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Confira seus dados impressos neste caderno. Assine com caneta de tinta azul ou preta a Folha de Respostas apenas no local indicado. Esta prova contém 40 questões objetivas e uma proposta de redação. Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando caneta de tinta azul ou preta. As provas terão duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas 3h45, contadas a partir do início da prova. Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas, a Folha de Redação e os Cadernos de Questões. 26.03.2017 Nome do candidato Prédio Sala CarteiraInscriçãoRG Vestibular Medicina 2017 002. PROVA II 114223 2FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva 3 FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva Leia o trecho do poema de Álvares de Azevedo para respon- der às questões de 01 a 03. Desalento Feliz daquele que no livro d’alma Não tem folhas escritas, E nem saudade amarga, arrependida, Nem lágrimas malditas! Feliz daquele que de um anjo as tranças Não respirou sequer, E nem bebeu eflúvios descorado Numa voz de mulher! E não sentiu a mão cheirosa e branca Perdida em seus cabelos, Nem resvalou do sonho deleitoso A reais pesadelos! [...] Mas, nesse doloroso sofrimento Do pobre peito meu, Sentir no coração que à dor da vida A esperança morreu!... Que me resta, meu Deus?! aos meus suspiros Nem geme a viração, E dentro − no deserto do meu peito, Não dorme o coração! (Lira dos vinte anos, 1994.) QUESTÃO 01 Segundo o eu lírico do poema, (A) a permanência do amor depende de um esforço superior às possibilidades de alguns homens. (B) a tristeza na velhice é consequência de uma vida sem amores que sustentariam boas lembranças. (C) os afetos envolvidos numa relação amorosa atormentam a vida e deixam lembranças negativas. (D) os bons momentos em companhia da mulher amada são justa recompensa para os sacrifícios envoltos na relação amorosa. (E) as boas lembranças da vida junto à mulher amada são um alento para os sofrimentos que acompanham o en- velhecimento. QUESTÃO 02 Álvares de Azevedo é normalmente associado ao Ultrarro- mantismo. É característica desse movimento: (A) a defesa do relacionamento amoroso entre um homem e uma mulher como pressuposto para uma vida saudável. (B) a visão de mundo autocentrada, marcada pela expressão enfática dos sentimentos e pelo confessionalismo. (C) a recuperação dos ideais clássicos do amor relacionados à ideia de equilíbrio e contenção. (D) a valorização da racionalidade e da ponderação como única possibilidade de evitar os desequilíbrios da vida sentimental. (E) o apego à intensidade das experiências humanas, com consequente desprezo pelos temas da decadência vital e da morte. QUESTÃO 03 “E não sentiu a mão cheirosa e branca Perdida em seus cabelos,” (3a estrofe) O termo em destaque é um verbo (A) de ligação. (B) bitransitivo. (C) transitivo direto. (D) transitivo indireto. (E) intransitivo. 4FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva QUESTÃO 05 Prosopopeia: figura de retórica que consiste em atribuir vida, ou qualidades humanas, a seres inanimados, irracio- nais, ausentes, mortos ou abstratos. (Massaud Moisés. Dicionário de termos literários, 2004. Adaptado.) Ocorre a prosopopeia em: (A) “Não é feio o nosso jazigo; podia ser um pouco mais sim- ples – a inscrição e uma cruz –, mas o que está é bem feito.” (2o parágrafo) (B) “A impressão que me dava o total do cemitério é a que me deram sempre outros; tudo ali estava parado.” (4o pa- rágrafo) (C) “Rita orou diante dele alguns minutos, enquanto eu circu- lava os olhos pelas sepulturas próximas.” (3o parágrafo) (D) “A mana é boa criatura, não menos que alegre.” (3o pa- rágrafo) (E) “Os arbustos viviam calados, na verdura e nas flores.” (4o parágrafo) QUESTÃO 06 “Ora, eu creio que um velho túmulo dá melhor impressão do ofício, se tem as negruras do tempo, que tudo consome.” (2o parágrafo) No período em que está inserida, a oração em destaque tem sentido de (A) consequência. (B) condição. (C) concessão. (D) causa. (E) comparação. Leia o trecho do romance Memorial de Aires, de Machado de Assis, para responder às questões de 04 a 06. Fomos ao cemitério. Rita, apesar