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AVALIAÇÃO - 6,0 PONTOS_ Revisão da tentativa LIBRAS

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Diretor Geral 
Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino e Pós-graduação
Daniel de Lima
Diretor Administrativo 
Eduardo Santini
Coordenador NEAD - Núcleo
de Educação a Distância
Jorge Van Dal
Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Victor Biazon
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Projeto Gráfico e Editoração
André Oliveira Vaz
Revisão Textual
Leandro Vieira
Web Designer
Thiago Azenha
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E 
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ. 
Núcleo de Educação a Distância;
GONÇALVES, Heider Jeferson.
Gestão de Compras Públicas. Heider Jeferson. Gonçalves.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2019. 158 p.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária
Zineide Pereira dos Santos.
UNIFATECIE Unidade 1
Rua Getúlio Vargas, 333,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 2
Rua Candido Berthier
Fortes, 2177, Centro
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 3
Rua Pernambuco, 1.169,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.fatecie.edu.br
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir
do site ShutterStock
Professor Esp. Heider Jeferson Gonçalves
• Especialista em Gestão Pública (Instituto ESAP). 
• Especialista em Gestão Ambiental (UTFPR).
• Bacharel em Administração (Unespar/Fafipa). 
• Bacharel em Ciências Contábeis (Unespar/Fafipa). 
• Professor Formador EAD - UniCesumar.
• Professor Conteudista/Formador EAD - UniFatecie.
• Professor dos cursos de Tecnologia em Processos Gerenciais, Marketing e 
Administração – UniFatecie. 
• Coordenador Geral de Extensão da UniFatecie.
Possui ampla experiência na área de Administração, com ênfase em Administração 
Pública, na Educação a Distância - EaD, onde atuou como Tutor presencial do curso de Es-
pecialização em Gestão Pública pela UTFPR, e em Práticas Legislativas, sendo Vereador 
por dois mandatos consecutivos (2005-2008 / 2009-2012). Atuou como Servidor Público 
em Cargo Comissionado no cargo de Chefe de Gabinete do Poder Executivo Municipal 
e membro de Comissões de Licitação e Contratos. Foi Coordenador dos cursos de Admi-
nistração e Tecnologia em Processos Gerenciais da UniFATECIE (2018). Atualmente é o 
Coordenador geral de Extensão da Faculdade de Tecnologia e Ciências do Norte do Para-
ná - UniFATECIE, pesquisador e membro do Conselho de Pesquisa e Extensão - ConPEx.
AUTOR
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), se você é interessado por estes assuntos ligados a admi-
nistração pública, e mais especificamente em compras públicas, quero lhe dizer que isso 
é uma ótima notícia, pois nosso país está precisando muito de pessoas capacitadas e 
preparadas para lidar com estas questões, e isso já é um grande passo de uma importante 
jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora. 
Convido-lhe para que juntos possamos construir o conhecimento sobre os con-
ceitos que aqui serão apresentados, e que são fundamentais para Administração Pública, 
principalmente no que tange as compras públicas e os processos licitatórios.
Na unidade I, vamos trabalhar alguns pontos essenciais a respeito da gestão de 
compras como o planejamento das compras e sua importância para as organizações, as 
fases e o processo de Compras, visando descrever e analisar como acontecem, sobre ne-
gociação em compras, compreender a importância da negociação para melhores compras, 
políticas nas Compras Públicas e Princípios da Licitação, como ocorrem e a importância no 
contexto público.
Já na unidade II, iremos focar na fase interna da licitação e procedimentos pré-
vios, abordar sobre o planejamento das contratações, as modalidades e tipos de licitação, 
pesquisa de mercado, preços, estimativa e previsão orçamentária. Iremos também falar 
sobre parcelamento e fracionamento, suas diferenças e similaridades, assim como as possi-
bilidades de indicação de marca nos processos licitatórios. Outros pontos fundamentais são 
os referentes ao Projeto Básico, Termo de Referência e Elaboração do Edital, abordando 
também os critérios de habilitação e Análise Jurídica.
Depois, na unidade III, temos o propósito de entender melhor sobre Comissões 
de Licitação, as questões e importância da Publicidade e também verificar como acontece 
a Impugnação e pedidos de esclarecimentos. Vamos ainda estudar sobre Revogação e 
anulação de processos licitatórios, através de conceitos e exemplos.
E por fim, na unidade IV, vamos estudar sobre a modalidade Pregão e a Contra-
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
tação Direta, onde buscaremos entender sobre a modalidade do Pregão, tanto no formato 
presencial quanto o eletrônico, iremos verificar como acontece o Sistema de Registro de 
Preços, compreender as questões relacionadas a Contratação Direta e mais especificamen-
te estudar sobre Inexigibilidade e Dispensa de Licitação, utilizando não somente conceitos 
mas exemplos e casos concretos.
Aproveito este momento para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer 
esta jornada de conhecimento e multiplicar conhecimentos sobre os assuntos abordados 
em nosso material. 
Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e profissional. 
Muito obrigado e ótimos estudos!
 
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 7
Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
UNIDADE II ................................................................................................... 39
Fase Interna da Licitação e Procedimentos Prévios
UNIDADE III .................................................................................................. 88
Fase Externa da Licitação
UNIDADE IV ................................................................................................ 117
Modalidade Pregão e Contratação Direta
7
Objetivos de Aprendizagem
• A importância do planejamento nas compras.
• Conhecer as fases e os processos de compras.
• Entender o processo de negociação em compras.
• Compreender as Compras Públicas e Princípios da Licitação.
Plano de Estudo
• Planejamento das compras
• Fases e Processo de Compras
• Negociação em compras
• Compras Públicas e Princípios da Licitação
UNIDADE I
Noções Gerais Sobre Gestão 
de Compras
Professor Esp. Heider Jeferson Gonçalves
8UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), atualmente a Gestão de compras tem um papel estratégico 
e fundamental nos negócios e nas organizações, visto o grande volume de recursos finan-
ceiros envolvidos nessas atividades, influenciando diretamente em estoques, produção, 
logística e no relacionamento com os clientes e fornecedores, onde no setor público é 
algo ainda mais crítico e criterioso, pois deve obedecer uma série de regras e leis que 
regulamentam tais atividades. 
O processo de compras tem papel primordial nas organizações, tanto nos setores 
público e privado, onde o ambiente externo e interno exercem forças sobre todos os setores 
organizacionais e exigem respostas rápidas com intensidade e força para o equilíbrio entre 
o que o mercado e a sociedade exigem e o que essas organizações públicas ou privadas 
podem realmente oferecer para atender essas demandas. Hoje a gestão de compras é 
vista como uma parte integrante da chamada cadeia de suprimento (supply chain), em 
que muitas organizações passaram a utilizar a denominação gerenciamento da cadeia de 
suprimentos (SCM), sendo importante para o processo de compras, focado nas transações 
ocorridas entre os participantes do processo de compras, logística e produção. É importante 
destacar que a gestão dos níveis de estoques é também responsabilidade dos profissionais 
de compras, onde altos níveis de estoque geram altos custos de manutenção, gerando 
também muitas outras despesas com o espaço de estoque ocupado, custo do capital para-
lisado que fora investido na aquisição deste estoque. Entretanto, níveis de estoque muito 
baixos podem trazer sérios problemase geração de diversos riscos, pois qualquer detalhe, 
nesse sentido, pode vir a prejudicar a organização, principalmente se esta for pública, onde 
o cidadão quase sempre é dependente dos serviços públicos essenciais como saúde, edu-
cação, políticas sociais, saneamento básico, entre tantos outros.
Nesta primeira unidade de nosso material, vamos trabalhar alguns pontos importan-
tes a respeito da gestão de compras como o planejamento das compras e sua importância 
para as organizações, as fases e o processo de Compras, visando descrever e analisar 
como acontecem sobre negociação em compras, para compreender a importância da ne-
gociação para melhores compras, políticas nas Compras Públicas e Princípios da Licitação, 
como ocorrem e a importância no contexto público.
Vamos em frente, pois temos muito a aprender.
Desejo a você, ótimos estudos!
9UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
PLANEJAMENTO DAS COMPRAS
O planejamento de compras é extremamente importante para o funcionamento de 
qualquer organização, pública ou privada, grande ou pequena, e de qualquer segmento. Os 
gestores precisam entender a necessidade da aquisição e dominá-la para evitar prejuízos 
futuros. É através do planejamento de compras por exemplo que é possível calcular o preço 
da venda de um produto, sendo fundamental para o sucesso organizacional, e é através 
deste planejamento que os gestores podem organizar suas contas, tanto para receber e 
pagar o que for preciso.
De acordo com Maximiano (2004), entende-se por planejamento a atividade de 
se definir um futuro desejado e de se estabelecer os meios pelos quais este futuro será 
alcançado. Trata-se essencialmente de um processo de tomada de decisões, caracterizado 
por haver a existência de alternativas.
