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DIREITO ELEITORAL-1

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DIREITO ELEITORAL
Edição 2023.1
Revisada
Atualizada
Ampliada
 
DIREITO ELEITORAL 
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 10 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ............................................................................................................ 11 
1. DIREITOS POLÍTICOS x DIREITO ELEITORAL ...................................................................... 11 
2. OBJETO DO DIREITO ELEITORAL .......................................................................................... 11 
3. FONTES DO DIREITO ELEITORAL .......................................................................................... 13 
 FONTE MATERIAL ............................................................................................................. 13 
 FONTE FORMAL DIRETA .................................................................................................. 13 
3.2.1. Constituição Federal .................................................................................................... 13 
3.2.2. Resoluções da Justiça Eleitoral ................................................................................... 18 
3.2.3. Princípios Jurídicos ...................................................................................................... 18 
 FONTE FORMAL INDIRETA .............................................................................................. 18 
3.3.1. Jurisprudência .............................................................................................................. 18 
3.3.2. Consulta ....................................................................................................................... 18 
INSTITUTOS DO DIREITO ELEITORAL .......................................................................................... 19 
1. SOBERANIA POPULAR ............................................................................................................ 19 
2. SUFRÁGIO UNIVERSAL ........................................................................................................... 19 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 19 
 SUFRÁGIO UNIVERSAL X SUFRÁGIO RESTRITO ......................................................... 20 
3. VOTO .......................................................................................................................................... 20 
 CARACTERÍSTICAS ........................................................................................................... 21 
3.1.1. Personalíssimo ............................................................................................................. 21 
3.1.2. Obrigatório.................................................................................................................... 21 
3.1.3. Secreto ......................................................................................................................... 21 
3.1.4. Direto ............................................................................................................................ 21 
3.1.5. Periódico ...................................................................................................................... 21 
3.1.6. Valor igual para todos .................................................................................................. 21 
4. DEMOCRACIA ........................................................................................................................... 21 
 DEMOCRACIA DIRETA ...................................................................................................... 22 
 DEMOCRACIA INDIRETA OU REPRESENTATIVA ......................................................... 22 
 DEMOCRACIA SEMIDIRETA OU PARTICIPATIVA .......................................................... 22 
4.3.1. Plebiscito ...................................................................................................................... 22 
4.3.2. Referendo..................................................................................................................... 24 
4.3.3. Iniciativa popular .......................................................................................................... 25 
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO ELEITORAL ............................................................................ 27 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 27 
2. PRINCÍPIO DA ISONOMIA ........................................................................................................ 27 
3. PRINCÍPIO REPUBLICANO ...................................................................................................... 27 
4. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU ANTERIORIDADE ELEITORAL ........................................ 28 
5. PRINCÍPIO DA CAUTELA/LEGITIMIDADE DAS ELEIÇÕES OU MORALIDADE ELEITORAL
 29 
6. PRINCÍPIO DA CELERIDADE ................................................................................................... 29 
7. PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO INSTANTÂNEA ......................................................................... 30 
8. PRINCÍPIO DA DEVOLUTIVIDADE DOS RECURSOS ............................................................ 30 
9. PRINCÍPIO DO APROVEITAMENTO DO VOTO OU DO IN DUBIO PRO VOTO ................... 30 
10. PRINCÍPIO DA IMPERSONALIDADE.................................................................................... 31 
SISTEMA ELEITORAL ...................................................................................................................... 32 
1. CONCEITO ................................................................................................................................. 32 
2. ESPÉCIES DE SISTEMAS ELEITORAIS .................................................................................. 32 
 SISTEMA ELEITORAL MAJORITÁRIO .............................................................................. 32 
2.1.1. Sistema Eleitoral Majoritário Simples/Relativo; ........................................................... 32 
 
. 
 
CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 2 
 
2.1.2. Sistema eleitoral majoritário ABSOLUTO ................................................................... 33 
2.1.3. Sistema eleitoral majoritário e infidelidade partidária ................................................. 34 
 SISTEMA ELEITORAL PROPORCIONAL ......................................................................... 34 
2.2.1. Noções gerais .............................................................................................................. 34 
2.2.2. Cálculos do Sistema Proporcional ............................................................................... 36 
2.2.3. Sistema eleitoral proporcional e infidelidade partidária .............................................. 43 
 SISTEMA ELEITORAL MISTO ........................................................................................... 43 
2.3.1. Voto distrital (o país é dividido em distritos) ................................................................ 43 
2.3.2. Voto geral ..................................................................................................................... 43 
INSTITUIÇÕES DO DIREITO ELEITORAL ...................................................................................... 44 
1. PODER JUDICIÁRIO ELEITORAL: PODER JUDICIÁRIO ESPECIALIZADO EM DIREITO 
ELEITORAL ....................................................................................................................................... 44 
2. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL .............................................................................. 44 
 TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE) .......................................................................44 
2.1.1. Membros ...................................................................................................................... 45 
2.1.2. Impedimentos ............................................................................................................... 46 
2.1.3. Afastamentos ............................................................................................................... 47 
2.1.4. Julgamento ................................................................................................................... 47 
 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL (TRE) ....................................................................... 47 
2.2.1. Composição ................................................................................................................. 48 
2.2.2. Julgamento ................................................................................................................... 49 
 JUIZ ELEITORAL (JE) ........................................................................................................ 50 
 JUNTA ELEITORAL (JTE) .................................................................................................. 51 
3. ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL DA JUSTIÇA ELEITORAL .................................................... 53 
 CIRCUNSCRIÇÃO ELEITORAL ......................................................................................... 53 
 ZONA ELEITORAL .............................................................................................................. 54 
 SEÇÕES ELEITORAIS ....................................................................................................... 54 
4. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL .............................................................................. 54 
 COMPETÊNCIA DO TSE E DOS TRE'S............................................................................ 54 
 COMPETÊNCIA DOS JUÍZES ELEITORAIS E DA JUNTA ELEITORAL ......................... 61 
5. FUNÇÕES DA JUSTIÇA ELEITORAL ....................................................................................... 63 
 FUNÇÃO JURISDICIONAL ................................................................................................. 63 
 FUNÇÃO ADMINISTRATIVA .............................................................................................. 64 
5.2.1. Função Administrativa “Geral” ..................................................................................... 64 
5.2.2. Função Administrativa Própria..................................................................................... 65 
 FUNÇÃO NORMATIVA ....................................................................................................... 65 
5.3.1. Função normativa “geral” do poder judiciário .............................................................. 65 
5.3.2. Função normativa específica da justiça eleitoral ........................................................ 65 
 FUNÇÃO CONSULTIVA ..................................................................................................... 67 
 FUNÇÃO DE CONTROLE/CORREIÇÃO/FISCALIZAÇÃO ............................................... 68 
6. MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL ......................................................................................... 70 
 ESTRUTURA DO MP ELEITORAL .................................................................................... 70 
 FUNÇÕES DO MP ELEITORAL ......................................................................................... 75 
 VEDAÇÕES E CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES ENTRE MEMBROS DO MP ELEITORAL
 76 
7. POLÍCIA ELEITORAL ................................................................................................................. 76 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 76 
 ATIVIDADE DE POLÍCIA .................................................................................................... 77 
7.2.1. Polícia Judiciária Eleitoral ............................................................................................ 77 
 
. 
 
CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 3 
 
7.2.2. Polícia Ostensiva Eleitoral ........................................................................................... 77 
8. DEFENSORIA PÚBLICA ELEITORAL ....................................................................................... 77 
9. PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL - PFN ................................................................ 78 
PARTIDOS POLÍTICOS .................................................................................................................... 80 
1. CONCEITO ................................................................................................................................. 80 
2. NATUREZA JURÍDICA ............................................................................................................... 80 
3. TEMPO MÍNIMO DE EXISTÊNCIA DO PARTIDO POLÍTICO .................................................. 82 
4. REQUISITOS PARA A CRIAÇÃO.............................................................................................. 82 
5. CARACTERÍSTICAS .................................................................................................................. 83 
 LIBERDADE DE CRIAÇÃO ................................................................................................ 83 
 CARÁTER NACIONAL ........................................................................................................ 83 
 AUTONOMIA PARTIDÁRIA ................................................................................................ 84 
6. COLIGAÇÕES ............................................................................................................................ 87 
7. FEDERAÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS ............................................................................... 89 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 89 
 REGRAS PARA A CRIAÇÃO DE UMA FEDERAÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS ........ 90 
 (IM) POSSIBILIDADE DE DEIXAR A FEDERAÇÃO ......................................................... 90 
 ETAPAS PARA A CONSTITUIÇÃO DE UMA FEDERAÇÃO ............................................ 91 
 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA O PEDIDO DE REGISTRO DA FEDERAÇÃO 
NO TSE .......................................................................................................................................... 91 
 ATUAÇÃO NAS ELEIÇÕES ............................................................................................... 91 
 INFIDELIDADE PARTIDÁRIA E FEDERAÇÃO ................................................................. 91 
 COLIGAÇÃO PARTIDÁRIA X FEDERAÇÃO DE PARTIDOS ........................................... 92 
8. CONSTITUCIONALIDADE DA FEDERAÇÃO PARTIDÁRIA .................................................... 94 
9. RESPONSABILIDADE PARTIDÁRIA ........................................................................................ 97 
10. FINANCIAMENTO PARTIDÁRIO ........................................................................................... 98 
 FUNDO PARTIDÁRIO......................................................................................................... 98 
10.1.1. APLICAÇÃO MÍNIMA DE RECURSOS E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DAS 
MULHERES ................................................................................................................................ 99 
10.1.2. CONSEQUÊNCIAS DA INOBSERVÂNCIA DA COTA DE GÊNERO ...................... 102 
11. PRESTAÇÃO DE CONTAS .................................................................................................. 104 
12. DESAPROVAÇÃO DAS CONTAS ....................................................................................... 104 
13. VEDAÇÕES AO RECEBIMENTODE AUXÍLIO FINANCEIRO ........................................... 106 
14. INFIDELIDADE PARTIDÁRIA .............................................................................................. 106 
 ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DA PERDA DO CARGO POR 
INFIDELIDADE PARTIDÁRIA ...................................................................................................... 109 
14.1.1. Previsão ..................................................................................................................... 109 
14.1.2. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 109 
14.1.3. Competência .............................................................................................................. 110 
14.1.4. Legitimidade passiva ................................................................................................. 110 
14.1.5. Pressupostos para a decretação da perda do cargo eletivo .................................... 110 
14.1.6. Limites da decisão ..................................................................................................... 110 
15. FUSÃO E INCORPORAÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS ................................................. 111 
16. FUNDAÇÕES CRIADAS POR PARTIDOS POLÍTICO ....................................................... 112 
17. EXTINÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS ........................................................................... 113 
18. FIM DA PROPAGANDA PARTIDÁRIA GRATUITA NO RÁDIO E TV ................................ 114 
CAPACIDADE ELEITORAL ............................................................................................................. 116 
1. CONCEITO E DESDOBRAMENTOS ...................................................................................... 116 
2. DIREITOS POLÍTICO-ELEITORAIS POSITIVOS ................................................................... 116 
 CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA: ALISTABILIDADE E VOTO .................................... 116 
 CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA: ELEGIBILIDADE ................................................ 117 
 
. 
 
CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 4 
 
3. DIREITOS POLÍTICO-ELEITORAIS NEGATIVOS .................................................................. 119 
 INELEGIBILIDADES (ABSOLUTAS E RELATIVAS) ....................................................... 120 
3.1.1. Inelegibilidades ABSOLUTAS ................................................................................... 120 
3.1.2. Inelegibilidades RELATIVAS ..................................................................................... 120 
3.1.3. A Lei da Ficha Limpa (LC 135/10) e o Princípio da Anualidade ............................... 140 
4. PRIVAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS (PERDA OU SUSPENSÃO) ................................. 141 
 PERDA DA NATURALIZAÇÃO ........................................................................................ 141 
 INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA ................................................................................. 141 
 CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO ............................................. 141 
 RECUSA DE CUMPRIR OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA OU SUA PRESTAÇÃO 
ALTERNATIVA ............................................................................................................................. 142 
 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.................................................................................. 142 
5. SERVIDOR PÚBLICO E EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO ........................................... 143 
ALISTAMENTO ELEITORAL ........................................................................................................... 144 
1. NATUREZA JURÍDICA DO ALISTAMENTO ELEITORAL ...................................................... 144 
2. PROCEDIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL .............................................................. 144 
 PROVOCAÇÃO DO ALISTAMENTO ............................................................................... 144 
 1ª FASE DO ALISTAMENTO ELEITORAL: QUALIFICAÇÃO ......................................... 144 
2.2.1. Requisitos da qualificação ......................................................................................... 145 
 2ª FASE DO ALISTAMENTO ELEITORAL: INSCRIÇÃO ................................................ 148 
3. TRANSFERÊNCIA ................................................................................................................... 149 
4. SEGUNDA VIA DO TÍTULO DE ELEITOR .............................................................................. 152 
5. CANCELAMENTO E EXCLUSÃO DA INSCRIÇÃO ELEITORAL ........................................... 153 
 HIPÓTESES DE CANCELAMENTO/EXCLUSÃO DO TÍTULO/ELEITOR ...................... 153 
 PROCEDIMENTO DE EXCLUSÃO .................................................................................. 157 
6. REVISÃO DO TÍTULO DE ELEITOR ....................................................................................... 158 
7. REVISÃO DO ELEITORADO ................................................................................................... 159 
PROCESSO ELEITORAL ................................................................................................................ 161 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 161 
2. PRIMEIRA FASE: FASE PREPARATÓRIA ............................................................................. 162 
 DAS CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS ............................................................................... 162 
2.1.1. Coligação partidária ................................................................................................... 163 
2.1.2. Prazo da Convenção ................................................................................................. 163 
2.1.3. Lugar da Convenção .................................................................................................. 163 
2.1.4. Propaganda eleitoral na Convenção ......................................................................... 164 
2.1.5. Tipo de Convenção .................................................................................................... 164 
2.1.6. Escolha dos pré-candidatos para registro na Convenção ........................................ 164 
 DOS REGISTROS DAS CANDIDATURAS ...................................................................... 167 
2.2.1. Requisitos para o registro .......................................................................................... 167 
2.2.2. Candidatura avulsa .................................................................................................... 170 
2.2.3. Competência para receber os registros dos pré-candidatos .................................... 171 
2.2.4. Prazo para análise do pedido de registro .................................................................. 172 
2.2.5. Identificação dos pré-candidatos ............................................................................... 174 
2.2.6. Substituição dos candidatos ...................................................................................... 174 
 DA PROPAGANDA POLÍTICA ......................................................................................... 175 
2.3.1. Propaganda Institucional (art. 37, §1º CF/88) ........................................................... 175 
2.3.2. Propaganda Partidária ............................................................................................... 183 
2.3.3. Propaganda Intrapartidária ........................................................................................ 186 
2.3.4. Propaganda Eleitoral ................................................................................................. 187 
 
