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Aula 10 - Interpretação clínica de alterações comumente encontradas no exame clínico da genitália da criança e do adolescente

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HAM IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período 
Interpretação clínica de alterações comumente encontradas no exame clínico da genitália da criança e 
do adolescente
 FIMOSE 
 É a constrição do orifício prepucial, que leva a impossibilidade 
de retrair o prepúcio, impedindo assim a exposição da glande. 
 
 Pode ser congênita ou adquirida. 
 Nos primeiros meses de vida, o prepúcio está aderido à 
glande, a qual oferece proteção. Durante os meses seguintes, 
ocorre um deslocamento, separando-se o prepúcio da glande, 
processo esse já terminado ou bem adiantado aos 5 anos de 
vida. 
 Na fimose congênita verdadeira, o orifício prepucial não se 
dilata e a glande não se liberta, mesmo passados os primeiros 
anos de vida. 
 A impossibilidade de higiene local adequada produz 
retenção de esmegma que aparece, sob o prepúcio, sob 
a forma de pequenos acúmulos esbranquiçados, 
geralmente sem consequências, mas que pode também 
ocasionar processos inflamatórios (balanopostites). 
 CLASSIFICAÇÃO DE KAYABA: 
 TIPO I: leve retração sem que se veja a glande; 
 TIPO II: exposição do meato uretral com retração 
ligeiramente maior do prepúcio = começa a ver a glande; 
 TIPO III: exposição da glande até a sua parte média = 
forma anel; 
 TIPO IV: exposição da glande até a coroa = excesso de 
pele; 
 TIPO V: exposição fácil de toda a glande, incluindo o sulco 
balanoprepucial, sem as aderências encontradas nostipos 
anteriores = normal. 
 
 A fimose adquirida resulta de 
agressões ao prepúcio, como as 
massagens e processos 
inflamatórios. 
 COMPLICAÇÕES DA FIMOSE: Balanopostite, infecções 
urinárias, dificuldade para urinar, baloneamento prepucial. 
 PARAFIMOSE 
 Acidente que acontece quando se tenta fazer a retração 
forçada do prepúcio para 
exteriorizar a glande. 
 Ocorre constrição do 
prepúcio sobre o pênis e, 
desse modo, ele não pode 
mais ser puxado de volta 
sobre a glande. 
 Instala-se estase venosa e, a seguir edema muito doloroso e 
cianose da extremidade do pênis. 
 HIDROCELE 
 Aumento do volume escrotal, geralmente 
percebido logo ao nascimento ou na 
primeira consulta, que é indolor, não 
redutível, sem características 
inflamatórias. 
 Pode ser comunicante ou não 
comunicante. 
 
 CRIPTORQUIDIA 
 O criptorquidismo corresponde à localização extra-escrotal do 
testículo, atingindo cerca de 3% dos RN e 0,5-1% dos adultos. 
 Refere-se ao testículo que não é localizado na bolsa escrotal, 
ou seja, bolsa escrotal vazia. 
 É a mais frequente anormalidade genital masculina e associa-
se à prematuridade (<37 semanas). 
 As complicações decorrentes do criptorquismo estão 
principalmente relacionadas ao grau de anormalidade da 
localização testicular. 
 Podem ser agudas, como a torção ou maior propensão ao 
trauma, ou crônicas, como a esterilidade, maior risco 
neoplásico e insuficiente produção androgênica. 
 Podem ainda ser observadas repercussões psicológicas 
secundárias ao escroto vazio. 
 
HAM IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período 
 Condições que indicam avaliação emergencial: 
 Suspeita de anomalia da diferenciação sexual (testículos 
não palpáveis bilateralmente, testículo não palpável 
unilateral associado a anormalidade peniana como 
hipospádia ou micropênis, ou outro achado compatível 
com genitália ambígua); 
 Dor à palpação dos testículos (com ou sem hiperemia) = 
considerar torção testicular aguda. 
 
