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01) MATERIAIS DE APOIO- CPL MJ10

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Prévia do material em texto

O passo a passo da 
Declaração do ITCD
na prática 
Essa apostila foi preparada cuidadosamente para
que você absorva ao máximo o conteúdo explorado
na aula. É de extrema importância que você baixe esse 
material, imprima se possível, risque e rabisque tudo que 
você achar necessário, este material é seu a parti de agora!
MARIA JÚLIA CARDOSO
Cônjuge concorrendo com descendente não pode herdar e meiar sobre o 
mesmo bem.
Bem particular cônjuge concorre com descendentes
Bem comum, o cônjuge não concorre.
Durante toda essa semana eu estou te mostrando como você pode ATUAR 
COM SEGURANÇA NA ÁREA DE INVENTÁRIOS E FATURAR ALTOS HONORÁRIOS, 
mesmo que você esteja começando ou nunca tenha atuado nessa área!
Nessa nossa terceira aula a gente vai aprender aspectos práticos do imposto, 
conteúdo pago mesmo que estou disponibilizando gratuitamente para você.
Você vai entender de uma vez por todas o que tem que estar na declaração 
do imposto, como ficam as dívidas do falecido, se o prazo para pagar o 
imposto suspende com a abertura do processo de inventário e até como fica 
a declaração do imposto quando eu tenho um bem que foi vendido em vida, o 
falecido já recebeu o dinheiro mas o bem continua no nome do falecido. 
É o PASSO A PASSO mesmo pra você não errar nem ter uma ação de 
responsabilidade chegando aí nas suas costas. E isso te ajuda não só a 
conseguir mais clientes, mas te ajuda a ter mais segurança para atuar e 
consequentemente faturar altos honorários.
Como as aulas seguem uma sequência lógica, só pra revisar… na aula 
passada falamos sobre a viúva ser herdeira, meeira ou os dois.
 
Lembra daquelas três frases que eu pedi pra você gravar?
1.
2.
3.
E o porquê disso? Na aula 1 eu expliquei tintin por tintin, mas o porque está lá 
no artigo 1.829 inciso I.
 
