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Minissimulado - Direito Penal - Comentado

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Minissimulado 
GRATUITO 
 Direito Penal 
 
 
 
 
 
 
“Se eu tivesse 8 horas para cortar uma árvore, 
gastaria seis afiando meu machado” - Abraham Lincoln 
O presente minissimulado contém 25 questões AUTORAIS de Direito Penal. 
Trata-se de um compilado de questões que retiramos das nossas turmas de 
simulados (selecionamos questões de todas as turmas). 
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Sobre o Projeto em Delta 
 
O Projeto em Delta é especialista em turmas de simulados para concursos de Delegado 
de Polícia. Hoje somos a melhor plataforma do Brasil nesse segmento, com simulados 
elaborados e comentados por professores especialistas no ramo. 
 
 
 
 
 
 
 
Acesse nosso site e conheça nossas turmas de simulados: https://projetoemdelta.com/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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01) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
Com relação ao estudo sobre a Teoria do crime, 
assinale a alternativa correta: 
A) Para a teoria Neokantista/Neoclássica, 
conduta é o movimento humano voluntário 
que produz alteração no mundo exterior. 
B) No sistema penal finalista a culpabilidade 
é concebida como o vínculo psicológico 
que une o autor ao fato. 
C) A indicação da figura do garantidor pelo 
texto legal pode ser ampliada no caso 
concreto caso o magistrado verifique a 
ocorrência de uma situação fática capaz de 
ensejar, para a pessoa de boa-fé, presunção 
de garantia. 
D) No que concerne ao estado de necessidade 
o código penal adotou a teoria unitária, 
sendo estado de necessidade o justificante. 
E) A tentativa imperfeita, branca ou incruenta 
é aquela em que o agente não consegue 
atingir a pessoa ou coisa contra qual 
deveria recair sua conduta. 
 
Comentários: a) Errado. Para a teoria Teoria 
Neokantista/Neoclássica, Conduta é o COMPORTAMENTO 
humano voluntário causador de modificação no mundo exterior”. O 
conceito da assertiva diz respeito à teoria Causalista. 
b) Errado. É no sistema clássico que A CULPABILIDADE seria o 
VÍNCULO PSICOLÓGICO entre o sujeito e o fato típico e 
ilícito. Esse vínculo pode ser representado tanto pelo dolo como 
pela culpa (que eram ESPÉCIES DA CULPABILIDADE). 
c) Errado! Não pode ser ampliada, eis que o rol respectivo é 
taxativo. Ao magistrado não cabe ampliar o rol, convertendo em 
garante qualquer pessoa, seguindo por valores morais e 
principiológicos uma vez que a previsão do § 2º do art. 13 do 
Código Penal reconhece um critério formal de estabelecimento das 
posições de garante. 
d) Correta. O nosso Código Penal adota a TEORIA 
UNITÁRIA, portanto, toda vez que se falar em estado de 
necessidade, apenas incidirá a excludente de ilicitude se o 
bem sacrificado for de menor ou igual valor ao do bem 
preservado, pois caso seja de valor superior, subsistirá o 
crime, admitindo-se, no máximo, a DIMINUIÇÃO DA 
PENA, conforme regra do art.24, §2°, do Código Penal. 
e) Errado. Cuidado para não confundir: 
A tentativa branca (ou incruenta) ocorre quando o agente não 
consegue atingir a pessoa ou coisa contra qual deveria recair sua 
conduta - o bem jurídico sai ileso. 
 Tentativa imperfeita (ou inacabada) ocorre quando o agente é 
interrompido durante a prática dos atos de execução. 
Tentativa perfeita (acabada ou crime falho), ocorre quando o 
agente esgota todos os recursos que tinha disponível e ainda assim 
não atinge a pessoa ou coisa contra a qual se dirigia. 
Gabarito D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal 
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02) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
Acerca da Lei Penal no tempo e do Princípio da 
Retroatividade Benéfica da Lei Penal, analise as 
afirmativas abaixo: 
I. Implícito no Código Penal, o Princípio 
da Retroatividade Benéfica da Lei 
Penal preconiza que a Lei posterior 
que de qualquer modo favorecer o 
agente, aplicar-se aos fatos anteriores, 
ainda que decididos por sentença 
condenatória transitada em julgado. 
II. Consideram-se espécies de lex mitior a 
abolitio criminis, que ocasiona a 
atipicidade dos fatos novos e extinção 
da punibilidade dos fatos anteriores, e 
a novatio legis in mellius, que confere 
tratamento mais brando ao crime 
praticado anteriormente. 
III. Conforme Súmula 611 do STF, 
transitada em julgado a sentença 
condenatória, compete ao Juízo que 
proferiu a sentença a aplicação da lei 
mais benigna. 
A seguir, assinale a alternativa correta: 
A) Todas as afirmativas estão corretas. 
B) Está correta apenas a afirmativa I. 
C) Estão corretas as afirmativas II e III. 
D) Está correta apenas a afirmativa II. 
E) Está correta apenas a afirmativa III. 
 
Comentários: I – INCORRETA: De fato, o Princípio 
da Retroatividade Benéfica da Lei Penal preconiza que a Lei 
posterior que de qualquer modo favorecer o agente, aplicar-
se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença 
condenatória transitada em julgado, contudo, encontra-se 
previsto expressamente no Art. 2º, parágrafo único do 
Código Penal. 
II – CORRETA: Afirmativa correta, sendo espécies de Lei 
Penal benéficas a abolitio criminis, que descriminaliza 
condutas, ocasionando a atipicidade dos fatos novos e 
extinção da punibilidade dos fatos anteriores, e a novatio 
legis in mellius, que confere tratamento mais brando ao 
crime praticado anteriormente, ambas retroagindo em favor 
do réu. 
III – INCORRETA: A Súmula 611 do STF preconiza que, 
transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao 
Juízo das Execuções a aplicação da lei mais benigna 
Gabarito D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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03) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
Cornoaldo, ao chegar em casa mais cedo que o 
habitual, é surpreendido com sua mulher, Amélia, 
mantendo conjunção carnal com outro homem. 
Quando Amélia vê o marido, começa a gritar 
desesperadamente. Acreditando se tratar de um 
estupro, Cornoaldo saca sua arma e dispara contra 
o homem, que falece no local. 
Com base no caso relatado, écorreto concluir que: 
A) para a teoria extremada da culpabilidade, as 
descriminantes putativas são sempre erro de 
tipo permissivo, excluindo-se a 
culpabilidade de Cornoaldo. 
B) para a teoria limitada da culpabilidade, a 
conduta de Cornoaldo se enquadra na 
chamada descriminante putativa de erro de 
tipo permissivo. 
C) se Cornoaldo soubesse da traição, mas 
acreditasse que, no momento da conduta, 
sua reação estava acobertada pela legítima 
defesa da sua honra, seria punido a título 
culposo. 
D) para os sistemas clássico e neoclássico, que 
exigem apenas a potencial consciência da 
ilicitude, Cornoaldo deveria ter a 
culpabilidade excluída independentemente 
de seu erro ser evitável ou inevitável. 
E) supondo que Cornoaldo tivesse entrado em 
luta corporal com o homem e, após 
imobilizá-lo, tomado conhecimento que se 
tratava do amante de sua mulher; se, 
invadido de violenta emoção, desferisse os 
tiros, responderia pelo homicídio doloso 
sem qualquer tratamento diferenciado. 
 