 
 EXAME FÍSICO: O diagnóstico do criptorquidismo é feito pelo 
exame do genital externo. Quando um exame físico adequado 
não consegue reconhecer a localização gonadal, esta pode ser 
intra-abdominal ou mesmo não existir. 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES: 
 Ultrassonografia com Doppler; 
 Laparoscopia: diagnóstica e terapêutica; 
 Em casos específicos de testículos não-palpáveis 
bilateralmente, o teste de estímulo agudo com 
gonadotrofina coriônica humana (hCG) é de grande valia 
no reconhecimento do anorquismo bilateral. 
 
 HIPOSPÁDIA 
 Malformação frequente, decorrente 
do fechamento distal incompleto do 
pênis. 
 Anomalia comumente encontrada no 
sexo masculino, em que a uretra se 
abre de maneira anômala, em qualquer 
altura da face ventral do pênis. 
 A uretra permanece aberta, bem como o corpo esponjoso, a 
glande e o prepúcio. 
 Meato uretral: distal, intermediária, proximal 
 Diagnóstico pelo exame físico: 
 
 Sempre buscar anormalidades associadas: criptorquidia, 
processo vaginal patente, hérnia inguinal; 
 Avaliação genética e endocrinológica (hiperplasia adrenal 
congênita). 
 EPISPÁDIA 
 Defeito congênito devido à malformação da 
URETRA em que a abertura uretral se 
encontra na face dorsal do pênis (é menos 
severa e é rara). 
 Complexo extrofia-epispádia: Anormalidade 
grave e complexa, devido à falha do fechamento da porção 
distal do abdome: bexiga e uretra permanecem abertas. 
 EXTROFIA CLÁSSICA DA BEXIGA é a forma + comum: 
 
 
 
HAM IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período 
 EXTROFIA EM CLOACA é a forma mais grave = TGI + TU para 
fora! 
 
 DIAGNÓSTICO: 
 Antenatal pelo US (15-32 semanas); 
 Pós-natal: clínico! 
 Bexiga e uretra expostas; 
 Ossos dos ramos púbicos distanciados; 
 Reto e ânus deslocados anteriormente; 
 Pênis mais curto e mais largo; 
 Clitóris bífido com vagina deslocada anteriormente; 
 Cloaca: exposição do íleo terminal, ânus imperfurado. 
 VARICOCELE 
 Dilatação das veias do complexo pampiniforme na bolsa 
testicular, causada pelo retorno venoso. 
 Raramente em pré-púberes. 
 Prevalência aumenta na adolescência 
 Redução do volume testicular, alterações endócrinas e 
alterações de parâmetros do sêmen = pode ter uma queda 
no padrão de fertilidade. 
 
 Na presença de varicocele na adolescência avaliar os 
seguintes parâmetros: 
 Graduação da varicocele (importante saber!!!) 
 
 Volume testicular pelo US; 
 US de bolsa testicular com doppler; 
 Avaliação endócrina; 
 Análise do sêmen (espermograma). 
 O grau de varicocele não apresenta relação com a 
espermatogênese 
 O testículo hipotrófico apresenta relação ( < 20%) 
 US é o método mais sensível. 
 Orquidômetro pode ser usado para seguimento ambulatorial 
 US doppler: identificar o refluxo, medir diâmetro das veias 
varicosas 
 Avaliação endocrina: FSH e LH, realizar estímulo LHRH 
 O diagnóstico é clínico! 
 SINÉQUIA DE PEQUENOS LÁBIOS 
 Aderência dos pequenos lábios que se fundem na linha media 
do ostio vaginal. 
 
 GENITÁLIA AMBÍGUA 
 Termo utilizado para designar bebês que nasceram com uma 
Anomalia de Diferenciação Sexual. Nessa condição, há uma 
alteração no desenvolvimento dos genitais, que faz com que 
seja muito difícil identificar, com absoluta certeza, a qual sexo 
esse bebê pertence

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