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Universidade Paulista – Unip Relatório de Aulas Práticas CURSO: Nutrição DISCIPLINA: Anatomia dos Sistemas NOME DO ALUNO: XXXXXXXXXXXX R.A: XXXXXXXXXXX POLO: Lapa Data: 23 / 05 / 2023 TÍTULO DO ROTEIRO: Anatomia dos Sistemas Introdução O termo “anatomia” deriva do grego “Ana”, que significa em partes, e “Tomein”, que significa cortar. Logo, anatomia significa “cortar separando em partes”. Uma definição mais direta e que a Anatomia é a parte da ciência que estuda a forma macroscópica a estrutura e constituição do corpo. O escopo desse relatório, no caso, e o estudo da anatomia dos sistemas corpo humano. O estudo anatômico pode ser classificado em: 1. Anatomia sistêmica 2. Anatomia Topográfica 3. Anatomia Aplicada 4. Anatomia Radiológica 5. Anatomia Antropológica 6. Anatomia Comparada O estudo da Anatomia Sistêmica será nosso foco de discussão. Os sistemas são vários, tais como, tegumentar, esquelético, digestivo, muscular, circulatório, reprodutor (masculino e feminino), urinário (masculino e feminino), endócrino, imunológico, linfático e nervoso. O objetivo desse relatório é focar no que foi discutido nas aulas de laboratório que são os sistemas digestório, unitário e reprodutor (feminino e masculino), e nervoso. Aula 1 1. Sistema digestório Qual é a função da digestão? Todos nós, seres vivos, necessitamos de energia para sobreviver, realizando nossas funções vitais diárias como crescimento, desenvolvimento e reprodução. Essa energia é captada através dos alimentos, e incorporada internamente através da digestão. Nos seres humanos, e em muitos outros animais, o sistema digestório faz com que os alimentos se transformem em moléculas menores, possibilitando o seu armazenamento, e sua absorção, para que assim possa, via circulação sanguínea, chegar às células em moléculas menores. Para tanto, realiza as funções de: preensão, mastigação, deglutição, digestão, absorção e expulsão. O sistema digestório humano possui um trato gastrointestinal (TGI) e glândulas anexas (glândulas salivares, pâncreas, vesícula biliar e fígado) que lançam suas secreções na luz do TGI. É pelo TGI que passa o alimento. O TGI consiste da cavidade oral (com a língua e dentes), faringe, esôfago, intestino delgado, intestino grosso ou cólon e ânus. Estas regiões são separadas por esfíncteres (estruturas formadas por fibras musculares circulares concêntricas dispostas em forma de anel, que controlam o grau de amplitude de um determinado orifício - veja a animação 3, abaixo). O sistema digestivo humano tem três esfíncteres importantes: o esfíncter esofágico, o esfíncter anal e o esfíncter pilórico, que faz comunicação entre o estômago e o duodeno. Estes esfíncteres auxiliam no controle do fluxo do bolo alimentar que trafega pelo TGI. O comprimento do tubo digestório, medido no cadáver, é de cerca de 9m. Na pessoa viva é menor porque os músculos ao longo das paredes dos órgãos do trato gastrintestinal mantêm o tônus. Em resumo, a digestão é a transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos, etc.) em moléculas menores para serem absorvidas pelas paredes do trato intestinal, e transportadas para os capilares através da parede dos órgãos. Aquilo que não foi absorvido na digestão será e excretados pelos anus. Fases do processo digestório A primeira fase, a mastigação, que através de um processo mecânico e químico, desintegra parcialmente os alimentos. Ocorre na cavidade oral (boca), que com o auxílio dos dentes e da língua, realiza a trituração do alimento (atividade mecânica). Inicia-se uma digestão química com a presença de algumas enzimas produzidas pelas glândulas salivares (parótida, sublingual e submandibular). É aqui que se prepara o bolo alimentar para prosseguir seu caminho pelo trato digestório, passando pelo estomago e intestino. A língua participa ativamente nesse processo, desde no auxílio da mastigação, até na deglutição do alimento. Ela é um importante órgão responsável também pelo nosso paladar, devido as papilas gustativas, e pela fala. Após a mastigação, passa-se para a fase da deglutição, a qual ocorre a condução dos alimentos através da faringe para o esôfago. Aqui é importante frisar que o alimento ao passar