, e nome completo das pessoas e empresas envolvidas. 53 O assunto do DSAC e as eventuais ações ou medidas corretivas já implementadas são submetidas à apreciação da CSA do aeródromo, para sua avaliação e deliberação sobre a necessidade de adoção ou medidas adicionais para lidar com a ocorrência ou situação. O envio do DSAC à ANAC inclui a descrição das ações que foram tomadas de forma imediata e, sempre que possível, as medidas corretivas tomadas para controlar o risco e corrigir as deficiências registradas, tais como: a) Comunicações com entidades envolvidas, tais como, cartas, reuniões e avisos; b) Comprovações de adequações realizadas, tais como, fotografias e documentações; c) Registro da ocorrência com a autoridade policial responsável; e d) Sanções emitidas por descumprimento de contratos. Caso o DSAC seja encaminhado sem a descrição das ações ou medidas corretivas adotadas, o operador do aeródromo complementa, posteriormente as informações no prazo máximo de 15 (quinze) dias após a reunião da CSA que tratar do tema. A formalização em DSAC pode ser de forma individual, para cada uma das ocorrências, ou de forma agrupada/sumarizada (separar somente o que é fundamental), quando se tratar de grupo de ocorrências de natureza similares. Os registros são mantidos e servirão como base de dados para o processo de planejamento da segurança aeroportuária e tomada de decisão do operador do aeródromo. https://pesquisas.anac.gov.br/index.php/763455?lang=pt-BR link para acesso 54 DSAC: Novo Formulário de Reporte MÓDULO 5 – SISTEMA DE PROTEÇÃO APLICADO ÀS ÁREAS E INSTALAÇÕES DO AERÓDROMO, ZONEAMENTO E VIGILÂNCIA. ❖ PERÍMETROS PATRIMONIAL E OPERACIONAL (ZONEAMENTO DE SEGURANÇA) O operador de aeródromo elabora e mantem armazenada, física e eletronicamente, planta(s) do sítio aeroportuário que registra(m) os limites dos perímetros patrimoniais e operacional do aeródromo, conforme Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. 55 A(s) planta(s) é(são) elaborada(s) em escala que permite a visualização e interpretação das demarcações, de forma que seja possível identificar claramente as áreas e instalações abrangidas pelos perímetros. A identificação da localização é facilitada pelo emprego de mapa de grade contendo um sistema quadriculado de coordenadas alfanuméricas. E deve apresentar claramente no mínimo: 1. As delimitações do perímetro patrimonial e operacional; 2. Os limites estabelecidos em áreas externas e internas de edificações ou instalações, tais como, terminal de passageiros, terminal de cargas, pontos sensíveis e edifício ou instalação sob responsabilidade de explorador de área aeroportuária, dentre outros; e 3. No caso de aeródromos civis compartilhados, uma diferenciação clara entre áreas civis e militares. Na(s) planta(s) é possível visualizar os limites das áreas patrimonial e operacional que foram estabelecidas em áreas internas de edificações ou instalações, tais como terminal de passageiros, terminal de carga e pontos sensíveis. A(s) planta(s) demonstram com clareza os limites das áreas civis e militares, indicando os responsáveis pela operação ou administração de cada uma das áreas. O operador de aeródromo disponibiliza a quantidade de plantas que julgar necessária para o seu funcionamento, podendo juntar dados ou conteúdo numa mesma planta, observando a necessidade de clareza e sem prejudicar a interpretação das informações do zoneamento de segurança do aeródromo. ❖ ÁREAS CONTROLADAS E ÁREAS RESTRITAS DE SEGURANÇA As áreas delimitadas pelo perímetro operacional (lado ar) devem ser classificadas em Áreas: Controladas (AC) ou; Áreas Restritas de Segurança (ARS). De acordo com a avaliação de risco realizada pelo operador de aeródromo. As áreas do lado ar de um aeródromo, avaliadas com grau de risco prioritário, devem ser classificadas como ARS, devendo incluir, pelo menos: 1. Pátios de aeronaves utilizados pela aviação comercial regular ou operação charter; 2. Áreas de embarque de passageiros entre o ponto de inspeção e a aeronave; 3. Áreas de manuseio e armazenamento de bagagens; 4. Áreas de manuseio e armazenamento de carga e mala postal conhecidos; 5. Provisões, de materiais de limpeza ou de outros suprimentos a serem direcionados às aeronaves da aviação comercial regular ou operação charter. 56 As demais áreas do lado ar, avaliadas com grau de risco não prioritário, devem ser classificadas como AC. Nos aeródromos onde houver a obrigatoriedade de constituição de CSA, os limites das ARS demarcadas pelo operador do aeródromo devem passar por aprovação prévia dos órgãos públicos e empresas atuantes no aeródromo, no âmbito da CSA, antes de serem efetivadas. Como resultado de avaliação de risco, áreas do aeródromo localizadas fora do lado ar também pode ser classificadas como ARS e AC. As áreas do sítio aeroportuário localizadas no lado terra, que após a avaliação de risco não foram classificadas como AC ou ARS, são designadas nas plantas como áreas públicas. Caso o aeródromo seja enquadrado na Classe AP-1 e não atenda voos comerciais regulares ou na modalidade charter de forma contínua ao longo do tempo, o operador de aeródromo pode designar as ARS necessárias a operação dos voos apenas no momento da operação (uma hora antes da chegada do voo até a decolagem da(s) aeronave(s), incluindo o período de estadia da aeronave quando for inferior a 6 (seis) horas). Adotada a solução acima, o operador de aeródromo realiza varredura nas áreas que, antes controladas, passam a ser ARS durante a operação comercial regular ou charter, principalmente no pátio de estacionamento que irá receber a(s) aeronave(s) e na área que será utilizada como sala de embarque. A varredura é conduzida com auxílio de Lista de Verificação e objetiva garantir que a ARS não possua objetos suspeitos, armas, explosivos, artefato QBRN ou artigo perigoso. Ocorrendo estadia de aeronave por período superior a 6 horas em área designada como AC, o operador de aeródromo, previamente ao retorno da operação da aeronave, realiza a varredura das áreas. A partir do momento que determinada área passa ser considerada uma ARS, o acesso ocorre somente com a devida identificação e inspeção de segurança de tripulantes, funcionários e passageiros. ❖ ÁREAS DO TERMINAL DE PASSAGEIROS 57 O operador de aeródromo deve estabelecer e implantar o zoneamento de segurança do terminal de passageiros, demarcando-o em plantas da edificação do terminal, de forma que permita a interpretação clara das áreas, devendo apresentar, no mínimo: (1) as delimitações de áreas públicas, áreas controladas e áreas restritas de segurança;e (2) o fluxo de entrada, saída e circulação de passageiros e funcionários nas áreas restritas de segurança. O operador de aeródromo estabelece o zoneamento de segurança do terminal de passageiros, aplicando os seguintes procedimentos: a) Avaliação da destinação das áreas e fluxos de circulação de pessoas e objetos; b) Elaboração de proposta de limites de áreas restritas de segurança e áreas controladas; c) Efetivação dos limites das ARS após aprovação no âmbito da CSA; e d) Elaboração e armazenamento de plantas do terminal, contendo a demarcação das áreas, além dos fluxos de entrada, saída e circulação de passageiros, funcionários e objetos. ❖ ÁREAS DO TERMINAL DE CARGAS Para os terminais de carga ou mala postal cuja operação está sob sua responsabilidade, o operador de aeródromo estabelece o zoneamento de segurança do terminal, aplicando os seguintes procedimentos: a) Avaliação da destinação das áreas e fluxos de entrada, saída e circulação de veículos, pessoas e volumes de carga ou mala postal; b) Elaboração de proposta de limites de áreas restritas de segurança e áreas controladas; c) Efetivação dos limites das ARS após aprovação no âmbito da CSA; e d) Elaboração e armazenamento de plantas do terminal contendo a demarcação das áreas, inclusive das áreas específicas de processamento de carga, além dos fluxos de entrada, saída e circulação de veículos, pessoas e volumes de carga ou mala postal. Áreas específicas de processamento de carga abrangem aquelas destinadas às atividades de aceitação (ou recebimento), armazenamento, transferência, paletização (ou expedição), conferência (ou fiscalização) e inspeção de volumes de carga, além de outras que sejam necessárias. Explorador de Área Aeroportuária – TECA 58 Quando a operação de um terminal de carga ou mala postal está sob a responsabilidade de um explorador de área aeroportuária, esta organização define e implementa o zoneamento de segurança do terminal. O operador de aeródromo deve supervisionar a área operacional de maneira a assegurar que: (1) todo profissional atuando na área operacional porte sua credencial em local visível e sem obstrução; (2) todo veículo e equipamento dentro de área operacional porte sua autorização em local visível e sem obstrução; (3) quando identificado o uso indevido de credencial ou autorização, inclusive com validade expirada, seja providenciado o seu recolhimento; e (4) as empresas contratadas pelo aeródromo e as organizações públicas e privadas atuantes no aeródromo e com responsabilidades em AVSEC implementem as medidas preventivas de segurança adequadamente. (d) O operador de aeródromo deve: • inspecionar os veículos suspeitos dentro e nas proximidades de área operacional, solicitando apoio do órgão de segurança pública quando julgar necessário. • realizar gestão junto aos órgãos de segurança pública para buscar a realização de patrulhamento sistemático nas áreas adjacentes ao lado ar do aeródromo, fora do perímetro operacional, que possa servir como instrumento dissuasório, de avaliação, de detecção e de resposta a eventuais ameaças às operações no aeródromo. • manter vigilância permanente do terminal de passageiros, de forma a garantir a proteção adequada do terminal. ❖ ÁREAS DE USO DOS OPERADORES DE TÁXI AÉREO E DA AVIAÇÃO GERAL O operador de aeródromo estabelece o zoneamento de segurança das áreas de uso dos operadores de táxi aéreos e da aviação geral. Devendo garantir: (1) as áreas de estacionamento de aeronaves dos operadores de táxi aéreo e da aviação geral sejam separadas, no espaço ou no tempo, das áreas utilizadas por aeronaves dos demais operadores da aviação comercial; e (2) as pistas de táxi para as áreas de estacionamento de aeronaves dos operadores de táxi aéreo e da aviação geral sejam claramente identificadas. As áreas destinadas à operação desses operadores aéreos são fisicamente segregadas das áreas destinadas às aeronaves da aviação comercial regular e charter. 59 A existência de duas áreas lado a lado, cada uma com destinação exclusiva para determinado grupo de operadores, pode ser considerada uma situação de segregação, desde que complementada por supervisão adicional da área, de forma a garantir o cumprimento da segregação e demais controles de segurança pertinentes. Onde a separação não for viável, o operador de aeródromo deve estabelecer, em coordenação com o órgão de controle de tráfego aéreo, pontos de controle nos pátios, nos quais as aeronaves dos operadores de táxi aéreo e da aviação geral possam ser submetidas à verificação ou inspeção de segurança da aeronave no momento do desembarque da tripulação e dos passageiros. O operador de aeródromo deve estabelecer, em coordenação com o órgão de controle de tráfego aéreo, procedimentos de segurança para os operadores de táxi aéreo e da aviação geral, visando à prevenção de atos de interferência ilícita, incluindo: (1) regras acerca da utilização das pistas de táxi destinadas ao tráfego no solo de suas aeronaves, a fim de mantê-las separadas dos serviços relacionados aos demais operadores da aviação comercial; e (2) vigilância da área de movimento do aeródromo, de forma que permita a identificação e abordagem de tráfego ou de acesso não autorizado de aeronaves. A supervisão adicional é garantida através da disponibilização de profissionais de pátio ou de câmeras de vigilância. Na impossibilidade de atendimento da condição de segregação física, a mesma área pode ser compartilhada pelos operadores, mas em períodos de operação diferentes, garantindo que não haja operação simultânea. No caso de compartilhamento, após utilização da área por operador de táxi aéreo ou da aviação geral, a utilização desta por um operador da aviação comercial regular ou charter é precedida de varredura da área. ❖ PONTOS SENSÍVEIS Identificação e Zoneamento de Segurança As áreas, instalações ou facilidades aeroportuárias que, se avariadas ou destruídas, prejudicarão o funcionamento normal do aeródromo, são designadas como Pontos Sensíveis pelo operador do aeródromo. As designações dos pontos sensíveis são resultado da regulamentação vigente, da avaliação de risco realizada pelo operador do aeródromo e da coordenação efetuada no âmbito da CSA, quando esta existir. A identificação dos pontos sensíveis deve incluir, ao menos: 1. Instalações de auxílio à navegação aérea; 2. Instalações de fornecimento de água; 60 3. Energia elétrica e combustível para aviação civil e; 4. Pistas de pouso e decolagem ou pistas de táxi que passem sobre via pública. A identificação dos pontos sensíveis, dentro e fora do perímetro patrimonial, e suas respectivas localizações são indicadas em planta(s), no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. Quando o ponto sensível estiver localizado dentro do perímetro patrimonial do aeródromo, o operador de aeródromo deve: (1) implantar barreiras de segurança que sejam capazes de dissuadir e dificultar o acesso indevido (não autorizado) de pessoas às áreas dos pontos sensíveis; e (2) manter vigilância permanente dos pontos sensíveis, de forma a garantir a proteção adequada das áreas e medidas de pronta resposta nas situações necessárias, tais como identificação de acesso indevido e de outras ameaças ao funcionamento normal do ponto sensível. Os pontos sensíveis fora do perímetro patrimonial e sob responsabilidade de outra organização, são protegidos por ela própria. Nesse caso, o operador de aeródromo busca através de reuniões, troca de documentos e outras medidas cabíveis, que a organização mantenha os recursos necessários para sua proteção e vigilância constante. ❖ BARREIRAS DE SEGURANÇA O operador de aeródromo deve implantar barreiras de segurança que sejam capazes de dissuadir e dificultar o acesso não autorizadode pessoas às áreas delimitadas pelo perímetro operacional (lado ar) e suas subáreas, áreas controladas e áreas restritas de segurança. As barreiras de segurança devem apresentar as seguintes características para alcançar seus objetivos: As barreiras de segurança do tipo físicas, utilizadas para proteção do perímetro operacional: 1. Dificultar a passagem por cima. 2. Resistir à pressão para dobrar ou cortá-las, compostas por alvenaria ou material metálico; e 3. Impedir que se passe por baixo, com sua base fortemente fixada ou rente ao solo. 4. Possuir avisos de alerta quanto à restrição de acesso às áreas aeroportuárias, ao risco à integridade física e à possibilidade de aplicação de sanções legais, no caso de acesso não autorizado em uma aeronave, próximos a ela ou em outros pontos sensíveis; 61 Possuem os seguintes avisos de alerta, no máximo, a cada 300 metros: Exemplos: (1) “Proibido acesso não autorizado à área aeroportuária”; (2) “Área de risco à integridade física”; e (3) “O acesso não autorizado está sujeito à aplicação de sanções legais”. Possuem barreira com altura total mínima de 2,40 metros com arame de concertina ou arame farpado na parte superior, caso o aeródromo seja de uma das classes AP-1, AP-2 e AP-3; As barreiras de segurança contribuem para evitar o acesso de pessoa(s) desavisada(s) ou desestimular a invasão à área operacional sem autorização, atuando, neste caso, como barreira psicológica. As mesmas devem ser implantadas de tal forma que dificultem o arremesso de substâncias e artigos explosivos em uma aeronave, próximos a ela ou em outros pontos sensíveis. As barreiras de segurança também contribuem para dificultar o acesso não autorizado de pessoa(s) que intenta(m) tal ação, aumentando a probabilidade de sucesso das medidas de pronta resposta do operador do aeródromo, exercendo, neste caso, a função de barreira física. Devem ser mantidas em condições operacionais adequadas, assegurando a sua integridade e eficácia; e São mantidas em boas condições operacionais, através de vistoria diária de todo o perímetro e manutenção imediata de pontos danificados. Em resumo, a barreira de segurança serve para delimitar um perímetro, dissuadir o acesso não autorizado, atrasar ou dificultar o acesso de intrusos e facilitar a detecção de intrusos, podendo ser classificada como barreira física (artificial) ou natural. São instaladas e mantidas numa faixa livre, de ambos os lados da barreira, possibilitando a realização de vistoria de manutenção e ronda de vigilância por veículo automotor, além de facilitar a visualização de intrusos. Os trechos do perímetro operacional nos quais não é possível a implantação das faixas livres para execução de vistorias e rondas são elencados no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo, com a respectiva justificativa da impossibilidade. 62 O nível de proteção oferecido por uma barreira de segurança física depende de sua altura, do método de construção, do material empregado e toda característica de segurança adicional que aumente sua eficácia e performance, tais como, sistema de detecção de intrusos, iluminação de segurança e monitoramento através de CFTV. Em alguns trechos do perímetro operacional, o operador do aeródromo pode fazer uso de barreiras de segurança naturais, constituídas de recursos da própria natureza que circundam o sítio aeroportuário. Os elementos básicos das barreiras de segurança empregadas no aeródromo e suas respectivas localizações no sítio aeroportuário são indicados em planta(s), disponível no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. As especificações das barreiras de segurança empregadas para a delimitação de perímetro e proteção de ARS são submetidas à avaliação da CSA e aprovadas previamente. Eventuais modificações no posicionamento e nas características das barreiras de segurança são previamente levadas à avaliação da CSA, para considerações e aprovação. Caso existam algumas seções dos limites (perímetros) de áreas controladas ou áreas restritas de segurança que não podem ser delimitadas e protegidas por meio de barreiras de segurança física ou natural, são aplicados recursos e procedimentos específicos para vigilância do trecho, conforme especificado no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. ➢ BARREIRAS DE SEGURANÇA EM EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES SOBRE O PERÍMETRO DE AC E ARS OU NAS ADJACÊNCIAS DESSAS ÁREAS Todos os edifícios ou instalações que estejam localizados no aeródromo, de tal forma que constituam parte do perímetro de Áreas Controladas ou de Áreas Restritas de Segurança, apresentam o menor número possível de pontos de acesso, considerando os aspectos operacionais e de segurança. Cada uma das aberturas acessíveis do edifício ou instalação estão adequadamente protegidas para prevenir o acesso não autorizado às Áreas Controladas ou às Áreas Restritas de Segurança, sendo mantidas fechadas e trancadas, quando não estão em uso, por meio de portas, portões, barras, grades ou formas similares. Podem constituir aberturas acessíveis do edifício ou instalação, qualquer ponto cujas características permitem o acesso indevido (não autorizado) às Áreas Controladas ou Áreas Restritas de Segurança, tais como, pontos de acesso, portais, janelas, dutos, tubulações e telhados. 63 Além das barreiras de segurança, a eficácia da proteção de edificações e instalações é alcançada por meio de recursos ou procedimentos de vigilância e supervisão. ➢ BARREIRAS DE SEGURANÇA EM INFRAESTRUTURAS SUBTERRÂNEAS As aberturas de infraestruturas subterrâneas que cruzam área ou perímetro e que permitam acesso indevido à Área Restrita de Segurança permanecem bloqueadas/trancadas e sujeitas a inspeções periódicas para verificação da integridade do bloqueio. Na impossibilidade de fechamento/trancamento, as aberturas são protegidas por meio de sistemas de detecção de intrusos. ➢ BARREIRAS DE SEGURANÇA PARA PREVENIR INVASÃO DE VEÍCULOS NO TERMINAL DE PASSAGEIROS No terminal de passageiros, à frente da via de acesso de veículos para embarque e desembarque de passageiros, são instaladas barreiras com o objetivo de prevenir e dificultar a invasão de veículos dentro do terminal. As barreiras podem constituir-se de barras de ferro ou concreto armado, floreiras de base rígida ou outras soluções de contenção. No Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo está descrita a solução adotada no aeródromo. ❖ VIGILÂNCIA E SUPERVISÃO Vigilância Permanente do Perímetro e Área Operacional Operador de aeródromo mantém recursos de vigilância aplicados de forma permanente para garantir a proteção de toda a área operacional. Infraestruturas que cruzam área ou perímetro e que permitam ingresso à ARS, tais como valas, dutos e túneis de serviço subterrâneos, são bloqueadas e periodicamente inspecionadas ou protegidas por dispositivos de detecção de intrusos. Os recursos de vigilância servem como instrumentos dissuasórios e meio de detecção e de pronta resposta a qualquer ameaça às operações do aeródromo. Nesse contexto, o 64 Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo apresenta os procedimentos de vigilância que são empregados, observando as situações esperadas para a classe do aeródromo, indicando: 1. O recurso de vigilância utilizado; 2. A localização do recurso; e 3. A indicação das instruções de trabalho que contém os procedimentos observados pelos profissionais ou a descrição do funcionamento do equipamento utilizado. O operador de aeródromo, quando indicado através de avaliação de risco e nos casos previstos na regulamentação, estabelece postos de vigilância no perímetro e área operacional, através da atuação de APAC ou vigilantes em locais fixos. Os locaisde implantação dos postos de vigilância são definidos através de avaliação de risco, com especial atenção aos locais da área operacional mais suscetíveis a acessos não autorizados, tais como, as fronteiras entre as áreas de restituição de bagagens despachadas e as ARS, as fronteiras não segregadas por barreiras físicas localizadas entre as AC de hangares da aviação geral e as ARS e limites da área operacional com histórico de invasões. O operador de aeródromo estabelece rotinas de patrulhamento no perímetro e área operacional, através da atuação de APAC ou vigilantes de forma móvel. Os locais patrulhados são definidos através de avaliação de risco, com especial atenção ao perímetro operacional, como forma de prevenir e mitigar possíveis tentativas de acessos não autorizados. As patrulhas podem ser realizadas a pé ou através da utilização de veículos. Os horários de realização das patrulhas são variáveis ao longo do tempo, como forma de fornecer um caráter de imprevisibilidade ao procedimento de segurança. Com base em avaliação de risco, o operador de aeródromo define a frequência de realização das patrulhas e insere esse dado no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. As frequências de realização das patrulhas podem ser distintas para as variadas áreas e instalações do aeródromo, nos termos da avaliação de risco. Cada patrulha realizada é registrada em planilha ou documento similar, com as seguintes informações mínimas, que são mantidas arquivadas por ao menos 90 (noventa) dias, em meio físico ou digital: a) Data; b) Horário de início; c) Horário de término; d) Locais patrulhados; e) Profissional responsável; e f) Descrição de ocorrências, quando houver. 65 O operador de aeródromo de classe AP-2 ou AP-3 estabelece, por meio de avaliação de risco, as áreas do aeródromo monitoradas por circuito fechado de televisão (CFTV). No mínimo as seguintes áreas são monitoradas: a) Pontos de acesso às AC e ARS, incluindo os módulos de inspeção; b) Pontos de acesso emergencial; c) Áreas de fluxo de embarque e desembarque de bagagens despachadas (área de aceitação, triagem, inspeção e restituição); d) Áreas de estacionamento de aeronaves da aviação regular e de aeronaves engajadas em operações de transporte aéreo de valores; e e) Limites da área operacional com histórico de invasões. As áreas cobertas pelo CFTV possuem avisos visuais informando aos passageiros e funcionários sobre o monitoramento através de câmeras de vigilância. As imagens possuem resolução que possibilita identificação de pessoas, nos períodos diurno e noturno. As imagens geradas por CFTV são compartilhadas com a Polícia Federal, mediante solicitação de representantes do órgão. AP 2 ou AP 3 – determinam os locais do perímetro e área operacional que recebem sistema de iluminação, através da aviação de risco. No mínimo as seguintes áreas são iluminadas: a) Pontos de acesso às AC e ARS, incluindo módulos de inspeção; b) Áreas de fluxo de embarque e desembarque de bagagens despachadas (área de aceitação, triagem, inspeção e restituição); e c) Área de estacionamento de aeronaves da aviação regular e de aeronaves engajadas em operações de transporte área de valores, utilizadas no embarque e desembarque no período noturno. ➢ SUPERVISÃO DA ÁREA OPERACIONAL O operador de aeródromo realiza a supervisão geral da área operacional de forma a garantir e preservar a segurança aeroportuária. A atividade de supervisão é exercida por: a) Profissionais do aeródromo responsáveis pela condução da vigilância aeroportuária; e b) Demais profissionais do aeródromo responsáveis por outras atividades da segurança aeroportuária ou, ainda, atividades operacionais. A atividade de supervisão objetiva identificar: 66 a) Pessoas, veículos ou equipamentos na área operacional, sem o porte adequado da credencial ou sem autorização de permanência/circulação na área; e b) Desvios ou falhas no cumprimento ou implementação de medidas preventivas de segurança pelos profissionais, empresas, servidores e órgãos públicos que atuam no ambiente aeroportuário. No aeródromo, todo profissional que atua na área operacional, com exceção de tripulantes, deve portar sua credencial em local visível e sem obstrução, na altura do peito ou em uma braçadeira. Todo veículo e equipamento dentro de área operacional deve portar sua autorização em local visível e sem obstrução, no canto esquerdo do para-brisa, no caso de veículos, e no local mais apropriado, no caso de equipamentos. O profissional do aeródromo que identificar, na área operacional, pessoas, veículos ou equipamentos, sem o porte adequado da credencial ou autorização, é responsável por abordar a pessoa, solicitar esclarecimento quanto a sua presença e, se for o caso, exigir a adequação à norma ou providenciar a condução da pessoa ao profissional da segurança aeroportuária ou a um servidor do órgão de segurança pública responsável. O profissional do aeródromo que identificar, na área operacional, desvios ou falhas na implementação de medidas preventivas de segurança, por parte de qualquer pessoa ou entidade, é responsável por acionar e relatar os fatos observados ao profissional de supervisão ou da segurança aeroportuária. O operador de aeródromo, por meio de seus profissionais de segurança, toma as providências necessárias para buscar a correção do desvio ou da falha na implementação da medida preventiva reportada. A providência a ser adotada pode ser de natureza simples e imediata ou de natureza mais complexa, sendo necessária, por exemplo, uma coordenação prévia entre profissionais de diferentes setores ou entidades responsáveis. As ocorrências que indiquem vulnerabilidade no sistema de segurança (isto é, não conformidade aos requisitos ou medidas de segurança) são registradas em reportes apropriados. Os registros de ocorrências são arquivados e servem como base de dados fundamentais para o processo de planejamento da segurança aeroportuária, avaliações de risco e tomada de decisão do operador do aeródromo. 67 ➢ VEÍCULOS SUSPEITOS A detecção e inspeção de veículos e equipamentos suspeitos dentro ou nas proximidades da área operacional constitui um dos controles de segurança realizados pelo operador do aeródromo para prevenção de atos de interferência ilícita no ambiente aeroportuário. A detecção de veículos suspeitos, geralmente, advém da aplicação dos recursos de vigilância permanente, quando são identificados elementos que caracterizem uma situação suspeita, tais como: a) Ausência de credencial/autorização; b) Veículo ou equipamento abandonado ou trafegando em área inadequada; e c) Comportamento operacional não esperado do condutor ou responsável pelo veículo ou equipamento. A atividade de inspeção é executada por APAC ou vigilante aeroportuário, utilizando recursos adequados, tais como, espelho de inspeção, lanterna e cão farejador de explosivos. Os profissionais do operador do aeródromo, caso julguem necessário, acionam o órgão de segurança pública responsável pela atividade de polícia no aeródromo, para apoio na atividade de averiguação da suspeição e inspeção do veículo ou equipamento. ➢ GESTÃO COM OS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA O operador do aeródromo mantém contato e coordenação com os representantes dos órgãos de segurança pública em atuação no aeródromo. A gestão realizada pelo operador de aeródromo busca garantir a presença de policiais nas áreas adjacentes ao perímetro operacional, de maneira que sirva como instrumento dissuasório, de avaliação, de detecção de intrusos e de resposta a eventuais ameaças às operações no aeródromo. O operador de aeródromo troca informações com os órgãos de segurança pública com o objetivo de viabilizar a atividade de patrulhamento em locais, fora das áreasoperacionais, que trazem vulnerabilidade ou ameaça às operações no aeródromo. 