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SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL EAD EDIÇÃO: JANEIRO/2023 EAD DIRIGENTES | PRESIDÊNCIA Prof. Dr. Clèmerson Merlin Clève | REITORIA Profª. Me. Albertina Nascimento | DIRETORIA DE ENSINO Profª. Me. Daniela Ferreira Correa | DIRETORIA EXECUTIVA Profª. Esp. Silmara Marchioretto | COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DE GRADUAÇÃO EAD Prof. Me. João Marcos Roncari Mari | COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DE PÓS-GRADUAÇÃO EAD Prof. Me. Marcus Vinícius Roncari Mari | AUTOR Prof. Me. Gustavo Silva Oliveira | SUPERVISÃO DA PRODUÇÃO DE MATERIAIS EAD Esp. Idamara Lobo Dias | PROJETO GRÁFICO Esp. Janaína de Sá Lorusso Esp. Cinthia Durigan | DIAGRAMAÇÃO Renata Arins | REVISÃO Marilene Wojslaw Pereira Dias | PRODUÇÃO AUDIOVISUAL Esp. Dante Candal Estúdio NEAD (Núcleo de Educação a Distância) - UniBrasil | ORGANIZAÇÃO NEAD (Núcleo de Educação a Distância) - UniBrasil | IMAGENS Shutterstock FICHA TÉCNICA SUMÁRIO UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L UNIDADE 01 - FUNDAMENTOS DA GESTÃO AMBIENTAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ...........................................................6 INTRODUÇÃO ........................................................................................7 1. CONCEITOS DO MEIO AMBIENTE ................................................7 1.1 Meio Ambiente ...............................................................................7 1.2 Impacto Ambiental ........................................................................8 1.3 Ecossistema ....................................................................................8 1.4 Recursos Naturais ..........................................................................9 1.5 Biosfera e Bioma ..........................................................................10 2. HISTÓRICO DA PROTEÇÃO AMBIENTAL .....................................11 2.1 A conscientização da proteção ambiental .....................................11 2.2 Década de 1960 ...........................................................................12 2.3 Década de 1970 ............................................................................13 2.4 Década de 1980 ...........................................................................14 2.5 Década de 1990 e o início do século XX .........................................14 3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ...........................................16 3.1 Social ...........................................................................................16 3.2 Econômica ....................................................................................17 3.3 Ambiental ....................................................................................18 3.4 Responsabilidade social ...............................................................18 4. CONCEITOS DA GESTÃO AMBIENTAL .........................................20 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................21 UNIDADE 02 - SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM .........................................................22 INTRODUÇÃO ......................................................................................23 1. NORMAS AMBIENTAIS ...............................................................23 2. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS ....................24 3. CICLO PDCA .................................................................................27 4. AS NORMAS ISO 14000 ...............................................................28 SUMÁRIO UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L 5. A NORMA 14001 ..........................................................................30 5.1 Política ambiental ........................................................................31 5.2 Planejamento ...............................................................................31 5.3 Implementação e operação ..........................................................32 5.4 Verificação ....................................................................................34 5.5 Análise pela administração ..........................................................34 6. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO – SIG .................................35 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................36 UNIDADE 03 - CONTROLE AMBIENTAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM .........................................................38 INTRODUÇÃO ......................................................................................39 1. CERTIFICAÇÕES E AUDITORIAS ...................................................39 1.1 Certificações Ambientais ..............................................................39 1.2 Auditorias dos Sistemas de Gestão ...............................................40 2. LEVANTAMENTO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS (LAIA) ...........................................................................................41 3. METODOLOGIAS PARA LEVANTAMENTO DOS IMPACTOS AMBIEN- TAIS ..............................................................................................42 3.1 Métodos Espontâneos (Ad hoc) ....................................................43 3.2 Método da Listagem de Controle (Checklist) .................................43 3.1 Mapas de Superposição (Overlays) ...............................................44 3.2 Redes de interação ......................................................................44 3.3 Métodos quantitativos .................................................................44 3.4 Modelos de Simulação ..................................................................45 4. CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ...........................45 4.1 Abrangência .................................................................................45 4.2 Reversibilidade ............................................................................46 4.3 Prazo de manifestação ..................................................................46 4.4 Magnitude ...................................................................................47 4.5 Cumulatividade e Associação .......................................................47 SUMÁRIO UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L 5. LICENCIAMENTO AMBIENTAL ....................................................47 5.1 Responsabilidades do Licenciamento Ambiental ..........................48 5.2 Tipos de Licenças .........................................................................48 6. ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) ..................................50 6.1 Tipos de EIA ..................................................................................50 7. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) ...........................51 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................52 UNIDADE 04 - MUDANÇAS E QUESTIONAMENTOS DA QUESTÃO AM- BIENTAL NAS EMPRESAS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM .........................................................53 INTRODUÇÃO ......................................................................................54 1. AS EMPRESAS E O MEIO AMBIENTE ...........................................54 1.1 As organizações e os problemas de contaminação ........................55 1.2 Elementos externos que influenciam as organizações ...................56 1.3 Posicionamento das empresas .....................................................56 2. AS EMPRESAS E A COMUNIDADE LOCAL ...................................58 2.1 Governanças municipais ..............................................................58 2.2 Legislação Municipal .....................................................................59 2.3 Política ambiental de nível municipal ...........................................60 3. MARKETING VERDE ....................................................................623.1 Gestão ambiental em conjunto com o marketing verde ................62 3.2 Mix de marketing verde ................................................................63 4. RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL ..............................65 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................67 REFERÊNCIAS ......................................................................................68 UNIDADE https://qr.page/g/1Yz4h5ksFz0 https://qr.page/g/4BqFcpCPKjh VÍDEOS DA UNIDADE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 01 FUNDAMENTOS DA GESTÃO AMBIENTAL Esta Unidade tem por objetivo explanar os fundamentos da Gestão Ambiental, apre- sentando questões conceituais de Meio Ambiente, histórico e evolução da proteção ambiental e caracterização da Gestão Ambiental sob uma ótica empresarial. UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 7 INTRODUÇÃO A temática ambiental vem sendo cada vez mais discutida em todos os setores do mercado glo- balizado em qualquer parte do mundo. Mas cabe destacar que esta preocupação é algo bastante recente sob o ponto de vista histórico do sistema capitalista. Assim, as tratativas frente à preservação e conservação do meio ambiente ainda são bastante incipientes. Além disso, devem-se considerar dois fatores divergentes de total importância para a manutenção de um ecossistema equilibrado, como o aumento populacional crescente e a escassez dos recursos naturais. Neste sentido muitas ações já foram realizadas visando reduzir os impactos ambientais causa- dos pelas atividades antrópicas que comprometam a qualidade ambiental do planeta. Dentre estas ações destaca-se a gestão ambiental que surge da preocupação das organizações do mundo inteiro na década de 1990. No entanto, mesmo com os avanços para com o gerenciamento ambiental, muitas ainda são as tratativas necessárias para que não ocorra um colapso no planeta, comprometendo a atual e futura gerações. Frente a estas questões citadas, serão abordadas nesta unidade as temáticas em relação à fundamentação da Gestão Ambiental e conceitos de proteção ambiental que foram sendo assi- milados pelo ser humano ao longo do tempo. 