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este 
com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
O PASSO A PASSO DA 
DECLARAÇÃO DO ITCD NA PRÁTICA
(art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não 
houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
Então agora preciso que você lembre quando vai ser herdeira, meeira os os 
dois pra entender o conteúdo de hoje. 
A declaração do imposto tira o sono de muitos advogados, mas não vai mais 
tirar o seu!
E pra começar preciso que você entenda sobre a competência do imposto: é 
de suma importância que você tenha bem claro na sua cabeça que a regra 
de competência do imposto não é a mesma regra de competência do 
inventário.
O imposto tem competência estadual.
Isso quer dizer que independente de onde esteja sendo processado o 
inventário, a declaração e o pagamento do imposto vai acontecer onde 
estiver situado o imóvel.
Então se eu tenho um cliente que morreu em Uberlândia, faço o inventário em 
beraba mas tem bens que estão situados em Uberlândia e em São Paulo, eu 
vou fazer a declaração em São Paulo e em minas gerais.
A competência do imposto é estadual. Do estado onde se localiza o bem.
Basta você digitar ITCD SEFAZ e a sigla do seu estado no google que vai 
aparecer o site do seu estado.
Por exemplo, eu digitei ITCD se faz MG apareceu isso: é esse site. Só clicar 
nessa aba ITCD.
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Agora que você sabe onde declarar e como achar o site, vamos partir pro fato 
gerador. A partir de qual momento o imposto é devido? A partir de quando 
começa a contar o prazo para pagar.?
Muitas pessoas e até advogados erram isso aqui.
Acham que o prazo começa a contar de quando abre o inventário. E não é. O 
fato gerador do imposto de transmissão causa mortis, o ITCD, é a morte da 
pessoa (abertura da sucessão).
Então se o seu João morreu em 10 de janeiro de 1993, mas os herdeiros foram 
abrir o inventário só em 2020, o imposto é devido desde 1993. Tá correndo 
multa desde la.
O que é fato gerador do ITCD é a abertura da sucessão. 
Conforme o princípio da Saisine, com a morte do de cujus a propriedade e a 
posse da herança são transmitidas imediatamente aos herdeiros legítimos e 
testamentários, independentemente da abertura do inventário. 
 Então a abertura da sucessão acontece com o evento morte e é 
nesse momento que a herança é transmitida aos herdeiros. E isso 
tá lá no art igo 1784 do código civi l :
Art. 1 .784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos 
herdeiros legít imos e testamentários.
 É importante ter isso bem claro em mente porque é a partir da 
morte que começam a contar o prazo do imposto e é também a
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
lei dessa época que vai reger a sucessão.
Você tem que olhar o que era isento e o que não era naquela 
época. Se a multa era de 10, 20 ou 50% ou se não t inha multa 
prevista na época.
Porque você pega MG e aqui a gente tem 180 dias para pagar. A 
partir do dia 181 começa a correr multa progressiva. 
 Então sugiro que você leia a lei do seu estado pra ver como 
funciona ai .
Veja se tem desconto, se tem multa e como funciona.
O único estado que me recordo que não tem previsão de multa é 
o Rio Grande do Sul . De resto, salvo engano, todos têm!
Então você já sabe que o imposto pago no estado onde está o 
bem , que a lei aplicável é a da época da morte e que os juros e 
multa correm dessa época.
E como o fato gerador é a morte, é exatamente por isso que se 
exclui a meação do cônjuge sobrevivente.
Se o seu joão era casado com maria em comunhão parcial e 
falece deixando uma casa que ele comprou depois que tava 
casado com dona maria e um apartamento que ele recebeu de 
herança do pai , você entende que essa casa que eles compraram 
juntos dona maria já era dona dela independente do seu joão 
morrer ou nao?
É por isso que a gente exclui a meação do cônjuge sobrevivente 
antes. Ele já era dono.
Da mesma forma que se tem um carro no nome da dona Maria 
que é a viúva que f icou viva, metade desse carro vai pro 
inventário. Mesmo estando só no nome dela.
Carro, poupança e investimentos são bens em que é comum a 
galera esquecer de levar pro inventário porque esquece de 
pesquisar os bens no nome do cônjuge sobrevivente.
Advogado amador faz isso : pesquisa lá só os bens no nome do 
falecido. E não gente, não é isso! Tem que pesquisar os bens em 
nome do falecido e no nome do cônjuge sobrevivente!
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Você que tá aqui na semana do especial ista em inventário nunca 
mais vai errar e ou esquecer isso!
Então já sabe né: se tem bem comum no nome do cônjuge 
sobrevivente no regime da comunhão parcial , comunhão 
universal e participação f inal no aquestos, esse bem vai pro 
inventário!
 Então vamos supor que dona maria era casada com seu joão e 
eles t inham:
 1 .Uma casa de 600 mil que era bem comum;
 2.Um apartamento de 400 mil que era bem particular (seu joão 
recebeu de herança); e
 3.Um carro de 100 mil que estava só no nome da dona maria 
comprado depois do casamento. 
Eles deixaram também dois f i lhos: Ana e Roberto. Como f icaria a 
declaração do imposto?
 A casa de 600 mil , metade seria excluída. I r ia só 300 mil pro 
inventario Já o carro que está só no nome de Maria, metade dele 
vai pro inventário (50 mil são da dona Maria e 50 mil era do seu 
João).
 Então no f inal temos no inventário:1 . 300 mil da casa que era bem comum
 2. 50 mil do carro que era bem comum e
 3. 400 mil do apartamento que era bem particular do João.
 Aqui nessas contas os bens trazidos davam 1 milhão e 100 mil . 
Mas o que vai pro inventário é apenas 750 mil .
 