68 ➢ VIGILÂNCIA PERMANENTE DO TERMINAL DE PASSAGEIROS O operador de aeródromo mantém recursos de vigilância aplicados de forma permanente para garantir a proteção da área pública de passageiros e a proteção dos pontos de acesso às AC e ARS do terminal. Os recursos de vigilância servem como instrumentos dissuasórios, de detecção de intrusos e de pronta resposta a qualquer ameaça às operações no aeródromo. Para garantia da proteção da área pública do terminal de passageiros, os recursos de vigilância do aeródromo atuam de forma complementar aos recursos aplicados pelos órgãos de segurança pública. . Para garantia da proteção dos pontos de acesso às AC, os recursos de vigilância do aeródromo atuam de forma exclusiva, podendo ou não contar com o apoio dos órgãos de segurança pública atuantes no aeródromo. Para garantia da proteção dos pontos de acesso às ARS, os recursos de vigilância do aeródromo atuam de forma conjunta com os recursos aplicados pelo órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia do aeródromo. A atuação conjunta de recursos do operador de aeródromo e órgãos de segurança pública é planejada e coordenada no âmbito da CSA. O Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo apresenta os procedimentos de vigilância empregados no terminal de passageiros, indicando: a) O recurso de vigilância utilizado; b) A localização do recurso; e c) A indicação das instruções de trabalho que contém os procedimentos observados pelos profissionais ou a descrição do funcionamento do equipamento utilizado. ➢ VARREDURA PERIÓDICA DO TERMINAL DE PASSAGEIROS O operador de aeródromo realiza varredura periódica das áreas, instalações e objetos do terminal de passageiros nos quais possam ser ocultados objetos suspeitos, armas, explosivos, artefato QBRN ou artigo perigoso. A varredura é um procedimento conduzido com auxílio de lista de Verificação, com objetivo de garantir que todas as áreas sejam observadas e prevenir 69 a ocultação de ameaças. A Lista de Verificação está disponível no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. Na confecção da lista de verificação o operador avalia a instalação com o objetivo de identificar locais onde possam ser ocultados objetos, como forma de orientar a varredura. De forma ordinária, a varredura é realizada semanalmente, nas áreas públicas, áreas controladas e áreas restritas de segurança. De forma extraordinária, a varredura é realizada em qualquer das áreas ou instalações, sempre que houver indício da presença de objeto suspeito ou contaminação de área, por exemplo, no caso de acesso de pessoa não inspecionada à ARS. No caso de identificação de objeto suspeito, o profissional responsável pela condução da varredura comunica o setor responsável pelo acionamento do Plano de Contingência. ➢ DIFUSÃO DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA À COMUNIDADE AEROPORTUÁRIA E AO PÚBLICO EM GERAL O operador do aeródromo garante a difusão de informações à comunidade aeroportuária e ao público em geral acerca dos procedimentos a serem adotados nas situações de identificação de objetos ou materiais suspeitos nas áreas públicas do terminal de passageiros. A informação de segurança direcionada à comunidade aeroportuária (colaboradores e funcionários que atuam no aeródromo) é compartilhada nas atividades de Conscientização com AVSEC promovidas e através de cartazes/pôsteres disponibilizados em locais estratégicos. A informação de segurança direcionada ao público em geral, de passagem pelo aeródromo, é compartilhada através de mensagens de conscientização, sistema de som ou de cartazes/pôsteres disponibilizados em locais estratégicos. Os locais estratégicos para disponibilização dos cartazes/pôsteres, definidos pelo operador de aeródromo, são aqueles que apresentam movimentação significante da comunidade aeroportuária ou do público em geral. Os cartazes/pôsteres são instalados em tamanho e locais de fácil visualização da informação de segurança. Como alternativa para difusão de informações à comunidade aeroportuária, também podem ser utilizados telões/monitores de vídeo com mensagens variáveis. 70 Mensagem semelhante à apresentada a seguir é divulgada aos passageiros e ao público em geral: “Não deixe sua bagagem abandonada! Bagagens ou outros volumes abandonados no ambiente aeroportuário devem ser considerados suspeitos. Em caso de identificação desses objetos, contate imediatamente um profissional do aeroporto para as providências necessárias. Telefone XXXXXXXX ou balcão de informações”. ➢ INSPEÇÃO DE SEGURANÇA PARA EXPLORAÇÃO DE DEPÓSITOS DE BAGAGENS OU GUARDA-VOLUMES NO TERMINAL DE PASSAGEIROS Os depósitos de bagagem ou guarda-volumes, destinados ao público em geral, ficam localizados, preferencialmente, fora do terminal de passageiros e distante de pontos sensíveis. Caso o operador de aeródromo instale tais facilidades dentro do terminal de passageiros ou próximos de pontos sensíveis, garante que os artigos armazenados sejam submetidos à inspeção de segurança pelo explorador do negócio, sob supervisão do operador de aeródromo. A inspeção de segurança é realizada conforme procedimentos adotados para a inspeção de pertences de mão, conforme Anexo 3 da IS 107, com objetivo de detecção de material explosivo ou artigos perigosos. A supervisão por parte de operador do aeródromo pode ser realizada de forma presencial ou remota (CFTV). ❖ PONTO DE ACESSO Á ÁREA CONTROLADA Características Gerais Cada ponto de controle de acesso à AC, é constituído por posto(s) de identificação de pessoas ou veículos, que são operados, no mínimo, com os seguintes recursos humanos e materiais: 71 F.23.22.1 A forma automatizada de identificação é adotada caso o aeródromo possua mais de 1000 (mil) credenciados permanentes com acesso às ARS. F.24.6 Os pontos de controle de acesso às AC por meio dos quais só é permitido o acesso de um grupo restrito de credenciados, que não exceda 20 pessoas. O operador de aeródromo pode adotar diferentes alternativas para diferentes pontos de controle de acesso à AC no mesmo aeródromo. Além do disposto acima, os pontos de controle de acesso às AC também possuem: a) Iluminação; b) Placas de aviso, apresentando o seguinte alerta: “Acesso Controlado - permissão apenas para pessoas previamente identificadas e autorizadas”; e c) Monitoramento através de CFTV, com imagens gravadas por no mínimo 30 dias; A estrutura do ponto de controle de acesso à AC é construída de forma que apresente nível de proteção igual ou superior ao exigido para as barreiras de segurança. 72 Sempre que necessário o operador de aeródromo delimita área de formação de fila nos pontos de controle de acesso à AC, criando uma fila para cada posto de identificação ou uma fila para cada conjunto de postos. A estrutura do ponto de controle de acesso é construída de forma que o mesmo, quando fora de operação, possa ser fechado e trancado, garantindo um nível de proteção igual ou superior ao exigido para as barreiras de segurança, conforme seção. ➢ CONDIÇÕES DE ACESSO Em situações normais de operação, o acesso de pessoas, veículos ou equipamentos às AC do aeródromo ocorre somente através de pontos de controle de acesso previamente estabelecidos. No ponto de controle de acesso são realizados dois procedimentos: a identificação da pessoa, veículo ou equipamento e a respectiva autorização de acesso. O acesso pode ocorrer sob três situações básicas: O acesso em qualquer uma das três situações básicas observa as condicionantes previstasno parágrafo 107.103 (b) do RBAC 107. ❖ PONTOS DE ACESSO À ÁREA RESTRITA DE SEGURANÇA Desacompanhada Acompanhada por profissional atuante no aeroporto com credencial permanente Acompanhada por profissional do aeródromo com credencial permanente 73 O operador de aeródromo implementa os pontos de controle de acesso às áreas restritas de segurança, observando os critérios de facilitação previstos pela regulamentação AVSEC ou por outro regulamento específico, além de atender aos requisitos 107.111(a) e 107.121(a) do RBAC 107. No ponto de controle de acesso são realizados três procedimentos: a identificação da pessoa, veículo ou equipamento, a respectiva autorização de acesso e inspeção de segurança. Para a atividade de identificação de pessoas, cada ponto de controle de acesso à ARS é constituído pela combinação dos recursos apresentados em uma das seguintes alternativas: F.23.22.1 A forma automatizada de identificação é adotada caso o aeródromo possua mais de 1000 (mil) credenciados permanentes com acesso às ARS. F.25.6 Os pontos de controle de acesso às ARS por meio dos quais só é permitido o acesso de um grupo restrito de credenciados, que não exceda 20 pessoas. O operador de aeródromo enquadrado nas classes AP-2 e AP-3, ou outra classe quando entender necessário por motivos operacionais, implanta ponto de controle de acesso de uso exclusivo de funcionários, tripulantes e pessoal de serviço. 74 Neste canal exclusivo, de acordo com os procedimentos operacionais previamente coordenados e definidos, é permitido o acesso de passageiros da aviação geral ou de serviço de táxi aéreo. MÓDULO 6 – SISTEMA DE CREDENCIAMENTO E AUTORIZAÇÃO. ❖ GESTÃO DO SISTEMA DE CREDENCIAMENTO E AUTORIZAÇÃO O operador de aeródromo implanta e mantém um sistema de credenciamento para controle de pessoas, veículos e equipamentos que necessitam acessar as áreas operacionais do aeródromo, através da emissão de credenciais e autorizações, como instrumento básico para efetivação dos procedimentos de controle de acesso. O operador de aeródromo designa um setor específico da sua estrutura administrativa para ser o responsável pela gestão do sistema de credenciamento e autorização, conforme o organograma de AVSEC do aeródromo apresentado no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. O setor responsável pela gestão do sistema de credenciamento e autorização possui relação administrativa direta com o setor de segurança aeroportuária, que avalia previamente todas as alterações em procedimentos relacionados ao processo de credenciamento. O operador de aeródromo, através da disponibilização de cartazes informativos nos pontos de controle de acesso, da disseminação de informação através de documentos circulares e da realização de treinamento, garante que os funcionários envolvidos nas atividades de controle de acesso às áreas operacionais do aeródromo tenham conhecimento dos modelos de credenciais e autorizações emitidas pelo aeródromo e dos modelos de credenciais oficiais emitidas por órgãos públicos que atuam no aeródromo. O setor responsável pela gestão do sistema deve ser caracterizado como Área Controlada e seus funcionários devem passar por verificação de antecedentes previamente e anualmente. ➢ INSTALAÇÕES DO SETOR DE CREDENCIAMENTO 75 O operador de aeródromo designa como Área Controlada as áreas internas do setor responsável pela gestão do sistema de credenciamento, onde é manuseada e arquivada toda a documentação relacionada aos processos de emissão de credenciais e autorizações. As áreas de manuseio e arquivo da documentação dos processos de credenciamento são acessadas somente pelo pessoal lotado no setor de credenciamento ou de armazenagem de documentação. O acesso de outras pessoas as áreas de manuseio e arquivo da documentação dos processos de credenciamento é realizado somente em casos necessários, sob acompanhamento de um profissional lotado no setor. O acesso às áreas internas do setor de credenciamento é controlado por meio da distribuição de chaves (físicas ou eletrônicas) ou por meio de controle de acesso por funcionário do setor. O local de atendimento do setor de credenciamento pode ser localizado em área pública, desde que a estrutura do local escolhido previna que documentos reservados sejam subtraídos pelas pessoas que são atendidas. ➢ OBRIGAÇÕES DO SETOR DE CREDENCIAMENTO O operador de aeródromo elabora e divulga à comunidade aeroportuária, documentação contendo as regras de conduta e procedimentos de controle relativos ao uso adequado do sistema de credenciamento e autorização, incluindo sanções aplicáveis. As regras de conduta e procedimentos de controle relativos ao uso adequado do sistema de credenciamento estabelecem os seguintes procedimentos a serem aplicados pelas organizações da comunidade aeroportuária: a) Cadastramento de um representante titular e de até 02 (dois) suplentes para o gerenciamento e solicitação de credenciais e autorizações de pessoal, veículos e equipamentos da entidade que representam; b) Controle das credenciais da respectiva entidade; c) Comunicação imediata de dispensa de pessoal ou qualquer alteração que impacte as necessidades de acesso às ARS ou AC, bem como de troca de veículos e equipamentos; d) Devolução das credenciais e autorizações vencidas ou canceladas; e) Comunicação imediata ao setor de credenciamento sobre as credenciais e autorizações perdidas, extraviadas ou roubadas; f) Comunicação de algum aspecto desabonador comprovado que tenha motivado a dispensa de pessoal; 76 g) Fiscalização de seu pessoal quanto à obrigatoriedade do porte da credencial aeroportuária, em lugar visível, nas ARS e AC do aeródromo; e h) Atendimento às solicitações do operador de aeródromo; O operador de aeródromo produz e administra um cadastro de entidades públicas e privadas presentes no aeródromo e seus respectivos representantes, autorizados a solicitar a emissão de credenciais e autorizações ao setor de credenciamento. O cadastro desses representantes contém, no mínimo: 1 Documentos e dados para identificação da entidade, tais como, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), comprovante de endereço, telefone de contato e área de atuação no aeródromo (operador aéreo, oficina de manutenção, lojista, entre outros); 2 No caso de empresas prestadoras de serviços, cópia das partes relevantes de contrato de prestação de serviço com o operador de aeródromo, operador aéreo ou explorador de área aeroportuária, sendo que, a cada término de contrato é solicitada atualização da documentação; 3 Documento assinado por representante legal da entidade indicando os representantes, titular e suplente(s), da entidade perante o setor de credenciamento, contendo cópia de documento de identificação do representante legal, para fins de verificação da assinatura e demais dados; 4 Termo assinado pelo representante titular da entidade perante o setor de credenciamento, dando conhecimento acerca das regras de conduta e procedimentos de controle relativos ao uso adequado do sistema de credenciamento e autorização; e 5 Cópia de documento legal de identificação dos representantes da entidade, 1 titular e 2 suplentes, para fins de verificação das assinaturas e demais dados, quando da análise das solicitações de credenciais e autorizações. Os modelos de credenciais possuem, no mínimo, as seguintes características e informações: a) Identificação do aeródromo; b) Nome do portador; c) Número de registro da credencial no sistema de credenciamento; d) Número do documento de identidade ou CPF; e) Identificação do empregador; 77 f)Áreas em que o acesso é permitido, conforme códigos e níveis de acesso utilizados no aeródromo; g) Fotografia recente do rosto do portador, de frente, com dimensão mínima de 22mm x 25mm; h) Data de expedição e validade; e i) Dimensão mínima de 85mm x 55mm. j) No mínimo uma característica de segurança (marca d’agua, holograma, entre outros) que dificulte a falsificação da credencial, caso o aeródromo possua mais de 1000 (mil) credenciados permanentes com acesso às ARS. Os modelos de autorizações de veículos e equipamentos possuem, no mínimo, as seguintes características e informações: a) Identificação do aeródromo; b) Marca, modelo e cor do veículo ou equipamento; c) Número de registro da autorização no sistema de credenciamento; d) Nome da entidade responsável pelo veículo ou equipamento; e) Áreas em que o acesso é permitido, conforme códigos e níveis de acesso utilizados no aeródromo; f) Registro ou número de série do veículo ou equipamento; g) Ponto de controle de acesso por onde é permitido o trânsito do veículo ou equipamento; h) Tipo de serviço que realiza (transporte de pessoas, transporte de carga, reboque, entre outros); e i) Data de expedição e validade. As credenciais e autorizações temporárias possuem, no mínimo, número de registro no sistema de credenciamento e identificação visual que demonstre claramente que a credencial ou autorização é de caráter temporário, conforme modelos apresentados no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. Caso o aeródromo possua mais de 1000 (mil) credenciados permanentes com acesso 78 às ARS, as credenciais temporárias apresentam nome e fotografia do portador. O operador de aeródromo estabelece códigos que, dispostos de forma visível nas credenciais e autorizações, representam áreas do aeródromo nas quais é permitido o acesso do respectivo portador de credencial ou autorização. A lista de códigos utilizados no aeródromo e respectivas áreas que representam é detalhada no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. O operador de aeródromo adota as medidas necessárias para garantir o sigilo das informações que lhe forem fornecidas no âmbito do processo de solicitação de credencial ou autorização. As informações obtidas pelo operador de aeródromo no âmbito do processo de solicitação de credencial ou autorização podem ser compartilhadas com a ANAC e os órgãos de segurança pública, resguardadas as solicitações por via judicial. O operador de aeródromo se responsabiliza por controlar e manter os registros dos atos necessários para o processo de concessão de credencial ou autorização, através da adoção dos seguintes expedientes mínimos: a) Termo de Concessão de Credencial ou Autorização, para os casos em que a solicitação atenda aos mínimos exigidos neste PSA; b) Termo de Indeferimento de Credencial ou Autorização, com a devida justificativa formal, para os casos em que a solicitação não atenda aos mínimos exigidos neste PSA; c) Termo de Cancelamento de Credencial ou Autorização, para os casos em que for necessário o cancelamento de credencial ou autorização antes do vencimento; d) Termo de Destruição de Credencial ou Autorização, para os casos em que o operador de aeródromo inutiliza uma credencial ou autorização, cancelada ou vencida; e e) Termo de Emissão de Via Adicional de Credencial ou Autorização, com a devida justificativa formal, para os casos em que seja necessária a emissão de via adicional de uma credencial ou autorização. Os termos acima podem ser emitidos digitalmente, desde que o sistema utilizado permita a rastreabilidade dos dados do responsável pela emissão, através de usuário e validação por senha pessoal. O operador de aeródromo arquiva os termos listados acima por, no mínimo, cinco anos, de forma física ou eletrônica. O operador de aeródromo produz relatórios gerenciais com as informações de controle e registro de credenciais e autorizações aeroportuárias, mensais e anuais, que são arquivados por, no mínimo, cinco anos, de forma física ou eletrônica. Os relatórios gerenciais trazem, no mínimo, os seguintes dados: 79 a) Número de credenciais e autorizações permanentes válidas na data de emissão do relatório, por área em que o acesso é permitido; b) Número de credenciais e autorizações emitidas no período, por entidade solicitante; c) Número de credenciais e autorizações indeferidas no período; d) Número de credenciais e autorizações canceladas no período; e) Número de credenciais e autorizações vencidas no período; f) Número de credenciais e autorizações vencidas e não devolvidas no período; g) Número de credenciais e autorizações destruídas no período; h) Número de vias adicionais de credenciais e autorizações emitidas no período, citando o motivo para as emissões, tais como, extravio, furto, dano, entre outros; e i) Número de credenciais e autorizações extraviadas, furtadas ou roubadas, com data de validade vigente na data de emissão do relatório. ❖ CONCESSÃO DE CREDENCIAIS E AUTORIZAÇÕES Implementação do Processo de Concessão de Credenciais e Autorizações O operador de aeródromo implementa um processo de concessão de credencial aeroportuária para funcionários, pessoal de serviço e visitantes e de autorizações para os veículos e equipamentos que necessitem acessar as ARS e AC do aeródromo. O operador de aeródromo, caso entenda necessário por motivos de segurança, implementa processo de concessão de identificação aeroportuária para controle dos funcionários e pessoal de serviço que atuam somente nas áreas públicas do aeródromo. As credenciais e autorizações possuem validade apenas no ambiente do aeródromo que as emitiu e são classificadas como permanentes ou temporárias. ➢ ETAPAS DO PROCESSO DE CONCESSÃO 80 No processo de concessão de credenciais e autorizações permanentes, o operador do aeródromo aplica os seguintes procedimentos: a) Exige solicitação formal do interessado, por meio de formulário próprio disponibilizado; b) Avalia detalhadamente a documentação recebida; c) Formaliza o resultado da avaliação, através do Termo de Concessão de Credencial ou Autorização ou Termo de Indeferimento de Credencial ou Autorização; d) Se for o caso, emite a credencial ou autorização aeroportuária; e) Disponibiliza ao credenciado um Termo de Responsabilidade para assinatura; e f) Arquiva, de forma física ou eletrônica, a documentação exigida e produzida durante o processo, pelo período mínimo de 05 (cinco) anos, a contar da data da formalização do resultado da avaliação. As informações ao credenciado acerca das suas responsabilidades quanto ao uso adequado da credencial e quanto às possíveis penalidades são repassadas por meio da atividade de conscientização com AVSEC e da assinatura do termo de responsabilidade, o qual o credenciado recebe uma via. O arquivamento dos documentos relacionados aos processos de credenciamento e autorização é realizado em local protegido contra acesso indevido de pessoas. Quando o arquivamento é realizado através de meios eletrônicos, o operador de aeródromo garante que exista cópia de segurança dos dados digitais arquivados (backup), armazenada em local distinto dos originais e protegido contra acesso indevido de pessoas. O operador de aeródromo enquadrado na classe AP-3, ou outra classe, quando entender necessário por motivos operacionais, disponibiliza monitoramento através de câmeras de vigilância e proteção contra fogo, no arquivo dos documentos relacionados aos processos de credenciamento. A forma de arquivo dos processos de credenciamento propicia a busca destes através dos dados do credenciado. ➢ DOCUMENTAÇÃO MÍNIMA PARA CONCESSÃO O operador de aeródromo, na etapa de solicitação formal de credencial ou autorização permanente, exige, nomínimo, os seguintes documentos e comprovações do requerente: Para pessoas: (1) Formulário padrão de solicitação de credencial, preenchido com os dados pessoais do solicitante, justificativa de acesso e assinado pelo representante da respectiva entidade no setor de credenciamento; (2) Documento de identificação: (i) Para brasileiros: Documento legal de identificação válido, com fotografia; ou 81 (ii) Para estrangeiros: Carteira Nacional de Estrangeiro, dentro da validade, expedida pelo DPF ou passaporte com visto temporário; ou (iii) Em caso de acordo entre o Brasil e Estados estrangeiros que estabeleça, além do passaporte, outros documentos de identificação válidos para entrada no Brasil, tais documentos poderão ser utilizados para fins de credenciamento. (3) Cadastro de Pessoa Física da Secretaria da Receita Federal (CPF); (4) Carteira de Trabalho, com o respectivo registro, ou outro documento legal comprovante de vínculo empregatício ou de prestação de serviço; (5) Fotografia recente do rosto do solicitante, impressa ou digital, podendo, a critério do operador, ser tirada no próprio setor de credenciamento; (6) Comprovante de local de residência (conta de luz, água, gás ou telefone, contrato de locação, notificação do Imposto de Renda do último exercício ou recibo da declaração referente ao exercício em curso); (i) A comprovação de local residência pode ser realizada mediante declaração assinada pelo solicitante, destinada a fazer prova de residência. Neste caso, a declaração traz expressamente a sujeição do declarante às sanções civis, administrativas e criminais previstas na legislação aplicável em relação à veracidade dos dados informados. (7) Declaração informando os países onde o solicitante da credencial residiu nos últimos 10 (dez) anos, podendo ser parte do formulário padrão de solicitação de credencial; (08) Atestado de antecedentes criminais, englobando a apresentação de Certidão de Distribuição da Justiça Estadual do local de domicílio; e Certidão de Distribuição da Justiça Federal; todos válidos; (i) A apresentação de uma ou mais certidões acima pode ser dispensada no caso dos dados que as geram estarem integrados ao sistema de verificação de credenciais aeroportuárias da Polícia Federal, a depender de comunicação expressa da PF. (9) (SISCAER) Comprovante de registro no sistema de verificação de segurança de credenciais aeroportuárias da Polícia Federal, conforme disponibilização pela PF. (10) Comprovante de participação em atividade de conscientização com AVSEC e demais atividades de disseminação de conhecimento que forneçam as informações gerais necessárias para a permanência e circulação da pessoa nas áreas do aeródromo; (11) Termo de responsabilidade, o qual o credenciado recebe uma via, podendo tal Termo ser assinado no momento da entrega da credencial, a critério do operador de aeródromo; e (12) Outros documentos e comprovações, a critério do operador de aeródromo. Para veículos ou equipamentos: 82 (1) Formulário padrão de solicitação de autorização, preenchido com os dados do veículo ou equipamento e assinado pelo representante da respectiva entidade perante o setor de credenciamento; (2) Documentação válida do veículo ou equipamento, de acordo com a legislação pertinente; (3) Termo de responsabilidade assinado por representante da entidade perante o setor de credenciamento, quanto ao uso adequado das autorizações e às possíveis penalidades nos casos de uso indevido, podendo ser um Termo para todas autorizações solicitadas por um mesmo representante; e (4) Outros documentos e comprovações, a critério do operador de aeródromo. ➢ AVALIAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO A avaliação da documentação para concessão de credencial ou autorização envolve a conferência de todos os documentos protocolados pelo solicitante. Além da documentação mínima obrigatória, é verificado se o solicitante possui histórico de uso indevido de credencial ou autorização no aeródromo ou se existe impedimento legal ou regulamentar aplicável ao solicitante. O profissional responsável avalia a necessidade de acesso ou permanência em área operacional para todas as solicitações de credencial e autorização protocoladas. O setor responsável pelo credenciamento consulta outros setores da administração do aeródromo, caso surja dúvida acerca da necessidade de determinada permissão de acesso às áreas operacionais. Caso a necessidade de acesso constatada não corresponda ao nível de acesso solicitado, o profissional responsável indefere a solicitação ou concede a credencial ou autorização somente para as áreas em que o acesso for necessário. O operador de aeródromo encaminha ao seu setor de credenciamento e à Polícia Federal, as informações de ocorrências de atos ilícitos no aeródromo que chegarem ao seu conhecimento, em especial aquelas que envolverem a utilização indevida de credencial ou autorização. Caso seja constatada a adulteração de documento ou apresentação de informação falsa, o operador de aeródromo indefere a solicitação e comunica imediatamente o Departamento de Polícia Federal ou órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo, para as medidas cabíveis. • Indeferimento 83 Informações comprovadas que indiquem o uso indevido da credencial ou autorização; Adulteração de documentos ou apresentação de informação falsa; Qualquer outro impedimento legal ou regular aplicável ➢ CREDENCIAL E AUTORIZAÇÃO PERMANENTE PARA FUNCIONÁRIOS E VEÍCULOS DE ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS O operador de aeródromo, para concessão de credenciais ou autorizações permanentes para funcionários ou veículos de organizações públicas, observa os padrões de segurança definidos pela ANAC. A concessão de credenciais permanentes para funcionários e veículos de organizações públicas é precedida da apresentação dos seguintes documentos: a) Solicitação formal do órgão público declarando que o servidor ou veículo oficial atuará no aeródromo e possui necessidade de acesso e permanência em área operacional; e b) Documentos que possam identificar adequadamente a pessoa ou veículo oficial a ser credenciado ou autorizado. O comprovante de