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Arquiteturas de aplicações e os protocolos da web

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Ambiente para 
Desenvolvimento Web 
Unidade 1
Arquiteturas de aplicações 
e os protocolos da web
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
HENRIQUE SENA 
LEANDRO C. CARDOSO
AUTORIA
Henrique Sena 
Sou formado em Desenvolvimento de Software e em Sistemas para 
internet. Iniciei minha carreira profissional utilizando e desenvolvendo 
aplicações em plataformas open-source voltadas para educação a 
distância. Não demorou muito para ter minhas primeiras experiências 
como professor em cursos presenciais, atividade na qual fiquei muito 
satisfeito com os resultados obtidos. Sou analista de websites e consultor 
de EAD, com mais de 12 anos de carreira, administro sistemas educacionais 
para ensino a distância e sou professor de cursos técnicos presenciais. 
Passei por empresas como a UNINASSAU, Faculdade Joaquim Nabuco, 
Porto Digital, Ogilvy & Mather, Lunes Comunicação e Ricardo Alexandre 
Cursos On-line. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. 
Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Conte comigo!
Leandro C. Cardoso 
Possuo graduação em Comunicação Social com habilitação em 
Design Digital e mestrado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital 
pela PUC-SP, com experiência em direção de arte e criação na área com 
mais de 20 anos. Passei por empresas como a Laureate International 
Universities – FMU, FIAM-FAAM, Universidade Anhembi Morumbi e o 
Centro Paula Souza (FATEC-ETEC). Na Laureate EAD atuei como analista 
de Desenvolvimento Pedagógico Sênior e como coordenador de Curso 
Técnico de Comunicação Visual no Centro Paula Souza. Fui revisor técnico 
e validador de Curso EAD para Clientes Laureate International Universities, 
DeVry Brasil, UNEF, FAESF, Faculdade Positivo, Uninter, Platos Soluções 
Educacionais S.A. (Kroton – Universidade Anhaguera). Sou autor de mais 
de 10 livros didáticos e um dos organizadores da Maratona de Criação 
e Design do Curso de Comunicação Visual da ETEC Albert Einstein. Sou 
apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida 
àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidado 
pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. 
Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e 
trabalho. Conte comigo!
SUMÁRIO
Arquitetura cliente-servidor ................................................................... 12
Definições básicas ......................................................................................................................... 12
Padrões de arquitetura cliente-servidor ........................................................................ 16
Arquitetura Web .......................................................................................... 21
Definições básicas .......................................................................................................................... 21
Padrões de arquitetura web ....................................................................................................24
HTTP Server ...................................................................................................27
Arquivos de hospedagem ........................................................................................................27
Comunicação via HTTP .............................................................................................................. 30
File Transfer Protocol (FTP) ..................................................................... 35
Ferramentas de FTP ......................................................................................................................35
Diferença entre FTP e CMS ..................................................................................................... 38
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
9
UNIDADE
01
Ambiente para Desenvolvimento Web 
10
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área relacionada a arquiteturas cliente-
servidor e web é uma das demandas iniciais para os profissionais 
que trabalham no ambiente de desenvolvimento web? Isso mesmo. 
O desenvolvimento de aplicações para web cria uma série de 
conceitos que estamos acostumados a lidar no nosso dia a dia. Essas 
aplicações são executadas em ambientes distribuídos, nos quais 
normalmente cada um está localizado em uma máquina distinta. 
Atualmente, arquiteturas envolvidas utilizando o paradigma cliente-
servidor executam essa experiência, na qual a interface principal com 
o usuário é executada na estação final, ou seja, no cliente (usuário), 
e a parte de acesso aos dados, no servidor de banco de dados em 
outro computador. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva, você vai 
mergulhar neste universo!
Ambiente para Desenvolvimento Web 
11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Compreender a evolução da internet e, na sequência, ter uma 
visão técnica dos serviços utilizados na internet, tendo por base a 
arquitetura cliente-servidor.
2. Contextualizar os elementos básicos que compõem a estrutura de 
uma arquitetura web.
3. Identificar as características principais do protocolo HTTP, 
entendendo como utilizá-lo para acessar e manipular servidores 
on-line.
4. Utilizar ferramentas de FTP, SFTP e FTPS, ferramentas essas que 
auxiliam na manipulação de diretórios e arquivos on-line.
Ambiente para Desenvolvimento Web 
12
Arquitetura cliente-servidor
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
a evolução da internet e a visão técnica dos serviços nela 
utilizados, tendo por base a arquitetura cliente-servidor. 
Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então, vamos lá. Avante!
Apesar de muito moderna, a internet surgiu no final da década de 1960. 
Em plena Guerra Fria com a União Soviética e movidos pela necessidade 
de se proteger, os Estados Unidos implementaram a ARPANet, que viria a 
se tornar a internet dos dias de hoje. Guerra Fria é a designação atribuída 
ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os 
Estados Unidos e a União Soviética (atualmente, Rússia), compreendendo 
o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da 
União Soviética (1991), um conflito de ordem política, militar, tecnológica, 
econômica, social e ideológica entre as duas maiores potências militares 
do mundo. É chamada de “fria” porque não houve confronto direto.
Definições básicasA arquitetura cliente-servidor é aquela que divide os dados entre 
dois níveis de armazenagem e acesso, como será visto adiante. As 
aplicações on-line utilizam uma arquitetura multinível, nos quais as 
funções executadas por aplicações podem estar distribuídas em rede. 