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
I - ao f ixado para o lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e 
Terr itorial Urbana - IPTU, em se tratando de imóvel urbano ou de direito a 
ele relativo;
I I - ao valor total do imóvel declarado pelo contribuinte para efeito de 
lançamento do Imposto sobre a Propriedade Terr itorial Rural - ITR, em se 
tratando de imóvel rural ou de direito a ele relativo.
Parágrafo único. Constatado que o valor uti l izado para lançamento do IPTU 
ou do ITR é notoriamente inferior ao de mercado, admitir-se-á a util ização 
de coeficiente técnico de correção para apuração do valor venal do 
imóvel, nos termos do § 1º do art . 4º desta Lei .
E como eu cheguei nesse valor? Qual era a base de cálculo?
Aqui entramos em mais uma questão que vai variar de estado 
para estado.
Aqui em minas gerais quando eu vou lá na legislação estadual 
(que eu expl iquei como vc acha a do seu estado lá no início da 
aula), a gente tem a lei 14.941/93. E la traz no art igo 6° que a base 
de cálculo não será inferior ao valor venal que consta lá no IPTU 
para imóveis urbanos e ITR para os rurais mas que quando 
constatado que o valor uti l izado para lançamento do IPTU ou do 
ITR é notoriamente inferior ao de mercado, admitir-se-á a 
uti l ização de coeficiente técnico de correção para apuração do 
valor venal do imóvel :
Art. 6º O valor da base de cálculo não será inferior :
1 .
2 .
3.
E o que signif ica na prática? Que aqui vai quando o valor venal 
for inferior ao de mercado vai ter avaliação da fazenda.
 Lembrando que isso varia de estado pra estado, ta? Olhe na sua 
lei .
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Eu sempre indico meus alunos a l igarem, mandarem email ou 
irem até o posto fazendário e fazer as perguntas de como 
funciona o imposto.
Aqui em MG mesmo a lei falando isso, sempre tem avaliação da 
receita sobre o valor do bem.
Então não adianta eu fazer a declaração e colocar o valor venal 
ou passar estimativa de preço por cl iente em cima do valor venal
que não é esse o valor que ele vai pagar.
Entenda as peculiaridades do lugar onde você tá declarando o 
imposto! Seja proativo, vá atrás da informação!
Outra coisa que quero chamar sua atenção é que o valor venal 
varia. Se você procurar no dicionário venal vem de venda, de 
valor de mercado do bem.
E tem outra: cada órgão pode considerar o valor venal de um 
jeito.
Não sei se você sabe, mas o valor venal para f ins de cálculo de 
IPTU geralmente é diferente do para f ins de cálculo de ITBI , 
mesmo esses dois sendo impostos de competência municipal .
Geralmente o valor venal para f ins de ITBI considera o valor por 
metro quadrado, e você pode pegar esse valor para ter como 
base.
Mas eu Maria Júl ia, na hora de fazer estimativa pro cl iente 
sempre pergunto pra ele quanto que ele acha que vale o imovel e 
vou atrás também do valor venal para ITBI lá na prefeitura.
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Isso porque aqui em Uberlândia e MG em geral o valor venal de 
IPTU é muito abaixo do valor de mercado. Está defasado.
Em São Paulo capital eles tem o valor venal de referência. E le é 
atual e é esse que você pode usar. Salvador e Rio de janeiro 
capital eu sei que o valor venal também esta atual , você pode 
usar.
Mas se o valor de onde você vai declarar o imposto não está, vá 
atrás do valor para cálculo de ITBI e pergunte ao seu cl iente 
quanto o bem vale e faça a estimativa em cima disso.
Outra questão que quero te chamar atenção é quando a fazenda 
avalia muito pra cima. Compensa impugnar 
administrativamente? Compensa entrar com mandado de 
segurança?
Aqui estou supondo que você calculou o monte parti lhável certo, 
que não confundiu o que é meação de herança. Você fez o seu 
trabalho direito e a fazenda que não colaborou.
 E por que fr isei isso? Porque você tem que fazer conta se 
compensa recorrer!
Se é uma nova demanda, você vai cobrar por ela, certo? Vamos 
supor que você cobre 5 mil de honorários para recorrer do 
cálculo do imposto que a fazenda fez.
Quanto a mais da previsão que você fez que seu cl iente está 
pagando? A gente vai falar de al íquota daqui a pouco, mas só 
pra você entender:
Aqui em MG a al íquota é estática de 5%. Sobre esse patrimônio 
parti lhável que eu previ que seria 750 mil , 5% daria 37.500 de 
imposto.
Mas vamos supor que a fazenda avaliou o apartamento que val ia 
400 mil em 450 mil . 50 mil a mais. E você sabe que aquele bem 
não vale aquilo tudo. Ainda assim vale a pena recorrer?
A resposta é depende!
Nesse caso aqui , se a base de cálculo era 750 e passou a ser 800 
mil , o imposto que ele ia pagar antes era 37.500 e agora vai ser 
40.000.
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Sem recorrer : 40.000 (imposto)
Recorrendo: 37.500 (imposto) + 5.000 (honorarios para 
recorrer) = 42.500.
Então nesse caso aqui , mesmo a avaliação em 50 mil a mais não 
compensa pro seu cl iente. Porque pra ele pagar esses 2500 a 
menos de imposto ele sair ia no prejuízo já que seus honorários 
são de 5.000:
É muito importante você entender isso porque você tem que se 
valorizar! Seu trabalho é fazer a sua parte, o que está no seu 
contrato de maneira correta e ef icaz!
Mas o valor que a fazenda atr ibuiu a mais não foi erro seu E se 
você t ivesse que entrar com recurso, seria uma nova demanda. 
Você ia ter que ir atrás de documentos para fundamentar seu 
pedido.
E aqui vai até uma dica bônus da prof : se você t iver que recorrer , 
vamos supor que na mesma rua do prédio do seu João tenha um 
outro à venda. Pegue o valor e junte no processo.
Tem cidades que a favela f ica do lado de um bairro chique e o 
bem do seu cl iente está na divisa e o avaliador considerou o 
valor maior. Vá atrás de fotos para mostrar pro avaliador que não 
tem condição a avaliação que ele fez. 
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Muitas vezes contratamos um perito técnico para fazer laudo. 
Isso tem custo também.
Então você como o especial ista que está estudando pra ser , vai 
levar isso tudo em consideração antes de sair falando pra deus e 
o mundo que você vai recorrer em todo caso.
Não gente, não! Tem que fazer conta! Um bom advogado é aquele 
que sabe fazer escolhas intel igentes, não o que recorre a todo 
custo. Nem sempre recorrer vai te ajudar.
 Até porque se você recorre atrasa tudo.
Não sei se você sabe como funcionam as fazes, mas primeiro 
você preenche a declaração, depois vai sair um protocolo de 
acompanhamento. Ai passa para a fase que a receita vai analisar 
e avaliar os bens. Caso você discorde, aqui tem um prazo para 
discordar dos valores e apresentar a defesa do cl iente.
Depois que sai a resposta você paga o imposto e só então vem a 
cert idão de quitação que você juntará no inventario.
Claro que as fazes e procedimentos podem variar de estado pra 
estado. Mas vai ser mais ou menos assim:
Fora quando o recurso administrativo não da certo e tem que 
entrar com alguma ação judicial , ai demora mais ainda.
Tem que levar tudo isso em consideração pra saber se compensa 
mesmo recorrer . Porque tem a questãoda multa. Do prazo. Tem 
um monte de coisas.
Então só pra gente fechar essa parte de qual valor considerar, 
para bens imóveis será o valor de mercado com todas essas 
peculiaridades que citei acima.
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Mas e quanto a bens móveis? Um carro, por exemplo. Qual valor 
colocar? É importante você entender como é ai na sua comarca, 
mas o que se considera geralmente é o valor da tabela FIPE.
 Quanto às contas bancarias basta você pedir os extratos no 
banco e juntar na declaração. O valor a ser declarado será o que 
estava na conta do falecido no momento em que ele morreu.
Já vi gente juntando extrato da época em que abriu o inventario. 
Não gente. A analise do f isco vai ser de quanto t inha quando a 
pessoa faleceu.
 O mesmo vale para ativos bancários e aplicações f inanceiras: 
vale o valor de mercado à época da morte.
E falando em prazo, vamos entrar numa questão polêmica: se eu 
abrir um inventário, o prazo da multa suspende?
Na próxima aula vamos falar mais sobre o procedimento em si do 
inventário extrajudicial , vou mostrar pra você inclusive uma 
minuta de um inventário cumulativo extrajudicial pra você ver 
como funciona na prática!
Você vai ver que no extrajudicial não há previsão disso, mas no 
inventário judicial tem uma fase do procedimento específ ica 
prevista no CPC para o pagamento do imposto.
 No CPC tem todo um procedimento de avaliação e cálculo do 
imposto em que se prossegue a parti lha. Mas o que eu quero que 
você entenda é que essa fase acontece lá no f im do processo de 
inventário, quando ele está prestes a dar a sentença. Olha o 
art igo 654:
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
 Art . 654. Pago o imposto de transmissão a t ítulo de morte e juntada aos autos 
cert idão ou informação negativa de dívida para com a Fazenda Pública, o juiz 
julgará por sentença a parti lha.
 