. 
 
CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 5 
 
 ATOSPREPARATÓRIOS PARA A VOTAÇÃO (PARTINDO PARA A 2ª FASE) ........... 221 
3. SEGUNDA FASE: FASE DA VOTAÇÃO ................................................................................. 224 
 REGRAS GERAIS DA VOTAÇÃO .................................................................................... 224 
 MESA RECEPTORA DE VOTOS ..................................................................................... 226 
 DA JUSTIFICATIVA E VOTO NO EXTERIOR ................................................................. 227 
3.3.1. Prazos ........................................................................................................................ 227 
4. TERCEIRA FASE: FASE DA APURAÇÃO .............................................................................. 228 
5. QUARTA FASE: FASE DA DIPLOMAÇÃO ............................................................................. 228 
 CONCEITO DE DIPLOMAÇÃO ........................................................................................ 229 
 COMPETÊNCIA PARA A DIPLOMAÇÃO ........................................................................ 229 
6. QUINTA FASE: POSSE ........................................................................................................... 229 
ARRECADAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECURSOS NAS CAMPANHAS ELEITORAIS (ARTS. 17 A 
27 DA L.9504/97) ............................................................................................................................. 230 
1. PRINCÍPIO NORTEADOR ....................................................................................................... 230 
2. FIXAÇÃO DOS LIMITES DOS GASTOS DE CAMPANHA, POR PARTIDO E CANDIDATOS
 230 
 PRESIDENTE DA REPÚBLICA ........................................................................................ 231 
 GOVERNADOR................................................................................................................. 231 
 SENADOR ......................................................................................................................... 231 
 DEPUTADOS .................................................................................................................... 232 
 ARRECADAÇÃO FOR MAIOR QUE O LIMITE MÁXIMO DE GASTOS ......................... 232 
3. FUNDO ESPECIAL DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHA ................................................. 232 
4. ABERTURA DE CONTAS CORRENTES ESPECÍFICAS ....................................................... 235 
5. CROWDFUNDING E COMERCIALIZAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS ................................... 236 
 ARRECADAÇÃO DE RECURSOS PARA CAMPANHA POR MEIO DE “VAQUINHAS” NA 
INTERNET .................................................................................................................................... 237 
 ANTES DA LEI Nº 13.488/2017 O CROWDFUNDING ERA PERMITIDO EM 
CAMPANHAS ELEITORAIS? ...................................................................................................... 237 
 ARRECADAÇÃO DE RECURSOS PARA CAMPANHA POR MEIO DA VENDA DE BENS 
E SERVIÇOS ................................................................................................................................ 238 
6. ORIGEM DE RECURSOS........................................................................................................ 238 
 PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................... 238 
 RECURSOS PRÓPRIOS DO CANDIDATO ..................................................................... 243 
 DOAÇÃO POR PESSOA FÍSICA ..................................................................................... 243 
6.3.1. Introdução .................................................................................................................. 243 
6.3.2. Representação por excesso de doação .................................................................... 245 
6.3.3. Multa por doações acima do limite ............................................................................ 247 
6.3.4. Doações ocultas......................................................................................................... 247 
6.3.5. Transparências das doações ..................................................................................... 248 
6.3.6. Vedações para doações ............................................................................................ 249 
 DOAÇÕES DE OUTROS PARTIDOS POLÍTICOS OU CANDIDATOS .......................... 249 
 COMERCIALIZAÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS OU PROMOÇÃO DE EVENTOS ...... 250 
 RECEITAS DECORRENTES DE APLICAÇÃO FINANCEIRA DE RECURSOS DE 
CAMPANHA ................................................................................................................................. 250 
 RECURSOS PRÓPRIOS DOS PARTIDOS ..................................................................... 251 
7. RESPONSABILIZAÇÃO ........................................................................................................... 251 
 DO PARTIDO POLÍTICO .................................................................................................. 251 
 DO CANDIDATO ............................................................................................................... 252 
 
. 
 
CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 6 
 
8. DESPESAS QUE SÃO CONSIDERADAS GASTOS ELEITORAIS PARA FINS DE 
PRESTAÇÃO DE CONTAS ............................................................................................................. 252 
 GASTOS ELEITORAIS ..................................................................................................... 252 
 DESPESAS COM TRANSPORTE E DESLOCAMENTO ................................................ 252 
 DESPESAS COM CONSULTORIA, ASSESSORIA E PAGAMENTO DE HONORÁRIOS 
REALIZADAS EM DECORRÊNCIA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS E DE 
CONTABILIDADE NO CURSO DAS CAMPANHAS ELEITORAIS ............................................ 253 
 DISPENSADOS DE COMPROVAÇÃO NA PRESTAÇÃO DE CONTAS ........................ 254 
9. DA PRESTAÇÃO DE CONTAS (ARTS. 28 A 32 L.9504/97) .................................................. 254 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 254 
 CONSEQUÊNCIA DA NÃO PRESTAÇÃO....................................................................... 256 
 FORMAS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS ....................................................................... 257 
 RITO PROCESSUAL ........................................................................................................ 257 
10. CAPTAÇÃO E GASTOS ILÍCITOS DE RECURSOS ELEITORAIS .................................... 259 
 PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................... 260 
 HIPÓTESES DE CABIMENTO ......................................................................................... 260 
 BEM JURÍDICO TUTELADO ............................................................................................ 260 
 PRAZO PARA AJUIZAMENTO ........................................................................................ 261 
 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 261 
 LEGITIMADOS ATIVOS ................................................................................................... 261 
 LEGITIMADOS PASSIVOS .............................................................................................. 261 
 PROCEDIMENTO ............................................................................................................. 261 
 SANÇÕES ......................................................................................................................... 262 
AÇÕES CIVIS ELEITORAIS (PROCESSO CONTENCIOSO ELEITORAL) ..................................263 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 263 
2. RECLAMAÇÃO OU REPRESENTAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DA LEI DAS ELEIÇÕES 
(RDLE) ............................................................................................................................................. 265 
 PREVISÃO LEGAL DA RDLE (ART. 96 DA L.9504/97) .................................................. 265 
 OBJETIVO DA RDLE ........................................................................................................ 266 
 OBJETO DA RDLE ........................................................................................................... 266 
2.3.1. Propaganda extemporânea (art. 36, §3º L. – propaganda partidária, intrapartidária e 
eleitoral) 266 
2.3.2. Doações que excedem os limites legais (art. 23, §3º L.) .......................................... 266 
2.3.3. Captação de recursos vedados (arts. 24 e 25) ......................................................... 267 
2.3.4. Divulgação de pesquisa não registrada (art. 33, §3º) ............................................... 267 
2.3.5. Uso de meios indevidos de propaganda eleitoral (art. 39 e outros L.) ..................... 268 
 COMPETÊNCIA PARA A RDLE ....................................................................................... 268 
 PRAZO PARA A RDLE ..................................................................................................... 268 
 LEGITIMIDADE PARA A RDLE ........................................................................................ 268 
2.6.1. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 268 
2.6.2. Legitimidade Passiva ................................................................................................. 269 
 PROCEDIMENTO ESPECIAL DA RDLE ......................................................................... 269 
 EFEITOS DA SENTENÇA PROCEDENTE EM RDLE .................................................... 270 
3. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATOS (AIRC) .................................. 271 
 PREVISÃO LEGAL AIRC (ART. 3º LC 64/90).................................................................. 271 
 OBJETIVO DA AIRC ......................................................................................................... 271 
 OBJETO DA AIRC ............................................................................................................ 271 
3.3.1. Condições de elegibilidade ........................................................................................ 272 
3.3.2. Causas de inelegibilidade .......................................................................................... 272 
 
. 
 
CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 7 
 
3.3.3. Presença de registrabilidade (art. 11, §1º L.9504/97)............................................... 274 
 COMPETÊNCIA PARA A AIRC ........................................................................................ 274 
 PRAZO PARA A AIRC ...................................................................................................... 275 
 PRECLUSÃO PARA A AIRC ............................................................................................ 275 
3.6.1. LEGITIMIDADE PARA A AIRC.................................................................................. 275 
3.6.2. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 275 
3.6.3. Legitimidade passiva ................................................................................................. 276 
 PROCEDIMENTO ESPECIAL DA AIRC (LC 64/90) ........................................................ 276 
3.7.1. Petição Inicial ............................................................................................................. 276 
3.7.2. Defesa: 07 dias .......................................................................................................... 278 
3.7.3. Instrução ..................................................................................................................... 278 
3.7.4. Participação do MP .................................................................................................... 279 
3.7.5. Alegações Finais ........................................................................................................ 279 
3.7.6. Prolação da sentença ................................................................................................ 279 
3.7.7. Recurso ao TRE......................................................................................................... 280 
 EFEITOS DA SENTENÇA PROCEDENTE EM AIRC (ART. 15 DA LC 64/90)............... 281 
4. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL (AIJE) OU REPRESENTAÇÃO POR 
ABUSO DE PODER ECONÔMICO OU DO PODER POLÍTICO (RAPEPP) ................................. 281 
 PREVISÃO LEGAL (ART. 22 DA LC 64/90) .................................................................... 281 
 OBJETIVO DA AIJE OU RAPEPP .................................................................................... 281 
 OBJETO DA AIJE OU RAPPEP (ART. 22 LC 64/90) ...................................................... 282 
 COMPETÊNCIA PARA A AIJE OU RAPPEP .................................................................. 283 
 PRAZO PARA AIJE OU RAPPEP .................................................................................... 283 
 LEGITIMIDADE PARA A AIJE OU RAPPEP.................................................................... 283 
4.6.1. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 283 
4.6.2. Legitimidade Passiva ................................................................................................. 284 
 PROCEDIMENTO ESPECIAL DA AIJE OU RAPPEP (ARTS. 22 A 24 LC 64/90). ........ 284 
4.7.1. Inicial .......................................................................................................................... 285 
4.7.2. Defesa: 05 dias .......................................................................................................... 285 
4.7.3. Concessão de liminar ................................................................................................ 285 
4.7.4. Instrução ..................................................................................................................... 286 
4.7.5. Diligências .................................................................................................................. 286 
4.7.6. Alegações finais ......................................................................................................... 286 
4.7.7. Sentença .................................................................................................................... 286 
4.7.8. Recurso ...................................................................................................................... 287 
 EFEITOS DA SENTENÇA PROCEDENTE NA AIJE OU RAPPEP (INCIDÊNCIA DA 
“FICHA LIMPA”) ........................................................................................................................... 287 
5. REPRESENTAÇÃO POR CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO (RCIS) ............................... 288 
 PREVISÃO LEGAL (ART. 41-A L.9504/97) ..................................................................... 288 
 OBJETIVO DA RCIS ......................................................................................................... 289 
 OBJETO (REQUISITOS) DA RCIS .................................................................................. 289 
 PRAZO DA RCIS .............................................................................................................. 289 
 COMPETÊNCIA ................................................................................................................290 
 LEGITIMIDADE ATIVA PARA A RCIS ............................................................................. 290 
5.6.1. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 290 
5.6.2. Legitimidade Passiva ................................................................................................. 290 
 PROCEDIMENTO ESPECIAL DA RCIS (ART. 22 LC 64/90) ......................................... 291 
 EFEITOS DA PROCEDÊNCIA DA RCIS ......................................................................... 291 
 
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CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 8 
 
