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SISTEMA MUSCULAR
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APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
INTRODUÇÃO
São estruturas individualizadas que 
cruzam uma ou mais articulações e 
pela sua contração são capazes de 
transmitir-lhes movimento. 
Este é efetuado por células 
especializadas denominadas fibras 
musculares, cuja energia latente é ou 
pode ser controlada pelo sistema 
nervoso. Os músculos são capazes 
de transformar energiaquímica em 
energia mecânica.
O músculo vivo é de cor vermelha. 
Essa coloração avermelhada das 
fibras muscularesse deve à 
mioglobina, proteína semelhante à 
hemoglobina presente nos glóbulos 
vermelhos, que cumpre o papel de 
conservar algum O2 proveniente da 
circulação parao metabolismo 
oxidativo.
Os músculos representam 40-50% do 
peso corporal total
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
FUNÇÕES DOS MÚSCULOS
a)	Produção dos Movimentos Corporais: Movimentos globais do corpo, como 
andar e correr.
b)	Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos 
esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das 
posições corporais, comoa de ficar em pé ou sentar.
c)	Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas 
anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo 
de um órgão oco.
d)	Movimento de Substâncias dentro do Corpo:
 As contrações dos músculos lisos das paredes 
vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo.
 Os músculos lisos também podem mover
 alimentos, urina e gametas do sistema
 reprodutivo. Os músculosesqueléticos 
promovem o fluxo de linfa e o
 retorno do sangue para o 
coração.
e)	Produção de Calor: Quando
 o tecido muscular se contrai
 ele produz calor e grande parte
 desse calor liberado pelo mús
culo é usado na manutenção 
da temperatura corporal.
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
CARACTERÍSTICAS DO TECIDO 
MUSCULAR
Excitabilidade: é a capacidade do 
tecido muscular de receber e 
responder a estímulos.
Contratilidade: é a capacidade de 
encurtar-se e espessar-se (contrair- 
se).
Extensibilidade: é a capacidade do 
tecido muscular de estender.
Elasticidade: é a capacidade do 
tecido muscular de retornar à sua 
forma original após a contração ou a 
extensão.
Existem 3 tipos de músculos no 
corpo: os músculos lisos, os 
músculos estriadoscardíacos e os 
músculos estriados esqueléticos
Cada um tem suas características 
anatômicas e funcionais distintas, 
porém podemos caracterizar uma 
diferença fundamentalentre eles. 
Os músculos lisos (encontrados nas 
vísceras) e o músculo estriado 
cardíaco (encontrado somente no 
coração) são controlados pelo 
sistema nervoso autônomo, portanto 
sendo involuntários, diferentemente 
dos músculos estriados 
esqueléticos,comandados pelo 
córtex motor e de contração 
voluntária.
Todas as diferenças entre estes tipos 
de músculos estão listadas na tabela 
abaixo:
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
Os músculos são órgãos feitos de 
proteína que compõe a maior parte do 
peso de um ser humano. 
Temos mais de 600 músculos 
localizados em diversas partes do 
corpo e estes sempre devem 
atravessar pelo menos uma 
articulação, e dessa forma podem 
gerar movimentos. 
Além de gerar movimentos e calor, os 
músculos ainda servem como 
elementos de proteção de algumas 
partes do corpo como os órgãos 
abdominais e alguns nervos. 
Anatomicamente os músculos são 
divididos em duas partes: o ventre 
muscular (parte vermelha do músculo) 
e os tendões (parte branca do 
músculo).
O ventre muscular é composto por 
duas proteínas, a actina e a miosina. 
Essas duas proteínas interagem 
entre si para que os músculos 
possam gerar contração. 
Os tendões são compostos por 
tecidoconjuntivo denso e são 
responsáveis por puxarem os ossos 
durante a contração muscular e 
desta forma movimentar as 
articulações. 
O ramo das ciências médicas que 
estuda os músculos é chamado 
Miologia
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
Músculo Estriado Esquelético
Como o nome indica, a maioria dos 
músculos estriados esqueléticos 
está fixada nos ossosdo esqueleto. 
As contrações do músculo 
esquelético exercem força nos ossos 
e então eles se movem. 
Quando observadas 
microscopicamente, as células 
musculares esqueléticas exibem 
bandas transversas alternadamente 
claras e escuras, dando-lhes um 
aspecto estriado. 
Por isso mesmo, os músculos 
esqueléticos são referidos como 
músculos estriados. Os músculos 
estriados esqueléticos são os únicos 
músculos voluntários do corpo.
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
Estrutura
Cada músculo é composto de 
numerosas células musculares 
individuais, chamadas fibras 
musculares (compostas por 
proteína). 
As fibras musculares estão mantidas 
unidas porbainhas de membranas de 
tecido conjuntivo. A membrana que 
envolve a parte externa do músculo é 
denominada epimisio, também 
conhecida como fáscia muscular. 
Envolvendo feixes de fibras 
musculares está o perimísio. 
Envolvendo cada fibra fibra muscular 
está o endomísio.
Os músculos 
esqueléticos estão ancorados ao 
esqueleto por extensões do 
endomísio, do perimísio e do 
epimísio. .
Estes tecidos cojuntivos continuam-
se para além da extremidadedo 
músculo e/ou se fixam diretamente 
no periósteo do osso, como 
freqüentemente se observa na 
fixação proximal do músculo, ou 
podem se contituir numa forte 
conexão fibrosachamada tendão, 
que então se torna contínuo com o 
periósteo do osso.
Cada fibra muscular possui milhares 
de miofibrilas, local onde se 
localizam os sarcômeros (cada 
miofibrila possui milhares de 
sarcômeros).
Sarcômero: é a região do músculo 
onde ocorre a contração muscular 
(unidade funcional do músculo). É o 
espaço limitado por duas linhas Z.
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
Tendão
Os tendões ligam os músculos aos ossos. Consistem em tecido conjuntivo 
forte, repleto de fibras colágenas. Quando um músculo contrai, o tendão puxa o 
osso e o move.
É constituído pelo encontro do epimísio, do perimísio e do endomísio na porção 
terminaldo músculo.
Cada músculo esquelético possui uma origem e uma 
inserção, ambas ocorrem nos tendões. A origem é a parte fixa durante a 
realização de um movimento. A inserção é a parte móvel durante o movimento.
Fixação dos músculos aos ossos
•	Origem: Extremidade do músculo preso à peça óssea que não se desloca no 
movimento (parte fixa);
•	Inserção: Extremidade do músculo preso à peça óssea que se desloca no 
movimento (parte móvel).
EX: tendão
do calcânceo
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS
•	Superficiais ou Cutâneos: 
Estão logo abaixo da pele e 
apresentam no mínimo uma de suas 
inserções na camada profunda da 
derme. 
Estão localizados na cabeça (crânio 
e face), pescoço e na mão (região 
hipotenar). Exemplo:
Platisma.
Quanto a Situação:
•	Profundos ou Subaponeuróticos: 
São músculos que não apresentam 
inserções na camada profunda da 
derme, e na maioria das vezes, se 
inserem em ossos. Estão localizados 
abaixo da fáscia superficial. 
Exemplo:
Pronador quadrado
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
•	Curtos: Encontram-se nas 
articulações cujos movimentos tem 
pouca amplitude, o que não exclui 
força nem especialização. 
Exemplo: Músculos da mão.
•	Largos: Caracterizam-se por serem 
laminares. São encontrados nas 
paredes das grandes cavidades 
(tórax e
abdome). 
Exemplo: Diafragma.
•	Longos: São encontrados 
especialmente nos membros. 
Os mais superficiais são os mais 
longos, podendo passar duas ou 
mais articulações. 
Exemplo: Bíceps braquial.
Quanto à Forma:APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
Quanto à Disposição da Fibra:
a)	Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal.
b)	Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal.
c)	Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo
Quanto à origem
•	Bíceps: 2 origens, 1 inserção;
•	Tríceps: 3 origens, 1 inserção;
•	Quadríceps: 4 origens, 1 inserção.
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
Quanto à inserção
•	Bicaudado: 2 inserções
 •	Policaudado: + de 2 inserções
 EX: Fibular curto EX: Extensor dos dedos
Quanto ao ventre muscular
 •	Digástrico: 2 ventres •	Poligástrico: + de 2 ventres
 EX: Digástrico EX: Reto do abdôme
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
Quanto à função
•	Agonista: Músculo cujas contrações são responsáveis por um movimento em 
particular;
•	Antagonista: Músculos geralmente situados no lado oposto da articulação, 
cujas ações se opõem a esse movimento particular;
•	Sinergista: São músculos que, indiretamente auxiliam em determinado 
movimento, poisos músculos atuam em grupos
EX: Flexão do cotovelo.
Quanto à ação
•	Flexores
•	Extensores
•	Adutores
•	Abdutores
•	Rotador Interno/Externo
•	Pronadores
•	Supinadores
•	Flexor Plantar/Dorsal
•	Inversores
•	Eversores
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
Quanto às articulações que se interpõem
•	Monoarticulares: Músculos que atravessam apenas uma articulação e 
executam uma única ação. Ex.: O m. Braquial atravessa a articulação do 
cotovelo e realiza flexão deste;
•	Biarticulares: Músculos que atravessam duas articulações e são responsáveis 
por duas ações distintas. O m. Reto Femoral atravessa as articulações do 
quadril e joelho, realizando flexão do quadril e extensão do joelho;
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
MÚSCULOS DA MÍMICA
Os músculos da mímica são aqueles 
músculos da cabeça que se 
localizam na tela subcutânea e são 
derivados do segundo arco faríngeo, 
sendo, portanto, inervados pelo 
sétimo par de nervo craniano, o nervo 
facial. Por terem sua inserção na 
pele são também chamados de 
músculos cuticulares. 
Eles estão localizados na fronte e em 
torno dos orifícios (com ações 
esfinctéricas), com função de 
proteção à essas aberturas corporais 
e realizam os movimentos da 
mímica, são eles que tornam a 
expressão facial individual 
Os músculos da mímica são diversos 
e podem ser didaticamente 
separados por regiões: músculos da 
fronte ou epicrânico (temporoparietal 
e occipitofrontal); porção superior da 
face (músculos dispostos ao redor 
dos olhos e no nariz) e porção 
inferior da face (músculos dis- 
postos ao redor da boca e pescoço).
O músculo epicrânico é um músculo 
mais superior e está fixado a 
aponeurose epicrânica (gálea 
aponeurótica). 
Ele é formado por dois músculos: o 
músculo temporoparietal e o 
músculo occipitofrontal. 
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
O músculo temporoparietal possui or 
gem na pele da fronte e na fáscia 
temporal e se insere na aponeurose 
epicrânica, tendo como função 
movimentar a pele da cabeça para 
baixo. 
O músculo occipitofrontal possui 
dois ventres interpostos pela 
aponeurose ou gálea (em forma de 
capacete, elmo) epicrânica: o ventre 
frontal e o ventre occiptal.
Quando esse músculo se contrai 
continuamente, encurta e ocasiona 
tensão permanente provocando o 
aparecimento de rugas ou linhas de 
expressão. 