Ambiente para Desenvolvimento Web 
13
Figura 1 – Arquitetura Ciente-Servidor
Fonte: Freepik
Podemos afirmar que nenhuma tecnologia cresceu (ou cresce) 
numa velocidade tão vertiginosa quanto a internet. Base de comunicação 
de dados para a web, o HTTP (que vamos estudar adiante) começou a ser 
aplicado na década de 1990, quando ainda não tínhamos a socialização 
do acesso à grande em rede de computadores. Menos de três décadas 
depois, a maioria da população adulta alfabetizada já navega de forma 
plena nas ondas da internet. Selecionamos para você alguns eventos 
importantes que ilustram a evolução da internet. Observe o infográfico a 
seguir.
Figura 2 – Linha do tempo da internet até o ano de 1984
Fonte: Sena (2017a, p. 16).
Ambiente para Desenvolvimento Web 
14
Na arquitetura cliente-servidor, no que tange aos serviços, os 
elementos no ambiente de desenvolvimento web são organizados 
da seguinte forma: de um lado está o cliente (usuário) web, ou browser 
(navegador), que solicita dados ao servidor e, quando recebidos de volta, 
formata essas informações e as apresenta ao usuário. Do outro lado 
está o servidor, que recebe as requisições, lê os dados requisitados e os 
retorna para o cliente (usuário). Essa é a forma original de funcionamento 
de servidores apenas de conteúdos, ou seja, uma vez programados, 
apresentam sempre a mesma informação.
Figura 3 – Arquitetura cliente-servidor
Fonte: Sena (2017a, p. 17).
Como mostra a ilustração anterior, as tecnologias HTML, CSS 
e JavaScript (JS) têm por finalidade formatar e submeter os dados à 
aplicação que está sendo executada no servidor Web (DUCKETT, 2016). 
Elas também se prestam a receber e formatar as informações processadas 
pelo servidor, exibindo-as no dispositivo de saída, por meio do mesmo 
navegador (ou browser) utilizado na submissão dos dados.
No entanto, essas tecnologias só conseguem processar dados 
estáticos, ou seja, páginas previamente formatadas com dados informados 
pelo programador. Existem outras tecnologias capazes de formatar 
páginas HTML de modo dinâmico, estamos falando de linguagens de 
programação como o PHP e o .NET (“dot Net”), entre outras.
Ambiente para Desenvolvimento Web 
15
IMPORTANTE:
As linguagens de script são “entendidas” por serem 
muito rápidas para aprender e escrever. O padrão para 
comunicação entre o servidor e o server-side gateway 
program é conhecido como CGI (Common Gateway 
Interface).
A interface CGI explicita como os dados devem ser passados do 
servidor para o programa e como este deve retornar os dados ao servidor. 
Além disso, especifica variáveis de ambiente que devem ser criadas pelo 
servidor e que podem ser acessadas pelo programa. Essas variáveis 
contêm o endereço IP do usuário remoto, o tipo de browser que ele utiliza, 
dados para autenticação do usuário, entre outros.
Os programas escritos para serem executados por servidores são 
também conhecidos como scripts CGI, os quais implementam a lógica 
do negócio e, muitas vezes, o acesso aos dados de uma aplicação web. 
Pois podem acessar dados armazenados no servidor ou fazer chamadas 
a um servidor de banco de dados local ou remoto, permitindo o acesso às 
informações da empresa. 
Nessa arquitetura, existem programas sendo executados no 
servidor e em outras máquinas da rede, como o servidor de banco de 
dados. A execução de programas no lado do cliente se dá como vimos 
anteriormente, por meio do browser, que é independente do servidor. 
Assim, qualquer operação realizada pelo cliente tem de ser validada e 
executada pelo servidor, pois o browser não possui inteligência.
Os programas que são executados no browser, normalmente, 
são scripts (VBScript ou JavaScript), com a capacidade de perceber os 
eventos causados pelo usuário e responder de forma apropriada. Eles 
são codificados dentro de páginas HTML e o seu código-fonte pode ser 
visualizado pelo usuário, pois não é um código compilado. Os scripts 
interagem muito com todos os elementos que formam uma página HTML.
Ambiente para Desenvolvimento Web 
16
Outro tipo de programa que pode ser executado no cliente são os 
programas escritos na linguagem Java, que será descrita em maiores 
detalhes mais à frente. Em Java, é possível escrever aplicações completas, 
inclusive acessando bancos de dados relacionais, independentemente do 
servidor. Da mesma forma, é possível implementar os níveis de interface 
com o usuário e de lógica do negócio usando um servidor de banco de 
dados para implementar o nível de acesso aos dados.
Padrões de arquitetura cliente-servidor
Para se aprofundar nos padrões de arquitetura cliente-servidor, 
é importante conhecer a terminologia cliente da web. Trata-se de uma 
estrutura cliente-servidor distribuída, usada, predominantemente, em 
aplicativos com base na internet, nos quais há pouco controle do cliente 
sobre sua configuração – geralmente para acessá-lo, o cliente precisa 
apenas de um navegador. Temos alguns padrões que são comumente 
utilizados para o uso com cliente da web, os quais iremos ver em detalhes 
na sequência. Como dito, existem alguns padrões mais comuns para 
cliente da web, que são:
 • Cliente Pesado da Web (Web Heavy User) - uma parte 
importantíssima, em termos de arquitetura lógica do negócio; 
é executada no servidor. Em geral, os website e sistemas on-
line utilizam PHP, .NET, Applets Java ou controles ActiveX para 
executar a lógica do negócio, que está em camadas programadas 
para serem executadas no servidor, respondendo a requisições 
realizadas pelo cliente. A comunicação com o servidor ainda é 
feita por meio de dois protocolos básicos: HTTP e HTTPS.
 • Liberação pela web - além de usar o protocolo HTTP para a 
comunicação direta cliente/servidor, é possível usar outros 
protocolos, conhecidos como RMI-IIOP e DCOM. Podemos 
defini-los como sistemas de processamento distribuído ou 
processamento paralelo. Ambos suportam um sistema de objetos 
distribuídos. Podemos chamar esses sistemas distribuídos de 
camadas de execução, em que as requisições são subdivididas 
em vários nós, ou seja, em várias tarefas. Dessa forma, ganhamos 
em performance de entrega de serviços requeridos do cliente.