da alegria do motivo, não pôde reter algumas velhas lágrimas de saudade pelo marido que lá está no jazigo, com meu pai e minha mãe. Ela ainda agora o ama, como no dia em que o perdeu, lá se vão tantos anos. No caixão do defunto mandou guardar um mo- lho dos seus cabelos, então pretos, enquanto os mais deles ficaram a embranquecer cá fora. Não é feio o nosso jazigo; podia ser um pouco mais sim- ples – a inscrição e uma cruz –, mas o que está é bem feito. Achei-o novo demais, isso sim. Rita fá-lo lavar todos os me- ses, e isto impede que envelheça. Ora, eu creio que um velho túmulo dá melhor impressão do ofício, se tem as negruras do tempo, que tudo consome. O contrário parece sempre da véspera. Rita orou diante dele alguns minutos, enquanto eu circu- lava os olhos pelas sepulturas próximas. Em quase todas ha- via a mesma antiga súplica da nossa: “Orai por ele! Orai por ela!” Rita me disse depois, em caminho, que é seu costume atender ao pedido das outras, rezando uma prece por todos os que ali estão. Talvez seja a única. A mana é boa criatura, não menos que alegre. A impressão que me dava o total do cemitério é a que me deram sempre outros; tudo ali estava parado. Os gestos das figuras, anjos e outras, eram diversos, mas imóveis. Só alguns pássaros davam sinal de vida, buscando-se entre si e pousando nas ramagens, pipilando ou gorjeando. Os arbus- tos viviam calados, na verdura e nas flores. (Memorial de Aires, 2002.) QUESTÃO 04 Ao observar o jazigo da família, o narrador (A) nota que a limpeza do lugar destoa da decadência que normalmente está associada à morte. (B) enche-se de tristeza por causa da saudade dos familiares. (C) compara a tristeza e a decrepitude do lugar com a alegria e a vitalidade de Rita. (D) percebe no lugar uma imagem de superioridade da sua família, conseguida graças aos cuidados de Rita. (E) ressente-se de não ter participação na arrumação do lu- gar, deixada a cargo de Rita. 5 FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva QUESTÃO 08 “Alguns mamíferos mal saem do ventre materno e já são ca- pazes de andar sozinhos, embora dependam de animais adultos que os alimentem”. (2o parágrafo) Assinale a alternativa em que os termos destacados foram substituídos e mantiveram a correção gramatical e o sentido geral original. (A) Alguns mamíferos mal saem do ventre materno e já são capazes de andar sozinhos, já que dependem de animais adultos a fim de serem alimentados. (B) Alguns mamíferos mal saem do ventre materno e já são capazes de andar sozinhos, entretanto dependam de ani- mais adultos afim de serem alimentados. (C) Alguns mamíferos mal saem do ventre materno e já são capazes de andar sozinhos, mas dependem de animais adultos afim de serem alimentados. (D) Alguns mamíferos mal saem do ventre materno e já são capazes de andar sozinhos, ainda que dependam de ani- mais adultos a fim de serem alimentados. (E) Alguns mamíferos mal saem do ventre materno e já são capazes de andar sozinhos, porquanto dependem de ani- mais adultos a fim de serem alimentados. Leia o texto de Ana Maria Machado para responder às ques- tões 07 e 08. Ler não é natural. Aliás, nem falar e conversar são atos naturais; são atos culturais. Portanto, ninguém nasce saben- do falar, conversar, ler, escrever. Nem aprende sozinho. São habilidades e conhecimentos que precisam ser transmitidos e ensinados. A linguagem articulada não é um fenômeno da natureza, é da cultura. Vem do grupo social. Principalmente a linguagem simbólica, que vai além da simples indicação con- creta e trabalha com abstrações. Cultura pura. Se ninguém ensinar, ninguém aprende. Outros animais têm características bem distintas. Muitos deles podem nascer de ovos, sem que ao menos tenhamnecessidade de que os pais estejam presentes no instante do nascimento. Outros nascem de um jeito e, pela força da natureza, sofrem metamorfoses e se transformam em seres muito diferentes. Outros ainda, como os pássaros, nascem indefesos e precisam de proteção paterna para ter calor e comida. Alguns mamíferos mal saem do ventre materno e já são capazes de andar sozinhos, embora dependam de ani- mais adultos que os alimentem e defendam de predadores. Os graus de autonomia