participação em atividade de conscientização com AVSEC é opcional para a emissão de credencial permanente de funcionários de órgãos públicos. ➢ CREDENCIAL E AUTORIZAÇÃO TEMPORÁRIAS O operador de aeródromo, durante o processo de concessão de credencial ou autorização temporária, exige do solicitante, no mínimo, o seguinte: Para pessoas: (1) Formulário padrão de solicitação de credencial temporária, preenchido com os dados pessoais do solicitante, justificativa para o acesso e assinatura do representante da respectiva entidade junto ao setor de credenciamento; (2) Documento de identificação: (i) Para brasileiros: Documento legal de identificação válido, com fotografia; ou (ii) Para estrangeiros: Carteira Nacional de Estrangeiro, dentro da validade, expedida pelo DPF ou passaporte válido; ou 84 (iii) Em caso de acordo entre o Brasil e Estados estrangeiros que estabeleça, além do passaporte, outros documentos de identificação válidos para entrada no Brasil, tais documentos poderão ser utilizados para fins de credenciamento. (3) Termo de responsabilização da pessoa com credencial permanente que acompanhará o solicitante durante a permanência deste em ARS ou AC. (4) (SISCAER) Comprovante de registro no sistema de verificação de segurança de credenciais aeroportuárias da Polícia Federal, conforme disponibilização pela Polícia. Para veículos e equipamentos: (1) Formulário padrão de solicitação de autorização temporária, preenchido com os dados do veículo, justificativa para o acesso e assinatura do representante da respectiva entidade junto ao setorde credenciamento; (2) Documento do veículo ou equipamento; e (3) Termo de ciência de que o acesso e permanência do veículo ou equipamento em AC ou ARS está condicionado à designação de comboio. O operador de aeródromo avalia a necessidade de acesso ou permanência em área operacional para todas as solicitações de credencial e autorização temporárias protocoladas. O profissional do setor de credenciamento acessa o sistema de verificação de credenciais aeroportuárias da Polícia Federal, conforme instruções da PF, e indefere a solicitação de credencial temporária quando constar impedimento. Caso seja necessária a realização de manutenção emergencial, atuação de agente público de fiscalização e controle ou programação de visitas à área operacional, o operador de aeródromo pode fornecer as credenciais necessárias ao pessoal de serviço e visitantes, sem a aplicação do procedimento descrito. Na situação acima, o portador da credencial temporária só acessa às ARS e AC com acompanhamento de funcionário(s) do próprio operador do aeródromo, de posse de credencial permanente, previamente autorizado pelo setor de credenciamento. O operador de aeródromo disponibiliza, nos pontos de controle de acesso às ARS e AC, lista contendo o nome dos profissionais autorizados a realizar a atividade de acompanhamento para realização de conferência e liberação de acesso. O formulário de acesso especial contém as seguintes informações mínimas: a) Data do acesso; b) Nome e nº do documento de identificação de quem irá acessar; c) Motivo do acesso 85 d) Nome do profissional do operador de aeródromo responsável pelo acompanhamento; e e) Outras informações que o operador de aeródromo entender necessárias. O controle dos formulários permanece no setor de credenciamento, físico ou eletrônico, por 1 (um) ano, no mínimo. Caso o cadastro e as listas de funcionários englobem todos os funcionários do operador de aeródromo de posse de credencial permanente, a manutenção destes controles nos pontos de controle de acesso é desnecessária. ➢ Cancelamento da credencial por solicitação da Polícia Federal Caso a Polícia Federal, por meio de documento oficial, aponte que determinado credenciado possui antecedentes criminais ou sociais incompatíveis com a permissão de acesso às AC e ARS, o operador de aeródromo promove o cancelamento da credencial e seu recolhimento. O cancelamento é comunicado ao credenciado e ao respectivo contratante, por meio de ofício, correspondência eletrônica ou método similar que permita o arquivamento. ➢ Indisponibilidade do sistema de verificação de credenciais aeroportuárias No caso de indisponibilidade técnica temporária do sistema de verificação de segurança de credenciais aeroportuárias, o operador de aeródromo concede as credenciais em caráter provisório, devendo, para tanto, garantir que sejam aplicadas as obrigações incialmente previstas para tais solicitações tão logo retorne à disponibilidade do sistema. ❖ CONTROLE DE CREDENCIAIS E AUTORIZAÇÕES O operador de aeródromo implementa controles administrativos ou tecnológicos para garantir a credibilidade do sistema de credenciamento e autorização. A credibilidade do sistema de credenciamento é garantida através dos seguintes procedimentos mínimos: a) Renovação periódica das credenciais e autorizações. b) Adoção de instrumentos que previnam falsificações e desvios de credenciais e autorizações. c) Adoção de medidas que previnam desvios de credenciais e autorizações, 86 d) Controle quanto ao uso indevido de credenciais e autorizações não devolvidas, extraviadas, furtadas ou roubadas, Como forma de controle, o operador de aeródromo estabelece procedimentos e meios para que o setor de credenciamento seja capaz de levantar, em tempo real, os dados mínimos. ➢ CREDENCIAIS NÃO DEVOLVIDAS, EXTRAVIADAS, FURTADAS OU ROUBADAS. O operador de aeródromo mantém atualizada uma lista das credenciais e autorizações válidas que estejam na situação de não devolvidas, extraviadas, furtadas ou roubadas. Quando o controle de acesso no aeródromo não é realizado de forma automatizada, a lista é disponibilizada de forma atualizada nos pontos de acesso à AC e ARS. Quando o controle de acesso no aeródromo é realizado de forma automatizada, o operador de aeródromo garante a atualização da base de dados no sistema. ➢ MODELOS DE CREDENCIAIS E AUTORIZAÇÕES O operador de aeródromo garante a modificação dos modelos de credenciais e autorizações, no máximo a cada 08 (oito) anos, com o objetivo de dificultar a falsificação. Caso o aeródromo não utilize tecnologia automatizada para controle de acesso, a alteração de modelo de credenciais ou autorizações ocorre sempre que o número de credenciais permanentes não devolvidas, extraviadas, furtadas ou roubadas ultrapassa a percentagem do total de credenciais permanentes válidas que prejudica a confiabilidade do sistema, conforme tabela acima: A modificação do modelo de credenciais e autorizações permite uma clara diferenciação 87 entre o modelo antigo e o novo, por exemplo, através da alteração das cores, design e disposição das informações do portador ou veículo. O processo de modificação de modelo de credencial ou autorização é amplamente divulgado à comunidade aeroportuária, para fins de ciência desta em relação aos modelos de credenciais e autorizações válidas no âmbito do aeródromo. • VALIDADE DE CREDENCIAIS E AUTORIZAÇÕES As validades das credenciais e autorizações, permanentes e temporárias, respeitam os seguintes prazos máximos: ➢ INSPEÇÕES E AUDITORIAS DO SISTEMA DE CREDENCIAMENTO As inspeções e auditorias no sistema de credenciamento buscam verificar a aderência dos procedimentos adotados e recursos disponíveis ao exigido pelas normas vigentes, PSA e demais determinações do operador de aeródromo. O operador de aeródromo realiza inspeções nas ARS e AC, verificando principalmente os aspectos ligados ao uso adequado das credenciais e autorizações e aos procedimentos de identificação de pessoas credenciadas e veículos nos pontos de controles de acesso. No mínimo a cada 2 (dois) anos, o operador de aeródromo verifica a conformidade de todas as credenciais e autorizações permanentes válidas, através da comparação do banco de 88 dados do setor de credenciamento com as listas de pessoas, veículos e equipamentos em atuação nas AC e ARS do aeródromo. As listas de pessoas, veículos e equipamentos em atuação no aeródromo são requeridas pelo operador de aeródromo às entidades empregadoras, públicas e privadas, autorizadas a solicitar a emissão de credenciais e autorizações. As auditorias e inspeções para avaliação do sistema de credenciamento são realizadas no âmbito do PCQ/AVSEC. ➢ EMISSÃO DE VIAS ADICIONAIS DE CREDENCIAIS E AUTORIZAÇÕES O setor de credenciamento realiza avaliação criteriosa e justifica formalmente a emissão de vias adicionais de credenciais e autorizações (2ª via, 3ª via etc.), através do preenchimento do Termo de Emissão de Via Adicional de Credencial ou Autorização. Quando da reincidência na solicitação de via adicional de credenciamento e autorização, o operador do aeródromo realiza, no mínimo, uma das seguintes ações: a) comunica a ocorrência formalmente ao órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo; b) penaliza o credenciado ou à entidade responsável, como forma de buscar maior atenção com a guarda das credenciais e autorizações, através de advertência, multa, entre outros. • Conscientização com AVSEC A conscientização com AVSEC é uma atividade integrante do processo de concessão de credencial, sob responsabilidade do operador de aeródromo. O objetivo é conscientizar,de forma inicial e periódica, as pessoas que trabalham na área operacional do aeródromo acerca da importância da segurança e sobre as principais regras aplicadas no ambiente específico do aeródromo. Essa atividade não habilita o profissional a atuar nos processos ou controles de segurança aeroportuária. Através do processo de concessão de credencial, garante que as pessoas que recebem credencial permanente, com permissão de acesso às áreas operacionais do aeródromo, participaram da atividade. Realiza a gestão junto aos órgãos públicos, objetivando promover e incentivar a participação dos funcionários nas atividades de conscientização com AVSEC. 89 É realizado através de palestra presencial, apresentação de vídeo ou módulo de ensino à distância. O conteúdo que compõe a atividade é planejado e desenvolvido por um profissional com certificação válida nos cursos: Básico AVSEC, Inspeção em Segurança, AVSEC para Operador de Aeródromo ou AVSEC para Operador Aéreo. O profissional designado apresenta conhecimento gerais sobre AVSEC e conhecimentos específicos que compõem a segurança do aeroporto. A realização da atividade pode ocorrer em qualquer momento dentro do período de 60 (sessenta) dias antes da solicitação da credencial permanente até o dia da solicitação, podendo ser, inclusive um ato simultâneo. A validade é de 02 (dois) anos a partir da data de emissão da credencial e não poderá ser superior a 26 (vinte seis) meses, a contar do término da atividade. O operador do aeródromo mantém, física e eletronicamente, registro das pessoas que cumpriram a atividade, identificando o nome dos profissionais e respectivas assinaturas, o nome do profissional responsável pela realização da atividade, a data de realização e validade. MÓDULO 7 – MEDIDAS DE SEGURANÇA RELATIVAS AOS FUNCIONÁRIOS, AOS PASSAGEIROS E SEUS PERTENCES DE MÃO. ❖ INSPEÇÃO DE FUNCIONÁRIOS E SEUS PERTENCES DE MÃO O operador de aeródromo se responsabiliza pela inspeção de segurança dos funcionários, seus pertences de mão e veículos antes do ingresso nas Áreas Restritas de Segurança-ARS, inclusive pela inspeção realizada nos pontos de controle de acesso operados por exploradores de áreas aeroportuárias. 90 Excetuadas previsões em leis ou normas da ANAC, o operador do aeródromo garante que nenhum funcionário ou objeto acessa à ARS sem a devida inspeção de segurança. A inspeção de segurança de funcionários é realizada em pontos de controle de acesso à ARS exclusivo para funcionários e tripulantes; em pontos de controle de acesso de passageiros, funcionários e tripulantes; e em pontos de controle de acesso de veículos. O operador de aeródromo enquadrado nas classes AP-2 e AP-3, ou de outra classe quando entender necessário por motivos operacionais, implanta ponto de controle de acesso à ARS exclusivo para funcionários, tripulantes e pessoal de serviço. Nos pontos de controle de acesso à ARS exclusivo para funcionários, tripulantes e pessoal de serviço, a identificação de pessoas é realizada seguindo os mesmos procedimentos aplicados na inspeção de passageiro. Cada ponto de controle de acesso de funcionários e tripulantes à ARS é constituído por um ou mais módulos de inspeção de pessoas, que são operados, no mínimo, com os recursos humanos e materiais elencados no Anexo 4, de acordo com a classe e as características de operação do aeródromo. A inspeção de segurança de funcionários, tripulantes e seus pertences de mão é realizada conforme descrito no Anexo 3, seguindo as mesmas diretrizes adotadas para os passageiros. • Inspeção de veículos ou equipamentos A inspeção de veículos ou equipamentos e seus pertences de mão é realizada nos pontos de controle de acesso de veículos à ARS, conforme descrito no Anexo 3 da IS 107, seguindo as mesmas diretrizes adotadas aos passageiros. Área pública para ARS 1ª Alternativa – aceitável em aeródromos de classe AP-3 e AP-2 • 02 DMM; • 02 APAC ou Vigilante, ambos engajados nas funções II e VII; • 01 espelho de inspeção veicular; • 01 dilacerador de pneus; • Telefone ou rádio comunicador. Alarme com acionamento no módulo de inspeção e alerta no setor do aeródromo responsável pelo acionamento do plano de contingência. 91 Aviso visual anunciando a necessidade de realização de inspeção do veículo e dos ocupantes para acesso às ARS, bem como a presença de dilacerador de pneus e a relação de itens cujo acesso é proibido. Local demarcado para inspeção de pessoas com o DMM; Superfícies planas (75cm x 120 cm), destinadas à inspeção manual de pertences de mão podendo estas serem roletes, mesas ou bancadas. Cobertura e iluminação do local de inspeção dos veículos e seus ocupantes. Monitoramento através de câmeras de vigilância, com imagens gravadas (mínimo 30 dias). 2ª Alternativa – Aceitável em aeródromos de classe AP -1 • 02 DMM; • 02 APAC ou Vigilante, ambos engajados nas funções II e VII; • 01 espelho de inspeção veicular; • 01 dilacerador de pneus; • Telefone ou rádio comunicador. Aviso visual anunciando a necessidade de realização de inspeção do veículo e dos ocupantes para acesso às ARS, bem como a presença de dilacerador de pneus e a relação de itens cujo acesso é proibido. Local demarcado para inspeção de pessoas com o DMM; Superfícies planas (75cm x 120 cm), destinadas à inspeção manual de pertences de mão podendo estas serem roletes, mesas ou bancadas. Cobertura e iluminação do local de inspeção dos veículos e seus ocupantes. O ponto de controle de acesso de veículos à ARS poderá possuir outros tipos de equipamentos de inspeção; É usado exclusivamente para acesso de veículos à ARS, salvo na situação a seguir: • O operador do aeródromo poderá implantar módulos de inspeção para funcionários e tripulantes no mesmo local onde é realizado o controle de acesso de veículos, desde que garanta os mesmos recursos humanos e materiais elencados no anexo 4 da IS 107. AC para ARS AP-3 – Possui os recursos mínimos operacionais elencados na alternativa 1, com exceção do dilacerador de pneus. AP-1 e AP-2 – Possui os recursos mínimos operacionais elencados na alternativa 2, com exceção do dilacerador de pneus. ➢ ACESSO DE MATERIAIS DE SERVIÇO, MERCADORIAS E SUPRIMENTOS. 92 O operador de aeródromo adota as medidas necessárias para que materiais de serviço, mercadorias ou suprimentos direcionados à ARS sejam objeto de inspeção de segurança. Provisões de serviço de bordo sujeitas a controle de segurança na origem e durante o transporte, conforme medidas de segurança previstas no PSOA do operador aéreo, não necessitam ser inspecionadas. O operador de aeródromo garante que itens vendidos ou distribuídos nas ARS não contém objetos proibidos ou substâncias perigosas que podem comprometer a segurança do aeródromo e das aeronaves. O operador de aeródromo especifica no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo os pontos de controle de acesso à ARS por onde é permitido o acesso de materiais de serviço, mercadorias ou suprimentos. O operador de aeródromo pode estabelecer ponto de acesso exclusivo para materiais de serviço, mercadorias ou suprimentos direcionados à ARS. Itens considerados proibidos para trânsito em ARS poderão ingressar nas referidas áreas, desde que adotados os procedimentos abaixo: a) Os itens considerados proibidos somente são conduzidos por pessoas previamente autorizadas pelo setor de segurança do aeródromo; b) Os itens somente ingressam na ARS quando forem necessários para a realização de tarefas essenciais às operações do aeródromo ou aeronaves, tais como, manutenção, abastecimento, provisões e serviços de bordo; c) O controle das autorizações para ingresso com itens proibidos nas ARS podeser realizado através de formulário padrão de autorização, emitido pelo setor de segurança do aeródromo. d) No caso de acessos frequentes, principalmente pelas equipes de manutenção, o operador de aeródromo pode disponibilizar nos pontos de controle de acesso à ARS, como autorização prévia, lista que detalhe o nome dos funcionários e respectivos itens proibidos com os quais podem ingressar; e e) O operador de aeródromo disponibiliza formulário nos pontos de controle de acesso à ARS para registro do nome funcionário, entidade responsável, tipo do item proibido, data e hora de entrada e saída da ARS. f) Caso o acesso seja de múltiplos itens proibidos, por exemplo, uma caixa de ferramentas com 10 (dez) objetos proibidos, pode-se realizar o controle de forma genérica, apenas indicando a quantidade de itens que irão ingressar, sendo esse número conferido no momento da saída, para fins de controle. 93 A permissão de acesso de determinados itens proibidos em ARS para execução de serviços não isenta o portador dos itens da realização da inspeção de segurança de pessoas e pertences de mão. Todas as bolsas, caixas de ferramentas e respectivos compartimentos são inspecionados para verificar a presença de objetos não declarados. No caso de itens proibidos que necessitem permanecer em ARS (oficinas de manutenção de equipamentos de rampa, manutenção de aeronaves, etc.), caberá ao responsável pela área a conferência periódica, sendo evidenciado o controle por meio de, no mínimo, um inventário mensal, sendo que o acesso e saída destes itens deve ser também controlado. ❖ INSPEÇÃO DE PASSAGEIROS E SEUS PERTENCES DE MÃO Nos pontos de controle de acesso à ARS, a identificação de passageiros (verificação do bilhete de embarque), funcionários, tripulantes e pessoal de serviço é igual à dos passageiros. O operador de aeródromo delimita área de formação de fila antes dos módulos de inspeção, criando uma fila para cada módulo de inspeção ou uma fila para cada conjunto de módulos. Antes ou depois da área de formação de fila de inspeção, ou ao longo da mesma, para cada módulo de inspeção ou de maneira centralizada para vários módulos, o operador de aeródromo disponibiliza área de pré-inspeção (divest área), onde os inspecionados depositam seus pertences em bandejas disponibilizadas em bancadas. O operador de aeródromo garante a presença de pelo menos 1 (um) APAC de cada sexo em todo ponto de controle de acesso à ARS, possibilitando a realização de busca pessoal em homens e mulheres por APAC do mesmo sexo. Quando é adotada a alternativa de módulo de inspeção que utiliza Pórtico Detector de Metais para inspeção primária, a inspeção aleatória ou secundária pode ser realizada através de Escâner Corporal. Neste caso, o canal de inspeção possui ao menos 01 (um) Escâner Corporal. Quando é adotada a alternativa de módulo de inspeção que utiliza Escâner Corporal para inspeção primária, o operador de aeródromo disponibiliza no mínimo 01 (um) pórtico detector de metais no respectivo canal de inspeção, possibilitando a inspeção de pessoas que não podem ser inspecionadas pelo Escâner Corporal. 94 Quando o módulo de inspeção utiliza equipamento Detector de Traços Explosivos (ETD), conforme Anexo 4, o operador de aeródromo adota uma das seguintes alternativas de infraestrutura e pessoal: 1ª alternativa – o operador de aeródromo disponibiliza 1 (um) equipamento de ETD para, no máximo, 2 (dois) módulos de inspeção, garantindo, no mínimo, 1 (um) ETD por canal de inspeção de passageiros e/ou funcionários à ARS. 2ª alternativa – o operador de aeródromo disponibiliza uma quantidade de equipamentos ETD suficiente para atender a demanda de inspeção do ponto de controle de acesso, inclusive a inspeção aleatória dos pertences de mão, garantindo, no mínimo 01 ETD por ponto de controle de acesso. Para cada equipamento ETD que atenda mais de 2 (dois) módulos de inspeção, o operador de aeródromo disponibiliza, no mínimo 1 (um) APAC adicional (função V), que se responsabiliza exclusivamente por realizar a atividade de coleta de amostras e verificação delas através do ETD de modo contínuo. Em relação à utilização do ETD, o operador de aeródromo pode adotar diferentes alternativas para diferentes canais de inspeção no mesmo aeródromo. Além do disposto anteriormente, os canais de inspeção também possuem: Instalações que impedem o acesso de pessoa à ARS sem a devida inspeção de segurança; No mínimo, 1 (um) local demarcado para realização de inspeção com Detector Manual de Metais, a cada 2 (dois) módulos de inspeção, utilizando, quando necessário, solução adequada para evitar interferências entre o DMM e metais presentes no piso ou outras estruturas adjacentes, conforme orientação do fabricante do equipamento. Local reservado para realização de busca pessoal com dimensões mínimas recomendadas de 180cm x 240cm e porta com largura mínima de 110cm; Superfícies planas com dimensão mínima de 75cm x 120cm, destinadas à inspeção manual de bagagens de mão, podendo estas serem roletes, mesas ou bancadas; Telefones ou rádio, avisos visuais ou sonoros (itens proibidos), climatização, acústica, iluminação e câmeras (CFTV) com arquivo de imagem de 30 dias. 95 O operador de aeródromo de classe AP-3 ou AP-2, disponibiliza alarme com acionamento no módulo de inspeção e alerta no setor do aeródromo responsável pela ativação do plano de contingência ou no órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia do aeródromo. É importante saber: O operador do aeródromo declara, no formulário de dados AVSEC do aeródromo, a capacidade máxima de processamento de passageiros nos canais de inspeção de segurança que dão acesso às áreas de embarque, no formato passageiro/hora. A capacidade máxima declarada, separadamente, para os canais de inspeção de passageiros domésticos e passageiros internacionais. ➢ AGENTE DE PROTEÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL O Agente de Proteção de Aviação Civil - APAC, nos pontos de controle de acesso à ARS, pode realizar as seguintes atividades: a) Identificação de pessoas, veículos e equipamentos; b) Controle do fluxo de pessoas através do módulo de inspeção; c) Detecção de comportamento ou atitude suspeita; d) Inspeção de segurança primária, secundária e aleatória; e) Inspeção de pertences de mão através equipamento de raios-x; f) Inspeção de pessoas através de equipamento do tipo Pórtico Detector de Metais ou Escâner Corporal; g) Inspeção de pessoas através de Detector Manual de Metais – DMM; h) Inspeção de pessoas através de busca pessoal; i) Inspeção de pertences de mão através de inspeção manual; j) Inspeção de pessoas e pertences de mão através de Equipamento Detector de Traços Explosivos - ETD; k) Inspeção de veículos e equipamentos; e l) Supervisão dos procedimentos de controle de acesso à ARS. A jornada de trabalho do APAC no aeródromo é de, no máximo, 08 (oito) horas diárias e, o descanso mínimo entre jornadas é de, no mínimo, 10 (dez) horas. Durante o exercício de suas funções, o APAC segue as seguintes diretrizes: 96 a) O trato com o público ocorre da maneira mais polida possível, criando um clima de tranquilidade e demonstrando que todo o processo de inspeção será conduzido de maneira respeitosa e profissional; b) Ao longo de todo o processo de inspeção, o APAC observa e, quando julga necessário encaminha para busca pessoal os indivíduos que apresentem comportamentos suspeitos e aciona o órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo sempre que entender necessário; c) Em caso de pane, avaria ou suspeita de mau funcionamento de equipamento de inspeção, o APAC adota as medidas cabíveis para acionamentoda manutenção, suspendendo a utilização do equipamento caso comprometa a realização da inspeção de segurança, até a garantia que ele esteja em pleno funcionamento e calibrado; d) Detectada a presença de algum item proibido lícito, o acesso do inspecionado à ARS é negado até que o mesmo não porte mais o item proibido; e) Detectada a presença de algum item ilícito ou suspeito de ser ilícito, o acesso do inspecionado à área restrita de segurança é negado e o órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo é acionado para avaliar a situação; f) Detectado que o inspecionado tentou ocultar algum item proibido durante a inspeção de segurança, os APAC negam o acesso da pessoa à ARS até que o objeto ocultado seja identificado ou o órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo seja acionado para avaliar a situação; e g) As pessoas e pertences de mão já inspecionados são direcionados, imediatamente, para além da área do módulo de inspeção, delimitada pelo operador de aeródromo, de forma a evitar a contaminação com pessoas não inspecionadas. h) Caso o inspecionado recuse a submeter-se a algum procedimento de inspeção, seu acesso é negado e o APAC aciona o órgão policial para averiguar a situação. ➢ PROCEDIMENTOS DIFERENCIADOS DE INSPEÇÃO 97 Os procedimentos diferenciados de inspeção são aplicados em situações particulares, nas quais não é possível ou recomendada a adoção do procedimento padrão de inspeção, conforme a seguir: ▪ Inspeção de crianças de colo a) A criança é retirada do carrinho e submetida à inspeção de segurança por meio do pórtico detector de metais, ou outro equipamento disponível, afastada do corpo de seu responsável. (1) O carrinho é dobrado e inspecionado com os equipamentos disponíveis para pertences de mão, preferencialmente por meio de equipamento de raios-x; e (2) Na impossibilidade de inspeção por meio de equipamento de raios-x ou em caso de dúvida durante o processo de inspeção, o APAC engajado na Função III realiza a inspeção manual do carrinho; ▪ Inspeção de pessoas com necessidade de assistência especial a) A pessoa com necessidade de assistência especial é submetida aos procedimentos de inspeção na medida em que sua condição permitir, observando-se o seguinte: (1) As ajudas técnicas utilizadas no auxílio de pessoas com necessidade de assistência especial são inspecionadas com os equipamentos disponíveis no aeródromo, preferencialmente por equipamento de raios-x; (2) Durante a inspeção de segurança das ajudas técnicas são disponibilizados assentos para uso das pessoas com necessidade de assistência especial; (3) Caso haja um acompanhante, este é inspecionado primeiro e, após concluído o procedimento de inspeção, o APAC pode solicitar seu auxílio para realizar a inspeção na pessoa com necessidade de assistência especial; e (4) A inspeção da pessoa com necessidade de assistência especial pode ser realizada por meio de pórtico detector de metais, DMM ou busca pessoal, dependendo das condições permitidas pela pessoa. 