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Normas da Série ISO 14000

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DESCRIÇÃO
Fundamentos e histórico das normas da série ISO 14000, descrevendo as principais normas e
a relação entre a Norma ISO 9001 e a Norma ISO 14001 do Sistema de Gestão.
PROPÓSITO
Conhecer a série NBR ISO 14000, adotada pela ABNT, que fornece diretrizes para a Gestão
Ambiental em organizações públicas e/ou privadas. Essa série de normas refere-se ao Sistema
de Gestão Ambiental ‒ SGA e permite a busca do equilíbrio entre a proteção ambiental e as
necessidades econômicas e sociais, permitindo que a organização elabore políticas e
estabeleça metas e objetivos que considerem os requisitos legais e os impactos ambientais
produzidos por ela.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever os fundamentos e o histórico da série ISO 14000
MÓDULO 2
Descrever as principais normas de um Sistema de Gestão Ambiental
MÓDULO 3
Identificar a relação entre a Norma ISO 9001 e a Norma ISO 14001
BEM-VINDO AO ESTUDO DAS NORMAS DA
SÉRIE ISO 14000
MÓDULO 1
 Descrever os fundamentos e o histórico da série ISO 14000
FUNDAMENTOS E HISTÓRICO DA SÉRIE
ISO 14000
INÍCIO DA ORGANIZAÇÃO ISO
A International Organization for Standardization (ISO) é uma organização internacional, não
governamental, independente, sediada em Genebra, na Suíça, e hoje presente em cerca de
165 países, que foi criada em 23 de fevereiro de 1947, com o objetivo de ser o fórum
internacional de normalização. De acordo com a fonte iso.org, essa organização reúne
especialistas para compartilhar conhecimento e desenvolver normas internacionais voluntárias,
baseadas no consenso e relevantes para o mercado, que apoiam a inovação e fornecem
soluções para os desafios globais.
 SAIBA MAIS
A sigla “ISO” foi originada da palavra isonomia, que é sinônimo de igualdade e cujo objetivo é a
padronização do gerenciamento do sistema da qualidade, visando a sua unificação de forma
universal.
A organização, que, posteriormente, tornou-se conhecida como ISO, começou, de fato, em
1926, como a Federação Internacional das Associações Nacionais de Padronização (ISA), cujo
objetivo era criar padrões no campo da engenharia mecânica, sendo disseminada durante a
Segunda Guerra Mundial.
CRIAÇÃO DA ISO 9000
A princípio, a ISO ficava restrita ao desenvolvimento de normas técnicas específicas, como, por
exemplo, para o padrão do tamanho de parafusos e roscas, para o formato das folhas de
papel, entre outros. Foi somente em 1979, na Inglaterra, que o British Standard Institution (BSI)
elaborou uma norma relacionada à qualidade, que foi a BS 5750.
DIVERSOS PAÍSES PASSARAM, A PARTIR DAÍ, A CRIAR AS
SUAS PRÓPRIAS NORMAS RELACIONADAS À QUALIDADE.
ISSO, PORÉM, GERAVA INÚMEROS PROBLEMAS PARA AS
EMPRESAS QUE TRABALHAM COM EXPORTAÇÃO, VISTO
QUE ERAM DIFERENTES NORMAS TRATANDO DE UM MESMO
ASSUNTO, GERANDO BARREIRAS TÉCNICAS PARA A
REALIZAÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL.
Em virtude dessa dificuldade, a ISO criou o Comitê Técnico 176, que elaborou, então, uma
série de normas relacionadas à qualidade que foram denominadas de ISO 9000. Devido ao
grande sucesso e aceitação da ISO 9000, começaram a ser elaboradas diversas outras
normas direcionadas ao gerenciamento da qualidade da água, do ar etc.
NORMA BS-7750
Em 1992, o British Standard Institution (BSI), que foi pioneiro na elaboração das normas sobre
Sistema de Gestão Ambiental, criou a norma BS-7750. O objetivo dessa norma era servir de
ferramenta para verificar e garantir que os efeitos das atividades e serviços de uma certa
organização se encontrassem de acordo com a ideia de proteção ambiental.
Para que os objetivos da BS-7750 fossem alcançados, foram especificados os elementos
essenciais de um sistema de gestão ambiental a serem utilizados por empresas,
independentemente do seu ramo de atividade e do seu tamanho.
Segundo Braga (2007), a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), com base
na Norma BS-7750, deveria contemplar:
Comprometimento da alta administração
Revisão inicial
Política ambiental
Organização e pessoal
Avaliação e registro dos efeitos
Identificação da legislação aplicável
Objetivos e metas
Programa de gerenciamento
Manual de gerenciamento
Controle operacional
Registros
Auditorias
Revisão
Entretanto, a criação da BS-7750 levou, mais uma vez, diversos países a criarem suas próprias
normas com o mesmo objetivo e, em razão dessa situação, a ISO decidiu analisar a
diversidade dessas normas e quais eram os impactos provocados pelas mesmas no comércio
exterior, criando, inicialmente, um grupo de assessoria chamado Strategic Advisory Group on
the Environment (SAGE). Esse grupo, então, recomendou a criação de um comitê técnico
específico para a elaboração de normas relacionadas à Gestão Ambiental, o Comitê Técnico
207 (TC 207). Assim, em 1993, surgiu o TC - 207, composto por 30 países-membros, entre
eles, o Brasil, além de 14 países observadores.
CRIAÇÃO DA ISO 14000
O comitê 207 editou no ano de 1996 as primeiras normas da série ISO 14000. A ISO 14001 e a
ISO 14004, relacionadas à Gestão Ambiental, sendo a ISO 14001, a única norma certificável. A
partir desse período, outras normas foram elaboradas sobre diversos temas, como, por
exemplo, auditoria e rotulagem ambiental, e avaliação do ciclo do produto, todas tendo como
referência o ciclo Plan-Do-Check-Act (PDCA).
O OBJETIVO GERAL DA ISO 14000 É DAR ASSISTÊNCIA ÀS
ORGANIZAÇÕES NA IMPLANTAÇÃO OU NO APRIMORAMENTO
DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA). ELA É
CONSISTENTE COM A META DE “DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL” E É COMPATÍVEL COM DIFERENTES
ESTRUTURAS CULTURAIS, SOCIAIS E ORGANIZACIONAIS.
Ela Fornece ajuda às organizações no processo de efetivamente iniciar, aprimorar e sustentar
o Sistema de Gestão Ambiental, que são processos essenciais para a capacidade de dada
organização em se antecipar e atender às crescentes expectativas relacionadas ao
desempenho ambiental, assegurando a conformidade não só com os requerimentos nacionais,
mas também com os internacionais.
 RESUMINDO
Podemos dizer que a ISO 14000 define de que modo uma organização conseguirá integrar
suas atividades e serviços com as considerações ambientais.
Também podemos dizer que se trata de um conjunto de padrões, guias e relatórios técnicos
voluntários relacionados à Gestão Ambiental, que se concentram de forma específica em
sistemas de Gestão Ambiental, produtos, serviços e práticas operacionais.
Vale a pena ressaltar que todas as normas referentes à gestão são autônomas. Isso quer dizer
que podem ser implementadas de maneira isolada. Porém, a experiência com a
implementação tem demonstrado que os melhores resultados são obtidos quando as normas
são usadas de maneira articulada.