Comentários: a) Errada. Para a teoria extremada da 
culpabilidade, as descriminantes putativas são sempre erro 
de PROIBIÇÃO, excluindo-se a culpabilidade do 
Cornoaldo. 
b) Certo. Item 19 da exposição de motivos do CP: 
19. Repete o Projeto as normas do Código de 1940, 
pertinentes às denominadas "descriminantes putativas". 
Ajusta-se, assim, o Projeto à teoria limitada pela 
culpabilidade, que distingue o erro incidente sobre os 
pressupostos fáticos de uma causa de justificação do que 
incide sobre a norma permissiva. Tal como no Código 
vigente, admite-se nesta área a figura culposa (artigo 17, § 
1º). 
Para a teoria limitada da culpabilidade, as descriminantes 
podem ser tanto erro de tipo (chamado erro de tipo 
permissivo- erro sobre os fatos/situação fática – excluindo o 
fato típico), como erro de proibição (erro de proibição 
indireto- erro sobre a existência de causa excludente de 
ilicitude ou sobre os limites de uma existente – excluindo a 
culpabilidade). 
O erro de Cornoaldo incidiu sobre a situação fática, ele 
supôs que se tratava de um estupro. 
c) Errado. Se o erro era sobre uma causa excludente de 
ilicitude, trata-se de erro de proibição indireto, o que exclui 
a culpabilidade. Segundo a teoria limitada da culpabilidade 
adotada no CP. 
OBS.: Cuidado. No dia 29 de setembro de 2020, o 
Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgar o Habeas Corpus 
178.777, decidiu manter a absolvição do réu ainda que o 
júri, ao decidir pela absolvição no primeiro julgamento do 
caso, o tenha feito com base em um fundamento 
exclusivamente moral: legítima defesa da honra. Em tese, 
desde 1991, a “legítima defesa da honra” não poderia ser 
mobilizada para promover a absolvição de 
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http://stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=452595
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agressores possessivos. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
já havia pacificado que não existe honra ferida por traição 
ou suspeita de traição dentro de um relacionamento. Assim, 
mesmo comprovando-se o relacionamento extraconjugal ou 
o fim do vínculo amoroso, isso não torna possível usar 
a violência como forma de “resolver” a situação. Porém 
diante da absolvição do réu pelo tribunal do Júri com base 
na tese de defesa (legítima defesa da honra), após recursos 
para anulação do Júri e posicionamento contrário à tese dos 
tribunais superiores e do STJ, na contramão do 
entendimento consolidado desde 1991, o STF decidiu 
manter a decisão do Júri sob o fundamento que de a 
soberania dos vereditos prevista constitucionalmente deveria 
prevalecer. 
d) Errado. Os sistemas clássico e neoclássico exigem a 
consciência ATUAL da ilicitude (integrava o dolo), a 
culpabilidade é excluída sempre, independente do erro de 
proibição ser evitável ou inevitável. 
e) Errado. Embora respondesse pelo homicídio doloso, 
existe a possibilidade de redução da pena (causa especial de 
redução da penal). 
Art. 121. Matar alguém: 
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de 
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de 
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da 
vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
Gabarito B 
 
 
04) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
Quanto à teoria do crime, nos termos do Código 
Penal Brasileiro, assinale a alternativa 
CORRETA: 
A) A superveniência de causa relativamente 
independente exclui a imputação quando, 
por si só, produziu o resultado; os fatos 
anteriores, entretanto, imputam-se a quem 
os praticou; 
B) Salvo disposição em contrário, pune-se a 
tentativa com a pena correspondente ao 
crime consumado, diminuída de um sexto 
a um terço; 
C) Nos crimes cometidos sem violência ou 
grave ameaça à pessoa, reparado o dano 
ou restituída a coisa, até o oferecimento 
da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida 
de um a dois terços; 
D) O erro sobre elemento constitutivo do tipo 
legal de crime exclui a culpabilidade; 
E) O erro quanto à pessoa contra a qual o 
crime é praticado não isenta de pena. Não 
se consideram, neste caso, as condições 
ou qualidades da pessoa contra quem o 
agente queria praticar o crime, senão as 
da vítima. 
 
Comentários: A) CORRETA, devendo ser a 
assertiva a ser assinalada. Dispõe o art. 13, § 1º, do 
Código Penal que “a superveniência de causa 
relativamente independente exclui a imputação 
quando, por si só, produziu o resultado; os fatos 
anteriores, entretanto, imputam-se a quem os 
praticou”. Tem-se como exemplo de causa 
superveniente relativamente independente que por si só 
produz o resultado o seguinte caso: A ataca B com 
uma faca, com a intenção de o lesionar (crime de 
lesões corporais); tendo o socorro levado B a um 
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hospital, uma parede do leito em que B se encontrava 
desaba, matando-o; nesse caso, A responderá apenas 
pelo crime de lesões corporais, e não por homicídio. 
B) INCORRETA, visto que, nos termos do art. 14, 
parágrafo único, do Código Penal, “salvo disposição 
em contrário, pune-se a tentativa com a pena 
correspondente ao crime consumado, diminuída de 
um a dois terços”. Dessa forma, a causa geral de 
diminuição de pena da tentativa, a incidir na terceira 
fase da dosimetria, tem o patamar de 1/3 a 2/3, e não 
de 1/6 a 1/3, como aduz a assertiva (OBS: odiamos esse 
tipo de assertiva e sabemos que ela não exige conhecimento 
algum, porém, é algo que algumas bancas ainda cobram, a 
exemplo do Instituto AOCP, a qual está sendo cada vez mais 
relevante nos concursos da Polícia Judiciária). 
C) INCORRETA, visto que, nos termos do art. 16 do 
Código Penal, “nos crimes cometidos sem violência ou 
grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a 
coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, 
por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de 
um a dois terços”. Trata-se do instituto do 
arrependimento posterior, que pode ocorrer até o 
recebimento da denúncia ou queixa, e não até seu 
oferecimento, como aduz a assertiva. Para fins de 
memorização, vale memorizar que: a fração de 
redução de 1/3 a 2/3 aplica-se tanto à tentativa 
quanto ao arrependimento posterior. 
**OBS: antes que recorram da questão afirmando que 
a presente assertiva não poderia ser considerada 
incorreta porque o oferecimento ocorreantes do 
recebimento, de modo que, por uma questão lógica, é 
possível o arrependimento posterior também antes do 
oferecimento, nós não iremos acolher, haja vista que o 
Instituto AOCP é extremamente legalista e há diversas 
questões exatamente iguais que a banca considera 
como incorreta (OBS: essa questão foi disponibilizada em 
um dos simulados da PC/PA, por isso estamos nos referindo 
ao Instituto AOCP especificamente). 
D) INCORRETA, já que o erro sobre elemento 
constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, nos 
termos do art. 20, caput, do Código Penal, permitindo 
a punição por crime culposo, se previsto em lei. Trata-
se do erro de tipo, que, caso exclua o dolo e a culpa 
(erro invencível ou escusável), afastará a própria 
tipicidade do comportamento, e não a culpabilidade. 
E) INCORRETA, pois há inversão de informações na 
assertiva. Isso porque, nos termos do art. 20, § 3º, do 
Código Penal, “o erro quanto à pessoa contra a qual o 
crime é praticado não isenta de pena. Não se 
consideram, neste caso, as condições ou qualidades da 
vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria 
praticar o crime”. Dessa forma, não se consideram as 
condições e qualidades da “vítima real”, mas sim da 
“vítima desejada”. 
Gabarito A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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05) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
Funcionário que pratica, deixa de praticar ou 
retarda atos de ofício, com infração de dever 
funcional, cedendo pedido e influência de outrem, 
comete o crime de: 
A) Corrupção Passiva Própria. 
B) Corrupção ativa. 
C) Prevaricação. 
D) Concussão. 
E) Corrupção passiva privilegiada. 
 
Comentários: A questão cobra do candidato 
conhecimentos acerca dos crimes contra a administração 
pública, muito cobrados nos concursos policiais. Pede o 
enunciado da questão que seja assinalada o nomen iuris 
correspondente ao crime de funcionário que pratica, deixa 
de praticar ou retarda ato de oficio, com infração de dever 
funcional, cedendo o pedido e a influência de outrem, 
crime esse tipificado no art. 317, §2º do Código Penal, qual 
seja: corrupção passiva privilegiada e muito confundida 
pelos candidatos por prevaricação. 
A) INCORRETA – em que pese se tratar de crime de 
corrupção passiva, tem se que é de maneira imprópria, 
também chamada de privilegiada, ou seja, na forma do §2º 
do art. 317 do CP, e não da forma prevista no caput, que se 
trata da corrupção passiva própria. 
B) INCORRETA – a corrupção ativa é crime cometida por 
particular contra a administração pública, além disso, a 
corrupção ativa exige os verbos OFERECER ou 
PROMETER vantagem indevida a funcionário, para 
determina-lo a praticar, omitir ou retardar ato de oficio. 
C) INCORRETA – ao contrário do que diz o enunciado da 
questão “cedendo pedido e influência de outrem”, no crime 
de prevaricação, o funcionário deixa de praticar atos de 
ofício, violando o dever funcional, para satisfazer 
INTERESSE OU SENTIMENTO PESSOAL, conforme 
art. 319 do CP. 
D) INCORRETA- o crime de consunção está tipificado no 
art. 315 do CP e diz respeito ao ato de o funcionário 
EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, 
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em 
razão dela, vantagem indevida. 
E) CORRETA- trata-se do crime de previsto no art. 317, §2º 
do CP, o qual diz: se o funcionário que pratica, deixa de 
praticar ou retarda atos de ofício, com infração de dever 
funcional, cedendo pedido e influência de outrem. Na 
corrupção passiva privilegiada, o tipo penal não é composta 
pela elementar “vantagem indevida” aqui o funcionário 
público viola dever funcional, “cedendo o pedido ou 
influência de outrem”. Existe um corruptor que não oferece 
vantagem indevida, mas apenas faz um pedido através de 
sua influência ao corrupto. O corruptor não comete crime. 
GABARITO: E 
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06) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
Joaquina, maior e capaz, em conluio com Pedro, 
seu melhor amigo, também maior e capaz, 
decidiram roubar as joias de Marlene, a qual teria 
deixado as chaves do apartamento sob os cuidados 
de Joaquina, pois a mesma além de prestar 
trabalhos domésticos também iria ficar de caseira 
no período em que a família de Marlene viajava. 
Contudo, quando Joaquina iria cumprir a 
empreitada criminosa juntamente com Pedro, 
João, filho de Marlene, chegou de viagem, e foi ao 
seu quarto dormir, Joaquina assim, decidiu 
colocar sonífero no café de João, a fim de 
conseguisse cumprir a empreitada criminosa, o 
que o fez. Assim agindo, após dar o sonífero para 
João, Joaquina e Pedro subtraíram para si, 
aproximadamente R$ 3.000,00 em joias que 
estavam no interior do apartamento e fugiram. 
Acerca do fato acima narrado, é certo afirmar que 
Joaquina e Pedro responderão por: 
A) Roubo próprio, praticado com violência 
imprópria e majorado pelo concurso de 
agentes. 
B) Furto simples. 
C) Roubo impróprio, praticado com violência 
própria e majorado pela restrição da 
liberdade da vítima. 
D) Roubo próprio, praticado com violência 
própria, majorado pelo concurso de agente. 
E) Furto qualificado pelo abuso de confiança 
e pelo concurso de agentes. 
 