6. REPRESENTAÇÃO POR CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS (RCVAP).. 292 
 PREVISÃO ........................................................................................................................ 292 
 OBJETIVO DA RCVAP ..................................................................................................... 293 
 OBJETO DA RCVAP ......................................................................................................... 293 
6.3.1. Desvirtuamento de recursos MATERIAIS da Administração Pública ....................... 293 
6.3.2. Desvirtuamento de recursos HUMANOS da Administração Pública ........................ 294 
6.3.3. Desvirtuamento de recursos FINANCEIROS da Administração Pública ................. 295 
6.3.4. Desvirtuamento dos MEIOS DE COMUNICAÇÃO ................................................... 296 
6.3.5. Desvirtuamento dos PRINCÍPIOS da Administração Pública .................................. 297 
 COMPETÊNCIA PARA A RCVAP .................................................................................... 298 
 PRAZO PARA A PROPOSITURA DA RCVAP ................................................................ 298 
 LEGITIMIDADE PARA A RCVAP ..................................................................................... 298 
6.6.1. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 298 
6.6.2. Legitimidade Passiva ................................................................................................. 298 
 PROCEDIMENTO (ARTS. 22 A 24 LC 64/90) ................................................................. 299 
 EFEITOS DA PROCEDÊNCIA DA RCVAP...................................................................... 299 
7. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE DIPLOMAÇÃO OU RECURSO CONTRA DIPLOMAÇÃO - AIDI 
OU RCD (ART. 262 CE) .................................................................................................................. 300 
 PREVISÃO LEGAL DO RCD (ART. 262 DO CE) ............................................................ 300 
 OBJETIVO DO RCD ......................................................................................................... 301 
 HIPÓTESES DE RCD ....................................................................................................... 301 
 COMPETÊNCIA PARA O RCD ........................................................................................ 302 
 PRAZO PARA O RCD (ART. 258 CE) ............................................................................. 302 
 LEGITIMIDADE PARA O RCD ......................................................................................... 303 
7.6.1. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 303 
7.6.2. Legitimidade Passiva ................................................................................................. 303 
 PROCEDIMENTO DO RCD .............................................................................................. 303 
 EFEITOS DO RCD ............................................................................................................ 304 
8. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO - AIME (ART. 14, §§ 10 E 11 DA CF/88)
 304 
 PREVISÃO CONSTITUCIONAL/LEGAL .......................................................................... 304 
 OBJETIVO DA AIME ......................................................................................................... 305 
 OBJETO DA AIME ............................................................................................................ 305 
 COMPETÊNCIA PARA A AIME ........................................................................................ 305 
 PRAZO PARA A AIME (ART. 14, §10 CF/88) .................................................................. 305 
 LEGITIMAÇÃO PARA A AIME ......................................................................................... 306 
8.6.1. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 306 
8.6.2. Legitimidade Passiva ................................................................................................. 307 
 PROCEDIMENTO DA AIME ............................................................................................. 307 
8.7.1. Prazo de 15 dias para apresentar a petição inicial, a partir da diplomação. ............ 307 
8.7.2. Defesa prazo de 07 dias ............................................................................................ 307 
8.7.3. Instrução ..................................................................................................................... 307 
8.7.4. Diligências .................................................................................................................. 308 
8.7.5. Prolação de sentença ................................................................................................ 308 
8.7.6. Recurso ...................................................................................................................... 308 
 EFEITOS DA PROCEDÊNCIA DA AIME ......................................................................... 309 
9. AÇÃO RESCISÓRIA ELEITORAL ........................................................................................... 309 
 PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................... 309 
 
. 
 
CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 9 
 
 PRAZO .............................................................................................................................. 310 
 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 310 
 LEGITIMIDADE ................................................................................................................. 310 
9.4.1. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 310 
9.4.2. Legitimidade passiva ................................................................................................. 310 
 PROCEDIMENTO ............................................................................................................. 310 
 RECURSO ......................................................................................................................... 311 
RECURSOS CÍVEIS ELEITORAIS ................................................................................................. 312 
1. REGRAS GERAIS .................................................................................................................... 312 
2. DO RECURSO CONTRA DECISÃO PROFERIDA POR JUIZ ELEITORAL: RECURSO 
INOMINADO (RI) ............................................................................................................................. 314 
 PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................... 314 
 POSSIBILIDADES ............................................................................................................. 314 
2.2.1. Decisão que nomeia escrutinadores e auxiliares(art. 39 CE); ................................. 314 
2.2.2. Decisão que deferir/indeferir o requerimento de inscrição do ELEITOR (arts. 57 e 58 
Resolução 23.569/2021 TSE) .................................................................................................. 315 
2.2.3. Decisão que deferir/indeferir a transferência de domicílio (art. 57 e 58 da Resolução 
23.659/2021) ............................................................................................................................. 315 
2.2.4. Do julgamento proferido nas ações civis eleitorais ................................................... 316 
3. RECURSOS CONTRA DECISÃO PROFERIDA PELA JUNTA ELEITORAL ......................... 316 
 RECURSO PARCIAL (RP - ART. 261 CE)....................................................................... 317 
 RECURSO INOMINADO (RI - ART. 265 CE) .................................................................. 317 
4. RECURSOS CONTRA DECISÕES PROFERIDAS PELO TRE ............................................. 318 
 RECURSO PARCIAL ........................................................................................................ 318 
 RECURSO INOMINADO (ASSEMELHA-SE AO AGRAVO REGIMENTAL) ................... 322 
 RECURSO ORDINÁRIO (ART. 121, §4º, III A V CF/88 c/c ART. 276, II CE) ................. 322 
 RECURSO ESPECIAL (ART. 121, §4º, I E II CF/88 C/C ART. 276, I CE): RECURSO 
INTERPOSTO PERANTE O TSE. ............................................................................................... 323 
 AGRAVO DE INSTRUMENTO (ART. 279 CE) ................................................................ 324 
5. RECURSOS CONTRA DECISÕES PROFERIDAS PELO TSE ............................................. 325 
 RECURSO INOMINADO (ART. 264 CE) ......................................................................... 325 
 RECURSO ORDINÁRIO (ART. 121, §3º, 2ª PARTE CF C/C ART. 281, 2ª PARTE DO 
CE) 325 
 RECURSO EXTRAORDINÁRIO (ART. 121, §3º, 1ª PARTE CF/88 C/C 281, 1ª PARTE 
DO CE) ......................................................................................................................................... 325 
 AGRAVO DE INSTRUMENTO (ART. 282 CE) ................................................................ 326 
6. SÚMULAS DO TSE SOBRE RECURSOS .............................................................................. 327 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 10 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá! 
Inicialmente gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja 
útil na sua preparação, em todas as fases. A grande maioria dos concurseiros possui o hábito de 
trocar o material de estudo constantemente, principalmente, em razão da variedade que se tem 
hoje, cada dia surge algo novo. O ideal é você utilizar sempre a mesma fonte, fazendo a 
complementação necessária, eis que quanto mais contato temos com determinada fonte de estudo, 
mais familiarizados ficamos, o que se torna primordial na hora da prova. 
Para o estudo da disciplina “Direito Eleitoral” com o enfoque em concursos públicos, 
aconselha-se a leitura da legislação, dos resumos dos informativos do Tribunal Superior Eleitoral 
(TSE) e mínima doutrina. O Direito Eleitoral é um emaranhado de normas que, não raro, confundem 
estudantes, por isso se indica a leitura da lei seca, bem como a análise do que tem entendido a 
jurisprudência. 
O Caderno Sistematizado de Direito Eleitoral foi totalmente reformulado, tendo como base 
as aulas dos Professores. André Luiz Cunha (G7), Carlos Eduardo Frazão (G7) e João Paulo 
(CERS), bem como do Prof. Bruno Gaspar (CPIuris). 
Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito 
(www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de 
Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). 
Destacamos que é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da 
semana para ler no site do Dizer o Direito. 
Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina 
+ informativos + + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você faça uma 
boa prova. 
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito 
importante!!! As bancas costumam repetir certos temas. 
Vamos juntos!!! Bons estudos!!! 
Equipe Cadernos Sistematizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 11 
 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
1. DIREITOS POLÍTICOS x DIREITO ELEITORAL 
O Direito Eleitoral é um subsistema dentro do sistema constitucional dos Direitos Políticos. 
Portanto, é possível afirmar que os Direitos Políticos são uma categoria ampla, dentro da qual está 
incluído o Direito Eleitoral. 
De acordo com a doutrina, os direitos políticos contêm cinco grandes vertentes, quais sejam: 
VERTENTES 
PRIMEIRA 
Relacionada com as diversas formas de manifestação do pensamento 
político, ideológico, filosófico em âmbito individual e coletivo, pois um 
Estado Democrático de Direito é formado por diferentes convicções. 
Atualmente, a internet é um grande instrumento de manifestação do 
pensamento político. 
SEGUNDA 
Relacionada à associação para fins políticos a qual, de acordo com a CF, 
é livre, sendo vedada a de caráter paramilitar. 
CF Art. 17 - § 4º É vedada a utilização pelos 
partidos políticos de organização paramilitar. 
 