 VOCÊ SABIA
O aceite das normas pelos países não é obrigatório. Ao contrário, é voluntário.
Nos âmbitos locais, regionais e nacionais, as leis cumprem um papel fundamental, porém,
quando estão em jogo as relações comerciais internacionais, essas mesmas leis não são
válidas, o que pode restringir e criar barreiras ao comércio exterior. Essa se constitui em umas
das principais razões pelas quais é tão importante para dada organização a normalização.
A ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, é o órgão responsável pela normalização
ambiental no Brasil. Em 1999, a ABNT criou o Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental
(ABNT/CB-38), com uma estrutura bastante parecida com a estrutura do comitê técnico de
Gestão Ambiental da ISO (ISO/TC 207). Fato importante é que esse comitê é aberto à
contribuição de todos os interessados na formulação dessas normas, sendo a sua tarefa a
participação em reuniões com grupos internacionais para o desenvolvimento das normas da
ISO, representando os interesses do Brasil, em especial, das grandes organizações.
 SAIBA MAIS
Esse comitê também foi responsável por traduzir e adaptar para a realidade brasileira as
normas da ISO, nascendo, assim, as normas NBR-ISO.
Desde a sua publicação, mais de 14.000 organizações de 84 países já se adequaram às regras
da ISO, sendo o Brasil o país da AméricaLatina com maior número de certificados ambientais
em conformidade com a NBR ISO 14001 (ALTINO, 2007 apud CAMPOS et al., 2009).
As normas da série ISO passam por revisões em ciclos regulares, que podem ser a cada cinco
ou dez anos, veja:

1999
Teve início o processo de revisão da ISO 14.000.
2004
A ISO 14000 foi revisada pelo Comitê Técnico 207 (TC 207) e foram consultadas as partes que
tinham interesse e constituíam a base das alterações feitas em relação à versão anterior na
norma.


2005
A versão revisada entrou em vigor, incluindo na norma uma definição mais abrangente no que
se refere à prevenção da poluição.
Nesse ponto do nosso estudo, torna-se importante relembrar o significado da prevenção à
poluição. Segundo Duncan (1994), o conceito de prevenção da poluição pode ser definido
como qualquer prática que reduz a quantidade de impacto ambiental e na saúde de qualquer
poluente antes da sua reciclagem, tratamento e disposição final, incluindo modificação de
equipamentos ou tecnologias, reformulação ou redesign de produtos, substituição de matérias-
primas e melhoria organizacional, treinamento ou controle de inventário.
CABE AQUI DESTACAR QUE O OBJETIVO MAIOR DE TODA E
QUALQUER INICIATIVA DE PREVENÇÃO À POLUIÇÃO É
DIMINUIR OS IMPACTOS AMBIENTAIS AGREGADOS AO CICLO
DE VIDA DE UM DETERMINADO PRODUTO. DESSA FORMA, A
REVISÃO FEITA NA ISO EM 2004 É VISTA POR MUITOS
ESTUDIOSOS DO ASSUNTO COMO UM ENORME AVANÇO.
A ISO 14000 é formada por um conjunto ou série de normas que determinam as diretrizes a
serem seguidas a fim de que uma determinada organização, seja ela pública ou privada,
pratique Gestão Ambiental. As normas dessa série, além de se preocuparem com as questões
relacionadas ao desenvolvimento sustentável, também têm como objetivo permitir uma
competição mais equânime entre as empresas que atuam no comércio internacional.
Esse conjunto ou série é formado por várias normas, podendo destacar algumas como:
ISO 14001
Trata do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), sendo direcionada à certificação por terceiras
partes.
ISO 14004
Fornece diretrizes sobre Sistemas e Técnicas de Suporte, sendo destinada ao uso interno da
empresa.
ISO 14010 E 14011
Indicam princípios gerais sobre auditorias ambientais aplicáveis a todos os exames de auditoria
ambiental. São elas que asseguram credibilidade a todo processo de certificação ambiental,
visando às auditorias de terceiras partes.
ISO 14012
Define critérios fundamentais para qualificar auditores.
ISO 14013
Guia a revisão da certificação.
ISO 14014
Direciona a revisão inicial em todos os Sistemas de Gestão Ambiental.
ISO 14015
Reúne os critérios necessários para uma avaliação do local.
ISO 14020
Atua na rotulagem das embalagens e indica os impactos ambientais.
ISO 14031
Trata do Desempenho Ambiental. Propõe avaliações de comportamento ambiental e
ferramentas para alcançar os objetivos ambientais. Dessa forma, estabelece as diretrizes para
medição, análise e definição do desempenho ambiental de uma organização.
ISO 14032
Estabelece um guia de indicadores específicos para o setor industrial.
ISO 14040
Orienta o ciclo de vida de produtos, serviços e processos e suas interações com o meio
ambiente, desde a extração dos recursos naturais até a disposição final.
ISO 14060
Indica quais aspectos ambientais podem ser incluídos nos produtos fabricados pela
organização.
GUIA ISO 64
Corresponde à norma sobre Aspectos Ambientais nos produtos. Sinaliza as diretrizes, desde a
criação de produtos até os hábitos de consumo e reciclagem a fim de que ele seja menos
agressivo ao meio ambiente.
A utilização das normas da série ISO 14000 traz vários benefícios às organizações, podendo
ser destacados:
IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICA GARANTIDA
A empresa é forçada a cumprir as políticas ambientais e trilhar de acordo com os seus
objetivos para alcançar metas reais.
AUMENTO DE PARCERIAS
Empresas ligadas às preocupações ambientais conseguem melhorar a sua imagem no
mercado e tendem a conseguir mais parcerias comerciais.
CLIENTES MAIS SATISFEITOS
Com a ISO os clientes tendem a ficar mais satisfeitos, já que empresas atuantes com normas
desse tipo possuem processos padronizados e com um bom sistema de Gestão da Qualidade.
REDUÇÃO DE CUSTOS
Reduz custos com matéria-prima e descarte de resíduos.
FORTALECIMENTO DA IMAGEM PÚBLICA DA
EMPRESA
A comunidade age de forma positiva com empresas certificadas com a norma ISO 14000.
Para que uma empresa obtenha o certificado ISO 14000, é necessário que se comprometa
com as políticas e com a legislação ambiental existente no seu país. Além disso, deve
estabelecer e manter um Sistema de Gestão Ambiental que esteja de acordo com todas as
especificações da norma, seguindo alguns requisitos básicos como:
PLANEJAMENTO AMBIENTAL
Deve ser feito um planejamento completo dos aspectos ambientais da área, considerando as
metas, os objetivos, leis e programas ambientais.
REALIZAÇÃO E MANUTENÇÃO
Após o planejamento, é necessário fazer com que ele funcione, e mantê-lo funcionando.
DOCUMENTAÇÃO E ARQUIVAMENTO
Deve ser realizada uma documentação completa de todos os processos que tenham relação
com a Gestão Ambiental da organização e do sistema que está sendo implementado e
posterior arquivamento dessa documentação.
REVISÃO E INSPEÇÃO
É necessário monitorar continuamente e verificar os processos relacionados à Gestão
Ambiental. Caso alguma ação corretiva precise ser realizada, ela também deverá ser
documentada e arquivada.