Comentários: A presente questão traz em seu teor a 
discussão acerca dos crimes patrimoniais e a espécies de 
violência no crime de roubo. Para tanto, necessário se faz 
distinguir tais violências e espécies de roubo. 
O roubo próprio é o roubo previsto no caput do art. 157 do 
Código Penal, o qual descreve: Subtrair coisa alheia móvel, 
para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência 
a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido 
à impossibilidade de resistência, ou seja, primeiro o agente 
emprega a violência ou a grave ameaça antes da subtração 
da coisa. 
Já o roubo impróprio, está previsto no §1º do art. 157 do 
Código Penal, o qual transcreve: na mesma pena incorre 
quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência 
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a 
impunidade do crime ou a detenção da coisa, ou seja, 
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primeiro o agente subtrai a coisa e depois emprega a 
violência ou a grave ameaça. 
A violência própria (ou real) está prevista na primeira parte 
do caput do art. 157, a qual diz: subtrair coisa móvel alheia, 
para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência 
a pessoa [...]. 
Já a violência imprópria está prevista na segunda parte do 
caput do art. 157 do CP, o qual diz: [...] ou depois de havê-
la, por qualquer modo, reduzido à impossibilidade de 
resistência. 
A) CERTA, trata-se de roubo próprio, tipificado no caput do 
art. 157, produzido através da violência impropria – sonífero 
para João – e majorado pelo concurso de agentes art. 157, 
§2º, II do Código Penal. 
B) ERRADA, não há falar em furto simples, uma vez que 
houve violência, ainda que impropria, para a subtração da 
coisa. 
C) ERRADA, não se trata de roubo impróprio, vez que a 
violência aconteceu antes da subtraçãoda coisa, bem como, 
trata-se de violência imprópria, ou seja, conforme mostrado 
acima, a violência imprópria somente é compatível com o 
roubo próprio, haja vista que o §1º do art. 157, (roubo 
improprio) não menciona em seu teor a violência impropria, 
assim: 
Roubo próprio = violência própria // violência imprópria 
Roubo impróprio= violência própria. 
D) ERRADA, vide comentário da alternativa A, ademais, a 
apresente alternativa traz a possibilidade da majorante de 
restrição da liberdade da vítima, o que não merece prestigio, 
uma vez que não fora restringida a liberdade de João, mas 
sim, diminuída a sua capacidade de resistência pelo sonífero 
a ele posto. 
E) ERRADA, conforme dito na alternativa B, não se pode 
falar em furto por ter havido violência impropria, todavia, 
caso não fosse empregado tal violência, podíamos sim falar 
em furto por abuso de confiança. 
GABARITO: A 
 
07) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
Levando em consideração a Lei 13.964/19 (Pacote 
Anticrime), julgue os itens que seguem: 
I. Na hipótese de condenação por infrações às 
quais a lei comine pena máxima igual ou 
superior a 6 anos de reclusão, poderá ser 
decretada a perda, como produto ou 
proveito do crime, dos bens 
correspondentes à diferença entre o valor 
do patrimônio do condenado e aquele que 
seja compatível com o seu rendimento 
lícito; 
II. A prescrição poderá continuar quando 
existir pendência de embargos de 
declaração ou de recursos aos Tribunais 
Superiores, quando inadmissíveis; 
III. O tempo de cumprimento das penas 
privativas de liberdade não pode ser 
superior a 30 (trinta) anos; 
IV. O uso de arma branca deixou de ser causa 
de aumento no crime de roubo, não 
havendo previsão de tal majorante mesmo 
após o advento do Pacote Anticrime. 
Estão incorretos: 
A) Todos os itens. 
B) Somente os itens III e IV. 
C) Somente os itens II, III e IV. 
D) Somente o item III. 
E) Somente o item IV. 
 
Comentários: I – INCORRETO: CP, art. 91-A. Na 
hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine 
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pena máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá 
ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, 
dos bens correspondentes à diferença entre o valor do 
patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com 
o seu rendimento lícito. 
Conforme dispõe o referido dispositivo, a pena 
MÁXIMA DEVE SER SUPERIOR A 6 ANOS (não se 
aplica quando a pena for IGUAL, conforme afirma o 
item). 
II – INCORRETO: CP, art. 116 - Antes de passar em 
julgado a sentença final, a prescrição não corre: 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de 
que dependa o reconhecimento da existência do crime; 
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; 
III - na pendência de embargos de declaração ou de 
recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; 
e 
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de 
não persecução penal. 
III – INCORRETO: Com o advento do Pacote Anticrime, tal 
prazo foi alterado de 30 para 40 anos. 
Vejamos: CP, art. 75. O tempo de cumprimento das penas 
privativas de liberdade não pode ser superior a 40 
(quarenta) anos. 
IV – INCORRETO: O art. 157, parágrafo 2°, I, do CP, 
previa, antes da publicação da Lei 13.654/18, como causa de 
aumento no crime de roubo, o uso de arma, sem especificar 
se tratava-se de arma de fogo ou arma branca. Como a 
referida causa de aumento abordava o termo arma de forma 
genérica, sedimentou-se, tanto na doutrina como na 
jurisprudência, o entendimento de que se englobava tanto a 
arma de fogo quanto a arma branca. Ou seja, quando 
vigorava aquele dispositivo, o emprego de arma de fogo OU 
de arma branca (faca, por exemplo), faziam incidir a causa 
de aumento no crime de roubo. 
Acontece que, com a publicação da Lei 13.654/18, o art. 157 
do CP (tipifica o crime de roubo) sofreu alterações, sendo 
suprimido o inciso I do parágrafo 2°, e incluído o parágrafo 
2°-A, o qual trouxe, dentre outras inovações, uma causa de 
aumento maior para o crime de roubo com o uso de ARMA 
DE FOGO. 
Em suma, com a publicação da referida lei, o art. 157 
deixou de ter causa de aumento para o crime cometido 
com arma branca, uma vez que não tínhamos mais a 
previsão de modo genérico (somente arma, sem específico 
se é arma de fogo ou arma branca) nem uma previsão 
específica para arma branca (passou a ter somente para 
ARMA DE FOGO). 
Essa alteração foi uma "novatio legis in mellius", sendo 
aplicada a todos os casos anteriores para beneficiar os 
réus/investigados/acusados/condenados (RETROAGIU). 
Foi o que entendeu o STJ ao aplicar o art. 5, XL, da CF/88 
(STJ, AREsp 1.249.427). 
Acontece que, com a publicação da Lei 13.964/19 (Pacote 
Anticrime), foi incluído o inciso VII no parágrafo 2° do art. 
157 do CP, com a seguinte redação: se a violência ou grave 
ameaça é exercida COM EMPREGO DE ARMA 
BRANCA. 
Ou seja, O USO DE ARMA BRANCA VOLTOU A SER 
CAUSA DE AUMENTO NO CRIME DE ROUBO COM 
O ADVENTO DO PACOTE ANTICRIME!! 
Trata-se de "NOVATIO LEGIS IN PEJUS", sendo 
aplicável somente para os novos casos (NÃO RETROAGE 
- se aplica somente aos crimes cometidos após a entrada 
em vigor do Pacote Anticrime - a aprtir do dia 23/01/20). 
Gabarito A 
 
 
08) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
Levando em consideração a Lei 13.964/19 (Pacote 
Anticrime), bem como o entendimento 
doutrinário, julgue os itens que seguem: 
I. Situação hipotética: Rodolfo Landim 
subtraiu para si o relógio de Marcos Braz 
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no valor de R$ 120.000,00. O infrator usou 
da violência e do emprego de arma de fogo 
de uso restrito. 
Nesse caso, é correto afirmar que Rodolfo 
Landim poderá ser responsabilizado a uma 
pena acima de dez anos de prisão; 
II. Situação hipotética: Maicon obteve, para si, 
mediante meio fraudulento, vantagem 
ilícita, induzindo Lucas em erro. 
No presente caso, o delito cometido por 
Maicon se procede mediante ação penal 
pública condicionada, pois exige 
representação; 
III. O delito de concussão passou a prever uma 
pena mais elevada com a criação da Lei 
13.964/19; 
IV. Segundo o posicionamento da moderna 
doutrina (“doutrina vanguarda”) a respeito 
do Inquérito Policial, dentre as suas 
características, temos que este é 
indispensável. 
Estão corretos: 
A) Somente os itens I, II e III. 
B) Somente os itens II e III. 
C) Somente os itens I e III. 
D) Somente o item III. 
E) Todos os itens. 
 
