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RECURSOS E MATERIAIS PATRIMONIAIS II

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60
Unidade II
Unidade II
5 GESTÃO DE COMPRAS
Comprar é uma das mais importantes atividades da organização. O gestor de recursos materiais e 
patrimoniais pode desenvolver essa atividade diretamente ou possuir, em seu quadro de colaboradores, 
um ou mais funcionários responsáveis pelas compras. De antemão é necessário refletir sobre alguns 
pontos. Também é possível que, dentro da estrutura organizacional, dependendo do tamanho da 
empresa, a estrutura de compras seja independente, com gerenciamento separado. De qualquer forma, 
cabe ao gestor conhecer os princípios básicos dessa área. A atividade de compras:
• Está relacionada com a política da empresa e de seu posicionamento estratégico. Por exemplo, 
em que parte da cadeia de suprimentos a empresa está inserida? Se for um pequeno varejista, as 
compras devem ser suficientes para suprir os clientes pelo tempo previsto para a reposição (sem 
esquecer, claro, do estoque de segurança). Já se for um atacadista ou distribuidor, o gestor deve 
verificar quais as metas do período, inclusive possíveis promoções para aumentar o faturamento 
e colocar no mercado mais produtos.
• É de extrema confiança do nível estratégico da organização. Tudo deve ser muito bem 
documentado e todos os processos devidamente identificados como garantias adequadas do 
gestor de materiais e patrimônio.
A seguir serão abordados os pontos fundamentais da atividade de compras.
5.1 Pontos principais da atividade de compras
Segundo um autor clássico da área, Westing (1961, p. 10‑16 apud BALLOU, 2015, p. 62), as compras 
envolvem certas atividades centrais, que são:
• assegurar descrição completa das necessidades;
• selecionar fontes de suprimentos;
• conseguir informações de preços;
• colocar os pedidos (ordens de compra);
• acompanhar (monitorar) os pedidos;
• verificar notas fiscais;
61
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
• manter registros e arquivos;
• manter relacionamento com vendedores.
Comprar é sempre um procedimento complexo, que exige uma série de providências:
• Anterior às compras: definir exatamente o que se necessita comprar.
• Durante as compras: comprar com qualidade e bom preço.
• Após as compras: verificar se o que foi entregue é o que foi comprado e checar outros itens, 
como eventuais garantias.
Veja alguns pontos importantes da atividade de compras, conforme Westing (1961, p. 10‑16 apud 
BALLOU, 2015, p. 62):
• Assegurar descrição completa das necessidades: verificar com os utilizadores se todos os 
requisitos do produto que realmente importam estão devidamente informados, por exemplo, 
quantidade, cor, tipo, eventuais diferenças de tamanho etc.
• Selecionar fontes de suprimentos: sobre esse item há uma seção com a qual serão tratados os 
pontos para a seleção de fornecedores.
• Conseguir informações de preços: cotar preços com possíveis fornecedores, priorizando, 
também, a qualidade.
• Colocar os pedidos (ordens de compra): formalizar a compra com os fornecedores selecionados.
• Acompanhar (follow‑up) os pedidos: acompanhar desde o pedido até a entrega.
• Verificar notas fiscais: verificação da documentação pertinente.
• Manter registros e arquivos: manter todos os registros do processo de compra, desde 
a identificação inicial (solicitação do setor envolvido até a finalização da compra e a 
respectiva entrega).
• Manter relacionamento com vendedores: é fundamental um bom relacionamento com os 
vendedores, especialmente para o esclarecimento de dúvidas rápidas ou de pedidos urgentes, fora 
de hora.
O ponto mais importante para o gestor de materiais e patrimônio é conhecer a relevância estratégica 
que a área de compras adquiriu nos últimos anos. Antes, comprar era meramente uma atividade acessória. 
Hoje, é de relevância para toda a organização.
62
Unidade II
No mercado, há quem faça distinção entre as diversas áreas de compras. Observe a figura a seguir:
(a) Área de suporte
(b) Foco em preço
(c) Analistas de compras
(d) Cadastro de fornecedores
(e) Atendimento por demanda
(f) Etapa de cadeia de suprimentos
(a) Área de suporte
(b) Foco em custo
(c) Gestores da categoria
(d) Gestão de fornecedores
(e) Planejadora
(f) Avança na cadeia de suprimentos
(a) Função de negócio
(b) Foco na geração de valor a partir 
do gasto
(c) Estrtutura matricial (gestor de 
pacotes e entidades)
(d) Gestão de fornecedores em 
ambiente multicanal (Omnichannel)
(e) Preditiva
(f) Integração total na cadeia de 
suprimentos (end‑to‑end)
ÁREA DE COMPRAS
Compras táticas
STRATEGIC SOURCING
Compras técnicas
PROCUREMENT
Compras estratégicas
Máximo
Mínima IntensoUso de tecnologia
Pe
rs
pe
ct
iv
a 
es
tr
at
ég
ic
a
Figura 12 – Atividades de compras sob a perspectiva estratégica
No gráfico exposto observam‑se três possíveis esferas na atividade de compras, que variam segundo 
a importância estratégica de cada uma delas. A primeira, que o autor chama de “compras táticas”, está 
relacionada às atividades mais cotidianas. Já o segundo bloco, o das “compras técnicas”, está relacionado 
às exigências que uma compra mais qualificada traz. O último bloco, o das “compras estratégicas”, está 
relacionado às compras mais importantes sob o ponto de vista do negócio da organização, que busca 
uma integração total da cadeia de suprimentos.
As compras técnicas muitas vezes são referenciadas, no mercado, pelo nome de strategic sourcing; 
já as compras estratégicas, pelo termo procurement.
 Lembrete
Comprar é uma das mais importantes atividades da organização. Exige 
o cumprimento estrito de todas as regras internas.
Brum (2018) define e caracteriza o termo procurement:
Talvez este pilar seja o que de fato diferencia uma função de Procurement 
de excelência das demais funções tradicionais de compras. O desafio 
de monitorar os principais indicadores de produção, estocagem, 
distribuição e logística permite não somente planejar melhor as 
aquisições da empresa, mas também contribuir com a melhora do 
resultado desses indicadores. A otimização do consumo de insumos 
63
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
e matérias‑primas, redução dos níveis de estoque e perdas, redução 
de gastos com revisão do modelo e rotas de distribuição, aumento 
do Otif na logística e outros resultados possíveis impactam direto na 
eficácia da cadeia de suprimentos e na geração de dinheiro novo para a 
empresa. Algumas questões podem permitir a reflexão sobre o grau de 
gestão que temos na cadeia de suprimentos a partir da área de compras: 
– A área de compras participa dos estudos de capacidade e definição 
das metas de produção anual da empresa? – Quais são as necessidades 
e regras de estoque para cada item em cada etapa da produção? Isso 
está refletido nas diretrizes de compra e imobilização de capital por 
categoria de produto ou serviço? – A área de compras entende qual 
é a demanda atual e potencial de nossos clientes e reflete isso nas 
suas políticas de compra e estoque? – As oportunidades de integração 
na cadeia de valor do setor para ganho de produtividade e redução 
de custos são conhecidas? – O nível de integração atual da área na 
cadeia de suprimentos permite contribuir na identificação de lacunas 
de oportunidade de melhora dos resultados dos indicadores técnicos 
ao longo da cadeia produtiva? Além dos pilares qualificados acima, 
não podemos nos esquecer da estrutura de processos que deve existir 
para apoiar a execução das atribuições, foco da função Procurement. 
Processos que se relacionem com a gestão de fornecedores, de risco, 
de canais, monitoramento de mercado e S&OP darão sustentação às 
atividades finalísticas do Procurement, ajudarão na manutenção do 
seu nível de eficiência e na sua capacidade de geração de resultados.
Pelo texto, observa‑se o nível de excelência que a área de compras pode alcançar seguindo os 
preceitos recomendados.