98 ▪ Inspeção de medicamentos a) A pessoa portando medicamento pode solicitar que a inspeção do medicamento seja realizada por meio de procedimento diferenciado, sem a utilização de equipamentos de raios-x e de detectores de metais; (1) O APAC realiza o procedimento diferenciado de inspeção quando solicitado pelo inspecionado, o que deve ocorrer antes do início do procedimento de inspeção; (2) Para realização do procedimento diferenciado, o inspecionado entrega os medicamentos de forma separada dos demais pertences de mão ao APAC engajado na Função I; (3) O procedimento diferenciado de inspeção é realizado com a utilização do equipamento Detector de Traços de Explosivo – ETD; (4) Na indisponibilidade de equipamento ETD ou outros dispositivos de inspeção, o procedimento é realizado por meio de inspeção manual, verificando-se a compatibilidade do medicamento apresentado com suas características e/ou prescrição médica; e (5) O APAC, para evitar que o medicamento sofra contaminação, pode solicitar auxílio ao inspecionado para a apresentação, manuseio e ré embalagem do medicamento. ▪ Inspeção de filmes fotográficos, com sensibilidade ISO 800 ou superior. a) A pessoa pode solicitar que a inspeção de filmes fotográficos com sensibilidade ISO 800 ou superior seja realizada por meio de procedimento diferenciado, sem a utilização de equipamento de raios- x; (1) O APAC realiza o procedimento diferenciado de inspeção quando solicitado pelo inspecionado, o que deve ocorrer antes do início do procedimento de inspeção; (2) Para realização do procedimento diferenciado, o inspecionado entrega ao APAC engajado na Função I os filmes fotográficos, que devem estar fora dos recipientes de acondicionamento e separados dos demais pertences de mão; (3) O procedimento diferenciado de inspeção é realizado por meio de equipamento ETD; e (4) Na indisponibilidade de equipamento ETD, o item é inspecionado por meio de inspeção manual. ▪ O procedimento de Inspeção de animais domésticos a) Para inspeção de animal doméstico, ele é retirado da caixa de transporte e submetido à inspeção por meio de detector de metais ou outros meios disponíveis, inclusive inspeção manual; b) A caixa de transporte é inspecionada por meio de equipamento de raios-x ou ETD; c) Na impossibilidade de inspeção da caixa de transporte por meio de equipamento de raios- x ou ETD, ou em caso de dúvida durante o processo de inspeção de segurança, o APAC realiza a inspeção manual; 99 d) A inspeção manual do animal, quando necessária, inclui verificações da parte interna da coleira ou vestimentas, que podem ser retiradas do animal e submetidas à inspeção por equipamento de raios-x, quando o APAC julga necessário; e e) O APAC pode solicitar auxílio ao passageiro para manusear o animal durante a inspeção de segurança, nesse caso o passageiro é inspecionado previamente ao animal. ▪ Inspeção de cinzas provenientes da cremação de restos mortais humanos a) A inspeção de recipiente que contenha as cinzas provenientes de cremação de restos mortais humanos é realizada preferencialmente por meio de equipamento de ETD, ou por meio de equipamento de raios-x; e b) O procedimento de inspeção manual com abertura da urna somente é adotado em caso de suspeita e com o consentimento do inspecionado. ▪ Inspeção de órgãos, tecidos e instrumentos cirúrgicos esterilizados transportados sob a coordenação do Sistema Nacional de Transplantes - SNT e da Central Nacional de Transplantes – CNT a) A operação de embarque de órgãos, tecidos e instrumentos cirúrgicos esterilizados é previamente coordenada pelo SNT/CNT, com o operador de aeródromo e operador aéreo; b) Um canal de comunicação junto ao SNT/CNT é mantido pelo operador de aeródromo para assegurar a veracidade das informações do transporte; c) Os recipientes de instrumentos cirúrgicos ou de órgãos são inspecionados por meio de equipamento de raios-x para confirmar que não exista objeto em seu interior distinto daqueles informados pela SNT/CNT; e d) Em caso de indisponibilidade do equipamento de raios-x, é realizada inspeção visual, para confirmar que não exista objeto em seu interior distinto daqueles informados pela SNT/CNT. ▪ Inspeção de células hematopoiéticas (medula óssea/sangue periférico mobilizado) transportados sob coordenação do Sistema Nacional de Transplantes - SNT e da Central Nacional de Transplantes - CNT a) A operação de embarque de células hematopoiéticas (medula óssea/sangue periférico mobilizado) é previamente coordenada pelo SNT/CNT com o operador de aeródromo e operador aéreo; 100 b) Os recipientes de células hematopoiéticas são inspecionados visualmente, para confirmarque não exista objeto em seu interior distinto daqueles informados pelo SNT/CNT; e c) Os recipientes de células hematopoiéticas não são inspecionados através da utilização de equipamentos de raios-x. ▪ Inspeção de cão-guia acompanhado de pessoa com deficiência visual, treinador, instrutor ou acompanhante habilitado. a) A inspeção de segurança é realizada de acordo com um dos quatro procedimentos a seguir, à escolha do inspecionado, não sendo permitida a separação do animal e seu dono, sem o consentimento deste: (1) São retirados todos os componentes metálicos do cão- guia e do inspecionado e a pessoa é orientada a passar pelo pórtico detector de metais junto ao cão-guia. Caso ocorra disparo do alarme do pórtico, inspecionado e cão-guia são submetidos à busca pessoal e busca manual, respectivamente; (2) São retirados todos os componentes metálicos do cão-guia e do inspecionado e a pessoa é orientada a passar pelo pórtico detector de metais separada do cão-guia, conduzindo-o por meio de guia não metálica ou por comando de voz. Caso ocorra disparo do alarme do pórtico é realizada busca pessoal no inspecionado e/ou busca manual no cão-guia, dependendo do momento do disparo do alarme; (3) A pessoa é submetida aos procedimentos de inspeção de segurança previstos neste PSA enquanto o cão-guia é submetido à busca manual; ou (4) A pessoa e o cão-guia são, diretamente, submetidos à busca pessoal e busca manual, respectivamente. A busca manual de cão-guia inclui verificações da parte interna do arreio e/ou componentes da guia, os quais podem ser retirados do cão e inspecionados por equipamento de raios-x. ▪ Inspeção de diplomatas, malas diplomáticas e consulares a) Os diplomatas estrangeiros são inspecionados como passageiros comuns inclusive seus pertences de mão; b) As malas diplomáticas e consulares, desde que contenham identificação externa e estejam lacradas, não são inspecionadas; e c) Para ser assim reconhecido, o correio diplomático ou consular deve estar munido de documento oficial que indique sua condição e o número de volumes que constituem a mala. 101 ▪ Inspeção de dignitários designados por autoridades estrangeiras e reconhecidos pelas autoridades diplomáticas nacionais a) Os dignitários designados por autoridades estrangeiras e reconhecidos pelas autoridades diplomáticas nacionais são inspecionados através dos mesmos procedimentos utilizados para passageiros comuns, inclusive seus pertences de mão; b) O operador do aeródromo, em coordenação com os operadores aéreos, pode estabelecer ponto de controle de acesso à ARS e áreas de embarque exclusivo para embarque desses passageiros; (1) Os recursos humanos e materiais disponíveis em módulo de inspeção exclusivo para autoridades e dignitários são, no mínimo, os mesmos exigidos para o módulo de inspeção exclusivo de funcionários e tripulantes. c) O operador do aeródromo, em coordenação com os operadores aéreos, pode permitir o embarque desses passageiros através de ponto de controle de acesso à ARS exclusivo para funcionários e tripulantes. ▪ Inspeção de Itens de Significância Religiosa ou Cultural a) A pessoa portando objeto de significância religiosa ou cultural pode solicitar que a inspeção do item seja realizada por meio de procedimento diferenciado, sem que o APAC tenha contato físico com o objeto. (1) O APAC realiza o procedimento diferenciado de inspeção quando solicitado pelo inspecionado, o que deve ocorrer antes do início do procedimento de inspeção; (2) Para realização do procedimento diferenciado, o inspecionado por si só coloca o objeto em uma bandeja, separado dos demais pertences de mão, para inspeção por meio do equipamento de raios-x, seguindo as instruções fornecidas pelo APAC engajado na Função I; (3) Eventuais dúvidas após a inspeção pelo equipamento de raios-x, podem ser sanadas por meio de inspeção visual ou por meio do equipamento Detector de Traços de Explosivo – ETD, inclusive com a possibilidade de a amostra ser coletada pelo próprio inspecionado, com acompanhamento e instruções fornecidas pelo APAC engajado na função III ou V; ▪ Procedimentos Diferenciados de Inspeção – órgãos públicos Os servidores públicos federais e militares das forças armadas, portando ostensivamente a credencial aeroportuária permanente e que necessitam circular nas ARS para atuarem nas atividades de fiscalização ou controle de espaço aéreo, poderão ser inspecionados de forma randômica, por solicitação e responsabilidade do órgão público a que pertençam, desde que observados os seguintes critérios: I - o processo de credenciamento do agente público deverá englobar avaliação de antecedentes criminais e sociais, conforme exigido para a comunidade aeroportuária em geral; É dispensada a inspeção de segurança dos agentes públicos que possuam a prerrogativa legal para portar arma de fogo em razão de ofício, portem ostensivamente a credencial 102 aeroportuária e que necessitem circular nas ARS no exercício de suas atribuições, desde que observados os seguintes critérios: I - o processo de credenciamento dos agentes públicos deverá englobar avaliação de antecedentes criminais e sociais, conforme exigido para a comunidade aeroportuária em geral; ▪ Procedimentos Diferenciados de Inspeção – Policiais dos Órgãos de Segurança Pública Os policiais que estejam em serviço no aeroporto, portando ostensivamente a credencial aeroportuária permanente e que necessitam circular nas ARS para atuarem nas atividades de polícia, poderão ser inspecionados de forma randômica, por solicitação e responsabilidade do órgão público a que pertença, conforme critérios abaixo: ✓ O processo de credenciamento dos policiais deverá englobar a avaliação de antecedentes criminais e sociais; ✓ A credencial deverá conter elemento visual que a diferencie dos demais agentes públicos e pessoas em geral; ✓ A inspeção randômica dos policiais, de seus pertences de mão e do veículo, será conduzida por órgão de segurança pública responsável pela atividade de polícia do aeroporto em quantidade estabelecida em DAVSEC, com base em avaliação de ameaça específica estabelecida pela Polícia Federal; ✓ Os bens retidos em atividade de polícia que estejam devidamente acompanhados de registro são isentos de inspeção; ✓ Os pontos de acesso à ARS deverão possuir monitoramento por meio de CFTV com gravação, por no mínimo, 30 (trinta) dias, solução de controle de acesso individual e identificação biométrica eletrônica; ✓ No ponto de controle de acesso de veículos, todos os ocupantes do veículo do órgão de segurança pública deverão ser identificados e deverão ser verificados a cabine e os seus compartimentos de carga, de forma a garantir que não ocorra o acesso de pessoa não identificada. • DISPENSA DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL Chefes de Estado ou de Governo, quando em visita oficial, são isentos de inspeção de segurança para acesso à ARS, desde que haja autorização prévia do Departamento de Polícia Federal, além de coordenação antecipada entre a representação diplomática interessada, os demais órgãos públicos interessados, o operador do aeródromo e o operador aéreo, para estabelecimento dos procedimentos a serem aplicados. ❖ PROTEÇÃO DE PASSAGEIRO E SEUS PERTENCES DE MÃO ➢ Demarcação de Fluxos 103 O operador de aeródromo define e divulga oficialmente aos operadores aéreos os percursos a serem observados na condução dos passageiros da área de embarque à aeronave e da aeronave à área de desembarque, conforme plantas e fluxos apresentados no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. Os percursos utilizados para embarque e desembarque das aeronaves não permitem o contato físico entre os passageiros já inspecionados e pessoas não inspecionadas. ➢ Recursos Físicos As portas de acesso entre as áreas de embarquee o pátio de aeronaves são construídas de tal forma que podem ser trancadas quando fora de operação, através de tranca eletrônica, fechadura convencional, cadeado ou dispositivo similar. Caso o aeródromo possua pontes de embarque, as portas de acesso destas ao pátio de aeronaves também podem ser trancadas quando fora de operação, através de tranca eletrônica, fechadura convencional, cadeado ou dispositivo similar. Nos casos de utilização de portas com trancas através de fechadura convencional, cadeado ou dispositivo similar, o operador de aeródromo fornece aos funcionários, designados pelos operadores aéreos, as chaves das portas que são utilizadas no processo de embarque e desembarque de passageiros, controlando a distribuição e devolução destas. O operador de aeródromo supervisiona a utilização dos recursos físicos disponibilizados aos operadores aéreos. Na identificação de uso indevido o operador de aeródromo aplica sanções aos operadores aéreos, conforme acordos operacionais celebrados entre as partes. ➢ Segregação Física As áreas e suas delimitações utilizadas para embarque e desembarque das aeronaves 104 não permitem o contato físico entre os passageiros já inspecionados e pessoas não inspecionadas. As áreas de desembarque de passageiros destinadas à restituição de bagagens despachadas são classificadas como Áreas Controladas ou Áreas Públicas e possuem meios capazes de impedir o retorno dos passageiros às ARS, através, por exemplo, de portas com dispositivo anti-retorno ou portas convencionais com vigilância quando em operação. As áreas de restituição de bagagens despachadas possuem avisos visuais informando aos passageiros sobre a proibição do retorno às ARS (áreas de embarque, pátio de aeronaves, entre outras). Caso seja detectado contato entre passageiro inspecionado e pessoa não inspecionada, o operador do aeródromo, em coordenação com o operador aéreo, realiza varredura da área contaminada e inspeciona o passageiro novamente antes do embarque na aeronave ou permanência em ARS. ❖ PASSAGEIROS EM TRÂNSITO OU EM CONEXÃO O operador de aeródromo define claramente as áreas e os corredores destinados à chegada, circulação e partida de passageiros em trânsito ou em conexão, indicando os percursos e pontos de inspeção a serem observados pelos operadores aéreos na atividade de supervisão do processamento desses passageiros e suas respectivas bagagens de mão, conforme plantas disponibilizadas no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. O operador de aeródromo estabelece, em coordenação com o operador aéreo, procedimentos que garantem que passageiros e tripulações em trânsito, quando há necessidade de desembarque, ou em conexão, provenientes de aeródromo cuja inspeção de segurança não 105 é equivalente, sejam direcionados a canal de inspeção de segurança, antes do acesso às áreas de embarque. O operador de aeródromo estabelece posições de estacionamento que serão utilizadas por aeronaves provenientes de aeródromo cuja inspeção de segurança não é equivalente, designando, para a operação de desembarque, profissionais (motoristas, fiscais de pátio, entre outros) que possuam conhecimento do fluxo de desembarque para essa situação. Os percursos e áreas utilizadas por pessoas já inspecionadas ou provenientes de aeródromo cuja inspeção de segurança é equivalente não permitem que haja contato físico com pessoas não inspecionadas ou provenientes de aeródromo cuja inspeção de segurança não é equivalente. O operador de aeródromo mantém atualizada a lista dos aeródromos que possuem inspeção de segurança equivalente, que é disponibilizada pela ANAC aos operadores por meio de DAVSEC. O operador de aeródromo, através de meios formais, comunica qualquer alteração na lista aos operadores aéreos afetados e aos profissionais envolvidos com as operações de embarque e desembarque. ❖ PASSAGEIRO ARMADO Objetivo da Resolução nº 461 Estabelecer procedimentos de embarque de passageiro armado, despacho de arma de fogo e de munições e transporte de passageiros sob custódia. • Necessidade A presença do passageiro armado a bordo é realmente necessária, mesmo dentro de uma área restrita e vigiada? • Segurança (SAFETY) Qual o risco de um disparo acidental? 106 • Segurança (SECURITY) Qual o risco do passageiro armado se utilizar desta condição para praticar um ato ilícito? Afinal, quem pode embarcar carregando sua arma de fogo? Agentes públicos que possuam porte de arma por razão de ofício e necessitem, comprovadamente, ter acesso a arma Limita-se a alguns casos, que são: ▪ Na escolta de autoridades ou testemunhas; ▪ Na escolta de passageiro sob custódia; ▪ Na execução de técnicas de vigilância, que consiste no acompanhamento ininterrupto a um passageiro durante o seu acesso à ARS (Área Restrita de Segurança), seu embarque e desembarque e durante o voo; ▪ Durante o seu deslocamento após ser convocado para se apresentar no aeródromo de destino preparado para o serviço, em virtude de operação que possa ser prejudicada se a arma e munições forem despachadas. Procedimentos para embarque de passageiros com porte de arma por prerrogativa de cargo As pessoas autorizadas a portar arma de fogo por prerrogativa de cargo, ou seja, em razão do seu ofício, assim como os demais passageiros, devem passar pelos procedimentos comuns de embarque Para que isso aconteça, há um esforço cooperativo entre o operador do aeródromo, a Polícia Federal e o operador aéreo. Passo 1 – Autorização e documentação O passageiro, antes de fazer o check-in, deve comparecer ao DPF - Departamento da Polícia Federal presente no aeródromo para que ela inicie os procedimentos de autorização de embarque armado. Com o consentimento formal da Polícia Federal e previsão no PSA (Programa de Segurança Aeroportuária), o passageio poderá emitir a autorização através do órgão de segurança pública. 107 Esta autorização somente terá validade para embarque no aeroporto em que for expedida e para as conexões domésticas que possam acontecer. Documentos: O formulário de autorização de embarque de passageiro armado preenchido; A passagem aérea com a data, o número do voo, a origem e o destino do trecho a ser percorrido; O Documento de Identidade funcional que lhe confere o porte de arma em razão de ofício; A documentação que comprove a legalidade da arma a ser transportada relativa ao registro e à posse de armas de fogo; A documentação que comprove a autorização para porte de trânsito (formulário de tráfego) expedida pelo Comando do Exército; A documentação que comprove a necessidade de acesso à arma. Em caso de oficial estrangeiro que esteja protegendo autoridades, este deve levar a documentação que comprove que ele esteja compondo a equipe de proteção do dignitário e que, nela, estejam inclusos agentes públicos do governo brasileiro. O comparecimento na Polícia Federal e no operador aéreo deverá ocorrer com antecedência suficiente para realização do procedimento de verificação do formulário de autorização de embarque de passageiro armado. A autorização de embarque armado poderá ser excepcionalmente negada pela Polícia Federal com base em avaliação de risco devidamente fundamentada por escrito, ainda que tenham sido cumpridas todas as exigências da Resolução 461. Passo 2 – Desmuniciamento Definições: Arma desmuniciada: arma sem munição no tambor, no caso de revolver, ou sem MUNIÇÃO na câmera de explosão, no caso de arma semiautomática e automática. Arma descarregada: arma sem munição no tambor, no caso de revolver, ou sem CARREGADOR e sem munição na câmera de explosão, no caso de arma semiautomáticaou automática. O passageiro transportará a arma durante o voo com a munição separada, sendo que ele mesmo deverá providenciar o desmuniciamento. A arma deverá ser esvaziada e deve acontecer previamente à chegada ao aeroporto. Para realizar o desmuniciamento de revólver, o passageiro deverá retirar todas as munições do tambor. Em seguida, uma inspeção visual é feita para garantir que a arma está realmente sem balas. No caso de armas automáticas e semiautomáticas, o carregador e a munição devem ser retirados da câmara de explosão. Em seguida, é realizada a inspeção visual, tátil e material do equipamento. 108 Passo 3 – Guia de embarque de autorização de passageiro armado Esta guia deverá ser expedida em duas vias: 1ª uma delas ficará retida pelo operador aéreo. 2ª será apresentada pelo passageiro e entregue ao operador aéreo, com exceção de procedimento feito digitalmente e, por fim, a terceira via ficará com o passageiro. Após emitir a autorização, o passageiro deverá se deslocar ao balcão do operador aéreo para realizar o check-in. Guia de embarque de autorização de passageiro armado A guia de embarque de passageiro armado constará as seguintes informações: · Número da Guia; · Data de Emissão; · Nome, CPF, Cargo, Data de Nascimento e telefone do passageiro; · Dados do voo · Dados da arma de fogo e munições; · Descrição de equipamentos operacionais autorizados; · Orientações sobra validação e controle; · QRCode; Passo 4 – Check-in O passageiro deve comunicar o atendente do check-in sobre o embarque armado. • O passageiro deve apresentar a GEPAR; • Verificar se foi emitida pelo órgão responsável, conciliando com um documento de identificação do passageiro, com fé pública e validade em todo território nacional. 109 • Avalie se as informações do formulário de autorização de embarque armado atendem as quantidades estabelecidas referente as quantidades de armas e munições para despacho; Passo 5 – Acesso à Sala de embarque O passageiro deverá apresentar o seu documento de identificação, com fé pública e validade em todo o território brasileiro, ao APAC - Agente de Proteção da Aviação Civil. (Função I) O APAC então conciliará os dados do documento do passageiro com os dados do GEPAR e confirmará se o operador aéreo foi certificado e se a autorização de embarque armado foi emitida conforme os meios definidos pela Polícia Federal. Em seguida, este passageiro submeterá seus bens transportados, como bagagem de mão, à inspeção de segurança, conforme regulamentação da ANAC. Lembrando que, além da munição, o passageiro poderá portar outros itens considerados proibidos, desde que façam parte do seu equipamento operacional, com exceção de gás lacrimogênio, gases similares incapacitantes ou outros artigos vedados ao transporte aéreo civil. Tanto o operador aéreo quanto o comandante da aeronave, poderão negar o embarque do passageiro armado; Uma vez autorizado, os procedimentos de embarque deverão ser realizados de forma discreta e sem alarde, tanto pelo operador aéreo no momento do check-in e embarque na aeronave quanto pelo operador de aeródromo durante o processo de acesso à sala de embarque e realização da inspeção de segurança; O passageiro embarcou...! Vedação do consumo de bebida alcoólica no período de oito horas antecedentes ao embarque e durante todo o trajeto da viagem; Obrigatoriedade de condução da arma de fogo e outros itens proibidos de forma discreta, de sua guarda constante e, no caso de armas custas, de seu porte junto ao corpo, em ARS e no interior da aeronave; Obrigatoriedade de que a sua atuação no interior das aeronaves, em caso de tumulto ou em qualquer outra circunstância desta natureza, somente ocorra sob coordenação do comandante da aeronave; Obrigatoriedade de que o municiamento, após o desembarque, somente seja realizado fora da ARS em local seguro e reservado; Advertência e que o disparo a bordo pode causar despressurização da aeronave e danos em linhas de combustível, cabos de controle, fios elétricos e sistemas hidráulicos, que podem resultar em acidentes de proporções catastróficas. Descumprimento das regras: O operador aéreo ou de aeródromo que identificar que o passageiro armado descumpriu qualquer uma das obrigações ou restrições previstas deverá comunicar o órgão responsável; 110 O descumprimento pelo passageiro das obrigações e restrições previstas implicará no desembarque do passageiro, sem prejuízo para adoção de outras medidas julgadas cabíveis pela Polícia Federal. ❖ PASSAGEIRO SOB CUSTÓDIA O operador de aeródromo coordena os procedimentos para embarque e desembarque de passageiro sob custódia em conjunto com os operadores aéreos e a representação da Polícia Federal, visando estabelecer, de acordo com a necessidade da equipe de escolta, as medidas e procedimentos especiais de segurança para embarque e desembarquem bem como conduta a bordo da aeronave. • A coordenação é efetuada com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas do horário previsto para o voo, salvo acordo entre as organizações envolvidas nas operações. • A equipe de escolta deve identificar-se aos funcionários da Polícia Federal e aos funcionários do operador aéreo e apresentar o documento formal que autorize o transporte do custodiado. • O operador aéreo deverá conceder atendimento prioritário à equipe de escolta no procedimento de check-in presencial, exceto em relação aos passageiros com necessidade de assistência especial. • Em reunião extraordinária – CSA, a Polícia Federal, o operador do aeródromo, os operadores aéreos e os órgãos que realizam o transporte de custodiados, poderão estabelecer procedimentos e fluxos diferenciados para o embarque e desembarque do passageiro e a equipe, podendo incluir: ✓ Realizar o check-in sem a presença do custodiado; ✓ Acesso do custodiado e a equipe ao pátio através de acessos de veículos do aeródromo, inclusive procedimentos diferenciados de inspeção; • O operador aéreo não poderá transportar mais do que 2 (dois) custodiados, com suas respectivas equipes de escolta, em um mesmo voo, observadas as orientações da PF quanto à avaliação da periculosidade e de riscos à AVSEC; • O operador aéreo deverá informar ao comandante a presença e a localização na aeronave do passageiro custodiado e sua equipe. • O operador aéreo e o comandante poderão negar o embarque de passageiro sob custódia quando considerarem, de forma justificada e por escrito, que ele representa potencial ameaça à segurança operacional, à AVSEC ou à dos demais passageiros. Restrição a bordo 111 • O operador aéreo deverá negar o embarque de passageiro custodiado se a equipe de escolta não for composta por, no mínimo, dois profissionais por passageiro custodiado. • A equipe de escolta deverá dispor de equipamentos de contenção, sendo vedado o porte de gás lacrimogêneo ou simular incapacitante e outros artigos vedados ao transporte. • O serviço de bordo que será prestado ao passageiro e a equipe não deverá conter bebidas alcoólicas, utensílios de metal ou instrumento perfurantes ou cortantes. A equipe de escolta deverá garantir que o passageiro sob custódia: 1. Não porte material proibido ou perigoso; 2. Aguarde em local seguro e discreto; 3. Embarque antes e desembarque depois dos demais passageiros; 4. Ocupe assento no final da cabine de passageiros, afastados da saída de emergência, em fileiras com dois ou mais assentos, e no mínimo, com um profissional da equipe de escolta sentado entre ele e o corredor; 5. Não seja algemado nas partes fixas da aeronave; somente em caso de comportamento que caracterize passageiro indisciplinado; e 6. Esteja sempre acompanhado e mantido sob vigilância, inclusivedurante o uso dos sanitários. ❖ PASSAGEIRO INDISCIPLINADO Conforme definido no Decreto nº 7.168, de 5 de maio de 2010 (PNAVSEC) entende-se por: Passageiro: usuário do serviço aéreo, transportado ou a ser transportado com o consentimento do transportador e com o correspondente contrato da prestação desse serviço. Passageiro indisciplinado: passageiro que não respeita as normas de conduta em um aeroporto ou a bordo de uma aeronave ou que não respeita as instruções do pessoal de aeroporto ou dos membros da tripulação e, por conseguinte, perturba a ordem e a disciplina no aeroporto ou a bordo da aeronave. • Responsabilidade do operador do aeródromo Com fundamento no RBAC nº 107 e na IS nº 107, realizará o monitoramento eletrônico e/ou presencial de passageiro que apresente comportamento indisciplinado ou com potencial de se tornar indisciplinado, quando solicitado pelo operador aéreo, ou ainda, quando perceber qualquer situação de tumulto ou risco à segurança das pessoas. O operador do aeródromo acionará a autoridade policial competente para demais tratativas. • Classificação de passageiros indisciplinados (categorias/níveis) 112 a) Ocorrência em solo O passageiro que for classificado como indisciplinado no ato do seu atendimento poderá ter seu embarque negado quando caracterizado que sua conduta é um risco à segurança do voo. Dentre as condutas classificadas inadequadas/inapropriadas, lista-se a seguir aquelas que apresenta, indícios de: • Embriaguez • Intoxicação química • Transtorno metal • Assédio sexual • Agressão física • Ofensas. Nesses casos, após a negativa de embarque do passageiro, as ações dos operadores aéreos poderão variar conforme cada caso e a própria reação do passageiro. Casos mais brandos, em que o passageiro se apresenta supostamente embriagado, por exemplo, demandam ações diferentes de ocorrência mais graves, que envolvam agressão física ou assédio sexual, em que é necessário comunicar o caso aos órgãos policiais. CATEGORIA 1 PROCEDIMENTO Passageiro que afeta levemente a segurança, a higiene ou a ordem. Interfere nos processos de check-in, embarque ou gera distúrbios menores, mas que podem ser controlados rapidamente por um funcionário Avalia e registra a ocorrência. Equipe de solo reorienta o passageiro sobre os procedimentos a serem cumpridos (segurança) e libera o passageiro, desde que não coloque em risco a segurança do voo. CATEGORIA 2 PROCEDIMENTO Passageiro que afeta a segurança, a higiene ou a boa ordem dos processos do check-in e embarque no qual possui uma atitude desafiante, proferindo ofensas verbais Equipe de solo registra a ocorrência e requer apoio superior imediato ou da autoridade policial para gerenciar a situação. Se aplicável, procede o registro do boletim de ocorrência, conforme orientação da autoridade policial. O embarque poderá ser liberado ou negado CATEGORIA 3 PROCEDIMENTO Passageiro que afeta consideravelmente a segurança, a higiene ou a boa ordem, afetando também outros passageiros. Seu comportamento é agressivo e violento. Inclui agressões físicas e/ou ameaça a terceiros e/ou funcionários Equipe de solo registra a ocorrência e requer apoio superior imediato ou da autoridade policial para gerenciar a situação. Obrigatoriamente, procederá o registro do boletim de ocorrência. E o embarque (origem ou conexão) será negado 113 b) Ocorrência em voo O passageiro indisciplinado em voo pode ser classificado em três categorias e quatro níveis, conforme definido no Manual da OACI (DOC 8973). Essa classificação, além de auxiliar na avaliação do caso e na resolução da situação, permite ainda melhor compreensão da ocorrência por parte das autoridades e da tripulação do voo, uma vez que não estão à frente