E aí vem a pergunta: se eu deixar pra pagar o imposto nessa 
época eu pego o desconto? L ivro o cl iente da multa?
E aqui que está o B.O. porque nós temos a súmula 114 do STJ que 
diz que o vencimento do imposto ocorrerá após a homologação 
dos cálculos pelo juiz .
E porque tem B.O.? Porque a fazenda não costuma reconhecer 
essa súmula. E ela fundamenta isso na legislação estadual . 
Aqui em MG, por exemplo, a gente tem 180 dias para pagar, 
depois é multa. E só pega o desconto de 15% se pagar até 90 dias 
contados a partir do óbito.
Então qual é a minha dica: Se você sabe quais bens serão 
parti lhados, corre atrás da documentação e faça a declaração o 
mais rápido que você conseguir .
Para evitar ter que entrar com recurso e perder tempo com outras 
coisas, se você sabe que a declaração tem que ser feita, faça o 
quanto antes!
Ai você me fala que só tem documento/sabe ao certo os valores 
de alguns dos bens que estão sendo parti lhados. Então faça a 
declaração desses bens e depois retif ique a declaração.
 Deixe esse bem que você não sabe para sobreparti lha. Vai 
depender do que está faltando e do t ipo de providência que 
precisa ser feita.
E se caso seu cl iente pagar imposto a mais, f icar atento ao prazo 
também, porque o art igo 168 do CTN traz o prazo prescricional de 
5 anos para reaver o dinheiro.
Tem uma frase que nós advogados escutamos muito que é: “o 
direito não socorre aos que dormem”. Já escutou também?
 Pois é! Sempre atente seu cl iente dos prazos, da multa, de todos 
os r iscos em deixar pra depois! Isso inclusive é um senso de 
urgência real que você cria para que ele faça o procedimento 
mais rápido.
Você não está inventando nem enganando ninguém. Isso é um 
fato. Já cria aquela urgência pra ele fazer logo que todo mundo 
sai ganhando. Af inal , quanto mais tempo passa, mais dif íci l f ica.
 