 Saiba mais
No texto anterior, a respeito de procurement, é citada uma abreviatura: 
S&OP. O que significa isso? Representa a abreviatura das palavras, em inglês, 
sales and operations planning,que é a tradução de vendas e planejamento 
das operações. Saiba mais a respeito no artigo:
ZUPPI, A. C. Sales and operations planning. Administradores, 21 jul. 
2009. Disponível em: https://bit.ly/35r2MXp. Acesso em: 2 out. 2018.
64
Unidade II
5.2 Objetivos da atividade de compras
Pozo (2010, p. 136‑137) destaca alguns itens que se constituem nos objetivos da atividade de 
compras. São eles:
• Permitir continuidade de suprimentos para o perfeito fluxo de produção: o gestor de materiais tem 
sob a sua responsabilidade o fornecimento de insumos e demais materiais (para limpeza, manutenção etc.) 
que permitem o funcionamento da área produtiva. A falta desses materiais pode ocasionar a interrupção 
da atividade produtiva. O gestor responsável pela atividade de compras deve estar constantemente em 
diálogo com o(s) responsável(is) pela produção, para fazer as devidas previsões da quantidade necessária 
de materiais, levando em consideração aspectos como a sazonalidade, por exemplo.
• Coordenar os fluxos com o mínimo de investimentos em estoques e adequado cumprimento 
dos programas: aqui o conceito de Just in Time deve ser relembrado. Estoques desnecessários 
representam custo adicional em segurança, limpeza, despesa com horas trabalhadas, além de despesas 
com insumos e materiais que poderiam ser evitadas. O que está programado deve ser cumprido, como 
as encomendas que a organização tem, por exemplo. Mas, que seja realizado sem desperdícios.
• Comprar materiais e produtos aos mais baixos custos, dentro das especificações 
predeterminadas em qualidade, prazos e preços: uma ampla cotação de preços é sempre 
recomendada. Verificar, sempre, a possibilidade de comprar por preços mais vantajosos. Contudo, 
não pode ser o único critério. Preço mais baixo não pode justificar uma baixa qualidade do 
suprimento. Cabe ao responsável pelas compras resguardar os parâmetros de qualidade dos 
materiais adquiridos. E, se for o caso, exigir as devidas garantias. Após constatar a preferência por 
certos fornecedores, pode‑se desenvolver uma parceria estratégica com eles.
• Evitar desperdícios e obsolescência de materiais por meio de avaliação e percepção do mercado: 
essa avaliação e percepção do mercado estão ligadas à correta previsão de demanda. Claro que o 
gestor da área de materiais deve estar em contato permanente com o responsável pela produção, pois 
determinadas variáveis devem ser levadas em conta, antes do planejamento de compras. Por exemplo, 
uma determinada fábrica de sorvetes diminui, naturalmente, sua produção no inverno. Contudo, há uma 
excepcional demanda de buffets infantis já encomendada. Nesse caso, cabe ao gestor adquirir os materiais 
e insumos necessários baseado nas informações obtidas com as áreas comercial e produtiva.
• Permitir à empresa uma posição competitiva, mediante negociações justas e credibilidade: 
o gestor deve sempre negociar melhores condições de aquisição. Essas negociações podem ser 
diretamente relacionadas aos preços e/ou condições de pagamentos. O importante é sempre lembrar 
que quando a organização gasta menos, automaticamente se torna mais competitiva, pois pode 
abaixar seus próprios preços ou utilizar a margem extra contratando mais funcionários ou agregando 
outros valores ao seu negócio e produtos, como modernizando seus equipamentos, por exemplo.
• Manter parceria com os fornecedores para crescer junto com a empresa: depois de 
selecionado, o fornecedor pode se tornar um parceiro estratégico, desde que haja garantias de que 
essa parceria preveja bons preços, preferência na entrega e agilidade em ocorrências excepcionais.
65
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
 Observação
A gestão de compras deve observar as especificidades de cada setor. 
Conhecer cada vez mais detalhes específicos de cada área enriquece a 
capacidade de discernimento de quem administra. Muitas vezes, ao tomar 
conhecimento de algumas soluções, o gestor poderá adaptá‑las e utilizar 
em sua realidade diária.
 Saiba mais
O artigo a seguir remete a um estudo a respeito da gestão de compras 
numa empresa do segmento de material escolar.
SENAPESCHI NETO, A.; GODINHO FILHO, M. A evolução da gestão de compras 
em uma empresa do segmento de material escolar: estudo de caso longitudinal. 
Produção, v. 21, n. 1, jan./mar., 2011, p. 76‑93. Disponível em: https://bit.ly/3cYqmPr. 
Acesso em: 17 dez. 2018.
De uma forma geral, o gestor de materiais deve seguir um roteiro que pode ser expresso em alguns 
passos. Observe a figura a seguir:
1 
Áreas: 
produção 
comercial
3
Consulta 
a possíveis 
fornecedores: 
cotações
5
Recepção dos materiais.
Verificações de qualidade
2 
Gestão de 
materiais: 
equacionamento 
das compras
4
Decisão de 
compra
Figura 13 – Compras
66
Unidade II
No primeiro estágio, as áreas comercial e de produção da organização passarão ao gestor de materiais 
uma previsão das necessidades. Outras áreas poderão estar envolvidas, dependendo do tamanho da 
organização e de suas características. Pode haver demandas de um departamento de manutenção, por 
exemplo, ou de um departamento de serviços específicos, como limpeza ou jardinagem. Muitas dessas 
atividades são terceirizadas em empresas de médio ou grande porte, de forma que o dimensionamento 
de necessidades de materiais fica por conta da contratada, inclusive no tocante ao fornecimento. 
No entanto, pode haver exceções. Nesse caso, cabe ao gestor de materiais, quando tal função estiver 
agregada à rotina de seu setor, recepcionar também tais necessidades.
No segundo estágio, o gestor fará o equacionamento das compras. Será o planejamento relativo à 
demanda já estudada. Nessa fase, o gestor identificará possíveis fornecedores parceiros e poderá fazer 
uma cotação ampla de suas necessidades no mercado.
Com a posse das informações do estágio anterior, o gestor decidirá pela escolha do fornecedor 
ou fornecedores: é o quarto estágio, o da decisão. Nesse caso, fatores como prazo de entrega, formas 
de pagamento, confiabilidade do fornecedor, entre outros, fazem parte da análise. Há gestores que 
procuram garantias adicionais de quem fornece produtos e/ou serviços: por exemplo, comprar da 
organização que possua uma certificação de qualidade pode ser um diferencial interessante. Inclusive, 
no mercado há quem só adquira produtos da empresa que possua a ISO 9000 (certificação de qualidade) 
ou a ISO 14000 (certificação ambiental).
Finalmente, no estágio 5, o gestor recepciona o material e faz checagens relativas ao que foi adquirido.
5.3 Dicas para uma boa gestão de compras
O gestor dessa área deve se preocupar, sempre, em se atualizar com a legislação pertinente de cada 
área em que estiver atuando, além de alguns aspectos práticos que ajudam bastante. Por exemplo, 
Hoinaski (2017) elenca três pontos importantes: qualidade, procedência e normas fiscais.
Análise da qualidade
Em relação à qualidade, vale o preceito de que um produto feito com insumos de qualidade terá 
qualidade também. O gestor deve fiscalizar a qualidade do material adquirido e, como já foi observado 
anteriormente, se for pertinente, adquirir de fornecedores certificados. O gestor precisa avaliar o que 
efetivamente interessa no que se refere à qualidade do fornecedor.
A certificação ISO 9000 é um indício de boas práticas. Contudo, há normas específicas para algumas 
áreas, como a IATF 16949:2016, que trata da qualidade para o segmento da indústria automotiva. Foi 
criada pela International Automotive Task Force (IATF).
