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Carolina Varela e Mylena Gonzalez Patologia da Nutrição e Dietoterapia II Cuidado Nutricional em Pneumopatias Objetivo da aula Capacitar o aluno na avaliação nutricional, no atendimento dietoterápico e na suplementação nutricional de indivíduos com enfermidades respiratórias. Conteúdo 1. Caracterização das principais doenças respiratórias; 2. Dados epidemiológicos; 3. Aspectos morfológicos e fisiologia do sistema respiratório; 4. Manifestações clínicas das enfermidades respiratórias; 5. Impacto das enfermidades respiratórias sobre o estado nutricional; 6. Avaliação do estado nutricional em pneumopatas; 7. Dietoterapia e suplementação nutricional nas enfermidades respiratórias (doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia e tuberculose pulmonar). Doenças Respiratórias Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC),+ prevalente Asma Infecção aguda do trato respiratório inferior Tuberculose Câncer de pulmão Rinite alérgica Fibrose Cística Impacto Epidemiológico Mundial: DPOC, asma, infecção aguda do trato respiratório inferior, tuberculose e câncer de pulmão estão entre as causas mais comuns de doença grave e morte em todo o mundo. DPOC, 3a causa de morte em nível mundial. Dados Epidemiológicos Brasil: As doenças respiratórias ocupam o 4º lugar como causas de morte, sendo a DPOC (ou DPC) Carolina Varela e Mylena Gonzalez predominante no grupo. -> grande impacto econômico, na morbidade e na mortalidade. Sistema Respiratório ● Trato respiratório superior : → cavidade nasal até laringe. ● Trato respiratório inferior: → a partir da traqueia até árvore brônquica. Árvore brônquica: 2 porções - Primeira porção da árvore brônquica (condutor aéreo): → traquéia até bronquíolos terminais; → função ventilatória; Segunda porção da árvore brônquica (estruturas distais): → bronquíolos respiratórios, ductos e sacos alveolares e alvéolos pulmonares; → função respiratória (troca gasosa, principal função do sistema respiratório). Pulmões Aspectos Anatômicos: ● Lobos: Esquerdo (2 lobos) e Direito (3 lobos); ● Características do parênquima pulmonar: Textura leve e esponjosa; Coloração rósea; ● Caixa torácica; ● Pleuras; ● Alvéolos → estrutura elástica, aparência de pequenas bolsas e recobertos por rede de capilares. Estão na porção terminal da árvore respiratória, onde ocorrerá o processo de troca gasosa. Aspectos Histológicos: ● Células que revestem os alvéolos: - Pneumócitos tipo I (pavimentosas - achatadas. Importante para permitir a troca de gases, hematose, pois o ar atravessa uma barreira menor); - Pneumócitos tipo II (cuboidais - produção de surfactante). ● Septos alveolares – parede comum a dois alvéolos - células epiteliais, fibroblastos, leucócitos, macrófagos e capilares Carolina Varela e Mylena Gonzalez Parênquima Pulmonar ● Parênquima pulmonar: é constituído pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos. ● Fibras musculares (importante para a broncoconstrição da árvore respiratória) ● Fibras elásticas no tecido conjuntivo (permite a esse tecido uma elasticidade durante o ciclo respiratório, durante a inspiração, fazendo com que haja entrada de ar dentro da árvore respiratória) O indivíduo com DPOC, o parênquima pulmonar, na medida em que sofre lesão (lesão, cicatrização, lesão…), faz com que o tecido vá se transformando em um tecido fibroso e, com isso, essa elasticidade do parênquima pulmonar fica comprometida. Assim, o pulmão não tem tanta capacidade de expansão, portanto, a ventilação fica comprometida. Barreira Hemato Alveolar Outro ponto que merece ser destacado é a presença da barreira Hemato Alveolar. É possível observar na imagem abaixo a extremidade distal da árvore respiratória, os alvéolos e, bem próximo dessa região, uma rede de vasos sanguíneos, que permite o processo de troca gasosa. O oxigênio proveniente da respiração consegue alcançar a hemácia justamente pela proximidade do vaso ao saco alveolar e, por sua vez, o gás carbônico consegue fazer o caminho contrário do sangue para o espaço alveolar para ser expelido. Existem situações onde ocorre o espessamento dessa barreira hemato alveolar, como por exemplo, se o indivíduo tem um acúmulo de secreção no espaço alveolar. Agora o oxigênio terá que vencer uma camada de secreção, chegar ao pneumócito para depois chegar ao vaso sanguíneo, o que dificulta a troca gasosa. Um outro exemplo, se o indivíduo tem um edema pulmonar, o acúmulo de líquido no parênquima pulmonar, a troca gasosa também ficará comprometida. Então são condições