pela faringe, ele entra direto no esôfago, para ser conduzido para o estomago. A faringe é um órgão que liga a boca com o estomago e é formada por um tubo com paredes grossas revestidas de músculos. Ela pertence tanto ao sistema respiratório como o sistema digestório, sendo dividia em três partes: laringofaringe, orofaringe e nasofaringe. Durante a deglutição oral, o bolo alimentar passa da cavidade oral para a orofaringe, até chegar ao esôfago. Nesse momento, o esfíncter esofágico superior se abre para que os alimentos possam entrar no esôfago. Através de movimentos peristálticos propulsivos no esôfago, o bolo alimentar chega até o estomago, ao atravessar o diafragma e o esfíncter esofágico inferior. O estômago é um órgão muscular grande, oco, em forma de feijão e formado por quatro partes: • Cárdia • Fundo • Corpo • Antro É um órgão muscular que faz a digestão dos alimentos, levando-os para o intestino delgado. Sua capacidade é de guardar aproximadamente um litro e meio de comida. No estômago, o bolo alimentar se mistura com o suco gástrico e se transforma numa massa chamada quimo. Também aqui entra a ação da enzima pepsina, que quebra proteínas em aminoácidos. A pepsina é muito ativa em Ph ácido, como o do estômago. Fonte : Mundo Educação No intestino delgado, o bolo alimentar continua o seu caminho, através dos movimentos (involuntários) peristálticos do intestino. A digestão química dos alimentos prossegue, através da ação de diversas enzimas produzidas pelo pâncreas, que ejeta seu suco pancreático na luz do intestino delgado. Essas enzimas atuam em um ambiente mais alcalino que o estomago, devido ao bicarbonato presente no suco pancreático. São elas: amilopepsina, tripsina, quimiotrispina e lipase. A fase final da digestão química no intestino irá resultar em moléculas menores e simples, que poderão ser facilmente absorvidas pelos capilares sanguíneos, presentes nas paredes das mucosas do intestino. Aqui também serão reabsorvidos os excessos de água e sais minerais. Vale a pena fazer um parêntesis aqui e lembrar que o pâncreas é um órgão importantíssimo, que além de produzir o suco pancreático, com suas enzimas digestivas, que são lançadas diretamente no duodeno através do ducto pancreático, ele também tem uma função endócrina, que produz hormônios que são lançados na corrente sanguínea. A insulina e o glucagon são hormônios que atuam no controle da glicemia no sangue e são produzidos nas Ilhotas de Langerhans. Fonte : edisciplinas.usp.br/ Outro órgão fundamental no processo digestório é o fígado. Um órgão grande, que pesa aproximadamente 1,5kg nos adultos e localizado na parte superior da cavidade abdominal, do lado direito. Ele é um órgão fenomenal, porque concentra diversas funções vitais para o organismo. Na luz da digestão, ele secreta a bile. A bile é armazenada na vesícula biliar e secretada no intestino, para poder emulsificar a gordura, quebrando-a em partes menores. Além disso, o figado armazena o glicogênio, produz a albumina, desintoxica o organismo, sintetiza o colesterol, protrombina e fibrinogênio, entre tantas outras funções. A vesícula biliar, por sua vez, está localizada na parte direita abaixo do fígado e sua principal função é armazenar a bile produzida pelo fígado. Fonte Hospital São Mateus No intestino grosso ( composto pelo colón), parte da água e sais é absorvida. Na região final do cólon, a massa fecal (ou de resíduos), se solidifica, transformando-seem fezes. Interessante notar que cerca de 30% da parte sólida das fezes é constituída por bactérias vivas e mortas e os 70% são constituídos por sais, muco, fibras, celulose e outros não digeridos, e que a cor e estrutura das fezes são devido à presença de pigmentos provenientes da bile. As fezes são secretadas através dos anus, após passar pelo canal do reto. Sistema Urinário O sangue é filtrado pelo sistema urinário, e o produto é a urina. A urina é composta de água (95%), ureia (3%) e outros componentes em pequena escala. A ureia eliminada na urina vem do ciclo da ureia em bioquímica. O ciclo da ureia está ligado ao ciclo de Krebs, que ocorre no interior das mitocôndrias celulares. A função do ciclo da ureia é eliminar a amônia, que é toxica para nosso corpo. Em média, um adulto