O IATF 16949: 2016 (1ª edição) representa um documento inovador, [por 
conta] da forte orientação para o cliente, com a inclusão de vários requisitos 
prévios específicos do cliente.
67
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
A ISO/TS 16949 (1ª edição), originalmente criada em 1999 pela International 
Automotive Task Force (IATF), tem como objetivo harmonizar os diferentes 
sistemas de avaliação e certificação em todo o mundo na cadeia de 
fornecimento para o setor automotivo. Outras revisões foram criadas 
(2ª ediçãoem 2002 e 3ª edição em 2009), necessárias para aprimoramentos 
do setor automotivo ou revisões da norma ISO 9001. A ISO/TS 16949 
(juntamente com publicações técnicas de suporte desenvolvidas por 
fabricantes de equipamentos originais [aqui referidos como OEMs] e 
associações nacionais de comércio automotivo) introduziram um conjunto 
comum de técnicas e métodos para desenvolvimento de produtos e 
processos comuns para fabricação automotiva em todo o mundo (IATF) 
(tradução nossa) (INTERNATIONAL AUTOMOTIVE TASK FORCE, [s.d.]).
Outras certificações específicas também podem ser exigidas, de acordo com o segmento. O ideal é 
que o gestor acompanhe de perto eventuais regras a respeito de boas práticas dos segmentos em que 
está trabalhando.
E, lembre‑se sempre: regras e leis podem mudar. Sempre consulte fontes confiáveis sobre eventuais 
mudanças que possam afetar o seu trabalho. Procure os sites das instituições que emitem o regramento 
ou a certificação e, em relação às leis, utilize sempre sites oficiais.
 Lembrete
Analisar a qualidade dos insumos é uma das formas de garantir 
qualidade no produto final.
Análise da procedência
A procedência está ligada também ao item anterior. Quanto mais se conhece do fornecedor, mais efetivo 
é o trabalho bem estruturado. Conhecer a procedência do material utilizado pelo fornecedor é uma maneira 
de trazer qualidade segura para dentro da organização. Podem ser realizadas visitas ao fornecedor, com 
o objetivo de fazer verificações nesse sentido. Outro aspecto importante é não adquirir produtos que não 
estejam dentro de uma faixa de preço aceitável no mercado. Adquirir produtos muito abaixo do preço real, 
sem as devidas justificativas, pode ensejar aquisição de procedência duvidosa, o que pode colocar a empresa 
em situações complicadas no mercado no que se refere a possíveis investigações policiais, processos judiciais 
etc. Além disso, é absolutamente antiética tal prática, que deve ser repudiada pelo gestor.
Análise das normas fiscais
Também sob o prisma legal e ético, o gestor deve estar atento às questões fiscais:
O fornecedor deve estar em dia com as normas fiscais, por exemplo, emissão 
de nota, repasse e cobrança de impostos etc.
68
Unidade II
Essa é uma maneira de evitar imprevistos e problemas, que podem ocasionar 
prejuízos à sua organização.
Tenha em mente que a ideia de comprar o produto mais barato e vender com uma 
margem de lucro maior nem sempre é a melhor estratégia (HOINASKI, 2017).
O gestor deve levar em conta que, principalmente nos últimos anos, a governança corporativa e o 
compliance têm permeado as atuações da maioria das organizações sérias e bem reputadas no mercado. 
Mais à frente, entre outros, tais conceitos serão explicados.
Quanto à transmissão eletrônica de dados (Electronic Data Interchange – EDI), ela propicia uma 
forma rápida de comunicação entre empresas fornecedoras e compradoras.
Para quem não está familiarizado com o termo, EDI – Electronic Data 
Interchange pode ser classificado como uma tecnologia de integração entre 
empresas que facilita e agiliza a transmissão eletrônica de dados, reduzindo 
a intervenção humana no processo, o que acaba eliminando as chances de 
erros causados por essa intervenção (O EDI..., 2014).
Dias (2011) aborda os pontos que envolvem benefícios para a organização.
Os benefícios potenciais da utilização do EDI são muitos:
Aumento da competitividade das empresas, através de um controle mais estreito 
e mais dinâmico sobre a performance das vendas e ações de todos os tipos;
Mais agilidade e eficiência nos processos produtivo e de administração 
(incluindo redução do lead time administrativo);
Minimização de custos transacionais (menos pessoas envolvidas no processo, 
economias advindas da redução do tempo de processamento);
Automatização de decisões lógicas (através de sistemas “inteligentes”, que 
trabalham e analisam automaticamente as informações);
Eliminação dos inevitáveis erros de digitação.
Observe, portanto, que a EDI é prática importante, cada vez mais utilizada nas empresas.
6 COMPRAS NA ÁREA PÚBLICA
Se o gestor estiver exercendo suas atividades na área pública, é importante lembrar que há princípios 
que devem ser observados. Sem a observação desses princípios, o gestor pode ter problemas na execução 
de suas atividades, além de ser responsabilizado em várias instâncias.
69
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
O quadro a seguir elenca os princípios mais importantes:
Quadro 5 – Princípios
Base legal Princípios
Constituição Federal de 1988 Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (este foi implantado pela EC 19/1998)
Lei nº 8.666/1993
Probidade administrativa, da vinculação ao instrumento 
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são 
correlatos.
Lei nº 9.784/1999
Finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança 
jurídica, interesse público.
Decreto nº 3.555/2000 Celeridade, competitividade, justo preço, seletividade e comparação seletiva das propostas.
Decreto nº 5.450/2005 Princípios correlatos da razoabilidade, competitividade e proporcionalidade.
Fonte: Sebrae (2017).
Em outras palavras, as compras na área pública exigem a observância aos princípios constitucionais, 
relacionados na primeira parte do quadro. Esses princípios devem ser observados durante todo o 
processo. Um exemplo é o princípio da legalidade: tudo que é feito deve estar consignado em lei. Aliás, 
essa é uma diferença fundamental entre o gestor da área privada e da área pública: o gestor da área 
privada pode fazer tudo o que não for ilegal e que não seja antiético. Já o gestor público só pode fazer 
aquilo que está consignado na lei.
Em seguida há uma série de leis que tratam do assunto: a Lei nº 8.666/93, que trata dos aspectos 
relacionados às licitações; a Lei nº 9.784/99, que trata de outros princípios da administração 
pública importantes; e os decretos nº 3.555/2000 e nº 5.450/2005. Um detalhe importante: leis e 
regramentos mudam constantemente. Os gestores precisam se informar constantemente a respeito 
dessas mudanças.
A atividade licitatória observa todos esses princípios e regramentos e é definida da seguinte maneira:
A licitação destina‑se a garantir a observância do princípio constitucional 
da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e 
a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e 
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, 
da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, 
do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos (Artigo 3º da Lei 
nº 8.666/1993) (SEBRAE, 2017, p. 5).
70
Unidade II
6.1 Tipos de licitação
Há vários tipos de licitação. A seguir, uma visão geral para o gestor:
Quadro 6 – Tipos de licitação (Lei nº 8.666/1993)
Menor preço 
O vencedor será o licitante que apresentar a proposta com o menor preço entre os 
licitantes considerados qualificados. A classificação se dará pela ordem crescente 
dos preços propostos.
Melhor técnica Serão avaliadas as características técnicas da contratação.
Técnica e preço
A definição do vencedor se dará em função de critérios técnicos e dos valores 
contidos na proposta. Esses tipos de licitação, assim como a melhor técnica, 
devem ser utilizados na contratação de serviços de natureza predominantemente 
intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, 
supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, 
para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.
Maior lance ou oferta
O vencedor será o licitante que apresentar a proposta ou o lance com maior preço 
entre os licitantes qualificados. A classificação se dará pela ordem decrescente 
dos preços propostos. Tipo de licitação utilizado nos casos de alienação de bens e 
concessão de direito real deuso.