É importante destacar nesse momento que o Planejamento é uma função básica e 
essencial para a gestão de qualquer tipo de organização, sendo umas das quatro funções 
básicas ou fundamentais da Administração, amplamente conhecido como “PODC”, definidas 
por Peter Drucker, considerado o pai da Administração moderna, em que o Planejamento é 
a primeira das funções básicas, seguida pelas demais. Vejamos na figura a seguir.
10UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
Figura 1: AS FUNÇÕES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
 FONTE: CHIAVENATO, 2004.
Para Chiavenato (2004, p. 152) “O planejamento é a primeira das funções adminis-
trativas e é a que determina antecipadamente quais são os objetivos a serem atingidos e 
como alcançá-los”
Pensando em compras, podemos entender que sem planejamento não se con-
segue alcançar os objetivos na forma e com efeito desejado, podendo até mesmo nunca 
alcançá-lo de forma alguma, pois não podemos fazer compras de insumos ou qualquer 
coisa a esmo, ou seja, pela sorte ou acaso, ou ainda pior, no “achismo”, é preciso planejar 
para poder comprar com sucesso. Por que será que justamente é o planejamento o inicio 
deste ciclo de gestão? Será que é porque não se pode chegar a lugar algum sem planeja-
mento? Isso é fato!
Vamos destacar que o planejamento é uma atividade contínua entre todos os níveis 
organizacionais, em que cada nível de planejamento apresenta suas características pró-
prias para o alcance de um objetivo comum e determinado, buscando assim a excelência 
em compras por exemplo. Planejar bem para comprar bem.
O planejamento não assegura o sucesso e nem elimina os riscos por completo, na 
verdade ele ajuda a organização a detectar as ameaças e prevenir erros, antes que acon-
teçam e causem prejuízos, ainda mais nos dias de hoje, onde a antecipação às mudanças 
torna-se cada vez mais essencial para as organizações. 
Oliveira (2006, p.45), caracteriza o planejamento de acordo com os níveis hierár-
11UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
quicos considerados, e o distingue em três tipos de planejamento, que são citados a seguir:
• Planejamento Estratégico;
• Planejamento Tático;
• Planejamento Operacional. 
Vejamos a figura abaixo:
Figura 2: TIPOS DE PLANEJAMENTO
FONTE:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8q5CesureQA>. Acesso em: 12/Fev /2019.
Na Gestão de Compras, planejar é essencial para atingir os resultados esperados, 
principalmente para reduzir custos e com isso maximizar lucros, pois comprando melhor, 
vende-se melhor e obtêm-se melhores resultados.
É muito claro que toda atividade na empresa precisa ser bem planejada para surtir 
efeitos positivos, onde, nesse contexto, o planejamento de compras é fundamental para ter 
um controle adequado do departamento, garantir a competitividade do negócio e manter 
as finanças em dia. É importante saber que a gestão das compras feita de modo adequado 
pode representar uma economia significativa, que eleva a rentabilidade da organização, 
tornando-a mais sustentável e duradoura.
Para Chiavenato (2005), o órgão de compras, que constitui o elemento de ligação 
entre a empresa e o seu ambiente externo, é o responsável pelo suprimento dos insumos 
https://www.youtube.com/watch?v=8q5CesureQA
12UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
e materiais necessários ao funcionamento do seu sistema produtivo.
Podemos dizer que uma gestão de compras bem feita prevê quando determinados 
itens devem ser adquiridos ou repostos, pois, se você não fizer um planejamento de com-
pras correto, poderá ter sérios problemas com prejuízos financeiros e também de gestão. 
Por isso, um passo inicial para um bom planejamento de compras é ter uma previsão de 
vendas, variando de acordo com os prazos estabelecidos e conforme o mercado em que 
atua, e como próximo passo, deve-se ajustar o orçamento da organização às suas reais 
necessidades, pois é preciso saber exatamente o que vai comprar e quanto vai comprar, 
para não ter excessos e minimizar prejuízos, levando-se em conta tanto o fluxo de caixa, 
como os lucros projetados e as previsões orçamentárias e, logo após, é preciso fazer as 
compras e acompanhar se tudo o que foi comprado ou pedido foi realmente recebido.
Assim, podemos destacar alguns passos importantes sendo: 1. Previsão de Vendas 
ou consumo; 2. Ajuste orçamentário e consulta ao caixa; 3. Executar as compras e controlar 
recebimentos.
É importante compreender também que para que um planejamento de compras 
seja realmente confiável, ele depende de outros planejamentos tão importantes quanto, 
que são por exemplo o planejamento de vendas e o planejamento de estoques.
Considerando que é tão importante também o planejamento das vendas e dos 
estoques, e além disso as questões logísticas, o conceito de compras envolve todo o pro-
cesso de localização de fornecedores e fontes de suprimento, aquisição de materiais por 
meio de negociações de preço e condições de pagamento, bem como o acompanhamento 
do processo junto aos fornecedores escolhidos e o recebimento do material comprado para 
controlar e garantir o fornecimento dentro das especificações solicitadas. Em alguns casos, 
o órgão de compras é o intermediador entre o sistema de produção da empresa e as fontes 
supridoras que existem no mercado (CHIAVENATO, 2005). Portanto, as compras deter-
minam todo o nível de relacionamento com os fornecedores, pois envolvem os processos 
logísticos de localização, movimentação e suprimentos, negociação, e resultados quanto a 
custos, preços e lucratividade, 
Segundo Bertaglia (2003), comprar é o conceito utilizado na indústria com a finali-
dade de obter materiais, componentes, acessórios ou serviços. É o processo de aquisição 
13UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
que também inclui a seleção dos fornecedores, os contratos de negociação e as decisões 
que envolvem compras locais ou centrais. Por mais que haja variações e diferentes tipos 
de compras, essa é uma maneira de saber antecipadamente a alocação dos recursos e 
quando o planejamento deve ser colocado em prática.
Para elaborar o planejamento das compras, diversos fatores devem ser considerados:
• quantidade de insumos,matérias-primas, bens, consumíveis e serviços com-
prados ao longo do ano;
• inventário atual;
• informações sobre as vendas realizadas no ano imediatamente anterior;
• pedidos realizados, conforme o seu negócio.
São alguns exemplos de fatores a serem considerados antes de efetuar uma 
compra.
A partir desse planejamento, consegue-se ter uma visão mais abrangente e que 
considera aspectos sazonais, ou seja, períodos que têm mais ou menos saída.
De acordo com Bertaglia (2003), assim como nas compras individuais efetuadas 
por consumidores, as compras empresariais variam de acordo com o envolvimento na 
decisão de compra. As circunstâncias variam e vão desde compras rotineiras até compras 
complexas de algo totalmente novo.
Para Bertaglia (2003), pode-se dizer que as decisões de compras são classificadas em:
a) Compras de reposição: correspondem às compras contínuas, normalmente 
controladas por pontos de pedido, ou seja, quando uma determinada quantidade mínima é 
alcançada e, a reposição precisa ser efetuada. Algumas considerações relacionadas a esse 
tipo de aquisição são: 
• reposição de itens sem modificações nos pedidos ou trabalhando com conceitos 
colaborativos ou contratos de entrega; 
• baseado em histórico de relacionamento; 
• selecionado de uma lista de fornecedores preferenciais. 
b) Compras modificadas: as aquisições dessa categoria incluem trocas de forne-
cedores de um tipo específico de serviço ou produto. Por exemplo, a troca do parque de 
computadores pessoais do fornecedor A para o B, ou mesmo a troca de impressoras de um 
14UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
modelo por outro mais avançado ou com melhor desempenho. As características dessas 
compras são: 
• envolvimento moderado; 
• exigência de pesquisa; e 
• necessita de outras pessoas na tomada de decisão.
c) Compras novas – projetos: as compras novas se referem aos tipos de aquisições 
não comuns na organização, como serviços e equipamentos especiais, como é o caso 
de empilhadeiras, grandes computadores, implementações de sistemas de gestão empre-
sarial. Quase sempre, esse processo envolve muitas pessoas e requer a elaboração de 
projetos internos. 
Entre as características, estão: 
• alto envolvimento; 
• custo e risco elevados; 
• grande número de participantes na tomada de decisão; 
• a decisão incorpora especificações, pesquisa do item e de fornecedores, cota-
ções, pedidos, condições comerciais e outros. 
Ainda segundo Bertaglia (2003), entender o comportamento de compra, de con-
sumidores e de clientes empresariais, pode levar a uma vantagem competitiva e a um 
melhor planejamento estratégico, em que as decisões de compras de uma organização e 
as influências sobre elas afetam diretamente a cadeia de abastecimento, e o funcionamento 
da organização.