Comentários: I – CORRETO: CP, art. 157 - Subtrair 
coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por 
qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
CP, art. 157. § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é 
exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou 
proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste 
artigo. 
Ou seja, em que pese a pena do crime de roubo simples ter 
um limite de 10 anos, a majorante pelo emprego de arma de 
fogo de uso restrito possibilita uma pena maior. 
Vale ressaltar também que o crime de roubo circunstanciado 
pelo emprego de arma de fogo (arma lícita, de uso 
permitido, bem como de uso proibido e restrito) passou a ter 
natureza hedionda com o advento do Pacote Anticrime. 
II – CORRETO: No caso em tela, a conduta de Maicon seamolda ao crime de estelionato, o qual se procede, de fato, 
após o advento do Pacote Anticrime, como regra, mediante 
ação penal pública condicionada à representação. 
Vejamos: CP, art. 171. § 5º Somente se procede mediante 
representação (Ação Penal Pública Condicionada), salvo 
se a vítima for (Ação Penal Pública Incondicionada): 
I - a Administração Pública, direta ou indireta; 
II - criança ou adolescente; 
III - pessoa com deficiência mental; ou 
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. 
Seria de ação penal pública incondicionada se a vítima 
fosse, por exemplo, maior de 70 anos. Como a afirmativa 
não informa mais informações a respeito da vítima que 
poderia adequar em alguma das exceções que explicitamos 
acima, deve-se aplicar a regra (de Ação Penal Pública 
Condicionada à representação). 
III – CORRETO: De fato a pena passou a ser maior: era de 2 
a 8 anos; passou a ser de 2 a 12 anos. 
CP, art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Lei 
13.964/2019) 
IV – CORRETO: Como entendimento que AINDA é 
MAJORITÁRIO o IP é DISPENSÁVEL. Porém, existe 
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uma corrente doutrinária, intitulada de "MODERNA 
DOUTRINA", capitaneada pelo professor e Delegado 
Henrique Hoffmann, que defende que o IP é 
INDISPENSÁVEL, sob diversos argumentos. 
Em provas objetivas é aconselhável que adotem o 
posicionamento majoritário (que o IP é dispensável), salvo 
quando a questão exigir o posicionamento da moderna 
doutrina sobre o IP (ou de um doutrinador específico que 
defenda essa corrente, a exemplo do professor Henrique 
Hoffmann), assim como a presente questão. 
Em provas discursivas e orais é importante que conheçam os 
argumentos de ambas as correntes. 
Lembrando que, conforme já salientamos algumas vezes lá 
no grupo dos alunos no Telegram, o presente tema está 
expressamente previsto no conteúdo programático do edital 
para o cargo de Delegado do concurso da PC/PR. 
Desse modo, não ficarei surpreso se eventualmente cair uma 
questão igual a essa. Mas lembre-se: em provas objetivas é 
aconselhável que adotem o posicionamento majoritário (que 
o IP é dispensável), salvo quando a questão exigir o 
posicionamento da moderna doutrina sobre o IP (ou de um 
doutrinador específico que defenda essa corrente, a exemplo 
do professor Henrique Hoffmann), assim como a presente 
questão. 
Em suma, o entendimento é bem simples, se a questão pedir 
as características do IP de forma genérica, deve-se adotar o 
posicionamento majoritário (que o IP é dispensável). Porém, 
caso a questão peça o posicionamento da "moderna 
doutrina" ou o posicionamento de um doutrinador que 
defende essa corrente (ex.: Henrique Hoffmann), temos que 
o IP é indispensável. 
Em provas objetivas é pouco provável que peçam o 
posicionamento da "moderna doutrina" (no caso seria uma 
discussão para provas discursivas e orais). Não obstante, 
como esse tema está expressamente previsto no conteúdo 
programático do edital, é importante que saibam disso. Ou 
seja, fiquem bem atentos ao comando da questão. A presente 
afirmativa, por exemplo, pede expressamente o 
posicionamento da moderna doutrina sobre o IP, por isso a 
mesma está correta. 
Gabarito E 
 
 
09) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
De acordo com as inovações legislativas mais 
recentes, bem como levando em consideração os 
entendimentos jurisprudenciais, julgue os itens 
que seguem: 
I. O crime de auxílio, instigação ou 
induzimento a automutilação é de 
competência do Tribunal do Júri; 
II. A pena de induzimento à prática de 
automutilação é majorada se a conduta 
é realizada por meio da rede de 
computadores, de rede social ou 
transmitida em tempo real; 
III. Segundo o entendimento mais recente 
do STF, com o advento do Pacote 
Anticrime (Lei 13.964/19), converter 
prisão em flagrante em preventiva de 
ofício é legal. 
Estão incorretos: 
A) Todos os itens. 
B) Somente os itens II e III. 
C) Somente os itens I e III. 
D) Somente o item I. 
E) Somente o item III. 
 