1. CONCEITOS DO MEIO AMBIENTE O Meio ambiente configura-se como o local que envolve todos os fatores vivos e não vivos da terra e que afetam diretamente no funcionamento dos ecossistemas. Assim, compreende um agre- gado de unidades ecológicas que interagem, formando um sistema natural entre animais, vegetais, microrganismos, rochas, entre outros. 1.1 MEIO AMBIENTE Anteriormente ao entendimento de todas as ques- tões que envolvem os problemas ambientais na atuali- dade é de suma importância entender todos os fatores que compõem os conceitos voltados ao Meio Ambien- te. No Brasil, de acordo como a Resolução do CONAMA nº 381, de 2006, “Meio Ambiente é entendido como o agregado de condições, leis, influências e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em to- das as suas formas”. Assim, o Meio Ambiente é algo bastante complexo e amplo, sendo primordial para o desenvolvi- mento de qualquer atividade. Em vista disso, em função desta indispensabilidade, nas últimas décadas Figura 1 – Meio Ambiente UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 8 tem-se buscado abranger fatores de conservação e preservação em qualquer atividade que ocorre no ambiente. Outro ponto a explanar é em relação ao ambiente artificial que nada mais é que o am- biente construído pela sociedade e envolve as questões culturais, trabalho, convivência, entre outros. Em vista desta abordagem, as empresas estão cada vez mais engajadas em buscar o comprome- timento ambiental, por meio do controle de impactos ambientais das suas atividades. Tal postura se dá em virtude das legislações cada vez mais acirradas e restritivas no sentido de desenvolvimento de normativas e politicas que incentivem a proteção do Meio Ambiente, sob um ponto de vista de desenvolvimento sustentável. 1.2 IMPACTO AMBIENTAL Frente a este panorama a Resolução do CONAMA nº 381, de 2006, traz a abordagem de impacto ambiental como qualquer alteração que venha a ocorrer nas propriedades físicas, químicas e biológi- cas do meio ambiente, resultante de qualquer forma de matéria ou energia, das atividades humanas que afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais. Cabe destacar que os resultados destes impactos afetam diretamente na qualidade ambiental, além da saúde e bem estar de todos os seres vivos. No que tange os impactos ambientais, muitos são causados pela sociedade de maneira individualizada, no entanto os danos de maior relevância são causados pelo setor industrial. Figura 2 – Impacto ambiental causado pela indústria No entanto muitos dos impactos ambientais podem ser no sentido de melhorias, como: recu- peração de áreas degradadas, recuperação de nascentes de rios, entre outros. Além disso, alguns autores abordam o impacto ambiental classificado como local, em que se limita a região em que ocorreu e o impacto global que tem proporções mais graves e em diversos países. 1.3 ECOSSISTEMA É o conjunto constituído por todas as interações dos componentes abióticos (elementos quí- micos, físicos) e os bióticos (animais, plantas). Assim, por meio desta intercomunicação ocorre a UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 9 troca energética necessária ao desenvolvimento da vida no planeta. Deste modo, em virtude da complexidade e extensão do que conceitua o ecossistema a adotam-se distinções do meio terres- tre (florestas, montanhas e desertos) e aquático (lagos rios e oceanos). Figura 3 – Interações de um ecossistema Assim, para que todos os componentes estruturais dos ecossistemas vivam em harmonia os fatores bióticos e abióticos e a energia que representa a força que garante condicionantes funda- mentais para a vida. 1.4 RECURSOS NATURAIS Os recursos naturais são compostos pelos ele- mentos da natureza, dispostos para o uso antrópi- co tanto de maneira direta quanto indireta. Além disso, podem ser classificados por serem renová- veis ou não renováveis. Os recursos naturais renováveis configuram- -se como aqueles que são utilizados de maneira continua e têm a capacidade de regeneração ou reposição de maneira natural no meio ambiente. No entanto, mesmo com essa capacidade, alguns destes recursos demoram mais que os outros para se reestabelecerem, dessa forma corroborando para que se tornem escassos frente ao uso exces- sivo. São exemplos destes recursos: a água, ar e energia solar. Já os recursos naturais não renováveis, apresentam a principal característica de utilização limi- tada, tendo sua exploração esgotada ao longo do tempo sem se regenerar naturalmente. Dentre os exemplos destes recursos, tem-se o petróleo e minérios. Figura 4 – Recurso natural renovável UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 10 Figura 5 – Plataforma de petróleo 1.5 BIOSFERA E BIOMA A biosfera consiste no conjunto de sistemas vivos que compreendem todos os seres e a inte- ração destes com o ambiente físico. Ainda estas interações realizam a manutenção de um estado continuo de fluxo de energia. Deste modo a biosfera caracteriza-se pela interação com outras três camadas, dentre elas: • Atmosfera: configura-se como a dinâmica dos gases que envolvem a camada de ar da terra, em que fatores como chuvas, pressão atmosférica e umidade são diretamente relacionados a esta camada; • Litosfera: consiste na estrutura sólida e física do planeta, envolvendo as rochas, condicionan- tes de relevo e fatores internos relacionados à transformação e atuação;• Hidrosfera: apresenta a camada que compõe o ambiente da estrutura de água que, por sua vez compõe o ambiente da terra, representando cerca de 70% da superfície. Outro ponto de suma importância é o seu poder transformador dos climas, relevo e seus sistemas dinâmicos. Já o bioma consiste na vida animal e vegetal composta pelo conjunto de distintos tipos de ve- getação, identificadas de acordo com a escala regional, condicionantes geoclimáticas e mudanças históricas semelhantes. Figura 6 – Biomas UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 11 Aprimorando estes conceitos observamos que o bioma representa a área do espaço geográfico e suas dimensões de milhões de quilômetros quadrados, com atributos de uniformidade no clima e formação vegetal, fauna, solo, altitude, entre outros. Assim, estas características conferem a es- trutura e funcionalidade própria da ecologia do local. Acesse o link a seguir para saber mais sobre bioma: https://bit.ly/3cNZhi2. O conceito de bioma. Acta Bot. Bras. vol.20 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2006. Acesso em 17 set. 2020. SAIBA MAIS 2. HISTÓRICO DA PROTEÇÃO AMBIENTAL 2.1 A CONSCIENTIZAÇÃO DA PROTEÇÃO AMBIENTAL O meio ambiente natural é fundamental para a sobrevivência das pessoas, no entanto sabe-se que apenas recentemente as discussões em relação à proteção vêm sendo abordadas pela socie- dade. Além disso, muitas são as etapas a serem enfrentadas quanto aos conhecimentos técnicos e científicos frente à utilização dos recursos naturais. Neste contexto o surgimento da revolução industrial, juntamente com o capitalismo, resultou no uso excessivo dos recursos naturais em função do modelo de produção em massa em um curto intervalo de tempo. O desconhecimento da escassez dos recursos propagou o uso indiscriminado do ambiente sem a correta gestão. Figura 7 – Revolução industrial Diante destas questões o aumento da industrialização corroborou para o uso incorreto dos recursos, trazendo danos à sociedade. Principalmente no período pós-guerra em que o foco era a retomada do desenvolvimento econômico e o reestabelecimento de países como Alemanha e UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 12 Japão. Os desafios advindos no período pós-segunda guerra mundial, nas décadas de 1940 e 1950, visando o estabelecimento do sistema econômico internacional foram marcados pelas associações pioneiras em relação à proteção ambiental. Um dos momentos mais marcantes deste período foi no ano de 1952 em que Londres envol- veu-se em uma poluição do ar oriunda da indústria e, consequentemente, causou muitas mortes no período. Assim, este evento propiciou o surgimento de debates relacionados à qualidade do ar e à condução de legislações quanto à qualidade do ar em 1956. 2.2 DÉCADA DE 1960 Na segunda metade do século XX, em função da intensificação do desenvolvimento econômico em diversos setores, principalmente nos países desenvolvidos, em que a revolução industrial apa- rece com mais força os problemas se agravam e aparecem com maior frequência. Na década de 1960, diversos países começam a se preocupar com a escassez de recursos, favo- recendo as discussões quanto aos riscos da degradação do meio ambiente pelas ações antrópicas. Figura 8 – Escassez de recursos Tal período também foi marcado pelas discussões em função da perda de qualidade de vida, e do uso excessivo de produtos químicos e seus efeitos à natureza. Além disso, houve grande pres- são por parte da sociedade para que os estados tomassem decisões quanto às exigências das le- gislações ambientais. No ano de 1968, ocorreram alguns grandes encontros visando alinhar as estratégias para conter os problemas ambientais, dentre eles: • Encontro em Roma na Itália em que pessoas de 10 países de diversas áreas do conhecimen- to se reuniram visando buscar alternativas para os problemas enfrentados pela sociedade. Nascendo assim o Clube de Roma que tem por objetivo promover a novas iniciativas e planos de ação no mundo inteiro; • Assembleia das nações unidas realizando a conferência Mundial sobre o Meio Ambiente Humano; • Conferência sobre uso racional e conservação dos recursos disponíveis na Biosfera. UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 13 Diante da abordagem destes três eventos, ficaram expostos os debates frente às mobilizações buscando tratativas mais específicas para as questões ambientais. 