A aponeurose epicrânica ou gálea 
aponeurótica está localizada sob a 
tela subcutânea, que por sua vez 
está disposta abaixo da pele. 
A vascularização dessa região ocorre 
de inferior para superior, por isso em 
casos de escalpelamento, por 
exemplo, nessas regiões há possibi- 
lidade de regeneração visto que a 
vascularização é mantida.
O músculo orbicular do olho possui 
fibras com disposição circular em 
torno da margem orbital e das 
pálpebras e é dividido em porção 
palpebral, porção profunda e porção 
orbital se dispõe em torno da rima 
das pálpebras.
Lesões que ocorrem no couro 
cabeludo apenas entre a pele e a tela 
subcutânea tendem a manter suas 
margens próximas, facilitando uma 
melhor cicatrização. 
Por outro lado, nas lesões que 
atingem a aponeurose epicrânica há 
maior chance das margens 
permanecerem separadas haja
ventres do músculo occipitofrontal. 
Além disso, processos inflamatórios 
na camada de tecido frouxo ou 4ª 
camada, inferior há aponeurose 
epicrânica, exigem maior cuidado 
porque que as veias emissárias 
fazem a conexão dessa camada com 
a região meníngea, podendo 
disseminar então para as meninges 
que recobrem o tecido nervoso.
No quadrante superior da face 
existem músculos que agem sobre a 
rima das pálpebras e nariz: os 
músculos orbicular do olho, 
abaixador do supercílio e corru- 
gador do supercílio, prócero e nasal.
DICA NA MÃO! O botox, também 
conhecido como toxina botulínica, é 
uma substância que pode ser 
utilizada no tratamento de diversas 
doenças, como microcefalia, 
paraplegia e espasmos musculares, 
isso porque é capaz de impedir a 
contração muscular e atua 
promovendo a paralisia temporária 
do músculo, o que ajuda a reduzir as 
linhas de expressão.
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
Lateralmente se encontra o músculo 
bucinador, este tem ação importante 
sobre a mastigação, porém não é um 
músculo mastigador por não atuar 
diretamente sobre a articulação 
temporomandibular.
É um músculo que se encontra mais 
profundo em relação aos outros 
músculos da mímica. O papel desse 
músculo é manter o trajeto do 
alimento centralmente entre as duas 
arcadas dentais superior e inferior, 
permitindo que o alimento seja 
triturado. 
Além disso, ao tensionar o lábio, 
causa aumento da pressão interna 
na cavidade oral, permitindo o sopro, 
por exemplo.
O músculo levantador do lábio 
superior e da asa do nariz traciona o 
lábio superior lateral e superi- 
ormente. Enquanto o músculo 
zigomático maior eleva a comissura 
labial (bilateralmente para sorrir e 
unilateralmente para expressar 
desdém)o músculo zigomático 
menor retrai ou everte o lábio su- 
perior, ao exprimir tristeza, por 
exemplo. 
O músculo risório está próximo ao 
músculo platisma e atua sobre a 
comissura labial tracionando-a 
lateralmente, criando as “covinhas” 
da bochecha.
Esse músculo é um esfíncter e fecha 
a entrada da órbita. Ele é responsável 
por cerrar as pálpebras e enrugar a 
fronte verticalmente. O músculo 
abaixador do supercílio realiza o 
afastamento da parte orbital do 
músculo orbicular do olho, abaixando 
a pele do supercílio.
 O músculo corrugador do supercílio 
cria uma prega vertical sobre a raiz 
do nariz (demonstrando expressões 
de raiva ou reflexão. O músculo 
prócero ocorre como pregas 
transversais no dorso do nariz.
E o músculo nasal é dividido em 
duas partes, alar e nasal, e re- aliza 
movimentação da asa do nariz
No quadrante inferior da face estão 
os músculos que agem sobre a rima 
dos lábios e o pescoço, são em torno 
de onze
músculos: orbicular da boca, 
bucinador, levantador do lábio 
superior e da asa do nariz, 
zigomáticos maior e menor, risório, 
levantadores do lábio superior e do 
ângulo da boca, abaixadores do lábio 
inferior e do ângulo da boca, mentual 
e platisma.
O músculo orbicular da boca atua 
como um esfíncter ao redor da boca, 
unindo os lábios, controlando a 
entrada e saída da rima da boca 
além de ser importante durante a 
articulação na fala.
 
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
risório puxando a comissura da boca
lateralmente, o músculo levantador 
do ângulo da boca durante a 
expressão de autoconfiança, a 
contração do músculo abaixador do 
ângulo da boca demonstra tristeza, 
enquanto o abaixador do lábio 
inferior contrai durante manifestação 
de estabilidade e o músculo mentual 
durante expressãode indecisão.
Os músculos faciais são inervados 
pelo nervo facial que emerge pelo 
forame estilomastoide, atravessa a 
glândula parótida e se distribui em 
seus ramos. 
Por essa localização, patologias da 
glândula parótida, infecciosas ou 
tumorais, podem comprimir o nervo 
facial causando paralisias faciais. 
Nos casos de paralisia periférica o 
lado paralisado permanece 
hipotônico enquanto o outro lado se 
contrai, tracionando os músculos da 
face para o lado não comprometido. 
No lado atingido há, então, 
fechamento incompleto das 
pálpebras, ângulo da boca caído e 
comprometimento da articulação 
das palavras.
O músculo levantador do lábio 
superior e
do ângulo da boca alarga 
a rima da boca. O músculo abaixador 
do ângulo da boca e lábio inferior 
retrai ou everte o lábio inferior. Já o 
músculo mentual eleva e protrai o 
lábio inferior. 
E o músculo platisma abaixa a 
mandíbula e tensiona a porção 
inferior da face e do pescoço.
O 
músculos da mímica atuam em con- 
junto para realizar as expressões 
faciais.
Dentre as ações principais de cada 
músculo da mímica se destacam o 
músculo orbicular do olho cerrando 
as pálpebras durante a expressão de 
preocupação, o músculo corrugador 
do supercílio contraindo o supercílio 
principalmente em situações de luz 
extrema, músculo nasal que fecha ou 
diminui um pouco a narina.
O músculo levantador do lábio 
superior e da asa do nariz durante 
expressões de descontentamento, o 
músculo orbicular da boca durante a 
manifestação de determinação, o 
músculo bucinador durante a 
expressão de satisfação, o músculo 
zigomático durante o sorriso e o
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
Músculo mastigador é aquele que 
provoca movimentos da articulação 
temporomandibular.
 A articulação 
temporomandibular ocorre entre a 
fossa condilar do osso temporal e o 
côndilo da mandíbula. 
Essa é uma articulação importante 
justamente por ser a única 
articulação da cabeça que realiza 
movimento. É uma articulação que 
tem uma tensão mecânica muito 
grande
e, por isso, no seu interior há 
a presença de um disco de 
fibrocartilagem a fim de absorver 
certa quantidade de tensão oriunda 
da movimentação dos músculos.
Devido à sua ação, é uma articulação 
que tem frequentes alterações 
patológicas. 
 
 
Esses músculos são derivados do 
primeiro arco faríngeo e inervados 
pelo quinto par de nervos cranianos, 
o nervo trigêmeo, pelo componente 
motor da porção mandibular, o ramo 
mais inferior do trigêmeo. 
Basicamente, esses músculos 
realizam quatro tipos de 
movimentos: elevação da mandíbula 
(o principal movimento), 
abaixamento ou depressão da 
mandíbula, protrusão da mandíbula e 
retrusão da mandíbula.
Existem também alguns movimentos 
laterais, como no ranger de dentes 
ou durante a mastigação. Em alguns 
casos, podem ocorrer alterações 
anatômicas que cursam com 
protrusão anormal podendo acarretar 
distúrbios da funcionalidade dessa 
articulação.
 
