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PATOLOGIA AMBIENTAL → Muitas doenças são causadas ou influenciadas por fatores ambientais → Ambiente = ar livre, condições habitacionais e ocupacionais →Fatores ambientais que influenciam a nossa saúde referem-se ao comportamento individual (ambiente pessoal) e incluem o uso de tabaco, ingestão de álcool, consumo de drogas recreativas, alimentação ou ao ambiente externo (cercanias e local de trabalho) → Doença ambiental refere-se às condições causadas pela exposição a agentes químicos ou físicos no meio externo que nos circunda, nos locais de trabalho e no ambiente pessoal, incluindo doenças de origem nutricional 1. Toxicidade dos agentes químicos e físicos → Toxicologia é definida como a ciência dos venenos, estuda a distribuição, os efeitos e os mecanismos de ação dos agentes tóxicos no organismo. →A interação entre os vários poluentes com a idade, predisposição genética e as diferentes sensibilidades teciduais dos indivíduos criam amplas variações na sensibilidade individual aos agentes tóxicos, limitando o valor de “níveis seguros” rígidos estabelecidos para toda a população., ou seja, não temos esses níveis estabelecidos, porque cada indivíduo vai responder de uma forma a determina dose de cada substancia. → Veneno: é um conceito quantitativo estritamente dependente da dose. Ou seja, o que diferencia uma substancia de ser um veneno ou remédio, é o valor da dose → Xenobióticos são substancias químicas exógenas no ambiente, não naturais, criadas pelo homem, presentes no ar, água, alimentos e solo, que podem ser absorvidos pelo corpo pela inalação, ingestão ou contato com a pele → pele, pulmão e TGI (como penetram no organismo) → Os poluentes são absorvidos pela corrente sanguínea e, assim, será distribuído para os tecidos. Nos tecidos eles podem sofrer o metabolismo ou dos tecidos já podem gerar a toxicidade ou, ainda, podem ficar armazenados. Após o metabolismo eles também podem gerar toxicidade e armazenados nos tecidos ou podem ser excretados ou após armazenamento também podem ser excretados. → Os poluentes que são absorvidos podem agir no local da absorção, mas geralmente são transportados através da corrente sanguínea para vários órgãos, onde serão armazenados ou metabolizados. → Xenobióticos são metabolizados a compostos hidrossolúveis que são excretados, ou a metabólitos tóxicos, um processo conhecido como ativação. 2. Poluição Ambiental – AR →Ozônio: óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis na presença de luz solar – produtos químicos são liberados pelas emissões industriais e pelo escapamento de veículos automotores. Sua toxicidade é mediada pela produção de radicais livres, que lesam as células epiteliais do trato respiratório e os pneumócitos, causando a liberação de mediadores inflamatórios. → Dióxido de enxofre: produzido por usinas elétricas que queimam carvão e petróleo, pela fundição do cobre e como subproduto das fábricas de papel. Ao ser liberado na atmosfera, pode ser convertido em ácido sulfúrico e trióxido sulfúrico, o que causa uma sensação de queimação no nariz e na garganta, dificuldade de respirar e crises de asma em indivíduos suscetíveis. →Material particulado (fuligem): emitidos pela queima de carvão e petróleo e pelo uso de diesel. Partículas finas ou ultrafinas são inaladas e prontamente atingem os alvéolos, onde são fagocitados pelos macrófagos e neutrófilos, que respondem liberando diversos mediadores inflamatórios. →Monóxido de carbono (CO): gás não irritante, incolor, insípido e inodoro, produzido durante a queima de materiais carbonáceos, como ocorre nos motores de automóveis, fornos e cigarros. O CO possui uma vida curta na atmosfera, sendo rapidamente oxidado em CO2, dessa forma, níveis elevados no ar são transitórios e ocorrem apenas quando há proximidade da fonte de CO. • O envenenamento crônico por CO pode ocorrer em indivíduos que trabalham em ambientes como túneis, garagens subterrâneas e cabines de pedágios de rodovias com alta exposição à fumaça de automóveis • O CO induz depressão do SNC, pois a hemoglobina possui afinidade 200 vezes maior pelo CO do que pelo O2. Hipóxia sistêmica se desenvolve quando a hemoglobina está saturada com 20% a 30% de CO; inconsciência e morte geralmente ocorre com 60-70% de saturação. 