2.3 DÉCADA DE 1970 Posteriormente a década de 1970, ocorreu na capital da Suíça em Estocolmo, a Conferência das Nações Unidas em relação às interações do homem com os recursos naturais. Assim, foi emitido um documento que aborda as tratativas da preservação e conservação do meio ambiente. Cabe destacar que o maior ganho com o documento foi de criar a continuidade dos debates e propostas de desenvolvimento que componha os limites de utilização dos recursos naturais. Deste modo, surgem de maneira bem incipiente as primeiras ferramentas de gestão ambiental, principalmente por esse período ser marcado por grandes acidentes ambientais. Figura 9 – Acidentes Ambientais Dentre eles, destaca-se o vazamento acidental de dioxina em Seveso na Itália em 1976, no qual foi abordado como um dos maiores efeitos danosos, resultado da falta de gestão com o Meio Ambiente. Para saber mais sobre o desastre ambiental de 1976 em Seveso, na Itália. Acesse o link a seguir e assista ao vídeo. Disponível em: https://bit.ly/3sMa0iw. Acesso em 17 set. 2020. VÍDEO Assim este período ficou conhecido como marco de controle da poluição em que ocorre a criação dos primeiros órgãos de controle ambiental ao redor do mundo, impondo leis e diretrizes nas ativi- dades produtivas. Como consequência, foram criadas as áreas protegidas chamadas de reservas da biosfera, nas quais agregam o conceito de conciliar a diversidade dos recursos com a sua exploração. UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 14 2.4 DÉCADA DE 1980 Em seguida, na década de 1980, as ações de caráter defensivo passaram a tomar uma postura de caráter mais ativo, considerando os custos com a proteção ambiental nos processos produtivos das empresas. Desta maneira, no ano de 1983, em função do aumento de todas estas preocupações, foi criada a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), com o principal intuito de verificar as relações do desenvolvimento econômico com o meio ambiente e propor medidas viáveis. Assim, a primeira demanda da comissão foi no sentido de propor uma agenda global para alternativas, como: • Estratégias ambientais para os anos 2000; • Cooperação entre países com as temáticas ambientais, em torno de um objetivo em comum; • Tratativas com as preocupações ambientais; • Agenda em longo prazo para resolver problemas ambientais. Além disso, no ano de 1987, a comissão divulga um informe chamado de Nosso Futuro Comum, em que foi considerado um dos mais representativos da época, pois trata das questões ambientais e desen- volvimento sustentável e buscando pautar nos países políticas efetivas para sanar os danos ambientais. Em termos de Brasil é instituída a Política Nacional do Meio Ambiente, trazendo consigo diretrizes e conceitos relacionados à degradação, poluição e qualidade ambiental. Tal período é marcado no país pelas exigências por parte do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) sobre os estudos de impacto ambiental (EIA) como instrumento para licenciar as organizações em virtude dos impactos inerentes às suas atividades. Diante destes apontamentos, a década é marcada pelo planejamen- to ambiental, pois foram tomadas decisões visando reduzir os impactos de degradação ambiental. 2.5 DÉCADA DE 1990 E O INÍCIO DO SÉCULO XX Após os avanços abordados nas últimas décadas, os anos de 1990 são marcados pelo gerenciamento ambien- tal. Fundamentalpara o modelo de mercado globalizado e compartilhamento de medidas cautelares com o ambiente. Neste período, surgem as ISOs (é a sigla de International Organization for Standardization), que visam o controle dos processos por meio de auditorias e outras tratativas de gestão ambiental. Além disso, estas medidas buscam acom- panhar as origens de matéria prima, utilização de fontes de energias, alternativas menos poluidoras e principalmente na gestão de resíduos sólidos e reciclagem. Cabe destacar que neste período o meio ambiente co- meça a ocupar um patamar de grande importância na agen- da global, tornando-se debatido em todos os encontros Figura 10 – Fontes alternativas de energia UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 15 nacionais e internacionais. Assim, esta década é caracterizada por grandes debates rumo a um consenso, em termo mundial, dos riscos que o planeta pode enfrentar se atitudes não sejam ado- tadas com o modelo de desenvolvimento estabelecido. Neste sentido, foi por meio da Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desen- volvimento (CNUMAD) no Brasil em 1992 que trouxe tratativas para avaliar politicas que gera efei- tos ambientais negativos. Assim, como resultado deste encontro definiram-se os tópicos a serem resolvidos nos anos seguintes, dentre eles: • Convênio sobre mudanças climáticas; • Agenda 21; • Princípios para gestão sustentável de florestas; • Declaração do Rio de Janeiro em relação ao Meio ambiente e ao desenvolvimento. Ademais, neste mesmo ano é criada a comissão do desenvolvimento sustentável para garantir a implantação das propostas da Rio 92 (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92). Diante do exposto, juntamente com estas abordagens de gerenciamento empresarial com a qua- lidade do ambiente, foram adotadas medidas para adequações das atividades do meio ambiente. Um dos grandes responsáveis por esta evolução é o mercado globalizado e o aumento da consci- ência do setor produtivo quanto às medidas de preservação, saúde da sociedade e estratégias em- presariais que agregam os conceitos de gestão ambiental. Figura 11 – Evolução da proteção ambiental Conscientização Ambiental Controle da Poluição Planejamento Ambiental Gerenciamento Ambiental Fonte: O autor (2020). Assim, a transformação da consciência ambiental passa por quatro momentos de fundamental importância, iniciando pela sociedade percebendo a necessidade da proteção ambiental. Posterior- mente, o avanço é rumo ao controle da poluição, em que as empresas buscam manter o cumpri- mento das exigências normativas e legais. Com respeito ao planejamento ambiental, o avanço é em relação às variáveis ambientais agregadas aos sistemas produtivos das empresas e por fim, a ado- ção da gestão ambiental como força motriz na prevenção e proteção ao ambiente. De acordo com Rovere et al. (2001) estas fases da proteção ambiental ocorreram de maneira interligada, apontan- do a evolução de um novo posicionamento de novas tratativas para proteger os recursos naturais. UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 16 3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O conceito de desenvolvimento sustentável aparece nos anos de 1980, período em que a pro- teção ambiental vem se encaminhando para um novo modelo. Principalmente com a publicação das estratégias de conservação mundial, explanadas no documento realizado pela IUCN (união in- ternacional para a conservação da natureza), denominado “Estratégias de conservação mundial: conservação dos recursos vivos para o desenvolvimento”. Deste modo o desenvolvimento sob uma ótica sustentável está diretamente relacionado ao crescimento urbano, uso racional dos recursos naturais e processos produtivos. Assim, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - CMMAD, (1991) cita os principais objetivos do desenvolvimento sustentável: • Reestruturação da tecnologia; • Gestão de risco; • Reorientação das relações econômicas internacionais. • Conservação e proteção da base de recursos; • Atendimento das necessidades essenciais por empre- go, água, energia, alimento e saneamento básico; • Garantia de um nível sustentável da população; • Desenvolvimento renovável; • Alterações de qualidade do crescimento; Para atender a demanda atual da sociedade as empresas precisam evoluir e adaptar-se à pressão do mercado, utilizando o gerenciamento para implantação de tecnologias e novas tratativas para ges- tão ambiental. Tal modelo aponta um sistema de valores em que a sociedade pressiona as empresas a adotarem alternativas que atendam a responsabilidade com a atual e com as futuras gerações. Assim, a sustentabilidade traz um panorama sob questões econômicas, sociais e ambientais bus- cando que o desenvolvimento socioambiental ocorra considerando todas as premissas necessárias para a qualidade ambiental. 3.1 SOCIAL Sob o ponto de vista social as atividades de desenvolvimento caminham juntas com a postura da sociedade com a responsabilidade social e valores culturais. Ainda tratar do capital humano está direcionado a ações para as empresas. Cabe destacar que o desenvolvimento social agrega todos os colaboradores do ambiente em- presarial e a sociedade como um todo. Figura 12 – Desenvolvimento sustentável UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 17 Figura 13 – Desenvolvimento social Deste modo, o posicionamento para adotar práticas socialmente responsáveis e justas tenta unir atividades saudáveis e efetivas, conciliando uma qualidade de vida para a população como um todo e coletivo. 