variam na natureza. A espécie hu- mana é das menos autônomas. Ao que tudo indica, é a mais dependente de todas. Transmitir experiências para a geração seguinte é uma marca e uma necessidade inevitável da espécie humana. Nossa sobrevivência depende disso. Nas sociedades mais simples, esse processo podia se dar em termos individuais. Os mais velhos ensinavam os mais novos, aleatoriamente. À medida que os grupos sociais foram se definindo melhor e se sofisticando, foi surgindo uma certa divisão do traba- lho e até mesmo uma especialização. A escrita, por exemplo, com sua exigência de saber especializado, possibilitou que a transmissão de conhecimento se fizesse a quem estava distante, no espaço ou numa eventual posteridade. (Silenciosa algazarra, 2011. Adaptado.) QUESTÃO 07 “A espécie humana é das menos autônomas.” (2o parágrafo) No texto, a frase refere-se ao fato de que (A) os indivíduos humanos mais sociáveis são mais aptos a sobreviver. (B) a tendência do ser humano a viver em grupo faz com que ele se beneficie da vida em grandes cidades. (C) os seres humanos dependem de outras espécies para se alimentarem. (D) as chances de sobrevivência das crias humanas, se en- tregues a si mesmas, são mínimas. (E) a necessidade emocional de estar em grupo faz indire- tamente com que os seres humanos produzam cultura. 6FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva QUESTÃO 10 “O resultado dessas decisões vai refletir a personalidade do fotógrafo” (1o parágrafo) Assinale a alternativa que expressa, na voz passiva, o conte- údo dessa oração. (A) A personalidade do fotógrafo seria refletida pelo resulta- do dessas decisões. (B) A personalidade do fotógrafo refletirá o resultado dessas decisões. (C) O resultado dessas decisões refletirá a personalidade do fotógrafo. (D) O resultado dessas decisões vai ser refletido pela perso- nalidade do fotógrafo. (E) A personalidade do fotógrafo vai ser refletida pelo resul- tado dessas decisões. QUESTÃO 11 Em um colégio foi aplicada uma mesma prova para todos os alunos de uma determinada série e, após a correção, cons- tatou-se que: • 70% dos alunos ficaram na média, ou acima dela, e não precisaram fazer o exame final; • 25% dos alunos que ficaram abaixo da média não precisa- ram fazer o exame final; • 54 alunos ficaram abaixo da média e precisaram fazer o exame final. O número total de alunos dessa série é (A) 240. (B) 260. (C) 220. (D) 280. (E) 300. Leia o texto de Nelson Martins para responder às questões 09 e 10. Em sua rotina de trabalho, o fotógrafo se vê o tempo todo diante de alternativas múltiplas e precisa decidir com rapidez o que e como fotografar. Do ângulo ao fundo, da escolha da lente ao tempo de exposição, são muitas as escolhas num só tempo. O resultado dessas decisões vai refletir a personali- dade do fotógrafo e a forma como ele vê e pensa o mundo à sua volta. A fotógrafa americana Sarah Moon resume essa relação com uma frase de impacto: “Toda fotografia é um au- torretrato”. A quantidade infinita de possibilidades que se abrem para o fotógrafo no momento do clique pode deixar alguns inician- tes confusos. Se você se inclui nesta categoria, o melhor a fazer é escolher temas que mexam com suas emoções ou despertem sua curiosidade. Use sua intuição e experimente à vontade. Para o fotógrafo Ricardo Pimentel, a única forma de so- breviver nessa profissão é sendo extraordinariamente parti- cular, expressando coisas que sejam do seu íntimo, mas ao mesmo tempo universais. Para atingir esse objetivo, ele re- ceita uma combinação de temperos: emoções, técnica, sen- sibilidade, intervenções estéticas, desenho ou tudo mais que a imaginação permitir. (Fotografia: da analógica à digital, 2014. Adaptado.) QUESTÃO 09 O texto trata a fotografia como uma atividade (A) solitária, em que o fotógrafo deve ignorar o que está a sua volta enquanto realiza seu trabalho. (B) jornalística, em que o fotógrafo busca o maior realismo possível, o que é possível a partir de seu desenvolvimen- to como profissional e como pessoa. (C) pessoal, em que o fotógrafo expressa, com o auxílio da técnica, sua história e sua personalidade como produto das escolhas que faz ao fotografar. (D) técnica, de modo que o fotógrafo funciona como um com- plemento de seu equipamento, formando com ele um conjunto perfeitamente integrado. (E) profissional, de modo que o fotógrafo cumpre seu papel em uma organização, oferecendo seu trabalho pessoal para compor, com seus colegas, uma ideia mais universal. 