Ambiente para Desenvolvimento Web 
17
É importante destacar a Plataforma da Microsoft como parte de sua 
estratégia para internet no mercado. A “Plataforma Microsoft”, segundo a 
própria fabricante, pelo menos na visão do seu Departamento de Marketing, 
trata-se de uma arquitetura aberta de software, para disponibilizar conteúdo 
rico e aplicações por meio da internet e de intranets. Tecnicamente, a 
plataforma combina uma série de tecnologias para criar sistemas de 
softwares distribuídos com base em componentes (ou objetos). 
Cada componente é um pedaço de software que possui informações 
e implementa serviços necessários a uma ou mais aplicações, podendo 
residir em uma máquina da rede e ser acessado por outras de forma 
independente da sua localização. Os componentes implementam 
serviços dos vários níveis de uma arquitetura multi-tier: apresentação, 
lógica do negócio e acesso aos seus dados.
DEFINIÇÃO:
A arquitetura multi-tier, também conhecida como 
arquitetura multicamada, possibilita o desenvolvimento de 
aplicações em várias camadas lógicas, de forma que pode 
ser dividida em vários computadores de uma rede.
O objetivo maior dessa tecnologia é permitir, com o passar do 
tempo, o desenvolvimento de aplicações em escalas de tempo bastante 
reduzidas. Todo o desenvolvimento será calcado na ideia da reutilização 
de componentes já existentes para a criação de novas aplicações. Antes 
de implementar algo novo, os projetistas de software devemprocurar 
verificar se já não existem componentes prontos para atender àquela 
situação específica. Esses componentes podem estar disponíveis dentro 
da própria organização ou ser adquiridos de terceiros.
Os componentes podem estar presentes nas interfaces com o 
usuário (browser), implementando a lógica do negócio junto ao servidor 
ou distribuídos pela rede e realizando atividades de acesso aos dados, 
utilizando bases de dados em qualquer formato. Esse conjunto de 
tecnologias que vão permitir o desenvolvimento de aplicações distribuídas 
com base no conceito da web é normalmente chamado de ActiveX. Os 
componentes que aderem a essas especificações são conhecidos como 
componentes ActiveX.
Ambiente para Desenvolvimento Web 
18
O padrão para construção de componentes ActiveX é especificado 
pelo COM (Component Object Model). O COM especifica uma série de 
serviços (interfaces) que devem ser implementadas pelos componentes 
para que eles possam se integrar com facilidade a qualquer tipo 
de aplicação. Um objeto COM pode, por exemplo, ser incorporado 
dinamicamente a uma aplicação como o Microsoft Word ou Internet 
Explorer, que são conhecidos como “containers” de objetos. A Plataforma 
Ativa Microsoft utiliza recursos já existentes na web e complementa-os 
com a ideia dos componentes ActiveX.
A arquitetura proposta é a seguinte: de um lado está o chamado 
cliente ativo, que é um browser, com a capacidade de apresentar páginas 
HTML, executar programas em Java, conter componentes ActiveX e 
executar scripts (VBScript ou JavaScript) que controlam todos esses 
elementos. As linguagens de script têm papel extremamente importante, 
pois formam a “cola” que une os componentes (ActiveX e Java) para criar 
aplicação para o usuário. São elas que ativam os componentes ActiveX/
Java, solicitando-lhes serviços de acordo com as escolhas dos usuários.
Do outro lado, está o servidor ativo, que é um servidor web com a 
capacidade de ler e entregar páginas HTML estáticas e executar scripts que 
utilizam componentes ActiveX para realizar atividades (LAWSON; SHARP, 
2012). Deve ser observada a simetria entre o cliente ativo e o servidor ativo. 
Ambos têm a capacidade de lidar com os mesmos elementos, sendo que 
o servidor não executa nenhuma atividade de apresentação de interface 
para o usuário. Os componentes utilizados pelo servidor implementam a 
lógica do negócio e o acesso aos dados, já no cliente ativo, executam os 
componentes que implementam a interface da aplicação. 
Os componentes ActiveX podem residir no mesmo servidor ou 
podem ser distribuídos pela rede, o padrão para criação de objetos 
distribuídos é conhecido como DCOM (Distributed Component Object 
Model). Espera-se que essa tecnologia permita aos desenvolvedores 
de software criar aplicações distribuídas, utilizando um browser, que 
é independente de arquitetura e reutilizando componentes pré-
programados.
Ambiente para Desenvolvimento Web 
19
As linguagens de script (script languages) são assim chamadas por 
serem linguagens de programação simples, sem muitas das restrições 
associadas às linguagens mais complexas. Nas linguagens de script, 
o tratamento dos tipos das variáveis é bastante simplificado para o 
programador, pois estas não possuem tipos fixos e assumem aqueles 
valores que lhes são atribuídos. Elas são interpretadas em tempo de 
execução em vez de compiladas para posterior execução.
Figura 4 – As linguagens de script são simples, sem muitas 
das restrições associadas às linguagens mais complexas
Fonte: Freepik
Muitas vezes, as linguagens de script são subconjuntos mais simples 
de linguagens existentes, como é o caso do VBScript e do JavaScript. 
Ambas têm o mesmo potencial de utilização na web apesar de usarem 
sintaxes diferentes. Programas feitos em VBScript/JavaScript podem ser 
inseridos em qualquer página HTML. Também é importante considerar 
arquitetura que é muito usada em desenvolvimento voltado para web, na 
qual a lógica da aplicação é implementada em uma camada separada da 
interface do usuário, em que a comunicação entre as camadas se dá por 
meio de uma camada controladora, que recebe o nome de MVC (Model-
View-Controller). Também é importante considerar que, na teoria, em uma 
arquitetura de duas camadas, os gerenciadores de bancos de dados 
estão situados no servidor.