3.2 ECONÔMICA O ponto de vista econômico aponta os processos produtivos ocorrendo de maneira rentável adotando a qualidade de vida acima da quantidade de produção. Assim, para as empresas conse- guirem ser economicamente sustentáveis necessitam produzir e gerenciar seus produtos e serviços de forma que se estabeleça uma competitividade justa e eficiente em relação ao mercado. Neste sentido, as empresas obtêm seus faturamentos considerando boas condições de trabalho aos seus colaboradores, além de evitar causar impactos ambientais negativos, indo assim a favor do conceito do desenvolvimento sustentável. Figura 14 – Desenvolvimento econômico Diante destas abordagens o desenvolvimento econômico agrega um gerenciamento correto dos recursos naturais disponíveis, objetivando manter os processos produtivos funcionando sem des- considerar a qualidade do ambiente. UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 18 3.3 AMBIENTAL Por fim, no segmento ambiental os processos necessitam ocorrer em concordância com a con- servação do meio ambiente e utilização racional dos recursos. Sob uma ótica ambientalmente correta adotam-se todas as atividades que têm impacto indireto ou direto ao ambiente em curto, médio e longo prazo. Figura 15 – Desenvolvimento ambiental Neste contexto, em muitas situações o desenvolvimento ambiental refere-se às tratativas para desenvolver ações de visam minimizar os impactos ambientais causados pela produção industrial. Faça a leitura do artigo: “O conceito do desenvolvimento sustentável”, dos autores Antonio Carlos Estender e Tercia de Tasso Moreira Pitta. Disponível em: https://bit.ly/31HBQAu. Acesso em 20 set. 2020. LEITURA 3.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL Atualmente, a gestão ambiental sob uma ótica de desenvolvimento sustentável, está totalmen- te ligada às questões de responsabilidade social. Principalmente pelo fato de estar sendo discutida no mundo inteiro a postura da sociedade frente ao ambiente em que vivem. Além disso, as orga- nizações que desejam manterem-se competitivas no mercado globalizado necessitam adotar uma postura socialmente responsável. Neste contexto, a gestão ética e transparentedas empresas pode ser explanada tanto de maneira externa quanto interna. Figura 16 – Responsabilidade Social UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 19 • Externa: configura-se na condução no desenvolvimento da sociedade ao redor das empresas, buscando atender questões educacionais, esporte e lazer. Em muitas situações as organiza- ções buscam parcerias com outras empresas ou órgãos que buscam atingir uma postura de responsabilidade social com a comunidade. • Interna: caracteriza-se pelas atividades e posturas das empresas no ambiente empresarial, garantindo que seus colaboradores tenham salários e benefícios justos, além de especializa- ções e condições para uma boa qualidade de vida. A finalidade da responsabilidade social externa e interna é transmitir ao consumidor o sentimento de que utilizando se seus produtos e serviços estarão, indiretamente, colaborando com a continui- dade dos projetos sociais. Deste modo, as empresas que adotam um posicionamento socialmente responsáveis agregam ações que visam colaborar diretamente com a comunidade, atenuando os danos ambientais, decorrentes das atividades que pratica. REFLITA Diante do exposto, deve-se considerar que a responsabilidade social só é efetiva se houver a intercomunicação e cooperação de todos os atores envolvidos, dentre eles: • Consumidores: compreendem a força motriz das empresas, pois os consumidores apresen- tam necessidades ilimitadas e as organizações visam atender estas exigências; • Acionistas: são os membros que financiam parte das operações feitas pelas organizações, exigindo transparência quanto às atividades e métodos de produção utilizados; • Colaboradores: Estes atores oferecem suporte frente aos recursos humanos, pois compreen- dem os meios de produção para que as empresas consigam dar sequência nas suas atividades; • Fornecedores e intermediários: são os grupos no qual a organização necessita desenvolver uma relação de parceria e cumprimento fiel de prazos e relações comerciais tratadas; Figura 17 – Cooperação entre atores envolvidos na responsabilidade social UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 20 • Comunidade: este grupo tem total influência sobre as decisões da empresa, pois colaboram para que as decisões quanto aos compromissos de desenvolvimento sustentável sejam aten- didas, visando o bem estar social e qualidade ambiental. 4. CONCEITOS DA GESTÃO AMBIENTAL Após entender toda a evolução da proteção ambiental, que considerando o tempo do modelo de produção em massa ainda é bastante recente, aborda-se a gestão ambiental que, de maneira eficiente, confere a forma de gerenciar os recursos naturais com o menor impacto possível. Tais impactos criados pela ação antrópica devem ser abordados de três maneiras distintas: • Maneiras diferentes na disposição e condução dos resíduos produzidos; • Velocidade de retiradas dos recursos; • Diversidade dos recursos. Assim, considerando esses impactos, a literatura ambiental traz a abordagem da gestão ambiental sob cinco princípios, dentre eles: • Verificação das ações a serem tomadas, atendimento correto ao sistema de gestão e definição de uma po- lítica ambiental para a empresa; • Criação de um plano de ação, visando alcançar os requi- sitos da política ambiental definida anteriormente; • Cumprimento de metas e objetivos ambientais da orga- nização e aplicação de ferramentas que corroborem com a gestão; • Avaliações tanto de cunho qualitativo quanto quantitativo de acordo com as exigências ambientais; • E o último princípio com foco na análise crítica das atividades ambientais, com o objetivo de assegurar a melhoria continua da organização. Diante da explanação destes princípios cabe destacar que a gestão ambiental ainda é bastante incipiente no ambiente empresarial, mas que conforme avança a responsabilidade da sociedade consequentemente ocorrem as mudanças do setor produtivo. Além disso, as organizações perce- bem que muitas são as vantagens resultantes do atendimento às questões ambientais, dentre elas: • Reduções nos custos ambientais; • Melhores resultados de produtividade; • Otimização na utilização dos recursos; • Economia de insumos; Figura 18 – Diversidade dos recursos UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L U N ID A D E 0 1 21 • Atendimento das exigências legais; • Redução dos riscos à saúde e segurança. Deste modo, frente a estas abordagens, cabe destacar que a gestão ambiental é bastante com- plexa, pois está relacionada à verificação dos riscos ao ambiente e ao aprimoramento de estratégias para a condução das práticas e procedimentos tanto individuais quanto empresariais. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta Unidade foram abordados todos os conceitos relativos ao entendimento das questões ambientais, explanando como entender o meio ambiente e a maneira com que ele interage e in- fluencia todas as formas de vida. Ainda, questões como o impacto ambiental tanto sob uma ótica negativa e positiva que podem ocorrer nos ecossistemas. Para entender a dinâmica dos ecossistemas foram apontados os tipos de recursos e como eles se comportam no ambiente ao longo do tempo. Em seguida, para entender a consolidação da gestão ambiental foi abordado o processo evo- lutivo da proteção ambiental, desde a conscientização da sociedade e empresas, passando pelas preocupações com o controle da poluição, aprimoramento e das tratativas de planejamento am- biental. Ainda, visando justificar tais acontecimentos, apontaram-se alguns exemplos de acidentes e catástrofes ambientais que levaram a tal evolução. Assim, sob uma dinâmica de gestão ambiental apresentou-se uma abordagem frente ao de- senvolvimento sustentável e seu tripé (social, ambiental e econômico), visando explicar como tais fatores caminham juntos e devem ter total atenção por todos os atores envolvidos. Diante disto, a reponsabilidade social tanto individual quanto empresarial foi citada, visando representar a neces- sidade de todos colaborarem com o desenvolvimento correto das atividades. E por fim, para elencar todas as tratativas desta unidade, os conceitos da gestão ambiental foram apontados, juntamente com os impactos que um mau gerenciamento pode causar ao ambiente se os princípios essenciais não forem bem consolidados e disseminados para todos os envolvidos. ANOTAÇÕES UNIDADE https://qr.page/g/jAEvTVurC0 https://qr.page/g/5dHq6Sc0Vub https://qr.page/g/5u18b3Cy0cs VÍDEOS DA UNIDADE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 02 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL Esta Unidade tem por objetivo abordar o Sistema de Gestão Ambiental nas empre- sas, considerando o desenvolvimento sustentável e incorporando as normas inter- nacionais e nacionais que visam padronizar a postura das empresas frente a uma produção mais limpa agregada à ecoeficiência. U N ID A D E 0 2 23 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L INTRODUÇÃO O ambiente empresarial vem constantemente buscando atingir e explanar seu comprometimento frente às questões ambientais, por meio de tratativas para evitar os impactos ambientais das suas atividades, serviços e produtos. Tal posicionamento está totalmente agregado às legislações vigen- tes cada vez mais restritivas e exigentes frente às políticas econômicas e de proteção ambiental. Assim, juntamente com estes fatores, surgem as normas internacionais quanto ao gerenciamento ambiental destinado a conferir às empresas subsídios visando corroborar no atingimento dos ob- jetivos econômicos, ambientais e sociais. Além disso, ao longo das últimas décadas as legislações têm evoluído no mundo inteiro, em virtude da complexidade dos impactos ambientais e dos custos que as não conformidades podem causar para as organizações. Cabe destacar também que em muitas situações uma visão fragmentada, pode acarretar em tomadas de decisões não sistematizadas,impedindo de atuarem com eficiência nas reais causas. No entanto, embora as normas internacionais visem padronizar as medidas de proteção ambiental, muitos casos devem ser avaliados de maneira individual considerando a realidade de cada local. Diante deste modelo é que o desenvolvimento dos sistemas de gestão ambiental deve ser pen- sado, visando padronizar as questões ambientais com o objetivo de garantir a máxima eficiência dos objetivos ambientais das empresas. 