3. Metais como poluentes ambientais → Chumbo: metal prontamente absorvido que se liga a grupos de proteínas e interfere no metabolismo de cálcio, efeitos que resultam em toxicidade hematológica, esquelética, gastrointestinal e renal. A exposição ao chumbo pode ocorrer através da contaminação do ar, alimentos e água. As principais minerações, fundição, baterias, tintas em spray, os quais constituem os riscos ocupacionais. • A maioria do chumba absorvido (80 a 85%) é incorporada nos ossos e nos dentes em desenvolvimento, onde compete com o cálcio. Tem meia-vida de 20 a 30 anos • Altos níveis de chumbo causam distúrbios no SNC, em que as crianças absorvem mais de 50% do chumbo ingerido e comparado com cerca de 15% em adultos. • Quanto maior a absorção intestinal e quanto mais permeável a barreira hematoencefálica da criança, maior a suscetibilidade à lesão cerebral • Os efeitos neurotóxicos do chumbo são atribuídos à inibição de neurotransmissores, causada pela interrupção da homeostase do cálcio. • Interfere na remodelação normal da cartilagem e das trabéculas ósseas primárias nas epífises das crianças. Isso causa um aumento na densidade óssea detectada como “linhas de chumbo” radiodensas • Linha de chumbo aparece nas gengivas, como resultado da hiperpigmentação – linhas enegrecidas acompanhando todo o percusso gengival e também aparecem nas radiografias ósseas. • Inibe a consolidação das fraturas através do aumento da condrogênese e do retardo na mineração da cartilagem • Inibe a atividade de duas enzimas envolvidas na hematopoiese, sendo a deficiência mais óbvia a anemia hipocrômica microcítica, consequente à supressão da síntese da hemoglobina → Mercúrio: também é altamente tóxico, em que a lipossolubidade do metil mercúrios e do mercúrio metálico facilita o seu acúmulo no cérebro, prejudicando as funções neuromotoras, cognitivas e comportamentais. Em que o envenenamento através da inalação dos vapores de mercúrios foi há muito reconhecido e é associado a tremor, gengivite e comportamento bizarro. • Atualmente, as principais fontes de exposição ao mercúrio são os peixes contaminados e os vapores de mercúrio liberados pelo mercúrio metálico em amálgamas dentários, um possível risco ocupacional para profissionais da área odontológica • Em algumas áreas do mundo, o mercúrio utilizado no garimpo do ouro contaminou rios e córregos. → Arsênico: são os seus sais que interferem em diversos momentos do metabolismo celular, resultando em efeitos tóxicos que são mais proeminentes no TGI, SN, pele e coração. É naturalmente encontrado em solos e na água, sendo utilizados em produtos como conservantes de madeira, herbicidas e outros produtos agrícolas. Pode ser liberado no meio ambientes por minas e indústrias de fundição. • Os efeitos neurológicos consistem parestesias (formigamento), dormência e dor • Alterações na pele, consistindo em hiperpigmentação e hiperceratose • Risco elevado de desenvolvimento de cânceres, especialmente de pulmão, bexiga e pele 4. Efeitos do tabaco → O tabagismo é a mais prontamente evitável causa de morte nos humanos • A fumaça e o tabaco são nocivos à saúde e uma causa importante para o câncer oral • O uso de produtos de tabaco não cria somente riscos pessoais, mas a inalação passiva de tabaco no ambiente pode causar câncer de pulmão em não fumantes • Contêm mais de 60 substâncias carcinogênicas, detre o total (2mil – 4mil substâncias) • O tabaco é a principal causa exógena de câncer em humanos, incluindo 90% dos de pulmão → Os agentes do cigarropossuem um efeito irritante direto na mucosa traqueobrônquica, produzindo inflamação e aumento na produção de muco (bronquite) • A fumaça de tabaco também causa o recrutamento de leucócitos para o pulmão, com aumento na produção local de elastase e consequente lesão do tecido elástico pulmonar, levando ao enfisema (pulmão perde a sua capacidade contrátil) • Os componentes da fumaça do cigarro, em particular as nitrosaminas e os hidrocarbonetos policíclicos, são carcinógenos potentes e estão diretamente envolvidos com o desenvolvimento de câncer de pulmão. • O tabagismo também aumenta o risco de outras influências carcinogênicas → interação entre o consumo de tabaco e álcool no desenvolvimento do câncer oral (potencialização de outro agente carcinogênico pelo tabaco) • O fumo de cigarros está associado a cânceres de esôfago, pâncreas, bexiga, rins, colo uterino e medula óssea • As doenças mais comuns são causadas pelo tabagismo que envolvem o pulmão são enfisema, bronquite crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) • Além de produzir efeitos deletérios nos fumantes, o tabagismos também prejudica o feto em desenvolvimento, em que aumenta as chances de abortos espontâneos e de nascimento prematuro e resulta em retardo do crescimento intrauterino • O tabagismo está fortemente ligado ao desenvolvimento de aterosclerose e ao infarto do miocárdio – aumento da agregação plaquetária e redução do fornecimento de O2 ao miocárdio em função da doença pulmonar e à hipóxia relacionada ao conteúdo de CO na fumaça do cigarro. O efeito multiplicador na incidência do infarto do miocárdio quando combinado com HAS e hipercolesterolemia → forma placas de gordura nos vasos sanguíneos; aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca; induz a resistência à insulina e diabetes e produz inflamação e trombose • A partir do uso do cigarro, o pulmão, antes normal, vai contraindo a inibição dos movimentos ciliados dos alvéolos do tecido, causando uma resposta inflamatória, em que ocorre o acúmulo de secreções em bactérias nos alvéolos e forma fibrose, que alcança os vasos e luz dos brônquios, ocorrendo uma distensão dos alvéolos, que serão rompidos e destruindo o pulmão 5. Efeitos do álcool → o consumo de etanol em quantidade moderadas geralmente não é prejudicial, mas em quantidades excessivas, causa sérios danos físicos e psicológicos. Após o consumo, é absorvido pelo estômago e pelo intestino delgado e distribuídos para todos os tecidos e fluidos do corpo em proporção direta ao nível sanguíneo ( o mesmo nível alcoólico que está no sangue vai para os tecidos) • Menos de 10% são eliminados sem alteração pela urina, suor e respiração • A quantidade expirada é proporcional ao nível sanguíneo e forma a base do teste respiratório • O alcoolismo agudo exerce seus efeitos, principalmente, no SNC e alterações hepáticas e gástricas reversíveis se o consumo de álcool for descontinuado • Degeneração gordurosa ou esteatose hepática, gastrite e úlceras agudas • No SNC, o álcool é depressivo, promovendo atividade motora e comportamento intelectual desordenado. • Com níveis sanguíneos progressivamente mais altos, os neurônios corticais e depois os centros medulares inferiores são deprimidos, incluindo os que regulam a respiração, podendo ocorrer parada respiratória • O alcoolismo crônico afeta todos os outros órgãos e tecidos • Os alcoólatras crônicos sofrem de morbidade significativa e têm uma duração de vida mais curta, relacionada principalmente ao dano no fígado, TGI, SNC, sistema cardiovascular pâncreas • O fígado é o local mais afetado, com degeneração gordurosa, hepatite