Fonte: Sebrae (2017, p. 15‑16).
6.2 Modalidades de licitação
Além dos tipos, há as modalidades de licitação. A Lei nº 8.666 (BRASIL, 1993) estabelece as 
seguintes modalidades de licitação: concorrência, tomada de preço, carta‑convite, leilão e concurso. 
Já a Lei nº 10.520 (BRASIL, 2002) regulamentou outra modalidade, o pregão.
O artigo 22 da Lei nº 8.666 (BRASIL, 1993) estabelece:
Art. 22. São modalidades de licitação:
I — concorrência;
II — tomada de preços;
III — convite;
IV — concurso;
V — leilão.
§ 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados 
que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos 
mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
71
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
§ 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados 
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas 
para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das 
propostas, observada a necessária qualificação.
§ 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente 
ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo 
de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, 
cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na 
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência 
de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
§ 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha 
de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou 
remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado 
na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
§ 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para 
a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos 
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis 
prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor 
da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 6o Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) 
possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico 
ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, 
enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. 
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos 
convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes 
exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente 
justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
§ 8o É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação 
das referidas neste artigo.
§ 9o Na hipótese do parágrafo 2o deste artigo, a administração somente 
poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos previstos nos arts. 
27 a 31, que comprovem habilitação compatível com o objeto da licitação, 
nos termos do edital (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994).
A Lei nº 10.520 (BRASIL, 2002) criou o chamado pregão, que é a sexta modalidade de licitação. 
Brandão (2010) lembra que:
72
Unidade II
Apesar da Lei Licitatória n.º 8.666/93 vedar a criação de outras modalidades 
de licitação ou a combinação delas, a medida provisória n.º 2.182‑18/2001 
instituiu, no âmbito da União, uma nova modalidade denominada Pregão. Só 
que a referida lei vedava a criação de outras modalidades de licitação, salvo 
se introduzidas por outra norma geral. Foi aí que a Lei 10.520, de 17/07/2002, 
converteu a medida provisória em norma geral, determinando também a 
sua aplicação aos Estados, Distrito Federal e Municípios, o que acabou por 
dispensar estas entidades de editarem leis próprias sobre a matéria.
O pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços 
comuns em que a disputa pelo fornecimento é feita em sessão pública, por 
meio de propostas e lances, para classificação e habilitação do licitante com 
a proposta de menor preço. Sua grande inovação se dá pela inversão das 
fases de habilitação e análise das propostas, [em que] se verifica apenas a 
documentação do participante que tenha apresentado a melhor proposta.
Além disso, a definição da proposta mais vantajosa para a Administração é 
feita por meio de proposta de preço escrita e, após, disputa por lances verbais. 
Após os lances, ainda pode haver a negociação direta com o pregoeiro, no 
intuito da diminuição do valor ofertado.
Diversamente das demais modalidades de licitação, o pregão pode ser 
aplicado a qualquer valor estimado de contratação, de forma que constitui 
alternativa a todas as modalidades. Uma outra peculiaridade sua é que ele 
admite como critério de julgamento da proposta somente o menor preço.
O pregão pode ser presencial ou eletrônico.
 Observação
Certas modalidades possuem determinadas limitações de aplicabilidade, 
como faixa de valores. O gestor precisa estar sempre atualizado.
 Saiba mais
BRASIL. Decreto nº 9.412, de 18 de junho de 2018. Atualiza os valores 
das modalidades de licitação de que trata o art. 23 da Lei nº 8.666, de 
21 de junho de 1993. Brasília, 2018a. Disponível em: https://bit.ly/3vMfryP. 
Acesso em: 17 dez. 2018.
73
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Por fim, há ainda outra modalidade de licitação, chamada de consulta. Essa modalidade foi criada 
pela Lei nº 9.472/1997. É uma modalidade específica, utilizada pelas agências reguladoras, especialmente 
para bens não comuns.
É totalmente diferente das demais modalidades. A consulta é para bens 
e serviços não comuns, não corriqueiros, exceto órgãos e serviços de 
engenharia, que têm que seguir a Lei de Licitações e Contratos, é também 
feita em no mínimo três pessoas de reputação ilibada, elevada qualificação 
para apreciar as propostas. Cinco pessoas, físicas ou jurídicas, de elevada 
qualificação, serão chamadas a apresentar propostas para fornecimento de 
bens ou serviços não comuns (SOUZA, 2016).
Todos esses regramentos devem e precisam ser observados, quando as vendas forem realizadas para 
quaisquer organizações públicas.
7 PONTOS COMPLEMENTARES DA GESTÃO DE PATRIMÔNIO
De tudo o que foi abordado é importante que o gestor de materiais e patrimônio se preocupe, 
sempre, com os aspectos administrativos da atividade.
A estratégia de cada atividade deve ser traçada cuidadosamente. Observe a figura a seguir:
Quadro 7
Es
tr
at
ég
ia
Planejar Planejamento de demanda e suprimento
Comprar Gerenciamento de fontes de suprimento
Fazer Manufatura e operações
Mover Transporte e distribuição
Vender Gerenciamento de clientes e ordens
No quadro, as principais atividades estão estabelecidas. O planejamento é fundamental para que 
qualquer atividade seja bem‑sucedida. Tal planejamento procura identificar as necessidades (demanda) e 
qual (ou quais) o produto a ser fornecido ou comprado (suprimento). A compra envolve no gerenciamento 
das fontes, ou seja, na escolha dos fornecedores. A realização (fazer) está vinculada à manufatura e às 
operações. As operações para se efetivarem precisam de transporte, para a devida distribuição. A venda 
é a consequência de todo o processo.
Mas administrar materiais, além da atividade em si, traz reflexos em toda a organização, conforme 
Sá (2013):
• Lucratividade da Empresa: É o resultado positivo, após deduzir do 
faturamento custos e despesas. O cálculo da lucratividade é obtido 
através da fórmula: resultado líquido dividido pelas vendas. Ele indica 
74
Unidade II
o percentual de ganho obtidos sobre as vendas que foram realizadas. 
Basicamente, é o indicador de eficiência operacional sob a forma de 
um valor percentual.
• Qualidade dos Produtos: O termo qualidade pode ser enxergado 
por diversas dimensões, isso ocorre por se tratar de um conceito 
multidimensional, englobando os aspectos de desempenho,características, confiabilidade, conformidade, durabilidade, atendimento, 
aparência (design) e ainda a qualidade percebida pelo cliente. Todos eles 
envolvendo o produto ou serviço prestado pela empresa analisada.
• Satisfação dos Clientes: Satisfazer a necessidade do consumidor 
significa descobrir não apenas o que ele quer ou deseja para saciar 
suas necessidades, mas satisfazer o sentimento de prazer que resulta 
da comparação do desempenho esperado do produto em relação às 
expectativas do cliente. Ou seja, toda e qualquer empresa deve sempre 
buscar atingir o máximo da satisfação dos seus clientes.
Portanto, o universo da gestão de materiais e patrimônio reflete em toda a organização.
7.1 Inventário
O gestor deve realizar (se não houver!) ou sempre atualizar o inventário da organização. O inventário 
é uma descrição dos materiais e bens que a empresa possui. Organizações que possuam uma estrutura 
contábil podem desenvolver inventários mais técnicos que podem subsidiar a balança patrimonial.
Camargo (2017) estabelece uma série de itens que pode facilitar o inventário:
Elencamos a seguir uma sugestão de informações a serem preenchidas ao 
fazer o lançamento de cada item (pode ser em uma planilha):
Categoria do item;
Responsável;
Área do responsável;
Data de compra;
Idade do item;
Valor;
Estado de conservação;
75
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Vida útil em anos;
Valor atual;
Depreciação;
Número de série (se houver);
Modelo (se houver); e
Local de armazenamento (se houver).
