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PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGOGICA II ENSINO FUNDAMENTAL

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UNIP-UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
PROJETO E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA-PPAP II
ENSINO FUNDAMENTAL
 CONHECER, VALORIZAR E RESPEITAR A DIVERSIDADE
RIO BRANCO
2022
 Diversidade étnico-racial
Projeto e Prática de Ação Pedagógica-PPAP
apresentado ao Curso de Pedagogia como requisito
parcial para obtenção do grau da Licenciatura em
Pedagogia.
Professora orientadora: Marinez Nunes
RIO BRANCO ACRE
2023
2
TEMA: DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL
SITUAÇÃO-PROBLEMA:
 Para começar é necessário refletir sobre as seguintes questões: negros, índios e
brancos são tratados igualmente em nossa sociedade? possuem as mesmas
oportunidades de acesso a emprego, educação, saúde e outros direitos sociais?
 De acordo com o IBGE, os negros e pardos representam a maioria da população
brasileira -cerca de 54% da população total do país. Mais apesar desses dados os
negros correspondem a apenas 17,4% da população mais rica, o rendimento salarial
deles é inferior correspondendo a cerca 80% do rendimento de um branco que exerce a
mesma função e atuam em apenas 18%dos cargos mais importantes. A taxa de
analfabetismo entre os negros é duas vezes maior (cerca de 11,5%), enquanto a taxa de
analfabetismo entre brancos é de 5,2%. Com os índios a situação é ainda mais
preocupante 32,3% dos índios são analfabetos, poucos tem registro de nascimento.
 Outro problema grave que afeta essa população é a discriminação racial, que
acontece praticamente em todos os setores da sociedade brasileira causando impactos
psicológicos e sociais.
JUSTIFICATIVA:
 Pensando nessa problematização esse projeto foi desenvolvido, como uma
forma de ensinar aos alunos as diferenças culturais e étnicas, para que eles possam
compreender, se conscientizar e minimizar a geração de preconceitos, etnocentrismo e
todas as formas de discriminação.
 Nós como educadores somos articuladores do ensino aprendizagem e com
projetos, atividades e debates voltados para esse assunto, esperamos que esses alunos
sejam capazes de adotar uma postura crítica, que promovam ações que incentivem a
igualdade racial e o respeito a diversidade cultural no ambiente escolar e social.
Desenvolvendo a consciência que fazemos parte de um mundo ainda desigual mais que
atraves da educação e empatia isso pode ser mudado.
3
EMBASAMENTO TEÓRICO:
 O que é diversidade? segundo Edilaine Rodrigues são:
“ Grupos identitários de pessoas, seja por suas crenças, etnias, orientação sexual,
condições físicas e mentais, idade, gêneros, que vai além das características biológicas,
com um ou mais marcadores sociais das diferenças que o impedem de usufruir dos
mesmos direitos e da mesma posição social que outros grupos no Estado-Nação, sem
uma justificativa acolhida.”
 Conscientes da necessidade de se trazer a tona a diversidade e valorizar o
legado africano, pressões de diversos movimentos colaboraram para a promulgação da
Lei de nº10639/03.
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares,
torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da
História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o
negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas
áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil”.
“Com a aprovação da lei n° 10.639/03, a abordagem da temática africana que até então se
fazia presente na legislação educacional de forma genérica, tornou-se obrigatória, o que
representou uma conquista para o Movimento Negro que há várias décadas reivindicava a
inclusão do estudo sobre sua história e cultura na escola brasileira (TONIOSSO, 2011,
p.13)”.
 Essa lei foi mantida sendo alterada apenas pelo projeto de Lei nº 433/2003, pela
deputada Maria Ângela Duarte relacionando os índios a necessidade de recuperar as
contribuições econômicas, sociais e políticas assim como os afros-brasileiros.
Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezem?bro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de
janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir
no currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena (COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE
CIDADANIA DE 2003)”.
 Essas leis tem contribuído para a formação da opinião crítica e para a
diminuição da segregação racial, pois sabemos que a escola presta serviço a sociedade
transmitindo conhecimentos, convicções e valores e em meio a tantos debates sobre as
relações étnicos raciais é papel da escola valorizar as diversidades criando o sentimento
de pertencimento étnico e cultural e promover a igualdade de todos, o respeito e o
combate a qualquer tipo de preconceito.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm#art26a
4
 Essa diversidade não deve ser somente ensinada nas escolas, é necessário a
ajuda da comunidade,dos familiares, ou seja de todos, como podemos ver no
ensinamento de Verrangia e Silva.
’’A escola não é a única instituição responsável pela educação das relações étnico-raciais,
uma vez que o processo de se educar ocorre também na família, nos grupos culturais, nas
comunidades, no convívio social proporcionado pelos meios de comunicação, entre outros.
É importante ressaltar que a escola é um ambiente privilegiado para a promoção de
relações étnico-raciais positivas em virtude da marcante diversidade em seu interior.