da situação. CATEGORIA 1 ATOS A BORDO PROCEDIMENTO Agressão e outros atos de interferência contra um membro da tripulação a bordo de uma aeronave. Refere-se a infrações que afetam o curso normal das tarefas atribuídas aos membros da tripulação e cometem um ou mais dos seguintes atos a bordo de uma aeronave - Agressão física ou ameaça de cometer uma agressão contra um membro da tripulação; - Intimidação verbal ou ameaça contra um membro da tripulação, se tal ato interferir com o desempenho dos deveres do membro da tripulação ou diminuir a capacidade do membro da tripulação para desempenhar suas funções; - Recusa em seguir uma instrução legal dada por um membro da tripulação ou em nome do comandante da aeronave com o objetivo de proteger a segurança da aeronave, de pessoas ou da propriedade nela contida; ou - Não manter boa ordem e disciplina a bordo Avaliar, aplicar técnicas de comunicação e informar ao comandante CATEGORIA 2 ATOS A BORDO PROCEDIMENTO Agressão (verbal ou física) e outros atos que coloquem em risco a segurança ou prejudique a boa ordem e a disciplina a bordo de uma aeronave. Envolve ofensas que não estejam especificamente contra um membro da tripulação, mas também contra passageiros. Considera-se crime o ato de violência física contra terceiros, incluso agressão/abuso sexual, cometido a bordo de uma aeronave. Dentre quais: - Agressão, intimidação ou ameaça, física ou verbal, contra outra pessoa; - Danos ou destruição de bens intencionais; e - Consumo de bebidas alcoólicas ou drogas que resultem em intoxicação. Avaliar, aplicar técnicas de comunicação e informar ao comandante CATEGORIA 3 ATOS A BORDO PROCEDIMENTO Outras ofensas/infrações cometidas a bordo de uma aeronave, que não se enquadrem nas duas categorias anteriores, inclusos comportamentos que possam impactar a segurança da operação aérea. A pessoa que comete a bordo de uma aeronave, qualquer um dos seguintes atos, comete uma infração/crime: -Fumar em um banheiro ou fumar em outro lugar, quando tal ato é proibido; -Adulterar um detector de fumaça ou qualquer outro dispositivo relacionado à segurança a bordo da aeronave; - Operar um dispositivo eletrônico portátil quando tal ato for proibido; e - Tentar acessar a cabine de comando, quando não autorizado tal. Avaliar, aplicar técnicas de comunicação e informar ao comandante. Se necessário, aplicar o procedimento de contenção de passageiro 114 c) Classificação de ocorrência para autoridades internacionais (Controle do Espaço Aéreo) A classificação do passageiro indisciplinado, em níveis, está dividida conforme definido pelo Manual da ICAO (DOC 8973), na instrução dos pilotos e comissários para situações durante o voo. Para tanto, o comissário (tripulante de cabine) deverá avaliar, solucionar e informar ao comandante do voo sobre a ocorrência. Após a categorização por parte dos comissários e a aplicação do respectivo procedimento, o comandante definirá em qual nível o passageiro se enquadra. Conforme exigência das autoridades competentes de alguns países, esse nível deverá ser informado à Torre de Controle (ATC), apenas quando solicitado. Os níveis são: Nível 1 Comportamento indisciplinado – suspeito ou ameaçador Nível 2 Comportamento físico abusivo Nível 3 Comportamento que coloca em risco a vida Nível 4 Invasão ou tentativa de invasão da cabine de comando • Orientações de Procedimento Equipe de solo A equipe de solo, durante os processos de atendimento e embarque de passageiros, deverá ser treinada e orientada para identificar passageiros que apresentem características de comportamento indisciplinado. Nesses casos, a equipe manterá a atenção a esses passageiros, acompanhando suas ações, como forma de evitar que o passageiro possa comprometer a ordem e a segurança nas instalações do aeroporto. De igual forma, a equipe avaliará se haverá a necessidade de negaro embarque e acionar o operador do aeródromo e as autoridades policiais. Ainda eu haja ocorrência em voo, é de extrema importância que a equipe de solo que recepcionará o voo e o passageiro indisciplinado acompanhe as tratativas adotadas pela autoridade local. Ao final, a equipe de solo deverá comunicar a ocorrência ao departamento responsável do operador aéreo, para que possam conduzir as ações mitigadoras com maior eficiência. Caso a ocorrência tenha sido registrada pela autoridade policial, a equipe de solo solicitará cópia de todos os documentos e os encaminhará para que as áreas afetadas, no futuro, possam ser acionadas para esclarecimentos, bem como, cumpram com o requisito previsto no RBAC nº 108 – arquivando uma cópia no despacho AVSEC de voo. • Comunicação à ANAC 115 A ANAC recomenda a formalização de todos os casos de passageiros indisciplinados por meio do envio de DSAC, como uma forma da Agência ter acesso ao maior número de dados possíveis sobre o tema para preparar e sugerir políticas públicas do setor. No entanto, considerando a subjetividade da classificação de uma ocorrência ser ou não ser de passageiro e o que traz as seções 107.43 e 108.229 dos RBAC nº 107 e 108, respectivamente, apenas nas ocorrências de passageiro indisciplinado classificados como categoria 3 (em solo/em voo) devem obrigatoriamente ser reportadas para ANAC através de DSAC. • Ações mitigadoras É importante que haja para medidas que podem, de maneira proativa, mitigar possíveis situações que gerem comportamento indisciplinado, entre as quais: ✓ Fornecer aos funcionários uma política clara, por escrito sobre como lidar com passageiros indisciplinados, especialmente em seus estágios iniciais; ✓ Garantir uma boa operação: estabelecer comunicação clara para dispensar fatores de estresse com os passageiros em situações nas quais podem ocorrer longos períodos de espera (atrasos e cancelamentos), falta de informação, manutenções técnicas etc. ✓ Treinamento de funcionários da linha de frente. Isso inclui instruir o pessoal de terra e a tripulação, para aprender a reconhecer os primeiros sinais de comportamento potencialmente perturbador, adquirindo habilidades verbais necessárias e que compreendam a importância de informar outras áreas operacionais da situação para que possam lidar com o passageiro de maneira eficaz. ✓ Manter relatórios e estatísticas dos incidentes que ocorrem, para monitorar continuamente os tipos de incidentes e identificar possíveis necessidades de treinamento. ✓ Estabelecer comunicação fluida antes do embarque, especialmente quando grupos viajam juntos; ✓ Fornecer cartões de informações com esclarecimentos nos bolsões dos assentos; ✓ Fornecer informações claras no comprovante da passagem aérea/recibo sobre a Convenção de Varsóvia. MODULO 8 – MEDIDAS DE SEGURANÇA RELATIVAS À BAGAGEM DESPACHADA ❖ PROTEÇÃO DA BAGAGEM DESPACHADA 116 ➢ Recursos Físicos O operador de aeródromo estabelece em conjunto com o operador aéreo as áreas e os fluxos destinados a circulação e armazenagem de bagagens despachadas no aeródromo, indicando os percursos e pontos de inspeção a serem observados no processamento dessas bagagens, conforme plantas disponibilizadas no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. As áreas de manuseio, consolidação, armazenagem e pontos de transferência de bagagens despachadas somente são acessadas por pessoas credenciadas e inspecionadas. Caso se enquadre na classe AP-2 ou AP-3, o operador de aeródromo estabelece código de acesso específico nas credenciais das pessoas autorizadas a acessar as áreas de manuseio, consolidação, armazenagem ou pontos de transferência de bagagem despachada. As áreas destinadas à armazenagem de bagagens despachadas (longas conexões, extravios, entre outros motivos) são separadas do restante da área operacional por meio de sinalização de demarcação. O operador de aeródromo assegura iluminação adequada nas áreas de manuseio de bagagem despachada. ❖ INSPEÇÃO DA BAGAGEM DESPACHADA Recursos Físicos O operador de aeródromo disponibiliza aos operadores aéreos os recursos físicos (áreas, mobiliário, equipamentos, entre outros) para realização da inspeção de segurança da bagagem despachada conforme a demanda do aeródromo. A demanda de inspeção de bagagens despachadas no aeródromo é calculada através de estimativa do número de bagagens a serem inspecionadas no horário de pico, conforme dados do operador de aeródromo e dados dos operadores aéreos, observando as seguintes diretrizes: a) 100% das bagagens despachadas em voos internacionais são inspecionadas; e b) A inspeção de bagagens despachadas em voos domésticos é regulamentada pela ANAC através de DAVSEC. 117 O operador de aeródromo informa a demanda de inspeção de bagagens despachadas na hora pico no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. O operador de aeródromo disponibiliza os recursos físicos para realização da inspeção de segurança da bagagem despachada conforme uma das seguintes alternativas, atendendo a aplicabilidade da tabela abaixo: 1ª Alternativa: Inspeção Manual sem auxílio de equipamento ETD O operador do aeródromo disponibiliza aos operadores aéreos, área iluminada no saguão do terminal de passageiros e mobiliário (mesas ou bancadas) para realização da inspeção de segurança de forma que seja possível o acompanhamento da inspeção por parte do passageiro. 2ª Alternativa: Inspeção Manual com auxílio de equipamento ETD O operador do aeródromo disponibiliza aos operadores aéreos, área iluminada no saguão do terminal de passageiros e mobiliário (mesas ou bancadas) para realização da inspeção de segurança de forma que seja possível o acompanhamento da inspeção por parte do passageiro. O operador de aeródromo disponibiliza equipamentos detectores de traços explosivos em quantidade adequada à demanda dos operadores aéreos. 3ª Alternativa: Inspeção através da utilização de equipamento de raios-x convencional ou equipamento de detecção automática de explosivos (EDS) no saguão do aeródromo. 118 O operador do aeródromo disponibiliza equipamentos de RX ou EDS em quantidade adequada à demanda dos operadores aéreos. Também disponibiliza no saguão do terminal de passageiros, área coberta e iluminada e com mobiliário (mesas ou bancadas) que permite a abertura das bagagens despachadas para inspeção manual. 4ª Alternativa: Inspeção através da utilização de equipamento de raios-x convencional ou equipamento de detecção automática de explosivos (EDS) em operação remota no aeródromo. O operador do aeródromo disponibiliza equipamentos de raios-x ou EDS em quantidade adequada à demanda dos operadores aéreos. O operador de aeródromo disponibiliza na área operacional ou no terminal de passageiros, área coberta e iluminada e com mobiliário (mesa ou bancadas) que permite a abertura das bagagens despachadas para inspeção manual. 5ª Alternativa: Inspeção através de sistema automático de inspeção de bagagens (SIBD). O operador do aeródromo disponibiliza sistema automático de inspeção de bagagens (SIBD), que inclui a utilização de equipamento de detecção automática de explosivos (EDS) e sistema de transporte de bagagens despachadas capaz de atender a demanda dos operadores aéreos. O operador de aeródromo disponibiliza na área operacional ou no Terminal de Passageiros, área coberta e iluminada e com mobiliário (mesas ou bancadas) que permite a abertura das bagagens despachadas para inspeção manual. ➢ PROCEDIMENTOS GERAIS O acompanhamento da abertura da bagagem despachada pode ser realizado presencialmente ou remotamente pelo passageiro. No caso de acompanhamento remoto da inspeção é disponibilizadoum monitor para transmissão das imagens do procedimento de inspeção, em tempo real. O operador de aeródromo, através de contrato firmado com os operadores aéreos atuantes no aeródromo, pode realizar os procedimentos de inspeção de segurança das bagagens despachadas, sob supervisão dos operadores aéreos. 119 No caso de a inspeção de segurança da bagagem despachada ser realizada pelo operador de aeródromo, os procedimentos seguidos são aqueles contidos nos PSOA dos operadores aéreos. ➢ PROJETO DE INSPEÇÃO DA BAGAGEM DESPACHADA Para inspeção de segurança de bagagem despachada utilizando as alternativas 3ª, 4ª ou 5ª, o operador de aeródromo desenvolve um projeto de inspeção da bagagem despachada, de acordo com as seguintes fases: a) Determina a Demanda de Bagagens Estimada a ser processada na hora pico (DE); b) Elabora o Projeto de Inspeção de Segurança de Bagagem Despachada para o aeródromo; c) Estabelece as regras de uso dos equipamentos e instalações; d) Implanta as estruturas e instala os equipamentos necessários para a inspeção de segurança de bagagens despachadas; e) Estima formas de ampliação da capacidade de inspeção devido ao atingimento da (DE). O processo de determinação do DE a o projeto de inspeção da bagagem despachada acontece em coordenação com os operadores aéreos. O Projeto de Inspeção de Segurança de Bagagem Despachada contém no mínimo: a) Memorial descritivo de cada equipamento de inspeção de segurança utilizado, contendo suas principais especificações, incluindo a capacidade de processamento e taxa de falso alarme estimada para o caso de equipamento do tipo (EDS); b) Memorial descritivo do sistema de transporte de bagagens para os equipamentos de inspeção de segurança, caso exista; c) Fluxograma apresentando as etapas do processo de inspeção de segurança e a capacidade do sistema de inspeção; d) Procedimentos e regras para operação dos equipamentos e instalações utilizados para a inspeção de segurança das bagagens despachadas; e) Tempo estimado para a inspeção de segurança das bagagens despachadas; f) Croquis de todas as instalações que serão utilizadas para a inspeção das bagagens despachadas, incluindo os locais onde serão realizadas as inspeções manuais das bagagens despachadas; e g) Alternativas para inspeção de segurança das bagagens despachadas em caso de indisponibilidade de equipamento. O operador de aeródromo apresenta o Projeto de Inspeção de Segurança de Bagagem Despachada à Polícia Federal do aeródromo, ou, na sua ausência, ao órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo com o objetivo colher sugestões. ❖ BAGAGEM DESPACHADA EM TRÂNSITO OU EM CONEXÃO O operador de aeródromo estabelece em conjunto com o operador aéreo as áreas e os fluxos destinados à chegada, circulação e partida de bagagens despachadas em trânsito ou em conexão, indicando os 120 percursos e pontos de inspeção a serem observados no processamento dessas bagagens. Os fluxos de bagagens despachadas não permitem o compartilhamento do mesmo espaço (não segregado) para guarda ou armazenamento de bagagens já inspecionadas e bagagens não inspecionadas. ❖ BAGAGEM SUSPEITA Os funcionários do aeródromo tratam como suspeita qualquer bagagem encontrada nas dependências do aeródromo ou em aeronave, que apresente uma ou mais das características abaixo: • Não tenha a identificação adequada – nome e último sobrenome do passageiro, número e data do voo, código OACI ou IATA dos aeródromos de origem e de destino do passageiro, código OACI ou IATA do operador aéreo; • Esteja abandonada ou que não seja possível identificar o responsável pela sua proteção; • Apresente indícios de violação; ou • Apresente ruído ou exale odor forte ou deixe vazar alguma substância líquida, sólida ou gasosa não identificável como substância permitida para transporte. Deparando-se com uma bagagem suspeita, o funcionário comunica o setor do aeródromo responsável por acionar o plano de contingência. MÓDULO 9 – MEDIDAS DE SEGURANÇA RELATIVAS À CARGA, CORREIO E OUTROS ITENS ❖ ACEITAÇÃO DA CARGA E MALA POSTAL 121 O processo de aceitação de volumes de carga ou mala postal, quando sob responsabilidade do operador de aeródromo, é realizado pelo próprio operador ou por agente que atue em seu nome. O funcionário responsável pela aceitação realiza os seguintes procedimentos: • Verificação, através da relação divulgada pela ANAC, se o volume é entregue por expedidor reconhecido ou agente de carga acreditado e está acompanhado de Declaração de Segurança da Carga, caracterizando-o como carga conhecida. Em caso negativo o volume e caracterizado como carga desconhecida. • Questionamento acerca da existência de artigos perigosos; • Inspeção visual externa do volume para certificar que não há indícios de violação ou adulteração; • Verificação se o volume está adequadamente identificado por etiqueta resistente ao armazenamento e à movimentação, contendo pelo menos o nome e o código OACI (ou IATA) do operador aéreo transportador e dos aeródromos de origem e de destino, as identificações do remetente e do destinatário, o número do conhecimento de carga aéreo, a quantidade e a numeração dos volumes neste compreendidos; e • Verificação do conhecimento aéreo, ou documento de efeito equivalente, físico ou eletrônico, que constitua prova de posse ou de propriedade da carga e permita identificar o remetente, o destinatário, o volume de carga e as suas características; No caso de o volume ser entregue para aceitação por expedidor reconhecido ou agente de carga acreditado, a declaração de segurança da carga deve estar assinada por seu representante pré designado, contendo o compromisso de que: a) Remessas de volumes são preparadas por funcionários confiáveis e sob medidas de segurança; b) Remessas de carga são protegidas contra violação durante a sua preparação para embarque, armazenamento e transporte; c) Autoriza a abertura de remessas de volumes por razões de segurança; d) Remessas não contém nenhum artigo perigoso não declarado ou proibido. O operador de aeródromo estabelece no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo e divulga aos funcionários do terminal de cargas, os fluxos para processamento dos volumes de carga aceitos, garantindo a segregação dos mesmos em função da sua caracterização como carga conhecida ou desconhecida, evitando a contaminação dos volumes. ❖ PROTEÇÃO DA CARGA E MALA POSTAL 122 B.21.2 Todo volume de carga ou mala postal conhecido é armazenado em gaiolas, compartimentos, salas ou prédios que são protegidos contra o acesso não autorizado, através da utilização de uma ou mais das seguintes medidas de segurança: a) Zoneamento de segurança do terminal de carga; b) Instalação de barreiras de segurança e vigilância permanente do perímetro e da área operacional do terminal de carga; c) Controle de acesso à AC e ARS do terminal de carga e inspeção de segurança aplicado às pessoas, aos veículos e aos equipamentos; d) Disponibilização, na área de recebimento dos volumes de carga, avisos alertando sobre a importância de declarar quaisquer objetos perigosos contidos numa remessa. Fora dos ambientes de armazenagem descritos em B.21.2, as cargas ou malas postais, bem como as carretas, as pranchas e os contêineres contendo carga ou malas postais são protegidos por pelo menos um profissional designado, podendo ser auxiliado com o fechamento desses compartimentos por meio de lonas, portas ou outros meios. A posição de vigilância do profissional permite visão das áreas que dão acesso às cargas ou malas postais. Na proteção da carga conhecida empregam-se instrumentos para detecção de violações (selos ou lacres),sistema eletrônico de detecção de violação, vigilância constante através de CFTV ou vigilância presencial. Quando se utiliza selos ou lacres para proteção das remessas, a integridade desses sempre é verificada antes do manuseio da remessa. O volume que, por si só, seja seguro (embalado e inviolável) pode ser armazenado fora do terminal de cargas, desde que seja mantido em ARS, equipado com selos ou lacres invioláveis e permaneça sob constante vigilância, presencial ou eletrônica. Em função da caracterização como carga conhecida ou desconhecida, as remessas são armazenadas de forma segregada, até que a carga desconhecida passe pelo processo de inspeção, tornando-se conhecida. A segregação pode ser garantida através de barreira física, estantes de armazenagem ou demarcações de áreas no solo. 123 ❖ INSPEÇÃO DA CARGA E MALA POSTAL O operador de aeródromo, nos terminais onde a aceitação e o armazenamento dos volumes de carga ou mala postal estiver sob sua responsabilidade, disponibiliza aos operadores aéreos as áreas e os equipamentos necessários para a realização da inspeção de segurança primária e secundária dessas remessas. A inspeção de segurança dos volumes de carga e mala postal é realizada preferencialmente antes da consolidação dos volumes e remessas para envio às aeronaves, tendo em vista que: a) itens proibidos são mais facilmente identificados quando a inspeção é realizada volume por volume (at a piece level); b) antes da consolidação é possível aplicar uma gama maior de métodos de inspeção; e c) inspecionar os volumes de carga após a consolidação pode ser operacionalmente impraticável, pois, pode requerer que os funcionários desmontem a remessa e consolide-a novamente após a inspeção. A inspeção de segurança em volumes consolidados somente é realizada quando o método de inspeção é eficaz para detecção de item proibido em carga e mala postal. Por exemplo, equipamento de raios-x capaz de visualizar todo conteúdo de volumes contendo material de características uniformes, de fácil visualização pela imagem gerada pelo equipamento. Caso haja suspeita no processo de inspeção (possível ameaça ou ameaça óbvia), a carga deve ser desconsolidada para a inspeção de cada volume. São aceitáveis as seguintes alternativas para inspeção de segurança de carga e mala postal, de acordo com as características físicas de cada remessa: a) Inspeção manual, por meio de acesso ao conteúdo da carga, garantindo que não haja objeto distinto daqueles contidos no conhecimento aéreo; b) Inspeção com equipamento de raios-x convencional, de pequeno a grande porte (não recomendada para cargas que contenham objetos formados por materiais orgânicos e metálicos próximos); c)Inspeção com detector manual de metais - DMM (recomendado apenas para cargas orgânicas); d) Inspeção com equipamento detector de traços explosivos - ETD; e e) Inspeção através da utilização de cães farejadores de explosivos. O operador de aeródromo, através de acordo formal com o operador aéreo, pode realizar a inspeção de segurança da carga e mala postal, seguindo nestes casos os procedimentos contidos no PSOA do operador aéreo. 124 A operação com determinada carga somente será autorizada pelo operador do aeródromo após acordo com o operador aéreo que estabeleça que os equipamentos disponibilizados são adequados e suficientes para a inspeção de segurança da carga pretendida. ❖ CARGA OU MALA POSTAL EM TRÂNSITO OU EM CONEXÃO O operador de aeródromo estabelece em conjunto com o operador aéreo um fluxograma contendo as áreas e os fluxos destinados à chegada, circulação e partida da carga ou correio, inclusive dos volumes que não passam pelo terminal de carga sob responsabilidade do operador de aeródromo, indicando os percursos e pontos de inspeção a serem observados pelos operadores aéreos no processamento dos volumes. O fluxograma de chegada, circulação e partida de carga ou correio garante a separação entre volumes inspecionados e não inspecionados. Durante a supervisão do pátio, o operador do aeródromo verifica se as cargas estão obedecendo ao fluxo predeterminado e se durante todo o tempo estão sob vigilância, presencial ou eletrônica, ou sob outro meio adequado de detecção de violação, de responsabilidade do operador aéreo. ❖ CARGA E CORREIO SUSPEITO Os funcionários do aeródromo tratam como suspeito qualquer volume de carga ou correio encontrado, nas dependências do aeródromo ou em aeronave, que apresente uma ou mais das características abaixo: • Não tenha a identificação adequada; • Que esteja abandonada ou que não seja possível identificar o responsável pela sua proteção; • Apresente indícios de violação; ou • Apresente ruído ou exala odor forte ou deixe vazar alguma substância líquida, sólida ou gasosa não identificável como substância permitida para transporte. Deparando-se com um volume de carga ou correio, o funcionário aciona o plano de contingência do operador de aeródromo. ❖ TRANSPORTE AÉREO DE VALORES 125 Para a realização de operações de embarque e desembarque de valores, o operador de aeródromo deve estabelecer, em coordenação com o órgão de segurança pública do aeródromo a aplicação do PSTAV. O operador de aeródromo elabora um PSTAV visando à segurança dos passageiros, tripulantes e funcionários durante as operações de embarque e desembarque de valores. A aprovação do PSTAV e a discussão de assunto relacionado aos procedimentos utilizados na operação de transporte de valores no aeródromo são realizadas em reunião extraordinária da CSA, com participação restrita aos participantes destas operações, tais como: os órgãos de segurança pública competentes, operadores aéreos e empresas de segurança privada de transporte de valores. A ANAC disponibiliza através do seu sítio eletrônico, o modelo do PSTAV aos operadores de aeródromo. Abrangência do PSTAV – O referido Plano deve ser aplicado no respectivo aeroporto em território nacional. ❖ CADEIA LOGÍSTICA DA SEGURANÇA DA CARGA E SEUS RESPONSÁVEIS. Elaboração de proposta e efetivação de limites de áreas restritas de segurança (ARS) e áreas controladas (AC), mediante aprovação no âmbito da CSA; Áreas específicas de processamento de carga abrangem aquelas destinadas às atividades de aceitação (recebimento), conferência (fiscalização) e inspeção de volumes de carga, além de outras que sejam necessárias. Para garantir a proteção dos pontos de acesso às ARS do Terminal de Carga, os recursos de controle e vigilância são vitais, tais como: • Todo o perímetro deve estar protegido com cercas, muros ou edificações; 126 • Controle de pessoas e veículos do lado terra para o lado ar, através de credenciamento e autorização, vigiado e controlado por APAC ou vigilante; • No caso de acesso de pessoas e veículos através do lado ar, deve-se verificar e controlar as credenciais ou autorizações dos respectivos; • Utilização de monitoramento eletrônico e sistema de comunicação; • Utilização de detectores de metal e equipamentos de raios-x. Independente dos recursos disponibilizados pelo operador de aeródromo, a PF é responsável pelas atividades de polícia no aeroporto. A atuação conjunta de recursos do operador de aeródromo e órgãos de segurança pública é planejada e coordenada no âmbito da CSA. Para manter a eficiência dos pontos de controle de acesso, uma ferramenta imprescindível são as instruções de trabalho, as quais visam a integração e padronização dos processos de segurança a serem aplicados. Como medida complementar aos processos de segurança, o operador de aeródromo deve providenciar a comunicação visual ou sonora com informações pertinentes aos cuidados e recomendaçõesdo público externo e interno do terminal de cargas, relativo às recomendações AVSEC e seus procedimentos. Quando a operação de um terminal de carga ou correio está sob a responsabilidade de um explorador de área aeroportuária, a mesma deverá implementar o zoneamento e aplicar os procedimentos de vigilância e controle de segurança previstos, sob supervisão do operador de aeródromo. MÓDULO 10 – SISTEMA DE CONTINGÊNCIA E COMUNICAÇÕES. ❖ ESTRUTURA DO SISTEMA DE CONTINGÊNCIA O operador de aeródromo segue os procedimentos de comunicação, de acionamentos e de resposta previstos no seu plano de contingência. ➢ Parte I – Disposições gerais 127 O plano de contingência inclui ações de abrangência essencialmente local (âmbito aeroportuário), mas apresenta especificidades de âmbito regional e nacional. Elaborado em coordenação com os operadores aéreos, empresas de serviços auxiliares ao transporte aéreo, exploradores de área aeroportuária e demais órgãos públicos e entidades envolvidos com a segurança da aviação civil. Abrange diversas hipóteses de ameaças e atos de interferência ilícita, seguidas dos respectivos procedimentos de comunicação, acionamentos e resposta. As ações de resposta terão como princípio básico garantir a segurança dos passageiros, tripulação, pessoal de solo e público em geral, bem como a manutenção, em função do risco, da continuidade e normalidade das operações aéreas e aeroportuárias. O plano será ativado em situação na qual exista indício de ocorrência de atos de interferência ilícita contra a segurança da aviação civil ou de ameaças e anormalidades facilitadoras desses atos, ou ainda, em situações que coloquem em risco a segurança de pessoas, patrimônio e instalações relacionados à aviação civil. ➢ CENÁRIOS DE AMEAÇAS, ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA OU SITUAÇÕES CRÍTICAS. ✓ 1 Ameaça de bomba em instalações aeroportuárias; ✓ 2 Ameaça de bomba em aeronave em solo; ✓ 3 Ameaça de bomba em aeronave em voo; ✓ 4 Apoderamento ilícito (sequestro) de aeronave em solo; ✓ 5 Apoderamento ilícito (sequestro) de aeronave em voo; ✓ 6 Invasão de áreas ou instalações aeroportuárias; ✓ 7 Invasão de aeronave ✓ 8 Identificação de objeto suspeito no aeródromo ou em aeronave ✓ 9 Ameaça ou ocorrência de greve ou tumulto no aeródromo ✓ 10 Ameaça decorrente do deslocamento ou presença de multidões em instalações ✓ aeroportuárias ✓ 11 Ataques armados a instalações aeroportuárias ✓ 12 Identificação de falhas de segurança ou suspeitas que afetem voos ou outros aeródromos ➢ Responsabilidades das autoridades competentes 128 As ações de resposta a ameaças e a atos de interferência ilícita contra a segurança da aviação civil são de responsabilidade das autoridades competentes, de acordo com as atribuições definidas no PNAVSEC, em coordenação com o COE/COA do(s) aeródromo(s) afetado(s). ▪ Conforme estabelecido no PNAVSEC são responsabilidades gerais do PF: a) Estabelecer os níveis de ameaça à AVSEC, em interface com a ANAC, o operador do aeródromo e os órgãos integrantes do SISBIN; b) Coordenar a AAR local, supervisionar, orientar e definir as ações de proteção, bem como medidas específicas de segurança a serem adotadas, com base nas informações recebidas; c) Atuar, em coordenação com outros órgãos, visando à busca e à neutralização de artefatos explosivos e artefatos QBRN; e d) Compor a estrutura de gerenciamento de crise, atuando nos Grupos de Decisão, Operacional, de Negociadores e Tático. ▪ Conforme estabelecido no PNAVSEC são responsabilidades gerais dos órgãos de segurança pública dos Estados e Distrito Federal: a) Exercer a função de polícia judiciária e apuração de infrações penais de competência da justiça estadual; b) Exercer o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública; c) Prestar apoio às atividades do DPF no sítio aeroportuário, nos termos dos convênios celebrados entre a União e os Estados e Distrito Federal; e d) Compor a estrutura de gerenciamento de crise, atuando no Grupo Operacional e nos demais Grupos conforme determinação do PF. ▪ Conforme estabelecido no PNAVSEC são responsabilidades gerais do COMAER: a) Coordenar com os órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de repercussão nacional e internacional, quanto ao uso do espaço aéreo e de áreas aeroportuárias, na forma de apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução, em conformidade com a legislação em vigor; b) Coordenar com os órgãos responsáveis pelo controle do espaço aéreo adjacente ao brasileiro os procedimentos de emergência pertinentes, quando da transferência de aeronave sob suspeita ou sob ato de interferência ilícita; c) Aplicar as medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro cabíveis nos casos de voos de aeronaves sob suspeita ou ato de interferência ilícita; e d) Compor a estrutura de gerenciamento de crise, atuando nos Grupos de Decisão e Operacional. 