A realização e a atualização constante do inventário permitem ao gestor um acompanhamento 
simples e prático de todos os bens da organização. Portanto, o inventário é uma ferramenta importante 
para o controle de materiais e do patrimônio de toda a organização.
 Lembrete
Todo gestor precisa ter noções de Contabilidade. Muito especialmente, 
o gestor de materiais e patrimônio.
7.2 Propriedade intelectual
A propriedade intelectual é um dos itens em que o gestor de patrimônio deve se atualizar 
constantemente. Observe a figura a seguir:
Direito do autor
Marca
Indicação geográfica
Direito conexosDireito autoral
Propriedade industrialPropriedade intelectual
Proteção suis generis
Patente
Segredo industrial e repressão 
à concorrência desleal
Programas de computador
Desenho industrial
Topografia de circuitos 
integrados
Cultivar
Crescimento tradicional
Figura 14 
76
Unidade II
A propriedade intelectual possui essas três vertentes: o direito autoral, a propriedade industrial e a 
proteção sui generis.
Vanin (2016) lembra que:
A Propriedade Intelectual é a área do Direito que, por meio de leis, garante 
a inventores ou responsáveis por qualquer produção do intelecto – sejam 
bens imateriais ou incorpóreos nos domínios industrial, científico, 
literário ou artístico – o direito de obter, por um determinado período de 
tempo, recompensa resultante pela “criação” – manifestação intelectual 
do ser humano.
Quadro 8 – Legislação que deve ser acompanhada na 
propriedade industrial e no direito do autor
Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996 Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.
Em relação aos direitos autorais é importante lembrar que há dois tipos de direito: o direito 
patrimonial e o direito moral. O direito patrimonial tem a ver com a exploração comercial que o autor 
(ou seus herdeiros) pode obter com a obra. O direito moral é a vinculação do autor à obra.
Araújo (2016) esclarece:
Como o próprio nome sugere o direito autoral se constitui como o conjunto 
de prerrogativas garantidas pela lei ao autor, no que se refere à sua obra. 
No Brasil, a regulamentação e exercício destes direitos está disposta, 
principalmente, na Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 [...].
Dessa forma, aos autores é garantido o direito de utilização, reprodução e 
publicação exclusiva de suas obras. Assim, se uma banda deseja gravar um 
cover de uma música famosa (alguma dos Beatles, por exemplo), deve, 
primeiramente, possuir a devida autorização do legítimo autor. Mas, a pergunta 
a ser respondida aqui é: quanto tempo dura a proteção ao direito autoral? 
A este respeito, a Lei de direitos autorais estabelece as seguintes regras:
Os direitos patrimoniais do autor perduram por 70 anos contados de 1° 
de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento, obedecida a ordem 
sucessória da lei civil.
Após este prazo a obra cai em “domínio público”. Mas, isto não quer 
dizer que o nome do autor será desvinculado à obra. Não. O crédito de 
autoria sempre deverá ser atribuído, o que ficará sem validade serão 
as disposições e a necessidade de autorização quanto a reprodução e 
publicação daquela obra.
77
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Portanto:
• Para efeito de direito patrimonial: os direitos são vitalícios (duram enquanto o autor viver) 
e 70 anos contados de 1° de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento. Após esse 
período, a obra cai em domínio público, ou seja, poderá ser reproduzida livremente, sem o 
pagamento de direitos.
• Para efeito de direito moral: não há prazo. A obra sempre estará vinculada ao seu autor.
Ainda sobre essa questão, esclarece Araújo (2016):
Não representa ofensa aos direitos do autor:
Não constitui ofensa aos direitos autorais (artigo 46 da Lei de Direito autorais)
1.a reprodução:
a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, 
publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se 
assinados, e da publicação de onde foram transcritos;
b) em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em reuniões públicas 
de qualquer natureza;
c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob 
encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, 
não havendo a oposição da pessoa neles representada ou de seus herdeiros;
d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de 
deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja 
feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer 
suporte para esses destinatários;
2. a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado 
do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;
3. a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de 
comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou 
polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando‑se o nome 
do autor e a origem da obra;
4. o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem 
elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização 
prévia e expressa de quem as ministrou;
78
Unidade II
5. a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas, fonogramas e 
transmissão de rádio e televisão em estabelecimentos comerciais, exclusivamente 
para demonstração à clientela, desde que esses estabelecimentos comercializem 
os suportes ou equipamentos que permitam a sua utilização;
6. a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso 
familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de 
ensino, não havendo em qualquer caso intuito de lucro;
7. a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas para produzir 
prova judiciária ou administrativa;
8. a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras 
preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes 
plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da 
obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida 
nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores.
 Saiba mais
O mesmo prazo também é concedido aos autores de programas 
de computador. Contudo, há algumas especificidades. Para maiores 
detalhes, consulte:
BRASIL. Casa Civil. Lei nº 9.609, de 19 de fevereirode 1998. Dispõe 
sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, 
sua comercialização no País, e dá outras providências. Brasília, 1998. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/LEIS/L9609.htm. 
Acesso em: 18 dez. 2018.
INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL (INPI). Programa 
de computador: mais informações. 2018. Disponível em: https://bit.ly/3iMJjYN. 
Acesso em: 5 out. 2018.
Existem também os chamados direitos conexos. E o que são?
Direitos conexos referem‑se à proteção para artistas intérpretes ou 
executantes, produtores fonográficos e empresas de radiodifusão, em 
decorrência de interpretação, execução, gravação ou veiculação das suas 
interpretações e execuções.
Essa proteção não afeta as garantias asseguradas aos autores das obras 
literárias, artísticas ou científicas. Os direitos de autor e os direitos 
79
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
conexos protegem diferentes pessoas. Por exemplo, no caso de uma 
canção, os direitos de autor protegem o compositor da música e o 
criador da letra; já os direitos conexos se aplicam aos músicos e ao cantor 
que interpretam a canção, ao produtor da gravação sonora (também 
chamada de fonograma) na qual a música é incluída e às empresas de 
radiodifusão que transmitem a música.
Qual é a validade dos direitos conexos?
É de setenta anos contados a partir de 1º de janeiro do ano subsequente à 
fixação, para os fonogramas; à transmissão, para as emissões das empresas 
de radiodifusão; e à execução e representação pública, para os demais casos 
(UTFPR, [s.d.]).
Já em relação às patentes, observe as orientações do Instituto Nacional da Propriedade Industrial:
Quais são os tipos de patentes e prazo de validade?
Patente de Invenção (PI) — Produtos ou processos que atendam aos requisitos 
de atividade inventiva, novidade e aplicação industrial. Sua validade é de 20 
anos a partir da data do depósito.
Patente de Modelo de Utilidade (MU) — Objeto de uso prático, ou parte deste, 
suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, 
envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou 
em sua fabricação. Sua validade é de 15 anos a partir da data do depósito.
Certificado de Adição de Invenção (C) — Aperfeiçoamento ou desenvolvimento 
introduzido no objeto da invenção, mesmo que destituído de atividade 
inventiva, porém ainda dentro do mesmo conceito inventivo. O certificado 
será acessório à patente e com mesma data final de vigência desta 
(INPI, 2018).
Em relação à marca, o INPI (2018) observa que “O registro de marca vigora pelo prazo de dez anos, 
contados da data da concessão, prorrogáveis por períodos iguais e sucessivos. O pedido de prorrogação 
deverá ser formulado durante o último ano de vigência do registro, mediante pagamento”.
O gestor precisa observar a forma de registro e a renovação do mesmo, quando necessário.