Bertaglia (2003) afirma que os estágios mais comuns em um processo de compras 
são os seguintes:
Figura 3: ESTÁGIOS DE UM PROCESSO DE COMPRAS
FONTE: Bertaglia (2003)
15UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
FASES E PROCESSO DE COMPRAS
O processo de compras de uma organização, seja ela pública ou privada, impacta 
diretamente em sua saúde econômico-financeira, pois envolve a movimentação de recursos, 
principalmente financeiros e humanos. É uma atividade essencial para suprir a organização 
com todos os insumos necessários para a realização de suas atividades e até mesmo a sua 
própria sobrevivência. Trata-se de um processo até simples, considerada uma operação 
cotidiana das empresas, mas que precisa de alguns cuidados e principalmente, seguir 
algumas fases para que tenha os melhores resultados. Assim, cabe aos responsáveis por 
este processo ficarem sempre atentos a diversos fatores como preço, prazo, volume e 
qualidade, para que possam se beneficiar deste processo, e ter o sucesso ou resultados 
esperados.
É fato que hoje em dia muitas empresas estão buscando alternativas para se 
ajustarem a margens de lucro cada vez menores, e apresentam sérias dificuldades para 
sobreviver, em busca de formas para reduzir seus gastos, alguns muitas vezes até desne-
cessários, diminuir perdas e eliminar qualquer tipo de desperdícios, sabendo que a redução 
de custos é sempre uma das melhores opções, e não o aumento de preços ao consumidor, 
que pode causar perda de mercado para os concorrentes e ate refletir negativamente na 
imagem da empresa. Pois bem, é aqui que a gestão de compras pode ser uma ótima 
solução, pois se realizadas de maneira otimizada e inteligente, pode gerar um grande dife-
16UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
rencial competitivo diante da concorrência, seguindo corretamente as fases do processo ao 
alcance dos resultados.
Devemos compreender também, que existem fatores e atividades envolvidas neste 
processo, que são determinantes para o sucesso ou fracasso quando o assunto é comprar, 
pois, as organizações durante este processo estabelecem alguns objetivos como: quali-
dade acima do padrão ou de seus concorrentes, melhores preços, quantidade desejadas, 
prazos mais flexíveis, etc. É essencial que tenhamos uma visão ampla de todo o processo 
de compra, com o objetivo de garantir que as estratégias de compras alcancem os objetivos 
estabelecidos e que tenham o sucesso esperado ou o máximo de desempenho possível.
De acordo com Martins & Alt (2007), o processo de compras:
“... assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje em face 
do volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando 
cada vez mais trás a visão preconceituosa de que era uma atividade buro-
crática e repetitiva, um centro de despesas e não um centro de lucros”. (p.63)
Mesmo existindo setores ou departamentos específicos para o processo de com-
pras, devemos entender que as vezes estes não são preparados o suficiente para atender 
completamente as necessidades do processo de compras como um todo, necessitando 
muitas vezes de apoio das outras áreas da organização, principalmente sobre informações 
mais técnicas dos produtos e serviços a serem adquiridos, como quantidades para produção 
ou vendas, especificações técnicas dos produtos, questões de engenharia para projetos e 
obras, quantitativos monetários da área de finanças para saber a liquidez e capacidade da 
organização para pagamentos, entre outros. Considerando o exposto, é importante que o 
gestor entenda que as compras tratam-se de um processo muito amplo, não tão simples 
como se pensa, e que além de complexo envolve muitas pessoas e partes da organização, 
sendo responsabilidade de todos na verdade.
Segundo Slack et al. (1997, p. 417):
A atividade de compras é um procedimento pelo qual as empresas determi-
nam os itens a serem comprados, identificam e comparam os fornecedores 
disponíveis, negociam com as fontes de suprimentos, firmam contratos, ela-
boram ordens de compras e finalmente, recebem e pagam os bens e serviços 
adquiridos.
Podemos dizer que ao seguir algumas fases ou etapas da atividade de compras 
é possível alcançar melhores resultados como: escolher os melhores fornecedores e mais 
acessíveis e, mais adequados ao momento, determinar os itens certos a serem adquiridos, 
17UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
obter as melhores negociações com as principais fontes de suprimentos e empresas, e 
mais seguras, utilizando-se de contratos e documentação formal e principalmente legal, 
recebendo e pagando tudo o que fora adquirido, recebido e acordado através das fases da 
atividade de compras e seus procedimentos.
Para Ballou (2001), o processo de compras representa entre 40 a 60% do valor das 
vendas de produtos finais das empresas, e por isso contribui de forma tão importante para 
a maioria das empresas, e ainda, levando-se em consideração o varejo, tais índices são 
ainda maiores. É assim que pequenas reduções na aquisição de materiais podem tem um 
grande impacto nos lucros da empresa.
De acordo com Martins (2007), existem 5 fases ouconceitos que devem ser segui-
dos para uma compra adequada e eficiente, vejamos:
a) material certo: é importante que o comprador esteja em situação de certi-
ficar-se se o material comprado, de um fornecedor está de acordo com o 
solicitado. O comprador deve, portanto, desenvolver um “sentido técnico 
a fim de descobrir eventuais discrepâncias entre a cotação de um forne-
cedor e as especificações da requisição de compras. 
O comprador deve ter condições de reconhecer, em uma eventual alternativa 
de cotação, uma economia do custo potencial ou a ideia de melhoria do pro-
duto. Evidentemente, em tais circunstâncias a decisão final não será do com-
prador, mas ele deve ter habilidade para encaminhar aos setores requisitan-
tes ou técnicos da empresa essas sugestões. Toda vez que uma requisição 
não for suficientemente clara, o comprador deverá solicitar esclarecimentos 
ou, se for o caso, devolvê-la a fim de que seja preenchida corretamente e de 
maneira que transmita exatamente o que se deseja adquirir”. Em hipótese 
alguma o comprador deve dar início a um processo de compras, sem ter a 
ideia exata de que quer comprar;
b) preço certo: Nas grandes empresas, subordinado a Compras, existe o 
Setor de Pesquisa e Análise de Compras. Sua função é, entre outras, a 
de calcular o “preço objetivo” do item (com base em desenhos e especi-
ficações). O cálculo desse “preço objetivo” é feito baseando-se no tempo 
de execução do item, na mão de obra direta, no custo da matéria prima 
com mão de obra média no mercado; a este valor deve-se acrescentar 
um valor, pré-calculado, de mão de obra indireta. 
Ao valor encontrado deve-se somar o lucro. Todos estes valores podem ser 
obtidos através de valores médios do mercado, e do balanço e demonstra-
ções de lucros e perdas dos diversos fornecedores;
c) hora certa: O desenvolvimento industrial atual e o aumento cada vez 
maior do número de empresas de produção em série, torna o tempo de 
entrega, ou os prazos de entrega, um dos fatores mais importantes no 
julgamento de uma concorrência. 
18UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
As diversas flutuações de preços do mercado e o perigo de estoques exces-
sivos fazem com que o comprador necessite coordenar esses dois fatores 
da melhor maneira possível, a fim de adquirir na hora certa o material para a 
empresa;
d) quantidade certa: A quantidade a ser adquirida é cada vez mais importan-
te por ocasião da compra. Até pouco tempo atrás se aumentava a quan-
tidade a ser adquirida objetivando melhorar e preço; entretanto outros 
fatores como custo de armazenagem, capital investido em estoques etc., 
fizeram com que maiores cuidados fossem tornados na determinação da 
quantidade certa ou na quantidade mais econômica a ser adquirida. Para 
isso foram deduzidas fórmulas matemáticas objetivando facilitar a deter-
minação da quantidade a ser adquirida. Entretanto, qualquer que seja a 
fórmula ou método a ser adotado não elimina a decisão final da Gerência 
de Compras com eventuais alterações destas quantidades devido às si-
tuações peculiares do mercado;
e) fonte certa: De nada adiantará ao comprador saber exatamente o ma-
terial a adquirir, o preço certo, o prazo certo e a quantidade certa, se 
não puder encontrar uma fonte de fornecimento que possa agrupar todas 
as necessidades. A avaliação dos fornecedores e o desenvolvimento de 
novas fontes de fornecimento são fatores fundamentais para o funciona-
mento de compras. Devido a essas necessidades o comprador, exceto o 
setor de vendas da empresa, é o elemento que mantém e deve manter o 
maior número de contatos externos na busca cada vez mais intensa de 
ampliar o mercado de fornecimento.
Podemos notar que as fases do processo de compras é nada mais que um Ciclo, 
que visa o alcance dos melhores resultados com foco nos objetivos definidos pelo plane-
jamento estratégico de compras, e que depende muito da execução das fases, ou passos 
para chegar ao que foi planejado. O ciclo de Compras pode ser entendido como todas as 
partes que se fazem necessárias para dar andamento ao processo de aquisição de mate-
riais, sejam eles para compras de recursos materiais, quanto para recursos patrimoniais. 
Na afirmação ARNOLD (1999. p209) o ciclo de compras consiste em seguir os 
seguintes passos:
19UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
 
Figura 1. Ciclo de compras.