129 ▪ Conforme estabelecido no PNAVSEC são responsabilidades gerais da ANAC: a) Regular as medidas de segurança contra atos de interferência ilícita, em função do nível de ameaça existente; b) Participar da AAR; c) Determinar medidas adicionais de segurança em função do nível de ameaça definidos pelo DPF d) Notificar o órgão responsável de outros Estados, quando da percepção de ameaça real contra os interesses da aviação civil ou ocorrência de ato de interferência ilícita; e e) Compor a estrutura de gerenciamento de crise, atuando nos Grupos de Decisão e Operacional. ▪ Atribuições do operador de aeródromo São atribuições do operador de aeródromo no âmbito do plano de contingência: a) Quanto à organização do sistema de contingência: • Disponibilizar instalações, recursos humanos e administrativos apropriados para o funcionamento adequado do COE, da Assessoria de Avaliação de Risco (AAR) e dos grupos de gerenciamento de crise; • Disponibilizar sistemas de comunicação que garantam que os procedimentos de recepção e difusão de informações, sob sua responsabilidade, sejam eficazes, de modo que os órgãos e pessoas competentes recebam e transmitam as informações em tempo hábil; • Garantir que as instalações e demais recursos tecnológicos empregados, inclusive os sistemas de comunicações, sejam regularmente testados para verificação das condições normais de funcionamento; • Estabelecer os tempos de resposta à acionamentos, em coordenação com as organizações e indivíduos envolvidos nas ações de contingência; • Garantir que seus funcionários, orgânicos ou terceirizados, possuam o conhecimento necessário para a condução das ações de contingência; • Difundir os procedimentos e as informações, que sejam necessários para a condução adequada das ações de contingência, à comunidade aeroportuária e ao público em geral presente no aeródromo; e • Executar os exercícios de segurança (ESAB e ESAIA), atendendo as disposições previstas no PNCQ/AVSEC. • Aferir e registrar os tempos de resposta aos acionamentos dos recursos e órgãos de segurança necessários às ações de resposta de contingência. b) Quanto à condução das ações de contingência: • Agir de acordo com as ações estabelecidas no plano de contingência; 130 • Ativar e compor, se for o caso, a AAR e implementar as medidas adicionais de segurança necessárias, de acordo com a avaliação de ameaça; • Ativar, se for o caso, o Comando das Ações de Resposta e compor os Grupos de Decisão, Operacional e de Apoio para o gerenciamento de crise com aeronave no solo; e • Coletar o maior número possível de dados para subsidiar a AAR e demais grupos de gerenciamento de crise. O responsável por garantir a efetividade deste plano de contingência no aeródromoé o Responsável pela AVSEC, substituído em suas ausências pelo seu suplente. Na excepcional ausência do Responsável pela AVSEC e seu suplente, responderá pela efetividade do plano o Responsável pela gestão do aeródromo. ➢ OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA PARA GERENCIAMENTO DE CRISE Definição: Sob ameaça é a situação na qual há indícios de ocorrência de atos de interferência ilícita contra a segurança da aviação civil ou de anormalidades facilitadoras desses atos. Emergência abrange aquela em que está ocorrendo ou há iminência de ocorrer ato de interferência ilícita. Crise é um conceito mais abrangente, que também inclui as definições anteriores, e é definida como qualquer situação que coloque em risco a segurança de pessoas, patrimônio, bens e instalações relacionadas com a aviação civil ou com a operação de aeródromos e de aeronaves. Quando da ocorrência de uma situação de crise o COE será ativado pelo Responsável AVSEC do aeródromo e terá composição compatível com a situação específica que motivou a sua convocação. No caso de apoderamento ilícito de aeronave, manutenção de reféns a bordo de aeronave ou no aeródromo, o COE será constituído pelos seguintes grupos de gerenciamento de crise: • Grupo de Decisão, • Grupo Operacional, • Grupo de Negociadores, • Grupo Tático e • Grupo de Apoio. 131 No caso de ameaça de bomba ou de substâncias que possam causar danos ou colocar em risco a segurança de aeronaves ou de instalações do aeródromo, o COE será constituído, no mínimo: • Grupo de Decisão, • Grupo de Apoio e • Assessoria de Avaliação de Risco. Nas demais ocorrências de situações de ameaça, emergência ou atos de interferência ilícita que possam afetar a segurança da aviação civil, o COE será constituído, no mínimo: • Grupos de Decisão e • Grupo de Apoio. . Observação: De acordo com as características da ocorrência, outros grupos podem ser constituídos. Vamos entender agora qual a função e a composição dos grupos, acompanhe com o instrutor! Grupo de Decisão é responsável pela direção, coordenação e supervisão das ações de resposta, desencadeadas para o gerenciamento de crise, sendo composto por representantes do(a): a) Operador Aéreo envolvido (Responsável pela gestão da base operacional); b) Operador do Aeródromo (Responsável pela gestão do aeródromo); c) ANAC; d) COMAER, quando envolver emergência em voo; e e) Polícia Federal, que coordenará o grupo. O Grupo Operacional é responsável por fornecer os subsídios básicos para as decisões, bem como para as ações táticas operacionais, sendo composto por representantes do(a): 132 a) Operador Aéreo envolvido (Responsável AVSEC e outros designados); b) Operador do Aeródromo (Responsável AVSEC e outros designados); c) ANAC; d) COMAER; e) Polícia Civil; f) Polícia Militar; g) Outros órgãos e instituições julgadas necessárias; e h) Polícia Federal, que coordenará o grupo. O Grupo Negociadores é responsável pela realização do diálogo direto entre os representantes dos órgãos públicos (ANAC, COMAER e DPF) e os perpetradores do ato de interferência ilícita, sendo composto por profissional (is) especialista(s), designado(s) e sob responsabilidade da PF. O Grupo Tático é responsável pela ação tática, corretiva e preventiva, no gerenciamento da crise decorrente do apoderamento ilícito de aeronave, sendo composto por equipe especializada de profissionais, designada e sob responsabilidade da PF. O Grupo de Apoio é responsável por dar suporte logístico às atividades gerenciadas pelo COE, sendo composto por profissionais do operador do aeródromo. A Assessoria de Avaliação de Risco é responsável por fornecer os subsídios básicos para as decisões, através da avaliação do nível de ameaça, proposição dos procedimentos decorrentes e acionamento das organizações envolvidas, sendo composta por representante do(a): a) Operador Aéreo envolvido (Responsável AVSEC da base operacional); b) Operador do Aeródromo (Responsável AVSEC do aeródromo); c) ANAC; d) COMAER, quando houver emergência em voo; e) Polícia Federal, que coordenará o grupo. A AAR terá a colaboração do comandante da aeronave, via fonia, quando o artefato explosivo ou a substância perigosa estiver no interior da aeronave. 133 ✓ Acompanhe agora os processos de acionamentos! Observação: Você poderá encontrar na IS 107 001 no apêndice G as ações de respostas de outros integrantes envolvidos no gerenciamento de crise. Nesta matéria abordaremos somente as atribuições do operador do aeródromo. ➢ AMEAÇA DE BOMBA Recebimento da Ameaça – Por ligação telefônica: a) O funcionário que receber a chamada: (1) Escutará atentamente e buscará tomar nota das palavras exatas utilizadas pelo autor da ameaça; (2) Tomará medidas para, se possível, rastrear a chamada ou alertar alguém para que o faça; (3) Tomará medidas para iniciar a gravação da chamada, caso isso não ocorra automaticamente; (4) Buscará prolongar a chamada para obter a maior quantidade de informações possível; (5) Fará as perguntas, conforme o formulário para recebimento de ameaça de bomba: ONDE está a bomba? [Para que se possa planejar uma evacuação] QUANDO a bomba explodirá? [Para que se conheça o prazo para uma evacuação] QUAL o formato da bomba? [Para ajudar a reconhecer o artefato durante uma busca] QUEM é você? [Para comprovar se o autor da ameaça provém de um grupo fidedigno] ONDE você está? [Para avaliar se o autor da ameaça se encontra no local e pode ser afetado pela explosão, indicando uma possível falsa ameaça] POR QUE você está fazendo isso? [Para verificar se o autor da ameaça possui algum objetivo específico (religioso, político etc.), se é ligado a algum grupo, ou se deseja fazer alguma exigência ou extorsão] POR QUE você telefonou? [Para formar um quadro melhor do incidente e manter na linha o autor da ameaça, a fim de ajudar no rastreamento da chamada] (6) Buscará submeter o autor da chamada a uma prova de credibilidade; e (7) Finalizará o preenchimento do formulário de recebimento de ameaça de bomba. ➢ POR OUTRAS FONTES QUE NÃO TELEFÔNICA: 134 Caso a ameaça seja recebida por outros meios de comunicação, tais como (Escrita), e-mail, carta ou fax, o funcionário buscará preservar a integridade da mensagem; caso seja, recebida diretamente de terceiros, o funcionário questionará a pessoa, com discrição, quando possível, buscando obter o máximo de informações possíveis, utilizando de perguntas semelhantes às empregadas no caso de ameaça recebida por telefone, e ainda, envidará esforços para manter a pessoa próxima, enquanto aciona o Responsável AVSEC do aeródromo, o COE/COA ou o órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo. ➢ AMEAÇA DE BOMBA EM INSTALAÇÕES AEROPORTUÁRIAS Acionamentos e Ações de Resposta O receptor da ameaça acionará o Responsável pela AVSEC do operador de aeródromo, que em seguida acionará o COE/COA do aeródromo. Em caso de dificuldades de contato, o receptor da ameaça pode acionar diretamente o COE/COA ou órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia do aeródromo. • O Responsável AVSEC ativará a AAR. Serão aplicadas medidas adicionais de segurança e ações de resposta de acordo com a classificação da ameaça definida pela AAR. Na situação de ameaça verde (falsa), nenhuma ação decorrente é necessária. Na situação de ameaça âmbar (não específica) e vermelha (específica), o operador de aeródromo aplica as seguintes ações: 135 Na situação de ameaça vermelha (específica), aplicam-se as seguintesações: ➢ AMEAÇA DE BOMBA EM AERONAVE EM SOLO 136 Acionamentos e Ações de Resposta O receptor da ameaça acionará o Responsável pela AVSEC do operador de aeródromo, que em seguida acionará o COE/COA do aeródromo. Em caso de dificuldades de contato, o receptor da ameaça pode acionar diretamente o COE/COA ou órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia do aeródromo. Serão aplicadas medidas adicionais de segurança e ações de resposta de acordo com a classificação da ameaça definida pela AAR. Na situação de ameaça verde (falsa), nenhuma ação decorrente é necessária. Na situação de ameaça âmbar (não específica), aplicam-se as seguintes ações: Na situação de ameaça vermelha (específica), aplicam-se as seguintes ações 137 ➢ AMEAÇA DE BOMBA EM VOO Acionamentos e Ações de Resposta Na suspeita ou confirmação de ameaça de bomba em aeronave em voo, havendo a possibilidade de pouso no aeródromo, devem ser adotados os acionamentos e ações de resposta pertinentes. Serão aplicadas medidas adicionais de segurança e ações de resposta de acordo com a classificação da ameaça definida pela AAR. Na situação de ameaça verde (falsa), nenhuma ação decorrente é necessária. Na situação de ameaça âmbar (não específica), aplicam-se as ações acima: 138 Na situação de ameaça vermelha (específica), aplicam-se as seguintes ações: ➢ Apoderamento ilícito de aeronave em solo Acionamentos e Ações de Resposta Na suspeita ou confirmação de apoderamento ilícito de aeronave no aeródromo, os órgãos e entidades envolvidas adotam as ações pertinentes. Consiste na atribuição do operador do aeródromo: 139 ➢ Apoderamento ilícito de aeronave em voo Acionamentos e Ações de Resposta Na suspeita ou confirmação de apoderamento ilícito de aeronave, havendo a possibilidade de pouso no aeródromo, devem ser adotados os acionamentos e ações de respostas pertinentes. Constituem responsabilidade do operador do aeródromo: 140 ➢ Invasão de áreas ou instalações aeroportuárias Acionamentos e Ações de Resposta Quando um funcionário identifica a invasão de dependências das instalações aeroportuárias, ele acionará o Responsável AVSEC do aeródromo, o COE/COA ou o órgão de segurança o órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo. Ações decorrentes do operador do aeródromo: ➢ Invasão de aeronave Acionamentos e Ações de Resposta Quando um funcionário identifica a invasão de uma aeronave, ele acionará o Responsável AVSEC do aeródromo, o COE/COA ou o órgão de segurança o órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo. Ações aplicadas pelo operador do aeródromo: 141 ➢ Identificação de objeto suspeito no aeródromo ou em aeronave Acionamentos e Ações de Resposta Quando um funcionário identifica um objeto suspeito nas dependências do aeródromo ou em aeronave, ele acionará o Responsável AVSEC do aeródromo ou o COE/COA ou o órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo e, ainda: • Não manipulará o objeto e providenciará uma marcação de perímetro para impedir o acesso de pessoas ao objeto suspeito; • Providenciará, de forma discreta, a evacuação da área próxima ao objeto; e • Garantirá a guarda do local até a chegada das autoridades de segurança responsáveis. O operador do aeródromo aplicará as seguintes ações: ➢ Ameaça ou ocorrência de greve ou tumulto no aeródromo 142 Acionamentos e Ações de Resposta No caso de ameaça de greve por quaisquer entes envolvidos na operação aeroportuária será ativado o COE, que será coordenado pelo operador do aeródromo e será composto pelo mesmo, por representantes dos operadores aéreos envolvidos, DPF, e outros órgãos que possam ter participação nas ações de contingência. O COE traçará ações que garantam a continuidade das operações aeroportuárias, tendo como diretrizes medidas que garantam: a) Acessibilidade das pessoas aos terminais de passageiros; b) Acesso dos funcionários aos seus postos de trabalho; e c) c) Esterilidade das ARS. ❖ MEDIDAS ADICIONAIS DE SEGURANÇA As medidas adicionais de segurança serão definidas pelo Grupo de Decisão ou pela organização que estiver sob o comando do gerenciamento de resposta, observando as necessidades específicas de cada situação de crise. As propostas de medidas adicionais de segurança deverão ser razoáveis, na estrita medida em que sejam necessárias para mitigar alguma ocorrência ou ameaça geral ou específica, podendo abranger, dentre outros aspectos, os listados abaixo: 143 (a) Comunicados para orientar a comunidade aeroportuária e o público em geral quanto aos procedimentos de resposta à emergência e quanto à postura a ser seguida pelos indivíduos; (b) Intensificação dos recursos e procedimentos de vigilância; (c) Intensificação dos recursos e procedimentos de supervisão; (d) Intensificação dos recursos e procedimentos de credenciamento; (e) Intensificação dos recursos e procedimentos de controle de acesso; (f) Intensificação dos recursos e procedimentos de controles de segurança aplicados pessoas, pertences de mão, bagagens, carga e mala postal, provisões de bordo e de serviço de bordo, além de outros materiais de serviço que acessam as áreas operacionais do aeródromo; (g) Intensificar o uso do sistema de CFTV; (h) Reforço do patrulhamento nas áreas operacionais do aeródromo; (i) Redução dos pontos de controle de acesso; (j) Restrição de acesso de pessoas ou veículos às áreas operacionais do aeródromo (tanto áreas controladas como áreas restritas de segurança); (k) Aumento da frequência de realização de inspeção aleatória em pessoas e bagagens de mão; (l) Aumento da frequência de realização de varredura nas áreas aeroportuárias; e (m) Reforço da atuação ostensiva dos órgãos de segurança pública. Sistema de comunicação Nas ações de contingência, o operador de aeródromo utilizará, preferencialmente, telefones fixos para as comunicações. Caso haja disponibilidade, serão utilizados sistemas de comunicação criptografados e com tecnologia para gravação. Na comunicação de informações sigilosas será evitado o uso de rádios comunicadores que não disponham de comunicação segura. O Responsável AVSEC do operador de aeródromo garante a disponibilização de lista de contatos de emergência, e formulários para recebimento de ameaça, próximos aos ramais telefônicos do operador. ❖ COMUNICAÇÃO SOCIAL E ATENDIMENTO A FAMILIARES 144 O operador de aeródromo, em conjunto com as demais entidades envolvidas no gerenciamento de situação de crise ou de emergência relacionada a atos de interferência ilícita, restringirá, ao mínimo possível, o fornecimento de informações a respeito do planejamento e métodos utilizados por agressores, assim como as medidas de segurança aplicadas. A comunicação com a imprensa ocorrerá em instalações disponibilizadas pelo operador de aeródromo, fora da área do COE, através de porta-voz previamente indicado. O operador de aeródromo manterá coordenação constante com o operador aéreo e as autoridades competentes, de forma a impedir o fornecimento indevido de informações contraditórias e conflitantes para a imprensa. O operador de aeródromo disponibilizará local e recursos adequados, inclusive de telecomunicações, a serem utilizados pelo próprio operador do aeródromo ou por operador aéreo envolvido para a instalação de centro de apoio às famíliasdas vítimas de ato de interferência ilícita. MÓDULO 11 – PROGRAMAS E PLANOS DE SEGURANÇA DO OPERADOR DE AERÓDROMO (PSA) ❖ PROGRAMA DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA (PSA) O Brasil, como Estado Contratante da Convenção de Aviação Civil Internacional, busca atender às diretrizes da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Dentre as diretrizes relativas à Aviation Security (AVSEC), o Brasil deve exigir que os aeródromos civis públicos estabeleçam, implementem e mantenham um programa de segurança, apropriado para cumprir com as diretrizes e requisitos da regulamentação AVSEC nacional. O PSA é um documento que descreve os recursos organizacionais, materiais, humanos e procedimentais que são aplicados pelo operador de aeródromo para fazer cumprir os requisitos da regulamentação AVSEC aplicável e garantir a proteção das operações aeroportuárias contra atos de interferência ilícita. ➢ São partes integrantes do PSA: a) Plano de Segurança de Transporte Aéreo de Valores (PSTAV); b) Plano de Contingência de AVSEC do Aeródromo (PCA); c) Programa de Instrução de AVSEC (PIAVSEC); e d) Programa de Controle de Qualidade AVSEC (PCQ/AVSEC). 145 Na hipótese de o operador de aeródromo promover operações de transporte de valores, a aprovação do PSA fica condicionada a apresentação do PSTAV e da ata da reunião extraordinária da Comissão de Segurança Aeroportuária que aprovou o PSTAV. A avaliação de conformidade com a regulação vigente do PSTAV deve ser realizada pela Comissão de Segurança Aeroportuária em reunião extraordinária específica para essa finalidade. A Instrução Suplementar nº 107-001, Revisão D, disponibiliza um modelo de programa de segurança aeroportuária. O modelo instituído contempla a estrutura e o conteúdo considerados necessários e aceitáveis pela ANAC para compor o programa e garantir atendimento aos requisitos. O operador de aeródromo, a priori, não necessita adicionar conteúdo ao modelo trazido pela IS. Caso o operador julgue importante ou indispensável adicionar conteúdo ao modelo de PSA, deve fazê-lo no âmbito dos tópicos já previstos no modelo (neste caso, deve registrar a alteração no Sumário do PSA) ou através de anexos ao PSA (neste caso, deve registrar o conteúdo na Parte 15 do Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo). A IS nº 107 ainda estabelece que o operador de aeródromo é responsável pela avaliação do conteúdo padronizado apresentado pela Instrução Suplementar, com o intuito de verificar se os recursos previstos são suficientes para garantia da segurança em suas operações, levando em consideração sua própria avaliação de risco e níveis de complexidade e criticidade de suas operações aeroportuárias. Assim, é de inteira responsabilidade do operador de aeródromo cumprir todos os procedimentos do texto original da citada Instrução Suplementar, que forem declaradamente indicados como “Não alterado” no sumário do PSA apresentado à ANAC. O PSA deve ser apresentado à ANAC com a seguinte estrutura: a) capa, conforme conteúdo do Apêndice B; b) termos de responsabilidades, conforme conteúdo do Apêndice C; c) sumário, conforme conteúdo do Apêndice D; d) formulário de dados de AVSEC do aeródromo, conforme conteúdo do Apêndice E; e) recursos preventivos de segurança, conforme conteúdo do Apêndice F; f) Plano de Contingência de AVSEC do aeródromo (PCA), conforme conteúdo do Apêndice G; g) Programa de Instrução de AVSEC (PIAVSEC), conforme conteúdo do Apêndice H; h) Programa de Controle de Qualidade AVSEC, conforme conteúdo do Apêndice I; i) Plano de Segurança de Transporte Aéreo de Valores (PSTAV), acompanhado da respectiva ata da reunião extraordinária da Comissão de Segurança Aeroportuária que o aprovou. APÊNDICES Apêndice A – Lista de Reduções Apêndice B – Capa do Programa de Segurança Aeroportuária 146 Apêndice C – Termos de Responsabilidades Apêndice D – Modelo de Sumário Apêndice E – Formulário de Dados AVSEC do Operador de Aeródromo Apêndice F – Recursos Preventivos de Segurança Apêndice G – Plano de Contingência Apêndice H – Programa de Instrução AVSEC Apêndice I – Programa de Controle de Qualidade AVSEC ➢ ANÁLISE E APROVAÇÃO DO PSA A análise de programa de segurança é uma atividade realizada pela ANAC previamente a aprovação do respectivo documento. A atividade observará as seguintes disposições: a) a análise não incluirá avaliação dos aspectos de forma já previstos na instrução suplementar (IS 107-001D). b) a análise incluirá avaliação do conteúdo do programa que sofreu modificação e que esteja devidamente indicada no Sumário e justificada no Formulário de Apresentação do PSA. c) a análise incluirá avaliação de todos os campos da Instrução Suplementar onde há previsão de inserção de informações por parte do operador do aeródromo. ➢ Alterações do PSA Aprovado Alterações das informações de que trata o Apêndice E (Formulário de Dados AVSEC) da Instrução suplementar, do PSA já aprovado pela ANAC, serão analisadas pela Agência, que irá comunicar formalmente o operador de aeródromo a respeito do aceite ou não das alterações. As demais alterações de PSA seguem: - Providenciar, em prazo não superior a 90 (noventa) dias, a revisão do programa e sua respectiva apresentação à ANAC para fins de aprovação, sempre que: 147 1. Determinado pela ANAC; 2. Exigido por alguma alteração nas normas aplicáveis; 3. Houver alterações operacionais no aeródromo que justifique a necessidade de atualização ou revisão de procedimentos de segurança; ou 4. Houver alteração na classificação do aeródromo. O andamento do processo pode ser acompanhado na página da ANAC na internet, no endereço https://sistemas.anac.gov.br/avsec/ , acessando o link “Planos e Programas”. Nota: o acesso somente é concedido a profissional que possua acesso ao site AVSEC de acesso restrito. Ao fim do processo, a ANAC emitirá uma portaria de aprovação do PSA, com validade indeterminada. As partes pertinentes do PSA devem ser disponibilizadas às entidades públicas e privadas da comunidade aeroportuária que necessitem conhecer as informações do programa, para fins de aplicação coordenada e eficaz dos procedimentos preventivos de segurança e dos procedimentos de resposta à emergência. No PSA devem constar informações gerais do aeródromo e de seu operador, a descrição detalhada da infraestrutura e dos equipamentos de segurança utilizados na AVSEC (tipo, quantidade e localização), as medidas e os procedimentos de segurança empregados no aeródromo, de forma a assegurar que requisitos do RBAC nº 107 sejam cumpridos, e na leitura dos procedimentos seja possível esclarecer, no mínimo, os seguintes questionamentos: ✓ Quem realiza o procedimento? ✓ Quando é realizado o procedimento? ✓ Onde é realizado o procedimento? ✓ Como é realizado o procedimento? O PSA deve possuir os seguintes Termos de Responsabilidade: • Termo de compromisso assinado pelo representante legal do operador de aeródromo, declarando a responsabilidade pelo cumprimento do PSA; e • Termo de elaboração, guarda, distribuição e controle do documento, assinado pelo Responsável pela AVSEC do operador do aeródromo, declarando a responsabilidade por garantir o caráter reservado do documento. 148 107.219 – O operador de aeródromo possui cópias, no formato físico ou digital, das partes pertinentes do PSOA dos operadores aéreos em operação no aeródromo e que possuem obrigação de manter um PSOA aprovado pela ANAC. O operador do aeródromo, em conjunto com os operadores aéreos busca garantir que as medidas de segurança aplicadas no âmbito do PSA e dos PSOA sejam compatíveis entre si. ❖ PLANO DE CONTINGÊNCIA • Aplicabilidade 149 ❖ PLANO DE SEGURANÇADE PRESTADORES DE SERVIÇOS AUXILIARES AO TRANSPORTE AÉREO OU EXPLORADORES DE ÁREA AEROPORTUÁRIA (PSESCA) O operador de aeródromo deve exigir a elaboração, implementação e manutenção de um PSESCA por parte de: (1) empresas de provisões de serviço de bordo, localizadas dentro ou fora do aeródromo, que prestem serviço de comissaria a operadores aéreos no aeródromo; (2) empresas que operam terminais de carga ou mala postal, localizados dentro ou fora do aeródromo, que destinem carga a operadores aéreos do aeródromo; e (3) organizações exploradoras de áreas, edifícios ou instalações que apresentem as seguintes características: abranjam a divisa entre o lado ar e o lado terra ou estejam localizadas dentro do lado ar (em AC ou ARS); e os controles de segurança aplicados estejam sob responsabilidade da própria organização. O operador do aeródromo exige o seguinte conteúdo mínimo para aprovação do PSESCA: - Designação de profissional responsável pelos processos de AVSEC, devidamente capacitado e disponível no aeródromo para tratar do tema, quando necessário A capacitação necessária é a certificação válida no curso Básico AVSEC, AVSEC para Operador de Aeródromo ou AVSEC para Operador Aéreo. - Medidas preventivas de proteção de perímetro, pessoas é objetos (zoneamento, barreiras, vigilância, controle de acesso e inspeção, quando aplicáveis); e 150 - Medidas de resposta às emergências, observando os requisitos do RBAC 108, quando aplicável, e as orientações específicas do operador do aeródromo. O Operador do aeródromo deve: - Considerar a exigência de PSESCA como situação condicionante para autorizar a exploração regular das áreas e instalações. - Estabelecer instrumentos contratuais que visam garantir a elaboração e manutenção do PSESCA por parte das entidades. - Manter um controle com o nome das entidades atuantes no aeródromo que estão obrigadas a manter um PSESCA, contendo também, no mínimo, a data de apresentação do plano, data da última revisão e data da aprovação por parte do operador do aeródromo. - Manter no formato físico ou digital, cópias das últimas versões de todos os PSESCA apresentados, bem como das análises que resultaram na aprovação dos planos, com a assinatura do responsável. - Guardar os PSESCA garantido o acesso aos documentos somente as pessoas necessidade de conhecê-lo. - Supervisionar o cumprimento das medidas de segurança estabelecidas nos PSESCA adotando, quando necessárias, penalidades às entidades responsáveis pelo descumprimento. o PSESCA deve passar por processo de revisão quando: (i) determinado pelo operador do aeródromo ou pela ANAC; (ii) exigido por alguma alteração nas normas aplicáveis; ou (iii) houver alterações operacionais que justifiquem a revisão de controles de segurança ❖ PLANO DE SEGURANÇA PARA O TRANSPORTE AÉREO DE VALORES (PSTAV) A elaboração do PSTAV visa a segurança dos passageiros, tripulantes e funcionários durante as operações de embarque e desembarque de valores. A aprovação do PSTAV e a discussão de assunto relacionado aos procedimentos utilizados na operação de transporte de valores no aeródromo são realizadas em reunião da CSA extraordinária, com a participação restrita aos participantes da operação, tais como, órgãos de segurança pública competentes, operadores aéreos e empresas de segurança privada de transporte de valores. Quando necessário para a presença de todos os participantes da referida CSA, o operador de aeródromo realiza a convocação com pelo menos 15 (quinze) dias de antecedência, ressalvadas as emergências. 