7 FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva QUESTÃO 14 Duas das raízes da equação polinomial x3 – 3x2 – kx + 12 = 0, com k um número real, são iguais às coordenadas do vértice da parábola representada pela função f(x) = –x2 + 4x – 6. Sen- do a, b e c as raízes dessa equação, o valor de a2 + b2 + c2 é (A) 12. (B) 24. (C) 15. (D) 17. (E) 20. QUESTÃO 15 A figura mostra o quadrado ABCD, com 6 cm de lado, e o triângulo equilátero ABE. A B CD E A área do triângulo ADE, destacada em azul, é (A) 13 cm2. (B) 10 cm2. (C) 12 cm2. (D) 11 cm2. (E) 9 cm2. QUESTÃO 12 Em uma progressão aritmética de razão 4, o valor do 9o ter- mo é igual a cinco vezes o valor do 2o termo. A soma dos cinco primeiros termos dessa progressão é (A) 48. (B) 55. (C) 42. (D) 36. (E) 51. QUESTÃO 13 Em uma urna foram colocados cartões de mesmo tamanho, numerados de 11 a 55, sem repetição de números. Retiran- do-se aleatoriamente um desses cartões, a probabilidade da soma de seus algarismos ser um número primo, sabendo que o número do cartão também é primo, é (A) (B) (C) (D) (E) 2 1 7 2 5 2 3 1 5 1 8FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva QUESTÃO 18 Um cilindro reto, de medidas internas iguais a 4 cm de raio da base e 30 cm de altura, está completamente cheio de água. Essa água será transferida para cones retos, idênticos e va- zios, de medidas internas iguais a 3 cm de raio da base e 21 cm de altura. Após encher totalmente o maior número possível de cones com a água contida no cilindro, a altura da coluna de água que restará no cilindro será próxima de (A) 2,2 cm. (B) 2,4 cm. (C) 2,6 cm. (D) 2,0 cm. (E) 2,8 cm. QUESTÃO 19 Em um experimento de laboratório, o crescimento de uma co- lônia de bactérias pode ser descrito pela função f(x) = k · 2x–1, sendo x o número de dias desde o início das observações, f(x) o número de bactérias após x dias e k um número real. Sabendo que no início das observações (x = 0) havia 1 000 bactérias, o número de bactérias atingirá o quádruplo do número de bactérias do 3o dia no (A) 4o dia. (B) 8o dia. (C) 5o dia. (D) 6o dia. (E) 7o dia. QUESTÃO 16 Certo dia em um hospital, ocorreram 32 internações, conside- rando-se o número de adultos e de crianças. Entre os adultos internados, 12 eram homens e o número de mulheres adultas internadas era o triplo do número de crianças internadas. Em relação ao número total de internações feitas nesse dia, as crianças representavam, aproximadamente, (A) 22,3%. (B) 12,7%. (C) 15,6%. (D) 20,8%. (E) 17,5%. QUESTÃO 17 As retas r e s, perpendiculares entre si no ponto P, possuem equações iguais, respectivamente, a y = (k2 – 2)x + 1 e 6 k x y ��� , com k um número real estritamente positivo. As coordenadas do ponto P são (A) (3, 4). (B) (3, 5). (C) (2, 5). (D) (2, 3). (E) (4, 3). 9 FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva QUESTÃO 22 Nos últimos anos, alguns países retomaram projetos para construção e operação de usinas nucleares. Tais países con- siderama energia nuclear uma fonte energética limpa, uma vez que as usinas nucleares apresentam a vantagem de (A) gerar energia sem emissão de CO2. (B) estarem localizadas distantes de grandes centros urbanos. (C) produzir energia sem utilização de água. (D) utilizar filtros contra emissão de metano. (E) captar gases estufa durante enriquecimento de seu com- bustível. QUESTÃO 23 O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conheci- do como Banco do BRICS, é a iniciativa mais ambiciosa do grupo que reúne cinco nações emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Seu convênio constitutivo esta- belece que a instituição está aberta à participação de todos os membros das Nações Unidas e, como o próprio nome diz, busca financiar iniciativas promotoras de desenvolvimento nas nações participantes. Em abril de 2016, o banco anun- ciou suas primeiras operações, com previsão de emprésti- mos para projetos de energia