que se caracterizam por um espessamento de barreira. Músculos da Respiração e sua Importância ● Musculatura Principal: Diafragma Intercostais internos Intercostais externos Carolina Varela e Mylena Gonzalez ● Musculatura Acessória: Esternocleidomastoideo Escalenos Na respiração, a fase ativa é o momento da inspiração, onde ocorre a expansão do gradil costal a partir da contração dos músculos da respiração. Na medida em que esses músculos relaxam, o ar é expelido. Então quando o músculo contrai, a árvore respiratória se expande e o ar entra e, ao contrário, quando o músculo relaxa, a árvore respiratória diminui de volume e o ar sai. Isso é importante porque, por exemplo, se o indivíduo tem uma situação de caquexia, se ele tem uma desnutrição energético proteica, muito provavelmente terá um comprometimento muscular, que muitas vezes pode e até atinge a musculatura respiratória, fazendo com que o indivíduo tenha um menor potencial de expansão do gradil costal e, portanto, há um comprometimento do fluxo aéreo na árvore respiratória. É extremamente importante que o nutricionista se atente para a oferta de proteínas, para a oferta energética e não permitir que o indivíduo entre em um caso de caquexia, um caso de desnutrição. Pulmões: Fisiologia Hematose: substituição de dióxido de carbono por oxigênio (principal função); Proteção do organismo (participa de funções imunológicas); cels. de defesa no parênquima pulmonar. Produção de surfactante (pneumócitos II); Manutenção do equilíbrio ácido-base do organismo; Controle da pressão arterial: Enzima ECA (enzima conversora de angiotensina), presente nas células endoteliais principalmente nos pulmões e tb nos rins, converte angiotensina I em II. Angiotensina II promove aumento da pressão arterial por: (1) agir como um importante vasoconstrictor; (2) estimular a produção de aldosterona, favorecer a absorção de sódio e água. Renina produzida nos rins, o chegar no plasma, catalisa o angiotensinogênio à angiotensina I. Nos pulmões e nos rins, pela ação da enzima conversora de angiotensina (ECA), angiotensina I é convertida em angiotensina II. A angiotensina II atua diretamente nos rins, estimulando a troca Na+/H+ no túbulo proximal e aumenta a reabsorção de Na+ e HCO3-; Atua nas arteríolas causando vasoconstrição e também atua aumentando a sede e fazendo com que seja liberado o hormônio antidiurético (ADH). A angiotensina II também atua no córtex adrenal, fazendo com que haja a síntese e liberação de aldosterona, cuja função é estimular Carolina Varela e Mylena Gonzalez a reabsorção de sódio (Na+) e a secreção de potássio (k+) e hidrogênio (H+), agindo principalmente no ducto coletor. Manifestações Clínicas nas Enfermidades Respiratórias ● Dispneia: Dificuldade respiratória; ● Cianose: Coloração azulada pele/mucosa devido à hipóxia (baixa oxigenação do sangue); ● Dor torácica (pela dispneia, o indivíduo faz um grande esforço, especialmente com a musculatura acessória para tentar expelir o ar que ficou acumulado). ● Tosse: Mecanismo reflexo que promove a expulsão de ar das vias aéreas de forma abrupta. ● Expectoração: Eliminação por meio detosse de material contido no interior da árvore respiratória; ● Hemoptise: Eliminação de sangue proveniente da árvore respiratória; ● Cor pulmonale: hipertrofia ventricular direita (manifestação cardíaca em consequência ao curso da doença pulmonar). Cor pulmonale Caracterizada por hipertrofia ventricular direita, devido à hipertensão pulmonar causada por doenças que afetem a estrutura e/ou função pulmonar. Manifestações: dispneia, taquicardia, dor torácica e retenção de líquido com tendência a edema. Encontrada em doenças pulmonares crônicas (DPOC). Na segunda imagem estão ilustradas a pequena e a grande circulação e, a partir das estruturas do coração, a rede de vasos sanguíneos. Então o sangue chega no átrio direito, atravessa e vai para o ventrículo direito. Do VD, o ventrículo contrai e o sangue é jogado para a artéria pulmonar e Carolina Varela e Mylena Gonzalez haverá o processo de troca gasosa. Retorna, então, ao átrio esquerdo, ventrículo esquerdo e de de lá à aorta. Se eu imagino, na região de pulmão, o parênquima pulmonar como edema, por exemplo, a rede capilar pode estar sofrendo pressão de fora para dentro por conta desse edema. Assim, o sangue, para passar por essa rede de vasos sanguíneos, terá que fazer maior pressão para vencer a resistência que está encontrando no parênquima pulmonar, quer seja pela presença de fibrose ou edema. Então, em função disso, a musculatura do ventrículo direito vai ter que ficar mais forte e se dilata, levando à situação de hipertrofia do VD, Então Cor pulmonale é uma condição de hipertrofia do VD, causado por problema pulmonar (retenção de líquido, fibrose, ou seja, uma alteração do parênquima pulmonar). Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC) Definição: Obstrução crônica ao fluxo aéreo; → indivíduo irá manifestar broncoespasmo, ↑ produção de muco e destruição de tecido pulmonar (o tecido perde a sua funcionalidade); → aumento do estresse oxidativo e das citocinas pró-inflamatórias (paciente suscetível à proteólise e, portanto, à caquexia); → progressão lenta e irreversível (o indivíduo tende a piorar ao longo do tempo). Duas enfermidades: Bronquite crônica e enfisema. Epidemiologia: ● Problema de saúde pública no mundo; ● Impacto negativo na força de trabalho da população (perda de produtividade e renda); ● Mortalidade por DPOC continua aumentando; ● Brasil → 7,5 milhões de pessoas. Fatores de risco da DPOC Tabagismo (principal) → resposta inflamatória anormal dos pulmões; Genética; Deficiência de enzimas (alfa 1-antiprotease e alfa 1-antitripsina) inibidoras de proteases (destruição do tecido pulmonar); Deficiência de antioxidantes → também leva à ativação de proteases; Álcool → efeito maléfico na produção de surfactante (é importante para reduzir a tensão superficial. O ar terá que atravessar um ambiente que é gasoso e entrar na célula que é um ambiente líquido. O surfactante favorece a passagem do oxigênio entre esses ambientes); Poluição e fatores ocupacionais (indivíduos que trabalham em mineradoras, poluição ambiental em cidades muito industrializadas…) Carolina Varela e Mylena Gonzalez Formas de DPOC BRONQUITE CRÔNICA: obstrução das pequenas vias aéreas com inflamação e muco, normalmente decorre da exposição prolongada ou recorrente a infecções ou agentes irritantes não infecciosos. Indivíduos com peso normal; a hipoxemia é proeminente nesses pacientes; os valores de hematócrito são maiores; desenvolvendo-se cor pulmonale. ENFISEMA PULMONAR: destruição do tecido pulmonar. Indivíduos que apresentam a DPOC na forma de enfisema pulmonar são geralmente magros, caquéticos; geralmente mais velhos, apresentam hipoxemia leve, desenvolve-se cor pulmonale. Essas duas condições acima se manifestam de forma diferente. DPOC - Tipo Bronquiolítico Paciente gordo-brevilíneo; Pode apresentar presença de dispneia; Intensa cianose central, coloração púrpura azulada da pele e mucosas (deficiência de oxigênio no sangue). DPOC - Tipo Enfisematoso Soprador rosado; Paciente magro-longilíneo; Presença de dispneia com acentuada hiperinsuflação do tórax. Efeitos Adversos da DPOC sobre o Estado Nutricional Gasto energia aumentado: trabalho de respiração aumentado (↑ 15-17% TMB) e infecção (na medida em que acumula secreção no interior da sua árvore respiratória, essa secreção é meio de cultura para o crescimento bacteriano); Redução do aproveitamento dos nutrientes → hipóxia (para adequada metabolização dos nutrientes, a concentração de oxigênio é importante); Ingestão reduzida: brevidade de fôlego (dificuldade de mastigação e deglutição), anorexia (TNF, medicamentos), úlcera péptica; Efeitos de medicamentos: náuseas, vômitos, boca seca, irritação gástrica, taquicardia → ↓apetite; Limitações adicionais: dificuldade no preparo dos alimentos → fadiga (se o indivíduo morar sozinho, por exemplo, essa será uma limitação adicional que certamente irá prejudicar o EN). Carolina Varela e Mylena Gonzalez Desnutrição na DPOC ● Desnutrição é multifatorial; ● Incidência; 10-26% pacientes ambulatoriais; 47% pacientes hospitalizados. ● Indicador de mau prognóstico; 51% de mortalidade por DPOC após 5 anos. ● Fator de risco de mortalidade independente; Potencialmente modificado através da dieta (papel do nutricionista é essencial no prognóstico da doença). Impacto da Desnutrição sobre o Sistema Respiratório ● ↓ AAs e ferro → ↓ concentração de hemoglobina → ↓ da capacidade de transporte de oxigênio; ● deficiência de vitamina C → ↓ da produção de colágeno (que está no tecido conjuntivo de suporte dos pulmões); ● Cálcio, magnésio, fósforo e potássio → comprometimento da função dos músculos respiratórios; ● ↓ oferta de ptn e fosfolipídios → Prejuízo da função do surfactante → colapso alveolar e aumento do trabalho respiratório; ● Hiponatremia (↓[Na+] plasma) → Favorece a situação de Edema pulmonar; ● Atrofia do tecido linfoide → Mais suscetível à infecções pulmonares oportunistas. Podemos entender, então que a DPOC leva à desnutrição e que, por outro lado, a desnutrição agrava o quadro de DPOC. Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas ● Diagnóstico História clínica → dispneia ao esforço e tosse; Exame físico → tórax hiperinsuflado e tempo expiratório prolongado; Prova de função respiratória; Exames complementares → raios X de tórax. ● Tratamento Corticosteroides; Anti-inflamatórios (podem ter impacto, especialmente, sobre a mucosa gástrica); Teofilina (aumenta a frequência respiratória) Broncodilatadores (bombinhas, aerossóis); Vacinação (antiinfluenza e antipneumocócica). Carolina Varela e Mylena Gonzalez Asma Brônquica Se caracteriza pela resposta aumentada das vias aéreas, devido a estreitamento ou obstrução crônica na expiração. Esta obstrução normalmente é por broncoespasmo e aumento na produção de muco ou seja os brônquios reagem a estímulos irritantes diversos como alergias, frio, stress, poluição e atividades ocupacionais. É mais frequente em crianças. O quadro clínico se caracteriza por dispneia c/ chiado, tosse com expectoração e cianose. Anatomia Pulmonar e Distúrbios das Vias Aéreas A imagem acima ilustra muito bem essas 3 condições. Na figura A, é possível observar um indivíduo com a árvore respiratória normal. Por outro lado, na bronquite crônica, o lûmen da árvore respiratória está reduzido pela presença de secreção no seu interior, obviamente o oxigênio irá encontrar uma maior dificuldade para chegar ao vaso sanguíneo. No caso da asma, é possível observar também o acúmulo dessa secreção, que muitas vezes é uma secreção esbranquiçada. Além disso, é possível observar que a árvore respiratória está diminuída em calibre, justamente pelo processode broncoconstrição. Então a musculatura lisa ali ficou mais tensa, contraiu e, com isso, diminuiu o fluxo de ar na árvore respiratória. Na condição D, que representa o edema, é possível observar a destruição do parênquima pulmonar. Avaliação do EN de Pacientes com Enfermidades Respiratórias Exame físico; Antropometria (Peso, IMC, PCT, CMB, Bia); Avaliação laboratorial (Ptns séricas, Hb, Linf.); Avaliação consumo alimentar (Rec. 24h e Frequência de Consumo); Avaliação subjetiva global; MUST, Malnutrition Universal Screening Tool. Dietoterapia nas Enfermidades Respiratórias Objetivos: Melhorar o estado nutricional; Preservar função respiratória; Carolina Varela e Mylena Gonzalez Otimizar a capacidade de exercício e qualidade de vida; Corrigir desequilíbrio hídrico; Controlar a interação fármaco-nutriente (interfere negativamente no consumo e na absorção de nutrientes. Controlar na medida do possível, já que esse paciente precisará, sim, ingerir vários fármacos). Valor energético total (VET): DPOC → hipermetabolismo (↑ 15% a 20% do gasto energético) → aumento das necessidades energéticas. - normo a hiperenergética. - 25 a 35 kcal/kg de peso/dia ou - Fórmula de Harris-Benedict . FI: 1,5 a 1,7. Suplementação de 300 – 900 kcal/d, 2–3 meses para resgatar o EN dos indivíduos. (Stratton & Elia, 2007) Falência respiratória aguda (IRA) com ventilação mecânica → controlar ingestão de calorias → prevenir produção de CO2. 25 a 30 kcal/kg de peso/dia. COVID, por exemplo. Proteínas 1,2 a 1,5 g/kg de peso/dia; hiperproteica. >1,5 a 2,0 g/kg de peso/dia (pacientes desnutridos); Suplementação com aminoácidos de cadeia ramificada (valina, leucina e isoleucina) - necessita de mais estudos. Alegação: melhora do quadro respiratório (devido hipertrofia muscular). Suplementação de Aminoácidos de Cadeia Ramificada Estudos têm mostrado que as concentrações plasmáticas de aminoácidos de cadeia ramificada são reduzidas em pacientes com DPOC (Hofford et al, 1990; Engelen et al., 2000; Yoneda et al., 2001); BCAA - Estimulam síntese proteica via mTOR (leucina principalmente); necessita maior comprovação científica. Suplementação da DPOC – poucos estudos, maioria suplementação enteral (Wandrag et al., 2015). Suplementação de HMB Protocolo de suplementação: 3g/dia – 7 d. Grupo HMB: ↓ glóbulos brancos, PCR, Cr e ↑ colesterol e PTN total. Estudo sugere que HMB pode ter efeitos anti-inflamatórios e efeito anticatabólico e melhorar a função pulmonar. Necessários estudos por períodos + longos. Carolina Varela e Mylena Gonzalez Carboidratos nas Enfermidades Respiratórias Carboidratos 50% a 60% do VET; normoglicídica (nem sempre foi assim, antigamente era uma distribuição reduzida) Excesso → ↑ produção de CO2 (↑ frequência respiratória) e lipogênese (esteatose hepática); Quociente Respiratório (QR) = 1,0. Lipídios nas Enfermidades Respiratórias Lipídios 25% a 35% do VET; normolipídica - Atenção para qualidade lipídica da dieta. AGPI da série n-3 Efeito antiinflamatório; Ácidos graxos ômega 3 podem contribuir para manter a função ventilatória; Ingestão de ácidos graxos ômega 3 nos maiores quintis foi associada ao maior volume expiratório forçado e maior capacidade vital (Garcia-Larsen et al., 2015; Leng et al., 2017). Suplementação de AGPI da série n-3 Evidência científica quanto ao protocolo não consolidada - Dose/Tempo (não se sabe ainda) Estudos ≠ protocolos e avaliação de ≠ desfechos: →Broekhuizen et al., 2005. 