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
Existem quatro músculos da 
mastigação: os mais superficiais e 
mais potentes – músculos temporal 
e masseter – e os músculos mais 
profundos – os músculos 
pterigóideos medial e lateral. 
Juntos os músculos temporal, 
masseter e pterigoideo medial 
promovem a elevação da mandíbula, 
realizando o movimento de 
“mordida”, permitindo a mastigação.
O músculo temporal ocupa a região 
da fossa temporal tem suas 
inserções na linha temporal inferior e 
no processo coronoide e margem 
anterior do ramo da mandíbula. 
Esse músculo tem por função 
elevação da mandíbula (o conjunto 
de suas fibras) e retrusão da 
mandíbula (realizado pelas fibras 
horizontais posteriores).
O músculo masseter é outro músculo 
potente da mandíbula em formato 
qua- drangular e que possui partes 
superficiais e partes profundas. 
Ele se insere no arco zigomático 
(união do processo zigomático do 
osso temporal com o processo 
temporal do osso zigomático) e na 
tuberosidade massetérica (próxima 
do ângulo da mandíbula).
O conjunto das porções do músculo 
masseter eleva a mandíbula com 
bastante intensidade, enquanto a 
parte superficial isoladamente é 
responsável também pela protusão 
desta.
O músculo pterigóideo medial está 
mais profundamente e tem suas 
inserções na fossa pterigóidea, no 
túber da maxila e na tuberosidade 
pterigóidea (oposta a tuberosidade 
massetérica, na face
interior da 
mandíbula). 
Esse músculo tem como função 
também a elevação da mandíbula e 
retração do mento.
O músculo pterigóideo lateral é 
dividido em superior e inferior, tem 
suas inserções na parte inferior da 
lâmina lateral do processo pterigoide 
e na parte superior da asa maior do 
osso esfenoide. Caso haja contração 
bilateral desse músculo ocorrerá 
protrusão, enquanto durante a 
contração unilateral há 
deslocamento contralateral. 
Como esse músculo tem inserção 
sobre a capsula articular e sobre o 
disco articular ele realiza ação di- 
retamente sobre a cápsula, 
impedindo que haja protrusão 
excessiva do côndilo da mandíbula, 
que poderia causar luxação da 
mandíbula.
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
RESUMO
MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO TÊMPOROMANDIBULAR - ATM
A articulação temporomandibular (ATM) responsável pelos movimentos da 
mandíbula (fonação, mastigação).
Articulação: Fossa mandibular do osso temporal e cabeça do côndilo da 
mandíbula.
Principais Movimentos:
Oclusão – Contato dos dentes da arcada superior com a arcada inferior.
Protrusão – É um movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão 
da mandíbula.
Retrusão – É um movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da 
mandíbula.
MÚSCULOS DA ATM
1. Temporal
2. Masseter
3. Pterigoideo Medial
4. Pterigoideo Lateral
APOSTILA
SISTEMA MUSCULAR
MÚSCULOS DO PESCOÇO
O pescoço é um segmento da coluna 
vertebral, próximo da cabeça, que 
possui grande amplitude de 
movimentação. 
Os limites ósseos do pescoço são a 
mandíbula e o osso occiptal, 
cranialmente, e as clavículas e a 
margem superior das escápulas 
caudalmente.
O músculo mais superficial do 
pescoço que é a chave para a divisão 
desse segmento do corpo é o 
músculo esternocleidomastóideo. 
Esse músculo tem uma direção 
diagonal, de anterior para posterior e 
de inferior para superior, criando com 
isso duas regiões triangulares: a re- 
gião cervical anterior (com os 
músculos supra e infra-hióideos) e a 
região cervical lateral (com os 
músculos escalenos). 
Pelo tamanho e disposição o 
músculo esternocleidomastóideo 
delimita uma outra região com o seu 
próprio nome, composta por este 
músculo e as estruturas adjacentes.
Além dessas há a região cervical 
posterior, normalmente estudada 
junto com a região do dorso. 
Topograficamente essas regiões 
podem ainda ser dividida em 
trígonos cervicais menores.
 Os músculos que compõem a região 
anterior do pescoço são os mús- 
culos supra e infra-hióideos e agem 
sobre o osso hioide. 
Os músculos que compõem a região 
lateral do pescoço são os músculos 
escalenos e os longos do pescoço e 
da cabeça. Os músculos situados 
profundamente na região do pescoço 
são os músculos suboccipitais.
Logo adjacente à tela subcutânea na 
região cervical está o músculo 
platisma, que é um músculo 
cuticular, se distribuindo desde a 
região inferior da mandíbula até a 
região da clavícula.
Esse músculo contrai a pele do 
pescoço e da face inferior, tem como 
ação de abaixador da mandíbula 
contra a resistência e abaixar os 
ângulos da boca e tensionar a pele 
do pescoço.
DICA NA MÃO! Para melhor estudo 
dos músculos cervicais, devemos 
entender alguns conceitos lógicos 
acerca de nomenclatura: Alguns 
músculos cervicais têm seu nome 
baseado em suas origens (inserção 
proximal) e inserções (inserção 
distal), como, por exemplo o 
Músculo Estilo-Hioide, que tem sua 
origem no Processo Estiloide doOsso Temporal e inserção no Osso 
Hioide. Dessa forma, quando os 
músculos tiverem esse tipo de 
nomenclatura, é uma boa estratégia 
pensar no macete “Músculo Origem-
Inserção”.
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SISTEMA MUSCULAR
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SISTEMA MUSCULAR
MÚSCULOS LATERAIS
Situados na região lateral do 
pescoço estão os músculos 
esternocleidomastóideo e os 
escalenos (anterior, médio e 
posterior).
O músculo esternocleidomastóideo é 
um músculo longo que possui duas 
cabeças, uma esternal e outra 
clavicular e uma inserção no 
processo mastoide e na linha nucal 
superior, dividindo o pescoço em 
duas regiões: região cervical anterior 
e região cervical lateral. 
Ele se estende de superior para 
inferior e de posterior para anterior 
unindo a cabeça à porção anterior do 
tórax e ao cíngulo do membro su- 
perior. 
Esse músculo tem por ação pro- 
mover a inclinação ipsilateral e 
rotação contralateral da cabeça, 
além da extensão da cabeça na 
contração bilateral (no movimento 
do rosto para cima).
O músculo esternocleidomastóideo 
tem importante relação com o feixe 
vasculonervoso carotídeo, que se 
encontra coberto por ele. 
Nesse feixe se encontram a artéria 
carótida comum e a veia jugular
interna.
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relação ao músculo 
esternocleidomastóideo.
Existem três músculos escalenos: 
anterior, médio e posterior. O 
músculo escaleno anterior tem 
origem no processo transverso da 
terceira à sexta vértebra cervical e se 
insere na primeira costela, no tu- 
bérculo do músculo escaleno.
O músculo escaleno médio tem sua 
origem nos processos transversos 
da terceira à sétima vértebra cervical 
e se insere na primeira costela. 
O músculo escaleno posterior tem 
origem nos processos transversos 
da quarta à sexta vértebra cervical e 
se insere na segunda costela. 
Os três músculos têm como ação 
elevação das costelas superiores e 
inclinação lateral do pescoço, além 
de flexão anterior na contração 
bilateral. 
É nessa região que a artéria ca- 
rótida comum começa a se dividir 
em artéria carótida interna e artéria 
carótida externa. Sendo, portanto, 
uma importante relação anatômica 
para palpação do pulso c. 
A relação de sintopia da veia jugular 
interna com o músculo esterno- 
cleidomastóideo é de importância clí- 
nica para punção venosa profunda 
em casos de acesso para nutrição 
parenteral ou infusão de drogas, por 
exemplo. 
Uma patologia muito frequente é o 
torcicolo (congênito ou adquirido) 
associado a contratura espasmódica 
do músculo esternocleidomastóideo 
em que o músculo contraturado se 
contrai gerando inclinação ipsilateral 
e rotação contralateral da cabeça 
com a face para cima, provocando 
dor ao movimento.
Os músculos escalenos se localizam 
mais lateral e profundamente em 
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Além disso, quando há inversão da 
origem e inserção desses músculos, 
junto com o músculo esterno- 
cleidomastóideo, eles são 
considerados acessórios do 
processo respiratório, porque ao 
elevar as costelas superiores há 
aumento do diâmetro anteroposterior 
e, por conseguinte, facilitação da 
entrada do ar. 
Os músculos escalenos possuem 
uma relação anatômica 
vasculonervosa bem importante, na 
região do hiato ou fenda dos 
escalenos, espaço entre os 
músculos escalenos anterior e 
médio, que tem como conteúdo o 
plexo braquial e a artéria subclávia. 
Alterações desse espaço 
apresentam grandes repercussões 
principalmente para a região do 
membro superior e ombro.
Há, ainda, músculos laterais mais 
profundos do pescoço, denominados 
pré-vertebrais, que são quatro 
músculos: o longo da cabeça, o 
longo do pescoço, os retos 
anteriores e lateral da cabeça. O 
músculo longo da cabeça tem sua 
origem nos processos transversos 
da terceira à sexta vértebra cervical e 
se insere na parte basilar do osso 
occiptal. 
Esse músculo quando agindo 
unilateralmente realiza flexão lateral 
e discreta rotação homolateral da 
cabeça, já em ação biliteral faz a 
flexão da cabeça. 
O músculo longo do pescoço tem 
como origem os corpos da quinta e 
sexta vértebra cervical e o corpo da 
primeira à terceira vértebra torácica, 
além dos processos transversos da 
terceira à quinta vértebra cervical, e 
se insere da primeira à sexta vértebra 
cervical. Quando em ação unilateral 
esse músculo realiza inclinação
 
(flexão) e rotação homolateral da 
coluna cervical, já bilateralmente 
fazem flexão da coluna cervical. 
Mais superiormente nessa região, 
estão os músculos retos anterior e 
lateral da cabeça com origem na 
massa lateral do atlas (primeira vér- 
tebra cervical) e inserção na parte 
basilar do osso occiptal. Também 
quando em ação unilateral realizam 
inclinação (flexão) lateral na 
articulação atlantocciptal, mas se 
agem bilateralmente realizam flexão 
na articulação atlantocciptal ou 
flexão anterior da cabeça.
Há, além disso, um conjunto de 
músculos na nuca que se estendem 
até o pescoço que geralmente são 
estudados com o dorso, que são os 
músculos retos posteriores maior e 
menor da cabeça que possuem ação 
unilateral de rotação e inclinação 
homolaterais da cabeça e ação 
bilateral de extensão da cabeça. 
Lateralmente a eles, estão os 
músculos oblíquos superior e inferior 
da cabeça, com ação unilateral de 
rotação e inclinação homolateral da 
cabeça e ação bilateral de extensão 
da cabeça.
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MÚSCULOS SUPRA E INFRA-
HIÓIDEOS
O osso hioide é um osso móvel 
situado anteriormente no pescoço, 
no nível da terceira vértebra cervical, 
que não possui ligação com outros 
ossos, sendo sustentado apenas por 
músculos. 
E esse osso representa um ponto de 
referência para os músculos 
anteriores do pescoço que são 
divididos em supra e infra-hióideos.
Os músculos suprahióideos são: o 
digástrico, o estilo-hióideo, o milo-
hióideo e o gênio-hióideo. O músculo 
digástrico possui dois ventres: o 
ventre anterior que se dispõe da 
mandíbula ao osso hioide e um 
ventre posterior que se dispõe do 
osso hioide até a incisura mastoide.
O músculo estilo-hióide é pequeno e 
se estende do osso hióide até o 
processo estilóide do osso temporal, 
estando mais anterior em relação ao 
ventre posterior do músculo 
digástrico.
Esses dois músculos estão 
localizados inferiormente ao 
músculo milo-hióide, o principal 
formador muscular do assoalho da 
boca, servindo de apoio para as 
estruturas mais superiores na 
cavidade oral. 
O músculo gênio-hióide está 
localizado acima do músculo milo-
hióide, com inserção na linha milo-
hióidea da mandíbula até o osso 
hioide, atuando em conjunto com o
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musculo milo-hióide a formar o 
assoalho da boca e apoio para a 
língua.
Os músculos infrahióideos se 
localizam entre o osso hioide e a 
parte superior do cíngulo do membro 
superior, são eles os músculos: 
esterno-hióideo, omo-hióideo, 
esternotireóideo e tireo-hióideo.
Eles atuam em conjunto deprimindo 
o osso hioide e a laringe durante a 
deglutição e a fala. 
Superficialmente está o músculo 
esterno-hióideo que se estende do
osso esterno ao osso hioide e 
lateralmente a ele está o músculo 
omo-hióideo, um músculo digástrico 
que se estende do osso hióide à 
escápula com um ventre superior e 
outro ventre inferior.
Mais profundamente está o músculo 
esternotireóideo, disposto do osso 
esterno até a cartilagem tireóidea e, 
como se fosse uma continuação 
desse músculo, está o músculo tireo-
hióideo, que se insere da cartilagem 
tireóidea ao osso hioide.
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MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO 
OMBRO
O ombro é a região que conecta a 
parte livre do membro superior com 
o esqueleto axial, estando, portanto, 
associada a grande amplitude de 
movimentos.
No ombro há dois grupos 
musculares que agem sobre a 
articulação provocando 
movimentos:
•	Músculos toracoapendiculares: 
partem do tórax para o cíngulo do 
membro superiorou braço.
•	Músculos intrínsecos do ombro: 
partem do cíngulo do membro su- 
perior para o braço.
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MÚSCULOS TORACOAPENDICU-
LARES ANTERIORES
Juntos movem o cíngulo do membro 
superior; são eles: peitoral maior, 
peitoral menor, subclávio e serrátil 
anterior.
O peitoral maior origina-se na me- 
tade medial da clavícula, face 
anterior do esterno e seis cartilagens 
costais superiores; insere-se na 
lateral do sulco intertubercular do 
úmero; e tem a função de aduzir e 
rodar medialmente o úmero e mover 
a escápula anterior e inferiormente.
O Peitoral menor origina-se nas 
costelas 3 a 5, próximo de suas carti- 
lagens costais; insere-se na margem 
medial e face superior do processo 
coracoide da escápula; e tem a fun- 
ção de estabilizar a escápula, deslo- 
cando-a anteroinferiormente.
O Subclávio origina-se na junção da 
1ª costela e sua cartilagem costal; in- 
sere-se na face inferior do terço mé- 
dio da clavícula; e tem a função de fi- 
xar e deprimir a clavícula.
 