alcoólica e cirrose hepática e aumento do risco de surgimento de carcinoma hepatocelular • NO TGI pode causar hemorragia maciça, devido a gastrite, úlcera gástrica ou varizes esofágicas, podendo ser fatal • A deficiência de tiamina (vitamina B1): neuropatias periféricas, atrofia cerebral, degeneração cerebelar e neuropatia óptica • O álcool possui diversos efeitos no sistema cardiovascular (cardiomiopatia alcoólica), HAS e cardíaca coronariana • A ingestão excessiva de álcool aumenta o risco de pancreatite aguda e crônica • Fígado cirrótico: duro, contraído e com micronódulos (hepatócitos envoltos por colágeno) devido a uma intensa resposta inflamatória crônica, levando a uma fibrose • O consumo crônico de álcool está relacionado ao aumento na incidência de câncer na cavidade oral, esôfago, fígado e, em mulheres, possivelmente de mama • O acetaldeído é considerado o agente principal associado ao câncer de laringe e esôfago induzido pelo álcool • O etanol é uma fonte de calorias vazias, o alcoolismo crônico leva à desnutrição e a deficiências nutricionais, especialmente das vitaminas do grupo B • Síndrome alcoólica fetal: o uso de etanol durante a gestação, a qual é marcada por microcefalia, retardo no crescimento, anormalidades faciais no recém-nascido e redução das funções mentais à medida que a criança cresce Doenças nutricionais A nutrição trata dos processos químicos e fisiológicos relacionados com transformação dos nutrientes em constituintes do organismo É um componente de grande importância para se atingir o crescimento, reprodução, saúde e longevidade. A causa de deficiências nutricionais são várias, como: a carência primária (condição socioeconômica), doenças crônicas e debilitantes, infecções, alcoolismo, etc. 1. Síndromes carenciais → A destruição proteico-calórica engloba situações patológicas que resultam da falta, em várias proporções, de proteínas e calorias Duas causas clássicas de desnutrição infantil: A) Marasmo: carência de proteínas e calorias (proteico-energética) → A principal causa é a restrição crônica na ingestão de alimentos → Peso cai 60% ou menos dos parâmetros normais → Desenvolve-se por meses ou anos → Anorexia associada ao alcoolismo e enfermidades do SNC → Idosos com acesso limitado de alimentos podem desenvolver O que ocorre no marasmo? 1. Inicialmente, baixa de glicose e glicogênio hepático 2. Gera aumento de neoglicogênio (lactato e glicerol) para tentar amenizar essa perda 3. A glicose continua baixa e a insulina no plasma também 4. A queda da insulina estimula os hormônios contra regulatórios, que atuam na lipólise, proteólise, cetogênese e redução da síntese proteica. 5. Como consequência, haverá aumento dos ácidos graxos e corpos cetônicos, com diminuição das proteínas musculares Aspectos clínicos do marasmo Perda muscular generalizada Redução do tecido subcutâneo Pacientes emagrecido e desidratados Cabelos esparsos, finos e secos, sem brilho e sem facilmente Pele seca e fina, com pouca elasticidade Crianças apáticas mas com aparência de atentas e ansiosas Pacientes anoréxicas ou famintos Hipovolemia, hipotermia e bradicardia (com redução do metabolismo basal) Vísceras pequenas Abdome distendido Hipovitaminose Imunodepressão Infecções (indivíduos fica mais suscetível devido às condições nutricionais) Principais complicações do marasmo gastroenterite Desidratação Infecções respiratórias Lesões oculares → falta de vit.A Marasmo B) Kwashiorkor: deficiência de proteína e calorias adequados → Ingestão inadequada de proteínas, mas com quantidade suficiente de energia Não ocorre hipometabolismo, pois a insulina circulante está no nível normal Não há estimulação da síntese de proteínas nobres (albumina e imunoglobulina) devido a baixa disponibilidade de aminoácidos. O que ocorre nessa síndrome, é a o aumento da