9 cápsulas 1g/d de uma mistura de óleos (3,4g n-3 PUFA), 8 sem. →Fulton et al., 2017. 6 cápsulas de 1g/d de óleo de peixe (3,6g n-3 PUFA), 16 sem, inconclusivo. →Ogasawara et al., 2018. 1g/d EPA, suplementação oral, durante hospitalização. →Calder et al., 2018. Fórmula comercial, 230 kcal, 2g/d n-3 e D3, 12 sem. Ainda não existe um protocolo consolidado para assumir com um bom nível de evidência para o paciente com DPOC. Apesar da prescrição não ser contraindicada. O estudo acima é um ensaio clínico randomizado controlado e fala a respeito da dieta para catequixia no paciente com DPOC. O estudo tem um aspecto negativo pois refere o conflito de interesse. Os pacientes receberam uma suplementação de cerca de 230 kcal contendo 2g de ácidos graxos ômega 3 e 10 µg de vitamina D3. Carolina Varela e Mylena Gonzalez ~230 kcal; 2 g de ácidos graxos ômega-3; 10 µg de 25-hidroxi-vitamina D3), 2x/d, 12 sem; Grupo controle com suplemento isocalórico; Resultados mais positivos no grupo teste; Fórmula bem toleradas, com bom perfil de segurança. Efeitos positivos sobre: pressão arterial, lipídios séricos, fadiga induzida pelo exercício e dispneia; Poderia ser clinicamente benéfica no suporte nutricional em pacientes com DPOC. Mas apresenta conflito de interesse. Micronutrientes nas Enfermidades Respiratórias Micronutrientes Para muitas doenças, não existem valores estabelecidos de micronutrientes. Por isso é importante avaliar quais micronutrientes são mais facilmente espoliados naquelas condições. O nutricionista pode suplementar até a UL, mas, em alguns casos, uma suplementação superior é maior. E isso não é atribuição do nutricionista. Atender às recomendações dietéticas (DRI); Acredita-se que dieta enriquecida com antioxidantes (vitamina C, retinois e oligo-elementos como cobre, zinco e selênio) podem limitar a destruição do tecido pulmonar por proteases e proteger o organismo contra o desenvolvimento da DPOC (Hanson et al., 2014; Bentley et al., 2012; Keranis et al., 2010) Nenhum efeito benéfico da suplementação com suplementos antioxidantes (Tsiligianni et al., 2010); Pelo menos 5 porções de frutas e vegetais/dia (Long et al., 2018). Fumantes → ↑ necessidade de vitamina C. Poucos e inconsistentes os dados sobre os efeitos das suplementações antioxidantes na DPOC. McEvoy et al ., 2014 - Suplementação de 500 mg em gestantes fumantes. Wu et al., 2007 – Estudo randomizado e controlado por placebo, com 3 grupos: suplementação de vitamina E e vitamina C. Suplementação de Vitamina C na DPOC Em um estudo randomizado, tem-se grupos e a distribuição de participantes aleatória por esses grupos. McEvoy et al ., 2014 - Suplementação de 500 mg em gestantes fumantes e foi avaliado a função pulmonar no recém-nascido – diminuição dos efeitos do tabagismo materno avaliado em testes de função pulmonar do recém-nascido. Carolina Varela e Mylena Gonzalez Suplementação de Vitamina C e Vitamina E na DPOC Estudo randomizado e controlado por placebo e com 3 grupos experimentais: um grupo recebeu suplementação vitamina E (400 mg/d), outro vitamina E (200 mg/d) e o outro vitamina C (250 mg/d). Suplementação de vitamina E ou C por 12 semanas pode melhorar a resistência de DNA de leucócitos contra o estresse oxidativo da DPOC. Portanto, poderia ser uma recomendação dessas vitaminas para essa população. 