O Serrátil anterior origina-se nas fa- 
ces externas das laterais das 
costelas 1 a 8; insere-se na face 
anterior da margem medial da 
escápula;
e tem a função de protrair 
(ato de empurrar)
a escápula, mantê-
la contra a parede torácica e girá-la.
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MÚSCULOS TORACOAPENDICU-
LARES POSTERIORES: 
trapézio, latíssimo do dorso, 
levantador da escápula, romboide 
menor e romboide maior.
O Trapézio origina-se no terço medial 
da linha nucal superior, protuberância 
occipital externa, ligamento nucal e 
processos espinhosos das vértebras 
C7 a T12; insere-se no terço lateral 
da clavícula, acrômio e espinha da 
escápula; e tem a função de retrair a 
escápula e girar a cavidade glenoidal 
superiormente.
O Latíssimo do dorso origina-se nos 
processos espinhosos de T7 a T12, 
fáscia toracolombar, crista ilíaca e 3 
costelas inferiores; insere-se no 
assoalho do sulco intertubercular do 
úmero; e tem a função de estender, 
aduzir, girar medialmente o úmero e 
elevar o corpo em direção aos braços 
durante escaladas.
O Levantador da escápula origina-se 
nos tubérculos posteriores dos 
processos transversos das vértebras 
C1 a C4; insere-se na margem medial 
da escápula superior; e tem a função 
de elevar a escápula e girar sua cavi- 
dade glenoidal inferiormente.
O Romboide menor origina-se no li- 
gamento nucal e processos espinho- 
sos das vértebras C7 e T1; insere-se 
na extremidade medial da espinha
da 
escápula; e tem a função de fixar a 
escápula à parede torácica, retraí-la e 
girar sua cavidade glenoidal 
inferiormente.
O Romboide maior origina-se nos 
processos espinhosos das vértebras
T2 a T4; insere-se na margem medial 
da escápula, da espinha até o ângu- 
lo; e tem a função de fixar a escápula 
à parede torácica, retraí-la e girar sua 
cavidade glenoidal inferiormente.
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MÚSCULOS ESCAPULOUMERAIS:
Deltoide, redondo maior, redondo 
menor, supraespinal, infraespinal e 
subescapular.
O Deltoide origina-se no terço lateral 
da clavícula, acrômio e espinha da 
escápula; insere-se na tuberosidade 
do úmero; e tem a função de fletir, 
estender, abduzir e rodar medial e 
lateral- mente o membro superior.
 
O Redondo maior origina-se na face 
posterior do ângulo inferior da es- 
cápula; insere-se no lábio medial do 
sulco intertubercular; e tem a fun- 
ção de aduzir e rodar medialmente o 
braço.
O Redondo menor origina-se na parte 
média da margem lateral da 
escápula; 
insere-se na face inferior do 
tubérculo maior; e tem a função de 
rodar lateralmente o braço.
O Supraespinal origina-se na fossa 
supraespinal escapular; insere-se na 
face superior do tubérculo maior; e 
tem a função de auxiliar o deltoide na 
abdução dos MMSS.
O Infraespinal origina-se na fossa 
infraespinal escapular; insere-se na 
face média do tubérculo maior; e tem 
a função de rodar lateralmente os 
MMSS.
 
O Subescapular origina-se na fossa 
subescapular; insere-se no tubérculo 
menor; e tem a função de rodar me- 
dialmente os MMSS.
DICA NA MÃO! Os músculos 
redondo menor, supraespinal, 
infraespinal e subescapular fazem 
parte do manguito rotador. Esses 4 
músculos formam um componente 
musculotendíneo ao redor da ar- 
ticulação do ombro, que protege e 
estabiliza a articulação. A contração 
desses músculos mantém a cabeça 
do úmero na rasa cavidade glenoidal 
durante a movimentação do braço.
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SUPRAESPINAL
SUPRAESPINAL
INFRAESPINAL
SUBESCAPULAR
REDONDO MENOR
REDONDO MENOR
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BRAÇO
O braço é a parte mais proximal da 
porção livre do membro superior. 
Nessa região, os músculos são 
responsáveis por realizar 
movimentos no antebraço.
Dos 4 principais músculos do braço, 
3 deles são flexores (bíceps 
braquial, braquial e coracobraquial) 
e estão no compartimento anterior; 
o extensor (tríceps braquial) está 
posterior, juntamente com o 
músculo ancôneo (auxiliar do 
tríceps braquial).
O Bíceps braquial origina-se na ex- 
tremidade do processo coracoide 
(cabeça curta) e tubérculo 
supraglenoidal da escápula (cabeça 
longa); insere-se na tuberosidade do 
rádio e fáscia do antebraço; e tem a 
função de supinar e flexionar o 
antebraço.
O Coracobraquial origina-se na ex- 
tremidade do processo coracoide; 
insere-se no terço médio da face 
medial
do úmero; e tem a função de 
ajudar a flexionar e aduzir o braço.
O	Braquial	origina-se	na	metade 
distal da face anterior do úmero; 
insere-se no processo coronoide e 
tuberosidade da ulna; e tem a fun- 
ção de fletir o antebraço em todas 
as posições.
O Tríceps braquial origina-se no tu- 
bérculo infraglenoidal da escápula 
(cabeça longa), face posterior do 
úmero, superior ao sulco do nervo 
radial (cabeça curta) e inferior ao 
sulco do nervo radial (cabeça 
medial); insere-se na extremidade 
proximal do olécrano e fáscia do 
antebraço; e tem a função de
estender o antebraço e resistir à 
luxa- ção do úmero durante a 
abdução.
O Ancôneo origina-se no epicôndilo 
lateral do úmero; insere-se na face 
lateral do olécrano e parte superior 
da face posterior ulnar; e tem a 
função de auxiliar o tríceps na 
extensão do antebraço e estabilizar 
a articulação do cotovelo.
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MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO
O compartimento anterior pode ser 
dividido em superficial, 
intermediário e profundo; os 
músculos que compõem a camada 
³superficial são o pronador redondo, 
o flexor radial do carpo, o palmar 
longo e o flexor ulnar do carpo. 
O músculo da camada in- 
termediária é o flexor superficial 
dos dedos; já os que compõem a 
camada profunda são o flexor 
profundo dos dedos, o flexor longo 
do polegar e o pronador quadrado.
Já no compartimento posterior, na 
camada superficial temos o braquir- 
radial, o extensor radial longo do 
carpo, o extensor radial curto do 
carpo, o extensor dos dedos, o 
extensor do dedo mínimo e o 
extensor ulnar do carpo. 
Já na camada profunda, há o 
supinador, o extensor do indicador, 
o abdutor longo do polegar, o 
extensor longo do polegar e o 
extensor curto do polegar.
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Músculos do compartimento 
anterior superficial:
O Pronador redondo origina-se no 
processo cornoide (cabeça ulnar) e 
epicôndilo medial (cabeça umeral); 
insere-se na convexidade da face 
lateral do rádio; e tem a função de 
fazer a pronação e flexão do 
antebraço.
O Flexor radial do carpo origina-se 
no epicôndilo medial; insere-se na
base do 2º metacarpal; e tem a fun- 
ção de fletir e abduzir a mão.
O Palmar longo origina-se no epi- 
côndilo medial; insere-se na meta- 
de distal do retináculo dos flexores 
e ápice da aponeurose palmar; e 
tem a função de fletir a mão e 
tensionar a aponeurose palmar.
 
O Flexor ulnar do carpo origina-se 
no epicôndilo medial (cabeça ume- 
ral) e olécrano e margem posterior 
da ulna(cabeça ulnar); insere-se no 
osso pisiforme, hâmulo do hamato e 
5º metacarpal; e tem a função de 
fletir e aduzir a mão.
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Músculo do compartimento anterior intermediário:
O Flexor superficial dos dedos origina-se no epicôndilo medial e processo 
coronoide (cabeça umeroulnar) e metade superior da margem anterior (cabeça 
radial); insere-se nos corpos das falanges médias dos quatro dedos mediais; e 
tem a função de fletir as falanges nas articulações interfalangeanas proximais, 
podendo atuar sobre as metacarpofalangeanas também.
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Músculos do compartimento 
anterior profundo:
O Flexor profundo dos dedos origi- 
na-se nos ¾ proximais das faces 
medial e anterior da ulna e 
membrana interossea; insere-se nas 
bases das falanges distais do 2º ao 
5º dedos;
e tem a função de fletir as 
falanges distais dos dedos nas 
articulações interfalangeanas 
distais.
 