Fonte: Arnold (1999)
Longnecker (2004) afirma que, “para que a função compras possa ser realizada é 
preciso seguir a cinco passos ou fases sendo: recebimento de uma solicitação de compra, 
localização de uma fonte de suprimento, emissão de um pedido de compra, follow-up (acom-
panhamento) de pedido de compra e verificação do recebimento de mercadorias”.
Vejamos que esses cinco passos, também são denominados ciclo de compras, 
iniciando pelo recebimento de uma solicitação de compras, onde um departamento faz a 
requisição de compra de algum produto ou serviço, seguindo para a localização de uma 
melhor fonte de suprimento ou fornecedor, simplesmente a localização de um fornecedor 
que ofereça aquilo que atenda a tal demanda ou necessidade, ou o desejado pela organi-
zação. 
Logo após, é feita a emissão do pedido de compra, documento formal que deve 
ser assinado firmando-se como um contrato de compromisso entre as partes envolvidas na 
transação. E quando acontece um pedido de grande valor ou volume, de grande importância 
para a organização, deve-se exigir o chamado follow-up do pedido de compra, que nada 
mais é do que o acompanhamento, para garantir a pontualidade na entrega e a qualidade 
20UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
no serviço e dos produtos adquiridos. E assim, em seguida teremos a fase do recebimento 
das mercadorias, produtos físicos ou serviços a serem prestados, em que um funcionário 
faz a inspeção de recebimento, para verificar se tudo está de acordo conforme o que fora 
pedido e contratado formalmente entre as partes.
Vamos destacar, que uma parte decisiva para o processo de compras é sem dúvida 
a seleção dos fornecedores, em que tal escolha depende muito da combinação de alguns 
critérios essenciais como a qualidade e o preço, confiabilidade e prazos de entrega, a conti-
nuidade de fornecimento, sua frequência e variação, a localização, entre outros. No caso da 
localização, esta deve receber muita atenção por parte do gestor, pois, a distância entre as 
fontes de suprimento e o comprador, influencia no tempo necessário para a obtenção das 
mercadorias, podendo afetar também a confiabilidade dos prazos de entrega e a qualidade 
nos serviços. (Pozo; 2001)
21UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
NEGOCIAÇÃO EM COMPRAS
Prezado(a) aluno(a), o processo de negociação não é algo tão simples como pa-
rece, pois envolve diversos fatores como valores, diferenças individuais entre as pessoas, 
relacionamento humano e interpessoal, o próprio poder de barganha, entre outros, onde 
acontece um processo de entradas, processamento (negociação) e as saídas, ou seja, os 
resultados. Lembrando que tudo isso depende muito do Feedback (retorno) das informa-
ções transmitidas e processadas para que o acordo aconteça e se possa chegar ao objetivo 
esperado. 
REFLITA
Nas negociações, entender o contexto, definir o objeto e metas, conhecer as partes, 
requer estudo, pesquisa. Enfim, preparação. Levante os dados e as informações 
necessárias, analise tudo e adquira o conhecimento exigido. Além de seus objetivos 
e metas, conheça seus limites, simule por meio de cenários o impacto dos possíveis 
resultados. Calcule e pondere seus riscos, crie planos de contingência. Se prepare!
Fonte: https://blogsucessoempresarial.com/na-negociacao-a-preparacao-e-o-inicio-
-de-tudo/.
https://blogsucessoempresarial.com/na-negociacao-a-preparacao-e-o-inicio-de-tudo/
https://blogsucessoempresarial.com/na-negociacao-a-preparacao-e-o-inicio-de-tudo/
22UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
Sabe-se que a negociação sempre foi umgrande desafio dentro das organizações, 
principalmente quando envolve compras e recursos financeiros, sendo algo complexo e 
difícil de ser administrado, pois envolve muitas particularidades e certas preferencias entre 
os envolvidos, ou responsáveis por estas atividades, e sem dúvida, uma questão que 
merece destaque dentro das organizações, pois representa uma atividade essencial no 
processo de compras. Através da negociação é que se pode definir as reduções nos custos 
da compra, refletindo em aumento dos lucros e melhores resultados.
Segundo Lima (1994), negociação em compras é o meio básico de se conseguir o 
que se quer do outro, é a comunicação bidirecional concebida para chegar a um acordo, 
quando há alguns interesses comuns e outros opostos.
Mas, quais formas de negociação podemos utilizar tanto na iniciativa privada como 
nas organizações públicas?
Lembremos que o processo de compras influencia diretamente nas vendas, e 
também no valor que elas proporcionam. Levando em conta uma organização pública, 
onde não temos a questão das vendas de mercadorias, essa influencia acaba ocorrendo 
no rendimento e aproveitamento dos insumos, que por serem comprados de forma mais 
econômica, ganham muitas vezes no volume e também na qualidade, e isso depende muito 
da negociação que será realizada.
Machline (1954), afirma que podemos identificar duas metodologias distintas: sendo 
a primeira, genericamente chamada de “cotação”, e a segunda, a chamada “negociação”. 
O sistema que adota a cotação para escolha da empresa fornecedora para as 
compras, consiste na escolha dos participantes, divulgação da concorrência, na definição 
dos critérios de avaliação e decisão e escolha das pessoas que farão o julgamento da con-
corrência. Destacamos que na iniciativa privada, o processo de cotação ou simplesmente 
pesquisa de preços é fundamental, não por ser exigência legal, mas simplesmente por ser 
uma atividade importante para a análise e avaliação das possibilidades e opções oferecidas 
pelos fornecedores interessados na negociação das futuras compras.
Fica claro que tanto para a iniciativa privada quanto para as organizações públicas 
a cotação ou pesquisa de preços é atividade essencial para o sucesso do processo de com-
23UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
pras, pois é a partir de uma cotação que o gestor tem a possibilidade de avaliar os melhores 
preços, descontos e benefícios oferecidos em cada cotação apresentada, possibilitando 
assim a melhor tomada de decisão. 
Devemos destacar que a cotação é um procedimento básico para a atividade de 
compras nas organizações públicas, pois é parte estruturante e necessária para se iniciar 
um processo de compras por meio de licitação. 
SAIBA MAIS
Como fazer cotação de preços na sua gestão de compras
3 Regras essenciais sobre cotação de preços
A gestão de compras, apesar de parecer um termo exclusivo de empresas grandes, 
está presente em qualquer negócio, não importa o tipo, tamanho e quantidade de 
pessoas que trabalham nele. A verdade é que todas as empresas precisam realizar 
compras no seu dia a dia e conhecer as regras essenciais sobre cotação de preços 
pode te economizar muito dinheiro.
Continua em: https://blog.luz.vc/como-fazer/como-fazer-cotacao-de-precos-na-sua-
-gestao-de-compras/
FONTE: https://blog.luz.vc/como-fazer/como-fazer-cotacao-de-precos-na-sua-ges-
tao-de-compras/
Para Figueiredo (1994) e Meireles (1993), Licitação pode ser definida como um 
procedimento administrativo, um meio técnico legal, uma sucessão ordenada de atos que 
visam a garantir princípios jurídicos consagrados e controladores dos atos do Estado. A 
licitação deve sempre buscar o alcance de dois objetivos básicos que são: Selecionar a 
proposta mais vantajosa para a administração e propiciar iguais oportunidades àqueles que 
desejam contratar com a Administração Pública. 
Em se tratando de cotação ou pesquisa de preços, a previsão legal da pesquisa de 
preço (cotação), encontra-se na Lei n° 8.666 (lei das licitações), de 1993 nos Artigos 7º, § 
https://blog.luz.vc/como-fazer/como-fazer-cotacao-de-precos-na-sua-gestao-de-compras/
https://blog.luz.vc/como-fazer/como-fazer-cotacao-de-precos-na-sua-gestao-de-compras/
https://blog.luz.vc/como-fazer/como-fazer-cotacao-de-precos-na-sua-gestao-de-compras/
https://blog.luz.vc/como-fazer/como-fazer-cotacao-de-precos-na-sua-gestao-de-compras/
24UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
2º, inciso II, § 9°; Art. 15, III, § 1º, § 6º; Art. 26, parágrafo único, inciso III; e Art. 43, inciso 
IV. É notório para todos que participam da fase interna da licitação e são responsáveis 
por este processo que antecede a atividade das compras, que a cotação ou pesquisa de 
preços, é uma etapa fundamental da elaboração do Termo de Referência, sendo um dos 
fatores decisivos para o sucesso de um processo licitatório de contratação pública para as 
aquisições de produtos e serviços, ou seja, as compras.
Considerando as características da gestão pública, a cotação ou pesquisa de pre-
ços não deve ser vista apenas como mera formalidade legal, mas como algo essencial para 
o processo de compras, pois torna possível atingir a eficiência em cada processo licitatório, 
visando as boas práticas da gestão pública e os melhores resultados para a organização.