Ambiente para Desenvolvimento Web 
20
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que apesar de muito moderna, a internet surgiu no final 
da década de 1960. Em plena Guerra Fria com a União 
Soviética e movidos pela necessidade de se proteger, os 
Estados Unidos implementaram a ARAPANet, que viria a se 
tornar a internet dos dias de hoje. A motivação dos Estados 
Unidos, àquela época, era bem semelhante à nossa, quando 
colocamos informações nos repositórios conhecidos como 
nuvens (cloud computing), visando garantir segurança. Os 
EUA buscavam proteger suas informações estratégicas, 
descentralizando a guarda desses conteúdos digitais. Assim 
nasceu a internet e, consequentemente, os protocolos e os 
recursos apresentados aqui neste capítulo.
Ambiente para Desenvolvimento Web 
21
Arquitetura Web 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender 
e contextualizar os elementos básicos que compõem a 
estrutura de uma arquitetura web. Isso será fundamental 
para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante!
Os elementos básicos que formam a arquitetura web são o cliente 
e o servidor, mas é fundamental que seja assegurada a máxima eficiência 
desse sistema por meio de vários processos, conceitos e métodos que 
serão aqui apresentados. 
Definições básicas
O ambiente inteiro reside em um único servidor, para um típico 
aplicativo web. Isso inclui servidor web, servidor de aplicativos e servidor 
de banco de dados. Uma variação comum dessa configuração é uma pilha 
LAMP, em que o empilhamento de serviços representa Linux, Apache, 
MySQL e PHP, em um único servidor.
A pilha LAMP é um grupo de softwares open-source tipicamente 
instalado em conjunto para permitir a um servidor hospedar websites 
dinâmicos e aplicações web. Esse termo é atualmente um acrônimo que 
representa o sistema operacional Linux, com o servidor web Apache. A 
informação do site é armazenada em uma base de dados MySQL, e o 
conteúdo dinâmico é processado pelo PHP.
É preciso analisar tanto os pontos positivos como os negativos, 
sendo que o ponto positivo é que arquitetura é caracterizada como 
simples entre cliente e servidor. 
Ambiente para Desenvolvimento Web 
22
Figura 5 – No ambiente web, sua arquitetura é 
caracterizada como simples entre cliente e servidor 
Fonte: Freepik
Já os pontos negativos estão relacionados ao fato de que todos os 
componentes do sistema (CPU, memória etc.) rodam no mesmo servidor, 
comprometendo o seu desempenho, além de apresentar problemas com 
escala horizontal.
Figura 6 – Exemplificação de configurações de um servidor único
Fonte: Sena (2017b, p. 13).
Em relação ao banco de dados em servidor específico, nessa 
configuração o Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) é 
alocado em diretório específico, distinto dos demais ambientes. 
Ambiente para Desenvolvimento Web 
23
SAIBA MAIS:
Você pensa que programar é uma tarefa para poucos e que 
é muito complexa? Propomos que assista ao vídeo “Por que 
todos deveriam aprender a programar?”. Clique aqui.
Nesse tipo de banco de dados, também existem pontos positivos e 
negativos, que serão destacados a seguir.
 • Pontos positivos: melhora o desempenho, pois as camadas 
de aplicação não conflitam com o banco de dados, tendo mais 
segurança.
 • Pontos negativos: além da configuração ser mais complexa que 
com um únicoservidor, as características específicas de cada 
servidor, como largura da banda e distância geográfica, podem 
eventualmente comprometer o desempenho.
Figura 7 – Exemplificação de configuração de 
um banco de dados em um servidor específico
Fonte: Sena (2017b, p. 13).
Alguns softwares são capazes de atuar como aceleradores HTTP, 
melhorando o desempenho da máquina. Um acelerador HTTP, ou proxy 
HTTP reverso com cache pode ser usado para reduzir o tempo que ele 
leva para servir conteúdo para um usuário por meio de uma variedade de 
técnicas. 
Ambiente para Desenvolvimento Web 
https://www.youtube.com/watch?v=mHW1Hsqlp6A
24
Figura 8 – Exemplificação ilustrativa para o modelo de acelerador HTTP
Fonte: Sena (2017b, p. 14).
A principal técnica empregada ao usar um acelerador HTTP é 
fazer cache de respostas do servidor web ou do servidor de aplicação 
em memória. Assim, requisições futuras ao mesmo conteúdo podem 
ser servidas rapidamente, com menos interações desnecessárias com 
servidores web e de aplicação.
Padrões de arquitetura web
Aqui iremos apresentar uma classificação dos clientes como leves 
e pesados, mas não se trata de peso corporal! Vejamos do que se trata:
 • Cliente leve: possui demanda simples e a lógica é executada no 
servidor.
 • Cliente pesado: a comunicação com o servidor é feita por HTTP, 
pois o cliente pesado tem demandas que precisam ser executadas 
na própria máquina. A execução pode ser rodada com o HTML 
dinâmico, Applets Java ou controles ActiveX.
Agora que esses conceitos estão esclarecidos, vamos às 
características dos padrões, como cliente leve da web, que possui as 
seguintes características:
 • É muito útil para aplicativos com base na internet, para os quais 
se pode garantir apenas a configuração mínima no cliente. 
Toda a lógica do negócio é executada no servidor durante o 
processamento das solicitações de página do navegador cliente.
 • É indicado para aplicativos da web com base na internet, em que 
o cliente não tem controle sobre a configuração.
 • Muito usado para os aplicativos de comércio eletrônico.