renovável. (www.g1.globo.com. Adaptado.) A partir das informações do excerto, é correto afirmar que o Banco do BRICS objetiva (A) fortalecer o papel do BRICS como bloco econômico rival da União Europeia (UE) em financiamentos globais. (B) ser um concorrente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA/ONU) em projetos energéticos. (C) substituir a ação da Organização das Nações Unidas (ONU) em projetos voltados ao crescimento econômico. (D) diversificar a atuação do Fundo Monetário Internacional (FMI) em empréstimos para a recuperação financeira de países associados. (E) atuar como alternativa ao Banco Internacional para Re- construção e Desenvolvimento (BIRD-Banco Mundial) em investimentos de infraestrutura. QUESTÃO 20 Considere as matrizes A = (aij)2x3, com aij = 2i – j, � � � � � � � � � � �� 0k 12 k0 B , com k um número inteiro, e C = A · B. Sabendo que o determi- nante de C é − 6, o valor da soma de todos os elementos da matriz B é (A) –2. (B) 3. (C) –1. (D) 5. (E) 1. QUESTÃO 21 (www.irancartoon.ir) O cartum do iraniano Akbar Torabpour faz alusão ao movi- mento populacional denominado (A) migração pendular. (B) migração de retorno. (C) fluxo de transumância. (D) êxodo rural. (E) migração sazonal. 10FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva QUESTÃO 26 Em 1492 abre-se um período frenético de denominação e imposição de línguas. A partir desse ano, Cristóvão Colombo dá nome a tudo o que encontra. Ele quer fazer coincidir a toponímia das ilhas que visita com as da China e do Japão e chama de “Índios” aos habitantes que encontra. Um pouco mais tarde, Colombo repete outros nomes. Temos então a Nova-Espanha, Isabela, Fernandina, Juana, etc.” (Jacques Attali. 1492, 1991. Adaptado.) A partir do texto, é correto afirmar que as viagens marítimas do século XV tinham por objetivo (A) impedir a guerra entre as monarquias absolutistas e ne- gociar a divisão do Novo Mundo por meio de tratados de limites. (B) encontrar uma ligação direta com as regiões das especia- rias e expandir os domínios das monarquias europeias. (C) transferir o excesso populacional da Europa para regiões despovoadas e fundar um reino socialmente igualitário. (D) expulsar os muçulmanos dos territórios recém-descober- tos da América e catequizar os indígenas. (E) solucionar o problema da falta de mão de obra nas eco- nomias europeias e ampliar o mercado consumidor de produtos industrializados. QUESTÃO 27 O comércio de diamantes seria livre, uma Universidade seria fundada em Vila Rica, os dízimos pertenceriam aos vi- gários, medidas seriam tomadas para remediar a escassez monetária, fábricas seriam estabelecidas com técnicos vindos do estrangeiro, e as classes inferiores poderiam vestir o que quisessem, enquanto os de categoria social mais alta, dando o exemplo, só vestiriam fazendas da terra. (Nícia Vilela Luz. “Inquietação revolucionária no sul: Conjuração Mineira”. In: A época colonial, vol 2, 1960.) A partir da leitura do texto, é correto concluir que a Conjura- ção Mineira (A) ignorou as contribuições europeias na organização do fu- turo país independente. (B) contou com a participação da burguesia industrial e co- mercial das cidades da colônia. (C) pretendeu criar uma Confederação de nações indepen- dentes na América Ibérica. (D) procurou romper com restrições gerais impostas à colô- nia pela Metrópole. (E) foi um movimento popular liderado por escravos rebela- dos das regiões das minas. QUESTÃO 24 Analise uma passagem da correspondência enviada por João Guimarães Rosa ao seu tradutor italiano, Edoardo Bizzarri. O que caracteriza esses GERAIS são as chapadas (planaltos, amplas elevações de terreno, chatas, às vezes serras mais ou menos tabulares). São de terra péssima, vá- rios tipos sobrepostos de arenito, infértil. A vegetação é com- posta por arvorezinhas tortas, e o capim, áspero, de péssima qualidade. (João Guimarães Rosa. Correspondência com seu tradutor italiano Edoardo Bizzarri, 2003. Adaptado.) A descrição apresentada pelo escritor compreende a paisa- gem do domínio morfoclimático (A) da Amazônia. (B) das Araucárias. (C) das Pradarias. (D) dos Mares de Morros. (E) do Cerrado. QUESTÃO 25 Recentemente, a Coreia do Norte realizou testes com uma bomba nuclear em seu subsolo. O mapa a seguir simula a área atingida, caso esta bomba fosse detonada sobre a cida- de do Rio de Janeiro. Nele, o círculo verde ilustra os limites afetados por radiação. A 1,25 km (www.brasil.elpais.com. Adaptado.) A partir das informações contidas no mapa e considerando que a distância entre o centro “A” e o limite do círculo de radiação é de 2 cm, a escala numérica dessa representação cartográfica é (A) 1: 1 250. (B) 1: 6 250. (C) 1: 125 000. (D) 1: 625. (E) 1: 62 500. 