Já, levando em consideração as características da iniciativa privada, vemos que o 
sistema de cotação é perigoso, pois caso haja poucas empresas no mercado, abrir cotação 
para decidir a contratação é correr o risco de ser vítima de um jogo com cartas marcadas, 
o chamado “cartel”, onde quase sempre o comprador é quem sai perdendo. Assim, a ne-
gociação nesse caso, é sem dúvida a melhor opção. Evidente que fazer cotação antes 
de iniciar qualquer tipo de negociação é muito importante, para que se possa comparar 
propostas, preços, prazos, e condições gerais oferecidas pelos possíveis fornecedores, 
passando daí adiante para a negociação em si.
De acordo com Baily et al (2000) a negociação é um processo composto por três 
fases: A primeira denominada como fase preparatória, onde a informação é analisada, 
os objetivos são estabelecidos e as estratégias desenvolvidas. E a segunda fase, a de 
reunião, que envolve o processo de discussão e troca de ideias, coleta e análise de outras 
informações e a firmação do acordo entre as partes interessadas. Já a chamada terceira 
fase, que é a fase final do processo, ocorre a implantação ou realização do acordo firmado 
pelas partes, ou seja, pelas organizações representadas nas fases anteriores, a execução 
do processo.
De uma forma mais simples e visual, podemos dividir a negociação em três fases 
sendo: Planejamento, Execução e Controle, como podemos ver na figura abaixo:
25UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
Figura 5: ETAPAS DO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO
FONTE: http://multmarketingcrm.blogspot.com.br/
Segundo Dias (2009), existem algumas estratégias básicas para se obter o sucesso 
em uma negociação, sendo: 
1.Iniciar somente solicitando informações, fatos; deixando para posterior-
mente a emissão de opiniões e julgamentos; 2. Buscar entender o lado do 
outro negociador para tentar compreender melhor suas intenções; 3.Procurar 
ter atitudes que sejam capazes de gerar a confiança do outro negociador; 
4.Evitar fazer colocações definitivas ou radicais; 5.Lembrar que as pessoas 
possuem diferentes estilos de negociação, e procurar respeitar isto; 6.Saber 
ouvir e não atropelar verbalmente o outro negociador.
Em um processo de negociação, é sempre importante buscar uma relação de “ga-
nha-ganha” entre as partes, baseada no desejo de que ambos possam ficar satisfeitos com 
o resultado da negociação. Em um sistema de compras, principalmente no que se refere 
a negociação, o relacionamento entre as partes, ou seja, comprador/fornecedor, deve ter 
como base uma política de parcerias, pois isso sempre será benéfico para ambos, pois 
gera uma relaçãode confiança mútua e fidelidade para negociação, podendo até produzir 
http://multmarketingcrm.blogspot.com.br/
26UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
contratos e relacionamentos de longa duração e com resultados surpreendentes.
Devemos destacar que quando existe confiança em um relacionamento de compras 
entre um fornecedor e o comprador, a negociação se torna mais flexível, simples, objetiva 
e segura, pois esse elo entre as partes possibilita uma agilidade no tramite, tornado o 
processo de negociação menos burocrático, gerando economia e várias vantagens para as 
duas partes.
De acordo com Deming (1990, p. 147). “Uma relação de longo prazo entre o com-
prador e o fornecedor se faz necessária para assegurar melhor economia.” 
Mas devemos deixar claro que não existe a possibilidade de ocorrer parcerias e 
negociações em compras no setor público, nesse caso, o relacionamento com o fornecedor 
nas entidades que utilizam do sistema de licitação é feito por contratos firmados através dos 
processos licitatórios, ou seja, de acordo com a Lei nº 8 666/93, onde a concorrência livre 
deve estar acima das parcerias e em acordo com os princípios da lei de licitações públicas. 
Caso ocorra algum tipo de privilégio através de parcerias e negociações, isso pode incorrer 
em ato de improbidade e até mesmo crime contra o erário público.
SAIBA MAIS
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
Texto compilado
Mensagem de veto 
(Vide Decreto nº 99.658, de 1990) 
(Vide Decreto nº 1.054, de 1994) 
(Vide Decreto nº 7.174, de 2010) 
(Vide Medida Provisória nº 544, de 2011) 
(Vide Lei nº 12.598, de 2012) 
(Vide Lei nº 13.800, de 2019)
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição 
Federal, institui normas para licitações e contratos da 
Administração Pública e dá outras providências.
FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.666-1993?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep335-L8666-93.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D99658.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D1054.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7174.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Mpv/544.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12598.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13800.htm#art31
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm
27UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
COMPRAS PÚBLICAS E PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
Caro aluno, queremos destacar que as compras públicas devem obedecer aos 
princípios da licitação, ou seja, o que determina a Lei 8.666/93, conhecida como lei das lici-
tações, e também na Lei 10.520, de 17 de julho de 2002, e aos princípios da administração 
publica, conforme veremos a seguir.
A licitação estabelece diretrizes e regras para a aquisição de bens e serviços, regras 
essas definidas para ajudar a controlar o processo de compras públicas para aquisições em 
geral, onde seu principal objetivo é garantir transparência e segurança durante as transa-
ções, além de qualificar fornecedores para obter uma utilização mais eficiente dos recursos, 
sendo essencial para a Gestão de Compras públicas. Vejamos que no setor público as 
compras tem suas características peculiares, em que o sistema é inflexível e burocrático, 
fazendo com que o sistema privado tenha mais eficiência e liberdade de negociação, então 
não é possível simplesmente substituir o modelo de compras utilizado no setor público pelo 
sistema do setor privado, mesmo porque estes possuem objetivos diferentes, e o setor 
público deve sempre estar baseado na legislação.
Vamos então analisar as possibilidades de melhorias e de aplicação dos sistemas 
de compras e licitação no setor público, daquilo que há de melhor, ou seja de práticas reco-
nhecidamente positivas e eficientes para este sistema, dentro daquilo que a lei estabelece 
e permite é claro.
28UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
Segundo Dallari (1993, p. 29), “enquanto os particulares podem fazer tudo 
aquilo que a lei não proíbe, a Administração pública só pode fazer aquilo que 
a lei determina. Os interesses privados são disponíveis, mas os interesses 
públicos são indisponíveis. Os particulares escolhem livremente seus contra-
tantes, mas a Administração não tem liberdade de escolha”. 
Nesse sentido, o sistema de compras na administração pública, tem como objetivo 
selecionar a proposta mais vantajosa e propiciar iguais oportunidades àqueles que desejam 
contratar com a Administração, sempre respeitando a legislação pertinente e os princípios 
da administração pública.
SAIBA MAIS
Mas, o que é licitação?
Licitação nada mais é que o conjunto de procedimentos administrativos (administrati-
vos porque parte da administração pública ) para as compras ou serviços contratados 
pelos governos Federal, Estadual ou Municipal, ou seja todos os entes federativos. 
De forma mais simples, podemos dizer que o governo deve comprar e contratar 
serviços seguindo regras de lei, assim a licitação é um processo formal onde há a 
competição entre os interessados.
FONTE: https://portal.conlicitacao.com.br/o-que-e-licitacao/.
De acordo com Justen Filho (2000), a licitação consiste em um procedimento 
administrativo, composto de atos sequenciais, ordenados e independentes, mediantes os 
quais a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu 
interesse, devendo ser conduzida em estrita conformidade com os princípios constitucionais 
e aqueles que lhes são correlatos. 
O mesmo autor ainda complementa, que a Licitação, é nada mais que um pro-
cedimento administrativo ou um meio técnico legal, uma sucessão ordenada de atos que 
buscam garantir princípios jurídicos consagrados e controladores das ações do Estado, 
onde esta visa atingir dois objetivos básicos: selecionar a proposta mais vantajosa para 
a administração e propiciar iguais oportunidades àqueles que desejam contratar com a 
https://portal.conlicitacao.com.br/o-que-e-licitacao/
29UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
Administração Pública
Lembremos que no setor público, deve-se obedecer a lei, ou seja, só é permitido 
fazer aquilo que está na lei, e assim garantir vários princípios, dentre eles o princípio da 
igualdade entre os concorrentes no processo de compras, onde gera reflexos diretos e ime-
diatos, tanto administrativos como financeiros, e também muito significativos, que podem 
conduzir ao sucesso ou fracasso do processo de compras como um todo.
REFLITA
Como é possível garantir a igualdade de concorrência entre os participantes de um 
processo de compras públicas, em um processo de licitação se não for através de 
uma lei que promova a fiscalização e transparência do processo e por fim a punição 
daqueles que não a respeitam?
FONTE: O autor.
Em seu Artigo 1º a Lei 8.666/93 estabelece normas gerais sobre licitações e con-
tratos administrativos referentes às compras, obras, serviços, alienações e locações no 
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Já em 
seu Art. 3º prevê que, a licitação deve garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, em que deverá ser 
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos constitucionais da 
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade 
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos 
que lhe são correlatos, assim como ao da eficiência.