151 Os procedimentos estabelecidos no PSTAV do aeródromo observam os requisitos regulatórios sobre transporte de valores estabelecidos pelo RBAC 108. Referência RBAC 108.139 Antes da chegada da carga de valores no aeródromo de partida, o operador aéreo transmite a informação aos funcionários previamente designados dos operadores de aeródromos envolvidos na operação. Para fins de aceitação do transporte, o funcionário emite o conhecimento aéreo, observando as normas específicas sobre a matéria, e o formulário de declaração de transporte aéreo de valores. No preenchimento do conhecimento aéreo, no campo “Natureza da Mercadoria”, utiliza-se os temas “valores” ou “bens de alto valor agregado”, de acordo com o tipo da mercadoria a ser transportada, sendo o documento tratado de forma sigilosa. Anotações 152 MÓDULO 12 – CONTROLE DE QUALIDADE AVSEC PROGRAMA DE CONTROLE DE QUALIDADE: DEFINIÇÕES, OBJETIVOS E CONTEÚDO #Aplicabilidade: O PCQ/AVSEC é uma exigência do PNAVSEC (Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil) Decreto 7168, artigos 277 e 278, de 05 de maio de 2010 sendo uma exigência do RBAC 107 (Regulamento Brasileiro de Aviação Civil) 153 Qualidade é o nível no qual um sistema atende, de forma consistente, os requisitos especificados e satisfazem necessidades ou produzem resultados desejados. O controle de qualidade AVSEC é um processo que contempla de maneira “eficiente e eficaz” as garantias contra as ameaças emergentes para a aviação civil, desde as mais corriqueiras, bem como as tecnológicas e altamente destruidoras. Definições: Responsável pelo PCQ/AVSEC: é o profissional designado pelo operador de aeródromo, responsável pela gestão dos processos relacionados ao controle de qualidade AVSEC previstos no RBAC nº 107. Não é mais exigido deste profissional a certificação em curso AVSEC, assim, a capacitação antes obrigatória, passa a ser uma opção do operador do aeródromo. Sistema de Controle de Qualidade AVSEC: conjunto formado pela estrutura, responsabilidades, processos e procedimentos do operador do aeródromo que promovem uma cultura de aperfeiçoamento contínuo, com o objetivo de elevar os padrões e a efetividade das medidas de segurança da aviação civil do aeródromo. • Objetivo do Programa de Controle de Qualidade AVSEC do aeródromo - Garantir a qualidade da segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita, propiciando a permanência do nível de risco AVSEC em índices aceitáveis; - Garantir o monitoramento das medidas e procedimentos de segurança, tanto os implementados diretamente pelo operador do aeródromo quanto os realizados por empresas vinculadas ao operador, tais como empresas contratadas e exploradores de áreas aeroportuárias que executem diretamente medidas e procedimentos de segurança; - Identificar as deficiências nas medidas e procedimentos de segurança oportunamente e desenvolver meios padronizados de correção para tratá-las; - Integrar a alta direção do operador de aeródromo no processo de acompanhamento dos níveis de ameaça, de conformidade e de desempenho do operador no que se refere às medidas e procedimentos de segurança aplicados no aeródromo, bem como no processo de estabelecimento de diretrizes e metas para as ações futuras relacionadas à AVSEC; 154 - Implementar a cultura AVSEC em todos os níveis organizacionais do operador de aeródromo; - Facilitar a obtenção de informações fidedignas relacionadas à AVSEC em todas as esferas administrativas e operacionais do operador. • Definição de responsabilidade O responsável pelo PCQ/AVSEC possui acesso direto ao representante do nível estratégico da organização ou responsável pela gestão do aeródromo, devendo apresentar os resultados das atividades de controle de qualidade AVSEC. Atribuições do responsável pelo PCQ/AVSEC a) Recomendar melhorias e alterações nos processos realizados, proporcionando ao comando diretivo da organização a devida percepção dos riscos existente e o nível de desempenho quanto à aplicação das medidas AVSEC; b) Planejare coordenar a realização das atividades de qualidade; c) Designar os profissionais que irão realizar as atividades de qualidade. Os profissionais designados para atuar no desenvolvimento das atividades do PCQ/AVSEC detêm capacitação adequada, conforme critérios definidos no PNIAVSEC. 155 Aos profissionais designados para execução das atividades do PCQ/AVSEC deve ser garantido o acesso a todas as áreas, documentações e funcionários, os quais sejam necessários para o desempenho adequado de suas atribuições. ❖ DEFINIÇÃO DE PADRÕES DAS ATIVIDADES AVSEC O conceito de padrão de atividades AVSEC está fundamentado na necessidade de descrever diretrizes, processos, métodos e procedimentos, de forma que todos os funcionários do operador do aeródromo possam ser treinados, supervisionados e avaliados dentro dos mesmos critérios, criando-se, assim, uma cultura de controle de qualidade. O controle de qualidade do operador avalia os padrões de atividade AVSEC definidos pela organização, buscando identificar desvios deste padrão determinado. O operador do aeródromo utiliza o PSA como fonte padrão básica dos padrões para as atividades AVSEC, o qual contém as descrições dos recursos materiais, humanos e procedimentais de aplicação prevista para o aeródromo. De forma adicional, como fontes de padrões complementares, o operador pode desenvolver outros instrumentos que apresentem de forma mais direcionada e específica o padrão das atividades AVSEC, com o objetivo de elevar o grau de qualidade desejado. Dentre os possíveis instrumentos, incluem-se, por exemplo, instruções de trabalho, que especificam orientações e padrões direcionados a determinada carreira profissional ou posto de trabalho da organização. O operador do aeródromo identifica e lista, no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo, os setores, unidades organizacionais ou empresas contratadas para implementação de medidas de segurança no aeródromo, incluindo a área ou profissional responsável pelo controle de qualidade AVSEC. O operador de aeródromo designa profissional Responsável pelo Controle de Qualidade AVSEC a ele legalmente vinculado, responsável, pela gestão dos processos relacionados ao Controle de Qualidade AVSEC, de acordo com as diretrizes estabelecidas neste PSA. O profissional designado como responsável pelo PCQ/AVSEC do operador do aeródromo é independente na execução de suas funções com relação à operacionalização das atividades AVSEC do operador de aeródromo. 156 ▪ Auditores AVSEC (Requisitos) O operador de aeródromo observa os seguintes critérios mínimos para a seleção de Auditores AVSEC: a) não possuir antecedentes criminais e sociais que comprometam a credibilidade de suas atividades profissionais, sendo a verificação realizada conforme as exigências para concessão de credencial aeroportuária; b) atender aos requisitos para desempenho de atividades de controle de qualidade AVSEC previstos no PNIAVSEC; e c) experiência comprovada na área de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita por pelo menos 3 (três) anos. O operador de aeródromo exige que o Auditor AVSEC assine Termo de Código de Conduta, no qual o profissional se responsabiliza pelo sigilo das informações decorrentes no desempenho de suas atribuições e demais condutas exigidas pela regulamentação. A documentação relacionada à seleção do Auditor AVSEC é arquivada em meio físico ou digital, observando os prazos previstos no PNIAVSEC para os registros de organização com responsabilidade AVSEC. ❖ CONTEÚDO - ATIVIDADES DE CONTROLE DE QUALIDADE AVSEC O operador de aeródromo deve realizar as seguintes atividades de controle de qualidade, observando as frequências mínimas estabelecidas no Apêndice A (Tabela Aplicabilidades): (1) auditorias internas; (2) inspeções internas; (3) testes; e (4) exercícios Além das atividades de controle de qualidade realizadas com base nas frequências estabelecidas na regulamentação do PSA, o operador de aeródromo também realiza as atividades de controle de qualidade que forem solicitadas pela ANAC. Baseado em avaliação de risco, o operador de aeródromo pode aumentar a frequência de realização das atividades de controle de qualidade. 157 Auditorias Internas As auditorias internas devem englobar todos os requisitos AVSEC aplicáveis ao operador de aeródromo nos termos da regulamentação vigente e do PSA aprovado pela ANAC; -Deve abranger tanto as medidas e procedimentos operacionalizados pelo próprio operador de aeródromo quanto os operacionalizados por terceiros vinculados ao aeródromo, tais como empresas contratadas e exploradores de áreas aeroportuárias; -Ser conduzida por Auditor(es) AVSEC que não realize(m) atividade operacional AVSEC sob responsabilidade do operador de aeródromo no aeródromo auditado; e -Incluir, no mínimo, entrevistas com os profissionais responsáveis por AVSEC, profissionais envolvidos diretamente na execução dos procedimentos de segurança, além das verificações de documentos e procedimentos descritos no PSA e na regulamentação vigente. - Segue metodologia padronizada, buscando, por meio de checklist, avaliar o nível de desempenho do operador do aeródromo quanto ao atendimento de todos os procedimentos AVSEC constantes na regulamentação vigente, no PSA e nas demais determinações internas da organização. ▪ Inspeção AVSEC -O escopo da inspeção deve ser definido pelo Responsável AVSEC do aeródromo, de forma justificada no relatório de inspeção, buscando o foco nas medidas de segurança e procedimentos que se relacionem às vulnerabilidades e ameaças mais significativas, às eventuais ações corretivas anteriores e àqueles que sofreram alterações recentes; - Ser conduzida pelo responsável AVSEC do aeródromo (titular ou suplente) ou por profissional capacitado, nos termos do PNIAVSEC; e - Utilizar técnicas similares à auditoria, tais como revisão de documentos, entrevistas e observações diretas. - Seguir metodologia padronizada, semelhante à de auditoria interna, diferenciando, basicamente, seu escopo. Para a realização da inspeção interna, o operador seleciona as questões contidas no checklist de auditoria. ▪ Testes AVSEC Esta atividade tem como objetivo a avaliação de alguns sistemas de segurança, identificando possíveis situações que desprotegem a segurança, tais como, erros na execução de 158 procedimentos de inspeção, deficiência na infraestrutura aeroportuária e falha de equipamento. -Seguem procedimentos padronizados de infiltração, sendo realizados de modo sistemático e confidencial, para que seu resultado seja o mais verossímil possível. - São realizados nos horários em que a medida de segurança está sendo mais demandada, por exemplo, nos horários de pico de embarque de passageiros, para testes nos módulos de inspeção para acesso às salas de embarque; e no horário de troca de turno de funcionários para testes nos módulos de inspeção exclusivos para pessoal de serviço. - Somente são realizados com autorização formal de seu Responsável pela AVSEC. A cópia com a autorização é portada pelas pessoas que executam os testes. - A realização deve ser coordenada com o órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo, com antecedência mínima de 10 (dez) dias do início da atividade. - Elaboração de procedimento interno, instrução de trabalho, recomendações acerca das posturas esperadas, modelos dos formulários de testes AVSEC, modelo de termo de confidencialidade e descrição dos dispositivos de testes que são utilizados pelo operador do aeródromo e a forma de realização dos testes AVSEC, com objetivo de padronizar a atividade e extrair resultados fidedignos e comparáveis entre si, além de garantir a segurança dos seus executores - Os profissionaisresponsáveis pela programação e coordenação dos testes atuam para assegurar que a data de realização não chegue ao conhecimento das equipes que serão testadas. - Os simulacros não podem trazer risco a segurança das pessoas envolvidas na realização da atividade e ao público em geral, e quando armazenados no aeroporto, são guardados em mobiliário trancado e em local de acesso controlado. - Os simulacros utilizados possuem características variadas ao longo do tempo, de forma a evitar que se tornem óbvios para os profissionais que serão testados. - Os testes são acompanhados por profissionais capacitados nos termos do PNIAVSEC. Os profissionais que realizam os testes não são obrigatoriamente possuidores de certificação válida em AVSEC, no entanto, devem ser orientados e assinar o termo de confidencialidade. - O coordenador do teste supervisiona a realização a uma distância tal que ele possa comparecer em poucos minutos se acionado, caso seja necessário para garantia da segurança e tranquilidade no ambiente aeroportuário. Protocolo de Testes: 1. Identificação de Pessoas 2. Inspeção de Pessoas nos Pontos de Controle de Acesso às Salas de Embarque 3. Inspeção de pertences de mão nos pontos de controle de acesso às salas de embarque 4. Inspeção de Pessoas nos Pontos de Controle de Acesso às ARS destinados exclusivamente ao pessoal de serviços, tripulantes e passageiros da aviação geral 159 5. Inspeção de Pertences de Mão nos Pontos de Controle de Acesso às ARS Destinados Exclusivamente ao Pessoal de Serviços, Tripulantes e Passageiros da Aviação Geral 6. Teste no Sistema de Inspeção de Pessoas nos Pontos de Controle de Acesso de Veículos às ARS 7. Inspeção de Veículos nos Pontos de Controle de Acesso de Veículos às ARS 8. Verificação da Capacidade de Identificação de Intrusos na Área Operacional 9. Verificação da Capacidade de Identificação de Objeto Suspeito 10. Verificação de Portas Testes AVSEC - Considerações Finais Durante a aplicação dos testes AVSEC, podem ocorrer algumas situações que prejudiquem a confiabilidade do resultado, por exemplo, quando se verifica que a identidade da pessoa que está realizando o teste chegou previamente ao conhecimento da equipe que está sendo testada. Nesse tipo de situação, o teste é encerrado com resultado FRACASSADO, devendo ser realizado novamente, por outra pessoa ou pela mesma pessoa em outro momento. Durante a realização dos testes, os profissionais coordenadores e executores observam todo o ambiente operacional envolvido na atividade, de forma que motivos de eventuais reprovações possam ser mais bem percebidos e corrigidos posteriormente pelo operador de aeródromo. Aspectos relacionados à disponibilidade e condições da infraestrutura e equipamentos de segurança, bem como à composição das equipes de inspeção e procedimentos que realizam são elementos primordiais na observação do ambiente operacional. O resultado de cada protocolo de teste encerrado é formalizado em Formulário de Teste AVSEC, contendo no mínimo: a) Data de realização; b) Horário de início e encerramento; c) Nome do protocolo de teste; d) Local do aeródromo testado: e) Profissional coordenador; f) Profissional executor; g) Dispositivo de teste utilizado, quando aplicável; h) Local onde o dispositivo de teste foi portado, quando aplicável; i) Descrição (narrativa) detalhando como transcorreu o teste; j) Resultado (NÃO IDENTIFICADO e REPROVADO; IDENTIFICADO e REPROVADO; IDENTIFICADO e APROVADO; ou FRACASSADO); e k) No caso de reprovação, descrição dos elementos contributivos que podem ter acarretado o resultado, tais como, indisponibilidade ou falha de equipamentos, execução equivocada de procedimentos de inspeção e desatenção das equipes testadas. Em caso de obtenção de resultado abaixo do padrão mínimo de desempenho estabelecido pela Agência para os testes AVSEC em determinado ciclo, o operador de aeródromo adota as ações corretivas e realiza dois conjuntos de testes no clico seguinte, observando intervalo não superior a 30 (trinta) dias entre as duas atividades. (IS 107/H) O transporte dos dispositivos de testes (simulacros) nos voos da aviação comercial é comunicado ao operador aéreo, conforme canal de comunicação por ele disponibilizado, com 160 ao menos 48 (quarenta e oito) horas de antecedência ao voo e é realizado como bagagem despachada. O operador de aeródromo encaminha ao operador aéreo declaração e/ou comprovação de que os dispositivos de testes (simulacros) não são perigosos para o transporte aéreo. ❖ EXERCÍCIOS DE SEGURANÇA (SIMULADOS) – ESAIA e ESAB O operador do aeródromo desenvolve e implementa os seguintes exercícios de segurança listados abaixo, com a frequência mínima indicada no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo, observando o mínimo previsto na regulamentação. a) Exercício Simulado de Apoderamento Ilícito de Aeronave – ESAIA; b) Exercício Simulado de Ameaça de Bomba – ESAB Os exercícios de segurança são formas de treinamento para verificar a eficácia dos procedimentos de segurança, principalmente no que tange aos Planos de Contingência dos operadores aéreos e do operador de aeródromo. Os exercícios de segurança são coordenados e acompanhados por profissional(is) capacitado(s), nos termos do PNIAVSEC. 161 Para a realização do exercício de segurança, o operador de aeródromo convoca representantes dos operadores aéreos e dos órgãos públicos envolvidos nas ações de contingência para participar do exercício, informando quais são as ações esperadas de cada um deles, conforme o objetivo da atividade e o previsto nos Programas de Segurança (PSA e PSOA) e demais regulamentos aplicáveis. A convocação é realizada com no mínimo 30 (trinta) dias de antecedência da realização do exercício de segurança. Uma cópia da lista de presença dos participantes do exercício de segurança é encaminhada às entidades que participaram da atividade, em até 5 (cinco) dias úteis após o término do exercício, por meio físico ou digital. Os documentos que comprovam a convocação para o exercício e o encaminhamento da lista de presença são arquivados pelo operador de aeródromo por no mínimo 5 (cinco) anos, em formato físico ou digital. Os exercícios de segurança que possam ocasionar apreensão ou pânico, que forem utilizar objetos proibidos ou perigosos, inclusive réplicas dos mesmos, ou que forem afetar a rotina da operação aeroportuária ou das empresas aéreas, são previamente coordenados com a Polícia Federal ou com o órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeródromo. ➢ PROCESSOS DAS ATIVIDADES DE CONTROLE DE QUALIDADE AVSEC Os processos das quatro atividades de controle de qualidade (inspeção, auditoria, testes e, exercícios), possuem as mesmas etapas: 1. Planejamento; 2. Execução; 3. Confecção de relatórios; 4. Implementação de ações corretivas e monitoramento. 5. Planejamento e execução da atividade; 162 No planejamento e execução das atividades, o profissional indicado para realizar a atividade busca as orientações nos documentos do operador do aeródromo, principalmente aquelas contidas no PCQ/AVSEC, para o desenvolvimento da tarefa de forma padronizada, atendendo a parâmetros de amostragem para avaliação de requisitos, meios de investigação, dentre outros. ▪ Confecção de relatórios O operador de aeródromo elabora e mantém arquivados os relatórios das atividades de controle de qualidade que realiza. O operador de aeródromo, quando solicitado pela ANAC, encaminha à Agência cópia dos relatórios das atividades de controle de qualidade por ele realizadas, observando os prazos e formas de envio estipulados pela ANAC. ▪ Confecção de Relatórios de Auditorias e Inspeções Os relatórios de auditoria internae inspeção interna indicam, no mínimo: a) Todos os requisitos AVSEC avaliados e respectivos resultados verificados; b) No caso de inspeção interna, a justificativa para a definição do escopo da inspeção interna; c) As datas de realização das atividades; d) Nome dos profissionais executores. O checklist utilizado para condução da avaliação da atividade pode fazer parte do relatório da auditoria e da inspeção. Por meio do checklist utilizado obtêm-se indicadores de desempenho. A cada questão contida no checklist é atribuído um valor da seguinte forma: a) Valor “1”, no caso de cumprimento do requisito avaliado de forma satisfatória; b) Valor “0”, no caso de descumprimento do requisito; c) Valor “N/A – Não Aplicável”, no caso do requisito não se aplicar a operação de determinado aeródromo; e d) Valor “N/V – Não Verificado”, no caso de requisito aplicável, porém não verificado devido às circunstâncias ocorridas durante a execução da atividade, conforme declarado e explicado pelo responsável pela elaboração do relatório. 163 O operador do aeródromo mantém um banco de dados que é alimentado, ao final de cada atividade, com as respostas obtidas no checklist. Isso permite avaliar o percentual de conformidade de cada requisito e grupo de requisitos, além de mensurar o grau percentual de atendimento e conformidade em cada dependência do aeródromo (terminais de passageiros, terminais de carga, hangares da aviação geral, setor de credenciamento, áreas de embarque, entre outras). ▪ Confecção de Relatórios de Testes AVSEC O relatório de teste AVSEC é composto, no mínimo, pelos seguintes documentos: a) Formulários de Teste AVSEC, sendo 1 (um) para cada protocolo de teste realizado; b) Cópia dos Termos de Confidencialidade assinados pelos profissionais que executaram os testes; c) Tabela com a consolidação dos resultados dos protocolos realizados, indicando a porcentagem de aprovação para cada tipo de teste e o índice geral de aprovação; e d) Conclusão, com a avaliação do desempenho obtido nos testes, incluindo uma análise do resultado atual frente aos obtidos anteriormente no aeródromo, uma descrição dos elementos contributivos para as reprovações e eventuais sugestões para melhoria no desempenho futuro. O operador do aeródromo mantém um banco de dados que é alimentado ao final de cada atividade, com os resultados obtidos nos testes AVSEC. Isso permite avaliar o grau de desempenho de cada protocolo de teste ao longo do tempo, possibilitando ao operador de aeródromo priorizar esforços para otimizar as medidas de segurança que apresentam desempenho insatisfatório ou as que, mesmo ainda satisfatórias, apresentam uma tendência de queda de desempenho. ▪ Confecção de Relatórios dos Exercícios de Segurança O relatório de exercício de segurança indica, no mínimo. a) Tipo de exercício realizado (ESAIA ou ESAB); b) Data(s) de realização; c) Nome do profissional responsável pela condução da atividade; d) Nomes dos profissionais que participaram do exercício, no formato de lista de presença; e) Descrição de como o exercício se desenvolveu, incluindo os tempos de resposta de cada órgão e entidade acionada; e f) Resultados verificados e oportunidades de melhoria, como conclusão, implementação de Ações Corretivas e Monitoramento ações corretivas. O responsável pelo PCQ/AVSEC do aeródromo encaminha ao responsável pela AVSEC do aeródromo, os relatórios, elaborados pelos profissionais que executaram as atividades de controle de qualidade, contendo os resultados e conclusões dos mesmos. 164 De posse dos relatórios, o Responsável pela AVSEC do aeródromo ou sua equipe, elabora e apresenta ao responsável pelo PCQ/AVSEC, um plano de ações corretivas, contendo, no mínimo: a) Lista das não conformidades detectadas e respectivas causas; b) Ações necessárias para correção de cada não conformidade, descrevendo “o que será feito”, “quem fará”, “como fará” e “quando fará?”; c) Prazo para solução definitiva de cada não conformidade; d) Medidas mitigadoras que serão adotadas até a solução definitiva, quando necessário para garantia da segurança. Conforme as ações corretivas são implementadas, sob coordenação do responsável pela AVSEC do aeródromo, são encaminhadas ao responsável pelo PCQ/AVSEC, fotos e documentações capazes de comprovar que as não conformidades foram solucionadas. Tais comprovações são anexadas ao plano de ações corretivas. Os procedimentos previstos também são realizados para formulação e apresentação de plano de ações corretivas decorrente de atividade de controle de qualidade AVSEC realizada pela ANAC, situação na qual o prazo de envio do plano à Agência é de 30 (trinta) dias, salvo solicitação com prazo diverso. Cabe ao responsável pelo PCQ/AVSEC do aeródromo controlar os prazos estipulados no plano de ações corretivas e garantir que as não conformidades só sejam consideradas sanadas após o envio de evidências de implementação das ações corretivas planejadas. Quando necessário, o plano de ações corretivas pode ter suas ações e respectivos prazos de implementação revisados, em ação coordenada entre o responsável pela AVSEC do aeródromo e o responsável pelo PCQ/AVSEC do aeródromo. De forma padronizada, ao final de cada relatório, o Responsável pelo PCQ/AVSEC ou sua equipe, desenvolve uma avaliação de cada não conformidade apontada, identificando as causas de cada não conformidade e propõe as ações corretivas. Em sua avaliação, verifica- se se o problema é local (específico) ou sistêmico, a ponto de demandar aprimoramento mais profundo, incluindo, por exemplo, treinamentos dos funcionários ou aperfeiçoamento do PSA. Caso não seja possível a implementação imediata da ação corretiva, desenvolve-se um plano de ação contendo cronograma de desenvolvimento, detalhando cada etapa, na qual deverão ser respondidas as seguintes questões: 1. “o que será feito?”, 2. “quem fará?”, 3. “como fará?”, 4. “quando fará?”. 165 A implementação das ações corretivas é monitorada, realizando-se registros das melhorias realizadas nos processos avaliados. O processo de acompanhamento da ação corretiva é finalizado somente após a identificação de que a não conformidade foi sanada. ➢ RELATÓRIO ANUAL DAS ATIVIDADES DE CONTROLE DE QUALIDADE AVSEC E AVALIAÇÃO DE RISCO Ao final de 1 (um) ano, o operador do aeródromo, por meio do Responsável pelo PCQ/AVSEC ou sua equipe, elabora um relatório anual das atividades de controle de qualidade AVSEC, contendo a compilação e análise de todos os dados coletados durante todas as atividades realizadas ao longo do ano e das ações corretivas decorrentes. de controle de qualidade AVSEC, apresentando uma análise dos mesmos, de forma a levantar um panorama geral do operador quanto ao cumprimento do PSA e demonstrando as maiores deficiências e qualidades de seus procedimentos AVSEC. O relatório anual das atividades de controle de qualidade AVSEC contém, no mínimo, as seguintes informações referentes ao período de avaliação: a) Lista das atividades de controle de qualidade realizadas; b) Indicadores de conformidade de desempenho de cada auditoria e /inspeção/teste/exercício realizada; c) Indicadores de conformidade desempenho de cada requisito e grupo de requisitos contidos no checklist de auditorias e de inspeções; d) Indicadores de desempenho de cada conjunto de teste AVSEC realizado; e) Indicadores de desempenho de cada protocolo de teste AVSEC realizado; f) Resumo das conclusões obtidas nos exercícios de segurança, com os tempos de resposta das entidades e órgãos envolvidos; g) Número de ações corretivas planejadas no período, com indicação de quais foram concluídas e quais ainda estão em aberto, com indicação dos prazos concluídas no período para conclusão;e h)) Avaliação das informações recebidas por meio da estatística levantada através do Sistema Confidencial de Relatos, com indicação das ameaças e vulnerabilidades detectadas e das ações decorrentes tomadas pelo operador; Análise, apontando as maiores deficiências e qualidades observadas nas infraestruturas disponibilizadas e procedimentos realizados no aeródromo para garantia da segurança da aviação contra atos de interferência ilícita.. i) Concluído e elaborado pelo responsável pela AVSEC do Aeródromo, com as sugestões de ações para corrigir ou mitigar as principais ameaças e vulnerabilidades detectadas no aeródromo. 