síntese dos ácidos graxos, pela redução do transporte de lipídios no plasma (falta de ptns para síntese de lipoproteínas), ocorrendo esteatose (acúmulo de gordura no fígado) e hepatomegalia (aumento do fígado). Aspectos clínicos da Kwashiorkor Edema nos membros inferiores Pele eritematosa e brilhante Ressecamento, hiperceratose e hiperpigmentação Massa muscular escassa Perda de peso pode ser mascarada pelo edema Cabelos tornam-se lisos e claros (sinal da bandeira) Pacientes pálidos e extremidades frias e cianóticas Tônus e força muscular reduzidos Complicações mais frequentes da Kwashiorkor Diarréia Infecções respiratórias Infecções de pele Causas que podem levar à morte por Kwashiorkor Edema pulmonar Broncopneumonia Septicemia Gastroenterite Distúrbio hidroeletrolítico Outros distúrbios: 1. CAQUEXIA → Desnutrição proteico- energética crônica, secundária a doenças já existentes (câncer, AIDS ou infecções debilitantes) Características Perda acentuada de massa muscular Grande perda de peso em adulto Falta de crescimento em crianças Ocorre em metade dos pacientes com câncer e contribui para alta mortalidade → No câncer, a caquexia é um fator de indução de proteólise e mobilizador de lipídeos, onde ocorre uma diminuição da gordura corporal, aumento do gasto intestinal energético e diminuição da miosina muscular. Havendo hipotrofia e redução da energia corporal. → A morte resulta em geral da hipotrofia muscular generalizada associada ao imunocomprometimento. 2. Síndrome de realimentação → Distúrbios associados à introdução de alimentos em pacientes gravemente desnutridos ou em jejum por mais de sete dias Desequilíbrios hidroeletrolítico → necessita de readaptação metabólica Redução da função dos neurônios e das células dos músculos cardíaco e esquelético Paciente pode apresentar: -Náuseas, vômito e letargia -Insuficiência respiratória e cardíaca -Hipotensão e arritmias -Delírio, coma e morte (alterações neurológicas) Alterações da homeostase de vitaminas hidrossolúveis → Deficiência de vitaminas 1. Tiamina (B1): Primeira vitamina identificada → amina essencial à vida. Vitamina B1 é absorvida no intestino , alcança a circulação e se liga à albumina. É armazenada principalmente nos músculos e sua excreção é via renal Funções importantes da vitamina B1 no metabolismo: → Metabolismo energético, na produção de ATP → Formação de NADPH e pentoses → Condução nervosa (canais de sódio e síntese de neurotransmissores) A deficiência de Tiamina (B1) origina um distúrbio chamado Beribéri, que pode ser: a) Beribéri úmido → Edema generalizado devido a insuficiência cardíaca, pela incapacidade contrátil do miocárdio b) Beribéri seco → Polineurite crônica motora e sensitiva → Parestesia e fraqueza muscular → Hipotrofia e alteração da marcha → Insuficiência cardíaca e respiratória, levando a morte → Como consequência mais grave, há: Síndrome de Wernicke- Korsakoff, associada ao alcoolismo, com marcha afetada, paralisia do olhar e confusão mental. 2. Vitamina B2- Riboflavina A vitamina B2 (Riboflavina) é sintetizada por vegetais e microrganismos Papel importante no transporte de elétrons na cadeia respiratória Sinais clínicos inespecíficos Atingindo principalmente a pele, por dermatites e queilite angular 3. Vitamina B6 - Piridoxina Vitamina termossensivel, presente em quase todos os alimentos Sinais clínicos: alterações na pele e no eletrocardiograma, neuropatia periférica, risco para aterosclerose e diabetes mellitus 4. Vitamina B3 - Niacina Participa do transporte de elétrons na cadeia respiratória Está presente nos grãos não refinados, cereais, leite, carne Sua deficiência pode se dar pelo alcoolismo, má absorção intestinal e uso de muitos medicamentos A deficiência de Niacina pode ocasionar a pelagra - Síndrome dos três Ds: dermatite, diarreia e demência Dermatite: representa por um eritema bilateral simétrico, erupções, prurido e ardor A diarreia é acompanhada de anorexia, diarreia, com consequente desnutrição e caquexia Os distúrbios neurológicos iniciam com a fotofobia, depressão, alucinações, confusão, perda de memória , levando a psicose 5. Vitamina B12 - Cobalamina Sintetizada por bactérias (única fonte dessa vitamina) Atua nas mitocôndrias, sendo essencial no ciclo de Krebs e no catabolismo de ácidos graxos Sua deficiência afeta as células de divisão rápida (medula óssea e mucosa intestinal) -> Sinais clínicos Anemia megaloblaśtica Manifestações neurológicas como fraqueza, parestesia, déficit de memória, depressão e demência 6. Vitamina C (ácido ascórbico) Atua na produção do colágeno e elastina, além de produtos neuroendócrinos Reduz estresse oxidativo (ação antioxidante) Absorção intestinal e excreção renal -> Escorbuto (manifestação da sua deficiência) Anormalidade do tecido conjuntivo, por ser menos resistentes às forças mecânicas - Tecido conjuntivo alterado Hemorragias frequentes, inicialmente em mucosas (gengivite) Lesões ósseas e musculares (porque ocorre falta da proteção pelo tecido conjuntivo, que está debilitado) ALTERAÇÕES DA HOMEOSTASE DE VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS 1. Vitamina A É essencial para a visão, reprodução, crescimento e manutenção dos tecidos epiteliais Encontra-se em produtos animais e vegetais -> Sinais clínicos Cegueira noturna Ressecamento da conjuntiva Manchas de Bitot Propensão a formação de cálculos Baixa imunidade Dor de cabeça, tontura, vômtos, torpor e visão turva 2. Vitamina D Sintetizada na pele pela ação da luz UV Atua na homeostase do cálcio e do fósforo Interfere na secreção de insulina, na diferenciação celular da pele e na inibição da proliferação de certos tumores Participa na deposição de cálcio na matriz óssea -> Manifestação clínica de sua deficiência Raquitismo: falta de calcificação da matriz óssea, ossos ficam moles, sujeitos à compressão, deformidades e fraturas Osteomalácia: quando ocorre deficiência após a ossificação dos centros epifisários, com desmineralização óssea e propensão à fratura → após desenvolvimento dos centros epifisários. Não ocorre alteração na forma do osso Hipocalemia: hiperexcitabilidade neuromuscular, podendo levar a tetania (rigidez do músculo) 3. Vitamina K Atua na síntese de fatores de coagulação Sua deficiência interfere na coagulabilidade do sangue, com tempo de coagulação e de protrombina aumentados Pode levar à hemorragias (de acordo com a gravidade) 4. Minerais Participam ativamente no metabolismo do nosso organismo Distúrbios de obesidade Excesso de gordura corporal (genética + fatores ambientais) O excesso dessa gordura gera outros distúrbios → comorbidades (doenças cardiovasculares, HAS, diabetes mellitus) Síndrome metabólica (não está ligada necessariamente a obesidade, apenas a distúrbios metabólicos) Várias alterações metabólicas num único indivíduo Aumento de tecido adiposo visceral Intolerância à glicose Resistência à insulina Hipertensão Dislipidemia Risco de aterosclerose e diabetes Transtornos da alimentação 1. Anorexia nervosa Perda de peso acentuada e autoimposta (o indivíduo que julga a necessidade de perda de peso) Pequenas quantidades de alimento Atingir o peso idealizado Distúrbio de autoimagem Depressão Suicídio Desnutrição Infecções e arritmias cardíacas Muitas vezes o indivíduo está ciente do seu problema e os atos são devidamente pensados para atingir o peso ideal 2. Bulimia Nervosa Autocontrole total não é alcançado Ingestão compulsiva de grande quantidade de alimentos e vômitos Na maioria das vezes, sem alteração clínica Às vezes, excesso de peso O indivíduo admite ter o distúrbio alimentar - não tem foco na perda de peso
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