1. NORMAS AMBIENTAIS A ISO (International Organization for Standardization) consiste em uma organização composta por diversas entidades nacionais de padronização envolvendo mais de 140 países. Tal organização configura-se como não governamental e tem sede em Genebra na Suíça, tendo como principal foco propor normas internacionais que colaboram com o consenso de diversos países visando estabe- lecer a homogeneização e padronização de instrumentos e metodologias. Figura 1 - International Organization for Standartization U N ID A D E 0 2 24 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L A instituição busca constantemente a elaboração e avaliação de normas por meio de distintos comitês técnicos, compostos por diversos atores de diferentes áreas do mundo, projetada para estabelecer critérios estruturais válidos por meio de regras, testes e certificações e encorajando o comércio de bens e serviços. No Brasil, a ISO (NBR ISO - Norma Brasileira) ocorre por meio da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que se configura como uma sociedade privada, sem fins lucrativos, fundada em 1940 e reconhecida pelo governo brasileiro como o Fórum Nacional de Normalização pela Resolu- ção nº 07 do CONMETRO, de 24 de agosto de 1992. Tal órgão tem a responsabilidade de normali- zação técnica no país, contribuindo de base necessária ao desenvolvimento. 2. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS Primeiramente para abordagem dos sistemas que envolvem a gestão ambiental é fundamental destacar que as organizações detêm grande parte da responsabilidade frente às questões de de- senvolvimento sustentável. Tal posicionamento inicia já no interior do ambiente empresarial, vis- to a postura da gestão com os colaboradores e pela maneira como as atividades são conduzidas. Deste modo justifica-se a importância da adoção dos sistemas de gestão ambiental agregado a uma mudança cultural das empresas somando com o fator ambiental. Este modelo é resultado da evolução histórica da industrialização, que traz uma grande intensificação sobre a utilização dos recursos naturais, aliado ao aumento populacional e às necessidades ilimitadas da sociedade. Assim, o desenvolvimento da gestão nas empresas é completamente agregado às normas e di- retrizes instituídas por órgãos públicos em função da qualidade e proteção ambiental. Dentre as variáveis mais comumente impostas para a maioria das empresas, a serem agregadas ao sistema de gestão ambiental, Dias (2019) destaca: • Utilização de substâncias tóxicas; • Emissão de substâncias poluentes; • Gestão dos resíduos; • Quantidade de água utilizada; • Alternativas energéticas. • Entre outros. O não cumprimento destas diretrizes pode acarretar na di- ficuldade das organizações em disponibilidades de investimen- tos, má imagem frente à conduta sustentável, além de questões relacionadas à competitividade no mercado globalizado. Figura 2 – Gestão e normas ambientais U N ID A D E 0 2 25 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L Neste contexto, visando proporcionar às empresas a manutenção das atividades responsáveis com o ambiente, as normas legais dispõem de tratativas para métodos corretivos, visando solucio- nar as não conformidades ambientais. Sob a ótica da empresa, as respostas quanto ao vasto número de normas legais a serem seguidos são em relação aos métodos corretivos para solucionar os problemas ambientais resultantes das operações realizadas. Outro ponto a considerar é em relação às políticas proativas que necessitam de planeamento prévio dos possíveis impactos, e assim reestruturando os produtos e processos. Figura 3 – Política ambiental reativa e proativa Fonte: O autor (2020). Na cultura ambiental das empresas, uma parcela considerável dos investimentos financeiros e tecnológicos, que são aplicados ao sistema de gestão ambiental, está relacionada às técnicas cor- retivas: reciclagem, filtragem de emissões depuração, entre outros. Assim, o desenvolvimento sus- tentável é de suma importância para que as medidas corretivas sejam substituídas pelas preventivas atuando diretamente na não conformidade. Considerando estas abordagens, a gestão ambiental pode ser implantada em qualquer empre- sa, independente do tamanho e segmento de atuação da economia. No entanto, as pequenas or- ganizações em muitas situações enfrentam problemas relacionados à necessidade de dedicar seus recursos à regularização das normas, pois precisam dispender pessoal técnico e um custo elevado de adequação. Ainda, quando as organizações pequenas estão unidas a clientes potenciais que exi- gem uma postura sustentável, devem buscar estratégias e considerar as vantagens e desvantagens de implantar os sistemas de gestão ambiental. O SGA configura-se no agregado de condutas organizacionais, processos, procedimentos e meios para implementação das políticas ambientais nas empresas ou unidades de produção, apresentan- do distintos benefícios tanto internos quanto externos, dentre eles: Quadro 1 – Custos e benefícios do desenvolvimento e implementação do SGA CUSTOS BENEFÍCIOS INTERNOS EXTERNOS • Período de trabalho dos colaboradores; • Melhoria do desempenho ambiental; • Melhoria da imagem perante a sociedade; U N ID A D E 0 2 26 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L CUSTOS BENEFÍCIOS INTERNOS EXTERNOS • Consultoria; • Treinamento; • Infraestrutura. • Novos mercados; • Melhoria da eficiência; • Melhoria da moral dos colaboradores; • Redução de esforços com treinamento de novos colaboradores; • Prevenção de riscos e situa- ções de emergências. • Fortalecimento da competitividade; • Facilidade em bancos e segu- radoras, acesso a capital; • Facilidade de relacionamen- to com órgãos ambientais e comunidade; • Melhoria de desempenho ambiental; • Cumprimento de normas e legislação. Fonte: O autor (2020). Para o atingimento destes benefícios envolvidos, o sistema de gerenciamento ambiental previsto pelas normas vigentes deve conter os seguintes elementos: • Política ambiental suportada pela gerência; • Identificação dos aspectos e impactos ambientais; • Estabelecimento de objetivos e metas; • Definição das responsabilidades e autoridades; • Identificação dos determinantes legais; • Procedimento de controle operacional; • Treinamentos; • Conhecimento dos procedimentos; • Comunicação de todos os colaboradores; • Tratativas para emergências; • Monitoramento e mensuração das operações; • Correção de não conformidade; • Gerenciamento dos registros; • Programa de auditoria e ação corretiva; • Procedimento de revisão pela alta administração. Diante do exposto, destaca-se que o SGA contém os elementos importantes do gerenciamento de uma empresa para identificar os aspectos significativos relativos ao meio ambiente e que a em- presa pode influenciar e controlar. U N ID A D E 0 2 27 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L 3. CICLO PDCA O sistema compreende um ciclo sequente que envolve ações para: planejar, implementar, me- lhorar e aprimorar as atividades das empresas, cumprindo as obrigações ambientais de maneira correta e eficiente. Desta maneira, para otimizar o desempenho ambiental de suas atividades as empresas precisam avaliar as ocorrências das não conformidade e suas causas. Atualmente, a maior parte das estruturas de gerenciamento considera o ciclo PDCA (versãoinglês Plan, Do, Check, Ac- tion) e pode ser descrito da seguinte maneira: Figura 4 – Ciclo PDCA » Planejar Nesta atividade, ficam estabelecidos os objetivos e processos necessários para atingir os resul- tados em concordância com a política ambiental da organização, desenvolvendo políticas da orga- nização e estratégias para resolver os problemas apontados. Deste modo, a condução correta e eficiente desta etapa do ciclo, tende a evitar perdas e não conformidades nas etapas seguintes. Para isso é de suma importância considerar as seguintes eta- pas básicas, dentre elas: • Estabelecimento dos objetivos do ciclo; • Escolha da maneira que estes objetivos serão atingidos; • Definição da metodologia a ser utilizada; • Formação dos colaboradores que irão liderar os processos. » Executar Consiste na etapa subsequente após o planejamento, em que se coloca em prática todas as tra- tativas apontadas anteriormente. Esta fase compreende a mais importante do ciclo, pois deve ser conduzida de modo que o planejamento definido na fase anterior seja realizado de maneira cor- reta e eficiente. U N ID A D E 0 2 28 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L » Verificar Na verificação ocorre o monitoramento e medição dos processos em concordância com os objetivos, me- tas e questões legais. Deste modo, as metas alcançadas e resultados obtidos são mensurados por meio dos da- dos coletados e do mapeamento de processos ao final da execução. Para o processo de verificação podem ser agregadas ainda as análises estatísticas que corroborem com os ajus- tes relevantes ao processo avaliado, e fornecem suporte para avaliações qualitativas e quantitativas. » Agir Posteriormente à investigação das causas das falhas ou desvios no processo deve-se agir bus- cando soluções efetivas. Esta etapa do ciclo PDCA é associada às melhorias com o desempenho do sistema de gestão ambiental. Nela são tomadas as ações corretivas com base no que foi verificado, reparando as falhas encontradas na etapa anterior. Para saber mais leia o artigo: “A importância do ciclo PDCA aplicado à produtividade da indústria no Brasil”, Interface Tecnológica, v. 16 n. 2 (2019). Disponível em: https://bit.ly/3wnMiLQ. Aces- so em 22 set. 2020. SAIBA MAIS Atualmente muitas ainda são as resistências quanto à utilização das metodologias consagradas na literatura para a condução do SGA, pois consideram estes procedimentos burocráticos e com custos elevados. Neste sentido, para quebrar estes paradigmas, é necessário entender a efetividade do sistema e as maneiras como ela pode controlar os impactos ambientais negativos e que podem resultar em custos posteriores. 