Comentários: I – INCORRETO: Houve uma inclusão 
indevida da automutilação em um crime doloso contra a 
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vida ao invés de alocar tal conduta no crime de lesão 
corporal, surge uma alteração na competência para o 
processo e julgamento das figuras do artigo 122 do CP. 
Se o induzimento, instigação ou auxílio se dirigir à prática 
do suicídio, pretendendo, portanto, o agente atingir o bem 
jurídico vida, a competência para processo e julgamento será 
do Tribunal do Júri. 
Contudo, se o induzimento, instigação ou auxílio se 
voltar tão somente à automutilação, ainda que dela 
resulte preterdolosamente a morte, porque o agente 
queria apenas a autolesão, decorrendo desta a morte que 
não era objetivada, a competência será do Juiz Singular, 
tendo em vista que claramente não se trata de um crime 
doloso contra a vida, embora alocado no Capítulo “Dos 
Crimes contra a vida”. 
Será sempre necessário, portanto, para fins de 
estabelecimento de competência para o processo e 
julgamento do artigo 122, CP, em qualquer de suas 
modalidades, a aferição do dolo do agente, se informado 
pelo intento de provocar o suicídio ou de provocar 
autolesão. Afinal o Júri somente tem competência para o 
processo e julgamento dos “crimes dolosos contra a vida”, 
não de crimes que são informados pelo “animus laedendi” 
ou “animus nocendi” ou mesmo por preterdolo. 
II – CORRETO: CP, Art. 122. Induzir (cria a possibilidade 
– Participação Moral) ou instigar (Reforça a ideia - 
Participação Moral) alguém a suicidar-se ou a praticar 
automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o 
faça: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é 
realizada por meio da rede de computadores, de rede social 
ou transmitida em tempo real. (Majoração / causa de 
aumento da Pena) 
III – INCORRETO: A Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime) 
alterou o art. 311 do CPP, excluindo a possibilidade de o 
juiz decretar a prisão preventiva de ofício (a redação 
anterior permitia que fosse decretada a prisão preventiva de 
ofício pelo juiz durante a fase processual). 
Desse modo, o juiz NÃO poderá DECRETAR A 
PRISÃO PREVENTIVA DE OFÍCIO, ainda que no 
curso da ação penal. 
Sobre o tema, segue os recentes posicionamentos 
do STF e STJ, cronologicamente: 
O Supremo Tribunal Federal, especialmente através de sua 
2ª Turma (HC 188.888/MG), reconheceu a 
IMPOSSIBILIDADE jurídica de o magistrado, mesmo 
fora do contexto da audiência de custódia, decretar, de 
ofício, a prisão preventiva de qualquer pessoa submetida 
a atos de persecução criminal (inquérito policial, 
procedimento de investigação criminal ou processo judicial), 
“tendo em vista as inovações introduzidas nessa matéria pela 
recentíssima Lei nº 13.964/2019 (“Lei Anticrime”), que deu 
particular destaque ao sistema acusatório adotado pela 
Constituição, negando ao Juiz competência para a 
imposição, ex officio, dessa modalidade de privação cautelar 
da liberdade individual do cidadão (CPP, art. 282, §§ 2º e 4º, 
c/c art. 311). 
O tema, no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, era 
controverso, com posições antagônicas entre a 5ª e 6ª 
Turmas. Mantendo o entendimentoanterior à Lei Anticrime, 
a 6ª Turma se manifestou recentemente, de forma unânime, 
indicando que o magistrado poderia converter a prisão em 
flagrante em preventiva, DE OFÍCIO (HC 
583.995). Segundo esse colegiado, não houve alteração da 
realidade com a edição da Lei Anticrime. Comparando à 
impossibilidade de decretação da prisão cautelar de ofício, 
entendeu ser diversa a situação em que o juiz converte, por 
força de comando legal, a prisão em flagrante em alguma(s) 
medida(s) cautelar(es) de natureza pessoal, inclusive a 
prisão preventiva, porquanto, nesta hipótese, regulada pelo 
art. 310 do CPP, o autuado já foi preso em flagrante delito e 
é trazido à presença da autoridade judiciária competente, 
após a lavratura de um auto de prisão em flagrante, como 
determina a lei processual penal, para o controle da 
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legalidade e da necessidade da prisão, bem como da 
observância dos direitos do preso, especialmente o de não 
sofrer coação ou força abusiva pelos agentes estatais 
responsáveis por sua prisão e guarda. Não haveria em tal 
situação, uma atividade propriamente oficiosa do juiz, 
porque, a rigor, não apenas a lei obriga o ato judicial, mas 
também, de um certo modo, há o encaminhamento, pela 
autoridade policial, do auto de prisão em flagrante para sua 
acurada análise, na expectativa, derivada do dispositivo 
legal (art. 310 do CPP), de que o juiz, após ouvir o autuado, 
adote uma das providências ali previstas, inclusive a de 
manter o flagranciado preso, já agora sob o título da prisão 
preventiva. 
Diferentemente, 5ª Turma julgando o HC 590.039, 
reconheceu também que esse comportamento oficioso é 
ILEGAL, após a Lei Anticrime. Nessa perspectiva, a Lei 
n. 13.964/2019 promoveu diversas alterações processuais, 
deixando clara a intenção do legislador de retirar do 
Magistrado qualquer possibilidade de decretação ex officio 
da prisão preventiva. O anterior posicionamento da Corte, 
no sentido de que “não há nulidade na hipótese em que o 
magistrado, de ofício, sem prévia provocação da autoridade 
policial ou do órgão ministerial, converte a prisão em 
flagrante em preventiva”, merece nova ponderação em 
razão das modificações trazidas pela referida Lei n 
13.964/2019, já que parece evidente a intenção legislativa 
de buscar a efetivação do sistema penal acusatório. A 
partir das inovações trazidas pelo Pacote Anticrime, tornou-
se inadmissível a conversão, de ofício, da prisão em 
flagrante em preventiva. Portanto, a prisão preventiva 
somente poderá ser decretada mediante requerimento do 
Ministério Público, do assistente ou querelante, ou da 
autoridade policial (art. 311 do CPP), o que não ocorreu 
na hipótese dos presentes autos. 
NÃO OBSTANTE, a 3ª Seção – que reúne os Ministros da 
5ª e 6ª Turma – se alinhou ao entendimento da 
impossibilidade, invalidando a conversão automática feita 
pelo Judiciário, após prisão de suspeito em flagrante (RHC 
131.263). 
Para a maioria dos Ministros, mesmo que o inciso II do 
artigo 310 do CPP, que trata da audiência de custódia, 
permita converter a prisão em flagrante em preventiva se 
presentes os requisitos do artigo 312 e se outras cautelares se 
revelarem insuficientes, é preciso que haja alguma 
representação. 
A não ocorrência da audiência de custódia por qualquer 
razão ou eventual ausência do representante do 
Ministério Público NÃO AUTORIZA que o juiz 
converta a prisão sem que haja o pedido — pedido este 
que, inclusive, pode ser formulado independentemente 
da audiência. 
EM SUMA, TANTO O STF QUANTO O STJ 
ENTENDEM QUE É ILEGAL CONVERTER 
PRISÃO EM FLAGRANTE EM 
PREVENTIVA DE OFÍCIO!! 
Gabarito C 
 
 
10) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
Acerca das disposições no Título II do Código 
Penal que versam sobre o crime, assinale a 
alternativa incorreta: 
A) A figura do arrependimento posterior será 
aplicável no caso de crime cometido sem 
violência ou grave ameaça à pessoa, 
reparado o dano ou restituída a coisa por 
ato voluntário do agente até o recebimento 
da denúncia ou da queixa, ocasião em que a 
pena será reduzida de um a dois terços. 
B) O erro quanto à pessoa contra a qual o 
crime é praticado não isenta de pena, sendo 
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considerado, neste caso, as condições ou 
qualidades da pessoa contra quem o agente 
queria praticar o crime, e não as da vítima 
de fato. 
C) Não se pune a tentativa quando, por 
ineficácia absoluta do meio ou por absoluta 
impropriedade do objeto, é impossível 
consumar-se o crime, situação em que 
estará configurada a tentativa inidônea. 
D) O agente que, voluntariamente, desiste de 
prosseguir na execução ou impede que o 
resultado se produza, responderá pelo 
chamado crime oco, ou seja, só responderá 
pelos atos já praticados. 
E) A omissão é penalmente relevante quando o 
omitente devia e podia agir para evitar o 
resultado. O dever de agir incumbe a quem 
tenha por lei obrigação de cuidado, 
proteção ou vigilância, quem de outra 
forma, assumiu a responsabilidade de 
impedir o resultado ou quem, com seu 
comportamento anterior, criou o risco da 
ocorrência do resultado. 
 
Comentários: A – correta: Alternativa correta, nos termos do 
art. 16 do Código Penal. 
B – correta: Alternativa correta, retratando a situação de erro sobre 
a pessoa, prevista no art. 20, §3º do Código Penal. 
C – correta: Trata-se do crime impossível, também chamado de 
crime oco ou tentativa inidônea, conceituado no art. 17 do Código 
Penal. 
D – incorreta: A alternativa apresenta o conceito de desistência 
voluntária e arrependimento eficaz, nos termos do art. 15 do 
Código Penal. Contudo, tenta confundir o candidato ao inserir o 
conceito de crime oco que, conforme explanação da alternativa 
anterior, é sinônimo de crime impossível. 
E – correta: Alternativa que apresenta corretamente as hipóteses 
relacionadas a relevância da omissão, previstas no art. 13, §2º do 
Código Penal. 
Gabarito D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
Em relação aos crimes contra a Administração 
Pública, assinale a alternativa CORRETA: 
A) Em quaisquer dos verbos-núcleo de seu 
tipo penal, a configuração do crime de 
corrupção passiva prescinde a ocorrência 
simultânea do crime de corrupção ativa. 
B) É ilegítima a utilização da condição 
pessoal de policial civil como 
circunstância judicial desfavorável para 
fins de exasperação da pena-base aplicada 
a acusado pela prática do crime de 
concussão 
C) O crime de denunciação caluniosa estará 
configurado caso o indivíduo denunciado 
tenha sido cabalmente absolvido. 
D) As penas do crime de falso testemunho ou 
falsa perícia aumentam-se de um sexto a 
um terço se o crime é praticado mediante 
suborno. 
E) Configura-se o crime de Favorecimento 
Pessoal quando o agente auxilia o 
criminoso a tornar seguro o proveito do 
crime, após a consumação deste. 
 