Ambiente para Desenvolvimento Web 
25
Já o cliente pesado da web possui as características a seguir:
 • É mais adequado a aplicativos da web que requeiram uma interface 
do usuário sofisticada e/ou que possam executar uma parte da 
lógica do negócio no cliente.
 • As duas motivações mais fortes para a utilização do cliente pesado 
da web são: capacidade aprimorada da interface do usuário e 
execução pelo cliente da lógica do negócio.
Exemplo: Para entender melhor, considere um ambiente fora da 
internet no qual uma empresa de software médico tenha desenvolvido 
um aplicativo de intranet com base na web para gerenciar registros de 
pacientes e faturamento. 
IMPORTANTE:
Muitas diferenças entre os padrões cliente leve e 
cliente pesado da web estão no papel que o navegador 
desempenha na execução da lógica de negócio do sistema.
A interface do usuário com base na web usa intensamente scripts 
do cliente para executar validações de dados e ajudar o usuário a navegar 
no site. Além dos scripts, o aplicativo utiliza vários controles ActiveX 
para gerenciar conteúdos XML usados como o esquema principal de 
codificação de informações. É importante considerar que também são 
aspectos a serem avaliados, tendo como visão o lado da usabilidade 
em um projeto voltado para web, a clareza na arquitetura da informação, 
facilidade de navegação, relevância do conteúdo, ou seja, que não tenha 
complexidade. Além de entender que os web services, no português 
serviços web, são soluções para a integração de sistemas e comunicação 
entre aplicações heterogêneas. São constituídas por três componentes 
de serviço de armazenagem nos web services chamados de UDDI 
(Universal Description, Discovery and Integration) – Descrição, Descoberta 
e Integração Universal.
Ambiente para Desenvolvimento Web 
26
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve 
ter aprendido que a arquitetura, como bem sabemos, é 
a arte e técnica de organizar espaços e criar ambientes 
para abrigar os diversos tipos de atividades humanas; e 
nos ambientes para desenvolvimento web, devemos estar 
atentos a questões que envolvam a organização desses 
espaços. Ao decidir qual arquitetura de servidor usar para 
o seu ambiente, há muitos fatores a serem considerados, 
como desempenho, escalabilidade, disponibilidade, 
confiabilidade, custo e facilidade de gerenciamento. Para 
isso, é importante o aprofundamento das configurações 
comuns dos servidores, conhecendo seus prós e contras. 
Ainda, os tipos de configurações podem ser usados em 
várias combinações em função da demanda do projeto que 
está sendo desenvolvido.
Ambiente para Desenvolvimento Web 
27
HTTP Server 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de identificar as 
características principais do protocolo HTTP, entendendo 
como utilizá-lo para acessar e manipular servidores on-line. 
Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então, vamos lá. Avante!
Referente a hardware, um servidor web é um computador cuja 
finalidade é armazenar arquivos que compõem os sites (por exemplo, 
documentos HTML, imagens, folhas de estilo e arquivos JavaScript) e os 
entregar para o dispositivo do usuário final, estar na maioria do tempo 
conectado à internet e poder ser acessado pelo seu nome de domínio 
(DNS).
Arquivos de hospedagem
Um servidor web inicialmente precisa receber os arquivos para 
armazenamento que se referem ao site ou sistema web a ser hospedado, 
incluindo todos os documentos HTML e seus arquivos relacionados, 
imagens, folhas de estilo CSS, arquivos JavaScript, fontes e vídeos, enfim, 
todos os arquivos inseridos previamente em seu disco. Tecnicamente, 
você pode hospedar todos os arquivos em seu próprio computador, mas 
é muito mais conveniente armazená-los em um servidor web dedicado, 
no qual quatro vantagens se destacam:
 • Estar sempre funcional e ativo.
 • Estar sempre conectado à internet.
 • Ter o mesmo endereço IP o tempo todo (nem todos os ISPs 
fornecem um endereço IP fixo para conexões domésticas).
 • Ser mantido por um provedor de terceiros.
Por todas essas razões, encontrar um bom provedor de hospedagem 
é parte fundamental na construção de seu website.
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Figura 9 – Um bom provedor de hospedagem 
é parte fundamental na construção de website
Fonte: Freepik
É importante pesquisar vários serviços de empresas, e escolher 
aquele que melhor se adapta às suas necessidades e seu orçamento é 
o que deve ser feito. É preciso considerar que, em um nível mais básico, 
o navegador fará requisição utilizando o protocolo HTTP sempre que 
necessitar de um arquivo hospedado em um servidor web. Quando a 
requisição alcança o servidor web correto (hardware), o servidor HTTP 
(software) envia o documento requerido, também via HTTP.
Figura 10 – Representação do servidor HTTP
Fonte: Sena (2017c, p. 13).
Para publicar um website, é necessário ou um servidor web estático 
ou um dinâmico. O servidor web estático consiste em um computador 
(hardware) com um servidor HTTP (software). É chamado “estático” porque 
o servidor envia seus arquivos ao navegador tal como foram criados e 
armazenados (hospedados).
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Figura 11 – Para publicar um website, é necessário 
ou um servidor web estático ou um dinâmico
 Fonte: Freepik
Um servidor web dinâmico consiste em um servidor web estático 
com software adicional, mais comumente um servidor de aplicações 
(application server) e um banco de dados (database server). É chamado 
“dinâmico” porque o servidor de aplicações atualiza os arquivos 
hospedados antes de enviá-los ao navegador pormeio do servidor HTTP. 
Por exemplo, para produzir as páginas finalizadas que você vê em seu 
navegador, o servidor de aplicações pode completar um modelo de 
página HTML (HTML template) com o conteúdo obtido de um banco de 
dados. Sites como o MDN ou a Wikipédia possuem milhares de páginas 
web, mas elas não são realmente documentos HTML. Elas se constituem 
em poucos templates HTML e uma gigantesca base de dados. Essa 
configuração agiliza e facilita o gerenciamento e a entrega do conteúdo.