elimina entre 1 a 2 litros de urina diariamente. A urina é formada a partir da filtração do sangue pelos rins, e transportada pelo ureter para a bexiga urinaria, onde fica armazenada, até ser eliminada pela uretra. A estrutura renal A estrutura renal é basicamente a mesma para homens e mulheres, com a diferença que homens eliminam a urina através da utetra no pênis que é bem mais longa que a uretra presente no sistema urinário das mulheres. Todos nós temos dois rins, um ureter, uma bexiga e uma uretra. Fonte: edisciplinas.usp.br/ O rim Temos dois rins, que estão localizados na região das costas, embaixo da caixa toraxica, um do lado direito e outro do lado esquerdo. Cada rim pesa cerca de 150g e tem uma forma de feijao. Eles filtram em media 18 a 20 litros de sangue diariamente. Os principais mecanismos para excreção de substâncias pelos rins são: filtração glomerular, reabsorção tubular e a secreção tubular. Os glomérulos têm a função de filtrar o sangue, enquanto o sistema de túbulos coletores reabsorve boa parte do líquido filtrado nos glomérulos. O sangue entra pelo rim por meio da artéria renal e sai pela veia renal. No córtex do rim há aproximadamente um milhão de néfrons. Nesses néfrons o sangue é filtrado e a urina é gerada. O sangue filtrado entra para a medula do órgão por túbulos pertencentes ao néfron onde pode ocorrer tanto secreção quanto absorção de eletrólitos para formar a urina, com concentrações ideais para manutenção do equilíbrio do organismo. Após esse processo os túbulos desembocam em ductos coletores situados ao longo do rim, e esses desembocam na pelve renal através dos cálices renais. Da pelve renal a urina segue através do ureter para a bexiga. Importante pontuar aqui que o corpo realiza diariamente um “balanço hídrico". Se houver necessidade de reter água, a urina fica mais concentrada. Se há excesso de água no corpo, a urina fica mais diluída. Esse balanço e realizado nos túbulos renais. O hormônio anti-diuretico entra em cena aqui, realizando essa regulação. Ele é liberado pela hipófise quando há necessidade. Acima de cada rim está presente a glândula suprarrenal, ou adrenais. São elas que produzem os hormônios adrenalina e noradrenalina, tão necessários em eventos de emergência ou stress. Ureter O ureter é um tubo muscular de aproximadamente 25cm de comprimento que leva a urina do rim até a bexiga urinária. Temos dois ureters, um que parte do rim direito e outro do rim esquerdo. Bexiga urinária A bexiga urinária é uma bolsa que armazena a urina vinda do canal do ureter. Está localizada acima do osso da púbis. A capacidade de armazenamento varia de 300 a 500 ml de urina. Uretra Através desse órgão que a urina é levada da bexiga até o meio externo. É a fase final das vias urinárias. Aqui notamos algumas diferenças entre a uretra do homem e a mulher. Nas mulheres ela só serve para a eliminação da urina, enquanto nos homens, além da eliminação da urina, a uretra também elimina o sêmen durante a ejaculação. A uretra presente no sistema urinário feminino mede em torno de 4 cm, é mais reta e se estende do colo da bexiga até o vestíbulo da vagina. A uretra masculina pode medir até 20cm e termina na glande do pênis. s. A uretra masculina apresenta três partes: prostática, membranácea e esponjosa. A parte prostática é a porção que atravessa a próstata, a parte membranácea é a porção que atravessa o diafragma urogenital do períneo, e a parte esponjosa é percorre o corpo esponjoso do pênis. Aula 2 Na segunda aula no laboratório abordamos o sistema reprodutor feminino e o sistema nervoso. Sistema Reprodutor Feminino O sistema reprodutor feminino é formado pelos órgãos genitais externos e pelos órgãos genitais internos. Outras partes do corpo também afetam o desenvolvimento e funcionamento do sistema reprodutor ao secretarem hormônios, que são o hipotálamo, a hipófise e as glândulas adrenais. 