4 grupos: NAC (N acetilcisteína) (600 mg); Vit C (500 mg); NAC+Vit C (600 e 500) e Placebo. Período: até 6 meses Desfechos: Peso, IMC, parâmetros antropométricos, dosagem sérica de vitaminas antioxidantes, avaliação da capacidade antioxidante, glutationa plasmática (pp resultado). Resultados: Melhora da capacidade antioxidante. Conclusão: Suplementação de NAC ou Vit C podem ser benéficas na DPOC. Sobre os micronutrientes nas enfermidades respiratórias: Atender às recomendações dietéticas (DRI); Cálcio (1200 mg/dia) Magnésio (350 mg/dia) -> até onde o nutricionista pode chegar. Fósforo (700 mg/dia) Deficiência de fósforo, cálcio e magnésio → ↓ função do músculo diafragmático; Sempre importante fazer monitoração sérica. Suplementação de fósforo, cálcio e magnésio em caso de deficiências. Dietoterapia nas Enfermidades Respiratórias(continuando…) Osteoporose é comum na DPOC, resulta de vários fatores, em destaque corticosteroides e tabagismo (Ionescu & Schoon, 2003); Em geral, esses pacientes usam corticosteroides para controle da sua enfermidade. E seu uso crônico depleta, principalmente, o cálcio ósseo. Carolina Varela e Mylena Gonzalez Deficiência de vitamina D é prevalente na DPOC (Forli et al., 2004); extremamente importante para a absorção do cálcio. Avaliar deficiências (Long, Stracy, Oliver, 2018); Suplementação de vitamina D (10 mcg/dia = 400 UI/d) inverno e outono (NHS, 2017) e cálcio. Eletrólitos nas Enfermidades Respiratórias: Pacientes com cor pulmonale e subsequente retenção hídrica podem necessitar de restrição de sódio e líquidos. Dependendo do diurético usado pode ser necessário reposição de potássio. Sódio → evitar o excesso devido possibilidade de retenção hídrica e cor pulmonale. Recomendação: 2 a 3 g/dia. Evitar enlatados, embutidos e carnes processadas. Potássio → pode estar diminuído → devido ao uso de diuréticos e alcalose respiratória → avaliar necessidade de reposição; DRI: 3500 mg/dia. Alimentos-fonte de potássio: frutas e hortaliças. Suplementação de Selênio e Função Respiratória ● Suplementação de selênio ou selênio + vit E (Cassano et al., 2015) – suplementação visando prevenção de Câncer de próstata. 200 mcg/dia de L-selenometionina isolada ou em combinação com vitamina E (400 UI/dia acetato de alfa-tocoferol) por em média 3 anos → Na verdade, encontrou-se no estudo, atenuação do declínio da função respiratória. Líquidos: 1 mL/kcal → Atuam aumentando a fluidez da secreção brônquica e importante na xerostomia (decorrente de broncodilatadores); É preciso ter uma boa ingestão hídrica, dependendo da situação do paciente. Cor pulmonale e edema de pulmão → restrição hídrica. Consistência: Ajustada à necessidade do paciente; Dispneia → dieta branda ou pastosa (mais fácil aceitação) Fracionamento e Volume: 5 a 6 refeições/dia de volume reduzido; Adequação da medicação ao fracionamento da dieta. OBS: refeições volumosas → fadiga e anorexia. Carolina Varela e Mylena Gonzalez Temperatura → evitar os extremos → ↑ tosse. Fibras: Muitas vezes o paciente cursa com constipação intestinal → aumentar gradativamente de acordo com a aceitação do paciente; Cereais integrais, frutas e hortaliças; Alimentos laxativos = mamão, laranja, abacaxi, uva, manga, ameixa preta e aveia. Evitar alimentos flatulentos: Leguminosas, grãos integrais, cebola, repolho, couve-flor, pepino e pimentão) → distensão abdominal. O paciente já tem distensão do gradil costal. Se ainda tiver uma distensão abdominal, muito pior será a ingestão. Orientar, por exemplo, sobre as técnicas de preparo para melhorar a flatulência. Conduta nutricional ajustada à sintomatologia: Anorexia: Dieta fracionada. Priorizar a oferta dos alimentos de preferência. Iniciar ingestão com alimentos de maior densidade energética (DE). Saciedade precoce: Iniciar ingestão com alimentos de maior DE. Preferência aos alimentos mais frios. Limitar a ingestão de líquidos às refeições (somente uma hora após as refeições). Dispneia: Uso de medicamentos broncodilatadores fora do horário das refeições e, se indicado, empregar estratégias de liberação de secreções antes das refeições. Deve-se descansar antes das refeições. Ingestão de alimentos lentamente. Flatulência: Deve-se evitar a ingestão de alimentos flatulentos (couve, repolho, brócolis, cebola, feijões etc), bem como aqueles que contenham gases (refrigerantes e águas gaseificadas). Ingestão de alimentos lentamente. Consumir menor quantidade de alimentos, com maior frequência. Fadiga: Descansar antes das refeições. Escolher alimentos de fácil preparo. Ter sempre alimentos preparados para os períodos em que ocorre um aumento da fadiga. Constipação intestinal: Aumentar a ingestão de fibras facilmente mastigáveis. Carolina Varela e Mylena Gonzalez Aumentar a ingestão de líquidos. Alimentos laxativos. Problemas dentários: Modificação na consistência da dieta. Encaminhamento serviço odontológico. Terapia Nutricional na DPOC Alimentação convencional não atende as necessidades nutricionais do paciente → suporte nutricional; Suplementos nutricionais por via oral; Adição de leite em pó, creme de leite, óleos, margarinas, suplementos protéicos e/ou calóricos. Via Enteral: Via oral ineficaz, presença