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Ter que ir atrás da legislação de 1900 e da bolinha não é tão 
simples. E quanto mais tempo passa, mais complicado o caso 
f ica e consequentemente sobe a multa do imposto e também 
seus honorários!
Outro ponto que merece atenção são as HIPÓTESES DE ISENÇÃO. 
Cada estado tem as suas e se, por exemplo, dona Maria morreu 
em 2002 mas só foi abrir o inventário hoje, tem que olhar a lei de 
2002.
Porque às vezes a lei de que está vigente hoje só entrou em vigor 
em 2015 por exemplo. E na época que dona Maria morreu a lei não 
previa hipótese de isenção.
 Então não será aplicada a isenção.
E a recíproca também é verdadeira.
Dona Maria morreu em 2002 e t inha isenção. Mas você sendo 
advogado amador olhou só na lei de agora e viu que ela não se 
encaixava na isenção.
Aluno meu não erra isso!
Porque sabe que tem que olhar na lei de 2002. E se segundo 
aquela lei ela era isenta, então ela será isenta. Independente da 
lei de agora. Tem até um resp do STJ que fala disso, o RESP 
115.0356.
Vou deixar ele aqui no material de apoio pra vocês.
Outra questão polêmica são as dívidas. Como elas f icam? No meu 
estado não tem aba de dívidas para abater , como faz?
Em MG tem um campo pra você colocar as dívidas na hora que 
você tá preenchendo a declaração. 
 
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
SP eu sei que nao tem. A você coloca no campo de observação as 
dívidas.
No seu estado, se não for como aqui , sempre vai ter algum 
campo de observação e você vai colocar isso lá.
 Sobe junto com os documentos da declaração os comprovantes 
dessas dívidas. Os extratos, contratos, cert idões de ação de 
cobrança ou execuções em curso contra o falecido ou contra o 
espólio, enfim, o que você t iver que possa comprovar a dívida.
Você pode pedir pro juiz tb. Peticionar no processo de inventário 
Informando que a fazenda não está querendo abater as dívidas e 
pede para ele decidir a respeito e intimar a fazenda para abater 
essas dívidas.
E aqui vai outra dica bônus da prof pra vc que está comigo até o 
f im da aula: como f ica a declaração do imposto quando eu tenho 
um bem que foi vendido em vida, o falecido já recebeu o dinheiro 
mas o bem continua no nome do falecido? Esse bem vai ter que ir 
pro inventário? Vou ter que pagar imposto em cima desse bem 
que nem era mais do falecido?
E a resposta pra isso tá lá na súmula 590 do STF:
Calcula-se o imposto de transmissão "causa mortis" sobre o 
saldo credor da promessa de compra e venda de imóvel , no
momento da abertura da sucessão do promitente vendedor.
Traduzindo pro portugues signif ica que se já estava tudo pago, se 
o falecido já recebeu todo o dinheiro, ele não era em tese mais 
dono.
Então você não vai pagar imposto sobre esse bem. Inclusive eu 
sugiro que você nem coloque este bem na declaração. Você vai 
pegar o inventariante e vai resolver isso tudo 
administrativamente.
Pega esse contrato de promessa de compra e venda, o 
inventariante e o comprador do bem e eles vão lá emitir a 
escritura definit iva e depois com a escritura em mãos leva pro 
cartório de registro de imóveis para registrar .
O Inventariante resolve isso tudo com o termo de inventariante 
(se foi um inventário judicial) ou com a escritura de inventariante 
se for um inventário extrajudicial .
 