O certificado é visto como um símbolo de que a organização se preocupa com as questões
ambientais e tem responsabilidades em relação à proteção do meio ambiente. Certifica que a
organização possui um Sistema de Gestão Ambiental e, sendo assim, possui procedimentos
para o controle ambiental, registrando-os e divulgando-os para os órgãos de controle
ambiental, para o mercado e para a sociedade, sendo O Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial ‒ INMETRO a instituição brasileira que credencia as
empresas responsáveis pela emissão dos certificados.
 SAIBA MAIS
O INMETRO tem uma função de acreditador as entidades responsáveis pela emissão dos
certificados de conformidade com as normas ISO, de acordo com os requisitos definidos
legalmente no Brasil.
As empresas com certificação da ISO 14000 apresentam mais possibilidades de conquistar
mercado onde as questões relacionadas ao meio ambiente são consideradas essenciais para a
tomada de decisão comercial. Além disso, a certificação ISO 14000 mostra a todas as partes
interessadas que a organização está comprometida com a melhoria contínua de seu
desempenho ambiental. A certificação e a documentação envolvida nesse processo podem
ajudar, ainda, a empresa a adquirir mais capital e a se defender caso ocorram litígios
ambientais e caso tenha seguros a receber ou licenças a serem conseguidas.
 SAIBA MAIS
O primeiro certificado brasileiro foi obtido no ano de 1996 com a Bahia Sul Celulose S.A. Em
pouco mais de um ano e meio, cerca de 30 empresas brasileiras obtiveram esse certificado.
Nesse mesmo período, na Europa, já havia 3.000 empresas que o possuíam. Em março de
1999, o Brasil completou um total de 88 empresas certificadas com a ISO 14000.
Atualmente, é a Região Sudeste a que predomina em termos de número de certificações
emitidas, sendo que o destaque vai para o estado de São Paulo, que possui cerca de 50% dos
certificados. A Petrobras é a organização que apresenta o maior destaque no cenário brasileiro,
sendo os setores industriais, químico, petroquímico, automotivo e o setor de prestação de
serviços o que possui o maior número de certificações.
Para finalizar, vale a pena destacar que a preocupação com as questões ambientais de uma
organização pode ser um fator determinante na hora de conquistar clientes, uma vez que dia
após dia, aumenta de forma muito significativa a busca por produtos e serviços ecologicamente
corretos.
Assim sendo,os processos de normalização e certificação ambiental, por meio das normas
ISO 14000, associados à implantação de uma legislação ambiental cada vez mais exigente,
rigorosa e abrangente fazem pressão sobre as empresas no sentido de buscarem
continuamente processos de melhoria, que acabam estimulando a adoção de tecnologias mais
limpas e socialmente responsáveis.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Metas do Desenvolvimento Sustentável
INMETRO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Descrever as principais normas de um Sistema de Gestão Ambiental
AS PRINCIPAIS NORMAS DE UM SISTEMA
DE GESTÃO AMBIENTAL
Conforme visto no módulo anterior, pode-se observar que a série ISO 14000 é composta por
diversas normas com padrões e diretrizes que tratam de aspectos específicos à Gestão
Ambiental. Uma das mais conhecidas normas da família ISO 14000 é a ABNT NBR ISO 14001
‒ referente à implementação do SGA.
 COMENTÁRIO
Por ser uma das normas mais importantes, ela receberá atenção especial e será estudada no
próximo módulo.
Contudo, a NBR ISO 14001 não é a única. Existem outras normas com várias especificações
em relação à Gestão Ambiental, que também são relevantes e neste módulo estudaremos um
pouco sobre elas.
ABNT NBR ISO 14004: SISTEMAS DE
GESTÃO
AMBIENTAL ‒ DIRETRIZES GERAIS PARA A
IMPLEMENTAÇÃO
A ISO 14004:2018 é uma norma que regularmente acompanha a norma ISO 14001 para
implantação do Sistema de Gerenciamento Ambiental ‒ SGA. Diferentemente da ISO 14001, a
ISO 14004 não se destina à certificação, sua funcionalidade é destinada ao suporte da área de
Gestão Ambiental. Dessa forma, a norma funciona basicamente como um guia que detalha a
metodologia, que mostra as diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.
O DOCUMENTO ISO 14004 FORNECE PARA EMPRESAS DE
QUALQUER TIPO, TAMANHO, LOCALIZAÇÃO, TEMPO DE
MERCADO OU ESPECIFICIDADE ORIENTAÇÕES SOBRE O
ESTABELECIMENTO, IMPLEMENTAÇÃO, MANUTENÇÃO E
MELHORIA DO SEU SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL.
Dessa forma, a norma deve ser aplicada levando em consideração os aspectos ambientais das
atividades, produtos e serviços da organização. Vale destacar que as orientações contidas na
ISO 14004 podem ser usadas, na íntegra ou apenas parte dela e, ainda, que suas instruções
sejam consistentes com o modelo do Sistema de Gestão Ambiental da ABNT NBR ISO 14001,
ela não tem a pretensão de fornecer interpretações dos seus requisitos.
ESTRUTURA DA NORMA ISO 14004:2018
Conforme mencionado, a ISO 14004 segue seções comparáveis ao padrão de requisitos ISO
14001. O documento segue a estrutura conforme seções:
SEÇÃO 1: ESCOPO
Descreve sobre as orientações da norma com relação ao estabelecimento, implementação,
manutenção e melhoria de um Sistema de Gerenciamento Ambiental e a interligação com
outros sistemas de gerenciamento implementados na empresa.
SEÇÃO 2: REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Não foram citadas. Consta na seção 2 apenas para manter a cláusula numerada igual à ISO
14004:1996.
SEÇÃO 3: TERMOS E DEFINIÇÕES
Nessa parte da norma, são apresentadas definições de alguns termos, como: termos
referentes à organização e à liderança; ao planejamento; ao suporte e à operação; à avaliação
de desempenho e melhoria, descritos no documento.
SEÇÃO 4: CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO
A ISO acredita que, para que uma empresa tenha um Sistema de Gestão Ambiental robusto,
crível e confiável, é necessário que ela estabeleça, implemente, mantenha e melhore
continuamente o sistema e, para tal, ela deve determinar o contexto no qual opera. Assim, a
ISO 14004:2018 descreve que o contexto abrange as questões internas e externas, incluindo
condições ambientais, pertinentes ao seu propósito e que afetem sua capacidade de alcançar
os resultados pretendidos para o Sistema de Gestão Ambiental. O propósito da organização é
refletido na sua visão e missão.
SEÇÃO 5: LIDERANÇA
Indispensável para o sucesso da implantação de um Sistema de Gestão Ambiental efetivo, a
seção 5 da norma trata sobre a importância do comprometimento, da responsabilidade e da
liderança da alta direção. O item aborda ainda sobre:
A política ambiental na qual determina a diretriz estratégica da empresa em relação ao
meio ambiente dentro do escopo definido do SGA.
Papéis, responsabilidades e autoridades organizacionais nas quais a alta direção delega
responsabilidades e autoridades dentro da empresa.