11 FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva QUESTÃO 30 As diferenças entre o regime representativo, vigente en- tre 1945 e 1964, e o regime militar são claras. Quem manda agora não são os políticos profissionais, nem o Congresso é uma instância decisória importante. Mandam a alta cúpula militar, os órgãos de informação e repressão, a burocracia técnica de Estado. (Boris Fausto. História do Brasil, 2012.) A propósito dos regimes políticos referidos pelo texto, é cor- reto afirmar que (A) os partidos políticos constituídos na era democrática con- seguiram evitar a ruptura da ordem constitucional no país. (B) os governos militares romperam com o emprego das mo- bilizações sociais como recurso de poder. (C) os governos democráticos anteriores ao golpe militar consideraram o Brasil como país basicamente agrário. (D) os governos militares garantiram o direito de livre organi- zação das classes trabalhadoras. (E) as empresas estatais foram privatizadas e entregues ao capital internacional pelos militares. QUESTÃO 28 Uma câmara de deputados demissível à vontade do soberano e um senado vitalício à escolha do soberano não podem constituir de nenhum modo a legítima representação do país. (Reynaldo X. C. Pessoa. “O Manifesto Republicano de 1870”. In: A ideia republicana no Brasil através dos documentos, vol 1, 1973.) O texto, extraído do Manifesto Republicano, critica (A) o domínio do Poder Executivo pelo parlamento. (B) o controle dos eleitores pelos coronéis do interior do país. (C) a predominância política do Poder Moderador. (D) a limitação do direito de voto aos alfabetizados. (E) a submissão da Igreja Católica ao Estado Imperial. QUESTÃO 29 Desagrada a quase todos nós atribuir vantagens ma- teriais à guerra. A imoralidade do conflito internacional não deve, porém, deixar-nos cegos para o fato de que a Segunda Guerra Mundial tirou a economia americana da estagnação e de graves perturbações. Não houve nada de “artificial” acerca da prosperidade da época da guerra. (Ross M. Robertson. História da economia americana, 1967.) O autor relaciona (A) o emprego de políticas econômicas liberais nas nações industrializadas e o rígido controle orçamentário pelos Estados. (B) a esfera de planejamento cuidadoso das atividades eco- nômicase o caráter irracional, do ponto de vista econô- mico, das medidas estatais. (C) o crescimento econômico extraordinário dos países em guerra e os baixos preços das matérias-primas forneci- das pelas economias subdesenvolvidas. (D) a grande crise da economia norte-americana e a sua su- peração motivada pelo estímulo às produções e às com- pras militares. (E) a multiplicação do número de fábricas nas áreas do con- flito e o aumento dos salários derivado da abundância de mão de obra operária. 12FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva Leia o texto para responder às questões de 31 a 35. Computers can sense sarcasm? Jesse Emspak August 26, 2016 Humans pick up on sarcasm instinctively and usually do not need help figuring out if, say, a social media post has a mocking tone. Machines have a much tougher time with this because they are typically programmed to read text and assess images based strictly on what they see. So what’s the big deal? Nothing, unless computer scientists could help machines better understand wordplay used in social media and on the internet. And it looks like they may be on the verge of doing just that. Rossano Schifanella, an assistant professor in computer science at the University of Turin, and a group of colleagues from internet company Yahoo! are trying to teach machines that humans do not always mean exactly what they say. What