4. AS NORMAS ISO 14000 A série ISO 14000 estabelece um padrão de Sistemas de Gestão Ambiental, pois por meio dela a organização consegue sistematizar o seu gerenciamento utilizando uma política ambiental pre- estabelecida com vista à otimização contínua quanto às questões ambientais. Outro ponto de suma importância é em relação ao monitoramento das ações das empresas em relação ao meio ambiente, permitindo a mensuração dos recursos e auxiliando no planejamento do controle ambiental. Além disso, conduz a preparação de critérios para a avaliação da qualidade e eficácia das relações entre organizações e o meio ambiente. Figura 5 – Verificação das metas e objetivos U N ID A D E 0 2 29 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L As normas ISO 14000 se aplicam às atividades industriais, extrativas, agroindustriais e de serviços, certificando as instalações da empresa, linhas de produção e produtos que satisfaçam os padrões de qualidade ambiental. Por fim, espera-se que a série promova a harmonização dos procedimen- tos de âmbito internacional e que efetivamente expressem os requisitos fundamentais das boas práticas de gestão ambiental. No Brasil a ISO é consolidada e representada por meio da Associação Brasileira de Normas Téc- nicas (ABNT), também conhecidas como Fórum Nacional de Normalização, tendo como principal intuito a normalização técnica no país por intermédio de normas em diversos segmentos. A ABNT NBR ISO 14000 aponta os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental e corrobora para que a empresa possa desenvolver um sistema de proteção ambiental de maneira rápida em resposta às mudanças das condições ambientais. A norma considera os aspectos ambientais in- fluenciados pela organização e outros passíveis de serem controlados por ela. A implementação dessa norma deve ser estabelecida por empresas que desejam estabelecer ou aprimorar um Sistema de Gestão Ambiental, mantendo-se seguras sobre políticas ambientais ou demonstrando estar de acordo com práticas sustentáveis a clientes e a organizações externas. Neste contexto as normas referentes à ISO 14000 compreendem distintos campos de atuação e visam estabelecer sistemas para a administração ambiental de uma empresa, além de propor ins- trumentos efetivos para os atendimentos legais. De acordo com ABNT (1996) as principais normas da NBRISO14000, são: • IS0 14001 - Sistemas de Gestão Ambiental; • ISO 14004 - Trata do Sistema de Gestão Ambiental; • ISO 14010 - Normas sobre as Auditorias Ambientais. • IS0 14012 - Diretrizes para auditoria ambiental; • ISO 14021 - Rotulagem ambiental; • ISO 14031 - Normas sobre Desempenho Ambiental, • ISO 14040 - Análise do ciclo de vida; • Entre outras. Dentre as principais vantagens da implementação das normas ISO 14000, tem-se: • Comunicação entre a política ambiental, as metas e objetivos; • Aumento da competitividade internacional; • Satisfação dos clientes; • Menores custos; • Melhoria da imagem da empresa. De acordo com Valle (1995) abordou-se ainda na década de Figura 6 – Vantagens competitivas U N ID A D E 0 2 30 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L 1990 que os custos dos impactos ambientais não são agregados pelos causadores do problema e sim pela sociedade como um todo. Portanto, a ISO 14000 apresenta um enfoque estratégico na organização, implementando a de- finição e realização dinâmica de uma política ambiental que identifica, examina e avalia de forma sistemática as mudanças ambientais causadas por elementos de produtos, serviços ou atividade da organização. Cabe apontar também que há flexibilidade e adaptabilidade a qualquer setor produtivo, pro- piciando a melhoria da performance ambiental e a contribuição para uma visão global e enfoque proativo da organização. 5. A NORMA 14001 A norma ISO 14001 trata de maneira especifica o sistema de gestão ambiental e teve algumas poucas alterações no ano de 2004, visando principalmente esclarecer alguns requisitos fundamen- tais para a gestão eficiente. Assista ao vídeo: “ISO 14001 - Sistema de Gestão Ambiental” que traz o histórico da elaboração da norma, pontos negativos e positivos e como é a atuação do profissional de Gestão Ambiental. Disponível em: https://bit.ly/39HfwM2. Acesso em 19 set. 2020. VÍDEO De acordo com a ISO 14001:2004, o sistema de gestão ambiental (SGA) segue os seguintes estágios: Figura 7 – Estágios do SGA Fonte: O autor (2020). U N ID A D E 0 2 31 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L 5.1 POLÍTICA AMBIENTAL Consiste no primeiro fator da norma (ISO 14001) representando o compromisso da organização com as questões ambientais. Este elemento deve fundamentar o SGA, incentivando uma visão pa- dronizada dos princípios empregados. Assim, nesta fase deve ser assegurado: • Compromisso de controle da poluição; • Atendimento da legislação; • Documentação e comunicação entre os colaboradores; • Estrutura para revisar os objetivos constantemente. • Disponibilidade para o público. A norma propõe e recomenda que a política ambiental aponte o comprometimento do gerencia- mento da empresa com os requisitos legais e aplicáveis nas questões de poluição e prevençãocontínua. Figura 8 – Gerenciamento da política ambiental Desta maneira a Política Ambiental apresenta funções específicas, como: • Atuação interna: proporcionando orientação e transmitindo segurança de postura a todos os envolvidos; • Atuação externa: construção de imagem de confiabilidade para os atores envolvidos e im- portantes para a empresa. 5.2 PLANEJAMENTO Neste requisito é determinado que o planejamento é composto por duas etapas, sendo elas: a avaliação ambiental que deve compor o inventário e avaliação da situação ambiental da organiza- ção e a tomada de decisões quanto aos aspectos e impactos mais importantes. Assim de acordo com a abordagem de Dias (2019) com base nestas premissas, a empresa deve: • Determinar e manter os procedimentos para identificar os aspectos das atividades, produtos e serviços; U N ID A D E 0 2 32 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L • Identificação dos requisitos legais da legislação vigente; • Manter um programa de gerenciamento ambiental para atingimento dos objetivos. Já em relação à identificação de aspectos e impactos, alguns itens devem ser considerados du- rante o planejamento, sendo eles: • Emissões atmosféricas; • Resíduos sólidos e perigosos; • Utilização e ocupação da terra; • Contaminação do solo; • Efluentes líquidos; • Utilização de matérias-primas e recursos naturais; • Questões relativas à comunidade local; • Entre outros. Neste contexto, além de considerar todos estes aspectos e impactos, para que a empresa pos- sa estar em concordância com os requisitos legais é necessário verificar as normativas que afetam suas atividades, produtos e serviços, considerando também os custos de não conformidade. Tais custos dizem respeito às questões financeiras, imagem e danos ambientais. Ademais, os gestores devem atentar para identificação dos requisitos legais aplicáveis aos seus aspectos e impactos, pois podem incluir requisitos legais internacionais, nacionais, estaduais, mu- nicipais e até mesmo locais. 5.3 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO Quanto à implementação e operação destaca-se a importância do comprometimento de todos os colaboradores envolvidos, evidenciando que as responsabilidades englobem todas as áreas da empresa, tanto da parte ambiental quanto dos demais setores. Figura 10 – Compartilhamento das responsabilidades Figura 9 – Indústria com emissões atmosféricas U N ID A D E 0 2 33 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L Em relação a um cenário ideal recomenda-se a definição da politica ambiental e que a gerência assegure a implementação do sistema de gestão ambiental. Em suma, neste requisito a empresa começa o desenvolvimento do plano de ação apontando as responsabilidades, proporcionando treinamentos, comunicação, procedimentos operacionais e o plano de emergência, para verificar se as metas e objetivos previamente definidos estão sendo alcançados. Assim, para que o sistema de gestão ambiental seja conduzido corretamente, nesta fase deve-se atentar para os seguintes pontos: • Estrutura e responsabilidade: neste ponto devem ser definidas as funções, responsabilida- des e autoridades para facilitar uma gestão ambiental eficaz; • Treinamento, conscientização e competência: a empresa necessita identificar as necessida- des de treinamento, contribuindo para que todos recebam o treinamento adequado; • Comunicação: a organização deve estabelecer e manter todas as tratativas para que haja co- municação interna e externa a respeito de aspectos ambientais e de gestão; Figura 11 – Comunicação empresarial • Documentação do sistema de gestão ambiental: estabelecimento e manutenção de infor- mações sobre o sistema de gestão ambiental; • Controle de documentos: estabelecimento de procedimentos para controle das documenta- ções exigidas nas normas. A operação adequada do SGA