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Para relembrar a importância de Ranke para a historiografia, o professor José D'Assunção de Barros (2013, p. 979) indica que algumas de suas principais contribuições foram a "análise integrada das diversas instâncias do documento – entre as quais a autenticidade, a veracidade, os modos de análise da própria informação que seriam sofisticados gradualmente [...]". Ou seja, o documento é a matéria-prima do trabalho do historiador, e sua análise deve ser feita com esmero, seriedade e, acima de tudo, honestidade. Porém, a vida de um historiador muitas vezes é levada a situações insólitas, como a que será descrita a seguir. Veja: De acordo com a postura defendida pelos historiadores metódicos (e por qualquer profissional sério e ético da área), deve-se manter fidelidade ao documento, ou seja, mostrar o que está retratado nele. Assim, deve-se classificar o lote como assunto relevante/de interesse público e deixar bem claro qual é o conteúdo: de que se trata de uma flagrante evidência de tráfico de influência entre uma autoridade governamental e um conhecido, devendo esse material ser publicado.