Para buscar uma página da web, como já dissemos, seu navegador 
envia uma solicitação ao servidor web, que prossegue para procurar 
o arquivo solicitado em seu próprio espaço de armazenamento. Ao 
encontrar o arquivo, o servidor o lê, processa-o conforme necessário e o 
envia para o navegador.
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Figura 12 – Existem configurações que agilizam e 
facilitam o gerenciamento e a entrega do conteúdo
Fonte: Freepik
Comunicação via HTTP
A comunicação via HTTP se dá mediante protocolos. Um protocolo 
é um conjunto de regras para a comunicação entre dois dispositivos, por 
exemplo, computadores, notebook, smartphones, tablets, etc. HTTP é um 
protocolo textual, sem estado. Vamos ver a diferença?
 • Protocolo textual: todos os comandos são de texto simples e 
legível por humanos.
 • Protocolo sem estado: nem o servidor nem o cliente se lembram 
das comunicações anteriores. Por exemplo, confiando apenas no 
HTTP, um servidor não pode lembrar de uma senha que você 
digitou ou de qual etapa você está em uma transação, sendo 
necessário um servidor de aplicações para tarefas como essa. 
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Figura 13 – A comunicação via HTTP se dá mediante protocolos. Um protocolo 
é um conjunto de regras para a comunicação entre dois dispositivos
Fonte: Freepik
O HTTP fornece regras claras sobre como o cliente e o servidor se 
comunicam. Entre essas regras temos que:
 • Somente clientes podem fazer pedidos HTTP, e somente para 
servidores. Os servidores só podem responder à solicitação HTTP 
de um cliente.
 • Ao pedirem um arquivo via HTTP, os clientes devem fornecer a 
URL desse arquivo.
 • O servidor web deve atender a todas as solicitações HTTP, pelo 
menos com uma mensagem de erro.
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Figura 14 – O HTTP fornece regras claras sobre 
como o cliente e os servidores se comunicam
Fonte: Freepik
Em um servidor web, o servidor HTTP é o responsável pelo 
processamento e pelo o atendimento dos pedidos recebidos.
 • Ao receber um pedido, um servidor HTTP primeiramente verifica 
se a URL solicitada corresponde a um arquivo existente.
 • Se assim o for, o servidor web envia o conteúdo do arquivo de 
volta para o navegador; caso contrário, um servidor de aplicativos 
criará o arquivo necessário.
 • Se nenhum dos processos for possível, o servidor da web retornará 
uma mensagem de erro ao navegador, mais comumente “404 Not 
Found”.
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Figura 15 – Se nenhum dos processos for possível, o servidor 
da web retornará uma mensagem de erro ao navegador
Fonte: Freepik
Um termo bastante importante relacionados ao ambiente web, é 
do cloud computing, ou seja, é o conceito de computação em nuvem. 
Refere-se ao compartilhamento da capacidade de armazenamento e 
processamento de computadores e servidores interligados por meio da 
internet, seguindo o princípio da computação em grade. Além do termo 
cloud computing, é importante salientar que o protocolo HTTPS é a versão 
segura do HTTP. O “S” no final do protocolo significa “Secure Sockets Layer”. 
Ele constrói uma conexão segura entre dois soquetes. Efetivamente, 
trata-se de uma nova camada colocada entre a camada de aplicação e 
a camada de transporte. Na prática, ela deve ser formada, inicialmente, 
pelo seu protocolo, conforme o exemplo https://www.nomedosite.com.
br, não esquecendo de inserir o sinal de dois pontos: após o “S”.
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RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que se pode dizer então, referente ao software, que um 
servidor web inclui diversos componentes que controlam 
como os usuários acessam os arquivos hospedados 
(armazenados para disponibilização). Um servidor HTTP 
é um software que compreende URLs (endereços web) e 
HTTP (o protocolo que seu navegador utiliza para visualizar 
páginas web. Um servidor web dinâmico consiste em um 
servidor web estático com software adicional: normalmente 
um servidor de aplicações (application server) e um de 
banco de dados (database server).
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File Transfer Protocol (FTP)
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
ferramentas de FTP, SFTP e FTPS. Ferramentas essas que 
auxiliam na manipulação de diretórios e arquivos on-line. 
Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então, vamos lá. Avante!
Uma das ferramentas mais importantes na hora da administração 
de um site é o FTP, responsável pela transferência dos arquivos do 
computador para o site.
Ferramentas de FTP
Apesar de a maioria dos sistemas poder ser gerenciada e alguns 
arquivos mandados pelo Painel de Controle, algumas ações só podem 
ser feitas via FTP.
DEFINIÇÃO:
File Transfer Protocol – mais comumente referido como 
FTP, é um protocolo de rede padrão utilizado para copiar 
arquivos de um host (computador hospedeiro) para outro 
por meio de uma conexão TCP (Transmission Control 
Protocol). O FTP é construído sobre uma arquitetura cliente-
servidor, usando controles em separado sobre as conexões 
de dados.
É inevitável não pensar imediatamente em soluções populares 
como FileZilla ou LeechFTP quando a conversa é sobre bons clientes de 
FTP (File Transfer Protocol, ou Protocolo de Transferência de Arquivos). Esse 
tipo de programa é essencial para quem trabalha com desenvolvimento 
de sites ou hospedagem de documentos em servidores. 
Contudo, nem sempre você está em um computador que possui 
seu cliente FTP favorito instalado, com suas próprias configurações e 
interface com as quais você está acostumado. Pior ainda é quando você 
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não possui permissão para instalar esse tipo de software na máquina 
que estiver utilizando. Nesses casos, a melhor saída é usar um cliente 
FTP on-line; existem dezenas de opções gratuitas e com excelentes 
recursos. Apresentamos a seguir algumas opções para quem deseja 
parar de depender dos softwares instalados – confira suas características 
e aprenda a utilizá-los.