(VERRANGIA; SILVA, 2010, p. 710 apud Soares Neto)’’.
 Em uma de suas citações Paulo Freire nos ensina que devemos prover aos
alunos conhecimento histórico e cultural, para maior conhecimento.
’’a cultura como o acrescentamento que o homem faz ao mundo que não fez. A cultura
como o resultado de seu trabalho. De criador e recriador. O sentido transcendental de
suas relações. A dimensão humanista da cultura. A cultura como aquisição sistemática da
experiência humana. Como uma incorporação por isso crítica e criadora, e não como uma
justaposição de informes ou prescrições “doadas”. (FREIRE, 1980. p.41)’’.
 No livro relações étnico-raciais podemos perceber que alguns autores,
compartilham conosco alguns pontos da própria desvalorização social,(uma certa
rejeição consigo mesmo). Isso pode ter ocorrido ou ocorrer devido os livros didáticos que
são os meios mais utilizados nas escolas, não apresentarem na mesma proporção as
conquistas e até mesmo figuras em que são apresentados o homem branco, como
afirma autora.
“como é fácil para uma criança branca se imaginar em profissões socialmente valorizadas,
como médico ou engenheiro; mas o mesmo não é verdade para as outras crianças, uma
vez que não encontram nem nos livros didáticos, nem no meio social em que vivem,
pessoas não brancas ocupando tais cargos e que possam servir de referência no processo
de construção da identidade diversa dessa na infância(Relações étnico-raciais,pag.107)”.
 Esse mesmo pensamento podemos ver em um trecho escrito por Silva(2005):
“A invisibilidade e o recalque dos valores históricos e culturais de um povo, bem como a
inferiorização dos seus atributos adscritivos, através de estereótipos, conduz esse povo,
na maioria das vezes, a desenvolver comportamentos de autorrejeição, resultando em
rejeição e negação dos seus valores culturais e em preferência pela estética e valores
culturais dos grupos sociais valorizados nas representações.(Silva;Ana Célia da, apud.
relações étnico-raciais pag.108)”.
 Por isso precisamos urgentemente no nosso trabalho cotidiano, incorporar o
5
discurso das diferenças não como um desvio, mas como algo enriquecedor de nossas
práticas e das relações entre as crianças, possibilitando desde cedo o enfrentamento de
práticas de racismo e a construção de posturas mais abertas às diferenças e,
consequentemente, à construçãode uma sociedade mais plural.
PÚBLICO ALVO: Alunos do ensino fundamental de 9 a 12 anos, toda comunidade
escolar e os pais.
OBJETIVOS
GERAL:
- Desenvolver atividades dinâmicas com rodas de conversas, apresentações, explorar o
pensamento crítico e a compreensão do tema de forma simples, combater a
discriminação e valorizar a cultura e o respeito.
ESPECÍFICO:
-Promover a reflexão a respeito da igualdade racial;
-Estimular o respeito as diferenças;
-Conhecer outras tradições e identificar de que maneira elas influenciaram a cultura
brasileira;
-Identificar como a cultura de outros povos está presente no nosso cotidiano;
-Estimular o senso crítico e a empatia;
-Estimular o trabalho coletivo e individual;
-Diminuir o preconceito.
METODOLOGIA:....
 Esse projeto será divido em sete encontros, visando o envolvimento total do
aluno, da escola, da família e da comunidade para que ele adquira o maior
conhecimento possível.
6
 Primeiro encontro terá a exibição do filme cuja protagonista é a primeira princesa
negra da Disney.’’A PRINCESA E O SAPO’’(produzido em 2009 com duração de
1h30min). Após a exibição o professor pedirá que elaborem um desenho mostrando a
diferença que viram no filme.
 Segundo encontro será apresentado mais um filme da Disney.
’’POCAHONTAS’’(lançado em 1995 com duração de 1h22min) Após a exibição uma
conversa sobre o que foi abordado no filme, qual o pensamento deles em relação ao
ocorrido no filme, se já haviam ouvido sobre a história que foi retratada no filme?
 Terceiro encontro explicar aos estudantes sobre a formação do povo brasileiro
(as raças/etnias) que o compõe. Em seguida pedir aos alunos que se auto identifiquem
com uma ou mais raças/etnias, anotando sua resposta em uma folha de papel, sem
revelar aos demais. No momento seguinte, a turma tenta adivinhar com qual(is)
raça(s)/etnia(s) cada colega se identificou, após os palpites de todos, o estudante revela
sua resposta e explica as características que o levaram a se encaixar naquela
raça/etnia.
 Quarto encontro os alunos serão divididos em quatro grupos e cada grupo terá
como objetivo de discussão uma raça/etnia: negros/pardos, amarelos, brancos e
indígenas. Eles devem refletir sobre os estereótipos, o que se costuma falar sobre as
pessoas dessa raça/etnia? de que forma elas são retratadas no cinema, televisão,
séries, desenhos e publicidade? o que pensam sobre essas retratações?