is new about their research, released earlier this month on the science publishing site ArXiv, is that they examined images as well as text in looking for clues to understand meaning. “What we observed is that if you just look at text, it isn’t enough,” Schifanella says. “The images provide crucial context.” (www.scientificamerican.com. Adaptado.) QUESTÃO 31 In the excerpt from the first paragraph “So what’s the big deal?”, the word in bold can be replaced, without changing the meaning of the sentence, by (A) Therefore. (B) However. (C) Furthermore. (D) Although. (E) Because. QUESTÃO 32 In the excerpt from the first paragraph “they may be on the verge of doing just that”, the word in bold expresses the idea of (A) possibility. (B) prohibition. (C) expectation. (D) permission. (E) obligation. QUESTÃO 33 The excerpt from the second paragraph “humans do not always mean exactly what they say” refers to (A) time. (B) science. (C) internet. (D) machines. (E) sarcasm. QUESTÃO 34 The excerpt from the second paragraph “The images provide crucial context” suggests that the images are (A) different. (B) real. (C) primordial. (D) protected. (E) irrelevant. QUESTÃO 35 A partir das informações apresentadas pelo texto, a resposta esperada à pergunta “Computers can sense sarcasm?” seria: (A) Only from images. (B) They won’t be able to do that. (C) They may soon. (D) They can always do it. (E) Only from texts. QUESTÃO 36 Pilotos de aviões de caça são treinados para suportar acele- rações de até 80 m/s2 sem perderem a consciência. Suponha que um avião de caça, voando em linha reta, tenha que au- mentar sua velocidade de 1 080 km/h para 2 520 km/h. Para que a aceleração média não ultrapasse o valor de 80 m/s2, o intervalo de tempo dessa manobra deve ser de, no mínimo, (A) 2,5 s. (B) 5,0 s. (C) 9,5 s. (D) 8,0 s. (E) 7,5 s 13 FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva QUESTÃO 37 Uma criança brinca em três escorregadores (X, Y e Z), de mesma altura (h), cujos perfis estão representados na figura. nível do solo X Y Z h Sendo TX, TY e TZ os trabalhos realizados pela força peso da criança quando ela escorrega do topo até o solo nos escor- regadores X, Y e Z, respectivamente, é correto afirmar que (A) TX = TY < TZ (B) TX > TY > TZ (C) TX = TY > TZ (D) TX = TY = TZ (E) TX < TY < TZ QUESTÃO 38 Na embalagem de determinado alimento fabricado no Brasil consta a seguinte recomendação: mantenha congela- do a – 10 ºC ou mais frio. Se esse alimento for exportado para os Estados Unidos, onde se utiliza a escala Fahrenheit, cujas temperaturas de fusão e de ebulição da água, ao nível do mar, são 32 ºF e 212 ºF, respectivamente, na recomendação, o fabricante deverá substituir – 10 ºC por (A) 22 ºF. (B) – 32 ºF. (C) – 10 ºF. (D) – 42 ºF. (E) 14 ºF. QUESTÃO 39 Para corrigir a hipermetropia de uma pessoa que só enxerga nitidamente, sem lentes corretivas, objetos situados a 50 cm, ou mais, de seus olhos, usam-se lentes esféricas convergen- tes. Se um objeto for colocado a 25 cm dessas lentes, elas produzirão, desse objeto, uma imagem virtual, direita e dis- tante 50 cm delas. Nessa situação, a distância focal dessas lentes é igual a (A) 50 cm. (B) 25 cm. (C) 75 cm. (D) 17 cm. (E) 60 cm. QUESTÃO 40 Nas salas em que são realizadas radiografias, existem ta- belas que indicam os valores da diferença de potencial, da intensidade da corrente elétrica e do intervalo de tempo que devem ser aplicados à ampola produtora dos raios X para cada tipo de procedimento realizado. Suponha que, para uma radiografia de tórax, os valores indicados sejam 1,0 × 105 V, 2,0 × 10–1 A e 5,0 × 10–2 s. Sabendo que o rendimento da am- pola é de 1,0%, a energia dos raios X emitidos por ela nessa situação é de (A) 1,0 × 105 J. (B) 1,0 × 101 J. (C) 2,5 × 101 J. (D) 2,5 × 102 J. (E) 4,0 × 103 J. 14FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva REDAÇÃO TexTo 1 TexTo 2 (http://ascebe.com.br, 08.08.2016.) (http://blogdomarcelogurgel.blogspot.com.br, 07.04.2013.) TexTo 3 Análise publicada no British Medical Journal (BMJ) mostra que a prática de internação compulsória de dependentes quí- micos, que ocorre sem o consentimento do paciente ou da família e é mediada pelo