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Caso Clínico Laringites Agudas e Crônicas e Malformações Congênitas Caso Clínico 1: Paciente, sexo feminino, 2 semanas de vida, é trazido a emergência por sua mãe com queixa de ruídos durante a respiração que piora ao amamentar e quando a criança está agitada. Ao exame observa-se estridor durante a inspiração e que a criança não apresentou ganho de peso satisfatório. 1. Qual é o provável diagnóstico do caso? Laringomalácia. 2. Quais alterações anatômicas que levam a laringomalácia? Epiglote alongada, epiglote em ômega e pregas ariepiglóticas curtas ou epiglote retro posicionada. 3. Quais os sinais de gravidade do quadro? Crises de cianose durante as mamadas, ganho de peso não satisfatório e hipóxia e apneia. 4. Qual a conduta terapêutica da laringomalácia? 1˚ expectante: 90% a patologia melhora espontaneamente com até 1 ou 2 anos de idade, nesses casos, orientar os pais quanto aos sinais de severidade e acompanhamento clínico; 2˚ cirúrgico: supraglotoplastia (casos severos). Caso Clínico 2: Paciente M.C.N., 51 anos, sexo feminino, professora, compareceu em consulta ambulatorial queixando- se de disfonia persistente, de evolução lentamente progressiva há quatro anos. Referiu ser tabagista desde a juventude (32 maço/ano) e apresentava também sintomas de pigarro e queimação retroesternal. Em uso de omeprazol e motilium há dois meses por diagnóstico de doença do refluxo gastroesofágico. Ao exame físico paciente apresentava rouquidão da voz. 1. Cite uma provável etiologia para o caso. Edema de Reike. 2. Quais os fatores de risco apresentados pelo paciente para a patologia? Tabagista de longa data e abuso vocal por conta da profissão. Caso Clínico 3: Paciente S.F.G., 46 anos, sexo masculino, com quadro de pigarro, tosse, disfonia, rouquidão matinal e sensação de "bola na garganta". 1. Qual é a principal hipótese diagnóstica? Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). 2. Qual é o primeiro exame que deverá ser solicitado para elucidação diagnóstica? Videolaringoscopia. Caso Clínico 4: Pré-escolar, 1 ano de idade, apresentando tosse há 16 dias. O quadro começou com congestão nasal, coriza e febre baixa. A criança apresenta tosses paroxísticas muitas vezes acompanhadas de ruídos semelhantes a "guinchos". A mãe diz ser contra qualquer vacina e por isso não vacinou a paciente. 1. Qual é a principal hipótese diagnóstica? Coqueluche. 2. Qual é o agente etiológico causador desta patologia? Bordetella pertussis. Caso Clínico 5: M.A.C, 2 anos, sexo masculino, branco, natural de Salvador- BA, cursava com um quadro de tosse leve há 2 dias, febre, aferida pela temperatura axilar em 38oC e rinorréia hialina há dois dias, que evoluíram subitamente para um quadro de tosse ladrante e desconforto respiratório. Nega diarréia, náuseas e vômitos. Atualmente houve regressão do quadro de febre e a mãe informa que foi utilizado Paracetamol, no primeiro dia, 2x ao dia para diminuição da febre. Possui calendário vacinal atualizado. Apresenta-se no exame físico em estado geral regular, bem nutrido, hidratado, anictérico, acianótico e normocorado, normotenso, FR= 60 irpm, FC=120 bpm. BRNF em 2T sem sopros. Tórax com retrações ao esforço, presença de tiragem intercostal, ausência de batimento de asa de nariz; MV presentes bilaterais com estridor inspiratório leve em repouso, que piora com agitação e choro. Foi observado a seguinte imagem na videolaringoscopia: 1. Qual o provável diagnóstico? Crupe viral ou laringotraqueobronquite / laringotraqueíte viral. 2. Qual etiologia? Etiologia viral. Parainfluenza 1 e 2, influenza A e B e sincicial respiratório. 3. Qual sinal pode estar presente na radiografia cervical? Sinal da torre de igreja ou ponta do lápis: estreitamento da coluna aérea pelo edema. Caso Clínico 6: M. V. M. S., 2 anos e 7 meses, branca, sexo feminino, sem patologias pregressas, vacinação atualizada, procedente do município de Campinas- SP. Segundo a mãe, iniciou quadro de coriza, odinofagia e 1 pico febril, não aferido, 24 horas antes. Três horas antes da entrada na emergência, evoluiu com desconforto respiratório, agitação, sialorréia, estridor laríngeo discreto, assumindo posição de tripé. 1. Qual é o provável diagnóstico e qual exame clínico poderia auxiliar na investigação do caso? Epiglotite / supra-glotite; Laringoscopia. 2. Qual sinal radiológico pode estar presente? No Rx de perfil nota-se edema supra-glótico. Sinal do polegar. 3. Qual é o agente etiológico? Haemophilus influenzae (diminuição da incidência com vacinação); Pode ter associação com infecção por Estreptococos e Estafilococos. 4. Qual é o tratamento? Sempre internar, vigilância; Manutenção das vias aéreas e administração de antibioticoterapia adequada; Corticóide, O2 e antibiótico (Ceftriaxona); Manter a via aérea pérvia. Caso Clínico 7: Paciente do sexo feminino, 52 anos, tabagista (50 cigarros por dia) de longa data e previamente hígida compareceu a uma consulta com otorrinolaringologista com um quadro de rouquidão há seis meses. A laringoscopia direta identificou a seguinte lesão nas pregas vocais: 1. Qual o provável diagnóstico e condução do caso? Neoplasia de laringe, carcinoma epidermóide é mais comum; Suspeita de neoplasia -> biópsia. Caso Clínico 8: Pré-escolar de 3 anos, previamente hígido, foi levado à Unidade de Pronto Atendimento com febre alta, prostração, odinofagia, tosse ladrante, estridor e dispnéia leve há 2 dias. Durante 30 minutos de espera por atendimento, evoluiu com piora do esforço respiratório, queda da saturação de oxigênio para 85% em ar ambiente, pele fria, pulsos finos e sonolência. 1. Qual é o provável diagnóstico? A) Crupe espasmódico B) Obstrução de vias aéreas por corpo estranho C) Abscesso periamigdaliano D) Supraglotite infecciosa Caso Clínico 9: A.M.L., 41 anos, professora e cantora aos finais de semana, hipertensa, com antecedentes de resistência à insulina. Procurou a policlínica por disfonia de 2 anos de evolução que piorou nos últimos 9 meses, não apresenta odinofagia, disfagia, dispnéia, perda de peso ou adenopatias cervicais. Não se destacavam achados no exame físico. Foi realizada nasolaringoscopia, observando-se laringe eritematosa com nódulos em ambas as pregas vocais. 1. Qual o tratamento? Fonoterapia e repouso vocal. Caso Clínico 10: É uma das formas mais comuns de laringites agudas, geralmente aparecendo de maneira súbita, após resfriado comum, ou nasofaringite viral ou bacteriana, iniciando com sensação de dor no nível da laringe, com tosse inicialmente seca, evoluindo para produtiva. Rouquidão associada. Febre baixa ou ausente. Estado geral bom. Com isso podemos definir como: A) Laringotraqueobronquite B) Epiglotite C) Laringite catarral aguda D) Laringite estridulosa E) Laringite alérgica aguda
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