O Flexor longo do polegar origina-se 
na face anterior do rádio e mem- 
brana interóssea; insere-se na base 
da falange distal do polegar; e sua 
função é fletir as falanges do 
polegar.
O Pronador quadrado origina-se no 
quarto distal da face anterior da 
ulna; insere no quarto distal da face 
anterior do rádio; e sua função é 
unir rádio e ulna e fazer a pronação 
do antebraço.
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Músculos do compartimento 
posterior superficial
O Braquiorradial origina-se 2/3 pro- 
ximais da crista supraepicondilar 
lateral; insere-se na face lateral da 
porção distal do rádio; e sua função 
é fazer a flexão do antebraço, mais 
fortemente em pronação média.
O Extensor radial longo do carpo 
origina-se na crista supraepicondilar 
lateral; insere-se na face dorsal da 
base do 2º metacarpal; e sua 
função é estender e abduzir a mão 
na articulação radiocarpal.
O Extensor radial curto do carpo 
origina-se no epicôndilo lateral; 
insere-se na face dorsal da base do 
3º metacarpal; e sua função é 
estender e abduzir a mão.
O Extensor dos dedos origina-se no 
epicôndilo lateral; insere-se nas ex- 
pansões extensoras dos quatro de- 
dos mediais; e sua função é 
estender os dedos nas articulações 
metacarpofalangeanas e 
interfalangeanas.
O Extensor do dedo mínimo origi- 
na-se no epicôndilo lateral; insere-se 
na expansão do músculo extensor 
do 5º dedo; e sua função é estender 
o 5º dedo.
O Extensor ulnar do carpo origina-se 
no epicôndilo lateral e margem
posterior da ulna; insere-se na face 
dorsal da base do 5º metacarpal; e 
sua função é estender e aduzir a 
mão na articulação radiocarpal.
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Músculos do compartimento 
posterior profundo
O Supinador: origina-se no epicôn- 
dilo lateral, ligamentos colaterais e 
anular do rádio, “fossa” e crista do 
supinador; insere-se nas faces late- 
ral, posterior e anterior do terço pro- 
ximal do rádio; e sua função é 
supinar o antebraço e girar a palma 
anterior e superiormente.
O Extensor do indicador origina-se 
na face posterior do terço distal da 
ulna e membrana interóssea; insere-
se na expansão do extensor do 2º 
dedo; e sua função é estender de 
forma independente o indicador e 
auxi- liar na extensão da mão.
O Abdutor longo do polegar origi- 
na-se na face posterior das 
metades proximais da ulna, rádio e 
membrana
interóssea; insere-se na base do 1º 
metacarpal; e sua função é 
estender e abduzir o polegar na 
articulação carpometacarpal.
O Extensor longo do polegar origi- 
na-se na face posterior do terço mé- 
dio da ulna e membrana interóssea; 
insere-se na face dorsal da base da 
falange distal do polegar; e sua fun- 
ção é estender as articulações in- 
terfalângica, metacarpofalângica e 
carpometacarpal.
O Extensor curto do polegar origi- 
na-se na face posterior do terço dis- 
tal do rádio e membrana interóssea; 
insere-se na face dorsal da base da 
falange proximal do polegar; e sua 
função é estender as articulações 
metacarpofalângica e 
carpometacarpal.
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Músculos intrínsecos da mão
– tenares
O Oponente do polegar origina-se 
no retináculo dos músculos flexores 
e tubérculos do escafoide e 
trapézio;
 
insere-se na face lateral do 1º meta- 
carpal; e sua função é levar o 1º 
metacarpo em sentido medial, para 
o centro da palma.
O Abdutor curto do polegar origi- 
na-se no retináculo dos músculos 
flexores e tubérculos do escafoide e 
trapézio; insere-se na face lateral da 
base da falange proximal do 
polegar; e sua função é abduzir o 
polegar e ajudar na oposição.
O Flexor curto do polegar origina-se 
no retináculo dos músculos flexores 
e tubérculos do escafoide e 
trapézio; insere-se na face lateral da 
base da falange proximal do 
polegar; e sua função é fletir o 
polegar.
O Adutor do polegar origina-se nas 
bases do 2º e 3º metacarpais e ca- 
pitato e face anterior do corpo do 3º 
metacarpal; insere-se na face 
medial da base da falange proximal; 
e sua função é aduzir o polegar em 
direção à margem lateral da palma
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Músculos intrínsecos da mão
 – hipotenares
O Abdutor do dedo mínimo: origina-se no osso pisiforme; insere-se na face 
medial da base da falange proximal do dedo mínimo; e tem a função de abduzir 
o dedo mínimo e ajudar na flexão da falange proximal do dedo mínimo.
O Flexor curto do dedo mínimo origina-se no hâmulo do hamato e retináculo dos 
flexores; insere-se na face
medial da base da falange proximal do dedo mínimo; 
e sua função é fletir a falange proximal do dedo mínimo.
O Oponente do dedo mínimo origina-se no hâmulo do hamato e
retináculo dos 
flexores; insere-se na margem medial do 5º metacarpal; e sua função é deslocar 
o 5º metacarpal anteriormente, opondo o dedo mínimo ao polegar.
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MÚSCULOS DOS MEMBROS 
INFERIORES
O membro inferior possui 6 regiões: 
a região glútea, a região femoral ou 
da coxa, a região do joelho, a região 
crural que inclui toda a perna, a 
região talocrural ou tornozelo e a 
região do pé.
A fáscia muscular do membro 
inferior é bastante forte e resistente, 
limitando a expansão externa dos 
músculos que se contraem.
MÚSCULOS DO QUADRIL
Os músculos da região glútea são 
organizados em camadas 
superficial
e profunda. 
A camada superficial inclui os três 
grandes glúteos, que são o máximo, 
o médio e o mínimo, e tensor da 
fáscia lata, que atuam princi- 
palmente como extensores, abdu- 
tores e rotadores mediais da coxa.
A camada profunda é formada 
pelos músculos piriforme, obturador 
in- terno, quadrado femoral e 
gêmeos superior e inferior, que 
atuam como rotadores laterais da 
coxa além de auxiliar na 
estabilização da cabeça do fêmur 
no acetábulo, reforçando a arti- 
culação do quadril.
O glúteo máximo é o músculo mais 
superficial, com as fibras mais gros- 
sas do corpo. Quando a coxa é fleti- 
da, a margem inferior desse 
músculo desloca-se para cima, 
deixando o túber isquiático em 
posição subcutânea. 
Assim, não sentamos sobre o glúteo 
máximo, mas sim sobre o tecido fi- 
broadiposo e a bolsa isquiática situ- 
ada entre o túber isquiático e a 
pele.
As principais ações deste múscu- lo 
são extensão e rotação lateral da 
coxa. Além disso, embora seja o 
extensor mais forte do quadril, atua 
principalmente quando há necessi- 
dade de força (movimento rápido ou 
contra resistência). Seu movimento 
é mais intenso entre as posições 
fletida
 
e reta da coxa, como ao se levantar 
da posição sentada, assumir 
postura ortostática a partir da 
posição inclinada ou subir escadas.
DICA NA MÃO!A fenda interglútea é 
o sulco que separa as nádegas e o 
sulco infraglúteo demarca o limite 
entre as nádegas e as coxas.
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SISTEMA MUSCULAR
O glúteo máximo não é usado na 
posição em pé/imóvel e é pouco 
usado na marcha, apenas na parte 
inicial da fase de apoio, assim, sua 
paralisia não afeta seriamente a 
marcha em superfície plana, apenas 
em declives.
Em conjunto com o tensor da fáscialata, este músculo promove a 
estabilização do joelho estendido, 
porém sem a liberdade necessária 
para produzir movimento.
Além disso, o glúteo máximo é 
separado das estruturas adjacentes 
por bolsas da região glútea, que são 
sacos membranáceos revestidos 
por membrana sinovial. 
O objetivo dessas bolsas é reduzir o 
atrito e permitir movimento livre. No 
glúteo máximo, há três bolsas 
associadas: trocantérica, isquiática 
e intermuscular do músculo glúteo.
Os músculos glúteo médio e míni- 
mo possuem fibras convergem para 
o mesmo alvo, possuindo mesmas 
ações e inervações. Atuam na abdu- 
ção ou estabilização da coxa e na 
sua rotação medial.
O tensor da fáscia lata é 
basicamente flexor da coxa em 
razão da localização anterior, mas 
não tem ação independente. Para 
gerar flexão, atua em conjunto com 
os músculos iliopsoas e reto 
femoral. 
Com a paralisia do iliopsoas, o 
tensor da fáscia lata hipertrofia para 
compensar. Também atua em 
conjunto com músculos abdutores 
e rotadores medias da coxa, 
provavelmente contribuindo como 
sinergista ou fixador. 
O tensor da fáscia lata tensiona 
também o trato iliotibial (fáscia 
longa localizada lateralmente à 
coxa), gerando pouco ou nenhum 
movimento na perna. Porém, quan- 
do em extensão completa do joelho, 
contribui para a força de extensão, 
aumentando estabilidade.