impõe que os documentos estejam disponíveis, atualizados e acessíveis a todos os níveis e funções da empresa; • Controle operacional: identificação das operações e atividades associadas aos aspectos am- bientais significativos relacionados à sua política, objetivos e metas. Para esse controle é in- dicado que a empresa avalie quais de suas atividades estão associadas com seus aspectos ambientais identificados e garanta que elas sejam conduzidas de maneira a controlar ou re- duzir os impactos ambientais adversos; • Preparação e atendimento a emergências: a empresa deve estabelecer e manter procedi- mentos que atendam e identifiquem potenciais acidentes e situações de emergência. U N ID A D E 0 2 34 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L 5.4 VERIFICAÇÃO A quarta etapa do processo de requisitos da gestão com- preende a verificação, que tem a característica de detectar em tempo hábil as não conformidades da situação normal ou desejada. Caso haja incompatibilidade nos resultados de- sejados são estabelecidas ações corretivas e posteriormente realiza-se um novo diagnóstico e a partir destas questões são definidas e implantadas as medidas preventivas. Assim, a verificação e ações corretivas devem ocorrer baseadas nos seguintes apontamentos: • Monitoramento e medição: é por intermédio deste ponto que o gerenciamento de uma determinada em- presa consegue analisar se as metas e objetivos estão de acordo com os propostos. Para isso é importante estabelecer e manter os procedimentos documenta- dos visando mensurar constantemente as principais atividades que possam causar danos ao ambiente; • Não conformidades e ações preventivas e corretivas: compreende o momento em que as empresas devem definir as autoridades e responsabilidades para atendi- mento das não conformidades, implantando medidas mitigadoras dos impactos ambientais e conduzindo ações de prevenção e correção; • Registros: neste apontamento se propõe procedimentos para manter ou descartar os regis- tros ambientais. Cabe destacar que neste material deve conter as informações referentes aos treinamentos, análise crítica e resultados de auditorias; • Auditoria do SGA: consiste no estabelecimento de programas e procedimentos que tenham como objetivo realizar auditorias periódicas. Destaca-se que em pequenas companhias, as auditorias muitas vezes são conduzidas pelos gerentes que participam do processo, entre- tanto em muitas situações podem não estarem aptos para verificar as não conformidades e verificar as questões com não conformidades. 5.5 ANÁLISE PELA ADMINISTRAÇÃO Esta análise é responsável pelo atingimento constante dos objetivos sociais, ambientais e econô- micos. Deste modo é necessário conduzir as revisões periódicas de maneira regular e avaliar todas as questões referentes à situação ambiental da empresa por meio de auditorias, monitoramentos, controles operacionais e outras informações. Figura 13 – Ações corretivas Figura 12 – Processo de verificação das não conformidades U N ID A D E 0 2 35 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L Figura 14 – Controles operacionais Neste contexto a revisão do SGA é a força motriz para a melhoria continua e garantia de que o sistema esteja em conformidade com as necessidades da empresa. 6. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO – SIG Os sistemas integrados têm como intuito unir todos os componentes de uma empresa em um único sistema, visando alcançar as metas e objetivos apontados, facilitando o acesso à informação e agilizando os processos. Destaca-se a união de outras normas ligadas à gestão ambiental, dentre elas: • Responsabilidade Social (AS 8000); • Segurança de Informações (ISO 17799); • Qualidade (ISO 9001); • Saúde e Segurança do trabalho (OHSAS 18001); • Dentre outras. Deste modo, trabalhar com um sistema integrado de gestão empresarial pode trazer muitas vantagens para a organização, otimizando a harmonização dos objeti- vos, eliminando as responsabilidades e relacionamen- tos conflitantes dandoenfoque às metas estabelecidas. • Facilitar a comunicação entre os segmentos: viabiliza a comunicação entre os setores de uma empresa. Assim todas as informações podem ser encontradas em um único local, otimizando tem- po dos colaboradores; • Atenuação de custos: permite o controle de es- toque de maneira mais precisa. Pois conforme Figura 15 – Sistema integrado de gestão empresarial U N ID A D E 0 2 36 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L mais mercadorias uma organização acumula, maior espaço a mesma deve dispor e maior o risco de algum material estragar. Deste modo uma das vantagens do sistema integrado é jus- tamente a sinalização do tempo exato de solicitar um produto; • Eficiência de produção: contribuem para que os processos sejam desenvolvidos de forma mais rápida e com maior qualidade, pois os processos manuais possuem tendência de gerar gargalos de produção. • Monitoramento financeiro: os processos de pagamento e também os de recebimento se tornam mais viáveis, pois grande parte dos processos são conduzidos de maneira automática. Ao longo do processo evolutivo do pensamento de desenvolvimento sustentável, muitas são as questões que já foram incorporadas às empresas. Tal postura é resultado das pressões sociais e problemas emergenciais que surgiram ao longo do tempo. De maneira geral, algumas organiza- ções estão preocupadas com o atendimento à legislação vigente, outras com a exploração dos recursos naturais e algumas com a qualidade do produto final. No entanto, para o atendimento destas perquirições e para implantação dos sistemas de gestão ambiental, é de suma importância que os colaboradores sejam considerados como principal meio transformador dos objetivos em resultados esperados. REFLITA CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta Unidade, abordaram-se as definições das normas mais utilizadas e consolidadas para as questões ambientais, dentre elas a ISO, que representa a maior entidade de padronização quanto a instrumentos e metodologias utilizadas no ambiente empresarial. Ainda, em nível de Brasil, a fim de adaptar estas normas à realidade do país, tem-se a NBR ISO que colabora com a normatização técnica do desenvolvimento dos processos produtivos, produtos e serviços. A partir destas normas iniciam as discussões frente ao Sistema de Gestão Ambiental nas empre- sas, envolvendo todas as variáveis fundamentais a serem estudadas e que podem causar impactos ambientais negativos de comportamento irreversível. Adaptando estes fatores à realidade de em- presas que já utilizam esse sistema, explanaram-se os principais benefícios advindos do desenvol- vimento do SGA. Quanto às tratativas para otimizar o desempenho ambiental das atividades nas empresas, abor- dou-se a metodologia do ciclo PDCA, que traz consigo a estrutura de gerenciamento composto por planejar, fazer, verificar e agir. No que diz respeito às normas a ISO 14000 surge com o propósito de estabelecer a harmoniza- ção dos procedimentos de âmbito internacional e que efetivamente expressem os requisitos fun- damentais das boas práticas de gestão ambiental. Tal norma no Brasil é representada pela NBR ISO U N ID A D E 0 2 37 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L 14000 que agrega outras normativas para a administração ambiental. Dentre elas, uma das mais importantes para o propósito desta unidade que se configura como a responsável pelo sistema de gestão ambiental. A norma 14001 é composta por cinco estágios distintos e fundamentais para seu funcionamento, dentre eles: a política ambiental em que ficam definidos os objetivos e metas da empresa, seguido do planejamento, implementação e operação envolvendo todos os colaboradores. E por fim, a aná- lise pela administração que é a fase responsável pelo atingimento constante dos objetivos sociais, ambientais e econômicos por meio das revisões periódicas. ANOTAÇÕES UNIDADE https://qr.page/g/NGJHmj0OIA https://qr.page/g/1f3woJK74ff https://qr.page/g/3qMUaY3jnZm VÍDEOS DA UNIDADE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 03 CONTROLE AMBIENTAL O objetivo desta Unidade consiste em explanar os conceitos dos aspectos e impactos ambientais, identificando cada um dos tipos de impactos e agregando estes fatores ao licenciamento ambiental e à legislação vigente. U N ID A D E 0 3 39 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L INTRODUÇÃO A preocupação ecológica por parte da sociedade vem sendo motivo de grandes estudos nas úl- timas décadas em função do processo de globalização e uso desacerbado dos recursos naturais. Além disso, muitos foram os movimentos ambientalistas que surgiram, agregados à implementa- ção de grandes projetos com consequências graves que causaram alterações no ambiente natural. Frente a este cenário, os estudos de Impacto Ambiental são de suma importância para avaliar os impactos ambientais dos empreendimentos. Para isso é fundamental conduzir o gerenciamento destes estudos por meio da identificação, previsão e interpretação da importância dos impactos, discriminando-os em impactos positivos e negativos. Somado a estas condicionantes o Licenciamento Ambiental configura-se como o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental acompanha os empreendimentos e as atividades utili- zadoras de recursos ambientais. Dentre as atividades destacam-se aquelas consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de degradação ambiental, considerando as disposições legais, regula- mentares e as normas técnicas aplicáveis. Neste contexto, o controle ambiental por intermédio das certificações e avaliação de Impacto Ambiental ocorre em um conjunto de tratativas e procedimentos. Tais ações visam assegurar o co- nhecimento dos possíveis impactos ambientais de um programa, projeto ou política e de suas alter- nativas, bem como as medidas mitigadoras, com o objetivo de impedir ou minimizar os impactos. 