Esses princípios constitucionais devem ser seguidos e obedecidos pois se assim 
não forem, os gestores estão sujeitos as penas na lei. Como sabemosa constituição federal 
é a carta maior de um país, ou seja, a lei mais importante e que se sobrepõe a todas as 
outras leis, sendo fundamental seu conhecimento e observância para a execução dos pro-
cessos dentro da administração pública, o que não é diferente para o processo de compras 
publicas e licitação.
30UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
É importante destacar ainda que a Lei 8.666/93 estabeleceu cinco modalidades de 
licitação: Concorrência; Tomada de Preços; Convite; Concurso; Leilão. 
Lembrando também da Lei 10.520, de 17 de julho de 2002, que instituiu a sexta 
modalidade de licitação denominada Pregão, muito utilizada para aquisição de bens e ser-
viços comuns no âmbito da administração pública.
SAIBA MAIS
Modalidades de Licitação: A modalidade indica o procedimento que irá reger a 
licitação.
São modalidades:
-Concorrência
-Tomada de Preços
-Convite 
-Concurso
-Leilão
-Pregão (Lei nº 10.520/02)
Para saber mais acesse: <http://www.escoladoservidor.ac.gov.br/wps/wcm/connect/528b5c80484cfd47a28db-
fd851b80238/LICITA%C3%87%C3%83O+-+MODALIDADES+-+EXTRA.pdf?MOD=AJPERES>.
Fonte: o autor.
A Lei 8.666/93, também prevê em seu Art. 14, que nenhuma compra será feita 
sem uma caracterização adequada de seu objeto e indicação dos recursos orçamentários 
destinados para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato, ou seja, da licitação, e da 
responsabilidade de quem lhe tiver dado causa, ou efeito.
Já o Art. 15. Diz que as compras, sempre que possível, deverão:
I. Atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de espe-
cificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de 
http://www.escoladoservidor.ac.gov.br/wps/wcm/connect/528b5c80484cfd47a28dbfd851b80238/LICITA%C3%87%C3%83O+-+MODALIDADES+-+EXTRA.pdf?MOD=AJPERES
http://www.escoladoservidor.ac.gov.br/wps/wcm/connect/528b5c80484cfd47a28dbfd851b80238/LICITA%C3%87%C3%83O+-+MODALIDADES+-+EXTRA.pdf?MOD=AJPERES
31UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
manutenção, assistência técnica e garantias oferecidas;
II. Ser processadas através de sistema de registro de preços;
III. Submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor 
privado;
IV. Ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as 
peculiaridades do mercado, visando economicidade;
V. Balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Admi-
nistração Pública.
Continuando a tratar sobre o mesmo artigo da lei de licitações, referente ao art. 15 
da Lei 8.666/93, as compras, sempre que for possível, deverão ser processadas através 
de sistema de registro de preços, uma forma de contratação onde a administração pública 
promove uma concorrência pública mais ampla e vantajosa para a administração, visando 
estabelecer preços para itens que não serão necessariamente adquiridos ou comprados, 
apenas licitados, em que a administração por ventura virá a necessitar em algum momento 
oportuno, o que gera na verdade para o fornecedor vencedor, apenas uma expectativa 
de venda, que será realizada apenas com a real necessidade futura daquele produto ou 
serviço, levando em conta que deverá ser realizado até o limite do quantitativo previsto no 
processo licitatório, o que traz muito mais segurança nas compras, menos estoques, menos 
desperdícios e consequentemente mais economia para a administração.
O sistema de registro de preços é um modelo muito vantajoso para a administra-
ção pública, é um sistema que promove significativas reduções de gastos, por exemplo, 
reduzindo drasticamente a necessidade de grandes estoques, evitando a necessidade de 
grandes volumes de capital em compras, no tocante em que nesse sistema as compras são 
feitas de forma fracionada atendendo a cada necessidade no momento em que esta seja 
realmente necessária.
É possível observar que o sistema de compras públicas no Brasil, é ainda muito bu-
rocrático e baseado em uma legislação pouco flexível, que precisa ser repensado, mas que 
de certa forma também, vem seguindo uma tendência de flexibilização de seus processos, 
com efetivos controle nos resultados, principalmente por causa da tecnologia da informa-
ção, leis de controle e transparência como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Lei 
de Acesso a Informação (LAI), por exemplo, pois é fato que a burocracia e o excesso de 
formalismos, muitas vezes não garantem a transparência e controle na utilização eficiente 
32UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
dos recursos públicos, mas também atravanca o processo o tornando ineficiente muitas 
vezes. 
Algumas iniciativas importantes para o aprimoramento nos processos da gestão de 
compras públicas podem ser destacadas, como o uso do comércio eletrônico, a maximi-
zação no uso do sistema de registro de preços assim como uma maior adesão do pregão 
como modalidade de licitação a ser utilizada.
SAIBA MAIS
Governo lança “Tinder” das compras públicas
Aplicativo deve estimular a concorrência e aumentar a chance de pequenos empre-
sários venderem para órgãos públicos.
O governo quer aumentar as chances de pequenas empresas venderem para órgãos 
públicos e resolveu apostar em um aplicativo para isso. A ferramenta, que já está 
disponível, deve funcionar como um “Tinder” do pregão online: depois de cadastrar 
dados como tipo de material vendido e região em que atua, fornecedores recebem 
alertas sobre licitações que se encaixem no perfil inserido. A plataforma deve esti-
mular a concorrência e, com isso, permitir economia nas compras governamentais.
(Veja a matéria completa no link abaixo).
FONTE: http://www.olicitante.com.br/governo-app-tinder-compras-publicas/
http://www.olicitante.com.br/governo-app-tinder-compras-publicas/
33UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) acadêmico(a), neste capítulo pudemos verificar que a Gestão de compras 
exerce um papel fundamental nas organizações atualmente, sejam elas públicas ou pri-
vadas. Considerando o imenso volume de recursos financeiros envolvidos nas compras, 
assim como a enorme gama de informações tratadas nesse processo, é fundamental a boa 
gestão das compras e consciência de sua importância estratégica.
Ficou muito claro que a gestão das compras é uma atividade fundamental para as 
organizações, e que esta impacta diretamente nos lucros e resultados delas, e no caso das 
organizações públicas que não visam lucro, impactam na qualidade dos serviços prestados 
aos cidadãos, o que supera aquela velha imagem de que a gestão de compras é apenas uma 
atividade secundária, vimos então que esta visão está sendo superada, onde a gestão de 
compras passa então a ser vista como uma parte fundamental do processo organizacional, 
e integrante da cadeia de suprimento (supply chain), o mais novo conceito para o processo 
de compras. O gestor deve também manter sempre um cuidado especial com os níveis de 
estoques, pois é de responsabilidade dos profissionais gestores de compras, e que os altos 
níveis de estoque possam parecer algo positivo, na verdade geram altos custos de manu-
tenção, com espaços ocupados, custo do capital parado, entre outros problemas diversos, 
onde os níveis muito baixos de estoques também podem trazer muitos problemas e riscos, 
podendo prejudicar a eficiência da organização, com paralizações por faltas de materiais 
diversos ou suprimentos para atendimento dos clientes ou população que necessitar.
Nesta primeira unidade estudamos o Planejamento das compras e a sua impor-
tância dentro do contexto das compras em geral, em organizações públicas e privadas. 
Procuramos trabalhar a compreensão sobre as Fases e Processo de Compras, visando 
descrever e analisar as fases e os processos, e por fim , visando descrever e analisar como 
acontecem sobre negociação em compras, para compreender a importância da negociação 
para melhores compras, políticas nas Compras Públicas e Princípios da Licitação,como 
ocorrem e a importância no contexto público.
Na próxima unidade iremos nos aprofundar mais em licitações, quanto à fase inter-
na e seus procedimentos prévios. Até lá.
34UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
Leitura Complementar
Governo lança ferramenta para melhorar pesquisa de preços em compras públicas
Publicado em 24/04/2017
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil Brasília
Quando falamos em evolução nas organizações, podemos perceber que ao longo 
do tempo, muitas mudanças importantes vêm acontecendo, principalmente com relação as 
formas como as organizações tem administrado seus negócios.
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) lançou hoje (24) 
uma ferramenta – Painel de Preços – que permite pesquisar, analisar e comparar os preços 
praticados pelo governo federal nas contratações de materiais e serviços. “É uma ferramen-
ta de ajuda ao gestor público, principalmente na fase de pesquisa de preço, que é uma fase 
crítica do processo de licitação”, disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Com 
isso, um processo de pesquisa de mercado que, então, levaria cerca de 15 dias, poderá ser 
feito em 15 minutos.
O painel disponibiliza dados e informações de compras públicas homologadas no 
Sistema de Compras do Governo Federal (Comprasnet) em 2015, 2016 e 2017 e tem o 
objetivo de auxiliar os gestores públicos na realização de pesquisa e cotação de preços. A 
ferramenta é aberta e também dá transparência aos gastos públicos e estimula o controle 
social das compras feitas pelos órgãos.