O músculo piriforme serve como 
ponto de referência da região 
glútea, visto que os vasos e nervo 
glúteos superiores emergem 
superiormente a ele e os vasos e 
nervo glúteos inferiores emergem 
inferiormente a ele.
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SISTEMA MUSCULAR
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SISTEMA MUSCULAR
Os músculos gêmeos são reforços 
extrapélvicos do obturador interno. 
Embora o gêmeo inferior receba 
inervação separada do quadrado
 
femoral, deve-se considerar esses 
três músculos, pois não possuem 
ação independente.
O músculo quadrado femoral é um 
forte rotador lateral da coxa, 
enquanto o músculo obturador 
externo atua como rotador lateral 
da coxa, principalmente com o 
quadril fletido, e assim como outros 
músculos curtos ao redor da 
articulação do quadril, estabiliza a 
cabeça do fêmur no acetábulo.
Os músculos obturador interno e 
gêmeos formam o tríceps do qua- 
dril. 
DICA NA MÃO! Os abdutores e 
rotadores mediais da articulação do 
quadril desempenham essencial 
papel na locomoção, avançando e 
evitando a queda do lado não 
sustentado da pelve durante a mar- 
cha. A boa atuação desses 
músculos depende do nervo glúteo 
superior, articulações do quadril 
além de resistência e angulação do 
fêmur. Além disso, todos os 
músculos da região glútea realizam 
rotação lateral da coxa, exceto os 
glúteos médio e mínimo.
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SISTEMA MUSCULAR
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SISTEMA MUSCULAR
Músculos da Coxa
Os músculos da coxa podem ser se- 
parados em compartimento an- 
terior, medial e posterior. 
O compartimento anterior é 
formado pelos músculos pectíneo, 
iliopsoas, sartório e quadríceps 
femoral, que são basicamente 
flexores do quadril e extensores do 
joelho e inervados pelo nervo 
femoral, que é o maior ramo do 
plexo lombar.
O compartimento medial é forma- 
do pelos músculos adutor longo, 
adutor curto, adutor magno, grácil e 
obturador externo. 
Todos são
supridos pelo nervo 
obturatório, exceto o adutor magno 
e o pectíneo. E
o compartimento 
posterior é composto pelos 
músculos isquiotibiais, que são os 
músculos semitendíneo, 
semimembranáceo e bíceps femo- 
ral, que são controlados pela parte 
tibial do nervo isquiático.
O músculo pectíneo aduz, flete e 
auxilia na rotação medial da coxa e, 
devido à inervação dupla (n. femoral 
e ramos do n. obturatório), é um 
músculo de transição entre os 
compartimentos anterior e medial 
da coxa.
O músculo Iliopsoas é principal fle- 
xor da coxa, podendo contribuir 
para a deformidade e a 
incapacidade em caso de 
malformação, disfunção ou doença, 
sobretudo se estiver encurtado. 
É ativo durante a caminhada em 
declive, quando sua contração 
excêntrica resiste à gravidade/
aceleração. 
Também é um músculo postural, 
ativo na posição ortostática, pois 
mantém lordose lombar normal.
A contração bilateral do iliopsoas 
inicia a flexão do tronco no quadril 
sob a coxa fixa, como ocorre no 
exercício abdominal,
o que gera 
aumento da lordose lombar da 
coluna visto que muitas vezes
o 
exercício é realizado da maneira 
incorreta.
O músculo sartório flete a 
articulação do quadril e participa da 
flexão do joelho. Também realiza 
abdução fraca e rotação lateral da 
coxa. 
As ações desse músculo geram a 
posição sentada com as pernas 
cruzadas.
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SISTEMA MUSCULAR
É essencialmente um músculo 
sinergista, ou seja, não tem força 
“independente”, auxiliando 
movimento dos músculos 
adjacentes.
 É importante pontuar que a flexão 
do quadril ocorre em conjunto com 
a flexão do joelho, assim como a 
extensão.
O quadríceps femoral é um múscu- 
lo composto por quatro cabeças: 
reto femoral, vasto lateral, vasto 
medial e vasto intermédio. 
Ele é o grande extensor da perna e 
responsável pela absorção do 
choque do impacto do calcanhar e 
sua atividade continua à medida 
que sustenta o peso no início da 
fase de apoio em resposta à
carga 
durante a marcha. 
A capacidade do reto femoral de 
estender o joelho é comprometida 
com a flexão do quadril, mas 
contribui para a força de extensão 
durante a fase de saída dos dedos 
(marcha), quando a coxa é 
estendida.
É bastante eficiente em 
movimentos que associam 
extensão do joelho e flexão do 
quadril a partir de uma posição de 
hiperextensão do quadril e flexão do 
joelho, como chutar uma bola.
Os músculos vastos são denomina- 
dos de acordo com sua posição em 
torno do fêmur, sendo difícil isolar 
suas ações. 
O músculo articular do joelho é 
derivado do vasto intermédio e ativo 
na tração da membrana sinovial 
superiormente com a extensão da 
perna, evitando que pregas da 
membrana sejam comprimidas 
entre o fêmur e a patela na 
articulação do joelho.
O músculo grácil é o mais fraco dos 
mediais, sendo sinergista na 
adução da coxa, flexão do joelho e 
rotação medial da perna com o 
joelho fletido, ou seja, ele contrai 
durante esses movimentos mas não 
é o principal músculo para que eles 
sejam realizados.
Os três músculos adutores, adutor 
curto, adutor longo e adutor magno 
são usados em todos os 
movimentos de adução das coxas.
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Os músculos isquiotibiais, também 
chamados de músculos do jarrete, 
são os extensores do quadril, atuan- 
do na caminhada em superfície 
plana, quando a atividade do glúteo 
máximo é reduzida.
Além disso, também realizam a 
flexão do joelho. Esses músculos 
têm maior atividade durante a 
contração excêntrica, resistindo à 
flexão do quadril e à extensão do jo- 
elho durante o balanço terminal na 
marcha.
Porém, as duas ações dos 
isquiotibiais		não	podem	acontecer 
ao mesmo tempo: a flexão comple- 
ta do joelho exige encurtamento 
dos isquiotibiais, impedindo a 
contração necessária para a 
extensão completa da coxa, assim 
como a extensão completa do 
quadril encurta os isquiotibiais,	
impedindo	sua	contração e atuação 
plena sobre a flexão do joelho. 
Os músculos isquiotibiais são 
ativos na extensão da coxa em 
todas as situações, com exceção da 
flexão completa do joelho, como já 
mencionado, inclusive na manu- 
tenção da postura em pé relaxada.
Uma pessoa com paralisia dos 
isquiotibiais	tende	a	cair para frente, 
porque os músculos glúteos má- 
ximos não conseguem manter o 
tônus muscular necessário para 
manter
 a postura.
O músculo semitendíneo é assim 
chamado porque metade dele é ten- 
dínea, sendo formado por um ventre 
fusiforme interrompido por uma 
intersecção tendínea e um tendão 
longo. Na parte distal, esse tendão 
forma, junto com os tendões dos 
músculos sartório e grácil, a 
chamada pata de ganso.
O músculo semimembranáceo é 
assim chamado porconta do 
formato de sua inserção proximal 
no túber
isquiático, que é similar à 
uma membrana achatada. 
Distalmente, o tendão deste 
músculo se divide em três partes: 
uma parte de fixação direta no 
côndilo medial da tíbia, uma parte 
que se funde à fáscia poplítea e 
uma parte que forma o ligamento 
poplíteo oblíquo, que
é um dos 
reforços da cápsula articular do 
joelho. Os músculos semitendíneo e 
semimembranáceo são mediais e 
não são tão ativos quanto o bíceps 
femoral, que é lateral e é o 
verdadeiro “burro de carga” da 
extensão do quadril.
O bíceps femoral é assim 
denominado por possuir uma 
cabeça longa e outra curta, sendo 
esta última inervada pela divisão 
fibular enquanto os isquiotibiais 
têm inervação comum da divisão 
tibial do nervo ciático.
Este músculo na rotação do joelho 
fletido, em conjunto com o tensor 
da
fáscia lata.
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Músculos da perna
Os músculos da perna são divididos 
em compartimento anterior, poste- 
rior e lateral. Os músculos de cada 
compartimento possuem funções e 
inervações iguais.
Os músculos anteriores são os 
músculos tibial anterior, extensor 
longo dos dedos, extensor longo do 
hálux e fibular terceiro. Eles são 
dorsiflexores da articulação 
talocrural, elevando a parte anterior 
do pé e abaixando o calcanhar.
O compartimento anterior é 
inervado
pelo nervo fibular 
profundo, um dos ramos do nervo 
fibular comum.
Embora seja um movimento fraco e 
curto (1/4 da força da flexão 
plantar), a dorsiflexão é usada 
ativamente na fase de balanço da 
marcha, quando a contração 
concêntrica mantém a parte 
anterior do pé elevada para sair do 
solo enquanto o membro livre avan- 
ça. 
Na fase de apoio, a contração ex- 
cêntrica do tibial anterior controla a 
descida da parte anterior do pé até 
o solo após o toque do calcâneo. 
Isso é
 importante para a marcha 
uniforme e para desaceleração em 
relação à corrida e marcha em 
declive.
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Embora seja um movimento fraco e 
curto (1/4 da força da flexão 
plantar), a dorsiflexão é usada 
ativamente na fase de balanço da 
marcha, quando a contração 
concêntrica mantém a parte 
anterior do pé elevada para sair do 
solo enquanto o membro livre avan- 
ça. 
Na fase de apoio, a contração ex- 
cêntrica do tibial anterior controla a 
descida da parte anterior do pé até 
o solo após o toque do calcâneo. 
Isso é
 importante para a marcha 
uniforme e para desaceleração em 
relação à corrida e marcha em 
declive.
Na posição de pé, os dorsiflexores 
pu- xam anteriormente a perna, de 
forma reflexa, sobre o pé fixo 
quando o corpo começa a se 
inclinar posteriormente. Na marcha 
em declive, principalmente em 
superfícies moles, a dorsiflexão é 
usada fortificar o calcanhar.
O músculo tibial anterior é o dorsi- 
flexor mais forte graças à sua 
vantagem mecânica promovida pela 
maior distância do eixo da 
articulação do tornozelo.
Possui ação sinérgica, as- sim 
como o tibial posterior, na inver- são 
do pé. Isso porque, embora sejam 
antagonistas (tibial posterior e ante- 
rior), ambos cruzam as articulações 
talocalcânea e transversa do tarso
O músculo fibular terceiro é deriva- 
do do músculo extensor dos dedos 
e contribui pouco para a dorsiflexão, 
mas
 