sistema criminal, não é efetiva na luta contra a dependência química e precisa ser revista. A pesquisa, que acessou dados globais desse tipo de terapia e foi feita por cientistas da Boston University School of Medicine (EUA) com a colaboração de pesquisadores do Canadá e da Malásia, avaliou que não há evidências ou estudos sendo produzidos que indiquem a efetividade do tratamento e que essa abordagem viola direitos humanos e traz mais danos que benefícios para o paciente. No Brasil, a discussão sobre o tratamento compulsório veio à tona em 2013, quando o governador de São Paulo fez uma parceria com o Ministério Público e a OAB para internar compulsoriamente dependentes de crack. A internação compulsória está prevista na Lei de Reforma Psiquiátrica, em que estão elencados três tipos de internação: a voluntária (solicitada pelo próprio pa- ciente), a involuntária (pedida pela família) e a compulsória (pedida por um juiz), abordagem que contrasta com a política adotada pela prefeitura da cidade de São Paulo, em que dependentes foram inseridos em um programa que incluía emprego e moradia. A análise publicada no BMJ aponta que o tratamento de dependência, de modo geral, tem pouco sucesso, mas que as chances são mais altas em um esforço combinado não compulsório, de longo prazo, e com atendimento multidisciplinar. No mesmo sentido, a Organização Mundial da Saúde enfatiza que a internação compulsória deve ocorrer por um período limitado e somente se o dependente oferecer riscos para si mesmo e para outros. Sempre que possível, os usuários devem ser livres para decidir se querem se submeter a tratamento. (“Internação compulsória é ineficaz e viola direitos humanos, diz análise global”. http://brasileiros.com.br, 22.06.2016. Adaptado.) TexTo 4 Muitos questionam a viabilidade da internação compulsória, alegando que a privação da liberdade se constitui em uma pri- são. Entretanto, assim não deve ser vista, pois tal internação visa, única e exclusivamente, à desintoxicação do dependente quí- mico, o que a diferencia do caráter punitivo da pena privativa de liberdade. Na verdade, o dependente químico será tratado como doente mental e não como criminoso. Ademais, aqueles que se colocam contra a internação compulsória alegam que a medida, além de violar os direitos individuais inerentes à liberdade do ser humano, estaria resgatando o antigomodelo manicomial do século XX, que não visava internar, mas apenas recolher, prender, segregar o dependente de forma inadequada e desumana. A ideia da internação compulsória como tratamento dos dependentes químicos vai além, pois, quando se fala em tratar, parte-se do princípio de que aquela pessoa é doente e precisa receber todo o cuidado médico necessário, visando sua recupe- ração e sua reintegração social. Se alguém está doente, deve ser hospitalizado. Então, que fique claro: dependência química é uma doença grave, crônica, incurável e que, se não tratada progressivamente, pode fatalmente levar o indivíduo à morte. Convém elucidar que o recolhimento compulsório promovido pelas polícias se constitui de assepsia social, enquanto internação alguma pode ter essa conotação. O recolhimento não é tratamento adequado, uma vez que os dependentes são levados a lugares como albergues, e não para clínicas de recuperação, comunidades terapêuticas ou hospitais psiquiátricos. Desse modo, por ser a dependência química considerada uma doença, o melhor caminho é o tratamento médico através da internação compulsória, realizado de forma correta, através de uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, psi- quiatras, assistentes sociais, entre outros que possam contribuir efetivamente para a recuperação dos usuários dependentes químicos. (Pablo Henrique de Abreu Ferreira. “A constitucionalidade da internação compulsória dos usuários dependentes químicos de drogas”. http://ambito-juridico.com.br. Adaptado.) Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma- -padrão da língua portuguesa, sobre o tema: A internAção compulsóriA é medidA AdequAdA Ao trAtAmento dA dependênciA químicA? 15 FDEC1601 | 002-Prova-II-Objetiva RAS CUN HO NÃO ASSINE ESTA FOLHA Os rascunhos não serão considerados na correção.