Em relação ao desenho industrial, informa o INPI (2018):
Uma vez concedido pelo Estado, o registro de desenho industrial é válido 
em território nacional e dá ao titular o direito, durante o prazo de vigência, 
de excluir terceiros de fabricar, comercializar, importar, usar ou vender a 
80
Unidade II
matéria protegida sem sua prévia autorização. O prazo de vigência é de 
dez anos contados da data de depósito, prorrogáveis por mais três períodos 
sucessivos de cinco anos. Vale ressaltar que durante o 5º ano de vigência é 
necessário o recolhimento da taxa quinquenal de manutenção, ou seja, o 
2º Quinquênio, conforme artigos 119 e 120 da Lei da Propriedade Industrial 
(LPI) – Lei 9.279, de 1996.
 Saiba mais
Outros links importantes no INPI:
Indicação geográfica: conceitos e como registrar:
BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Guia 
básico de indicação geográfica. Brasília, 2015. 
Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt‑br/servicos/indicacoes‑geograficas. 
Acesso em: 18 dez. 2018.
Guia básico de patentes:
BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Guia 
básico de patentes. Brasília, 2018c. 
Disponível em: https://bit.ly/3pZOEhd. Acesso em: 18 dez. 2018.
Guia básico de marcas:
BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Guia 
básico de marca. Brasília, 2018b. 
Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt‑br/servicos/marcas. Acesso em: 
18 dez. 2018.
81
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
7.2.1 Proteção sui generis
A proteção sui generis envolve basicamente três vertentes. Observe o quadro a seguir:
Quadro 9 
Topografia de circuito integrado
Envolve um conjunto organizado de interconexões, transistores e 
resistências, dispostos em camadas de configuração tridimensional sobre 
uma peça de material semicondutor. São conhecidos também como chips.
Cultivar
É uma nova variedade de planta, não encontrada na natureza, que possui 
características específicas resultantes de pesquisas em Agronomia e 
Biociências (Genética, Biotecnologia, Botânica e Ecologia).
Conhecimento tradicional
Envolve saberes empíricos, práticas, crenças e costumes passados de pais 
para filhos das comunidades indígenas ou de comunidade local (por 
exemplo, os ribeirinhos), sobre o uso de vegetais, micro‑organismos ou 
animais, cujas amostras contêm informações de origem genética. Por isso, 
seu acesso é controlado, no território nacional, para evitar usos indevidos 
em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou bioprospecção 
visando à aplicação industrial e aproveitamento comercial.
Fonte: Jungmann (2010).
8 BOAS PRÁTICAS E ÉTICA NOS NEGÓCIOS
O gestor de materiais e patrimônio deve levar em conta que o mundo dos negócios está mudando. Não 
se admitem práticas escusas, não transparentes. Especialmente os setores de compras das organizações 
estão cada vez mais monitorados e controlados. O mercado valoriza ações que garantam empresas 
comprometidas com a ética e com as boas práticas de mercado.
A seguir serão abordados setores que podem fazer parte tanto da organização que o gestor estiver 
prestando serviços quanto de organizações que possam se relacionar com a do gestor, seja em relações 
de compra ou venda, seja em relações de caráter institucional.
8.1 Governança corporativa
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa estabelece a definição:
Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais 
organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os 
relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos 
de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos 
em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de 
preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, 
facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão 
da organização, sua longevidade e o bem comum (IBGC, [s.d.]).
82
Unidade II
Observe‑se que as bases da governança corporativa procuram desenvolver na organização um 
ambiente de confiança entre todos os stakeholders (tudo e todos aqueles que, de alguma forma, se 
relacionam com a organização).
Para esclarecer ainda mais, observe‑se o que está consignado no livro Código das Melhores Práticas 
de Governança Corporativa:
Os princípios básicos de Governança Corporativa são:
Transparência
Mais do que a obrigação de informar é o desejo de disponibilizar para as 
partes interessadas as informações que sejam de seu interesse, e não apenas 
aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. A adequada 
transparência resulta em um clima de confiança, tanto internamente quanto 
nas relações da empresa com terceiros. Não deve restringir‑se ao desempenho 
econômico‑financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive 
intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à criação de valor.
Equidade
Caracteriza‑se pelo tratamento justo de todos os sócios e demais partes 
interessadas (stakeholders). Atitudes ou políticas discriminatórias, sob 
qualquer pretexto,são totalmente inaceitáveis.
Prestação de Contas (accountability)
Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação, assumindo 
integralmente as consequências de seus atos e omissões.
Responsabilidade Corporativa
Os agentes de governança devem zelar pela sustentabilidade das organizações, 
visando à sua longevidade, incorporando considerações de ordem social e 
ambiental na definição dos negócios e operações (IBCG, 2009).
A governança corporativa estabelece uma base de confiança na organização, pois os princípios 
propiciam relações sadias e equilibradas.
A área de compras é uma área especialmente importante, pois trata da aquisição de produtos 
variados que são indispensáveis para o bom funcionamento da organização.
Pereira (2017) lembra que:
Governança corporativa é, sobretudo, sinônimo de tomada de decisão. Em outras 
palavras, significa pôr a casa em ordem, sem esconder a sujeira embaixo do tapete. 
Mas, como começar a usar uma prática efetiva de gerenciamento nos negócios?
83
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Um bom começo para tomar as rédeas da empresa e domar percalços é 
exercer o controle total do setor de compras, área estratégica da empresa, 
já que seu poder de negociação interfere diretamente no preço final dos 
produtos e, logo, na competitividade. Afinal, cada R$ 1 economizado em 
compras é R$ 1 a mais no lucro da empresa.
 Observação
Uma área de compras bem estruturada e transparente evita episódios 
de corrupção que podem comprometer a imagem de toda a organização.
O que são os stakeholders? Bezerra (2014) apresenta a definição clássica de stakeholders:
Stakeholder é uma pessoa ou grupo que possui participação, investimento ou 
ações e que possui interesse em uma determinada empresa ou negócio. O inglês 
stake significa interesse, participação, risco. Enquanto holder significa aquele que 
possui. Stakeholder também pode significar partes interessadas, sendo pessoas ou 
organizações que podem ser afetadas pelos projetos e processos de uma empresa. 
Como exemplos de stakeholders imaginamos que estes estão relacionados ao 
projeto, e, por isso, seriam o gerente, o patrocinador, a equipe e o cliente do projeto 
em questão, mas na prática, existem diversas outras partes interessadas, entre as 
quais podemos citar: concorrentes, fornecedores e investidores, por exemplo.
Ou seja, o conceito inicial era aquele que definia quem possuía participação acionária para todos os 
que se relacionam com a organização. Para ilustrar, observe a figura a seguir, conforme Bezerra (2014):
Fornecedores Comunidade local
Mídias
Grupos 
específicos Clientes
Governos
Empregados
Proprietários
Outros 
(eventuais)
Defesa do 
consumidor
Defesa do 
ambiente Concorrentes
Empresa
Figura 15 – Stakeholders
 Lembrete
Compreender todos os aspectos da governança corporativa permite 
que o gestor atue de forma cada vez mais afinada com os valores que o 
mercado espera ver nas organizações.
84
Unidade II
8.2 Compliance
Veríssimo (2017, p. 13) lembra que a palavra compliance é de procedência inglesa e significa “estar 
de acordo, cumprir com as leis e regulamentos estatais”, em conformidade com as boas práticas de 
mercado, com a ética e com a transparência.
Makishi (2018) elenca as principais atribuições da área:
As principais atribuições das áreas de “Compliance” são essencialmente os 
chamados “Pilares do Programa de Compliance”. São elas:
(a) Identificar os riscos enfrentados pela organização e orientar a organização 
sobre eles (identificação)
(b) Desenvolver e implementar mecanismos de controle para proteger a 
organização dos riscos identificados (prevenção)
(c) Monitorar e reportar sobre a efetividade dos controles na administração 
da exposição a tais riscos (monitoramento e detecção)
(d) Resolver dificuldades e ocorrências de não conformidade caso e conforme 
ocorram (resolução de problemas)
(e) Orientar as áreas de negócios da organização sobre as regras/normas 
e controle.