também atua nas articulações 
talocalcânea e transversa do tarso, 
contribuindo para eversão relativa 
do pé, permitindo que as plantas 
dos pés se apoiem de maneira mais 
completa no solo.
O músculo extensor longo dos 
dedos é o mais lateral dos 
músculos anteriores. 
Este músculo se torna tendíneo 
acima do tornozelo, formando 
quatro tendões, um para cada dedo 
do pé com exceção do hálux, e uma 
bainha sinovial circunda esses 
quatro tendões e o músculo fibular 
terceiro no ponto em que eles 
divergem até suas fixações distais. 
Cada tendão forma uma expansão 
sobre a falange proximal, dividindo-
se em duas faixas laterais, que se 
inserem na falange distal, e uma 
central, que se insere na falange 
média.
O músculo extensor longo do hálux 
fica situado entre o extensor longo 
dos dedos e o tibial anterior, 
seguindo ao longo da crista do 
dorso do pé até o hálux.
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Os músculos laterais são os 
músculos fibulares longo e curto. 
Ambos são eversores do pé, 
atuando nas articulações talocalcâ- 
nea e transversa do tálus, e 
contribuem também para a flexão 
plantar no tornozelo.
Esses músculos são inerva- dos 
pelo nervo fibular superficial, um 
ramo terminal do nervo fibular 
comum.
Na prática, a principal fun- 
ção dos eversores do pé não é 
elevar a margem lateral do pé e sim 
deprimir ou fixar a margem medial 
do pé na sustentação da fase de 
saída dos dedos na marcha, 
sobretudo na corrida, e resistir à 
inversão acidental ou excessiva do 
pé. 
Na posição de pé, os músculos 
fibulares contraem-se para resistir 
ao balanço medial, ou seja, ajudam 
a recentraizar a linha de gravidade 
que sofreu desvio medial por tração 
lateral da perna enquanto deprime a 
margem medial do pé.
Os músculos posteriores da perna, 
assim como na coxa, são divididos 
em grupo superficial e profundo, 
separados pelo septo intermuscular 
transverso. 
Esses músculos realizam flexão 
plantar do tornozelo, inversão das 
articulações talocalcânea e 
transversa do tarso, além de flexão 
dos dedos. 
A flexão plantar gera impulso, 
aplicado basicamente no arco 
transverso do metatarso, que é 
usado para impulsionar o corpo 
para frente e para cima, sendo o 
principal componente das forças 
geradas durante as subfases de 
saída e da fase de apoio da marcha 
e corrida. 
A ausência de flexão plantar gera 
rotação lateral do pé durante a fase 
de apoio para evitar a dorsiflexão 
passiva e permitir movimento 
efetivo por meio da extensão do 
quadril e do joelho exercida pela 
parte média do pé.
A porção superficial dos músculos 
posteriores da perna incluem os 
músculos gastrocnêmio e sóleo, 
que formam tríceps sural e 
possuem um tendão comum, o 
tendão do calcâneo, também 
chamado de tendão de Aquiles, o 
qual possui capacidade elástica 
para absorção de choques.
DICA NA MÃO! Contração 
concêntrica é quando o músculo 
encurta suas fibras na contração, 
enquanto na contração excêntrica as 
fibras se alongam. Em outras 
palavras, na contração concêntrica a 
força supera a resistência, enquanto 
na contração excêntrica ocorre o 
contrário, ou seja, a força muscular é 
superada pela resistência
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Quando ocorre ruptura do tendão do 
calcâneo, esses músculos não 
conseguem gerar a força 
necessária para levantar o peso do 
corpo (ficar nas pontas dos pés).
O tríceps sural é composto pelas 
duas cabeças do gastrocnêmio e 
uma do sóleo e eles geram a maior 
parte da força da flexão plantar. 
No entanto, apesar de possuírem 
um
tendão em comum, os 
músculos sóleo e o gastrocnêmio 
agem separadamente (“você 
passeia com o músculo sóleo, mas 
ganha a corrida de salto à distância 
com o gastrocnêmio”).
O músculo gastrocnêmio é o mais 
proeminente da panturrilha. Como a 
maioria de suas fibras é do tipo 
branco, de contração rápida, suas 
contrações produzem movimentos 
rápidos durante a corrida e salto. 
Além disso, esse músculo atua 
sobre as articulações do joelho e 
talocrural, mas não pode exercer 
toda sua força sobre as duas ao 
mesmo tempo. 
O gastrocnêmio é mais eficaz 
quando o joelho está estendido e é 
ativado ao máximo quando a 
extensão do joelho é associada à 
dorsiflexão, como na partida de 
uma corrida. Esse músculo é inca- 
paz de produzir flexão plantar 
quando o joelho está 
completamente fletido.
O músculo sóleo, por sua vez, é o 
“burro de carga” da flexão plantar. 
Pode ser palpado de cada lado do 
músculo gastrocnêmio quando se 
fica nas pontas dos pés.
 Além disso, pode agir em conjunto 
com o gastrocnêmio na flexão 
plantar da articulação talocrural,não podendo agir sozinho sobre a 
articulação do joelho e atuando 
sozinho quando o joelho está 
fletido. 
Quando o pé está apoiado no solo, 
o músculo sóleo traciona os ossos 
da perna para trás. Isso é impor- 
tante para ficar de pé porque a linha 
da gravidade passa anteriormente 
ao eixo ósseo da perna.
A porção profunda do 
compartimento posterior da perna 
inclui os músculos poplíteo, flexor 
longo dos dedos, flexor longo do 
hálux e tibial posterior.
O músculo poplíteo é insignificante 
como flexor da articulação do joe- 
lho propriamente dita, mas durante 
a flexão, ele ajuda a tracionar o 
menisco lateral posteriormente, um 
movimento produzido pas-
sivamente por compressão, como 
ocorre com o menisco medial. 
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Quando a pessoa está de pé com o 
joelho parcialmente fletido, o 
músculo poplíteo contrai para ajudar 
o ligamento cruzado posterior na 
prevenção do deslocamento anterior 
do fêmur sobre o platô tibial 
inclinado. 
Além disso, o poplíteo pode auxiliar 
os músculos isquiotibiais mediais a 
girar a tíbia mediamente sob os 
côndilos do fêmur quando pé está 
fora do solo e o joelho está fletido.
O músculo flexor longo do hálux atua 
na marcha logo depois do tríceps 
sural dá o impulso da flexão plantar 
para a parte proeminente da planta 
do pé, abaixo do 1
 
º e 2º metatarsais, dando o impulso 
final através da flexão do hálux para 
a fase de pré-balanço da marcha.
Porém, vale ressaltar que isso ocorre 
quando se está descalço, com o uso 
de calçados o impulso da flexão 
plantar é propiciado pela parte 
anterior do pé.
O músculo tibial posterior, quando o 
pé está fora do solo, pode ter ação 
sinérgica ao tibial anterior para inver- 
ter o pé, com anulação mútua de 
suas funções normalmente 
antagonistas. 
Entretanto, o principal papel do tibial 
posterior é manter o arco longitudi- 
nal medial do pé durante a sustenta- 
ção do peso, sendo assim, há contra- 
ção estática do músculo durante 
toda a fase de apoio da marcha, 
exceto se a frenagem exigir 
contração excêntrica.
Na posição de pé, principalmente 
com apoio em um pé só, os 
músculos tibial anterior e posterior 
cooperam para abaixar a face lateral 
do pé e tracionar medialmente a 
perna quando necessário para 
neutralizar a inclinação lateral e 
manter o equilíbrio.
O nervo tibial supre todos os mús- 
culos do compartimento posterior da 
perna (superficiais e profundos), 
sendo o maior dos dois ramos ter- 
minais do nervo isquiático. 
Um ramo do nervo tibial, o nervo 
cutâneo sural medial, geralmente se 
une ao ramo fibular comunicante do 
nervo fibular
comum para formar o 
nervo sural, que inerva a pele da 
parte lateral e posterior do terço 
inferior da perna e região lateral do 
pé.
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Músculos dos Pés
Os músculos do pé se dividem em 
músculos plantares, dorsais e in- 
termediários. Os músculos plantares 
atuam basicamente como um grupo 
durante a fase de suporte do apoio, 
mantendo os arcos do pé. 
Essencialmente, eles resistem às 
forças que tendem a reduzir o arco 
longitudinal quando o peso é 
recebido pelo calcanhar e transferido 
para a bola do pé e para o hálux . 
Esses músculos tornam-se mais 
ativos na última parte do movimento 
para estabilizar o pé para a propul- 
são, um momento em que as forças 
também tendem a achatar o arco 
transverso do pé. 
Além disso, também são capazes de 
refinar ainda mais as ações dos 
músculos longos, produzindo supi- 
nação e pronação para permitir que o 
pé se ajuste ao solo irregular.
Os músculos do pé são pouco im- 
portantes individualmente, pois o 
controle fino dos dedos não é 
importante para a maioria das 
pessoas. 
Eles são mais ativos na fixação do pé 
ou no aumento da pressão aplicada 
contra o solo por várias áreas da 
planta ou dos dedos para manter o 
equilíbrio.
Os músculos dorsais incluem o 
músculo extensor curto dos dedos e 
o extensor curto do hálux, que na 
verdade é parte do extensor curto 
dos dedos. 
A parte média do pé inclui as 
inserções distais dos músculos tibial 
anterior e tibial posterior
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SISTEMA MUSCULAR
Os músculos plantares, por sua vez, 
são dispostos em cerca de quatro 
camadas. 
A camada mais superficial é 
composta pelos músculos abdutor 
do hálux, flexor curto dos dedos e 
abdutor do dedo mínimo. Depois há 
uma camada formada pelos 
músculos quadrado plantar e 
lumbricais. 
A 3ª camada é composta pelos 
músculos flexor curto do hálux, 
adutor do hálux e flexor do dedo 
mínimo. A camada mais profunda da 
planta do pé possui os músculos 
interósseos plantares e interósseos 
dorsais.
O músculo quadrado plantar auxilia o 
músculo flexor longo dos dedos na 
flexão dos quatro dedos laterais, en- 
quanto os músculos lumbricais são 
responsáveis pela flexão das falan- 
ges proximais e extensão das falan- 
ges médias e distais dos quatro de- 
dos laterais.
O músculo adutor do hálux é pro- 
vavelmente o mais ativo durante a 
fase de saída do apoio na tração dos 
quatro metatarsais laterais em di- 
reção ao hálux, fixação do arco trans- 
verso do pé e resistência às forças 
que afastariam as cabeças dos 
metatarsais quando há aplicação de 
peso e força à parte anterior do pé.
O nervo tibial divide-se, posterior- 
mente ao maléolo medial, em nervos 
plantares medial e lateral. Esses ner- 
vos suprem os músculos intrínsecos 
da face plantar do pé.
Os músculos dorsais são inerva- dos 
pelo nervo fibular profundo e os 
músculos plantares são contro- 
lados pelos nervos plantar lateral e 
plantar medial
Interósseos Dorsais Interósseos Plantares
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SISTEMA MUSCULAR
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SISTEMA MUSCULAR
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SISTEMA MUSCULAR
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SISTEMA MUSCULAR
MÚSCULOS DO ABDOME
A parede do abdome é 
musculoaponeurótica e costuma 
ser subdividida para fins didáticos 
em paredes anteriores laterais 
direita e esquerda e parede pos- 
terior.
MÚSCULOS DA PAREDE ABDOMI- 
NAL
Os músculos da parede abdominal 
formam uma cobertura flexível que 
oferece proteção contra danos aos 
órgãos inter- nos.
Músculos lombares
A parede posterior do abdome é for- 
mada pelas vértebras lombares e 
discos, músculos lombares, 
diafragma, fáscia, plexo lombar, 
gorduras, nervos, vasos e 
linfonodos.
A aponeurose toracolombar se 
encontra fixado medialmente à 
coluna vertebral e possui três 
lâminas (posterior, média e anterior) 
com músculos se fixando nela.
Compõe os músculos lombares os 
três seguintes músculos: quadrado 
do lombo, psoas maior e psoas 
menor.
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SISTEMA MUSCULAR
O músculo quadrado do lombo está 
ad- jacente aos processos 
transversos das vértebras lombares 
e tem formato quadrangular.
O músculo psoas maior segueno 
sentido inferior lateral, é um 
músculo longo e fusiforme estando 
situado lateralmente às vértebras 
lombares. 
O músculo ilíaco e o músculo psoas 
maior se fundem inferiormente e 
passam a compor o músculo 
iliopsoas. O músculo psoas menor 
é um músculo fino e longo que se 
localiza ventralmente ao músculo 
iliop- soas.
Anteriores e laterais
Os músculos da parede anterior 
lateral do abdome garantem 
sustentação e proteção às vísceras 
abdominais. Além de garantir 
aumento da pressão 
intraabdominal, movimentar o 
tronco e manutenção da postura.
Compõe os músculos anteriores 
laterais os cinco seguintes 
músculos a cada lado: reto do 
abdome, piramidal, oblíquo ex- 
terno, oblíquo interno e transverso 
do abdome.
Os músculo reto do abdome é um 
músculo poligástrico (com 4-5 
ventres separados por inserções 
tendíneas) e segue em posição
 paramediana a partir do osso púbis 
até o tórax. Ele está inserido na bainha 
do músculo reto do abdome, um canal 
fibroso, tendíneo, aponeurótico e 
resistente formado pelas aponeuroses 
dos músculos oblíquos do abdome.
Na rafe mediana ou encontro das apo- 
neuroses na linha mediana se 
encontraa linha alba.
O músculo piramidal está ausente em 
cerca de 25% das pessoas, tem 
formato triangular e se localiza entre 
as aponeuroses dos músculos 
oblíquos posteriormente à bainha do 
músculo reto do abdome.
O músculo oblíquo externo e o 
músculo oblíquo interno tem fibras 
com disposição diagonais e 
perpendiculares entre si, enquanto as 
fibras do músculo transverso do 
abdome formam a camada mais 
profunda e seguem trajetória per- 
pendicular.
O músculo oblíquo externo do abdome 
é o mais superficial dos três músculos 
planos da parede anterior lateral. Sua 
aponeurose inferior segue como 
ligamento inguinal e forma, também, o 
anel inguinal superficial.
O músculo oblíquo interno do abdome 
é o músculo intermediário entre os 
três músculos planos do abdome, 
sendo uma lâmina fina
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SISTEMA MUSCULAR
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SISTEMA MUSCULAR
O músculo transverso do abdome é 
o mais interno e tem suas fibras 
transversais auxiliando a 
compressão do conteúdo 
abdominal e para aumentar a pres- 
são intra-abdominal. 
Ele compõe o anel inguinal 
profundo e o limite posterior do 
canal inguinal.
A linha arqueada tem formato 
crescente e delimita a parede 
posterior aponeurótica da bainha 
que reveste o músculo reto do 
abdome e a fáscia transversal, 
também reveste este músculo.
A linha arqueada é, portanto, um 
importante referencial anatômico:
 