1. Órgãos genitais externos As estruturas genitais externas incluem o monte de Vênus, os grandes lábios, os pequenos lábios, e o clitóris. A região onde essas estruturas estão localizadas denomina-se vulva. As estruturas genitais externas têm três funções principais: • Permitir a entrada dos espermatozoides no corpo para a reprodução humana • Proteger os órgãos internos de organismos intrusos e infecciosos • Proporcionar lubrificação e prazer sexual Os grandes lábios são dobras constituídas de pele e tecido adiposo, recobertas por pelos. Os pequenos lábios são tecidos sem gordura. Na parte superior dos pequenos lábios encontra-se o clitóris, uma massa de tecido erétil de aproximadamente 2 cm de comprimento. O clitóris tem a função exclusiva de proporcionar prazer sexual. Fonte: www.gineco.com.br 2. Órgãos genitais internos Os órgãos genitais internos formam um caminho (trato genital). Este caminho consiste no seguinte: 2.1 Vagina (parte do canal do parto), onde o esperma é depositado e da qual pode sair um bebê 2.2 Colo do útero (a parte inferior do útero e acima da vagina), a região pela qual os espermatozoides entram e a qual se abre (dilata) quando uma gestante está pronta para dar à luz. 2.3 Útero, onde o embrião pode se desenvolver em um feto. O útero é formado por um músculo principal chamado miométrio ( mio=útero), e é dividido em três camadas: a mucosa ( endométrio), a muscular (o miométrio) e a serosa ( perimétrio). O miométrio, que é formado por uma camada de musculatura lisa, é o responsável pelas contrações uterinas na hora do parto. 2.4 Duas tubas uterinas ( antigo nome Trompas de Falópio), que são os ovidutos, onde os espermatozoides podem fertilizar um óvulo após terem atravessado o colo do útero e o útero. As trompas não se conectam diretamente com os ovários. A extremidade de cada trompa se estende em forma de funil com extensões similares a dedos (fímbrias) e o infundibulo. Quando um óvulo é liberado do ovário, as fímbrias guiam o óvulo até a abertura da trompa. Os espermatozoides conseguem subir pelo trato e os óvulos conseguem descer pelo trato. 2.5 Dois ovários, que produzem e liberam óvulos, além de produzirem hormônios sexuais femininos ( progesterona e estrogênio) Fonte: www.gineco.com.br O ciclo menstrual Esse é um ciclo que ocorre durante a fase reprodutiva da mulher, a partir da primeira menstruação (menarca) até a menopausa. É um importante processo fisiológico que envolve não só a reprodução feminina, mas todo um equilíbrio de hormônios sexuais. O ciclo menstrual tem em média 28 dias, a partir do primeiro dia do sangramento. Fonte: www.gineco.com.br A produção de hormônios durante o ciclo menstrual A menstruarão é a descamação da parede do útero (endométrio) em forma de sangramento. Ocorre mensalmente na vida da mulher durante seu período reprodutivo, exceto durante a gravidez. O primeiro dia do ciclo menstrual é o primeiro dia do sangramento. O ciclo dura em média 28 dias, e é regulado pela ação de vários hormônios. O hormônio luteinizante(LH) e o hormônio folículo-estimulante ( FSH), também conhecidos como hormônios gonadotróficos, são produzidos pela hipófise. Eles promovem a ovulação e estimulam os ovários a produzir estrogênio e progesterona. O estrogênio e a progesterona estimulam o útero e as mamas a se prepararem para uma possível fecundação. http://www.gineco.com.br/ No início de cada ciclo, quando a menstruação ocorre, há liberação pela hipófise, uma glândula endócrina localizada na base do cérebro, de pequenas quantidades de FSH e LH (pequenos pulsos). Esses hormônios juntos provocam o crescimento e amadurecimento dos folículos ovarianos. O crescimento destes folículos induz o aumento da produção de estrógeno. Este é secretado em uma taxa crescente, estimulando a proliferação endometrial, e atingindo o seu pico aproximadamente na metade do ciclo (14 dia). Como ilustrado abaixo, o ciclo é dividido em três fases principais: folicular, ovulatória e lútea. Fonte: www.tuasaude.com.br A concentração alta de estrógeno inicialmente reduz o pulso de LH e FSH e, em seguida, provoca um aumento súbito – surto pré-ovulatório – destes dois hormônios, estimulando a ovulação ( ruptura do folículo e liberação do óvulo para caminhar dentro da tuba uterina). Após a ovulação, os elementos residuais do folículo rompido formam o desenvolvimento do corpo lúteo. Essa e a fase lútea, na qual o corpo lúteo, que funciona como uma glândula endócrina temporária, secreta quantidades elevadas de progesterona e estrogênio com o objetivo de manter a gestação, caso o óvulo seja fecundado, até