Além de órgão da administração pública federal direta, estão no Comprasnet al-
guns órgãos estaduais e prefeituras. Entretanto, o Painel de Preços pode ser utilizado por 
qualquer gestor e pelos cidadãos, independente de estarem cadastrado no Comprasnet. 
Segundo Oliveira, em 2016, o governo federal gastou R$ 49 bilhões em bens e R$ 
40 bilhões com a contratação de serviços. A ferramenta Painel de Preços está disponível na 
página paineldeprecos.planejamento.gov.br. De acordo com o ministro, hoje há uma grande 
disparidade de preços em licitações para produtos semelhantes, e a expectativa é que, 
com a utilização do painel, haja uma harmonização nos valores. “Isso cria uma referência 
para os novos processos”, afirmou, explicando que a ferramenta previne que as licitações 
sejam feitas com preços acima de mercado. “As compras que vierem a ser realizadas e se 
destacarem por estarem de maneira exageradamente distante da média, evidentemente, 
http://paineldeprecos.planejamento.gov.br/
35UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
passarão por algum tipo de fiscalização dos órgãos de controle”, acrescentou Oliveira. O 
ministro disse ainda que não há um alerta automático para esses casos e que a pesquisa 
é individualizada.
O custo do MP para o desenvolvimento da ferramenta foi R$ 1,5 milhão. Oliveira 
disse que alguns órgãos contratam serviços similares na iniciativa privada a R$ 4 milhões 
anuais, gasto que já será economizado com a utilização do Painel de Preços. Entretanto, 
para o ministro, a maior economia virá à medida que os preços começarem a convergir 
para o centro da média das compras realizadas, já que 90% das instituições não tinham 
ferramentas tecnológicas que permitiam esse tipo de pesquisa. O MP publicou hoje no Diá-
rio Oficial da União a Instrução Normativa n° 3/2017 que dispõe sobre os procedimentos 
administrativos básicos para a realização de pesquisa de preços para aquisição de bens 
e contratação de serviços em geral. A instrução torna o Painel de Preços a ferramenta 
prioritária para pesquisa de mercado, exceto em situações em que o bem, ou serviços, seja 
muito específico e não conste na base de dados do sistema.
Após o lançamento do painel, hoje, em Brasília, alguns gestores de compras parti-
ciparam de um workshop sobre a ferramenta. Segundo o ministro do Planejamento, estão 
disponíveis vídeos e tutoriais sobre como o Painel de Preços, que é fácil de usar.
FONTE: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-04/governo-lanca-ferra-
menta-para-aperfeicoar-pesquisa-de-precos-em-compras
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=24/04/2017&jornal=1&pagina=79&totalArquivos=224
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-04/governo-lanca-ferramenta-para-aperfeicoar-pesquisa-de-precos-em-compras
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-04/governo-lanca-ferramenta-para-aperfeicoar-pesquisa-de-precos-em-compras
36UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
Material Complementar
Título: Planejamento nas Licitações e Contratações Governamen-
tais: Estratégias para Suprimentos Públicos.
Autor: Jair Eduardo Santana
Editora: Negócios Públicos.
Sinopse: A obra é atual, moderna e inspiradora de inovação or-
ganizacional, extremamente útil para o dia a dia na Administração 
Pública. O autor, com suas escolhas pessoais, destaca-se como 
um jurista do terceiro milênio, afinado com o ideário de reconhecer 
o cidadão como protagonista das decisões do planejamento. Jair 
Santana expõe com clareza em texto tão bem-vindo para aqueles 
que almejam a economicidade das aquisições públicas. Destaque 
especial para o planejamento nas aquisições públicas com a figura 
do “começar pelo fim” e a preocupação em entender o desenvol-
vimento induzido pelas compras públicas. A obra cumpre o seu 
papel inovador especialmente em seu último capítulo, confira!
http://www.ciadoslivros.com.br/meta/editora/viena
37UNIDADE I Noções Gerais Sobre Gestão de Compras
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BAILY, et al. Compras: princípios e administração. SãoPaulo: Atlas, 2000. 
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BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial: 
Tradução Raul Rubenich. 5. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
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institui normas para licitações e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasí-
lia, v. 132, n. 108, p. 8286, 09 de junho de 1994.
BRASIL. Lei Federal nº 8.666, de 21.06.93, atualizada pelas Leis nº 8.883, de 08.06.1994; 
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BRASIL. Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XI, da 
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração 
Pública e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, Distrito Federal, 22 jun. 1993.
BRASIL. Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002.
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39
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender a importância no Planejamento das contratações.
• Conhecer as Modalidades e tipos de licitação.
• Verificar como acontece Pesquisa de Mercado, Pesquisa de preços, Estimativa e 
previsão orçamentária. 
• Entender sobre Parcelamento, Fracionamento e Indicação de Marca.
• Estudar sobre o Projeto Básico, Termo de Referência e Elaboração do Edital.
• Compreender os critérios de habilitação e Análise Jurídica.
Plano de Estudo
• Planejamento das contratações.
• Modalidades e tipos de licitação.
• Pesquisa de Mercado, Pesquisa de preços, Estimativa e previsão orçamentária. 
• Parcelamento, Fracionamento e Indicação de Marca.
• Projeto Básico, Termo de Referência e Elaboração do Edital.
• Critérios de habilitação e Análise Jurídica.
UNIDADE II
Fase Interna da Licitação e 
Procedimentos Prévios
Professor Esp. Heider Jeferson Gonçalves
40UNIDADE II Fase Interna da Licitação e Procedimentos Prévios
INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), em se tratando de planejamento nas compras e contratações 
públicas, e mais especificamente sobre licitações, destacamos que a licitação divide-se 
em duas fases: a fase interna e a fase externa, onde a fase interna (ou preparatória) da 
licitação, é a fase na qual será desenvolvido todo o planejamento da contratação. Fase esta 
a qual vamos tratar, e que iremos nos aprofundar mais em nosso material de estudo. Nesta 
etapa são efetuados os procedimentos prévios à contratação, delimitam-se as condições 
do instrumento convocatório antes de trazê-las ao conhecimento da sociedade.
Mas antes de qualquer coisa, antes de se pensar na elaboração de um processo 
licitatório para compras públicas, é preciso definir, primeiramente, aquilo que se deseja 
comprar ou contratar, isto é, o objeto da licitação. Entretanto, antes mesmo da definição do 
objeto, é imprescindível, primeiramente, a identificação da necessidade do demandante. A 
necessidade, por sua vez, é a demanda que deverá ser suprida pela Administração, pois 
é a partir da sua identificação é que se inicia todo processo. É importante frisar que as 
compras devem ser planejadas para todo o exercício financeiro, pois quando são feitas 
compras em grandes quantidades, temos o que chamamos economia de escala, ou seja, 
ganha-se pela escala ou quantidade. Mas não se deve cotar quantidades fora da realidade 
prevista, pois enganar o fornecedor é ilegal além de imoral. Dentre nossos objetivos desta-
camos a importância no Planejamento das contratações, além de conhecer as Modalidades 
e tipos de licitação. Vamos também abordar sobre pesquisa de mercado, a pesquisa de 
preços, assim como estimativa e previsão orçamentária, além de procurar entender as 
questões relacionadas a parcelamento e fracionamento de licitações, como também sé é 
possível a indicação de determinadas marcas para um certame. Vamos estudar o Projeto 
Básico, Termo de Referência, e Elaboração do Edital, entre outros pontos fundamentais do 
processo interno das licitações.
Enfim, nesta unidade de nosso material, iremos focar na fase interna da licitação e 
procedimentos prévios, e abordar diversas questões cruciais das compras públicas, como o 
planejamento das contratações, as modalidades e tipos de licitação, pesquisa de mercado, 
preços, estimativa e previsão orçamentária. Iremos também falar sobre parcelamento e 
fracionamento, suas diferenças e similaridades, assim como as possibilidades de indicação 
de marca nos processos licitatórios. Outros pontos fundamentais são os referentes ao Pro-
jeto Básico, Termo de Referência e Elaboração do Edital, abordando também os critérios de 
habilitação e Análise Jurídica.
Vamos juntos nessa nova etapa, que promete muito aprendizado e novos conheci-
mentos.
Vamos em frente!
https://www.viannaconsultores.com.br/contratos-administrativos
41UNIDADE II Fase Interna da Licitação e Procedimentos Prévios
PLANEJAMENTO DAS CONTRATAÇÕES
O planejamento das contratações é extremamente importante para o processo de 
compras públicas, pois é a base que irá determinar a qualidade dos produtos ou serviços 
que serão adquiridos pela administração. Essas contratações determinam muitas vezes o 
sucesso ou não de um processo de compras públicas, pois, é através deste planejamento 
que os gestores podem se organizar melhor quanto aos recursos e procedimentos envol-
vidos.