SEÇÃO 6: PLANEJAMENTO
O planejamento é essencial para estabelecer as ações necessárias e, assim, garantir que o
SGC alcance os resultados determinados pela alta direção. É um processo contínuo que auxilia
a empresa a reconhecer e a concentrar seus recursos nas áreas de proteção ambiental mais
importantes, sendo também o planejamento a fase na qual as empresas têm instruções para
responder a outros comprometimentos da política ambiental, atender seus requisitos legais e
outros requisitos e, ainda, prescrever e alcançar seus objetivos em relação às questões
ambientais. Ainda nessa etapa da norma são determinados os aspectos ambientais ‒
elementos das atividades, produtos e serviços de uma empresa que podem interagir com o
meio ambiente em seu processo produtivo ‒ que podem ser controlados e aqueles que podem
ser influenciados.
SEÇÃO 7: APOIO
Descreve os recursos, levando em consideração infraestrutura; recursos providos
externamente; sistemas de informação; competências; tecnologia; recursos financeiros,
humanos e outros, a serem utilizados pela empresa, assim como narra sobre o conhecimento,
compreensão, aptidões ou capacidade que um colaborador deve apresentar para o
desempenho ambiental da empresa.
Outro ponto sobre a seção 7 é a conscientização dos colaboradores e de todos que realizam
atividades para a empresa em relação aos valores ambientais estabelecidos por ela. Para
finalizar a seção, a norma descreve a importância dos processos da comunicação e dos
registros e evidências dos resultados alcançados ou atividades realizadas, por meio do item da
informação documentada, a fim de manter informações documentadas adequadas para
assegurar que seu Sistema de Gestão Ambiental seja eficaz.
SEÇÃO 8: OPERAÇÃO
Trata do planejamento e controle operacionais com o objetivo de assegurar que todos os
processos e operações sejam monitorados e controlados e, assim, atendam: à política
ambiental, aos objetivos ambientais estabelecidos, à gestão dos aspectos ambientais
significativos, aos requisitos legais e outros requisitos e, ainda, aos riscos e oportunidades.
SEÇÃO 9: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Visando possibilitar que a organização reporte e informe com precisão seu desempenho
ambiental, esse item visa a uma abordagem sistemática para monitoramento, medição, análise
e avaliação de seu desempenho ambiental da organização. Igualmente, esse item descreve
sobre a avaliação do atendimento aos requisitos legais e outros requisitos, sobre a auditoria
interna e, ainda, sobre a análise crítica pela direção, que tem por objetivo avaliar se a
implementação do SGA está alinhada com o escopo do Sistema de Gestão Ambiental.
SEÇÃO 10: MELHORIA
Corresponde às ações necessárias para tratar as oportunidades de melhoria identificadas no
SGA. Vale ressaltar que as melhorias vêm do resultado do monitoramento, medição, análise e
avaliação relacionados ao desempenho ambiental e atendimento dos requisitos legais e outros
requisitos, assim como das auditorias do Sistema de Gestão Ambiental e da análise crítica pela
direção.
ABNT NBR ISO 14020:2002: RÓTULOS E
DECLARAÇÕES
AMBIENTAIS ‒ PRINCÍPIOS GERAIS
Conhecida como a norma que fornece requisitos sobre rótulos e declarações ambientais, ISO
14020:2002, tem como principal objetivo estabelecer orientações para melhoria da qualidade
ambiental por meio de informações disponibilizadas aos consumidores nos rótulos e nas
declarações. Portanto, rótulo ou declaração ambiental é um modelo de confirmação, que, por
meio de informações precisas e verificáveis, indica os aspectos ambientais de um produto ou
serviço.
ESTRUTURA DA NORMA ISO 14020:2002
A Seção1 define quais são os objetivos da referida norma.
Na Seção 2, Termos e Definições, a NBR conceitua termos como rótulo ambiental ‒ declaração
ambiental que, segundo as normas, é a afirmação que indica os aspectos ambientais de um
produto ou serviço e, ainda, fornece o conceito de ciclo de vida e aspectos ambientais.
Seção 3. Objetivo dos rótulos e declarações ambientais: versa sobre a forma de comunicação
e a veracidade das informações, sobre a melhoria ambiental contínua e, ainda, sobre a
demanda da promoção de produtos e serviços com menor impacto ambiental.
Seção 4. Princípios gerais: estabelece nove princípios em que, conforme a norma, fornece
orientações sobre:
PRINCÍPIO 1
Rótulos e declarações ambientais devem ser precisos, verificáveis, relevantes e não
enganosos.
PRINCÍPIO 2
Procedimentos e requisitos para rótulos e declarações ambientais não devem ser elaborados,
adotados ou aplicados com intenção de criar obstáculos desnecessários ao comércio
internacional.
PRINCÍPIO 3
Rótulos e declarações ambientais devem basear-se em metodologia científica que seja
suficientemente cabal e abrangente para dar suporte às afirmações, e que produza resultados
precisos e reproduzíveis.
PRINCÍPIO 4
As informações referentes aos procedimentos, metodologias e quaisquer critérios usados para
dar suporte a rótulos e declarações ambientais devem estar disponíveis e ser fornecidos a
todas as partes interessadas sempre que solicitados.
PRINCÍPIO 5
O desenvolvimento de rótulos e declarações ambientais deverá considerar todos os aspectos
relevantes do ciclo de vida do produto.
PRINCÍPIO 6
Os rótulos e declarações ambientais não devem inibir inovações que mantenham ou tenham o
potencial de manter o desempenho ambiental.
PRINCÍPIO 7
Quaisquer requisitos administrativos ou demanda de informações relacionadas a rótulos e
declarações ambientais devem ser limitados àquelas necessárias para estabelecer a
conformidade com os critérios e normas aplicáveis dos rótulos e declarações ambientais.
PRINCÍPIO 8
Convém que o processo de desenvolvimento de rótulos e declarações ambientais inclua uma
consulta participatória e aberta às partes interessadas. Convém que sejam feitos esforços
razoáveis para chegar a um consenso no decorrer do processo.
PRINCÍPIO 9
As informações sobre aspectos ambientais dos produtos e dos serviços relevantes a um rótulo
e declaração ambiental devem ser disponibilizadas aos compradores e potenciais compradores
junto à parte que faz o rótulo e a declaração ambiental.
ABNT NBR ISO 14031: 2015 GESTÃO
AMBIENTAL ‒ AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO AMBIENTAL ‒ DIRETRIZES
A ISO 14031 é a norma que visa auxiliar a organização a medir e avaliar o seu desempenho
ambiental por meio de indicadores. Por desempenho ambiental, entende-se os resultados
mensuráveis do gerenciamento dos aspectos ambientais de uma organização, podendo ser
medidos com base na política ambiental, nos objetivos ambientais e nas metas ambientais da
organização e outros requisitos de desempenho ambiental (ABNT NBR 14031:2015).
SEÇÃO 1: ESCOPO
Apresenta orientações sobre quais organizações podem utilizar a norma e ainda fornece
informações sobre avaliação de desempenho.
SEÇÃO 2: REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Segunda a norma, não há referências normativas.
SEÇÃO 3: TERMOS E DEFINIÇÕES
Nesta parte da norma, são apresentadas definições de alguns termos como: desempenho
ambiental, que são os resultados da gestão de uma empresa em relação aos seus aspectos
ambientais e, ainda, traz outros conceitos, como: avaliação do desempenho ambiental,
indicador ambiental, meta ambiental, dentre outros.