que a placenta possa assumir esta função. Os esquemas acima de um ciclo menstrual normal, de 28 dias, mostram as flutuações das concentrações hormonais e os estágios de crescimento do folículo e do corpo lúteo. Não havendo fecundação, as concentrações de progesterona e estrógeno caem, dando início a um novo ciclo. Abaixo uma imagem por ultrassom de um corpo lúteo. http://www.tuasaude.com.br/ Fonte: www.ultraeduc.com.br Em resumo, os principais hormônios que equilibram o ciclo menstrual são: • FSH: hormônio folículo estimulante, é produzido pela hipófise e tem como função regular a maturação dos ovários; • LH: hormônio luteinizante, é responsável pela maturação dos folículos, ovulação e produção de progesterona, sendo fundamental para a capacidade reprodutiva da mulher; • Estrogênios: esses hormônios são responsáveis pela regulação do ciclo hormonal durante a idade fértil. Durante a puberdade, os estrogênios estimulam o desenvolvimento dos seios e o amadurecimento e desenvolvimento do sistema reprodutor; • Progesterona: esse hormônio é produzido pelos ovários, sendo importante para regular o ciclo menstrual da mulher e preparar o útero para receber o óvulo fecundado. Os níveis desse hormônio aumentam logo depois da ovulação e permanece alto em caso de gravidez. No entanto, caso não exista gravidez, há diminuição da concentração de progesterona, levando à eliminação do revestimento do útero, caracterizando a menstruação. Lembrando que o FSH e o LH são controlados pela hipófise, que por sua vez é controlada pelo hipotálamo. A hipófise é uma glândula do tamanho de uma ervilha que está alojada no interior de uma estrutura óssea (sela turca) localizada na base do cérebro. A sela turca protege a hipófise, mas deixa um espaço bem pequeno para expansão. A hipófise controla a função da maioria das outras glândulas endócrinas e, por isso, às vezes, é chamada glândula mestra. Como dito, a hipófise é controlada em grande parte pelo hipotálamo, uma região do cérebro situada imediatamente acima da hipófise http://www.ultraeduc.com.br/ Período fértil e fecundação O período fértil é considerado três a quatro dias antes da ovulação, e termina três a quatro dias após a ovulação. Normalmente, para fins de cálculos, considera-se o dia fértil (dia exato da ovulação) como sendo o 14º dia antes do início da menstruação seguinte, para um ciclo de 28 dias. Quando ocorre a fecundação, geralmente dentro da tuba uterina, o ovo fecundado percorre a tuba até chegar no útero, onde se implanta ( nidação). Ocorrerão divisões mitóticas exponenciais até formar um embrião, que é envolvido e protegido pelo saco coriônico. A produção do famoso hormônio da gravidez, o Beta-HCG ( gonadotrofina coriônica humana) começa a ser estimulada pelo trofoblasto, que dará origem a placenta. O período gestacional humano dura em média 40 semanas. Por volta da quadragésima semana, o miométrio estimula contrações uterinas que são reguladas pela ocitocina, um hormônio produzido pelo hipotálamo. A ocitocina participa no trabalho de parto, estimulando as contrações uterinas, e também no processo de amamentação pós-parto ( puerpério), pois auxilia no processo de excreção de leite. A ocitocina é conhecida como o “ hormônio do amor” Sistema Nervoso (SN) Qual é a função sistema nervoso? A neuroanatomia estuda o sistema nervoso na visão macroscópica, observando suas generalidades e particularidades. Graças ao sistema nervoso humano, composto por bilhões de neurônios, o homem consegue aprender, se comunicar, lembrar, além de realizar tantas outras funções sensoriais e motoras complexas. O sistema nervoso, também chamado de sistema neural, é responsável por controlar as ações voluntárias (correr, falar, comer, cantar, andar, etc.) e involuntárias (respiração, digestão, batimentos cardíacos, movimentos peristálticos, etc.) que o corpo realiza. Ou seja, todos os estímulos externos e internos são captados pelo SN, interpretados, e uma resposta a eles será dada pelo próprio SN. Respostas essas que são ultra rápidas, praticamente milisegundos!! O sistema nervoso é subdividido e classificado de acordo com critérios anatômicos e funcionais em: sistema nervoso periférico (SNP) e sistema nervoso central (SNC). O SNC se encontra