de disfagia e negação de ingerir alimentos por via oral; Enteral caso a via oral não seja eficiente. Posicionamento da sonda – entérico → risco de broncoaspirar; Tosse → pode haver deslocamento da sonda Uso de bombas infusoras e infusão contínua; para que o paciente consiga ingerir a mesma quantidade em termos de valor energético. Preferir formulações hipercalóricas. Fórmulas enterais específicas para pneumopatias: Respifor 125 mL ® (Support); Pulmocare® (Abbott) = OXICARE 1000 mL®; Pulmo-Diet® (Support); NovaSource Pulmonary® (Nestlé); Total Nutrition Pulmo® (Nuteral). Carolina Varela e Mylena Gonzalez Terapia Nutricional Parenteral na DPOC Via Parenteral: - Impossibilidade de utilizar o TGI; - Complicações da nutrição parenteral: Mais suscetível à Infecção; Deficiência de ácidos graxos essenciais; Pneumotórax. - Avaliar hipercapnia e dislipidemias. Tuberculose (TB) Doença infecto-contagiosa grave A bactéria pode acometer o pulmão, mas sabemos que existem bactérias em outros locais. Normalmente o indivíduo apresenta uma perda de peso muito expressiva. Agente etiológico: Bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK) em sua homenagem ao cientista alemão Robert Koch que isolou a bactéria (1882). Sintomas: sudorese noturna (assim como em várias outras doenças), fadiga, hemoptise, tosse, febre, expectoração. Diagnóstico de Tuberculose: PPD Diagnóstico de Tuberculose: IGRA Testes utilizando amostras de sangue para comparar a produção de IFN-gama liberado pelas células em resposta a antígenos. São ferramentas de diagnóstico para infecção latente por tuberculose (ILTB). Importante para os pacientes que irão utilizar alguma terapia que levará à depressão do sistema imunológico. São marcadores substitutos da infecção por Mycobacterium tuberculosis e indicam uma resposta imune celular ao M. tuberculosis. Carolina Varela e Mylena Gonzalez Exame dispendioso (R$ 250 – 300,00). Não é realizado pela rede pública. Diagnóstico de Tuberculose: Raios X Características marcantes da doença: - longo período de latência entre a infecção inicial e a apresentação clínica da doença (grande parte dos casos 12 meses após contaminação); o indivíduo pode ter se contaminado e não sabe. - preferência pelos pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo como ossos, rins e meninges; - resposta granulomatosa associada à intensa inflamação e lesão tissular. Problema global de saúde pública voltando a ocupar papel de destaque entre as principais doenças infectocontagiosas; Principais causas para problema: - falta de adesão dos pacientes aos esquemas terapêuticos, com duração de 6 - 9 meses; indivíduo passa a doença adiante e é uma Tuberculose multirresistente, já que por muito tempo esse paciente fez o tratamento, mas não terminou. - aparecimento de cepas de TB multirresistentes (resistência aos fármacos isoniazida e rifampicina); - co-infecção com o vírus HIV. Mortalidade: + 2 milhões de morte/ano; TB é a principal causa de morte entre os pacientes HIV+; Doença associada à pobreza e desnutrição. Tuberculose e Desnutrição Doença ↔ desnutrição; Doença catabólica (↑ de citocinas pró-inflamatórias); ↓ ingestão alimentar Impacto dos fármacos sobreo EN - TB →DEP - EN comprometido favorece TB (sistema imune ↓) - TB→ Depleção de micronutrientes -Deficiências comuns na tuberculose: Vitaminas: A, C, D, E e B6. Minerais: zinco e selênio. Carolina Varela e Mylena Gonzalez Vacinação Vacinação – vacina disponível para a doença, a BCG (Bacilo de Calmette-Guérin), previne o desenvolvimento de TB fatal em crianças e jovens, sua eficácia de proteção contra a doença pulmonar em adultos é questionável. Tratamento Medicamentoso Antibióticos (esquema RIPE). Doença curável em praticamente 100% dos casos se tratamento for administrado corretamente. Dispensação pública (posto de saúde). Isso não garante que o paciente concluirá o tratamento. Esquema RIPE Intervenção para a Tuberculose: Farmanguinhos produz a medicação que é dispensada para os indivíduos por meio dos postos de saúde. Quatro fármacos combinados em um único comprimido. Rifampicina Isoniazida (INH) Pirazinamida Etambutol Tuberculose - Tratamento Esquema básico de tratamento para idade maior ou igual a 10 anos Utiliza uma fase intensiva e uma fase de manutenção. Recebe os comprimidos na dosagem de acordo com as individualidades (peso). Efeitos Adversos do Tratamento Medicamentoso Isoniazida (INH): - Pode causar neuritis por depletar a piridoxina (B6); - Interfere no metabolismo da vitamina D; - Diminui absorção de cálcio e fósforo. - Depleção