No Brasil, a grande expressão são os partidos políticos. 
TERCEIRA 
Relacionada aos direitos eleitorais, os quais estão ligados ao processo 
eleitoral. Aqui, tem-se: 
• Possibilidade de ser eleitor e ser elegível; 
• Atribuição de mandato eletivo; 
• Participação da sociedade na manifestação direta da sua 
soberania (plebiscito e referendo). 
QUARTA 
Relacionada à ocupação de cargo público não elegível. Assim, a 
participação nas instituições do Estado (qualquer de seus poderes), em 
cargo não eletivo, é exercício de direito político. 
Cita-se, como exemplo, a indicação para Ministro do STF. 
QUINTA 
Relacionada ao exercício da soberania pela sociedade. 
Como exemplo, tem-se a prerrogativa de participar do processo legislativo 
por meio de iniciativa popular. 
2. OBJETO DO DIREITO ELEITORAL 
 
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CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 12 
 
É a normatização de todo o chamado “processo eleitoral”, que se inicia com o alistamento 
do eleitor, com a consequente distribuição do corpo eleitoral, e se encerra com a diplomação dos 
eleitos. 
# Os partidos políticos são objeto do Direito Eleitoral? 
1ª C: Sim. Há questões dos partidos políticos que são resolvidas pela Justiça Eleitoral e 
outras são resolvidas no âmbito da Justiça Comum. 
2ª C (mais moderna): Não. Os partidos políticos alcançaram um foro de autonomia tal na 
CF/1988 que passaram a constituir um ramo próprio do direito: o Direito Partidário. 
Para sistematizar, fizemos uma breve lista com os objetivos do Direito Eleitoral. 
OBJETIVOS DO DIREITO ELEITORAL 
Direitos subjetivos 
políticos eleitorais 
Composto pelos direitos positivos (exemplo: capacidade eleitoral 
ATIVA – capacidade de ser eleitor; capacidade eleitoral PASSIVA – 
capacidade de ser elegível) e direitos eleitorais negativos (PERDA 
de direitos políticos, SUSPENSÃO de direitos políticos) 
Sufrágio 
Direito fundamental do cidadão de participar da dinâmica do poder 
político dentro da sociedade. 
Voto É um dos instrumentos para o exercício do sufrágio 
Sistemas Eleitorais 
Metodologias utilizadas para representação da sociedade. Exemplo: 
sistema proporcional, majoritário 
Métodos de 
participação da 
sociedade na tomada 
de decisões coletivas 
Plebiscito e Referendo 
Acesso aos cargos 
políticos eletivos 
Atribuição do mandato e titularidade do mandato, incluindo-se 
também o fim do mandato 
Regular as instituições 
e competências dos 
órgãos constitucionais 
eleitoraisPoder Judiciário Eleitoral 
MP Eleitoral 
Polícia Eleitoral (atualmente, PF + PC) 
Defensoria Pública 
Procuradoria da Fazenda Nacional 
Processo 
Administrativo eleitoral 
Possui várias vertentes e momentos, envolve desde o alistamento 
até a diplomação dos candidatos 
Crimes eleitorais e 
processo penal 
eleitoral 
Há diversos crimes eleitorais. 
 
. 
 
CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 13 
 
3. FONTES DO DIREITO ELEITORAL 
Há várias formas por meio das quais o Direito Eleitoral se expressa. Aqui, veremos as 
seguintes fontes: 
• Fonte material; 
• Fontes formais diretas; 
• Fontes formais indiretas. 
 FONTE MATERIAL 
É responsável pela criação do direito eleitoral. 
Compete privativamente à União legislar sobre direito eleitoral, podendo haver Lei 
Complementar permitindo que os Estados também legislem sobre matérias específicas. 
 FONTE FORMAL DIRETA 
3.2.1. Constituição Federal 
A Constituição Federal, em seus arts. 14, 15, 16 e 17 (alguns aspectos), traz inúmeras regras 
de Direito Eleitoral, tais como: 
• Capacidade eleitoral ativa e passiva; 
• Partidos políticos; 
• Plebiscito e referendo; 
• Nacionalidade; 
• Competência para legislar em matéria eleitoral; 
• Organização da justiça eleitoral; 
• Competência dos Tribunais; 
• Cidadania 
Como tais artigos são de suma importância e costumam ser cobrados, colacionamos aqui 
para facilitar o seu estudo. 
CF Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo 
voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, 
mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
 
. 
 
CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 14 
 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o 
período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e 
Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único período 
subsequente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar 
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os 
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do 
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à 
reeleição. 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade 
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a 
inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os 
prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a 
moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do 
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do 
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta. 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no 
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas 
de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, 
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
 
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CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 15 
 
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as 
consultas populares sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras 
Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da 
data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de 
quesitos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) 
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às 
consultas populares nos termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas 
eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita no rádio e na 
televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) 
 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão 
só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus 
efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, 
nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua 
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua 
vigência. 
 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, 
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o 
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados 
os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo 
estrangeiros ou de subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura 
interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus 
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento 
e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas 
eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, 
sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, 
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas 
de disciplina e fidelidade partidária. 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma 
da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao 
rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: 
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% 
(três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das 
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos 
válidos em cada uma delas; ou 
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em 
pelo menos um terço das unidades da Federação. 
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1. 
 
CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 16 
 
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º 
deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do 
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação 
considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de 
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. Leis infraconstitucionais. 
§ 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados 
Distritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido 
eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de 
outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em 
qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do 
fundo partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e 
à televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) 
§ 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos 
recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de programas de 
promoção e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os 
interesses intrapartidários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, 
de 2022) 
§ 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da 
parcela do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o 
tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos 
partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30% (trinta por 
cento), proporcional ao número de candidatas, e a distribuição deverá ser 
realizada conforme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e 
pelas normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse partidário. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022). 
 
Como já mencionado, a União possui competência privativa para legislar sobre Direito 
Eleitoral (art. 22, I, da CF). A competência privativa, como se sabe, permite que algumas 
especificidades sejam delegadas aos Estados e ao DF, sempre por meio de lei complementar (art. 
22, parágrafo único, da CF). 
Art. 22, Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho; 
(...) 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar 
sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
 
Portanto, leis infraconstitucionais também são fontes formais diretas de Direito Eleitoral. 
Destaca-se que a CF prevê que não poderá haver edição de Lei Delegada (art. 68, §1º, II) e 
nem de Medida Provisória em matéria de Direito Eleitoral (art. 62, §1º) 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, 
que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do 
Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados 
ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a 
legislação sobre: 
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; 
 
 
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CS – DIREITO ELEITORAL 2023.1 17 
 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá 
adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de 
imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I - relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito 
eleitoral; 
 
Leis infraconstitucionais eleitorais podem ser Leis Ordinárias ou Leis Complementares. 
Contudo, há matérias específicas que a Constituição Federal reservou para serem tratadas por meio 
de Lei Complementar. 
Art. 14 § 9º Lei COMPLEMENTAR estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade 
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida 
pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra 
a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou 
emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) 
 
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos 
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. 
 
A doutrina costuma fazer uma divisão entre as leis infraconstitucionais (não costuma ser 
cobrado), qual seja: 
a) Lei Eleitoral própria ou típica 
Versam sobre questões tipicamente eleitorais. 
O Código Eleitoral (CE) na parte que trata da organização da justiça eleitoral (CE art. 1º ao 
41) é Lei Complementar, por força do CF/1988 – art. 21, no mais, é Lei ordinária. O CE originalmente 
é LO, mas foi recepcionado em parte como Lei Complementar. 
- Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90). 
- Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95) e suas alterações. 
- Lei das Eleições (Lei 9.504/97) e suas alterações. 
b) Lei Eleitoral subsidiária 
Não são leis eleitorais, no entanto, têm aplicação SUBSIDIÁRIA no direito eleitoral. As 
principais são: 
• CC/2002: Ex.: domicílio, contratos, bens, doações etc. 
• CPC. Quando não há rito eleitoral próprio, aplica-se o CPC (ex.: matéria referente a 
provas). 
• CP: a parte geral do CP é bastante aplicada ao direito eleitoral. 
• CPP: Ex.: Inquérito Policial. 
 
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Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais: se aplica subsidiariamente ao CE. 
3.2.2. Resoluções da Justiça Eleitoral 
Há um poder regulamentar instituído pelo Código Eleitoral, corroborado pela Lei das 
Eleições, a partir do qual o legislador conferiu ao Poder Judiciário (TSE) a prerrogativa de detalhar 
o conteúdo previsto em lei e nas normas gerais produzidas pelo Poder Legislativo. 
Art. 105 da Lei 9.504/97 - Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal 
Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos 
ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir 
todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, 
previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos 
partidos políticos. 
 
A resolução do TSE não poderá inovar na ordem jurídica. Portanto, o poder regulamentar é 
restrito. 
3.2.3. Princípios Jurídicos 
São aplicáveis os princípios de outros ramos do direito: presunção de inocência, ampla 
defesa e contraditório, Juiz natural. 
 FONTE FORMAL INDIRETA 
3.3.1. Jurisprudência 
A jurisprudência eleitoral é riquíssima e cada vez mais tem sido cobrada em provas. Por 
isso, é importante atentar-se para os informativos do TSE. 
3.3.2. Consulta 
São entendimentos do TSE, expostos através de resposta a uma pergunta sobre o que o 
TSE pensa de determinado assunto. 
Equivale a uma jurisprudência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INSTITUTOS DO DIREITO ELEITORAL 
1. SOBERANIA POPULAR 
Inicialmente, é necessário compreender que o poder é um dos elementos do Estado, sem 
poder o governo não consegue implementar as políticas públicas que entende serem necessárias. 
O vocábulo soberania significa o poder alto, supremo e soberano. Ou seja, aquele que não 
está sujeito a nenhum outro poder. Em um primeiro momento, tal significado, pode passar a ideia 
de autoritarismo, o que é equivocado, uma vez que o poder soberano é um poder democrático. 
O Estado Democrático de Direito é aquele que se submete às normas por ele próprio criadas. 
Não por acaso, a Constituição Federal de 1988 consagrou a soberania popular, afirmando que “todo 
poder emana do povo”. 
CF – art. 1º, Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por 
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição. 
 