Figura 16: FTP (File Transfer Protocol, ou Protocolo de Transferência de Arquivos)
Fonte: Freepik
FileZilla é um dos programas de FTP mais populares que existem, 
por ser um software livre. É utilizado para muitos sites que trabalham 
com CMS do mesmo tipo, como o WordPress e o Joomla. Outro trunfo 
do programa é que ele é compatível com todos os principais sistemas 
operacionais de computadores: Mac OS X, Linux e Windows. Claramente 
voltado para usuários avançados e com maiores conhecimentos técnicos, 
o FileZilla oferece recursos bastante interessantes, como compactação/
descompactação de arquivos, editor de HTML e PHP (com realce 
de sintaxes) (MILETTO; BERTAGNOLLI, 2014). Instalação de softwares 
famosos (como alguns CMS) e opções de personalização de visual (com 
várias opções de cores para a interface).
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Figura 17 – Voltado para usuários avançados e com maiores 
conhecimentos técnicos, o FileZilla oferece vários recursos
Fonte: Freepik
Ao contrário do FileZilla, o Free FTP só roda em Windows. O 
programa é freeware e tem como grande vantagem a facilidade de uso da 
interface – ideal para usuário que nãotem muito conhecimento técnico. Já 
o Cyberduck é considerado robusto e nativo do Mac OS X, mas também 
tem sua versão para Windows, sua interface é uma das mais simples e 
amigáveis. E o Smart FTP é semelhante ao CuteFTP, mas tem a vantagem 
de ser gratuito. O Smart FTP é recomendado para usuários que querem 
um sistema que garanta facilidade na administração do conteúdo. O 
CuteFTP é um programa de FTP pago que roda em MAC OS X, Linux e 
Windows. Mesmo sendo pago, a sua facilidade de uso o torna um dos 
FTP mais populares do mercado.
Figura 18 – CuteFTP é um programa de FTP pago e roda em MAC OS X, Linux e Windows
Fonte: Freepik
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Diferença entre FTP e CMS
Enquanto o CMS (Content Management System) cuida do conteúdo 
do site, o FTP cuida dos arquivos e de algumas configurações. Em alguns 
sistemas (como WordPress e o Joomla), todas as imagens que vão ser 
postadas no site têm de ser mandadas por FTP para o servidor. Só a partir 
daí é que se pode fazer a postagem do material utilizando o CMS.
DEFINIÇÃO:
Sistema de Gerenciamento de Conteúdo (do inglês Content 
Management System – CMS) é um aplicativo utilizado 
para criar, editar, gerenciar e publicar conteúdo de forma 
consistente e organizada, permitindo que este seja 
modificado, removido e adicionado com facilidade.
CMSs são frequentemente usados para armazenar, controlar e 
prover documentação empresarial, como notícias, artigos, manuais de 
operação, manuais técnicos, guias de vendas e brochuras de marketing.
Figura 19 – O Joomla é um exemplo de CMS (Content Management System), 
Sistema de Gerenciamento de Conteúdo
Fonte: Freepik
Para entender melhor acerca do FTP, utilizaremos o FilleZilla como 
exemplo. Um dos seus principais recursos é a barra QuickConnect. Para se 
conectar a um servidor FTP, digite o endereço do servidor no campo host 
do bar QuickConnect (por exemplo, example.com – veja na figura adiante). 
Caso seja um tipo de servidor especial, como um servidor de SFTP, deve-
se adicionar o protocolo na frente do endereço. No caso de um servidor 
SFTP, comece o endereço com ‘sftp: //’ (por exemplo, sftp://example.
com). Digite a porta do servidor no campo “porta”. A porta padrão é 21 para 
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FTP, e 22 para SFTP. Também é preciso inserir o nome de usuário ou senha 
nos campos correspondentes. Caso contrário, o padrão anonymous logon 
será usado, mas dificilmente o servidor irá aceitar esse usuário. Depois de 
efetuados esses procedimentos, clique em QuickConnect ou pressione 
Enter para se conectar ao servidor.
Figura 20 – Configuração de host, usuário e senha no FileZilla
Fonte: Elaborado pelos autores com base no software FilleZilla.
Observe que a conexão rápida é para ligações rápidas – por isso 
não há maneira de se editar a lista de ligações rápidas que armazena as 
últimas 10 entradas; para armazenar nomes de servidores FTP, você deve 
usar o Gerenciador de Site, em vez disso. O QuickConnect é recomendado 
para testar as informações de login antes de se executar uma entrada de 
administrador do site. 
Uma vez conectado, você pode escolher Arquivo -> “Copiar conexão 
atual para Site Manager...” para executar uma entrada permanente. 
Geralmente, é melhor usar o QuickConnect para verificar suas informações 
de login antes de fazer uma entrada permanente. Também é possível 
usar a função FileZilla Administrador do Site para especificar parâmetros 
específicos do local e se conectar ao site FTP alvejado. O administrador 
do site permite armazenar entradas e configurar mais parâmetros do que 
a conexão rápida permite.
Em caso especial, como em servidores em LAN, caso o servidor 
que você deseje ligar esteja em sua casa ou em uma rede local (LAN), 
não há um endereço (nome de domínio) a ser informado. Na LAN, você 
simplesmente deve usar o endereço IP interno do PC servidor. Na maioria 
dos casos, o nome da rede é o nome do próprio computador. Caso o 
servidor esteja no mesmo PC com o Filezilla, você ainda pode usar 
localhost ou “127.0.0.1” como nome do host. Se você se conectar do lado 
de fora de sua LAN, nada disso se aplica. Você tem de usar o IP externo 
(WAN) em seu lugar.