Ai você me fala: E se o falecido recebeu só uma parte do 
dinheiro?
Vamos supor que a casa val ia 500 mil e ele já recebeu 400 mil . 
Você vai pagar imposto sobre os 100 mil que o falecido ainda não 
recebeu, mas que os herdeiros vãoreceber.
E por f im e não menos importante, quero falar sobre quem paga o 
imposto e os honorários.
O imposto quem paga são os herdeiros. Cada herdeiro paga 
sobre o seu quinhão.
Então nesse caso dona Maria f icou com o total de 483.333,33. Mas 
desse valor 350 mil eram meação e não entra aqui no inventário. 
NÃO incide imposto. E la só paga imposto sobre o quinhão da 
herdeira dela que é 133.333,33 de herança (se vc ainda tem 
dúvida em como fazer essa conta assiste a aula 1 que eu falo 
passo a passo lá).
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Ana paga imposto em cima do quinhão dela de 308.333,33 e 
Roberto também sobre o quinhão de 308.333,33.
Ai você me pergunta: eles não tem dinheiro pra pagar, posso 
vender um bem do espólio ou pegar um dinheiro da conta do 
falecido para pagar?
Pode sim! Mas vai precisar de autorização judicial . Em tese daria 
pra fazer com o termo de inventário, mas o banco não l ibera. Eu 
tentaria antes de pedir alvará.
Quanto a venda do bem… dá pra fazer cessão de direitos 
hereditários ou pedir autorização para venda mesmo… aí f ica ao 
critério de cada caso.
Outro ponto: um herdeiro pode pagar tudo e depois os outros 
restituírem ele?
Pode sim, basta esse herdeiro juntar o comprovante e pedir pro 
juiz descontar isso na hora de fazer a parti lha.
 
Muita coisa né?
Eu falei pra você que era aula SEM MISÉRIA DE CONTEÚDO né?
E sabe qual é a melhor coisa? Você viu nessa aula que você pode 
faturar 3.500 fazendo a declaração para outros advogados. Você 
pode faturar 5.000 pra mais se t iver que recorrer no 
procedimento administrativo do imposto.
Você se l ivra de uma eventual ação de responsabil idade que 
poderia te custar sua reputação e sua carreira e ainda de quebra 
sai na frente de muitos, mas MUITOS MESMO, profissionais que não 
sabem fazer isso aqui!
 
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Voce está num pequeno grupo seleto de pessoas que vai faturar 
a partir de agora 20, 30, 50 mil de honorários com inventários 
apenas com o que estrou te ensinando nessas aulas da semana 
do especial ista em inventários!
Isso porque vcs nem imaginam o que preparei pra você na aula 
3! Só digo uma coisa: coloca despertador pra não perder! Porque 
ela esta FENOMENAL!
Retire daqui tudo aquilo que você conseguiu e aplique agora na 
tua vida profissional , porque ainda temos muito conteúdo para 
abordar essa semana!!
Só pra gente fechar, hoje você aprendeu o que tem que estar na 
declaração do imposto, como f icam as dívidas do falecido, se o 
prazo para pagar o imposto suspende com a abertura do 
processo de inventário e até como f ica a declaração do imposto 
quando eu tenho um bem que foi vendido em vida, o falecido já 
recebeu o dinheiro mas o bem continua no nome do falecido.
Aprendeu sobre al íquota, base de cálculo, quando compensa 
fazer recurso e muito mais!
Fala se essa aula não val ia dinheiro? Fala que eu não poderia 
cobrar por ela?
Tudo isso foi só uma amostra de tudo que meus alunos tem 
acesso dentro do meu curso pago que é o Famil iariza. Por isso se 
você chegou até aqui e quer da um passo maior na sua carreira.
Essa é sua chance de entrar para a nova turma do Famil iaria. 
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MARIA JÚLIA CARDOSO
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