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SISTEMA MUSCULAR CONTEÚDO: MARIEDSON JUNIOR Para ter acesso a materiais e cursos na área da saúde acesse: http://mariedsonjunior.com.br/materiais/ http://mariedsonjunior.com.br/materiais/ SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS @TANAMAORESUMOS @MARIEDSONJUNIOR TIRAMOS DÚVIDAS! FAZEMOS QUIZZES! FACILITAMOS TUDO! TODOS OS DIAS! https://www.instagram.com/tanamaoresumos/ https://www.instagram.com/mariedsonjunior/ APOSTILA SISTEMA MUSCULAR INTRODUÇÃO São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energiaquímica em energia mecânica. O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração avermelhada das fibras muscularesse deve à mioglobina, proteína semelhante à hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos, que cumpre o papel de conservar algum O2 proveniente da circulação parao metabolismo oxidativo. Os músculos representam 40-50% do peso corporal total APOSTILA SISTEMA MUSCULAR FUNÇÕES DOS MÚSCULOS a) Produção dos Movimentos Corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr. b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, comoa de ficar em pé ou sentar. c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculosesqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo mús culo é usado na manutenção da temperatura corporal. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR CARACTERÍSTICAS DO TECIDO MUSCULAR Excitabilidade: é a capacidade do tecido muscular de receber e responder a estímulos. Contratilidade: é a capacidade de encurtar-se e espessar-se (contrair- se). Extensibilidade: é a capacidade do tecido muscular de estender. Elasticidade: é a capacidade do tecido muscular de retornar à sua forma original após a contração ou a extensão. Existem 3 tipos de músculos no corpo: os músculos lisos, os músculos estriadoscardíacos e os músculos estriados esqueléticos Cada um tem suas características anatômicas e funcionais distintas, porém podemos caracterizar uma diferença fundamentalentre eles. Os músculos lisos (encontrados nas vísceras) e o músculo estriado cardíaco (encontrado somente no coração) são controlados pelo sistema nervoso autônomo, portanto sendo involuntários, diferentemente dos músculos estriados esqueléticos,comandados pelo córtex motor e de contração voluntária. Todas as diferenças entre estes tipos de músculos estão listadas na tabela abaixo: APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Os músculos são órgãos feitos de proteína que compõe a maior parte do peso de um ser humano. Temos mais de 600 músculos localizados em diversas partes do corpo e estes sempre devem atravessar pelo menos uma articulação, e dessa forma podem gerar movimentos. Além de gerar movimentos e calor, os músculos ainda servem como elementos de proteção de algumas partes do corpo como os órgãos abdominais e alguns nervos. Anatomicamente os músculos são divididos em duas partes: o ventre muscular (parte vermelha do músculo) e os tendões (parte branca do músculo). O ventre muscular é composto por duas proteínas, a actina e a miosina. Essas duas proteínas interagem entre si para que os músculos possam gerar contração. Os tendões são compostos por tecidoconjuntivo denso e são responsáveis por puxarem os ossos durante a contração muscular e desta forma movimentar as articulações. O ramo das ciências médicas que estuda os músculos é chamado Miologia APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Músculo Estriado Esquelético Como o nome indica, a maioria dos músculos estriados esqueléticos está fixada nos ossosdo esqueleto. As contrações do músculo esquelético exercem força nos ossos e então eles se movem. Quando observadas microscopicamente, as células musculares esqueléticas exibem bandas transversas alternadamente claras e escuras, dando-lhes um aspecto estriado. Por isso mesmo, os músculos esqueléticos são referidos como músculos estriados. Os músculos estriados esqueléticos são os únicos músculos voluntários do corpo. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Estrutura Cada músculo é composto de numerosas células musculares individuais, chamadas fibras musculares (compostas por proteína). As fibras musculares estão mantidas unidas porbainhas de membranas de tecido conjuntivo. A membrana que envolve a parte externa do músculo é denominada epimisio, também conhecida como fáscia muscular. Envolvendo feixes de fibras musculares está o perimísio. Envolvendo cada fibra fibra muscular está o endomísio. Os músculos esqueléticos estão ancorados ao esqueleto por extensões do endomísio, do perimísio e do epimísio. . Estes tecidos cojuntivos continuam- se para além da extremidadedo músculo e/ou se fixam diretamente no periósteo do osso, como freqüentemente se observa na fixação proximal do músculo, ou podem se contituir numa forte conexão fibrosachamada tendão, que então se torna contínuo com o periósteo do osso. Cada fibra muscular possui milhares de miofibrilas, local onde se localizam os sarcômeros (cada miofibrila possui milhares de sarcômeros). Sarcômero: é a região do músculo onde ocorre a contração muscular (unidade funcional do músculo). É o espaço limitado por duas linhas Z. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Tendão Os tendões ligam os músculos aos ossos. Consistem em tecido conjuntivo forte, repleto de fibras colágenas. Quando um músculo contrai, o tendão puxa o osso e o move. É constituído pelo encontro do epimísio, do perimísio e do endomísio na porção terminaldo músculo. Cada músculo esquelético possui uma origem e uma inserção, ambas ocorrem nos tendões. A origem é a parte fixa durante a realização de um movimento. A inserção é a parte móvel durante o movimento. Fixação dos músculos aos ossos • Origem: Extremidade do músculo preso à peça óssea que não se desloca no movimento (parte fixa); • Inserção: Extremidade do músculo preso à peça óssea que se desloca no movimento (parte móvel). EX: tendão do calcânceo APOSTILA SISTEMA MUSCULAR CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS • Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotenar). Exemplo: Platisma. Quanto a Situação: • Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Pronador quadrado APOSTILA SISTEMA MUSCULAR • Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o que não exclui força nem especialização. Exemplo: Músculos da mão. • Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo: Diafragma. • Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo: Bíceps braquial. Quanto à Forma:APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Quanto à Disposição da Fibra: a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal. b) Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal. c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo Quanto à origem • Bíceps: 2 origens, 1 inserção; • Tríceps: 3 origens, 1 inserção; • Quadríceps: 4 origens, 1 inserção. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Quanto à inserção • Bicaudado: 2 inserções • Policaudado: + de 2 inserções EX: Fibular curto EX: Extensor dos dedos Quanto ao ventre muscular • Digástrico: 2 ventres • Poligástrico: + de 2 ventres EX: Digástrico EX: Reto do abdôme APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Quanto à função • Agonista: Músculo cujas contrações são responsáveis por um movimento em particular; • Antagonista: Músculos geralmente situados no lado oposto da articulação, cujas ações se opõem a esse movimento particular; • Sinergista: São músculos que, indiretamente auxiliam em determinado movimento, poisos músculos atuam em grupos EX: Flexão do cotovelo. Quanto à ação • Flexores • Extensores • Adutores • Abdutores • Rotador Interno/Externo • Pronadores • Supinadores • Flexor Plantar/Dorsal • Inversores • Eversores APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Quanto às articulações que se interpõem • Monoarticulares: Músculos que atravessam apenas uma articulação e executam uma única ação. Ex.: O m. Braquial atravessa a articulação do cotovelo e realiza flexão deste; • Biarticulares: Músculos que atravessam duas articulações e são responsáveis por duas ações distintas. O m. Reto Femoral atravessa as articulações do quadril e joelho, realizando flexão do quadril e extensão do joelho; APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS DA MÍMICA Os músculos da mímica são aqueles músculos da cabeça que se localizam na tela subcutânea e são derivados do segundo arco faríngeo, sendo, portanto, inervados pelo sétimo par de nervo craniano, o nervo facial. Por terem sua inserção na pele são também chamados de músculos cuticulares. Eles estão localizados na fronte e em torno dos orifícios (com ações esfinctéricas), com função de proteção à essas aberturas corporais e realizam os movimentos da mímica, são eles que tornam a expressão facial individual Os músculos da mímica são diversos e podem ser didaticamente separados por regiões: músculos da fronte ou epicrânico (temporoparietal e occipitofrontal); porção superior da face (músculos dispostos ao redor dos olhos e no nariz) e porção inferior da face (músculos dis- postos ao redor da boca e pescoço). O músculo epicrânico é um músculo mais superior e está fixado a aponeurose epicrânica (gálea aponeurótica). Ele é formado por dois músculos: o músculo temporoparietal e o músculo occipitofrontal. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR O músculo temporoparietal possui or gem na pele da fronte e na fáscia temporal e se insere na aponeurose epicrânica, tendo como função movimentar a pele da cabeça para baixo. O músculo occipitofrontal possui dois ventres interpostos pela aponeurose ou gálea (em forma de capacete, elmo) epicrânica: o ventre frontal e o ventre occiptal. Quando esse músculo se contrai continuamente, encurta e ocasiona tensão permanente provocando o aparecimento de rugas ou linhas de expressão. A aponeurose epicrânica ou gálea aponeurótica está localizada sob a tela subcutânea, que por sua vez está disposta abaixo da pele. A vascularização dessa região ocorre de inferior para superior, por isso em casos de escalpelamento, por exemplo, nessas regiões há possibi- lidade de regeneração visto que a vascularização é mantida. O músculo orbicular do olho possui fibras com disposição circular em torno da margem orbital e das pálpebras e é dividido em porção palpebral, porção profunda e porção orbital se dispõe em torno da rima das pálpebras. Lesões que ocorrem no couro cabeludo apenas entre a pele e a tela subcutânea tendem a manter suas margens próximas, facilitando uma melhor cicatrização. Por outro lado, nas lesões que atingem a aponeurose epicrânica há maior chance das margens permanecerem separadas haja ventres do músculo occipitofrontal. Além disso, processos inflamatórios na camada de tecido frouxo ou 4ª camada, inferior há aponeurose epicrânica, exigem maior cuidado porque que as veias emissárias fazem a conexão dessa camada com a região meníngea, podendo disseminar então para as meninges que recobrem o tecido nervoso. No quadrante superior da face existem músculos que agem sobre a rima das pálpebras e nariz: os músculos orbicular do olho, abaixador do supercílio e corru- gador do supercílio, prócero e nasal. DICA NA MÃO! O botox, também conhecido como toxina botulínica, é uma substância que pode ser utilizada no tratamento de diversas doenças, como microcefalia, paraplegia e espasmos musculares, isso porque é capaz de impedir a contração muscular e atua promovendo a paralisia temporária do músculo, o que ajuda a reduzir as linhas de expressão. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Lateralmente se encontra o músculo bucinador, este tem ação importante sobre a mastigação, porém não é um músculo mastigador por não atuar diretamente sobre a articulação temporomandibular. É um músculo que se encontra mais profundo em relação aos outros músculos da mímica. O papel desse músculo é manter o trajeto do alimento centralmente entre as duas arcadas dentais superior e inferior, permitindo que o alimento seja triturado. Além disso, ao tensionar o lábio, causa aumento da pressão interna na cavidade oral, permitindo o sopro, por exemplo. O músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz traciona o lábio superior lateral e superi- ormente. Enquanto o músculo zigomático maior eleva a comissura labial (bilateralmente para sorrir e unilateralmente para expressar desdém)o músculo zigomático menor retrai ou everte o lábio su- perior, ao exprimir tristeza, por exemplo. O músculo risório está próximo ao músculo platisma e atua sobre a comissura labial tracionando-a lateralmente, criando as “covinhas” da bochecha. Esse músculo é um esfíncter e fecha a entrada da órbita. Ele é responsável por cerrar as pálpebras e enrugar a fronte verticalmente. O músculo abaixador do supercílio realiza o afastamento da parte orbital do músculo orbicular do olho, abaixando a pele do supercílio. O músculo corrugador do supercílio cria uma prega vertical sobre a raiz do nariz (demonstrando expressões de raiva ou reflexão. O músculo prócero ocorre como pregas transversais no dorso do nariz. E o músculo nasal é dividido em duas partes, alar e nasal, e re- aliza movimentação da asa do nariz No quadrante inferior da face estão os músculos que agem sobre a rima dos lábios e o pescoço, são em torno de onze músculos: orbicular da boca, bucinador, levantador do lábio superior e da asa do nariz, zigomáticos maior e menor, risório, levantadores do lábio superior e do ângulo da boca, abaixadores do lábio inferior e do ângulo da boca, mentual e platisma. O músculo orbicular da boca atua como um esfíncter ao redor da boca, unindo os lábios, controlando a entrada e saída da rima da boca além de ser importante durante a articulação na fala. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR risório puxando a comissura da boca lateralmente, o músculo levantador do ângulo da boca durante a expressão de autoconfiança, a contração do músculo abaixador do ângulo da boca demonstra tristeza, enquanto o abaixador do lábio inferior contrai durante manifestação de estabilidade e o músculo mentual durante expressãode indecisão. Os músculos faciais são inervados pelo nervo facial que emerge pelo forame estilomastoide, atravessa a glândula parótida e se distribui em seus ramos. Por essa localização, patologias da glândula parótida, infecciosas ou tumorais, podem comprimir o nervo facial causando paralisias faciais. Nos casos de paralisia periférica o lado paralisado permanece hipotônico enquanto o outro lado se contrai, tracionando os músculos da face para o lado não comprometido. No lado atingido há, então, fechamento incompleto das pálpebras, ângulo da boca caído e comprometimento da articulação das palavras. O músculo levantador do lábio superior e do ângulo da boca alarga a rima da boca. O músculo abaixador do ângulo da boca e lábio inferior retrai ou everte o lábio inferior. Já o músculo mentual eleva e protrai o lábio inferior. E o músculo platisma abaixa a mandíbula e tensiona a porção inferior da face e do pescoço. O músculos da mímica atuam em con- junto para realizar as expressões faciais. Dentre as ações principais de cada músculo da mímica se destacam o músculo orbicular do olho cerrando as pálpebras durante a expressão de preocupação, o músculo corrugador do supercílio contraindo o supercílio principalmente em situações de luz extrema, músculo nasal que fecha ou diminui um pouco a narina. O músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz durante expressões de descontentamento, o músculo orbicular da boca durante a manifestação de determinação, o músculo bucinador durante a expressão de satisfação, o músculo zigomático durante o sorriso e o APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Músculo mastigador é aquele que provoca movimentos da articulação temporomandibular. A articulação temporomandibular ocorre entre a fossa condilar do osso temporal e o côndilo da mandíbula. Essa é uma articulação importante justamente por ser a única articulação da cabeça que realiza movimento. É uma articulação que tem uma tensão mecânica muito grande e, por isso, no seu interior há a presença de um disco de fibrocartilagem a fim de absorver certa quantidade de tensão oriunda da movimentação dos músculos. Devido à sua ação, é uma articulação que tem frequentes alterações patológicas. Esses músculos são derivados do primeiro arco faríngeo e inervados pelo quinto par de nervos cranianos, o nervo trigêmeo, pelo componente motor da porção mandibular, o ramo mais inferior do trigêmeo. Basicamente, esses músculos realizam quatro tipos de movimentos: elevação da mandíbula (o principal movimento), abaixamento ou depressão da mandíbula, protrusão da mandíbula e retrusão da mandíbula. Existem também alguns movimentos laterais, como no ranger de dentes ou durante a mastigação. Em alguns casos, podem ocorrer alterações anatômicas que cursam com protrusão anormal podendo acarretar distúrbios da funcionalidade dessa articulação. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Existem quatro músculos da mastigação: os mais superficiais e mais potentes – músculos temporal e masseter – e os músculos mais profundos – os músculos pterigóideos medial e lateral. Juntos os músculos temporal, masseter e pterigoideo medial promovem a elevação da mandíbula, realizando o movimento de “mordida”, permitindo a mastigação. O músculo temporal ocupa a região da fossa temporal tem suas inserções na linha temporal inferior e no processo coronoide e margem anterior do ramo da mandíbula. Esse músculo tem por função elevação da mandíbula (o conjunto de suas fibras) e retrusão da mandíbula (realizado pelas fibras horizontais posteriores). O músculo masseter é outro músculo potente da mandíbula em formato qua- drangular e que possui partes superficiais e partes profundas. Ele se insere no arco zigomático (união do processo zigomático do osso temporal com o processo temporal do osso zigomático) e na tuberosidade massetérica (próxima do ângulo da mandíbula). O conjunto das porções do músculo masseter eleva a mandíbula com bastante intensidade, enquanto a parte superficial isoladamente é responsável também pela protusão desta. O músculo pterigóideo medial está mais profundamente e tem suas inserções na fossa pterigóidea, no túber da maxila e na tuberosidade pterigóidea (oposta a tuberosidade massetérica, na face interior da mandíbula). Esse músculo tem como função também a elevação da mandíbula e retração do mento. O músculo pterigóideo lateral é dividido em superior e inferior, tem suas inserções na parte inferior da lâmina lateral do processo pterigoide e na parte superior da asa maior do osso esfenoide. Caso haja contração bilateral desse músculo ocorrerá protrusão, enquanto durante a contração unilateral há deslocamento contralateral. Como esse músculo tem inserção sobre a capsula articular e sobre o disco articular ele realiza ação di- retamente sobre a cápsula, impedindo que haja protrusão excessiva do côndilo da mandíbula, que poderia causar luxação da mandíbula. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR RESUMO MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO TÊMPOROMANDIBULAR - ATM A articulação temporomandibular (ATM) responsável pelos movimentos da mandíbula (fonação, mastigação). Articulação: Fossa mandibular do osso temporal e cabeça do côndilo da mandíbula. Principais Movimentos: Oclusão – Contato dos dentes da arcada superior com a arcada inferior. Protrusão – É um movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula. Retrusão – É um movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula. MÚSCULOS DA ATM 1. Temporal 2. Masseter 3. Pterigoideo Medial 4. Pterigoideo Lateral APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS DO PESCOÇO O pescoço é um segmento da coluna vertebral, próximo da cabeça, que possui grande amplitude de movimentação. Os limites ósseos do pescoço são a mandíbula e o osso occiptal, cranialmente, e as clavículas e a margem superior das escápulas caudalmente. O músculo mais superficial do pescoço que é a chave para a divisão desse segmento do corpo é o músculo esternocleidomastóideo. Esse músculo tem uma direção diagonal, de anterior para posterior e de inferior para superior, criando com isso duas regiões triangulares: a re- gião cervical anterior (com os músculos supra e infra-hióideos) e a região cervical lateral (com os músculos escalenos). Pelo tamanho e disposição o músculo esternocleidomastóideo delimita uma outra região com o seu próprio nome, composta por este músculo e as estruturas adjacentes. Além dessas há a região cervical posterior, normalmente estudada junto com a região do dorso. Topograficamente essas regiões podem ainda ser dividida em trígonos cervicais menores. Os músculos que compõem a região anterior do pescoço são os mús- culos supra e infra-hióideos e agem sobre o osso hioide. Os músculos que compõem a região lateral do pescoço são os músculos escalenos e os longos do pescoço e da cabeça. Os músculos situados profundamente na região do pescoço são os músculos suboccipitais. Logo adjacente à tela subcutânea na região cervical está o músculo platisma, que é um músculo cuticular, se distribuindo desde a região inferior da mandíbula até a região da clavícula. Esse músculo contrai a pele do pescoço e da face inferior, tem como ação de abaixador da mandíbula contra a resistência e abaixar os ângulos da boca e tensionar a pele do pescoço. DICA NA MÃO! Para melhor estudo dos músculos cervicais, devemos entender alguns conceitos lógicos acerca de nomenclatura: Alguns músculos cervicais têm seu nome baseado em suas origens (inserção proximal) e inserções (inserção distal), como, por exemplo o Músculo Estilo-Hioide, que tem sua origem no Processo Estiloide doOsso Temporal e inserção no Osso Hioide. Dessa forma, quando os músculos tiverem esse tipo de nomenclatura, é uma boa estratégia pensar no macete “Músculo Origem- Inserção”. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS LATERAIS Situados na região lateral do pescoço estão os músculos esternocleidomastóideo e os escalenos (anterior, médio e posterior). O músculo esternocleidomastóideo é um músculo longo que possui duas cabeças, uma esternal e outra clavicular e uma inserção no processo mastoide e na linha nucal superior, dividindo o pescoço em duas regiões: região cervical anterior e região cervical lateral. Ele se estende de superior para inferior e de posterior para anterior unindo a cabeça à porção anterior do tórax e ao cíngulo do membro su- perior. Esse músculo tem por ação pro- mover a inclinação ipsilateral e rotação contralateral da cabeça, além da extensão da cabeça na contração bilateral (no movimento do rosto para cima). O músculo esternocleidomastóideo tem importante relação com o feixe vasculonervoso carotídeo, que se encontra coberto por ele. Nesse feixe se encontram a artéria carótida comum e a veia jugular interna. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR relação ao músculo esternocleidomastóideo. Existem três músculos escalenos: anterior, médio e posterior. O músculo escaleno anterior tem origem no processo transverso da terceira à sexta vértebra cervical e se insere na primeira costela, no tu- bérculo do músculo escaleno. O músculo escaleno médio tem sua origem nos processos transversos da terceira à sétima vértebra cervical e se insere na primeira costela. O músculo escaleno posterior tem origem nos processos transversos da quarta à sexta vértebra cervical e se insere na segunda costela. Os três músculos têm como ação elevação das costelas superiores e inclinação lateral do pescoço, além de flexão anterior na contração bilateral. É nessa região que a artéria ca- rótida comum começa a se dividir em artéria carótida interna e artéria carótida externa. Sendo, portanto, uma importante relação anatômica para palpação do pulso c. A relação de sintopia da veia jugular interna com o músculo esterno- cleidomastóideo é de importância clí- nica para punção venosa profunda em casos de acesso para nutrição parenteral ou infusão de drogas, por exemplo. Uma patologia muito frequente é o torcicolo (congênito ou adquirido) associado a contratura espasmódica do músculo esternocleidomastóideo em que o músculo contraturado se contrai gerando inclinação ipsilateral e rotação contralateral da cabeça com a face para cima, provocando dor ao movimento. Os músculos escalenos se localizam mais lateral e profundamente em APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Além disso, quando há inversão da origem e inserção desses músculos, junto com o músculo esterno- cleidomastóideo, eles são considerados acessórios do processo respiratório, porque ao elevar as costelas superiores há aumento do diâmetro anteroposterior e, por conseguinte, facilitação da entrada do ar. Os músculos escalenos possuem uma relação anatômica vasculonervosa bem importante, na região do hiato ou fenda dos escalenos, espaço entre os músculos escalenos anterior e médio, que tem como conteúdo o plexo braquial e a artéria subclávia. Alterações desse espaço apresentam grandes repercussões principalmente para a região do membro superior e ombro. Há, ainda, músculos laterais mais profundos do pescoço, denominados pré-vertebrais, que são quatro músculos: o longo da cabeça, o longo do pescoço, os retos anteriores e lateral da cabeça. O músculo longo da cabeça tem sua origem nos processos transversos da terceira à sexta vértebra cervical e se insere na parte basilar do osso occiptal. Esse músculo quando agindo unilateralmente realiza flexão lateral e discreta rotação homolateral da cabeça, já em ação biliteral faz a flexão da cabeça. O músculo longo do pescoço tem como origem os corpos da quinta e sexta vértebra cervical e o corpo da primeira à terceira vértebra torácica, além dos processos transversos da terceira à quinta vértebra cervical, e se insere da primeira à sexta vértebra cervical. Quando em ação unilateral esse músculo realiza inclinação (flexão) e rotação homolateral da coluna cervical, já bilateralmente fazem flexão da coluna cervical. Mais superiormente nessa região, estão os músculos retos anterior e lateral da cabeça com origem na massa lateral do atlas (primeira vér- tebra cervical) e inserção na parte basilar do osso occiptal. Também quando em ação unilateral realizam inclinação (flexão) lateral na articulação atlantocciptal, mas se agem bilateralmente realizam flexão na articulação atlantocciptal ou flexão anterior da cabeça. Há, além disso, um conjunto de músculos na nuca que se estendem até o pescoço que geralmente são estudados com o dorso, que são os músculos retos posteriores maior e menor da cabeça que possuem ação unilateral de rotação e inclinação homolaterais da cabeça e ação bilateral de extensão da cabeça. Lateralmente a eles, estão os músculos oblíquos superior e inferior da cabeça, com ação unilateral de rotação e inclinação homolateral da cabeça e ação bilateral de extensão da cabeça. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS SUPRA E INFRA- HIÓIDEOS O osso hioide é um osso móvel situado anteriormente no pescoço, no nível da terceira vértebra cervical, que não possui ligação com outros ossos, sendo sustentado apenas por músculos. E esse osso representa um ponto de referência para os músculos anteriores do pescoço que são divididos em supra e infra-hióideos. Os músculos suprahióideos são: o digástrico, o estilo-hióideo, o milo- hióideo e o gênio-hióideo. O músculo digástrico possui dois ventres: o ventre anterior que se dispõe da mandíbula ao osso hioide e um ventre posterior que se dispõe do osso hioide até a incisura mastoide. O músculo estilo-hióide é pequeno e se estende do osso hióide até o processo estilóide do osso temporal, estando mais anterior em relação ao ventre posterior do músculo digástrico. Esses dois músculos estão localizados inferiormente ao músculo milo-hióide, o principal formador muscular do assoalho da boca, servindo de apoio para as estruturas mais superiores na cavidade oral. O músculo gênio-hióide está localizado acima do músculo milo- hióide, com inserção na linha milo- hióidea da mandíbula até o osso hioide, atuando em conjunto com o APOSTILA SISTEMA MUSCULAR musculo milo-hióide a formar o assoalho da boca e apoio para a língua. Os músculos infrahióideos se localizam entre o osso hioide e a parte superior do cíngulo do membro superior, são eles os músculos: esterno-hióideo, omo-hióideo, esternotireóideo e tireo-hióideo. Eles atuam em conjunto deprimindo o osso hioide e a laringe durante a deglutição e a fala. Superficialmente está o músculo esterno-hióideo que se estende do osso esterno ao osso hioide e lateralmente a ele está o músculo omo-hióideo, um músculo digástrico que se estende do osso hióide à escápula com um ventre superior e outro ventre inferior. Mais profundamente está o músculo esternotireóideo, disposto do osso esterno até a cartilagem tireóidea e, como se fosse uma continuação desse músculo, está o músculo tireo- hióideo, que se insere da cartilagem tireóidea ao osso hioide. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO OMBRO O ombro é a região que conecta a parte livre do membro superior com o esqueleto axial, estando, portanto, associada a grande amplitude de movimentos. No ombro há dois grupos musculares que agem sobre a articulação provocando movimentos: • Músculos toracoapendiculares: partem do tórax para o cíngulo do membro superiorou braço. • Músculos intrínsecos do ombro: partem do cíngulo do membro su- perior para o braço. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS TORACOAPENDICU- LARES ANTERIORES Juntos movem o cíngulo do membro superior; são eles: peitoral maior, peitoral menor, subclávio e serrátil anterior. O peitoral maior origina-se na me- tade medial da clavícula, face anterior do esterno e seis cartilagens costais superiores; insere-se na lateral do sulco intertubercular do úmero; e tem a função de aduzir e rodar medialmente o úmero e mover a escápula anterior e inferiormente. O Peitoral menor origina-se nas costelas 3 a 5, próximo de suas carti- lagens costais; insere-se na margem medial e face superior do processo coracoide da escápula; e tem a fun- ção de estabilizar a escápula, deslo- cando-a anteroinferiormente. O Subclávio origina-se na junção da 1ª costela e sua cartilagem costal; in- sere-se na face inferior do terço mé- dio da clavícula; e tem a função de fi- xar e deprimir a clavícula. O Serrátil anterior origina-se nas fa- ces externas das laterais das costelas 1 a 8; insere-se na face anterior da margem medial da escápula; e tem a função de protrair (ato de empurrar) a escápula, mantê- la contra a parede torácica e girá-la. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS TORACOAPENDICU- LARES POSTERIORES: trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápula, romboide menor e romboide maior. O Trapézio origina-se no terço medial da linha nucal superior, protuberância occipital externa, ligamento nucal e processos espinhosos das vértebras C7 a T12; insere-se no terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula; e tem a função de retrair a escápula e girar a cavidade glenoidal superiormente. O Latíssimo do dorso origina-se nos processos espinhosos de T7 a T12, fáscia toracolombar, crista ilíaca e 3 costelas inferiores; insere-se no assoalho do sulco intertubercular do úmero; e tem a função de estender, aduzir, girar medialmente o úmero e elevar o corpo em direção aos braços durante escaladas. O Levantador da escápula origina-se nos tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras C1 a C4; insere-se na margem medial da escápula superior; e tem a função de elevar a escápula e girar sua cavi- dade glenoidal inferiormente. O Romboide menor origina-se no li- gamento nucal e processos espinho- sos das vértebras C7 e T1; insere-se na extremidade medial da espinha da escápula; e tem a função de fixar a escápula à parede torácica, retraí-la e girar sua cavidade glenoidal inferiormente. O Romboide maior origina-se nos processos espinhosos das vértebras T2 a T4; insere-se na margem medial da escápula, da espinha até o ângu- lo; e tem a função de fixar a escápula à parede torácica, retraí-la e girar sua cavidade glenoidal inferiormente. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS ESCAPULOUMERAIS: Deltoide, redondo maior, redondo menor, supraespinal, infraespinal e subescapular. O Deltoide origina-se no terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula; insere-se na tuberosidade do úmero; e tem a função de fletir, estender, abduzir e rodar medial e lateral- mente o membro superior. O Redondo maior origina-se na face posterior do ângulo inferior da es- cápula; insere-se no lábio medial do sulco intertubercular; e tem a fun- ção de aduzir e rodar medialmente o braço. O Redondo menor origina-se na parte média da margem lateral da escápula; insere-se na face inferior do tubérculo maior; e tem a função de rodar lateralmente o braço. O Supraespinal origina-se na fossa supraespinal escapular; insere-se na face superior do tubérculo maior; e tem a função de auxiliar o deltoide na abdução dos MMSS. O Infraespinal origina-se na fossa infraespinal escapular; insere-se na face média do tubérculo maior; e tem a função de rodar lateralmente os MMSS. O Subescapular origina-se na fossa subescapular; insere-se no tubérculo menor; e tem a função de rodar me- dialmente os MMSS. DICA NA MÃO! Os músculos redondo menor, supraespinal, infraespinal e subescapular fazem parte do manguito rotador. Esses 4 músculos formam um componente musculotendíneo ao redor da ar- ticulação do ombro, que protege e estabiliza a articulação. A contração desses músculos mantém a cabeça do úmero na rasa cavidade glenoidal durante a movimentação do braço. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR SUPRAESPINAL SUPRAESPINAL INFRAESPINAL SUBESCAPULAR REDONDO MENOR REDONDO MENOR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR BRAÇO O braço é a parte mais proximal da porção livre do membro superior. Nessa região, os músculos são responsáveis por realizar movimentos no antebraço. Dos 4 principais músculos do braço, 3 deles são flexores (bíceps braquial, braquial e coracobraquial) e estão no compartimento anterior; o extensor (tríceps braquial) está posterior, juntamente com o músculo ancôneo (auxiliar do tríceps braquial). O Bíceps braquial origina-se na ex- tremidade do processo coracoide (cabeça curta) e tubérculo supraglenoidal da escápula (cabeça longa); insere-se na tuberosidade do rádio e fáscia do antebraço; e tem a função de supinar e flexionar o antebraço. O Coracobraquial origina-se na ex- tremidade do processo coracoide; insere-se no terço médio da face medial do úmero; e tem a função de ajudar a flexionar e aduzir o braço. O Braquial origina-se na metade distal da face anterior do úmero; insere-se no processo coronoide e tuberosidade da ulna; e tem a fun- ção de fletir o antebraço em todas as posições. O Tríceps braquial origina-se no tu- bérculo infraglenoidal da escápula (cabeça longa), face posterior do úmero, superior ao sulco do nervo radial (cabeça curta) e inferior ao sulco do nervo radial (cabeça medial); insere-se na extremidade proximal do olécrano e fáscia do antebraço; e tem a função de estender o antebraço e resistir à luxa- ção do úmero durante a abdução. O Ancôneo origina-se no epicôndilo lateral do úmero; insere-se na face lateral do olécrano e parte superior da face posterior ulnar; e tem a função de auxiliar o tríceps na extensão do antebraço e estabilizar a articulação do cotovelo. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO O compartimento anterior pode ser dividido em superficial, intermediário e profundo; os músculos que compõem a camada ³superficial são o pronador redondo, o flexor radial do carpo, o palmar longo e o flexor ulnar do carpo. O músculo da camada in- termediária é o flexor superficial dos dedos; já os que compõem a camada profunda são o flexor profundo dos dedos, o flexor longo do polegar e o pronador quadrado. Já no compartimento posterior, na camada superficial temos o braquir- radial, o extensor radial longo do carpo, o extensor radial curto do carpo, o extensor dos dedos, o extensor do dedo mínimo e o extensor ulnar do carpo. Já na camada profunda, há o supinador, o extensor do indicador, o abdutor longo do polegar, o extensor longo do polegar e o extensor curto do polegar. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Músculos do compartimento anterior superficial: O Pronador redondo origina-se no processo cornoide (cabeça ulnar) e epicôndilo medial (cabeça umeral); insere-se na convexidade da face lateral do rádio; e tem a função de fazer a pronação e flexão do antebraço. O Flexor radial do carpo origina-se no epicôndilo medial; insere-se na base do 2º metacarpal; e tem a fun- ção de fletir e abduzir a mão. O Palmar longo origina-se no epi- côndilo medial; insere-se na meta- de distal do retináculo dos flexores e ápice da aponeurose palmar; e tem a função de fletir a mão e tensionar a aponeurose palmar. O Flexor ulnar do carpo origina-se no epicôndilo medial (cabeça ume- ral) e olécrano e margem posterior da ulna(cabeça ulnar); insere-se no osso pisiforme, hâmulo do hamato e 5º metacarpal; e tem a função de fletir e aduzir a mão. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Músculo do compartimento anterior intermediário: O Flexor superficial dos dedos origina-se no epicôndilo medial e processo coronoide (cabeça umeroulnar) e metade superior da margem anterior (cabeça radial); insere-se nos corpos das falanges médias dos quatro dedos mediais; e tem a função de fletir as falanges nas articulações interfalangeanas proximais, podendo atuar sobre as metacarpofalangeanas também. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Músculos do compartimento anterior profundo: O Flexor profundo dos dedos origi- na-se nos ¾ proximais das faces medial e anterior da ulna e membrana interossea; insere-se nas bases das falanges distais do 2º ao 5º dedos; e tem a função de fletir as falanges distais dos dedos nas articulações interfalangeanas distais. O Flexor longo do polegar origina-se na face anterior do rádio e mem- brana interóssea; insere-se na base da falange distal do polegar; e sua função é fletir as falanges do polegar. O Pronador quadrado origina-se no quarto distal da face anterior da ulna; insere no quarto distal da face anterior do rádio; e sua função é unir rádio e ulna e fazer a pronação do antebraço. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Músculos do compartimento posterior superficial O Braquiorradial origina-se 2/3 pro- ximais da crista supraepicondilar lateral; insere-se na face lateral da porção distal do rádio; e sua função é fazer a flexão do antebraço, mais fortemente em pronação média. O Extensor radial longo do carpo origina-se na crista supraepicondilar lateral; insere-se na face dorsal da base do 2º metacarpal; e sua função é estender e abduzir a mão na articulação radiocarpal. O Extensor radial curto do carpo origina-se no epicôndilo lateral; insere-se na face dorsal da base do 3º metacarpal; e sua função é estender e abduzir a mão. O Extensor dos dedos origina-se no epicôndilo lateral; insere-se nas ex- pansões extensoras dos quatro de- dos mediais; e sua função é estender os dedos nas articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas. O Extensor do dedo mínimo origi- na-se no epicôndilo lateral; insere-se na expansão do músculo extensor do 5º dedo; e sua função é estender o 5º dedo. O Extensor ulnar do carpo origina-se no epicôndilo lateral e margem posterior da ulna; insere-se na face dorsal da base do 5º metacarpal; e sua função é estender e aduzir a mão na articulação radiocarpal. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Músculos do compartimento posterior profundo O Supinador: origina-se no epicôn- dilo lateral, ligamentos colaterais e anular do rádio, “fossa” e crista do supinador; insere-se nas faces late- ral, posterior e anterior do terço pro- ximal do rádio; e sua função é supinar o antebraço e girar a palma anterior e superiormente. O Extensor do indicador origina-se na face posterior do terço distal da ulna e membrana interóssea; insere- se na expansão do extensor do 2º dedo; e sua função é estender de forma independente o indicador e auxi- liar na extensão da mão. O Abdutor longo do polegar origi- na-se na face posterior das metades proximais da ulna, rádio e membrana interóssea; insere-se na base do 1º metacarpal; e sua função é estender e abduzir o polegar na articulação carpometacarpal. O Extensor longo do polegar origi- na-se na face posterior do terço mé- dio da ulna e membrana interóssea; insere-se na face dorsal da base da falange distal do polegar; e sua fun- ção é estender as articulações in- terfalângica, metacarpofalângica e carpometacarpal. O Extensor curto do polegar origi- na-se na face posterior do terço dis- tal do rádio e membrana interóssea; insere-se na face dorsal da base da falange proximal do polegar; e sua função é estender as articulações metacarpofalângica e carpometacarpal. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Músculos intrínsecos da mão – tenares O Oponente do polegar origina-se no retináculo dos músculos flexores e tubérculos do escafoide e trapézio; insere-se na face lateral do 1º meta- carpal; e sua função é levar o 1º metacarpo em sentido medial, para o centro da palma. O Abdutor curto do polegar origi- na-se no retináculo dos músculos flexores e tubérculos do escafoide e trapézio; insere-se na face lateral da base da falange proximal do polegar; e sua função é abduzir o polegar e ajudar na oposição. O Flexor curto do polegar origina-se no retináculo dos músculos flexores e tubérculos do escafoide e trapézio; insere-se na face lateral da base da falange proximal do polegar; e sua função é fletir o polegar. O Adutor do polegar origina-se nas bases do 2º e 3º metacarpais e ca- pitato e face anterior do corpo do 3º metacarpal; insere-se na face medial da base da falange proximal; e sua função é aduzir o polegar em direção à margem lateral da palma APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Músculos intrínsecos da mão – hipotenares O Abdutor do dedo mínimo: origina-se no osso pisiforme; insere-se na face medial da base da falange proximal do dedo mínimo; e tem a função de abduzir o dedo mínimo e ajudar na flexão da falange proximal do dedo mínimo. O Flexor curto do dedo mínimo origina-se no hâmulo do hamato e retináculo dos flexores; insere-se na face medial da base da falange proximal do dedo mínimo; e sua função é fletir a falange proximal do dedo mínimo. O Oponente do dedo mínimo origina-se no hâmulo do hamato e retináculo dos flexores; insere-se na margem medial do 5º metacarpal; e sua função é deslocar o 5º metacarpal anteriormente, opondo o dedo mínimo ao polegar. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES O membro inferior possui 6 regiões: a região glútea, a região femoral ou da coxa, a região do joelho, a região crural que inclui toda a perna, a região talocrural ou tornozelo e a região do pé. A fáscia muscular do membro inferior é bastante forte e resistente, limitando a expansão externa dos músculos que se contraem. MÚSCULOS DO QUADRIL Os músculos da região glútea são organizados em camadas superficial e profunda. A camada superficial inclui os três grandes glúteos, que são o máximo, o médio e o mínimo, e tensor da fáscia lata, que atuam princi- palmente como extensores, abdu- tores e rotadores mediais da coxa. A camada profunda é formada pelos músculos piriforme, obturador in- terno, quadrado femoral e gêmeos superior e inferior, que atuam como rotadores laterais da coxa além de auxiliar na estabilização da cabeça do fêmur no acetábulo, reforçando a arti- culação do quadril. O glúteo máximo é o músculo mais superficial, com as fibras mais gros- sas do corpo. Quando a coxa é fleti- da, a margem inferior desse músculo desloca-se para cima, deixando o túber isquiático em posição subcutânea. Assim, não sentamos sobre o glúteo máximo, mas sim sobre o tecido fi- broadiposo e a bolsa isquiática situ- ada entre o túber isquiático e a pele. As principais ações deste múscu- lo são extensão e rotação lateral da coxa. Além disso, embora seja o extensor mais forte do quadril, atua principalmente quando há necessi- dade de força (movimento rápido ou contra resistência). Seu movimento é mais intenso entre as posições fletida e reta da coxa, como ao se levantar da posição sentada, assumir postura ortostática a partir da posição inclinada ou subir escadas. DICA NA MÃO!A fenda interglútea é o sulco que separa as nádegas e o sulco infraglúteo demarca o limite entre as nádegas e as coxas. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR O glúteo máximo não é usado na posição em pé/imóvel e é pouco usado na marcha, apenas na parte inicial da fase de apoio, assim, sua paralisia não afeta seriamente a marcha em superfície plana, apenas em declives. Em conjunto com o tensor da fáscialata, este músculo promove a estabilização do joelho estendido, porém sem a liberdade necessária para produzir movimento. Além disso, o glúteo máximo é separado das estruturas adjacentes por bolsas da região glútea, que são sacos membranáceos revestidos por membrana sinovial. O objetivo dessas bolsas é reduzir o atrito e permitir movimento livre. No glúteo máximo, há três bolsas associadas: trocantérica, isquiática e intermuscular do músculo glúteo. Os músculos glúteo médio e míni- mo possuem fibras convergem para o mesmo alvo, possuindo mesmas ações e inervações. Atuam na abdu- ção ou estabilização da coxa e na sua rotação medial. O tensor da fáscia lata é basicamente flexor da coxa em razão da localização anterior, mas não tem ação independente. Para gerar flexão, atua em conjunto com os músculos iliopsoas e reto femoral. Com a paralisia do iliopsoas, o tensor da fáscia lata hipertrofia para compensar. Também atua em conjunto com músculos abdutores e rotadores medias da coxa, provavelmente contribuindo como sinergista ou fixador. O tensor da fáscia lata tensiona também o trato iliotibial (fáscia longa localizada lateralmente à coxa), gerando pouco ou nenhum movimento na perna. Porém, quan- do em extensão completa do joelho, contribui para a força de extensão, aumentando estabilidade. O músculo piriforme serve como ponto de referência da região glútea, visto que os vasos e nervo glúteos superiores emergem superiormente a ele e os vasos e nervo glúteos inferiores emergem inferiormente a ele. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Os músculos gêmeos são reforços extrapélvicos do obturador interno. Embora o gêmeo inferior receba inervação separada do quadrado femoral, deve-se considerar esses três músculos, pois não possuem ação independente. O músculo quadrado femoral é um forte rotador lateral da coxa, enquanto o músculo obturador externo atua como rotador lateral da coxa, principalmente com o quadril fletido, e assim como outros músculos curtos ao redor da articulação do quadril, estabiliza a cabeça do fêmur no acetábulo. Os músculos obturador interno e gêmeos formam o tríceps do qua- dril. DICA NA MÃO! Os abdutores e rotadores mediais da articulação do quadril desempenham essencial papel na locomoção, avançando e evitando a queda do lado não sustentado da pelve durante a mar- cha. A boa atuação desses músculos depende do nervo glúteo superior, articulações do quadril além de resistência e angulação do fêmur. Além disso, todos os músculos da região glútea realizam rotação lateral da coxa, exceto os glúteos médio e mínimo. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Músculos da Coxa Os músculos da coxa podem ser se- parados em compartimento an- terior, medial e posterior. O compartimento anterior é formado pelos músculos pectíneo, iliopsoas, sartório e quadríceps femoral, que são basicamente flexores do quadril e extensores do joelho e inervados pelo nervo femoral, que é o maior ramo do plexo lombar. O compartimento medial é forma- do pelos músculos adutor longo, adutor curto, adutor magno, grácil e obturador externo. Todos são supridos pelo nervo obturatório, exceto o adutor magno e o pectíneo. E o compartimento posterior é composto pelos músculos isquiotibiais, que são os músculos semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femo- ral, que são controlados pela parte tibial do nervo isquiático. O músculo pectíneo aduz, flete e auxilia na rotação medial da coxa e, devido à inervação dupla (n. femoral e ramos do n. obturatório), é um músculo de transição entre os compartimentos anterior e medial da coxa. O músculo Iliopsoas é principal fle- xor da coxa, podendo contribuir para a deformidade e a incapacidade em caso de malformação, disfunção ou doença, sobretudo se estiver encurtado. É ativo durante a caminhada em declive, quando sua contração excêntrica resiste à gravidade/ aceleração. Também é um músculo postural, ativo na posição ortostática, pois mantém lordose lombar normal. A contração bilateral do iliopsoas inicia a flexão do tronco no quadril sob a coxa fixa, como ocorre no exercício abdominal, o que gera aumento da lordose lombar da coluna visto que muitas vezes o exercício é realizado da maneira incorreta. O músculo sartório flete a articulação do quadril e participa da flexão do joelho. Também realiza abdução fraca e rotação lateral da coxa. As ações desse músculo geram a posição sentada com as pernas cruzadas. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR É essencialmente um músculo sinergista, ou seja, não tem força “independente”, auxiliando movimento dos músculos adjacentes. É importante pontuar que a flexão do quadril ocorre em conjunto com a flexão do joelho, assim como a extensão. O quadríceps femoral é um múscu- lo composto por quatro cabeças: reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio. Ele é o grande extensor da perna e responsável pela absorção do choque do impacto do calcanhar e sua atividade continua à medida que sustenta o peso no início da fase de apoio em resposta à carga durante a marcha. A capacidade do reto femoral de estender o joelho é comprometida com a flexão do quadril, mas contribui para a força de extensão durante a fase de saída dos dedos (marcha), quando a coxa é estendida. É bastante eficiente em movimentos que associam extensão do joelho e flexão do quadril a partir de uma posição de hiperextensão do quadril e flexão do joelho, como chutar uma bola. Os músculos vastos são denomina- dos de acordo com sua posição em torno do fêmur, sendo difícil isolar suas ações. O músculo articular do joelho é derivado do vasto intermédio e ativo na tração da membrana sinovial superiormente com a extensão da perna, evitando que pregas da membrana sejam comprimidas entre o fêmur e a patela na articulação do joelho. O músculo grácil é o mais fraco dos mediais, sendo sinergista na adução da coxa, flexão do joelho e rotação medial da perna com o joelho fletido, ou seja, ele contrai durante esses movimentos mas não é o principal músculo para que eles sejam realizados. Os três músculos adutores, adutor curto, adutor longo e adutor magno são usados em todos os movimentos de adução das coxas. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Os músculos isquiotibiais, também chamados de músculos do jarrete, são os extensores do quadril, atuan- do na caminhada em superfície plana, quando a atividade do glúteo máximo é reduzida. Além disso, também realizam a flexão do joelho. Esses músculos têm maior atividade durante a contração excêntrica, resistindo à flexão do quadril e à extensão do jo- elho durante o balanço terminal na marcha. Porém, as duas ações dos isquiotibiais não podem acontecer ao mesmo tempo: a flexão comple- ta do joelho exige encurtamento dos isquiotibiais, impedindo a contração necessária para a extensão completa da coxa, assim como a extensão completa do quadril encurta os isquiotibiais, impedindo sua contração e atuação plena sobre a flexão do joelho. Os músculos isquiotibiais são ativos na extensão da coxa em todas as situações, com exceção da flexão completa do joelho, como já mencionado, inclusive na manu- tenção da postura em pé relaxada. Uma pessoa com paralisia dos isquiotibiais tende a cair para frente, porque os músculos glúteos má- ximos não conseguem manter o tônus muscular necessário para manter a postura. O músculo semitendíneo é assim chamado porque metade dele é ten- dínea, sendo formado por um ventre fusiforme interrompido por uma intersecção tendínea e um tendão longo. Na parte distal, esse tendão forma, junto com os tendões dos músculos sartório e grácil, a chamada pata de ganso. O músculo semimembranáceo é assim chamado porconta do formato de sua inserção proximal no túber isquiático, que é similar à uma membrana achatada. Distalmente, o tendão deste músculo se divide em três partes: uma parte de fixação direta no côndilo medial da tíbia, uma parte que se funde à fáscia poplítea e uma parte que forma o ligamento poplíteo oblíquo, que é um dos reforços da cápsula articular do joelho. Os músculos semitendíneo e semimembranáceo são mediais e não são tão ativos quanto o bíceps femoral, que é lateral e é o verdadeiro “burro de carga” da extensão do quadril. O bíceps femoral é assim denominado por possuir uma cabeça longa e outra curta, sendo esta última inervada pela divisão fibular enquanto os isquiotibiais têm inervação comum da divisão tibial do nervo ciático. Este músculo na rotação do joelho fletido, em conjunto com o tensor da fáscia lata. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Músculos da perna Os músculos da perna são divididos em compartimento anterior, poste- rior e lateral. Os músculos de cada compartimento possuem funções e inervações iguais. Os músculos anteriores são os músculos tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux e fibular terceiro. Eles são dorsiflexores da articulação talocrural, elevando a parte anterior do pé e abaixando o calcanhar. O compartimento anterior é inervado pelo nervo fibular profundo, um dos ramos do nervo fibular comum. Embora seja um movimento fraco e curto (1/4 da força da flexão plantar), a dorsiflexão é usada ativamente na fase de balanço da marcha, quando a contração concêntrica mantém a parte anterior do pé elevada para sair do solo enquanto o membro livre avan- ça. Na fase de apoio, a contração ex- cêntrica do tibial anterior controla a descida da parte anterior do pé até o solo após o toque do calcâneo. Isso é importante para a marcha uniforme e para desaceleração em relação à corrida e marcha em declive. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Embora seja um movimento fraco e curto (1/4 da força da flexão plantar), a dorsiflexão é usada ativamente na fase de balanço da marcha, quando a contração concêntrica mantém a parte anterior do pé elevada para sair do solo enquanto o membro livre avan- ça. Na fase de apoio, a contração ex- cêntrica do tibial anterior controla a descida da parte anterior do pé até o solo após o toque do calcâneo. Isso é importante para a marcha uniforme e para desaceleração em relação à corrida e marcha em declive. Na posição de pé, os dorsiflexores pu- xam anteriormente a perna, de forma reflexa, sobre o pé fixo quando o corpo começa a se inclinar posteriormente. Na marcha em declive, principalmente em superfícies moles, a dorsiflexão é usada fortificar o calcanhar. O músculo tibial anterior é o dorsi- flexor mais forte graças à sua vantagem mecânica promovida pela maior distância do eixo da articulação do tornozelo. Possui ação sinérgica, as- sim como o tibial posterior, na inver- são do pé. Isso porque, embora sejam antagonistas (tibial posterior e ante- rior), ambos cruzam as articulações talocalcânea e transversa do tarso O músculo fibular terceiro é deriva- do do músculo extensor dos dedos e contribui pouco para a dorsiflexão, mas também atua nas articulações talocalcânea e transversa do tarso, contribuindo para eversão relativa do pé, permitindo que as plantas dos pés se apoiem de maneira mais completa no solo. O músculo extensor longo dos dedos é o mais lateral dos músculos anteriores. Este músculo se torna tendíneo acima do tornozelo, formando quatro tendões, um para cada dedo do pé com exceção do hálux, e uma bainha sinovial circunda esses quatro tendões e o músculo fibular terceiro no ponto em que eles divergem até suas fixações distais. Cada tendão forma uma expansão sobre a falange proximal, dividindo- se em duas faixas laterais, que se inserem na falange distal, e uma central, que se insere na falange média. O músculo extensor longo do hálux fica situado entre o extensor longo dos dedos e o tibial anterior, seguindo ao longo da crista do dorso do pé até o hálux. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Os músculos laterais são os músculos fibulares longo e curto. Ambos são eversores do pé, atuando nas articulações talocalcâ- nea e transversa do tálus, e contribuem também para a flexão plantar no tornozelo. Esses músculos são inerva- dos pelo nervo fibular superficial, um ramo terminal do nervo fibular comum. Na prática, a principal fun- ção dos eversores do pé não é elevar a margem lateral do pé e sim deprimir ou fixar a margem medial do pé na sustentação da fase de saída dos dedos na marcha, sobretudo na corrida, e resistir à inversão acidental ou excessiva do pé. Na posição de pé, os músculos fibulares contraem-se para resistir ao balanço medial, ou seja, ajudam a recentraizar a linha de gravidade que sofreu desvio medial por tração lateral da perna enquanto deprime a margem medial do pé. Os músculos posteriores da perna, assim como na coxa, são divididos em grupo superficial e profundo, separados pelo septo intermuscular transverso. Esses músculos realizam flexão plantar do tornozelo, inversão das articulações talocalcânea e transversa do tarso, além de flexão dos dedos. A flexão plantar gera impulso, aplicado basicamente no arco transverso do metatarso, que é usado para impulsionar o corpo para frente e para cima, sendo o principal componente das forças geradas durante as subfases de saída e da fase de apoio da marcha e corrida. A ausência de flexão plantar gera rotação lateral do pé durante a fase de apoio para evitar a dorsiflexão passiva e permitir movimento efetivo por meio da extensão do quadril e do joelho exercida pela parte média do pé. A porção superficial dos músculos posteriores da perna incluem os músculos gastrocnêmio e sóleo, que formam tríceps sural e possuem um tendão comum, o tendão do calcâneo, também chamado de tendão de Aquiles, o qual possui capacidade elástica para absorção de choques. DICA NA MÃO! Contração concêntrica é quando o músculo encurta suas fibras na contração, enquanto na contração excêntrica as fibras se alongam. Em outras palavras, na contração concêntrica a força supera a resistência, enquanto na contração excêntrica ocorre o contrário, ou seja, a força muscular é superada pela resistência APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Quando ocorre ruptura do tendão do calcâneo, esses músculos não conseguem gerar a força necessária para levantar o peso do corpo (ficar nas pontas dos pés). O tríceps sural é composto pelas duas cabeças do gastrocnêmio e uma do sóleo e eles geram a maior parte da força da flexão plantar. No entanto, apesar de possuírem um tendão em comum, os músculos sóleo e o gastrocnêmio agem separadamente (“você passeia com o músculo sóleo, mas ganha a corrida de salto à distância com o gastrocnêmio”). O músculo gastrocnêmio é o mais proeminente da panturrilha. Como a maioria de suas fibras é do tipo branco, de contração rápida, suas contrações produzem movimentos rápidos durante a corrida e salto. Além disso, esse músculo atua sobre as articulações do joelho e talocrural, mas não pode exercer toda sua força sobre as duas ao mesmo tempo. O gastrocnêmio é mais eficaz quando o joelho está estendido e é ativado ao máximo quando a extensão do joelho é associada à dorsiflexão, como na partida de uma corrida. Esse músculo é inca- paz de produzir flexão plantar quando o joelho está completamente fletido. O músculo sóleo, por sua vez, é o “burro de carga” da flexão plantar. Pode ser palpado de cada lado do músculo gastrocnêmio quando se fica nas pontas dos pés. Além disso, pode agir em conjunto com o gastrocnêmio na flexão plantar da articulação talocrural,não podendo agir sozinho sobre a articulação do joelho e atuando sozinho quando o joelho está fletido. Quando o pé está apoiado no solo, o músculo sóleo traciona os ossos da perna para trás. Isso é impor- tante para ficar de pé porque a linha da gravidade passa anteriormente ao eixo ósseo da perna. A porção profunda do compartimento posterior da perna inclui os músculos poplíteo, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux e tibial posterior. O músculo poplíteo é insignificante como flexor da articulação do joe- lho propriamente dita, mas durante a flexão, ele ajuda a tracionar o menisco lateral posteriormente, um movimento produzido pas- sivamente por compressão, como ocorre com o menisco medial. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Quando a pessoa está de pé com o joelho parcialmente fletido, o músculo poplíteo contrai para ajudar o ligamento cruzado posterior na prevenção do deslocamento anterior do fêmur sobre o platô tibial inclinado. Além disso, o poplíteo pode auxiliar os músculos isquiotibiais mediais a girar a tíbia mediamente sob os côndilos do fêmur quando pé está fora do solo e o joelho está fletido. O músculo flexor longo do hálux atua na marcha logo depois do tríceps sural dá o impulso da flexão plantar para a parte proeminente da planta do pé, abaixo do 1 º e 2º metatarsais, dando o impulso final através da flexão do hálux para a fase de pré-balanço da marcha. Porém, vale ressaltar que isso ocorre quando se está descalço, com o uso de calçados o impulso da flexão plantar é propiciado pela parte anterior do pé. O músculo tibial posterior, quando o pé está fora do solo, pode ter ação sinérgica ao tibial anterior para inver- ter o pé, com anulação mútua de suas funções normalmente antagonistas. Entretanto, o principal papel do tibial posterior é manter o arco longitudi- nal medial do pé durante a sustenta- ção do peso, sendo assim, há contra- ção estática do músculo durante toda a fase de apoio da marcha, exceto se a frenagem exigir contração excêntrica. Na posição de pé, principalmente com apoio em um pé só, os músculos tibial anterior e posterior cooperam para abaixar a face lateral do pé e tracionar medialmente a perna quando necessário para neutralizar a inclinação lateral e manter o equilíbrio. O nervo tibial supre todos os mús- culos do compartimento posterior da perna (superficiais e profundos), sendo o maior dos dois ramos ter- minais do nervo isquiático. Um ramo do nervo tibial, o nervo cutâneo sural medial, geralmente se une ao ramo fibular comunicante do nervo fibular comum para formar o nervo sural, que inerva a pele da parte lateral e posterior do terço inferior da perna e região lateral do pé. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Músculos dos Pés Os músculos do pé se dividem em músculos plantares, dorsais e in- termediários. Os músculos plantares atuam basicamente como um grupo durante a fase de suporte do apoio, mantendo os arcos do pé. Essencialmente, eles resistem às forças que tendem a reduzir o arco longitudinal quando o peso é recebido pelo calcanhar e transferido para a bola do pé e para o hálux . Esses músculos tornam-se mais ativos na última parte do movimento para estabilizar o pé para a propul- são, um momento em que as forças também tendem a achatar o arco transverso do pé. Além disso, também são capazes de refinar ainda mais as ações dos músculos longos, produzindo supi- nação e pronação para permitir que o pé se ajuste ao solo irregular. Os músculos do pé são pouco im- portantes individualmente, pois o controle fino dos dedos não é importante para a maioria das pessoas. Eles são mais ativos na fixação do pé ou no aumento da pressão aplicada contra o solo por várias áreas da planta ou dos dedos para manter o equilíbrio. Os músculos dorsais incluem o músculo extensor curto dos dedos e o extensor curto do hálux, que na verdade é parte do extensor curto dos dedos. A parte média do pé inclui as inserções distais dos músculos tibial anterior e tibial posterior APOSTILA SISTEMA MUSCULAR Os músculos plantares, por sua vez, são dispostos em cerca de quatro camadas. A camada mais superficial é composta pelos músculos abdutor do hálux, flexor curto dos dedos e abdutor do dedo mínimo. Depois há uma camada formada pelos músculos quadrado plantar e lumbricais. A 3ª camada é composta pelos músculos flexor curto do hálux, adutor do hálux e flexor do dedo mínimo. A camada mais profunda da planta do pé possui os músculos interósseos plantares e interósseos dorsais. O músculo quadrado plantar auxilia o músculo flexor longo dos dedos na flexão dos quatro dedos laterais, en- quanto os músculos lumbricais são responsáveis pela flexão das falan- ges proximais e extensão das falan- ges médias e distais dos quatro de- dos laterais. O músculo adutor do hálux é pro- vavelmente o mais ativo durante a fase de saída do apoio na tração dos quatro metatarsais laterais em di- reção ao hálux, fixação do arco trans- verso do pé e resistência às forças que afastariam as cabeças dos metatarsais quando há aplicação de peso e força à parte anterior do pé. O nervo tibial divide-se, posterior- mente ao maléolo medial, em nervos plantares medial e lateral. Esses ner- vos suprem os músculos intrínsecos da face plantar do pé. Os músculos dorsais são inerva- dos pelo nervo fibular profundo e os músculos plantares são contro- lados pelos nervos plantar lateral e plantar medial Interósseos Dorsais Interósseos Plantares APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS DO ABDOME A parede do abdome é musculoaponeurótica e costuma ser subdividida para fins didáticos em paredes anteriores laterais direita e esquerda e parede pos- terior. MÚSCULOS DA PAREDE ABDOMI- NAL Os músculos da parede abdominal formam uma cobertura flexível que oferece proteção contra danos aos órgãos inter- nos. Músculos lombares A parede posterior do abdome é for- mada pelas vértebras lombares e discos, músculos lombares, diafragma, fáscia, plexo lombar, gorduras, nervos, vasos e linfonodos. A aponeurose toracolombar se encontra fixado medialmente à coluna vertebral e possui três lâminas (posterior, média e anterior) com músculos se fixando nela. Compõe os músculos lombares os três seguintes músculos: quadrado do lombo, psoas maior e psoas menor. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR O músculo quadrado do lombo está ad- jacente aos processos transversos das vértebras lombares e tem formato quadrangular. O músculo psoas maior segueno sentido inferior lateral, é um músculo longo e fusiforme estando situado lateralmente às vértebras lombares. O músculo ilíaco e o músculo psoas maior se fundem inferiormente e passam a compor o músculo iliopsoas. O músculo psoas menor é um músculo fino e longo que se localiza ventralmente ao músculo iliop- soas. Anteriores e laterais Os músculos da parede anterior lateral do abdome garantem sustentação e proteção às vísceras abdominais. Além de garantir aumento da pressão intraabdominal, movimentar o tronco e manutenção da postura. Compõe os músculos anteriores laterais os cinco seguintes músculos a cada lado: reto do abdome, piramidal, oblíquo ex- terno, oblíquo interno e transverso do abdome. Os músculo reto do abdome é um músculo poligástrico (com 4-5 ventres separados por inserções tendíneas) e segue em posição paramediana a partir do osso púbis até o tórax. Ele está inserido na bainha do músculo reto do abdome, um canal fibroso, tendíneo, aponeurótico e resistente formado pelas aponeuroses dos músculos oblíquos do abdome. Na rafe mediana ou encontro das apo- neuroses na linha mediana se encontraa linha alba. O músculo piramidal está ausente em cerca de 25% das pessoas, tem formato triangular e se localiza entre as aponeuroses dos músculos oblíquos posteriormente à bainha do músculo reto do abdome. O músculo oblíquo externo e o músculo oblíquo interno tem fibras com disposição diagonais e perpendiculares entre si, enquanto as fibras do músculo transverso do abdome formam a camada mais profunda e seguem trajetória per- pendicular. O músculo oblíquo externo do abdome é o mais superficial dos três músculos planos da parede anterior lateral. Sua aponeurose inferior segue como ligamento inguinal e forma, também, o anel inguinal superficial. O músculo oblíquo interno do abdome é o músculo intermediário entre os três músculos planos do abdome, sendo uma lâmina fina APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR O músculo transverso do abdome é o mais interno e tem suas fibras transversais auxiliando a compressão do conteúdo abdominal e para aumentar a pres- são intra-abdominal. Ele compõe o anel inguinal profundo e o limite posterior do canal inguinal. A linha arqueada tem formato crescente e delimita a parede posterior aponeurótica da bainha que reveste o músculo reto do abdome e a fáscia transversal, também reveste este músculo. A linha arqueada é, portanto, um importante referencial anatômico: • Acima da linha arqueada: o mús- culo oblíquo interno possui duas aponeuroses (anterior e posterior) que envolvem o músculo reto do abdome. A aponeurose posterior se une a fáscia transversal formando a lâmina posterior da bainha do músculo reto do abdome. • Abaixo da linha arqueada: as aponeuroses do músculo oblíquo interno são unificadas se locali- zando anteriormente ao músculo reto do abdome; restando assim, apenas a fáscia transversal reco- brindo posteriormente o músculo reto do abdome. A linha semilunar, marca a transição do músculo transverso do abdome para sua aponeurose. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS DO DORSO O dorso é a região posterior do tórax formada pela coluna vertebral e os tecidos circunvizinhos: medula espinal, músculos, parte posterior das costelas, tela subcutânea, pele. Os músculos do dorso são potentes e também chamados de músculos posturais, além disso, por suas funções posturais demandarem um constante trabalho, eles tem tendência ao encurtamento. São, por essa razão, músculoscomumente associados a patologias por estresse muscular. A classificação dos músculos do dorso, organizada anatomicamente quanto à inervação a partir do nervo espinal: • Superficiais: músculos inervados pelo ramo anterior do nervo espi- nhal • Profundos: músculos inervados pelo ramo posterior do nervo espi- nhal APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS SUPERFICIAIS Os músculos superficiais do dorso são também chamados de extrínsecos do dorso. Quando retirada a pele, a tela subcutânea e a fáscia da região do dorso, os dois primeiros músculos observados são o músculo trapézio, superiormente, e o músculo latíssimo do dorso, inferiormente. Primeira camada A primeira camada de músculos superficiais do dorso é também chamada de músculos toracoapendiculares posteriores, porque produzem e controlam a movimentação dos membros superiores. O músculo trapézio possui três porções: descendente, transversa e ascendente. Cada uma dessas porções possui fibras que convergem para as origens respectivas na clavícula, acrômio e espinha da escápula. A porção descendente ga- rante a ação mais importante desse músculo: de elevar o ombro, enquanto as demais porções aproximam a escápula da linha média. O músculo trapézio é inervado pelo nervo acessório ou XI par craniano. Esse músculo está bastante associado a dores na região cervical posterior, por prática de exercícios incorretos ou uso inadequado de travesseiros elevados, por exemplo. Em caso de paralisia desse músculo, observa-se queda do ombro. O músculo latíssimo do dorso possui uma ampla distribuição ocupando toda região inferior do tórax e região lombar. Suas fibras têm direção de inferior para superior e de medial para lateral convergindo para um ponto único de inserção na crista do tubérculo menor do úmero. Esse músculo aproxima o membro superior do tronco, promovendo a adução do braço. Além disso, ele realiza rotação medial do braço. O músculo é inervado pelo nervo toracodorsal, ramo de C6, C7 e C8 do fascículo posterior do plexo braquial. Segunda camada Quando rebatemos a primeira camada de músculos superficiais do dorso, formada pelo trapézio e latíssimo do dorso, observamos os seguintes músculos: romboides maior e menor, serráteis posteri- ores superior e inferior e levantador da escápula. APOSTILA SISTEMA MUSCULAR A segunda camada de músculos do dorso é também chamada de músculos extrínsecos interme- diários do dorso, por sua localização. Os músculos romboides maior e menor possuem disposição oblíqua de medial para lateral e de superior para inferior se inserindo na margem medial da escápula e, portanto, promovendo elevação e aproximação desta em relação às cos- telas. Essa ação é semelhante a promo- vida pelo músculo serrátil anterior. Com localização imediatamente posterior aos romboides está o músculo serrátil posterior superior. Já o músculos serrátil posterior inferior se dispõe imediatamente posterior ao músculo latíssimo do dorso. Embora estejam associados por inserções as costelas, sua ação sobre elas é mínima. Logo, ambos atuam principalmente na propriocepção, fornecendo informações ao SNC do posicio- namento do gradil costal. O músculo levantador da escápula por se inserir na escápula no ângulo superior, quando se contrai realiza rotação medial do ângulo inferior e eleva a escápula. Trígonos Na porção inferior do dorso, há duas regiões de menor cobertura muscular e que, portanto, representam fragilidade da parede, sendo locais frequentes de hérnias lombares. • Trígono lombar inferior: possui como limites medial a margem medial do musculo latíssimo do dorso, anterior a margem posterior do músculo oblíquo externo e como limite inferior a crista ilíaca. O assoalho desse trígono é o músculo oblíquo interno. • Trígono ou quadrilátero lombar superior: possui como limites su- periores a 12ª costela e a margem inferior do serrátil posterior infe- rior, limite lateral o músculo oblíquo interno e medialmente o músculo eretor da espinha. Já na porção superior do dorso, há um trígono de importância clínica: • Trígono da ausculta, muito importante na ausculta pulmonar, tem como limites: medial, a margem inferior do trapézio; lateral, margem medial da escápula; inferior, latíssimo do dorso. O assoalho é o músculo romboide maior APOSTILA SISTEMA MUSCULAR APOSTILA SISTEMA MUSCULAR MÚSCULOS PROFUNDOS Os músculos profundos do dorso são também chamados de intrínsecos ou próprios do dorso. É a musculatura responsável pela manutenção da postura ereta. Músculo eretor da espinha O músculo eretor da espinha corres- ponde a um conjunto muscular que se dispõe bilateralmente a fim de manter a postura ereta, ele é formado pelos seguintes músculos que seguem trajeto longitudinal ao longo da coluna vertebral na seguinte sintopia lateral-medial: • Músculo iliocostal, o mais lateral; • Músculo longuíssimo, o intermedi- ário; • Músculo espinal, o mais medial. O músculo iliocostal é dividido em iliocostal do lombo (com partes lombar e torácica) e iliocostal do pescoço. O músculo longuíssimo é dividido em longuíssimo do tórax, do pescoço e da cabeça. Ele se dispõe a partir do sacro e entre as porções laterais e mediais das vértebras. O músculo espinhal é também dividido em espinhal do tórax, do pescoço e da cabeça. Ele
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