Comentários: 
a) INCORRETA. A corrupção ativa somente dispensa a prática 
concomitante de corrupção ativa no verbo “solicitar”, hajavista haver a possibilidade de recusa. Nos verbos “receber” e 
“aceitar promessa” é exigido um comportamento anterior do 
particular, de modo que a configuração de corrupção ativa 
será concomitante à passiva. 
b) INCORRETA. Entendem os tribunais ser sim possível 
considerar a circunstância de policial civil como desfavorável. 
Trata-se de entendimento que tende a ser arrastado quando da 
prática de outros crimes contra a administração, que não só a a 
concussão. Por isso, esteja atento: 
Aumento da pena-base pelo fato de a concussão ter sido 
praticada por policial. 
É legítima a utilização da condição pessoal de policial civil como 
circunstância judicial desfavorável para fins de exasperação da 
pena-base aplicada a acusado pela prática do crime de concussão. 
Aquele que está investido de parcela de autoridade pública — 
como é o caso de um juiz, um membro do Ministério Público ou 
uma autoridade policial — deve ser avaliado, no desempenho da 
sua função, com maior rigor do que as demais pessoas não 
ocupantes de tais cargos. 
STF. 1ª Turma. HC 132990/PE, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ 
o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 16/8/2016 (Info 835) 
c) INCORRETA. Para a imputação do crime de denunciação 
caluniosa ao indivíduo, é necessário que seja comprovado o 
dolo deste indivíduo. O simples fato de o denunciado ser 
cabalmente absolvido não indica a ocorrência do crime de 
denunciação caluniosa. 
- Exigência de dolo direto do agente. 
Para configuração do delito de denunciação caluniosa, exige-se que 
o agente saiba que a pessoa é inocente, ou seja, é necessário dolo 
direto. O simples fato de a pessoa "investigada" ou "denunciada" 
ter sido absolvida não significa que o autor da "denúncia" deverá 
responder por denunciação caluniosa, sendo necessário comprovar 
a sua má-fé, ou seja, que a sua única intenção era a de atribuir fato 
criminoso a pessoa que ele sabia ser inocente. 
STF. 1ª Turma. lnq 3133/AC, Rel. Min. Luiz Fux. Julgado em 
05/08/2014 (Info 753). 
d) CORRETA. É o que consta no Art. 342, §1º do CP: 
Falso testemunho ou falsa perícia 
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como 
TESTEMUNHA, PERITO, CONTADOR, TRADUTOR OU 
INTÉRPRETE, em processo judicial, administrativo, inquérito 
policial, ou em juízo arbitral: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 
(quatro) anos, E multa. 
§ 1º As penas AUMENTAM-SE de um sexto a um terço, se o 
crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de 
obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em 
processo civil em que for parte entidade da administração pública 
direta ou indireta. 
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§ 2º O FATO DEIXA DE SER PUNÍVEL se, ANTES DA 
SENTENÇA NO PROCESSO EM QUE OCORREU O 
ILÍCITO, o agente se retrata ou declara a verdade. 
OBS: Atenção a outro ponto que também pode ser exigido no seu 
certame: A retratação do §2º deve ser antes da sentença NO 
PROCESSO EM QUE OCORREU O FALSO TESTEMUNHO, e 
não no processo criminal que está julgando o próprio falso 
testemunho. 
e) INCORRETA. Configura-se o crime de Favorecimento 
REAL quando o agente auxilia o criminoso a tornar seguro o 
proveito do crime, após a consumação deste. 
Favorecimento real 
Art. 349 - PRESTAR a criminoso, FORA DOS CASOS de 
coautoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o 
PROVEITO DO CRIME. 
Pena - detenção, de um a seis meses, E multa. 
Gabarito D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
Tendo como referência aspectos doutrinários, 
jurisprudenciais e legais acerca dos aspectos 
introdutórios do Direito Penal, bem como da Teoria do 
Crime, assinale a alternativa INCORRETA: 
A) Hans Welzel é o precursor da teoria finalista 
da ação. Essa teoria conceitua o crime como 
uma conduta dotada de finalidade, tendo 
como principal característica o dolo e a culpa, 
os quais anteriormente eram pertencentes ao 
substrato da culpabilidade. 
B) A interpretação analógica vale-se de uma 
fórmula genérica inserida no encerramento do 
dispositivo legal e é utilizada como referência 
à atuação do intérprete. 
C) O Brasil, ao prever hipóteses de 
extraterritorialidade condicionada, estabelece 
com um dos requisitos “entrar o agente em 
território nacional”. Tal requisito trata-se de 
uma condição objetiva de procedibilidade. 
D) No que se refere ao Estado de Necessidade, o 
Código Penal adotou a teoria unitária, pela 
qual há possibilidade de sanção para casos em 
que o sacrifício do direito ameaçado era 
razoável exigir-se. 
E) De acordo com a doutrina de Claus Roxin o 
consentimento do ofendido exclui a 
antijuridicidade da conduta praticada, jamais 
se admitindo que tal exclusão recaia sobre a 
esfera da tipicidade. 
 
Comentários: A – CORRETA. Trata-se do conceito da teoria 
finalista da ação. O fator mais relevante dessa teoria é que a partir 
dela o dolo e a culpa migram para o substrato da tipicidade. Nesse 
momento, surge a tipicidade em sua dimensão objetiva (conduta, 
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resultado, nexo causal e tipicidade), e também a tipicidade em sua 
dimensão subjetiva (dolo e culpa). 
B – CORRETA. Sempre que o examinador falar sobre fórmula 
genérica no encerramento do dispositivo legal, estaremos falando 
sobre a interpretação analógica. Vejamos exemplos: 
Art. 121, § 2º, I, III e IV C.P. 
I - mediante paga ou promessa de recompensa (Exemplos de 
torpeza), ou por outro motivo torpe; (Como o legislador não tem 
como prever todas as formas de torpeza, ele expõe exemplos e 
termina com encerramento genérico, ao expor “ou por outro 
motivo torpe”). 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou 
outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo 
comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro 
recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C – CORRETA. O requisito consistente em “entrar o agente no território 
nacional” constitui um requisito de procedibilidade, pois, caso o agente não 
ingresse no território nacional, não poderá ser processado. Os demais 
requisitos presentes no Art. 7, §2º, são condições objetivas de 
PUNIBILIDADE. 
D – CORRETA. O código Penal adotou a teoria Unitária, que permite a 
punição do agente com diminuição de 1/3 a 2/3 nos casos em que o bem 
sacrificado for de valor maior que o bem protegido. 
E – INCORRETA. O consentimento do ofendido também poderá excluir a 
TIPICIDADE, nos casos em que consentimento esteja relacionado ao 
elemento do tipo (Exemplo: violação de domicílio. Se há consentimento do 
morador, não haverá tipicidade, Exemplo 2: estupro. Se há consentimento 
da outra parte, não há estupro). 
No mais, quando o consentimento não estiver atrelado à elementar do tipo 
penal, será considerado causa supralegal de exclusão da ILICITUDE. 
Gabarito E 
 
 
13) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
Acerca da lei penal no tempo, assinale a 
alternativa INCORRETA: 
A) Caso uma nova lei preveja um novo tipo 
de pena, mais branda, em relação à 
previsão anterior, temos um claro 
exemplo de novatio legis não 
incriminadora. 
B) Se uma conduta era punida como crime e, 
posteriormente, tal lei que a fundamentava 
fora revogada, a lei anterior continuará 
ultrativa contrao sujeito que praticou a 
conduta à época em que ela era vigente, 
porém os efeitos serão apenas extrapenais. 
C) Caso uma lei mais grave venha a existir 
em relação a um crime permanente ou 
continuado, a nova legislação será 
aplicada caso não tenha havido cessação 
da permanência ou continuidade. 
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D) Com relação ao tempo e lugar do crime o 
CP adotou respectivamente a teoria da 
atividade e ubiquidade. 
E) Quando há uma conduta que era fato 
típico, mas que migrou o seu conteúdo 
para outro tipo penal temos o chamado 
princípio da continuidade normativo-
típica. 
 
Comentários: 
a) Errado. Cuidado. Quando a pena é mais branda, ainda 
há pena! No caso, a novatio legis não incriminadora é 
uma nova lei que não descreve um tipo penal. Ao caso 
específico, temos o mesmo tipo penal, porém com outra 
pena. 
b) Correto. Leia a alternativa pausadamente e faça um 
diagrama na sua prova/caderno. Veja: 
 
Perceba o seguinte, quando houve a prática da conduta, a Lei A 
estava em vigor. Assim, temos o artigo 2º do CP: 
“Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa 
de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os 
efeitos penais da sentença condenatória.” 
Perceba que o artigo diz que cessa em virtude dela a execução e os 
efeitos PENAIS da sentença condenatória, porém nada diz dos 
efeitos extrapenais que subsistem. 
Em suma, continuam os efeitos EXTRAPENAIS da lei anterior 
(tem ultratividade), mas há a retroatividade dos efeitos penais 
benéficos da lei posterior. 
Apenas para esclarecer, um exemplo de efeito extrapenal é o 
ressarcimento do patrimônio. 
c) Correto. Entendimento sumulado e lógico do STF. Diz 
a Súmula 711: 
“A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao 
crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da 
continuidade ou da permanência.” 
Ora, se o crime tem natureza permanente, quer dizer que ele 
“continua a ser praticado até cessar” justo? Da mesma 
forma, se o crime é continuado, há sempre a prática do 
delito continuamente e, por essa razão, a nova lei deveria 
aplicar a ambos os casos. 
d) Correto. O CP adotou diferentes teorias para a 
definição do tempo e lugar do crime. 
No caso do tempo, fora adotada a teoria da atividade, ou 
seja, na Teoria da atividade: o crime considera-se praticado 
no lugar da conduta., assim diz o art 4º do CP: 
“Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão (ATIVIDADE), ainda que outro seja o 
momento do resultado.” 
Já com relação ao lugar do crime, foi adotada a teoria da 
ubiquidade, ou seja, o crime considera-se praticado no lugar 
da conduta ou do resultado, ou ainda, onde o resultado 
deveria ocorrer. É a previsão do art. 6º do CP: 
“Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que 
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como 
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.” 
Veja que são duas as possibilidades: no lugar que ocorreu a 
ação ou omissão (lugar da atividade) + onde se produziu ou 
deveria produzir o resultado (lugar do resultado). 
e) Correto. Apesar de a lei ter sido formalmente retirada do 
ordenamento mas reordenada para outro tipo penal, temos a 
continuidade da previsão da conduta, mas sob outro 
fundamento (outro tipo). Assim, há quando há uma migração 
do conteúdo de um crime de um lugar para ou outro da lei, ou 
de uma lei para outra. Ex. A Lei 11.106/05 migrou crime de 
rapto violento do art. 219 CP para o art. 148, § 1º, IV, CP. O 
fato continua sendo crime, não sendo caso de abolitio 
criminis. 
Há, ao caso, a seguinte diferença: 
 