 A CF, ainda, estabeleceu a formaque a soberania popular deve ser concretizada, qual seja: 
através do sufrágio, do voto direto e secreto. Observe o art. 14: 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
2. SUFRÁGIO UNIVERSAL 
 CONCEITO 
De acordo com Alexandre de Moraes, “sufrágio universal é um direito público, subjetivo, de 
natureza política que tem o cidadão de eleger, ser eleito e de participar da organização e da 
atividade estatal”. Em suma, trata-se de um direito que o cidadão possui de decidir os rumos da 
administração, votando e/ou sendo votado. 
Perceba, portanto, que o sufrágio possui duas concepções. Vejamos: 
 
Capacidade Eleitoral 
Ativa 
Ius suffragium
Direito de votar, de 
eleger representantes
Capacidade Eleitoral 
Passiva
Ius honorum
Direito de ser escolhido 
em processo eleitoral
 
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Obs.: Não são todos que são dotados de capacidade eleitoral passiva. 
Apenas aqueles que preencherem os requisitos prefixados poderão 
ser escolhidos em processo eleitoral. 
Obs.: No Direito Eleitoral a expressão “cidadania” deve ser 
interpretada de maneira restrita. 
Em tópico próprio abordaremos de forma mais aprofundada a questão da Capacidade 
Eleitoral. 
 SUFRÁGIO UNIVERSAL X SUFRÁGIO RESTRITO 
Nos dizeres de Bruno Gaspar, “sufrágio universal se caracteriza pela concessão genérica 
de cidadania. A mera existência de restrição, por si só, não retira o caráter universal do sufrágio. 
Nele não se admitem restrições por motivos étnicos, de riqueza ou capacidade intelectual”. 
Cita-se, por exemplo, a proibição de menores de 16 anos votarem. Trata-se de uma restrição 
ao sufrágio, mas é razoável, portanto, por si só, não retira o seu caráter universal. 
Por outro lado, “sufrágio restrito, ao contrário, é aquele concedido tão somente a uma 
minoria, que preenche a determinados requisitos econômicos, sociais e culturais”. O sufrágio restrito 
poderá ser censitário, cultural ou capacitário ou gênero. 
 
O art. 14, §4º da CF prevê que são inalistáveis os analfabetos, seria uma hipótese de 
sufrágio restrito? 
1ªC - Há doutrina que entende que tal proibição é considerada um sufrágio restrito 
capacitário, ferindo o princípio da dignidade da pessoa humana. 
2ªC - De outra banda, há doutrinadores que sustentam que é uma restrição razoável, não 
tornando o sufrágio restrito. Além disso, o analfabeto possui a faculdade de votar, capacidade 
eleitoral ativa. 
3. VOTO 
Representa instrumento de exercício do sufrágio, materializando a vontade popular. 
CENSITÁRIO
Fundado na capacidade 
econômica do indivíduo. 
Baseia-se na crença de que 
apenas pessoas com poder 
econômico elevado podem 
exercer o direito ao voto.
CULTURAL OU 
CAPACITÁRIO
Fundado na formação 
educacional (capacidade 
intelectual) da pessoa. 
Exemplo: a Inglaterra até os 
anos 50 tinha a participação 
restrita em razão da cultura.
GÊNERO
Fundado no patriarcado, no 
sexismo. Sustenta que 
apenas os homens podem 
votar e serem votados, 
exclui o direito das 
mulheres. 
 
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 CARACTERÍSTICAS 
A seguir iremos analisar as principais características do voto. 
3.1.1. Personalíssimo 
O direito ao voto deve ser exercido pessoalmente. Assim, não é possível votar por meio de 
representante, por procuração e nem por correspondência. 
3.1.2. Obrigatório 
Todo cidadão, maior de 18 anos e menor de 70 anos, é obrigado a votar, comparecendo ao 
local de votação e assinando a lista de votação. Essa obrigatoriedade não impede a liberdade de 
votar, pois o eleitor pode inclusive votar em branco ou anular seu voto. 
Obviamente, estando fora do seu local de votação, é possível justificar, no dia da eleição 
(formulário próprio), ou em até 60 dias depois, sob pena de multa. 
3.1.3. Secreto 
Trata-se de um direito público subjetivo do eleitor. Por isso, não pode ser revelado pelos 
órgãos da Justiça Eleitoral. 
É cláusula pétrea. 
3.1.4. Direto 
Os representantes são escolhidos diretamente pelos eleitores, sem intermediários. 
A CF prevê o voto indireto, em caráter excepcional. 
Art. 81, § 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período 
presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da 
última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 
3.1.5. Periódico 
O voto deve ser exercido em intervalos regulares de tempo, decorre do princípio republicano 
que impõe uma rotatividade do exercício do poder político. 
3.1.6. Valor igual para todos 
Não há distinção no valor do voto, será igual para todos os cidadãos. 
CF - Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo 
voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, 
mediante: (...) 
4. DEMOCRACIA 
 
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O termo democracia foi criado pelos Gregos, significa poder exercido pelo povo. Ou seja, o 
povo deve participar efetivamente do governo, sem sua participação há ausência de democracia. 
De acordo com a doutrina, a democracia divide-se em três categorias: direta, indireta ou 
representativa e semidireta ou participativa. A seguir iremos analisar cada uma delas. 
 DEMOCRACIA DIRETA 
A democracia direta caracteriza-se por um governo em que os cidadãos participam 
diretamente das decisões governamentais, não há a presença de intermediários. 
Trata-se do modelo clássico de democracia, entendido como o ideal. Contudo, é um modelo 
impraticável, uma vez que as decisões deveriam ser tomadas em assembleias com a participação 
efetiva de toda a população, o que seria inviável. 
 DEMOCRACIA INDIRETA OU REPRESENTATIVA 
No modelo da democracia indireta ou representativa cabe aos cidadãos, tão somente, 
escolherem os seus representantes políticos. Os eleitos receberão um mandato, sem que haja 
qualquer vinculação jurídica entre o representante e o representado. Perceba, com isso, que não 
há qualquer obrigação por parte do eleito em cumprir os termos do “mandato” outorgado pelo povo. 
Assim, por exemplo, caso um candidato a governador apresente um programa de governo 
com viés liberal e, ao ser eleito, implemente um viés conservador, que desagrade seus eleitores, 
mesmo que se entenda ser uma “traição”, não gerará nenhum problema. 
O eleito submete-se apenas aos preceitos constitucionais de ética e decoro, previstos no art. 
55 da CF. 
 DEMOCRACIA SEMIDIRETA OU PARTICIPATIVA 
Na democracia semidireta ou participativa, partindo da ideia de uma democracia 
representativa, o povo exerce sua soberania popular elegendo seus representantes e participando 
de forma direta da vida política do Estado, por meio de referendo, plebiscito e iniciativa popular de 
lei. 
É o modelo adotado pela Constituição Federal de 1988. 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
4.3.1. Plebiscito 
Trata-se de uma consulta prévia à edição de ato legislativo ou administrativo, em relação 
à matéria de grande relevância, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha 
sido, conforme disposto no art. 2º, §1º da Lei 9.709/98. 
 
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Lei 9.709/98 Art. 2o Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo 
para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza 
constitucional, legislativa ou administrativa. 
§ 1o O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou 
administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe 
tenha sido submetido. 
 
Como o tema foi cobrado em concurso? 
(TJ/AC – VUNESP - 2019): O plebiscito é convocado com posterioridade a 
ato legislativo

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