•	Acima da linha arqueada: o mús- 
culo oblíquo interno possui duas 
aponeuroses (anterior e posterior) 
que envolvem o músculo reto do 
abdome. A aponeurose posterior se 
une a fáscia transversal formando a 
lâmina posterior da bainha do 
músculo reto do abdome.
•	Abaixo da linha arqueada: as
aponeuroses do músculo oblíquo 
interno são unificadas se locali- 
zando anteriormente ao músculo 
reto do abdome; restando assim, 
apenas a fáscia transversal reco- 
brindo posteriormente o músculo 
reto do abdome.
A linha semilunar, marca a transição 
do músculo transverso do abdome 
para sua aponeurose.
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MÚSCULOS DO DORSO
O dorso é a região posterior do 
tórax formada pela coluna vertebral 
e os tecidos circunvizinhos: medula 
espinal, músculos, parte posterior 
das costelas, tela subcutânea, pele.
 
Os músculos do dorso são potentes 
e também chamados de músculos 
posturais, além disso, por suas 
funções posturais demandarem um 
constante trabalho, eles tem 
tendência ao encurtamento. 
São, por essa razão, 
músculoscomumente associados a 
patologias por estresse muscular.
A classificação dos músculos do 
dorso, organizada anatomicamente 
quanto à inervação a partir do nervo 
espinal:
•	Superficiais: músculos inervados 
pelo ramo anterior do nervo espi- 
nhal
•	Profundos: músculos inervados
pelo ramo posterior do nervo espi- 
nhal
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MÚSCULOS SUPERFICIAIS
Os músculos superficiais do dorso 
são também chamados de 
extrínsecos do dorso.
Quando retirada a pele, a tela 
subcutânea e a fáscia da região do 
dorso, os dois primeiros músculos 
observados são o músculo trapézio, 
superiormente, e o músculo 
latíssimo do dorso, inferiormente.
Primeira camada
A primeira camada de músculos 
superficiais do dorso é também 
chamada de músculos 
toracoapendiculares posteriores, 
porque produzem e controlam a 
movimentação dos membros 
superiores.
O músculo trapézio possui três 
porções: descendente, transversa e 
ascendente.
Cada uma dessas porções possui 
fibras que convergem para as 
origens respectivas na clavícula, 
acrômio e espinha da escápula.
A porção descendente ga- rante a 
ação mais importante desse 
músculo: de elevar o ombro, 
enquanto as demais porções 
aproximam a escápula da linha 
média. O músculo trapézio é 
inervado pelo nervo acessório ou XI 
par craniano.
Esse músculo está bastante 
associado a dores na região 
cervical posterior, por prática de 
exercícios incorretos ou uso 
inadequado de travesseiros 
elevados, por exemplo. Em caso de 
paralisia desse músculo, observa-se 
queda do ombro.
O músculo latíssimo do dorso 
possui uma ampla distribuição 
ocupando toda região inferior do 
tórax e região lombar. Suas fibras 
têm direção de inferior para 
superior e de medial para lateral 
convergindo para um ponto único 
de inserção na crista do tubérculo 
menor do úmero. 
Esse músculo aproxima o membro 
superior do tronco, promovendo a 
adução do braço. Além disso, ele 
realiza rotação medial do braço. O 
músculo é inervado
 
pelo nervo toracodorsal, ramo de 
C6, C7 e C8 do fascículo posterior 
do plexo braquial.
Segunda camada
Quando rebatemos a primeira 
camada de músculos superficiais 
do dorso, formada pelo trapézio e 
latíssimo do dorso, observamos os 
seguintes músculos: romboides 
maior e menor, serráteis posteri- 
ores superior e inferior e levantador 
da escápula.
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A segunda camada de músculos do 
dorso é também chamada de 
músculos extrínsecos interme-
diários do dorso, por sua 
localização.
Os músculos romboides maior e 
menor possuem disposição oblíqua 
de medial para lateral e de superior 
para inferior se inserindo na 
margem medial da escápula e, 
portanto, promovendo elevação e 
aproximação desta em relação às 
cos- telas.
Essa ação é semelhante a promo- 
vida pelo músculo serrátil anterior.
Com localização imediatamente 
posterior aos romboides está o 
músculo serrátil posterior superior. 
Já o músculos serrátil posterior 
inferior se dispõe imediatamente 
posterior ao músculo latíssimo do 
dorso. Embora estejam associados 
por inserções as costelas, sua ação 
sobre elas é mínima.
 Logo, ambos atuam principalmente 
na propriocepção, fornecendo 
informações ao SNC do posicio- 
namento do gradil costal.
O músculo levantador da escápula 
por se inserir na escápula no ângulo 
superior, quando se contrai realiza 
rotação medial do ângulo inferior e 
eleva a escápula.
Trígonos
Na porção inferior do dorso, há 
duas regiões de menor cobertura 
muscular e que, portanto, 
representam fragilidade da parede, 
sendo locais frequentes de hérnias 
lombares.
•	Trígono lombar inferior: possui 
como limites medial a margem 
medial do musculo latíssimo do 
dorso, anterior a margem posterior 
do músculo oblíquo externo e como 
limite inferior a crista ilíaca. O 
assoalho desse trígono é o músculo 
oblíquo interno.
 
•	Trígono ou quadrilátero lombar 
superior: possui como limites su- 
periores a 12ª costela e a margem 
inferior do serrátil posterior infe- 
rior,
limite lateral o músculo oblíquo 
interno e medialmente o músculo 
eretor da espinha.
Já na porção superior do dorso, há 
um trígono de importância clínica:
•	Trígono da ausculta, muito 
importante na ausculta pulmonar, 
tem como limites: medial, a 
margem inferior do trapézio; lateral, 
margem medial da escápula; 
inferior, latíssimo do dorso. O 
assoalho é o músculo romboide 
maior
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MÚSCULOS PROFUNDOS
Os músculos profundos do dorso 
são também chamados de 
intrínsecos ou próprios do dorso.
É a musculatura responsável pela 
manutenção da postura ereta.
 
Músculo eretor da espinha
O músculo eretor da espinha corres- 
ponde a um conjunto muscular que 
se dispõe bilateralmente a fim de 
manter a postura ereta, ele é 
formado pelos seguintes músculos 
que seguem trajeto longitudinal ao 
longo da coluna vertebral na 
seguinte sintopia lateral-medial:
•	Músculo iliocostal, o mais lateral;
•	Músculo longuíssimo, o intermedi- 
ário;
•	Músculo espinal, o mais medial.
O músculo iliocostal é dividido em 
iliocostal do lombo (com partes 
lombar e torácica) e iliocostal do 
pescoço.
O músculo longuíssimo é dividido 
em longuíssimo do tórax, do 
pescoço e da cabeça. Ele se dispõe 
a partir do sacro e entre as porções 
laterais e mediais das vértebras.
O músculo espinhal é também 
dividido em espinhal do tórax, do 
pescoço e da cabeça.
Ele

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