166 No relatório anual das atividades de controle de qualidade AVSEC são incluídos tanto os dados das atividades realizadas pelo operador de aeródromo quanto as atividades realizadas pela ANAC. No mínimo anualmente, o operador de aeródromo promove reunião para apresentação do relatório anual das atividades de controle de qualidade AVSEC à alta direção do operador. No caso de operadores que operam mais de um aeródromo, uma reunião pode ser realizada para apresentação dos relatórios de vários aeroportos. A ata da reunião em que foi apresentado o relatório anual é arquivada pelo operador de aeródromo, no aeródromo, em meio físico ou digital. De posse dos indicadores de desempenho o operador de aeródromo realiza uma avaliação de risco baseada no histórico de não conformidades, classificando-as frente ao padrão de atividades estabelecido. O operador do aeródromo busca aumentar o acompanhamento das áreas ou setores do aeródromo com pior desempenho avaliado. Baseado em avaliação de risco, o operador de aeródromo pode aumentar a frequência de auditorias e inspeções internas. ➢ ARQUIVAMENTO DA DOCUMENTAÇÃO O operador do aeródromo arquiva todos os registros de atividade de controle de qualidade em setor específico do aeródromo. O arquivo é realizado em forma cronológica e apresenta além dos relatórios realizados, todos os documentos decorrentes, com o objetivo de sanar as não conformidades identificadas. Toda a documentação gerada no âmbito da condução das atividades de controle de qualidade, em especial os relatórios das atividades de controle de qualidade, os relatórios anuais e os planos de ações corretivas, são arquivados por prazo mínimo de 5 (cinco) anos, em formato físico ou digital. Os relatos e informações recebidos pelo operador de aeródromo por meio do sistema confidencial de relatos, bem como as ações decorrentes implementadas pelo operador de aeródromo, são documentados e arquivados por prazo mínimo de 2 (dois) anos, em formato físico ou digital. Quaisquer informações que derivem das atividades de controle de qualidade AVSEC, tais como relatórios e resultados de testes, que contenham dados reais sobre a segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita, são tratadas pelo operador de aeródromo como informação restrita de AVSEC, de forma a prevenir sua divulgação indevida. 167 MÓDULO 13 – SELEÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA DESEMPENHO DE ATIVIDADE AVSEC OBJETIVOS • Identificar os passos para recrutar, selecionar e treinar novos funcionários; • Relacionar as fases do treinamento AVSEC. ❖ RECRUTANDO NOVOS FUNCIONÁRIOS ➢ Processo de recrutamento Podemos identificar a interdependência que existe entre o subsistema de Recrutamento e Seleção, pois para que a seleção obtenha sucesso e auxilie a empresa em busca do diferencial competitivo que hoje são as pessoas e o capital intelectual, é necessário que o processo de recrutamento seja feito corretamente e através de técnicas eficientes e eficazes. Um adequado planejamento de pessoal pensando a curto, médio e longo prazo nos aspectos quantitativos e qualitativos da mão- de-obra necessária nos fornecerá informações e quais são as prioridades a serem cumpridas. Após a análise da descrição de cargos e se definir o perfil do candidato ideal para o preenchimento da vaga, iremos realizar o recrutamento. O referido processo consiste em atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. Portanto podemos dizer que o recrutamento é a porta de entrada de todo e qualquer funcionário Uma vez que as atividades propostas estão vinculadas ao segmento AVSEC, é importante observar o perfil e capacidade, verificação da maioridade penal e avaliação de antecedentes. É importante a interação entre o Gestor Responsável pela vaga aberta e o departamento de Recursos Humanos, pois é indispensável o vínculo para elaboração do perfil desejado à vaga. Podemos dizer que há diversos meios para se realizar o recrutamento, exemplos: 168 • Recrutamento dentro da empresa; • Cartazes; • Recomendação; • Pessoal dispensado; • Agências; • Associações e Sindicados da categoria; • Anúncios; • Headhunters (caça-talentos); e • Internet. ❖ IDENTIFICANDO AS FUNÇÕES A organização com responsabilidade AVSEC deve garantir que o profissional que desempenhe atividade AVSEC em seu benefício possua a proficiência na execução das atividades AVSEC previstas no Apêndice A do RBAC 110. A proficiência compreende a certificação válida, que habilita o profissional para o desempenho das atividades AVSEC em conformidade com o RBAC 110, e a execução de procedimentos conforme regulamentos da ANAC e programas de segurança específicos. A organização com responsabilidade AVSEC deve implementar controle para garantir a certificação dos profissionais que desempenhem atividade em seu benefício. Os profissionais AVSEC são capacitados para o desempenho de suas funções conforme requisitos do RBAC 110. As certificações em cursos AVSEC habilitam o profissional a realizar as atividades listadas na tabela do Apêndice A deste Regulamento. Para desempenhá-las em território brasileiro ou em espaço aéreo sobre este território, o profissional deve possuir, pelo menos, uma das certificações da tabela correspondente à atividade que pretende exercer. São cursos na área de segurança da aviação civil: • AVSEC para atendimento ao passageiro; • AVSEC para carga aérea; • AVSEC para operações de solo; • AVSEC para tripulantes; • AVSEC para vigilantes; • Básico AVSEC; • Inspeção de segurança da aviação civil; • AVSEC para operador aéreo; • AVSEC para operador de aeródromo; e • Instrutor AVSEC. 169 (1) As certificações que requerem outro curso como pré-requisito constam no Apêndice B do RBAC 110; (2) Adicionalmente, para as atividades de inspeção ou verificação de aeronaves, o operador aéreo deve prover ao profissional apresentação das características de suas aeronaves; (3) Devem ser observadas demais exigências normativas e capacitações específicas para desempenho das atividades previstas no Apêndice B do RBAC 110. Quer saber mais sobre o assunto? Consulte na íntegra o RBAC 110 no sitio eletrônico da ANAC em: http://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e- rbac/rbac/rbac-110-emd-00 ❖ OBJETIVOS DA DESCRIÇÃO DE TRABALHO DO PESSOAL DE SEGURANÇA Regras e requisitos emitidos pelo gestor, para assegurar o desempenho de uma função específica de segurança, em conformidade com os requisitos estabelecidos pelas normativas, de maneira a alcançar o objetivo que a função requer. Descrições de trabalho são úteis para se ter em mãos durante as entrevistas, e elas devem estar sempre ligadas aos procedimentos descritos na normativa vigente. O objetivo é que os funcionários tenham uma ideia clara sobre o que é esperado deles. Alguns aspectos devem ser levados em conta no momento de descrever a uma determinada função, como exemplo: • Qual o nível de instrução mínima necessária para ocupar este cargo? • Que outros conhecimentossão necessários para realização deste trabalho? • Qual tempo mínimo de experiência que alguém com nível de instrução indicado anteriormente necessitam para desempenhar satisfatoriamente as tarefas do cargo? • Quais as tarefas mais complexas que são desempenhadas neste cargo? • É supervisionado por alguém? E como é quem supervisiona o seu trabalho? • Essa função tem acesso a documentos ou dados confidenciais? • Quais os prováveis erros que podem ser cometidos na função? • Quais as máquinas ou equipamentos que é utilizado para realizar a função? 170 • Quais os fatores existentes no ambiente de trabalho que interferem na execução das tarefas? • Qual é o maior e o menor esforço exigido no cargo? • O trabalho exige esforço visual? • O trabalho exige esforço mental? Os recursos apresentados nas descrições de trabalho tanto feitos em uma entrevista ou com um questionário é essencial para modificar, redesenhar as funções, sendo possível capacitar as pessoas para atribuir novas responsabilidades com autonomia, liberdade e para dar novas ideias dentro de um consenso de objetivos em ambas as partes. Isso vai propiciar alto índice de qualidade no trabalho, pois as pessoas se adequarão a um ambiente favorável, dando valor ao trabalho e conhecendo os seus desempenhos para ajustar conforme as mudanças. Referência: CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. ❖ TERCEIRIZAÇÃO E AS REGRAS DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ➢ Serviços Terceirizados – É a contratação de serviços por meio de empresa intermediária/interposta entre o tomador de serviços e a mão-de-obra, mediante contrato de prestação de serviços, e não diretamente com o contratante (tomador) destes. Para atividades de aviação, as empresas prestadoras de serviços devem contemplar e atender disposições da ANAC. São denominadas ESATA (Empresa de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo). Trata-se de um procedimento administrativo que possibilita estabelecer um processo gerenciado de transferência a terceiros, da atividade-meio da empresa, permitindo a esta concentrar-se na sua atividade principal. A terceirização pode ser aplicada em todas as áreas da empresa definida como atividade-início, meio, e fim, por exemplo: • Serviços de alimentação, serviços de conservação e limpeza, serviços de segurança, serviços de manutenção etc. ➢ Vantagens da terceirização 171 • Especialização dos serviços; • Maior competitividade; • Melhor qualidade de serviços; • Maior atenção à gestão de custos; • Flexibilidade na substituição de funcionários; • Concentração de esforços na atividade-fim; • Simplifica a estrutura organizacional. ➢ Fatores restritivos da terceirização • Conforme a região há dificuldade em encontrar o parceiro ideal; • Há expectativas quanto à qualidade; • Dificuldade no relacionamento com os Sindicatos; • Problemas com o corpo funcional; • Desconhecimento da legislação específica; • Descumprimento da legislação trabalhista. ❖ ETAPAS DO PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO ➢ Modalidades de escolha: 1. Em caso de tomador de serviço vinculado a administração pública, deve-se utilizar das modalidades de licitação para contratação de serviços terceirizados: • Concorrência; • Tomada de preço; • Convite; • Concurso; • Pregão. 172 2. Uma vez que o tomador de serviço seja integrante da iniciativa privada, ele terá a liberdade de contratação direta dos serviços terceirizados, tomando como base de decisão um dos aspectos: • Carta convite (melhor preço); • Referência de mercado; • Indicação; • Exclusividade de serviço. ➢ Planejamento • Como primeira etapa do processo de terceirização deve-se avaliar o objeto a ser contratado, a quantidade de serviços (postos de trabalho) que serão necessários para o cumprimento do objetivo proposto e a consulta à legislação vigente que esclarece sobre o que pode efetivamente ser terceirizado. ➢ Licitação dos serviços – Para contratar os serviços: • Elaborar projeto básico que deve ser claro quanto aos serviços que serão contratados; • Especificar os postos de trabalho (cargos) e locais onde serão prestados os serviços; • Especificar claramente os requisitos necessários que os funcionários alocados devam ter para exercerem as atividades propostas (qualificações profissionais); • Definir as atividades (descrição dos serviços) de cada posto de trabalho (atividades diárias; semanais, mensais, semestrais); • Adotar critérios de avaliação da qualidade dos serviços prestados, fazendo constar no edital ou caderno de especificação técnica, a forma e a periodicidade com que serão realizadas as vistorias; • Definir quem será o gestor do contrato firmado, que terá a responsabilidade de fiscalizar os serviços contratados; e estimar o valor da contratação; • Estimar o valor da contratação. ➢ Contratação • O contrato a ser firmado deve estar de acordo com as disposições integrantes no edital ou caderno de especificação técnica e na proposta da contratada; • É o instrumento que o tomador de serviço utiliza para acompanhar e fiscalizar a execução dos contratos firmados, uma das etapas mais importantes. ➢ Fiscalização 173 • É importante que a execução do contrato seja acompanhada e fiscalizada por um representante do tomador de serviço, que deverá ser especialmente e formalmente designado como gestor/fiscal; • A indicação deve recair sobre aquele que detenha maior experiência técnica relacionada com o objeto da contratação; • O tomador de serviço deverá designar formalmente o preposto que será o responsável pelo controle efetivo dos funcionários terceirizados, deverá resolver os problemas detectados no andamento dos serviços e apresentar as soluções; • Caberá ao gestor/fiscal do contrato, quando detectar qualquer problema na prestação dos serviços, registrar em formulário específico as ocorrências e comunicar ao preposto da contratada para que este tome as providências necessárias. ➢ Rescisão contratual • O contrato firmado estabelecerá cláusulas que determinarão penalidades ou rescisão contratual, uma vez descumprida suas obrigações estabelecidas tanto para o prestador como para o tomador dos serviços. ❖ PROCESSOS DE SELEÇÃO E COMPORTAMENTOS ESPERADOS Para a escolha dos profissionais que irão desempenhar as atividades AVSEC o operador de aeródromo garante a realização de processo de seleção que contempla: 174 a) Verificação de perfil e capacidade para o desempenho das atividades AVSEC, de acordo com as atividades elencadas do Apêndice A do PNIAVSEC que é realizado conforme descrito no Formulário de Dados AVSEC do Aeródromo. b) Verificação da maioridade penal, por meio da apresentação de documento de identificação válido, com fotografia, data de nascimento e que possua fé pública. c) Avaliação de antecedentes, que inclui a verificação da identidade, da experiência prévia e dos antecedentes criminais, com o objetivo de avaliar a idoneidade de um indivíduo para implementação de controle de segurança e para acesso desacompanhado às áreas restritas de segurança do aeródromo. d) Avaliação de saúde física e mental para o desempenho pleno das atividades AVSEC, comprovada por meio de exame médico. (atualizados a cada 24 meses) O operador do aeródromo arquiva a documentação dos profissionais orgânicos e terceirizados. Os arquivos dos profissionais terceirizados podem ser mantidos nas instalações da empresa terceirizada. O arquivo é mantido de forma física ou digital. ➢ COMPORTAMENTOS ESPERADOS Durante a avaliação quanto ao aprimoramento doprofissional para identificação de ameaças com relação à capacidade de detecção de ameaças nas horas/aula destinadas às simulações, considere os seguintes parâmetros comportamentais: Usar corretamente os equipamentos de segurança; Operar o equipamento de raios-X; Aplicar com destreza os procedimentos de busca pessoal; Demonstrar capacidade de controle de fluxo de pessoas; Demonstrar habilidade no trato com o público; Identificar tentativas de evasão da inspeção ou comportamentos suspeitos; Verificar a conformidade das credenciais, da documentação legal do veículo e da carga, quando aplicável; e Empregar medidas de supervisão e monitoramento dos procedimentos de segurança. ➢ VERIFICAÇÃO DE ANTECEDENTES: REGISTROS CRIMINAIS, VERIFICAÇÃO DE TRABALHOS ANTERIORES, BOAS REFERÊNCIAS, PERFIL ADEQUADO. 175 Os antecedentes criminais a serem apresentados devem ser os mesmos exigidos pela norma vigente sobre credenciamento nos aeroportos brasileiros. Durante a validação da documentação recebida pelo candidato, o operador de aeródromo deve verificar se os antecedentes criminais apresentam os mesmos dados de identidade do referido candidato. Caso haja disponibilidade de consulta pela internet quanto à certificação dos antecedentes apresentados, o operador de aeródromo também as confere por esse meio. O operador de aeródromo analisa os antecedentes criminais do candidato e caso haja indicação de algum desvio de conduta, avalia se esse histórico pode comprometer as atividades a serem desempenhadas na empresa em caso de reincidência futura, sendo este fator preponderante no processo de escolha de candidato. O objetivo também é de avaliar a idoneidade de um indivíduo para implementação de controle de segurança e para acesso desacompanhado a uma área restrita de segurança. Durante a análise de currículo e demais documentos apresentados pelo candidato, os pontos relevantes que auxiliam no balizamento das decisões, são os seguintes: • Verificação de trabalhos anteriores: visa identificar possíveis competências e habilidades prévias adquiridas, bem como o motivo de sua saída das organizações. • Boas referências: tal manifestação dará recomendações positivas ou não sobre seu desempenho e capacidades; Contar com bons funcionários não é uma tarefa fácil, um dos elementos chave do processo de seleção é a interação do setor de RH e a área requisitante. Embora o mercado ofereça cada vez mais pessoas com boa formação técnica, isso nem sempre quer dizer que o indivíduo se encaixará perfeitamente nas características buscadas. Não existe um modelo de profissional perfeito, que irá sempre fazer tudo corretamente e conforme o esperado. Porém, cada empresa consegue definir, a partir de sua cultura, de seus objetivos e costumes, qual o tipo de funcionário vai melhor se adaptar ao que é esperado e, como resultado, trará bons rendimentos. São diversas as questões que precisam ser levadas em conta na hora de buscar esse profissional, e a contratação precisa estar adequada, com um processo seletivo que leve em conta tanto a missão e os valores da organização, quanto as necessidades de formação técnica e experiência que esse funcionário precisa oferecer para integrar a equipe. 176 Para isso, é essencial que os profissionais de RH identifiquem valores pessoais e organizacionais para não correr o risco de contratar um talento cujos objetivos estejam completamente desalinhados com a cultura da empresa e o do segmento. Quando esse serviço não é bem feito, corre-se o risco de contratar uma pessoa e descobrir na rotina diária que ela não tem condições de integrar a equipe, culminando em um processo de demissão que provavelmente será dispendioso e estressante para todas as partes. O perfil ideal de funcionário geralmente é aquele que busca crescimento na carreira, interesse em constantes melhorias e alta capacidade de manter contato com pessoas mais experientes na sua área de atuação. Esse deve também buscar feedbacks, se interessar pelas atividades e absorver tanto observações positivas quanto negativas, sem deixar que isso abale sua atuação. Individualismo, ausência de caráter, pouco caso, falta de ética e espírito de equipe, bem como pouca visão de negócio, são adjetivos que nenhuma empresa deseja para seu quadro e devem ser eliminatórias em qualquer processo de seleção. Para tanto no segmento AVSEC desejamos encontrar nesses profissionais o seguinte perfil, respeitando os cargos a serem ocupados: • Atitude; • Comprometimento; • Conhecimento; • Dedicação; • Desenvolvimento; • Equilíbrio; • Ética; • Liderança; e • Respeito. 177 ❖ TREINAMENTO AVSEC: OBJETIVOS, IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE SEGURANÇA, METODOLOGIA DE TREINAMENTO, DESENVOLVENDO UM PROGRAMA DE TREINAMENTO AVSEC O treinamento AVSEC tem como objetivos: • Salvaguardar e proteger as pessoas e as instalações contra atos de interferência ilícita, bem como gerenciar situações de risco ou ameaça à segurança da aviação civil; • Atender às normas ditadas pelo ordenamento jurídico interno, bem como as recomendações pela OACI, referentes à capacitação dos profissionais que exercem as atividades de proteção da aviação civil contra atos de interferência ilícita, para que sejam devidamente qualificados e venham a possuir os pré-requisitos mínimos necessários para desempenhar as diferentes atividades do sistema; e • Servir como ferramenta essencial para a implantação de um sistema brasileiro de capacitação adequado, considerando as atividades operacionais desenvolvidas nos aeroportos e nos operadores aéreos. A Segurança da Aviação Civil (AVSEC) visa, essencialmente, proporcionar ao usuário do transporte aéreo a confiança e a credibilidade necessárias ao desenvolvimento deste importante segmento da economia nacional, com a aplicação de medidas preventivas através de equipamentos adequados e pessoas devidamente capacitadas. O Treinamento é definido pelo Programa Nacional de Instrução AVSEC, o qual está vinculado aos objetivos nacionais, onde são identificadas as necessidades e responsabilidades dos efetivos participantes de sua estruturação, visando a elaboração de materiais específicos para cada cargo em atividade na AVSEC. A palavra “metodologia de treinamento” está voltada para a área de ensino e procura descrever os melhores métodos e técnicas para que o ensino-aprendizagem possa ser desenvolvido com maior qualidade e motivação. A metodologia de treinamento é a forma estruturada para o desenvolvimento de treinamentos específicos que garantam a eficácia de seus resultados. Já as principais técnicas de treinamento são o Estudo de Caso e Estudo Dirigido, ligadas ao domínio cognitivo; a Imitação, a Manipulação, a Articulação, a Precisão e a Naturalização, ligadas ao domínio psicomotor; a Recepção, a Resposta, a Valorização, a Organização e a Caracterização, ligadas ao domínio afetivo. 178 Há técnicas específicas para um conjunto de domínios da aprendizagem, como por exemplo as visitas técnicas e estágios, que trabalham tanto o domínio psicomotor, quanto o afetivo e os projetos e pesquisas, que trabalham os três domínios (cognitivo, psicomotor e afetivo). Os métodos de treinamento podem ser aplicados a todas as áreas tendo conceitos específicos para as diversas ciências em particular. Já as técnicas de treinamento estão relacionadas sempre com a prática, ação em que o objetivo é a compreensão do treinamento. ➢ PLANO DE INSTRUÇÃO AVSEC (PIAVSEC) As organizações com responsabilidade AVSEC são responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção dos respectivos Planos de Instrução que poderão fazer parte dos seus programas de segurançaespecíficos. A ANAC aprovará os PIAVSEC durante a avaliação dos programas de segurança específicos de cada ente do sistema da aviação civil. ▪ Objetivos do PNIAVSEC - Garantir a qualificação dos profissionais que desempenham atividades relacionadas à segurança da aviação civil para assegurar a correta aplicação do Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita (PNAVSEC). - Manter meios de avaliação da atuação dos profissionais que desempenham atividade AVSEC de forma a garantir que os procedimentos de segurança sejam executados conforme o previsto. - Este Programa contempla todos os profissionais que realizam atividade AVSEC em benefício do operador do aeródromo, sejam contratados de forma direta ou indireta. • Conteúdo programático e grade curricular O operador do aeródromo controla a certificação de seus profissionais, garantindo que eles façam treinamento em centro de instrução que possuem conteúdo programático de acordo PNIAVSEC e com os critérios do operador. Ressalta-se que o operador pode solicitar alteração do conteúdo programático para melhor alinhamento com os objetivos da gestão de segurança no momento de direcionar o treinamento dos profissionais. 179 • Responsabilidades e procedimentos de reciclagem O operador do aeródromo garante a reciclagem de todos os profissionais que desempenham atividade em seu benefício e que não demonstrem proficiência durante a atividade de fiscalização ou de controle de qualidade realizada pelo próprio operador ou pela ANAC. As ações de reciclagem são formalizadas por meio de Relatório de Reciclagem, consta no anexo 1 do PIAVSEC, que apresenta um resumo das atividades realizadas e a lista de presença dos participantes. Após a realização da atividade de reciclagem, o operador realiza novas avaliações no profissional, sem avisar e de forma discreta, em quantidade suficiente para garantir as fragilidades identificadas foram sanadas. • Treinamento em serviço O Operador do aeródromo garante um treinamento em serviço para obtenção da certificação em Inspeção em Segurança da Aviação Civil, a todos os profissionais que desempenham atividade AVSEC em suas instalações. Um profissional responsável e com certificação válida em Inspeção de Segurança da Aviação Civil, AVSEC para operador de aeródromo ou AVSEC para operador aéreo é designado para realizar o acompanhamento e a avaliação desta etapa da certificação dos profissionais. Na indicação do profissional é levado em consideração: a) Experiência em AVSEC; b) Disponibilidade de horário para acompanhamento; c) Capacidade de comunicação e disseminação de conhecimento. O profissional responsável pode fazer avaliações prévias do desempenho do profissional em treinamento, apresentando feedback do trabalho desenvolvido para que o profissional em treinamento tenha a oportunidade de melhorar seu desempenho. 1ª ETAPA: Após a efetivação da matrícula, a primeira etapa do curso de formação é realizada pelo Centro de Instrução, ao ministrar as aulas do curso, composto por, no mínimo, 20 horas-aula de atividade teórica e 16 horas-aula de atividade prática de inspeção. Os critérios de aprovação nesta primeira etapa são: 1. Frequência mínima de 80% da carga horária do curso; e 2. Nota mínima de 70% na avaliação teórica O aluno que atender aos critérios de aprovação da primeira etapa, receberá do centro de instrução uma “Declaração de Encaminhamento de Aluno para Treinamento em Serviço “. 180 Então, o aluno entregará essa declaração à organização que lhe contratar, para dar continuidade ao seu processo de certificação 2ª ETAPA (TREINAMENTO EM SERVIÇO) O Treinamento em Serviço somente pode se iniciar após o aluno/profissional comprovar, por meio da declaração emitida pelo centro de instrução, que atendeu aos dois critérios de aprovação da primeira etapa do curso de formação. Após receber a declaração, o aluno/profissional possui o prazo máximo de 12 (doze) meses para ser contratado, apresentar a declaração ao contratante e concluir o Treinamento em Serviço. A partir da contratação, o Treinamento em Serviço é iniciado e concluído durante os 30 (trinta) primeiros dias de trabalho efetivo do aluno/profissional. No término do treinamento em Serviço, a organização contratante (operador aéreo ou aeroportuário) entregará ao aluno/profissional a Guia de Encaminhamento (Parte 2 da Ficha de Avaliação de Treinamento em Serviço), indicando o resultado da avaliação (apto ou não apto). Essa entrega ocorrerá no prazo máximo de 10 dias após o término do Treinamento em Serviço. Atenção! A formalização do resultado do processo de certificação no curso de Formação em Inspeção de Segurança da Aviação Civil ocorre somente após a entrega da Guia de Encaminhamento ao centro de instrução AVSEC que iniciou o processo. O treinamento em serviço é composto pelas seguintes atividades: - Orientação da atuação do profissional para adequar seus procedimentos ao previsto nos regulamentos da ANAC ou no PSA; - Aprimoramento do profissional para identificação de ameaças, utilizando-se de no mínimo 12 (doze) horas-aula de simulações de ameaças, conforme método informado no Formulário de Dados AVSEC; e - Aprimoramento do profissional para identificação de ameaças, utilizando-se de no mínimo 20 (vinte) testes aleatórios. No treinamento em serviço, o operador do aeródromo faz uso da ficha de avaliação contida no anexo 2 do PIAVSEC. • Responsabilidades e procedimentos relativos ao nível de sigilo, arquivo e guarda dos registros - Manter registo em arquivo, por no mínimo, 5 (cinco) anos, dos seguintes documentos: a. Registro de frequência e descrição das atividades de reciclagem b. Declarações emitidas por centro de instrução que contenham os alunos aprovados em curso de formação em inspeção de segurança da aviação civil, habilitando-os para o início do treinamento em serviço; c. Fichas de avaliação dos treinamentos em serviço realizados 181 Referências normativas: Decreto 7.168 - Programa Nacional de Instrução em Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita - PNIAVSEC. Resolução nº 167 de 17/08/2010 - Estabelece diretrizes para o gerenciamento de risco à Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita (AVSEC) pela ANAC Resolução nº 515 de 08/05/2019 - Dispõe sobre os procedimentos de inspeção de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita nos aeroportos e dá outras providências. Resolução nº 400 de 14/12/2016 – Dispõe sobre as Condições Gerais de Transporte Aéreo Portaria Nº 1155/SIA, de 15 de maio de 2015 - Dispõe sobre os procedimentos diferenciados de inspeção de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita a serem aplicados nos canais de inspeção dos aeroportos brasileiros. RBAC 107 Emenda 06 - Segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita – Operador de aeródromo. RBAC 108 Emenda 04 - Segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita - Operador aéreo. RBAC 110 - Programa Nacional de Instrução em Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita - PNIAVSEC. IS 107-001 F - Segurança da aviação contra atos de interferência ilícita – operador de aeródromo IS 108-001 E - Programa de Segurança do Operador Aéreo (PSOA) IS 110-001A - Processo de autorização de centros de instrução e Manual de Procedimentos do Centro de Instrução (MPCI). Resolução 461 de 25 de janeiro de 2018– Procedimentos para Embarque de Passageiros Armados Manual – Gerenciamento do comportamento indisciplinado de 04 de novembro de 2019 Este material foi produzido por: Tatiane Pastre (CPF nº 220.XXX.XXX-19)Responsável Técnico Conclusão Edição: 5ª Revisão: 01/10/2019 Atualização: 06/01/2020 Atualização: 25/05/2020 Revisão: 20/01/2021 Revisão:01/08/2022