SEÇÃO 4: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
AMBIENTAL
Trata da ADA ‒ Avaliação do Desempenho Ambiental. Segundo a norma, pode-se entender
ADA como um processo que utiliza indicadores para confrontar o desempenho ambiental
passado com o presente, levando em consideração as metas e objetivos ambientais
estabelecidos. Vale acentuar que a ADA também utiliza o ciclo PDCA, conforme demonstra a
imagem a seguir.
 Imagem: Esboço da ADA seguindo o modelo PDCA.
ABNT NBR ISO 14040:2009: AVALIAÇÃO DO
CICLO DE VIDA ‒ PRINCÍPIOS E
ESTRUTURA
A cada dia aumenta a conscientização das empresas e dos clientes em relação à preservação
e à proteção do meio ambiente. Dessa forma, os possíveis impactos gerados pela produção de
produtos e serviços ganharam normas específicas para abordar o tema, e uma delas é a ABNT
NBR ISO 14040:2009.
A NBR 14040 TEM COMO OBJETIVO REDUZIR OS IMPACTOS
AO MEIO AMBIENTE POR MEIO DA ANÁLISE DO CICLO DE
VIDA ‒ ACV, QUE, SEGUNDO A REFERIDA NORMA, É A
COMPILAÇÃO E A AVALIAÇÃO DAS ENTRADAS, SAÍDAS E
DOS IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS DE UM SISTEMA DE
PRODUTO AO LONGO DO SEU CICLO DE VIDA.
Vale acentuar que, para realizar a ACV, é recomendada a adoção da norma ABNT NBR ISO
14044:2009, que estabelece os requisitos para a condução da Avaliação do Ciclo de Vida.
ESTRUTURA DA NORMA ISO 14040:2009
SEÇÃO 1: ESCOPO
A norma especifica os princípios e a estrutura de uma Avaliação de Ciclo de Vida na qual
engloba os estudos de Avaliação do Ciclo de Vida e os estudos de Inventário do Ciclo de Vida
‒ ICV.
SEÇÃO 2: REFERÊNCIA NORMATIVA
Faz menção à utilização da ABNT NBR ISO 14044:2004, Gestão ambiental – Avaliação do
Ciclo de Vida – Requisitos e orientações para aplicação da ISO 14040.
SEÇÃO 3: TERMOS E DEFINIÇÕES
Nessa parte da norma são apresentadas definições de alguns termos como: ciclo de vida,
avaliação do ciclo de vida, interpretação do ciclo de vida, produto, matéria-prima, saída,
resíduo, análise crítica, dentre outros.
SEÇÃO 4: DESCRIÇÃO GERAL DA AVALIAÇÃO DO
CICLO DE VIDA (ACV)
Descreve os princípios e orientações referentes ao planejamento e a condução de uma ACV.
Dentre os itens abordados, estão as fases de uma ACV, as características-chave de uma ACV
e os conceitos gerais de sistemas de produto.
SEÇÃO 5: ESTRUTURA METODOLÓGICA
Fase na qual a NBR descreve a definição de objetivo e escopo a ser estabelecido pela
empresa. Segundo a Norma ISO 14040:2009, o objetivo de uma ACV declara: a aplicação
pretendida; as razões para a execução do estudo; o público-alvo, ou seja, aquele a quem se
pretende comunicar os resultados do estudo, e se existe a intenção de utilizar os resultados em
afirmações comparativas a serem divulgadas publicamente.
Em se tratando do escopo, a NBR descreve que convém que o escopo seja suficientemente
bem definido para assegurar que a abrangência, a profundidade e o detalhamento do estudo
sejam compatíveis e suficientes para atender ao objetivo declarado. Igualmente, a seção trata
da análise de Inventário de Ciclo de Vida (ICV), da Avaliação de Impacto do Ciclo de Vida
(AICV) e da Interpretação do Ciclo de Vida.
SEÇÃO 6: COMUNICAÇÃO
Fase na qual os resultados e conclusões da ACV são demonstrados para as partes
interessadas.
SEÇÃO 7: ANÁLISE CRÍTICA
Conforme a ISO 14040, a análise crítica é um processo para verificar se uma ACV satisfaz os
requisitos no que diz respeito à metodologia, aos dados, à interpretação e à comunicação, e se
é consistente com os princípios. Assim, nessa fase, são abordadas a necessidade e os
processos da análise crítica.
ABNT NBR ISO 19011:2018 - DIRETRIZES
PARA AUDITORIA DE SISTEMAS DE
GESTÃO
Você pode estar se perguntando: neste módulo, não estamos estudando as normas da família
ISO 14000? A resposta é sim, estamos. Vamos à explicação.
 Imagem: Auditoria de sistemas de gestão.
No ano de 1996, foi publicada a ISO 14010, que estabelecia princípios de auditoria ambiental
aplicáveis a todos os tipos de auditorias ambientais. Contudo, considerando o avanço da
globalização e a alta competitividade entre as organizações e, ainda, maior facilidade na
integração ao certificar duas ou mais das Normas de Sistemas de Gestão, surge a necessidade
da unificação das auditorias de Sistema de Gestão que, a partir de 2018, passaram a utilizar a
ABNT NBR ISO 19011.
 ATENÇÃO
Destaca-se que a referida norma pode ser aplicada a outros tipos deauditoria, como a
auditoria da gestão da segurança e saúde no trabalho.
A NBR 19011 tem como objetivo fornecer orientação sobre a gestão de programas de auditoria,
sobre a realização de auditorias internas e/ou externas do Sistema de Gestão da Qualidade ‒
ISO 9001 e/ou do Sistema de Gestão Ambiental ‒ ISO 14001, assim como sobre a
competência e a avaliação de auditores. Sendo assim, dividida nos capítulos: Princípios de
auditoria, Gerenciamento de um programa de auditoria, Atividades de auditoria e Competência
e avaliação de auditores, a NBR 19011 apresenta diretrizes para a realização de auditorias de
sistemas de gestão da qualidade e/ou ambiental.
ESTRUTURA DA NORMA ABNT NBR ISO 19011
SEÇÃO 1: ESCOPO
A norma visa auxiliar a adoção de auditorias para um Sistema de Gestão fornecendo
orientações sobre os princípios de auditoria, a gestão de programas e a avaliação de auditores,
a fim de garantir a competência do auditor, necessária para alcançar os objetivos do programa.
A referida norma pode ser adotada em qualquer tipo de empresa que pretenda realizar
auditorias internas e externas.
SEÇÃO 2: REFERÊNCIAS NORMATIVAS
A NBR 19011 não apresenta referência normativa.
SEÇÃO 3: TERMOS E DEFINIÇÕES
Para elaboração da referida norma, a ISO e a IEC utilizam a base de dados terminológicos
disponível em ISO On-line Browsing Plattforms e IEC Electropedia. Assim, são descritos termos
e definições importantes para a compreensão da norma, como a definição de auditoria que,
segundo a ISO 19011, é um processo sistemático, independente e documentado para obter
evidências objetivas e avaliá-la objetivamente, para determinar a extensão na qual os critérios
de auditoria são oferecidos.