Segundo Maximiano (2004), entende-se por planejamento a atividade de se definir 
um futuro desejado e de se estabelecer os meios pelos quais este futuro será alcançado. 
Trata-se essencialmente de um processo de tomada de decisões, caracterizado por haver 
a existência de alternativas. Para Santos (2017), “Planejar é pensar antecipadamente em 
objetivos e ações, devendo os atos administrativos serem baseados em algum método, 
plano ou lógica e não em suposições. São os planos que organizam e definem o melhor 
procedimento para alcançá-los”. Já de acordo com Chiavenato (2004, p. 152) “O planeja-
mento é a primeira das funções administrativas e é a que determina antecipadamente quais 
são os objetivos a serem atingidos e como alcançá-los”.
Andrade et al (2005), apontam que o planejamento das aquisições de materiais 
e contratações de serviços é o marco inicial para realização de uma gestão efetiva dos 
42UNIDADE II Fase Interna da Licitação e Procedimentos Prévios
recursos públicos, na qual a qualidade deste planejamento indicará a obtenção de uma boa 
ou má execução. Devemos destacar que a importância do planejamento na Administração 
Pública é muito evidente, são diversas as evidências que abordam essa questão do empre-
go e uso dos recursos públicos.
Vamos destacar, por exemplo, alguns dispositivos jurídicos, que destacam tais evi-
dências, ou seja, da realização de um planejamento prévio e adequado com relação ao uso 
e aplicação dos recursos públicos, sendo: Em consonância com o princípio da eficiência, 
a Constituição Federal de 1988, prevê em seu artigo 174: “Como agente normativo e regula-
dor da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, 
incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o 
setor privado”. (BRASIL, 1988).
REFLITA
PLANEJAMENTO ...
Se um de vós decidirdes construir uma torre, não irá primeiro se sentar e 
calcular as despesas para ver se tem dinheiro suficientepara completar o 
projeto? Ele irá fazer isso por medo de construir a fundação e depois não 
poder completar a obra.
 [Lucas 16:28-29]
Temos como exemplo também, o que consta no artigo 14, da lei 8.666/93, onde 
“Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos 
recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabili-
dade de quem lhe tiver dado causa”. (BRASIL, 1993).
E ainda, citando mais uma importante legislação aplicada a administração publica, 
a Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei 101 de 2000, além do assunto planejamento ter 
destaque em capítulo próprio (o capítulo II – artigos do 3º a 10), destaca-se o previsto no § 
1º do artigo 1º: § 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e 
transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio 
das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e 
despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11315583/artigo-14-da-lei-n-8666-de-21-de-junho-de-1993
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1027021/lei-de-licita%C3%A7%C3%B5es-lei-8666-93
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/102628/lei-de-responsabilidade-fiscal-lei-complementar-101-00
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/377664/lei-101-00
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11252482/par%C3%A1grafo-1-artigo-1-lc-n-101-de-02-de-dezembro-de-2000
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11252482/par%C3%A1grafo-1-artigo-1-lc-n-101-de-02-de-dezembro-de-2000
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11252521/artigo-1-lc-n-101-de-04-de-maio-de-2000
43UNIDADE II Fase Interna da Licitação e Procedimentos Prévios
de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidadas e mobiliária, 
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscri-
ção em Restos a Pagar. (BRASIL, 2000).
Sobre o planejamento em compras, podemos entender que sem planejamento não 
se consegue alcançar os objetivos de forma efetiva, podendo até mesmo nunca alcançá-lo, 
pois não podemos fazer compras de qualquer coisa a esmo, ou seja, pela sorte ou acaso, é 
preciso planejar para poder comprar com sucesso. O planejamento não assegura o sucesso 
absoluto e nem elimina os riscos por completo, na verdade ele ajuda a detectar as ameaças 
e prevenir erros, antes que aconteçam e causem prejuízos, ainda mais na administração 
pública, onde a antecipação e o planejamento são previstos em lei e tornam-se cada vez 
mais importantes para uma gestão mais transparente. 
Outro exemplo da importância do planejamento se dá nas constantes orientações 
encontradas nos relatórios dos relatores, nos votos dos Ministros e nas decisões acordadas 
do Tribunal de Contas da União, pois em consulta a base de dados do TCU, a palavra 
“planejamento” aparece em mais de 25 mil acórdãos realizados por esta Corte, número 
este que indica o quanto é valorizada esta etapa das licitações. 
Vemos assim que, a jurisprudência do TCU já deliberou em muitos casos indicando 
a necessidade da realização de planejamento prévio dos gastos anuais, com o objetivo de 
evitar o fracionamento das despesas e de realização de procedimentos licitatórios dentro 
das modalidades adequadas, minimizando assim equívocos e evitando desvios e infrações 
contra a administração pública.
Ainda em se tratando de planejamento nas compras e contratações públicas, e 
mais especificamente sobre licitação, destacamos que a licitação divide-se em duas fases: 
a fase interna e a fase externa. 
A fase interna (ou preparatória) da licitação, é a fase na qual será desenvolvido 
todo o planejamento da contratação. Fase esta a qual estamos tratando, e que iremos nos 
aprofundar mais em nosso material de estudo. Nesta etapa são efetuados os procedimen-
tos prévios à contratação, delimitam-se as condições do instrumento convocatório antes de 
trazê-las ao conhecimento da sociedade. (BRASIL, 1993).
https://www.viannaconsultores.com.br/contratos-administrativos
https://www.viannaconsultores.com.br/contratos-administrativos
44UNIDADE II Fase Interna da Licitação e Procedimentos Prévios
A fase interna ou preparatória da licitação é formada pelos atos a seguir:
1) Identificação da Necessidade: Uma licitação tem seu nascimento a partir de 
uma necessidade, um problema ou demanda que a Administração detecta e que precisa 
ser solucionado para que possa atingir seus objetivos, onde quem identifica tal problema 
ou necessidade é o setor requisitante a qual a necessidade está localizada ou vinculada, 
em que tal necessidade deve estar expressamente indicada no processo da licitação a se 
formar.
2) Requisição do Objeto: O tal objeto que será contratado ou adquirido, é na ver-
dade a solução para a necessidade (problema) ou certa demanda da Administração, sendo 
portanto produtos de bens ou serviços, onde a requisição do objeto, deve ser efetuada 
também pelo setor requisitante, sendo sempre muito clara e precisa, contendo a indicação 
e justificativa de sua necessidade, e maior detalhamento possível.
3) Autorização da abertura da licitação, pela autoridade competente e justificativa da 
contratação: A Autoridade Competente, que no caso pode ser o chefe do poder executivo, 
legislativo, judiciário ou um subordinado responsável e a quem compete tal ação, avalia a 
conveniência e oportunidade da contratação e manifesta sua concordância ou não com a 
instauração da licitação. Essa autorização é o ato administrativo que formaliza o início da 
licitação, ou seja, sua liberação para acontecer. O mesmo deve Justificar então, diante da 
concordância com o processo, a real necessidade da contratação, indicando que o objeto 
do certame será o que o órgão/entidade precisa contratar para atender a sua necessidade, 
problema ou demanda identificada.
4) Abertura do processo administrativo: Conforme artigo 38 da Lei nº 8666/93, de-
verá ser aberto um processo administrativo, autuado, protocolado e numerado, em formato 
de processo eletrônico, onde o Decreto Federal nº 8.539 de 08 de outubro de 2015 instituiu 
o uso obrigatório do processo administrativo eletrônico, dispondo sobre este meio para a 
realização do processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal Direta, 
Autárquica e Fundacional, onde seu objetivo é que, todos os atos processuais do processo 
administrativo sejam registrados e disponibilizados por meio eletrônico e não mais por 
processos arcaicos e morosos baseados em papel, como era feito anteriormente.
45UNIDADE II Fase Interna da Licitação e Procedimentos Prévios
SAIBA MAIS
Uma plataforma muito utilizada é o Sistema Eletrônico de Informações (SEI!), desen-
volvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). 
A cessão desta plataforma é para toda Administração Pública e de forma gratuita. O 
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG) selecionou a solu-
ção Sistema Eletrônico Nacional - SEI, desenvolvida pelo TRF4, mediante acordo ce-
lebrado entre o MPDG e o TRF4, autorizando o MPDG a compartilhar o software com 
os órgãos da Administração Pública Federal que estão sob sua jurisdição (órgãos da 
Administração Direta, Autarquias e Fundações federais). Para maiores informações, 
acesse o site www.processoeletronico.gov.br
Demais órgãos/entidades (Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e ór-
gãos dos Poderes Judiciário e Legislativo) e demais esferas (Estados e Municípios) 
devem entrar em contato diretamente com o TRF4 caso queiram utilizar a plataforma, 
que, reitere-se, é disponibilizada gratuitamente.
5) Elaboração do Projeto Básico/Termo de Referência, onde constará: Nesta fase 
deverá ainda ser

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