Buscar

Aula 2 - Aglomerantes e cimento

Prévia do material em texto

CONCRETO ARMADO I
Aglomerantes e cimento
Cap BM De Veras
Academia de Bombeiro Militar D. Pedro II
Curso de Formação de Oficiais
Aglomerantes
DEFINIÇÃO
Material ligante, geralmente pulverulento, que promove a união
entre os grãos dos agregados. Os aglomerantes são utilizados na
obtenção de pastas, argamassas, e concretos.
2
PRINCIPAIS AGLOMERANTES
• Cimento;
• Cal; e
• Gesso. 
Aglomerantes
CLASSIFICAÇÃO
3
• Hidráulico Simples – Cimento Portland Comum
• Hidráulico Composto - Cimento Portland Pozolânico
• Misto - Cimento Portland Pozolânico
• Aéreos - Cal Aérea
• Inertes - Argilas
Aglomerantes
HIDRÁULICO SIMPLES
4
São aglomerantes que reagem em presença de água. São
constituídos de um único aglomerante, podendo ser misturados a
outras substâncias, em pequenas quantidades, com a finalidade de
regular sua pega.
Endurecem pela ação exclusiva da água, esse fenômeno é
denominado hidratação.
Aglomerantes
PROPRIEDADES DOS AGLOMERANTES
5
• PEGA: definida como sendo o tempo de início do endurecimento.
A pega se dá, quando a pasta começa a perder sua plasticidade.
• FIM DA PEGA: o fim da pega se dá quando a pasta se solidifica
totalmente, não significando, no entanto, que ela tenha adquirido
toda a sua resistência, o que só será conseguido após anos.
Cimento
DEFINIÇÃO
6
Material pulverulento de cor acinzentada, resultante da queima do
calcário, argila e posterior adição de gesso.
NORMATIZAÇÃO
ABNT NBR 16697:2018 - Cimento Portland - Requisitos
Cimento
CALCÁRIO
7
O calcário é o carbonato de cálcio (CaCO3), que se apresenta na
natureza com impurezas, como por exemplo óxidos de magnésio
(MgO).
Cimento
ARGILA
8
A argila empregada na fabricação do cimento é essencialmente
constituída de um silicato de alumínio hidratado, contendo ferro e
outros minerais, em memores proporções. A argila fornece os
óxidos necessários ao processo de fabricação do cimento.
Cimento
GESSO
9
Produto de adição final no processo de fabricação do cimento
portland, com o fim de regular o tempo de pega por ocasião das
reações de hidratação. O gesso é normalmente obtido pela
calcinação (reação química de decomposição térmica) da Gipsita.
Fabricação do cimento
10
Fabricação do cimento
11
• Preparo e dosagem da mistura crua;
• Homogeneização;
• Clinquerização;
• Esfriamento;
• Adições finais e moagem; e
• Ensacamento.
Fabricação do cimento
PREPARO E DOSAGEM DA MISTURA CRUA
12
Calcário (94%) e as argilas (4%) são enviadas ao moinho de cru
(moinho de bolas, de barras, de rolos), de modo a reduzir o
diâmetro das partículas a 0,050 mm, em média.
A determinação da porcentagem de cada matéria-prima na mistura
crua depende essencialmente da composição química das matérias-
primas e da composição que se deseja obter para o cimento
portland.
Cimento
HOMOGENEIZAÇÃO
13
A matéria-prima devidamente dosada e reduzida a pó muito fino,
após a moagem, é armazenada em silos para avaliação e correção
de anomalias, garantindo a homogeneidade.
Fabricação do cimento
CLINQUERIZAÇÃO
14
Via úmida
A matéria-prima é moída com água e sai dos moinhos sob a forma
de uma pasta contendo geralmente de 30 a 40% de água, e é
bombeada para grandes tanques cilíndricos, onde se processa
durante várias horas a operação de homogeneização
Via seca
A matéria-prima sai do moinho já misturada, pulverizada e seca
Fabricação do cimento
ESFRIAMENTO
15
As bolas (1cm a 3cm) que constituem o clínquer saem do forno a uma
temperatura da ordem de 1200 °C a 1300 °C, pois há um início de
abaixamento de temperatura, na fase final, ainda no interior do forno.
O clínquer sai do forno e passa ao equipamento esfriador.
Dependendo da instalação, na saída do esfriador o clínquer
apresenta-se com temperatura entre 50 °C e 70 °C, em média.
O clínquer, após o esfriamento, é transportado e estocado em
depósitos.
Fabricação do cimento
ADIÇÕES FINAIS E MOAGEM
16
O cimento portland pozolânico – NBR 5736 (EB – 758) – recebe,
além do gesso, a adição de material pozolânico (cinza volante, argila
calcinada ou pozolana natural), nos seguintes teores: de 10 a 40%
para o tipo 250 e de 10 a 30% para o tipo 320.
Para o cimento portland comum – NBR 5732 (EB-1) – é permitida a
adição de escória granulada de alto forno num teor de até 10% de
massa total do aglomerante
Fabricação do cimento
ENSACAMENTO
17
O cimento portland resultante da moagem do clínquer, com os
aditivos permitidos, é transportado mecânica e pneumaticamente
para os silos de cimento a granel, onde é estocado.
Após os ensaios finais de qualidade do cimento estocado, ele é
enviado aos silos para a operação de ensacamento, operação feita
em máquinas especiais que automaticamente enchem os sacos e os
soltam assim que atingem o peso especificado de 50 Kg
Fabricação do cimento
18
Resistência do cimento
19
CPC – Cimento Portland Comum
Tipos de cimento
20
Cimento Utilização
CP I Clinquer + gesso. Baixa resistência. Uso industrial.
CP II Z - pozolânico
Obras subterrâneas, marítimas e industriais. Melhor 
impermeabilidade
CP II E - Escória de alto forno Liberação de calor razoavelmente lenta. Resistente a sulfatos.
CP II F – Filer Mais eficientes para uso em aplicações de obras simples.
CP III AF – Alto Forno
Baixo calor de hidratação, alta durabilidade e impermeabilidade. 
Recomendado para obras com grande agressividade – barragens, 
pontes, esgotos
CP IV – 32 pozolana
Obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. 
Maior impermeabilidade e resistência
CP V ARI Resistência inicial elevada e desforma rápida.
CP RS (Resistente a Sulfatos) Redes de esgotos e água do mar.
CP BC (Baixo calor de 
hidratação)
Construções com grandes variações de temperatura.
CP B (Branco)
Estrutural de 25 a 40 MPa; Não estrutural rejuntes e aplicações 
sem responsabilidades estruturais.
21
OBRIGADO!

Continue navegando