Ou, em outras palavras, a área de Compliance monitora possíveis problemas. A área de Materiais 
e Patrimônio é suscetível a uma série de problemas, pois está constantemente envolvida com compra 
e venda, ou seja, movimentando valores. O gestor da área deve colaborar com a área de Compliance, 
auxiliando‑a no que for necessário e contribuindo com ideias, além de reportar eventuais problemas.
Neto (2017) estabelece alguns setores de atuação da área:
O compliance corporativo contém, por princípio, um destacado teor de 
transparência que permite aos diversos grupos interessados acompanhar as 
atividades e o cumprimento das regras externas e internas que precisam ser 
atendidas, evitando fraudes e o descumprimento de requisitos que possam 
colocar em risco a sobrevivência institucional.
A garantia da segurança refere‑se ao manejo de eventos que podem ou 
poderão resultar em responsabilidade para os prestadores de cuidados de 
saúde. Falhas e incidentes de diversos graus encontram‑se nesse âmbito. 
A Joint Commission conceitua gestão de risco como um conjunto de 
atividades clínicas e administrativas realizadas para identificar, avaliar e 
reduzir o risco de lesões aos pacientes, funcionários e visitantes e o risco de 
85
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
perda para a organização em si. Assim, ela não se restringe ao atendimento 
do paciente, mas estende‑se aos funcionários, visitantes e à organização 
como um todo. Deve, portanto, colaborar com outros setores, unidades 
e serviços para afiançar a conformidade com padrões que controlam as 
operações realizadas pelas organizações de saúde.
A satisfação dos grupos interessados relaciona‑se com o atendimento 
às necessidades e expectativas dos clientes, funcionários/colaboradores, 
acionistas/proprietários e sociedade. É consequência de uma atuação 
coletiva institucional que advém da atitude de “querer fazer o melhor”, 
concretizando‑se, por fim, na excelência dos serviços.
O quadro a seguir reúne o que o autor classifica de Sistema Global de Compliance. Observe que a 
área abordada pelo autor é a área médica. Com as devidas adaptações, esse sistema pode servir para 
qualquer área, haja vista que são três vertentes a serem consideradas: a legal (que observa todos os 
regramentos), a segurança e a satisfação organizacional.
Quadro 10 – Compliance
Sistema global de compliance
Compliance corporativo Garantia de segurança Satisfação dos grupos
Prevenir fraudes e abusos 
econômico‑financeiros.
Cumprir exigências legais sanitárias, 
trabalhistas, contábeis e financeiras.
Mitigar questões advindas de 
relatórios e auditorias.
Detectar e corrigir situações 
que impedem ou dificultam o 
cumprimento de leis, normas e 
regras.
Eliminar atividades ou práticas 
perigosas através da identificação e 
minimização proativa de riscos.
Minimizar e mitigar situações de risco 
através da modificação de processos/
sistemas.
Dispor de um sistema de abordagem 
sistemática de incidentes.
Melhorar a segurança de todos 
(pacientes, visitantes, funcionários, 
voluntários etc.).
Proteger os ativos financeiros e a 
reputação da organização.
Detectar e corrigir situações que 
aumentam a insatisfação.
Encorajar os padrões mais elevados 
de cuidado.
Eliminar ou educar funcionários 
e prestadores com precário 
desempenho.
Melhorar o nível médio da prática 
assistencial e administrativa.
Recompensar a excelência.
Fonte: Neto (2017).
 Saiba mais
Compreender todos os aspectos da governança corporativa permite 
que o gestor atue de forma cada vez mais afinada com os valores que 
o mercado espera ver nas organizações. Saiba mais a respeito no site do 
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
Disponível em: www.ibgc.org.br. Acesso em: 6 nov. 2018.
86
Unidade II
8.3 Ombudsman e outros
Marques (2016) explica o conceito de ombudsman:
O termo ombudsman tem origem na Suécia e significa “representante do 
cidadão” ou “provedor da justiça”. A figura do ombudsman surgiu em 1809, 
nos países escandinavos, com a função de mediar e buscaras soluções 
para as reclamações da população no Parlamento. Aqui no Brasil, o cargo 
de ombudsman é semelhante ao de um ouvidor, responsável por mediar a 
conversa entre cliente e empresa.
Este é um cargo obrigatório nos órgãos públicos brasileiros, que devem 
sempre buscar as soluções para os problemas apresentados pelos clientes. 
Na iniciativa privada, essa função nem sempre é realizada — o que pode ser 
muito prejudicial para as empresas e para o bom relacionamento com o cliente.
Observe que a preocupação é ouvir aquele que consome um determinado produto e/ou serviço. 
O ombudsman deve ser independente, capaz de analisar a atuação da organização e, se for o caso, 
fazer críticas e propor correções de rotas.
O jornal Folha de São Paulo possui a figura do ombudsman. Nas organizações públicas ou privadas, 
há outros setores que acabam por exercer funções semelhantes:
• Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), no caso das organizações privadas;
• Ouvidorias, no caso das organizações públicas.
 Observação
Há organizações privadas que também possuem ouvidorias, além dos 
SACs. Normalmente, as organizações privadas deixam o atendimento das 
ouvidorias para casos excepcionais.
O primeiro passo é conhecer as diferenças entre as duas. De acordo com 
a Abrarec (Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente), o SAC é 
responsável por atender às demandas relativas a solicitações, dúvidas, 
reclamações e elogios. Para solucionar os problemas dos clientes, o serviço 
trabalha de acordo com processos vigentes e com padrões de atendimento 
e soluções predefinidos.
Já a ouvidoria, de acordo com o Guia de Ouvidorias Brasil, da Abrarec, faz 
um atendimento focado no coletivo, porém, sem desprezar os interesses 
individuais. Esse serviço é a última instância para a solução dos conflitos 
entre empresa/fornecedor e cliente. Além disso, ela possui autonomia, caso 
seja necessário contatar diversas áreas da empresa (INFOMONEY, 2011).
87
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Já as ouvidorias em órgãos públicos têm funções mais amplas, que podem recepcionar desde a 
insatisfação do cidadão com determinado serviço público até denúncias de corrupção, por exemplo.
Ouvidoria Geral do Estado de São Paulo
Funções
A Ouvidoria Geral do Estado tem, entre outras, as seguintes atribuições:
Promover a proteção e a defesa do usuário do serviço público do Estado de 
São Paulo.
Fomentar a transparência pública e contribuir para a aplicação das normas 
de acesso à informação previstas na lei.
Realização a orientação normativa e o acompanhamento das ouvidorias, 
sugerindo ações para melhoria do atendimento ao usuário e do 
funcionamento do serviço público estadual.
Sistematizar informações e produzir estatísticas indicativas do nível de 
satisfação dos usuários dos serviços públicos.
Promover treinamento para capacitação dos servidores no atendimento 
ao cidadão.
Administrar o Portal da Transparência Estadual (www.transparencia.sp.gov.br), 
que disponibiliza dados relevantes da Administração Direta, Indireta e 
Fundacional.
Gerenciar e orientar o uso do portal Governo Aberto (OUVIDORIA GERAL DO 
ESTADO DE SÃO PAULO, [s.d.]).
O gestor de materiais e patrimônio precisa observar que sua organização faz parte da sociedade e, 
como tal, há princípios que precisam ser seguidos. Tais princípios valorizam:
• A organização: todos se beneficiam de uma organização que respeita as leis e as normas às 
quais está submetida. Escândalos ou desvios de qualquer natureza criam um viés negativo, além 
das consequências naturais de comportamentos não éticos (processos criminais, processos civis, 
reparação de danos, entre outros).