1. CERTIFICAÇÕES E AUDITORIAS 1.1 CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS As certificações ambientais são alcançadas pelas organizações que adotam os requisitos legais referentes às disposições legais pelo órgão certificador. Podendo ser concedidas para empresas que geram produtos e prestadoras de serviços. Assim, a análise do processo produtivo deve envolver desde a obtenção de matéria prima, o descarte de resíduos, a qualidade ambiental do produto ge- rado, reciclagem, entre outros. Figura 1 – Certificações Ambientais U N ID A D E 0 3 40 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L Tal instrumento é difundido principalmente pela ISO 14000 e aponta os aspectos da gestão am- biental. A norma ISO 14001:2004 aplica o Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) e fornece os requi- sitos e orientações gerais para certificação ambiental. Deste modo, as certificações são concedidas com prazos limitados, fazendo com que as empresas busquem a otimização constante da qualidade ambiental por intermédio das auditorias, tanto internas quanto a realizada por auditores externos de outras instituições. 1.2 AUDITORIAS DOS SISTEMAS DE GESTÃO As auditorias constituem um instrumento de grande relevância para a aferição e fiscalização das empresas quanto aos seus sistemas de gestão ambiental, corroborando com o desempenho das atividades que constituem os empreendimentos. Cabe destacar que as auditorias devem ser inde- pendentes, sistemáticas e ocorrerem de maneira periódica. Figura 2 – Auditorias ambientais Figura 3 – Auditorias internas Desta maneira, para a correta verificação é necessária a formação de equipes multidisciplinares que conheçam as distintas áreas que envolvem o empreendimento, dentre elas: ambiental, econô- mica, financeiras, entre outras. A norma ISO 19011, é a norma da qual são determinadas diretrizes para as auditorias de sistema de gestão. Essas diretrizes definem como deverão ser realizados os processos de auditoria, a postura dos auditores e as qualificações exigidas.Ademais, são divididas em três tipos, dentre elas: • Auditoria interna: conduzida pela própria organização, visando auditar seus sistemas, proces- sos e procedimentos assegurando que os parâmetros do sistema de gestão sejam seguidos de acordo com os resultados esperados; Ademais, a norma não estabelece periodicidade para as auditorias serem realizadas, pois este item vai de acordo com o planejamento e realidade de cada empresa; • Auditoria no fornecedor ou de segunda parte: compreende a auditoria realizada pela orga- nização ou por membros externos em seu nome com o intuito de verificar a conformidade do sistema, requisitos legais e/ou contratuais. Estes procedimentos corroboram com uma melhor relação com os fornecedores; U N ID A D E 0 3 41 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L • Auditoria externa: realizada por um auditor externo, escalado pelo órgão certificador cre- denciado para fins de certificação do sistema de gestão do qual a organização deseja. Além disso, o objetivo desta auditoria é verificar se o estabelecimento do sistema de gestão foi documentado, implementado e mantido de acordo com uma norma específica. A auditoria externa compreende a última fase do processo de certificação. 2. LEVANTAMENTO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS (LAIA) O período pós Revolução Industrial trouxe o desenvolvimento econômico incorporando a pro- dução em massa e em tempo hábil. No entanto, estas questões trazem impactos ambientais gra- dativos, que aumentam conforme os níveis de produção ao longo dos anos. Frente a estes impactos as preocupações ambientais tornam-se cada vez mais fundamentais e con- tribuem para que sejam criadas tratativas buscando o desenvolvimento sustentável, estabelecendo assim um equilíbrio entre o meio ambiente e as empresas. Atualmente muitos países priorizam o cres- cimento da economia, desprezando os fatores sociais e ambientais que compõem a sustentabilidade. Neste contexto surge a gestão ambiental com o objetivo de manter a qualidade do Meio Am- biente, por meio do desenvolvimento de estratégias e medidas para aperfeiçoar as atividades das organizações. Conforme a ABNT ISO 14001, de 2004, considera-se aspecto ambiental os elementos das ativida- des, produtos ou serviços de uma determinada empresa que podem interagir com o meio ambiente. Já impacto ambiental de acordo com a Resolução 381, de 2006, consiste em: “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais”. Em linhas gerais, o impacto ambiental configura- -se como todos os efeitos causados pelas alterações que ocorrem no ambiente. Neste sentido, o impacto agrega tanto as mudanças negativas ou então aque- las de caráter positivo ao meio ambiente em virtude de um determinado empreendimento. Ainda de acordo com a resolução que aponta o conceito de impacto ambiental, estes podem ocor- rer de maneira direta e indireta, interferindo no(a): • Qualidade dos recursos ambientais; • Saúde; Figura 4 – Impacto ambiental U N ID A D E 0 3 42 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L • Atividades sociais e econômicas; • Biota; • Segurança e bem-estar da população; • Condições estéticas e sanitárias ambientais. Neste contexto, o LAIA é fundamental para a implantação dos sistemas de gestão ambiental. Iniciando pela verificação dos impactos e em seguida buscando medidas corretivas e até mesmo preventiva de outros impactos. De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004) a identificação dos aspectos e impactos ambientais devem considerar grandes questões ambien- tais, dentre elas: • Lançamentos no solo; • Utilização de matérias-primas e recursos naturais; • Consumo de energia; • Emissões atmosféricas; • Energia emitida; • Entre outros. 3. METODOLOGIAS PARA LEVANTAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS Atualmente muitas metodologias são apontadas como eficazes no auxilio do levantamento dos impactos ambientais e suas principais causas. Assim a escolha deve ir de acordo com a particulari- dade e realidade de cada empreendimento, considerando os principais fatores: • Características dos empreendimentos; • Disponibilidade de dados; • Requisitos legais dos termos de referência; • Recursos técnicos e financeiros; Ademais, por intermédio das metodologias agregam-se as informações levantadas conforme exi- gem os elementos regulamentadores e as ações sistemáticas dos gestores sobre as atividades que causam riscos à qualidade ambiental. Dyllick et al. (2000) aponta que os critérios sejam encarados de acordo com os mais adotados para a escolha dos aspectos ambientais, que são: • Dimensão do impacto; • Gravidade do impacto; • Permanência de impacto; U N ID A D E 0 3 43 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L • Exposição real ou potencial; • Probabilidade de ocorrência; • Dificuldade de alterar o impacto; • Preocupações dos atores envolvidos. Considerando estes critérios, atualmente são utilizadas diversas metodologias e ferramentais que corroboram com a avaliação e verificação dos aspectos e impactos ambientais dos empreendimentos. 3.1 MÉTODOS ESPONTÂNEOS (AD HOC) Os métodos espontâneos caracterizam-se por or- ganizar reuniões com membros multidisciplinares, objetivando levantar dados em tempo hábil. Tal me- todologia utiliza o conhecimento empírico dos atores envolvidos para o levantamento dos impactos am- bientais positivos e negativos do empreendimento. Tal método apresenta as principais vantagens de apontar as informações dos impactos de maneira or- ganizada, rápida e de fácil interpretação. No entanto, a desvantagem de maior relevância diz respeito ao alto grau de subjetividade dos resultados, pois não é considerado nenhum tipo de análise sistemática (MEDEIROS, 2010). 3.2 MÉTODO DA LISTAGEM DE CONTROLE (CHECKLIST) Este método é amplamente utilizado em pes- quisas preliminares para verificar os impactos mais relevantes. Além disso permite a identificação e priorização dos impactos a partir de um diagnósti- co ambiental, que deverá contemplar o meio físico, biológico e socioeconômico. Posteriormente a estes apontamentos os atores responsáveis devem rela- cionar os impactos causados tanto no momento de implantação quanto operação e em seguida classifi- cá-los como negativos e positivos. Como principais vantagens destacam-se a facilidade e praticidade em relação aos elementos ambientais que servem de referência. Como desvantagens apresentam fragmentação, não eviden- ciando inter-relações entre os fatores ambientais. Outro ponto é em relação a subjetividade na identificação dos impactos. Figura 5 – Reunião interdisciplinar Figura 6 – Método de checklist U N ID A D E 0 3 44 UN IB RA SI L EA D | S IS TE M AS D E GE ST ÃO A M BI EN TA L 3.3 MAPAS DE SUPERPOSIÇÃO (OVERLAYS) Os mapas de superposição são de grande valia para os diagnósticos da relação espacial dos ele- mentos ambientais e extensão dos impactos. Apresentando os benefícios de facilitar a comparação com e sem o projeto, para posterior aplicação em projetos de maior magnitude. Como pontos limi- tantes apresenta a dificuldade na escolha dos fatores a serem mapeados e valorização dos impactos. 3.4 REDES DE INTERAÇÃO As redes de interação priorizam o tipo de causa e efeito agregados a importância e magnitude retratando as tratativas necessárias que possam ocorrer. Além disso, este método possui sistemati- zação e simulação de maneira antecipada dos projetos. Conforme o abordado por Finucci (2010) as questões ambientais estão interconectadas e formam redes por meio da identificação
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