Outros conceitos importantes sobre auditoria também são abordados, como: escopo da
auditoria, critérios, evidências, clientes, auditados, conformidade, não conformidade, dentre
outros.
SEÇÃO 4: PRINCÍPIOS DE AUDITORIA
Aqui, estão as orientações relacionadas aos auditores. Caracterizada pela confiança, em uma
auditoria, a verificação das conformidades ou não conformidades deve ser realizada por
profissionais com base nos princípios da integridade; apresentação justa; imparcialidade e
confiabilidade; ética profissional; confidencialidades e, ainda, abordagem baseada em riscos e
evidências.
SEÇÃO 5: GERENCIANDO UM PROGRAMA DE AUDITORIA
Estabelece orientações sobre condução de uma ou mais auditorias na organização. Assim, a
seção aborda pontos sobre a designação de responsabilidade pela gestão do programa,
estabelecimento dos objetivos, coordenação das tarefas e atividades de auditoria e
disponibilização de recursos para a equipe de auditoria.
Vale evidenciar que, para implantação do programa de auditoria, convém que sejam
monitoradas e controladas com base na melhoria contínua, com a aplicação da ferramenta
PDCA, conforme a imagem abaixo.
 Imagem: Fluxo de processos para gerenciamento do programa de auditoria.
SEÇÃO 6: ATIVIDADES DE AUDITORIA
Elenca aspectos sobre o planejamento e o gerenciamento das atividades de auditoria. Dessa
forma, a seção orienta sobre os temas como contato com o auditado, viabilidade da auditoria,
preparação e condução das atividades para realização da auditoria, relatórios e, ainda, sobre
conclusão e acompanhamento das auditorias.
A imagem a seguir fornece uma visão geral das atividades típicas de auditoria.
 Imagem: Fluxo de processos para condução de auditoria.
SEÇÃO 7: COMPETÊNCIA E AVALIAÇÃO DE AUDITORES
Devido à importância das auditorias para a melhoria contínua das empresas, a seção 7 fornece
orientações sobre as competências das pessoas que conduzem auditorias. Logo, a seção trata
dos aspectos referentes ao comportamento da pessoa que irá realizar a auditoria, assim como
da aptidão de empregar seus conhecimentos e habilidades no decorrer do processo de
auditoria. Essas competências levam em consideração o comportamento pessoal do auditor,
critérios de avaliação de auditor, métodos apropriados de avaliação, condução da avaliação e,
ainda, melhoria das competências do auditor.
Em síntese, essa seção da NBR aborda a capacidade para aplicar conhecimento e habilidades
adquiridas por meio da educação, experiência profissional, treinamento e experiência em
auditoria.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Sistema de Gestão
Conformidade e não conformidade
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Identificar a relação entre a Norma ISO 9001 e a Norma ISO 14001
A RELAÇÃO ENTRE A NORMA ISO 9001 E A
NORMA ISO 14001
A RELAÇÃO ENTRE A NORMA ISO 9001 E A
NORMA ISO 14001
Devido aos benefícios conseguidos por meio da implementação dos sistemas de gestão, é
cada dia mais crescente a procura das organizações por normas que auxiliam na árdua tarefa
de tornar os seus produtos e serviços mais competitivos. Até o presente momento, o tema em
estudo vem tratando sobre as normas da série ISO 14000, entretanto, traçar o paralelo entre as
normas ISO 9001 e ISO 14001 é fundamental para as empresas que buscam a melhoria
contínua e até mesmo a obtenção de certificação. Dessa forma, para compreensão de como
cada um desses sistemas funciona em uma dada empresa, este módulo descreverá a
importância das referidas normas dentro de um Sistema de Gestão.
A NORMA ABNT NBR ISO 9000
A família ISO 9000 é um conjunto de normas e padronizações que definem os requisitos para a
implantação, desenvolvimento, avaliação e continuidade do Sistema de Gestão da Qualidade
em uma organização. A série divide-se em 4 normas: ISO 9000, ISO 9001, ISO 9004 que
descreve orientações para que a empresa alcance o sucesso sustentado por meio de uma
abordagem da gestão da qualidade e a já estudada ISO 19011. Essas normas podem ser
implementadas em vários tipos de empresas, de qualquer porte ou tamanho.
IMPORTANTE FRISAR QUE O FOCO DA ISO 9000 É O
PROCESSO, E NÃO O PRODUTO. LOGO, A NORMA FAZ
REFERÊNCIA APENAS À QUALIDADE DO PROCESSO
PRODUTIVO DA ORGANIZAÇÃO, E NÃO DOS PRODUTOS OU
SERVIÇOS DA MESMA. A NBR TEM POR OBJETIVO
PROPORCIONAR CONFIANÇA AO CLIENTE DE QUE OS
PRODUTOS E SERVIÇOS DO SEU PROCESSO PRODUTIVO
ESTÃO EM CONFORMIDADE COM O QUE FOI ESTABELECIDO
PELA EMPRESA.
A ISO 9000 é uma norma dos Sistemas de Gestão da Qualidade, que descreve os conceitos
fundamentais e os princípios de Gestão da Qualidade. Portanto, a ISO 9000 não é passível de
certificação, ela é classificada como uma norma-guia, na qual são determinadas as diretrizes
que orientam o entendimento das outras normas da família.
Assim como a NBR 14000, a série de normas ISO 9000 foi criada pela International
Organization for Standardization (ISSO). Sua primeira versão foi publicada no ano de 1987,
tendo como base a norma britânica BS 5750 ‒ British Standard). Com a evolução do cenário
econômico, a NBR passou por algumas revisões e, no momento, a versão mais atualizada é a
ISO 9000 de 2015.
ABNT NBR ISO 9001: SISTEMAS DE GESTÃO DA
QUALIDADE
A ISO 9001, a mais conhecida metodologia de gestão, é uma norma de certificação da série
9000. É a NBR que estabelece os requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade ‒ SGQ, para
que a organização se adeque à certificação. Portanto, pode-se dizer que o principal objetivo da
norma é garantir a qualidade do seu processo produtivo e, sobretudo, o diálogo com seus
clientes.
Conforme publicação mais atualizada da norma, os benefícios potenciais para a empresa com
a implantação da ISO 9001:2015 são:
Capacidade de prover consistentemente produtos e serviços que atendam aos requisitos do
cliente e aos requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis.
Facilitar oportunidades para aumentar a satisfação do cliente.
Aborda riscos e oportunidades para aumentar a satisfação do cliente.
A capacidade de demonstrar conformidade com requisitos especificados de Sistema de Gestão
da Qualidade.
Dessa forma, baseada nos princípios de Gestão da Qualidade, descritos na ISO 9000, a mais
famosa metodologia de gestão destaca-se como principal mecanismo de apoio ao
planejamento e gestão das empresas.Veja cada um desses princípios no quadro abaixo.
Foco no cliente: Visa atender às necessidades atuais e futuras do cliente.
Liderança:
Conforme a ISO 9001, os líderes devem proporcionar um
ambiente interno no qual os colaboradores estejam
engajados com os objetivos da organização.
Engajamento dos
colaboradores:
Profissionais com competências e habilidades para
alcançar as metas e objetivos estabelecidos pela alta
direção.
Abordagem de
processos:
Gestão sistemática de processos.