• Os colaboradores e todos os outros stakeholders: em termos organizacionais, um setor 
de compliance atuante ajuda a manter a reputação do corpo funcional e de toda a rede de 
relacionamento da empresa.
88
Unidade II
 Saiba mais
Para finalizar esta seção, acesse os links a seguir para conhecer mais a 
respeito de dois importantes conceitos que todo o gestor moderno precisa 
saber: a possibilidade de responsabilização da pessoa jurídica. As empresas 
podem ser responsabilizadas tanto nas esferas civil e administrativa quanto 
na esfera penal.
Leia o artigo:
NEVES, R. S. das. Lei Anticorrupção: a responsabilização administrativa 
e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração 
pública. Jus Navigandi, jun. 2014. Disponível em: https://bit.ly/35urCFK. 
Acesso em: 6 nov. 2018.
 Observação
A atividade de gestão deve reunir o máximo de informações possíveis: 
o gestor analisa cada caso concreto e aplica seu conhecimento para 
administrá‑lo nas melhores formas da eficiência e da eficácia.
 Resumo
A presente unidade teve como objetivo destacar ao estudante aspectos 
pertinentes à atividade de compras: os objetivos, os pontos de maior 
destaque e o estabelecimento de uma estrutura que possa ser pautada 
com parâmetros modernos da área de gestão. Conceitos atuais, como o de 
procurement, que é uma evolução do comprador tradicional, exemplificam 
a importância cada vez maior dessa área para as organizações.
Foram apresentados os tipos e as modalidades de licitação, além dos 
fundamentos legais de sua prática. O gestor que se dedicar a comprar ou 
vender para organizações públicas precisa observar esses regramentos.
A unidade também tratou de pontos complementares da gestão de 
patrimônio. Questões como a lucratividade, a qualidade e a satisfação dos 
clientes são sempre objetos de preocupação.
Foram abordados os direitos de autor, direitos de propriedade e 
os direitos sui generis. Também foram apresentados os conceitos de 
stakeholders e outros relacionados com as políticas de transparência 
e combate às irregularidades nas organizações, como o compliance, a 
governança corporativa e a figura do ombudsman.
89
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
 Exercícios
Questão 1. “Hoje, as empresas têm que lutar por um diferencial que as deixem mais sedutoras ao 
mercado, competitivas em seus segmentos. Nesse contexto, há de se chamar à atenção um setor que 
há alguns anos era visto como um departamento no qual as atividades eram burocráticas e repetitivas, 
um verdadeiro centro de despesas e que, se começar a ser tratado como um setor estratégico, ajudará 
as organizações nesse intento: o Setor de Compras” (FONTOLAN, 2011).
Neste sentido, observando o aumento do papel estratégico, além do aumento da tecnologia que o 
setor dispõe, aponte a alternativa que descreve corretamente alguns elementos das compras técnicas:
A) Área de suporte, foco em custo, gestão de fornecedores e planejadora.
B) Área de suporte, foco em preço, gestão de fornecedores e planejadora.
C) Gestora de categoria, gestão de fornecedores, avança na cadeia de suprimentos e atende por demanda.
D) Foco em preço, cadastro de fornecedores, atende por demanda e etapa da cadeia de suprimentos.
E) Foco na geração de valor a partir do gasto, preditiva, integração total na cadeia de suprimentos 
e função no negócio.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: a alternativa coloca corretamente alguns dos elementos da divisão do setor em técnico. 
Neste modelo, que é intermediário no quesito de uso da tecnologia, o setor de compras deixa de ser 
meramente acessório e passa a atuar de forma mais autônoma, trazendo mais soluções às demais áreas 
da empresa.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: a alternativa está incorreta apenas por um elemento, que é o foco em preço. O foco em 
preço está atrelado ao setor quando ele quase não usa a tecnologia a seu favor e acaba por desempenhar‑se 
à reboque dos demais setores.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: de forma até intuitiva é possível observar que o “atende por demanda” não é algo 
característico de um setor que busca autonomia. Atender por demanda está ligado ao processo tático do 
setor de compras, e o processo tático é aquele ligado aos estágios iniciais do desenvolvimento do setor.
90
UnidadeII
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: todos os elementos apontados na alternativa fazem parte, na verdade, das compras 
táticas, estágio precedente ao estágio técnico.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: todos os elementos apontados na alternativa fazem parte do estágio subsequente 
ao estágio técnico, o chamado estágio estratégico, em que o envolvimento com tecnologia é 
muito maior e o setor trabalha quase que de forma autônoma, a fim de contribuir para melhores 
resultados gerais da empresa.
Questão 2. “Os países ocidentais têm vivenciado uma crescente demanda de accountability como 
elemento fundamental à democratização do Estado. Tal demanda tem ensejado a defesa da transparência 
das instituições e das políticas públicas por ele implementadas. Essa defesa, por sua vez, visa tornar os 
governos responsáveis diante do público. O objetivo desse artigo é formular uma perspectiva crítica ao 
que nomeamos como “política da transparência” em favor do que chamamos de “política da publicidade”. 
Esta última tem como perspectiva fornecer um argumento normativo para o conceito de accountability, 
no sentido de aprofundar a democracia e fortalecer os processos de gestão pública” (FILGUEIRAS, 2011).
Como se pôde notar, o conceito de accountability é muito importante na administração pública, no 
entanto, a fim de melhorar os processos, o conceito vem sendo amplamente utilizado pelas empresas 
privadas também.
Sobre a governança corporativa, assinale a alternativa que descreve corretamente a importância da 
accountability para os gestores de materiais e patrimônio:
A) Permite que o comprador tenha sagacidade ao negociar os produtos pretendidos pela empresa, ademais, 
accountability é um instrumento contábil que colabora na percepção dos preços justos dos materiais.
B) O processo chamado de accountability fornece meios pelos quais a empresa fornecedora se exime 
de dolo ou culpa ao adquirir produtos de procedência duvidosa.
C) Accountability é o uso desmesurado de práticas contábeis. Se por um lado isso acaba por engessar 
a operação, por outro, acaba por diminuir os possíveis erros das áreas ligadas à gestão de materiais 
e patrimônio.
D) Accountability é um procedimento que permite que o responsável por determinada ação possa 
ser constrangido por demais pessoas ou áreas, diminuindo os riscos de procedimentos que vão de 
encontro aos objetivos da companhia.
E) Accountability é uma das formas de que a empresa dispõe para melhorar os resultados 
financeiros, unindo, por meio da tecnologia, a área de gestão de patrimônio e materiais às 
áreas financeira e contábil.
Resposta correta: alternativa D.
91
RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: apesar de aplicações em instrumentos contábeis, a accountability não tem nada a ver 
com sagacidade ou observância de preços justos à companhia.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: é justamente o oposto. Em um ambiente de governança corporativa, o processo de 
accountability fornecerá mecanismos que inibem a tomada de decisões que vão de encontro ao que se 
deseja dentro da companhia.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: accountability não é a prática desmesurada de práticas contábeis.
D) Alternativa correta.
Justificativa: accountability são mecanismos que permitem o controle das operações por meio 
de formas que permitem outras pessoas/áreas acompanhem os processos e, a partir deles, possam 
constranger os responsáveis pela operação.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: a conexão entre as áreas de contabilidade e financeira e a de gestão de materiais e 
patrimônio não é de responsabilidade da accountability.
92
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
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Figura 2
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Figura 4
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Figura 8
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Figura 9
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Figura 10
TADEU, H. F. B.; ROCHA, F. M. Fundamentos da Gestão de Estoques. In: ABREU, H. F. B. (Org.) Gestão 
de estoques. Fundamentos, modelos matemáticos e melhores práticas aplicadas. São Paulo: Cengage 
Learning, 2017. p. 11.
Figura 12
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mais estratégica. O Papel, p. 32‑34, 20 fev. 2018. Disponível em: <http://www.revistaopapel.org.br/
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93
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de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências. 
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