de Niacina e B12. - Distúrbios GI: Náuseas, boca seca e vômitos. Rifampicina - anorexia e distúrbios GI. Pirazinamida – Anemia, icterícia, distúrbios GI, ↑ ac. Carolina Varela e Mylena Gonzalez úrico; Etambutol - ↑ ac. úrico; ↓ plaquetas, coceira, alergias. Terapia Nutricional em Tuberculose VET = Hipercalórico – alto percentual de desnutrição em pacientes com tuberculose >30 a 50 kcal/kg/dia – recomendação paciente HIV+ Uso de suplementos Distribuição de macronutrientes: PTN = Hiperproteica (15%–30%) LIP = Normolipídica (25%–35%) CHO = Normoglicídica (45%–65%) Micronutrientes - Deficiências comuns na tuberculose: Vitamina A, C, D, E, B6, zinco, selênio. Vitaminas e Minerais: Vit A: função imune (proliferação de linfócitos T, função de linf. B e T, geração de anticorpos, ↑atividade de macrófagos); Vit C: > demanda pela infecção; regeneração tecidual; Vit D e Cálcio: efeito colateral da medicação (INH); Complexo B, especialmente B6 – depletada pela Isoniazida; metabolismo energético. Objetivos: Avaliar os efeitos dos suplementos nutricionais orais em pessoas em terapia para tuberculose ativa. Suplementação energética: 6 ensaios avaliaram o fornecimento de alimentos ou suplementos energéticos (até +1000 kcal). Os estudos disponíveis eram pequenos demais para provar os benefícios clínicos sobre mortalidade , cura ou término do tratamento – qualidade da evidência baixa ou muito baixa. A suplementação provavelmente produz um aumento modesto no ganho de peso durante o tratamento da tuberculose ativa, embora isso não tenha sido visto de forma consistente em todos os ensaios. Conclusão: Atualmente, não existem pesquisas suficientes para saber se o fornecimento rotineiro de alimentos ou suplementos energéticos melhora a Carolina Varela e Mylena Gonzalez tuberculose, mas provavelmente melhora o ganho de peso em algumas situações. Suplementação de micronutrientes: A suplementação rotineira de micronutrientes pode ter pouco ou nenhum efeito sobre a mortalidade. Não há evidências suficientes para saber se a suplementação contribui para a cura (sem estudos) ou término do tratamento - evidência de qualidade muito baixa. As concentrações plasmáticas de vitamina A parecem aumentar após o início do tratamento da tuberculose, independentemente da suplementação. A suplementação provavelmente melhora as concentrações plasmáticas de zinco, vitamina D, vitamina E e selênio, mas isso não demonstrou ter benefícios clinicamente importantes. Apesar de vários estudos sobre suplementação de vitamina D em diferentes doses, não foram demonstrados benefícios estatisticamente significante na conversão do escarro. Conclusão: Embora as concentrações plasmáticas de algumas vitaminas possam ser baixas em pessoas que iniciam o tratamento para tuberculose ativa, atualmente não há informações confiáveis de que a suplementação rotineira acima das quantidades diárias recomendadas traz benefícios clínicos. Asma Metanálise: 40 estudos, a ingestão de vitamina A foi significativamente menor em pessoas com asma do que naqueles sem asma. Suplementação na Asma O que parece é que as formulações são interessantes em algumas questões (como peroxidação de lipídios e a concentração de PCR). Não existe poder de comparação em termo de composição dessas fórmulas. Cada uma é de uma forma. Asma e Suplementação de Vitamina D Carolina Varela e Mylena Gonzalez Também foi uma revisão sistemática com metanálise. Incluídos estudos com diferentes protocolos; Protocolos de suplementação oral de 500 a 2000 UI/d parecem eficazes para evitar a exacerbação da Asma e poderiam ser utilizados como suplementação para esses pacientes. Mas o objetivo principal não foi avaliar a concentração de Vitamina D no plasma. O estudo teve interesse em avaliar a exacerbação da asma. Um paciente com doença crônica, o cut off vai para 30 (ponto de corte mais elevado). Como asma é uma doença crônica, o que se espera é que o paciente sempre consiga manter a vit. D acima de 30, independente do protocolo de suplementação que ele esteja fazendo. Assim, possivelmente ele terá uma menor exacerbação do seu quadro asmático. Conclusão Nutrição exerce um papel significativo no tratamento das doenças respiratórias, principalmente na DPOC e tuberculose. Os profissionais nutricionistas devem estar atentos ao estado nutricional de macro e micronutrientes, intervir com dietas e suplementações necessárias visando a melhor a qualidade de vida e o prognóstico dessas doenças. Carolina Varela e Mylena Gonzalez
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