 Para a próxima aula pedir aos alunos com o auxílio dos pais que pesquisem
sobre um desses temas comidas típicas, vestimentas, danças, costumes, para que
possam explorar mais sobre a diversidade que há.
 Quinto encontro os alunos deverão levar suas respectivas pesquisas. Será feita
uma roda de conversa para compartilhar com os colegas, o que tem de parecido com
seus costumes? o que mais lhe chamou a atenção?. Após o término da conversa dividir
grupos e colocar a pesquisa feita em cartazes para exposição no dia do fechamento do
projeto.
 Sexto encontro, para o penúltimo dia o professor junto com a escola e a
comunidade, disponibilizar materiais para fazer algumas roupas típicas junto com os
alunos, para serem apresentadas no fechamento do projeto.
7
 Sétimo encontro, nesse fechamento do projeto os alunos irão fazer exposição
dos desenhos e das pesquisas, após terá um desfile apresentando as roupas típicas
feita por eles, com sons referentes a cada traje. Serão chamados para participar desse
evento as famílias, a comunidade e os funcionários.
RECURSOS:
-Papel, caneta, lápis, pincel, cartolina, cola quente,
-Pen drive, computador, data show, aparelho celular, caixa de som, livros;
-Roupas, TNT, roupas típicas.
CRONOGRAMA: O projeto ocorrerá uma vez na semana, terá duração de 1 mês e 3
semanas. Com duração de 4 horas por encontro e 18 horas aula no total.
ENCONTROS CARGA
HORARIA
 ATIVIDADE
1 4
Exibição do filme: ’’A PRINCESA E O SAPO’’ e
a elaboração de desenhos sobre as diferenças
dos personagens.
2 4
Exibição do filme: ’’POCAHONTAS’’, após
conversa sobre o que foi abordado no filme.
3 4
Explicação aos alunos sobre a formação do
povo brasileiro. Auto identificação com
raças/etnias. Compartilhamento com a turma e
em seguida explicação de o por quê se
identificaram com aquela raça/etnia escolhida.
8
4 4
Divisão de grupos para que pesquisem
profundamente, reflitam e debatam
respondendo algumas perguntas sobre a
raça/etnia ligada há sua pesquisa.
Pedir para próxima aula uma pesquisa com
auxílio dos pais, sobre costumes, vestimentas,
danças ou comidas tipícas.
5 4
Fazer uma roda de conversa, cada aluno
compartilhará sua pesquisa com os colegas,
em seguida dividir grupos por pesquisa
realizada e colocarem em cartazes, para serem
expostos no dia no final desse projeto.
6 4
Nesse penúltimo encontro o professor, com
ajuda da escola e comunidade disponibilizara
materiais para os alunos, que com auxílio do
professor confeccionará trajes típicos para
apresentação no encerramento do projeto.
7 4
Apresentação de tudo que foi abordado e
confeccionado durante todos os encontros.
PRODUTO FINAL/AVALIAÇÃO:
 O produto final será uma feira com a exposição e apresentação das pesquisas feitas
durante todo o projeto, seguido de um desfile com as roupas típicas, será destinado a
toda a comunidade, familiares e equipe escolar
9
 A avaliação será feita de forma contínua considerando a participação nas aulas,
verificando a compreensão dos conteúdos apresentados através das rodas de conversas
e pesquisas.
 Desse modo todo conhecimento é necessário ser anotado, ou seja:
- Como os alunos se desenvolveram durante o projeto;
- Qual modo cada um enfrentou suas vitórias e frustrações;
- Desempenho na sala de aula e apresentação do projeto;
- Cooperação diante das atividades;
- Mudanças de atitudes;
- Autoidentificação.
10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RODRIGUES, Edilaine. Diversidade - Étnico Racial. JUSBRASIL, 2020. Disponível em:
https://edilainebaileradvogada.jusbrasil.com.br/artigos/1133696854/diversidade-etnico-
racial. Acesso em 20 dez 2022.
VIEIRA, Isabela. Nas aldeias, três em cada dez índios são analfabetos. Agência Brasil,
2012. Disponível em: https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-08-10/nas-
aldeias-tres-em-cada-dez-indios-sao-analfabetos. Acesso em 20 dez. 2022.
NETO, Paulo Byron Oliveira Soares. Somos todos iguais: a diversidade Étnico-Racial no
ambiente escolar. JUSBRASIL, 2017. Disponível em:
https://paulobyron.jusbrasil.com.br/artigos/528622655/somos-todos-iguais-a-diversidade-
etnico-racial-no-ambiente-escolar. Acesso em 20 dez. 2022.
TOLEDO-PLAÇA, Crislaine Valéria de; RODRIGUES, Verônica Marques. Relações
étnico-raciais no Brasil - São Paulo: Editora Sol, 2013.

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