Melhoria:
Conforme a NBR 9001, a melhoria contínua do
desempenho deve ser um objetivo permanente.
Tomada de decisão
baseada em evidências:
As resoluções devem ser baseadas na análise e
avaliação de dados.
Gestão do
relacionamento:
Criar e manter estratégias que visam gerar interação entre
a empresa e os seus stakeholders.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Princípios de Gestão da Qualidade.
Elaborado por: Vânia Valéria Ferreira
Para a implementação de um SGQ, são necessários alguns passos importantes, porém, antes,
é fundamental mapear os processos da empresa e criar a documentação necessária para
manter os processos registrados e evidenciados. Baseado nisso, pode-se destacar alguns
passos que são de extrema importância para a implantação da NBR. São eles:

MÉTODO DE IMPLEMENTAÇÃO
Estabelecer o método de implementação adequado para a implementação do SGQ na
empresa.
DETERMINAR EQUIPE DO SGQ
Selecionar colaboradores com competências e habilidades para implementação do SGQ.


DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO
Mapeamento e planejamento das ações.
ENGAJAMENTO DOS COLABORADORES
Nessa fase, a alta direção deve estabelecer uma comunicação eficiente com os colaboradores.


IMPLEMENTAÇÃO DOS REQUISITOS DA NORMA
Etapa para efetivar a criação do sistema de gestão.
REALIZAÇÃO DE PRÉ-AUDITORIA OU AUDITORIA
INTERNA
Com objetivo de verificação dos possíveis erros do processo e para implementação de
melhorias.


AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO ISO 9001
Contratação de um órgão certificador.
A NORMA ISO 14001
A norma ISO 14001, que foi a primeira da série ISO 14000, orienta e dá subsídios para a
implantação do Sistema de Gestão Ambiental.
É A NORMA MAIS IMPORTANTE DA SÉRIE E A ÚNICA
PASSÍVEL DE CERTIFICAÇÃO POR MEIO DE UM PROCESSO
DE AUDITORIA, RAZÃO PELA QUAL ESSA NORMA É
IMPLEMENTADA, DE FATO, PELAS EMPRESAS.
Essa norma estabelece os requisitos para a implementação e operação do SGA e foi editada
para ajudar as organizações a adequarem as suas responsabilidades ambientais aos seus
processos, sem que com isso deixassem de ser bem-sucedidas comercialmente. Auxilia na
identificação e gerenciamento dos riscos ambientais relacionados às atividades desenvolvidas
pela empresa, considerando a prevenção e proteção do meio ambiente, a conformidade legal e
as necessidades socioeconômicas.
 VOCÊ SABIA
A primeira versão dessa norma foi editada em 1996, a segunda em 2004 e a terceira em 2015,
sendo esta última a versão que ainda está em vigor.
O processo de desenvolvimento da primeira versão da norma teve início em 1993, em
Amsterdã, quando se reuniram especialistas de diferentes partes do mundo com o desafio de
lidar com os temas da gestão ambiental para o desenvolvimento de normas. Em junho de
1996, foi aprovada e publicada a versão final da ISO 14001:1996.
Para atender às tendências do mercado e a necessidade de aperfeiçoar a norma para sua
maior aplicabilidade e alcance, teve início o primeiro processo de revisão da ISO 14001. Após
um período de grandes controvérsias, reuniões para análise, discussões e votações, no ano de
2004, em Paris, foi definida a versão final para publicação da norma ISO 14001:2004.
Com o objetivo de manter atualizadas e aperfeiçoar as normas, no ano de 2011, iniciaram-se
as atividades para um novo processo de revisão da norma ISO 14001, usando como base um
documento elaborado pela ISO, chamado de Anexo SL.
 SAIBA MAIS
Esse documento fornece uma estrutura única para todas as normas relacionadas ao Sistema
de Gestão. Essa estrutura comum possibilita uma maior harmonização e torna mais simples a
integração entre todas as normas de Sistema de Gestão.
No processo de revisão da ISO 14001 também foram utilizados os resultados do estudo da
ISO/TC 207 SC 1 – Future challenges for EMS (Desafios Futuros para os Sistemas de Gestão
Ambiental). Esse processo revisional foi finalizado em setembro de 2015 com a publicação da
ISO 14001:2015.
Entre as versões de 1996 e 2004, foram realizadas pequenas alterações estruturais e algumas
inclusões. Foi modificada a abordagem ou a divisão dos requisitos e suas seções, mas foram
mantidos os principais tópicos e requisitos para implementação do Sistema de Gestão
Ambiental. Já a versão atual da ISO 14001 traz novos requisitos e propõe uma estrutura mais
complexa e detalhada para o Sistema de Gestão Ambiental a ser implantado pela organização.
De uma forma geral, as principais modificações na ISO 14001-2015 se encontram
relacionadas:
AO ENTENDIMENTO DO CONTEXTO DA
ORGANIZAÇÃO, ÀS NECESSIDADES E ÀS
EXPECTATIVAS DAS PARTES INTERESSADAS
O entendimento sobre a organização e o contexto em que ela está inserida passa a ser um
passo fundamental na definição de qualquer Sistema de gestão, como o ambiente em que
opera, o contexto competitivo do setor no qual atua, disponibilidade de recursos etc.
À CONSIDERAÇÃO DE UMA PERSPECTIVA DE CICLO
DE VIDA
A novidade é que a organização deverá avaliar seus processos e identificar aspectos e
impactos ambientais, considerando aqueles que ela pode controlar ou influenciar, tendo em
vista uma perspectiva de ciclo de vida.
COMPROMISSO COM A POLÍTICA AMBIENTAL
A mudança-chave é que a política ambiental da organização deverá conter um compromisso
com a “proteção do meio ambiente”, incluindo a prevenção da poluição e outras questões
relevantes relacionadas ao contexto da organização.
À LIDERANÇA COMO PAPEL CENTRAL PARA O
ALCANCE DOS OBJETIVOS DO SISTEMA DE GESTÃO
Liderança e comprometimento da alta direção terão um papel fundamental na implementação
do SGA, fortalecendo a integração da Gestão Ambiental à estratégia de negócios da
organização, estabelecendo o link entre o estratégico e o operacional.
AO DESTAQUE PARA O FORTALECIMENTO DO
DESEMPENHO AMBIENTAL DA ORGANIZAÇÃO, POR
MEIO DA MELHORIA CONTÍNUA DO SISTEMA DE
GESTÃO AMBIENTAL
A nova versão especifica três compromissos básicos que devem estar contemplados na política
ambiental da organização: proteção ao meio ambiente, atendimento aos requisitos legais e
outros requisitos e fortalecimento do seu desempenho ambiental.
É fundamental ressaltar que mesmo com as modificações realizadas na versão 2015 da ISO
14001, essa norma continuou tendo como referência o ciclo Plan-Do-Check-Act (PDCA),
conforme apresentado na imagem a seguir.
 Imagem: Ciclo Plan-Do-Check-Act Norma ISO 14001.
No Brasil, toda empresa que desejar agir de maneira ecologicamente correta deve buscar a
certificação na NBR ISO 14001, que é a versão brasileira da norma. Antes de receber a
certificação, a empresa deve passar pela fase da implementação e, posteriormente, pelo
processo de certificação. Conforme mencionado no primeiro módulo, é o Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial ‒ INMETRO a instituição que credencia as
empresas responsáveis pela emissão dos certificados. Isso se aplica também à certificação
ISO 14.001.