 
 
 
 
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Gabarito: A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
Acerca da aplicação da lei penal, assinale a 
assertiva correta. 
A) Trata-se de extraterritorialidade 
incondicionada os crimes contra a vida, a 
liberdade e a integridade física do 
Presidente da República. 
B) Denomina-se princípio da bandeira ou da 
representação, a hipótese de 
extraterritorialidade condicionada, de 
crimes praticados em aeronaves ou 
embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, quando em território 
estrangeiro e aí não sejam julgados. 
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C) Cuida-se de extraterritorialidade 
condicionada os crimes praticados contra o 
patrimônio e a fé pública de Sociedade de 
Economia Mista brasileira. 
D) Os crimes contra a administração pública, 
cometidos no estrangeiro, por quem está 
em seu serviço, o agente será punido desde 
que o fato seja punível também no pais 
que foi praticado. 
E) Para definir o lugar do crime, o Código 
Penal adotou a teoria atividade. 
 
Comentários: 
A) INCORRETA: Trata-se de extraterritorialidade 
incondicionada os crimes contra a vida, a liberdade 
do Presidente da República, a integridade física 
não tem previsão legal. Art. 7, a do Código Penal. 
B) CONRRETA: conforme art. 7º, II, c, do Código 
Penal. 
C) INCORRETA: trata-se de hipótese se 
extraterritorialidade incondicionada, conforme art. 
7º, I, b do Código Penal. 
D) INCORRETA: trata-se de extraterritorialidade 
incondicionada, e será punido com a lei brasileira, 
mesmo que o agente seja julgado (absolvido ou 
condenado) no estrangeiro, conforme art. 7, I, c e 
§1º do CP. 
E) INCORRETA: o Código Penal adotou a teoria da 
ubiquidade, conforme art. 6º do Código Penal. 
Obs: o tempo do crime é a teoria da atividade. 
Lembre-se do mnemônico LU/TA - Lugar do 
crime = ubiquidade, tempo do crime = atividade. 
Gabarito B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
Conforme disposição do Código Penal, entende-se em 
legítima defesa quem, usando moderadamente dos 
meios necessários, repele injusta agressão, atual ou 
iminente, a direito seu ou de outrem. Acerca do 
instituto acima descrito, assinale a alternativa 
incorreta: 
A) Atua em legítima defesa aquele que mata 
animal que o ataca, no caso em que este tenha 
sido provocado por terceiro a atacá-lo. 
B) A injustiça da agressão para configuração da 
legítima defesa depende da consciência do 
agressor. 
C) A agressão futura, porém certa, pode gerar 
para aquele que se antecipa uma situação de 
inexigibilidade de conduta diversa, excluindo 
sua culpabilidade. 
D) Para agir em legítima defesa ex persona não há 
necessidade de autorização do ofendido, nos 
casos em que este esteja sofrendo injusta 
agressão a bem indisponível. 
E) Não é admitido no ordenamento jurídico pátrio 
a chamada legítima defesa recíproca, que 
consiste em duas pessoas, simultaneamente, 
agirem, uma contra a outra, na legítimadefesa 
de seu interesse. 
 
Comentários: A – Correta: De fato, se o agente se utiliza de 
um animal como instrumento do crime, provocando-o a atacar a 
vítima, estará caracterizada a legítima defesa caso a vítima atue 
para repelir a injusta agressão. Situação diversa se dá no caso em 
que um animal selvagem, por exemplo, ataque uma pessoa por 
sentir-se ameaçado. Nessa hipótese, agirá a pessoa em estado de 
necessidade ao defender-se do animal. 
B – incorreta: Ao revés, a injustiça da agressão independe da 
consciência do agressor, a exemplo da legítima defesa em caso de 
ataque de inimputável. Neste caso, o inimputável pratica agressão 
injusta, mesmo que por ele não compreendida, autorizando o 
agredido a invocar a legítima defesa. 
C – correta: Trata-se de instituto tratado pela doutrina como 
legítima defesa preventiva ou antecipada, em que a agressão futura, 
porém certa, pode gerar para aquele que se antecipa uma situação 
de inexigibilidade de conduta diversa, excluindo sua culpabilidade, 
conforme doutrina autorizada de Rogério Sanchez. 
D – Correta: A legítima defesa de terceiro ou ex persona não 
depende de autorização do ofendido, desde que o bem jurídico que 
se pretende defender seja indisponível, como a vida. 
E – Correta: A legítima defesa recíproca se dá nos casos em que 
duas pessoas, simultaneamente, atuem, uma contra a outra, em 
situação que configure legítima defesa de seu interesse. Tal 
instituto não é admitido no nosso ordenamento, tendo em vista ser 
impossível que as duas condutas sejam injustas (ou justas) ao 
mesmo tempo. Em contrapartida, considera-se possível a legítima 
defesa sucessiva, caso em que o agressor passa a poder defender-se 
dos excessos praticados pelo inicialmente agredido. 
Gabarito B 
 
 
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16) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
Acerca da Teoria do Crime, julgue os itens a 
seguir: 
I. Quem aceita um conceito tripartido de 
crime tanto pode ser clássico como 
finalista. 
II. A distinção entre os perfis clássico e 
finalista reside, principalmente, em um 
sistema bipartido ou tripartido 
relativamente à estrutura do delito e não 
na alocação do dolo e da culpa. 
III. Para os seguidores da teoria bipartida, a 
culpabilidade deve ser excluída da 
composição do crime, uma vez que se 
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trata de pressuposto de aplicação da 
pena. 
IV. A teoria bipartida relaciona-se 
intimamente com a teoria finalista da 
conduta. 
Estão corretas apenas: 
A) Apenas os itens I, III e IV 
B) Apenas os itens II e IV 
C) Apenas os itens I e IV 
D) Apenas os itens II e III 
E) Apenas os itens I e III 
 
Comentários: I – CORRETO! 
Diversas pessoas, inadvertidamente, alegam que o 
acolhimento de um conceito tripartido de crime importa 
obrigatoriamente na adoção da teoria clássica ou causal da 
conduta. Não é verdade. Quem aceita um conceito 
tripartido de crime tanto pode ser clássico como 
finalista. De fato, Hans Welzel, criador do finalismo penal, 
definia o crime como o fato típico, ilícito e culpável: “O 
conceito de culpabilidade acrescenta ao de ação antijurídica 
– tratando-se de uma ação dolosa ou não dolosa – um novo 
elemento, que a transforma em delito. 
OBS: O conceito bipartido JAMAIS poderá ser clássico, por 
quê? Porque na escola clássica ou causalista o dolo/culpa se 
encontra na CULPABILIDADE, sendo que para a teoria 
bipartida a culpabilidade não faz parte do delito, 
ocasionando, assim, uma responsabilidade objetiva, tendo 
em vista que teríamos uma conduta “cega”, sendo o dolo ou 
a culpa mero pressuposto de aplicação de pena. 
II – INCORRETO! 
Conforme Masson: A distinção entre os perfis clássico e 
finalista reside, principalmente, na alocação do dolo e da 
culpa, e não em um sistema bipartido ou tripartido 
relativamente à estrutura do delito. 
III – CORRETO! 
Para os seguidores dessa teoria bipartida, a culpabilidade 
deve ser excluída da composição do crime, uma vez que se 
trata de pressuposto de aplicação da pena. Destarte, para a 
configuração do delito bastam o fato típico e a ilicitude, ao 
passo que a presença ou não da culpabilidade importará na 
possibilidade ou não de a pena ser imposta. 
IV -CORRETO! 
A teoria bipartida relaciona-se intimamente com a teoria 
finalista da conduta. Nada impede a adoção de um conceito 
tripartido de crime por uma pessoa vinculada ao finalismo 
penal. Todavia, ao se adotar a teoria bipartida do crime, 
necessariamente será aceito o conceito finalista de conduta. 
Isso porque na teoria clássica o dolo e a culpa situam-se na 
culpabilidade. E, se fosse possível um sistema clássico e 
bipartido, consagrar-se-ia a responsabilidade objetiva. 
Gabarito: A 
 
 
17) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
“ALFA” ministra veneno na comida de “BETA” 
enquanto almoçavam em um restaurante. Ao 
mesmo tempo, “CHARLIE”, que também estava 
sentado à mesa, coloca veneno na comida de 
“BETA”. “ALFA” e “CHARLIE” não têm ciência 
do propósito criminoso alheio. As doses 
subministradas produzem, por si sós, efeito 
imediato, matando “BETA. 
Nesse caso, ALFA e CHARLIE responderão 
respectivamente por: 
A) Homicídio consumado e tentado 
B) Tentativa de homicídio, em ambos os 
casos 
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C) Homicídio consumado, em ambos os 
casos. 
D) Atípico, por não saber quem ministrou a 
dose fatal 
E) Tentativa de homicídio e homicídio 
consumado 
 