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Depois de uma tentativa de conexão bem-sucedida, uma lista de 
arquivos e diretórios aparece ao lado direito da janela principal. O nome 
do diretório remoto atual é listado no campo de edição na parte superior. 
Abaixo disso você vai ver a árvore de diretórios remotos. Para alterar o 
diretório remoto atual, siga os seguintes procedimentos:
 • Digite um nome de diretório no campo de edição e pressione 
Enter.
 • Clique em um diretório na árvore de diretórios.
 • Clique duas vezes em um diretório na lista do conteúdo do 
diretório atual.
Você vai notar um diretório chamado “..” listado em praticamente 
todos os diretórios. Selecionando esse diretório, você poderá ir até o 
diretório-pai do diretório atual. E, pontos de interrogação (“?”) aparecem 
em diretórios que ainda não foram acessados, indicando que o cliente 
FileZilla não pode dizer se há subdiretórios dentro desses diretórios. Se 
você acessar o diretório no qual aparece um ponto de interrogação, esse 
símbolo vai desaparecer.
Figura 21 – Lista de arquivos e diretórios ao lado direito da janela principal no FileZilla
Fonte: Elaborado pelos autores com base no software FilleZilla.
Ao lado direito do FileZilla no local site, também conhecido como 
Navegando em sua Máquina, funciona quase como navegar no servidor. O 
diretório local atual e a árvore de diretórios local são exibidos à esquerda 
da janela principal, por padrão (“default”). Se você tem uma estrutura 
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de diretórios idêntica à do servidor, você pode habilitar a navegação 
sincronizada. Isso significa que qualquer navegação de diretório em uma 
máquina será duplicada na outra. Para habilitar a navegação sincronizada, 
deve-se criar uma entrada no Administrador do Site, e na guia Avançado, 
verifique se o diretório local padrão e o diretório remoto padrão têm a 
mesma estrutura. Em seguida, marque a opção “usar a navegação 
sincronizada”, salve as suas configurações e se conecte.
Em relação ao diretório Comparação, para ver rapidamente as 
diferenças entre os arquivos na máquina local e o servidor, escolha Exibir 
 Diretório Comparação, e escolha “comparar o tamanho do arquivo” ou 
“comparar o tempo de modificação”. Você também pode ocultar arquivos 
idênticos, observando essa opção. Em seguida, selecione “Ativar”. Você vai 
ver agora as diferenças com códigos de cores entre as cópias do mesmo 
arquivo em diferentes máquinas.
Você pode fazer o upload ou download de um arquivo clicando 
duas vezes sobre ele. Ele será adicionado à fila de transferência e a 
transferência é iniciada automaticamente. Para transferir diretórios e/
ou vários arquivos, selecione-o e clique com o botão direito na seleção, 
então você pode clicar em upload/download no menu pop-up.
Figura 22 – Exemplo de executar o upload de arquivo no FileZilla
Fonte: Elaborado pelos autores com base no software FilleZilla.
Esses procedimentos são apenas exemplificações de utilização 
do software FilleZilla. Conforme as atualizações, alguns procedimentos 
podem ser alterados, mas os conceitos continuam os mesmos. 
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SAIBA MAIS:
É possível usar FTP on-line sem precisar instalar programas. 
Clique aqui.
Salienta-se que a área de Ambiente para o Desenvolvimento Web é 
bastante dinâmica. Dessa maneira, é importante estar sempre atualizada, 
com novas ferramentas e recursos disponíveis no mercado e também 
saber que o protocolo FTP não é importante apenas para a transferência 
de dados pela porta 20, mas também na de comandos, utilizando a porta 
21. O protocolo TCP é fundamental para garantir a transferência de dados 
entre switches, routers, etc. Os dados são divididosem pacotes que, 
sequencialmente, são enviados entre nós de rede até chegarem ao seu 
destino.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que o dia a dia de administradores, webmasters, 
programadores, entre outros, é geralmente bastante 
movimentado e repleto de ferramentas. Utilitários diversos, 
editores, clientes SSH, conversores e outros... de vez em 
quando, pode acontecer de você não estar em seu local 
de trabalho convencional. Você pode, de repente, estar em 
algum cliente, sem seu notebook e sem suas ferramentas 
à mão. A necessidade de algum trabalho rápido e simples 
pode surgir a qualquer momento, como bem sabemos, 
dessa forma, é importante conhecer ferramentas on-
line. Uma das ferramentas mais importantes na hora da 
administração de um site é o FTP (File Transfer Protocol), 
protocolo de rede padrão utilizado para copiar arquivos de 
um host, o responsável pela transferência dos arquivos do 
computador para o site.
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https://www.tecmundo.com.br/como-fazer/36333-como-usar-ftp-online-sem-precisar-instalar-programas.htm
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REFERÊNCIAS
DUCKETT, J. HTML e CSS: projete e construa websites. Rio de 
Janeiro: Alta Books, 2016.
LAWSON, B.; SHARP, R. Introdução ao HTML 5. Rio de Janeiro: Alta 
Books, 2012.
MILETTO, E. M.; BERTAGNOLLI, S., C. Desenvolvimento de Software II: 
Introdução ao Desenvolvimento Web com HTML, CSS, JavaScript e PHP. 
Porto Alegre: Bookman, 2014.
SENA, H. Ambiente para Desenvolvimento Web: Arquitetura 
Cliente-Servidor. Recife: Uninassau, 2017a.
SENA, H. Ambiente para Desenvolvimento Web: Arquitetura Web. 
Recife: Uninassau, 2017b.
SENA, H. Ambiente para Desenvolvimento Web: HTTP Server. 
Recife: Uninassau, 2017c.
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	Arquitetura cliente-servidor
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	Padrões de arquitetura cliente-servidor
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	Diferença entre FTP e CMS

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