PARA QUE SE OBTENHA A CERTIFICAÇÃO ISO 14001, É
NECESSÁRIO QUE SE FAÇA CONTATO COM UM DOS
ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO
AMBIENTAL ACREDITADOS PELO INMETRO. CABE
RESSALTAR QUE O CERTIFICADO TEM VALIDADE DE TRÊS
ANOS, SENDO A EMPRESA SUBMETIDA A AUDITORIAS
ANUALMENTE, SENDO A PRIMEIRA PARA CERTIFICAÇÃO, A
SEGUNDA PARA MANUTENÇÃO E A TERCEIRA PARA
RECERTIFICAÇÃO.
Para a implementação da ISO 14001, são necessários alguns passos importantes que estão
relacionados a seguir:

1.
Obter o comprometimento e apoio da altadireção.
2.
Envolver toda a empresa oferecendo boa comunicação interna.


3.
Comparar os seus sistemas de qualidade existentes com os requisitos da ISO 14001.
4.
Obter o feedback do cliente e do fornecedor sobre a gestão ambiental atual.


5.
Estabelecer uma equipe de implementação para obter os melhores resultados.
6.
Fazer o mapeamento e compartilhar funções, responsabilidades e prazos.


7.
Adaptar os princípios básicos da Gestão Ambiental para o seu negócio.
8.
Estimular a participação da equipe com treinamentos e incentivos.


9.
Compartilhar o conhecimento sobre a ISO 14001 e incentivar os integrantes da equipe a
treinarem como auditores internos.
10.
Revisar regularmente o seu sistema ISO 14001 para garantir que sua empresa o aprimore
continuamente.

De forma simples e objetiva, a ISO 14001 pode ser vista como uma norma que torna possível
incluir o pensar ambiental dentro das estratégias gerais da empresa, de maneira que possam
vir a ser alcançados resultados muito significativos em processos e procedimentos
operacionais e administrativos internos, mas também no contexto externo da organização.
Contudo, para que as melhorias se tornem efetivas juntamente com os benefícios, a versão
2015 dessa norma deve ser analisada e estudada pelos responsáveis dentro das empresas,
sendo auxiliada, caso seja necessário, por profissionais que estejam preparados a fim de que
se alcance os resultados pretendidos.
PARALELO ENTRE ISO 9001 E ISO 14001
Embora essas duas normas tenham semelhanças e sirvam como referência para que uma
organização consiga melhorar continuamente, por meio da implementação das mesmas e
seguindo a abordagem “planejar, fazer, checar, agir” (ciclo PDCA), vale a pena destacar que
existem diferenças bastante significativas entre essas duas, podendo-se citar aqui algumas
dessas diferenças no quadro abaixo:
ISO 9001 ISO 14001
Sistema
Aponta as normas e as
diretrizes que vão orientar a
implementação de um
Sistema de Gestão da
Qualidade.
Tem como foco o Sistema de
Gestão Ambiental da organização.
Qualidade
Se concentra, principalmente,
na qualidade dos processos e
nas operações do negócio.
Tem o seu foco na garantia da
qualidade ambiental.
Requisitos
de
qualidade
Os requisitos de qualidade
estão mais voltados para a
satisfação dos clientes seja
interna ou externamente e no
desenvolvimento de produtos
e serviços.
As diretrizes são estabelecidas
com o objetivo de assegurar que a
empresa reduza ao máximo os
impactos negativos que suas
atividades possam vir a provocar
no meio ambiente, contribuindo,
assim, para a preservação
ambiental.
Ações
corretivas
Requer que as ações
corretivas sejam colocadas
em prática no lugar do
produto.
Requer que as ações corretivas
sejam colocadas em prática nas
situações reais de emergência e
acidentes ambientais.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Diferenças entre ISO 9001 e ISO 14001.
Elaborado por Vânia Valéria Ferreira, adaptado por Livia Billo.
É de fundamental importância ressaltar que existem diversas abordagens bastante parecidas
entre essas duas normas. Assim sendo, quando dada organização já estiver bem estabelecida
em relação aos padrões da ISO 9001, basta apenas dar mais alguns passos para que se
consiga adequar e implementar a ISO 14001.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Escopo
Norma passível de certificação
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A adesão e implementação da norma ISO 14000, embora seja facultativa, é um instrumento
poderoso no que diz respeito à conservação do meio ambiente. É uma maneira por meio da
qual empreendimentos, dos mais diferentes tipos, conseguem utilizar os recursos naturais de
forma mais racional, cooperando para o desenvolvimento sustentável, proporcionando uma
melhoria na qualidade ambiental, o que acaba por se refletir na qualidade de vida de
populações ao longo de todo o planeta. E o que é ainda melhor, é o fato de poder, com essa
implementação, agregar valor aos seus produtos, em um mercado consumidor que está cada
dia mais envolvido e preocupado com as questões ambientais.
 PODCAST
Agora, a especialista Vânia Valéria Ferreira encerra o conteúdo falando sobre os principais
tópicos abordados.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira (NBR) 9000.
Sistemas de Gestão da Qualidade: fundamentos e vocabulário. 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira (NBR) 9001.
Sistemas de Gestão da Qualidade: requisitos. 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira (NBR) 14001.
Sistema de Gestão Ambiental. 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira (NBR) 14004.
Sistemas de Gestão Ambiental: diretrizes gerais para a implementação. 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira (NBR) 14020.
Rótulos e declarações ambientais: princípios gerais. 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira (NBR) 14031. Gestão
Ambiental: avaliação de desempenho ambiental - Diretrizes. 2015
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira (NBR) 19011.
Diretrizes para Auditoria de Sistemas de Gestão. 2018
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Sistemas de Gestão Ambiental:
especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT. 1996. 14p.
BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental: o desafio do desenvolvimento
sustentável. 2 ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2007.
CAJAZEIRA, J. E. R. ISO 14000: manual de implementação. Rio de Janeiro: Qualitymark,
1997. 117p.
CAMPOS, L. M. S. et al. As empresas com certificação ISO 14001 são mais rentáveis?
Uma abordagem em companhias abertas no Brasil. Revista Eletrônica de Administração –
REAd. ed. 62, v. 15, n. 1. jan-abr., 2009.
DUNCAN, A. Bibliographic teaching outline, introductory pollution prevention materials:
National pollution prevention center for higher education, dezembro, 1994.
POMBO, F. R.; MAGRINI, A. Panorama de aplicação da norma ISO 14001 no Brasil. Gestão
& Produção. São Carlos, vol. 15, n. 1. jan./apr. 2008.
SILVA, A. R. da. ISO 14000. Seminário da Associação dos Especialistas em Qualidade Total do
Estado de São Paulo. Piracicaba, São Paulo: 1998.
SILVA, A. R. da. ISO 14000: Normas para Gestão Ambiental. NOTESALQ. Piracicaba: ESALQ,
1998.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, pesquise na internet:
As páginas da ABNT, da ISO e do INMETRO.
CONTEUDISTA
Rosangela Amado
Vânia Valéria Ferreira

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