Comentários: Conforme Masson: Inclina-se a doutrina 
pela punição de ambos os autores por homicídio consumado. 
No Brasil, o crime seria inclusive qualificado pelo emprego 
de meio insidioso (veneno). A resposta seria diversa se o 
veneno ministrado por algum deles tivesse, ainda que por 
pouco tempo, apressado a morte, porque a conduta do outro 
poderia ser suprimida que ainda assim ocorreria o resultado 
naturalístico. 
OBS1: se ficasse comprovado que somente uma das 
substâncias MINISTRADA POR APENAS UM DOS 
AUTORES produziu o resultado e NÃO houvesse como 
descobrir qual deles a ministrou, haveria assim a autoria 
colateral INCERTA, de modo que a TENTATIVA daquele 
que ministrou o veneno que NÃO produziu o resultado IRIA 
SE ESTENDER PARA AMBOS. Ou seja, nesse caso 
AMBOS RESPONDERIAM PELA TENTATIVA. 
OBS2: se ficasse comprovado que um ministrou, na 
verdade, erroneamente, uma substância que era 
absolutamente incapaz de produzir o resultado (exemplo: 
talco), mas NÃO houvesse como descobrir qual dos autores 
ministrou o veneno e qual ministrou a substância 
absolutamente ineficaz, haveria a autoria colateral 
INCERTA, de modo que o CRIME IMPOSSÍVEL daquele 
que ministrou a substância absolutamente ineficaz IRIA SE 
ESTENDER PARA AMBOS. Ou seja, nesse caso ambas as 
condutas seriam atípicas, pois seriam encartadas pelo 
CRIME IMPOSSÍVEL (lembrem-se das discussões que 
tivemos no grupo exclusivo para alunos e da questão 
sobre o tema disponibilizado no 6º simulado BÔNUS / 
EXTRA da turma 1). 
OBS3: se ficasse comprovadoque os autores agiram em 
concurso de pessoas, ambos iriam responder, da mesma 
forma, pelo resultado, nos termos do art. 29 do CP. 
OBS4: se ficasse comprovado que somente uma das 
substâncias MINISTRADA POR APENAS UM DOS 
AUTORES produziu o resultado e HOUVESSE como 
descobrir qual deles a ministrou, haveria assim a autoria 
colateral, mas NÃO seria incerta, de modo que cada um iria 
responder por sua conduta (O QUE MINISTROU O 
VENENO QUE DE FATO MATOU RESPONDERIA POR 
HOMICÍDIO CONSUMADO E O QUE MINISTROU O 
VENENO QUE NÃO PRODUZIU O RESULTADO 
RESPONDERIA POR HOMICÍDIO TENTADO). 
OBS5: se ficasse comprovado que um ministrou, na 
verdade, erroneamente, uma substância que era 
absolutamente incapaz de produzir o resultado (exemplo: 
talco) e HOUVESSE como descobrir qual dos autores 
ministrou o veneno e qual ministrou a substância 
absolutamente ineficaz, haveria a autoria colateral, mas 
NÃO seria incerta, de modo que cada um deles iria 
responder por sua conduta (O QUE MINISTROU VENENO 
RESPONDERIA POR HOMICÍDIO CONSUMADO E O 
QUE MINISTROU A SUBSTÂNCIA ABSOLUTAMENTE 
INEFICAZ SERIA CRIME IMPOSSÍVEL). 
Gabarito C 
 
 
18) (Questão autoral Projeto em Delta - 2021) 
A Lei nº 13.869/2019 define os crimes de abuso 
de autoridade, cometidos por agente público, 
servidor ou não, que, no exercício de suas funções 
ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que 
lhe tenha sido atribuído. Com base na referida lei, 
assinale a alternativa em desacordo com seus 
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preceitos. 
A) É sujeito ativo do crime de abuso de 
autoridade qualquer agente público, servidor 
ou não, da administração direta, indireta ou 
fundacional de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e de Território, inclusive todo 
aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por 
eleição, nomeação, designação, contratação 
ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função 
em órgão ou entidade previamente citados. 
B) São efeitos da condenação por crime de 
abuso de autoridade: tornar certa a obrigação 
de indenizar o dano causado pelo crime, 
inabilitação para o exercício de cargo, 
mandato ou função pública, pelo período de 
um a cinco anos e perda do cargo, do 
mandato ou da função pública. 
C) Os efeitos da condenação previstos na Lei nº 
13.869/2019 são condicionados à ocorrência 
de reincidência em crime de abuso de 
autoridade e não são automáticos, devendo 
ser declarados motivadamente na sentença. 
D) Configura crime de abuso de autoridade 
constranger a depor, sob ameaça de prisão, 
pessoa que, em razão de função, ministério, 
ofício ou profissão, deva guardar segredo ou 
resguardar sigilo. 
E) Configura crime de abuso de autoridade 
manter, na mesma cela, criança ou 
adolescente na companhia de maior de idade. 
 
Comentários: 
A – correta: Alternativa correta, com base na delimitação de 
sujeito ativo dos crimes previstos na lei em tela, conforme 
art. 2º, caput e parágrafo único. 
B – correta: Alternativa de acordo com o art. 4º, incisos I, II 
e III da Lei nº 13.869/2019. 
C – incorreta: A lei prevê três efeitos da condenação por 
crime de abuso de autoridade: tornar certa a obrigação de 
indenizar o dano causado pelo crime, a inabilitação para o 
exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período 
de 1 (um) a 5 (cinco) anos e a perda do cargo, do mandato 
ou da função pública. Dentre eles, apenas os dois últimos 
são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de 
abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser 
declarados motivadamente na sentença, conforme art. 4º, 
parágrafo único da lei em comento. 
D – correta: Alternativa correta, conforme art. 15 da Lei nº 
13.869/2019. 
E – correta: Alternativa correta, conforme art. 21, parágrafo 
único da Lei nº 13.869/2019. 
Gabarito C 
 
 
19) (Questão autoral Projeto em Delta) 
Sobre a lei das organizações criminosas, assinale a 
alternativa correta: 
A) Para caracterização da organização 
criminosa não é necessária que ela seja 
criada para fim de obtenção de vantagem. 
B) A prática de infração transnacional, 
qualquer que seja sua pena prevista 
abstratamente, aliado aos outros requisitos 
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previstos em lei, estará caracterizada a 
organização criminosa. 
C) No caso de concurso de crimes, não haverá 
concurso material, mas haverá de ser 
aplicado o sistema da exasperação. 
D) A busca e apreensão domiciliar, 
especificamente e de maneira expressa, é 
prevista na lei como meio de obtenção de 
prova específica. 
E) Como a proposta de colaboração premiada 
é um acordo entre o Ministério Público e o 
acusado não poderá o juiz indeferi-la 
sumariamente. 
 
Comentários: 
a) Errado. O fim de obter vantagem é requisito 
obrigatório para a caracterização da organização 
criminosa. Segundo o art. 1º temos que: 
“Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe 
sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da 
prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal 
a ser aplicado. 
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 
(quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e 
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que 
informalmente, com objetivo de obter, direta ou 
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante 
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam 
superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter 
transnacional.” 
De acordo com o José Baltazar (2020): 
“A LOC aponta como objetivo da organização obter, direta 
ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, de modo 
que o móvel da associação criminosa, à luz do direito 
brasileiro, não será necessariamente econômico. Esse ponto 
é merecedor de crítica, pois o reconhecimento do fim 
lucrativo é traço característico das organizações criminosas. 
A referência a vantagem de qualquer natureza, não apenas 
econômica, dificulta a distinção entre organizações 
criminosas e grupos terroristas, o que é agravado pela 
expressa extensão da aplicação da lei às organizações 
terroristas (art. 1o, § 2o, II)” 
Portanto, assertiva contrária à lei. 
b) Correto. Segundo José Baltazar (2020), “exige-se, 
ainda, que a organização busque alcançar os seus 
objetivos mediante a prática de infrações penais cujas 
penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou 
que sejam de caráter transnacional. Como se vê, o 
requisito é alternativo, e não cumulativo, sendo exigida 
a intenção de praticar crimes graves ou de caráter 
transnacional”. De acordo com o art. 1º: 
“Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe 
sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da 
prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal 
a ser aplicado. 
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 
(quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e 
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que 
informalmente, com objetivo de obter, direta ou 
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante 
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam 
superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter 
transnacional.” 
Assim, alternativa correta. 
c) Errado. Em caso de prática efetiva de crimes pela 
organização, haverá concurso material, por expressa 
disposição legal, pois o preceito secundário da norma

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