bem protegido por ossos do crânio e pescoço (vertebras cervicais) e no interior do tronco (costelas, esterno, vértebras e sacro), ou seja, na estrutura conhecida como esqueleto axial. O SNC é formado pelo encéfalo ( cérebro, tronco encefálico e cerebelo) e a medula espinhal. Já as estruturas do SNP deixam a proteção da coluna vertebral à medida que saem através dos forames intervertebrais. Ele engloba 31 pares de nervos espinhais, 12 pares de nervos cranianos, terminações nervosas e gânglios. Vamos detalhar agora esses dois sistemas. Fonte: MACHADO, A.B.M. Neuroanatomia Funcional, 3a ed., 2014. Fonte: www.todamateria.com.br http://www.todamateria.com.br/ Sistema Nervoso Central ( SNC) Formado por encéfalo e medula espinhal. Como ilustrado no quadro acima, o encéfalo ( protegido pelo crânio) é formado pelo cérebro, tronco encefálico e cerebelo. O super conhecido cérebro é dividido em telencéfalo e diencéfalo. Ele age como o “poderoso chefão” do corpo, ao coordenar todos os movimentos, de todos os músculos e membros, assim como nossos pensamentos. Comanda também a produção de muitos de nossos hormônios, como já mencionamos anteriormente ( a hipófise e o hipotálamo por exemplo, localizam-se no interior do cérebro). A famosa glândula pineal, que muitos acreditam ser nosso “terceiro olho”, algo que nos conecta ao espiritual, esta localizada no centro do encéfalo. A glândula pineal produz a melatonina e é modulada a partir do ciclo circadiano. O cérebro, esse fantástico órgão, regula o funcionamento de todos os sistemas do corpo ao enviar impulsos (ordens) para várias estruturas neurais. É onde está sediada nossa memória, nossos sentimentos, nosso raciocínio, nossa inteligência. Enfim, uma máquina fenomenal, que por tanto trabalhar, consome diariamente uma grande quantidade de glicose produzida pelo corpo, que pode chegar até 20%. É fácil reconhecer o cérebro, com sua “massa cinzenta”, por conta dos giros e sulcos cerebrais, presentes no telencéfalo(cortex cerebral). Ele é dividido em dois hemisférios, o esquerdo e direito. Essa parte do cérebro tambem é dividida em regiões chamadas de lobos. São eles: frontal, temporal, parietal, occipital. A outra parte do cérebro chamada diencéfalo está localizada na porção cerebral inferior, e é compreendida pelo hipotálamo, tálamo, epitálamo e subtálamo. O tronco encefálico é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo e está situado entre a medula espinhal e o diencéfalo. Localizado na parte inferior do cérebro, ocupando a fossa craniana posterior diante do cerebelo. Contém estruturas evolutivamente antigas que controlam mecanismos básicos da sobrevivência (respiração, batimentos cardíacos, reflexos,etc). Ele conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice versa. O cerebelo é responsável principalmente pela manutenção do equilíbrio, coordenação motora, aprendizagem e pelo controle do tônus muscular. Precisamos do cerebelo para realizar atividades como andar, correr, saltar, e andar de bicicleta. Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro. Abaixo podemos ver uma ilustração do encéfalo. Fonte: www.todamateria.com.br/sistema-nervoso/ Já a medula espinhal está localizada no canal da coluna vertebral (espinhal) e conectada ao tronco encefálico. Sua função é receber impulsos do cérebro e gerar impulsos próprios em resposta. É dela que se origina 31 pares de nervos espinhais que deixam a medula e percorrem o corpo. Abaixo uma representação da medula espinhal com seus respectivos nervos espinhais. Fonte: MDS Manuals http://www.todamateria.com.br/sistema-nervoso/ Abaixo uma foto de corte histológico da medula espinhal com seus nervos aferentes e eferentes. Fonte: Shutterstock Sistema Nervoso Periférico ( SNP) O sistema nervoso periférico se refere às partes do sistema nervoso que estão fora do sistema nervoso central. Ele é formado por nervos e gânglios nervosos. Sus função é conectar o SNC com os outros órgãos do corpo, transportando as informações pertinentes a cada um. Faz parte do SNP o sistema nervoso autônomo ( sistemas simpático e parassimpático) e o sistema nervoso somático. Os nervos são formados por fibras de tecido conjuntivo, e apresentam a seguinte divisão: espinhais e cranianos. Os nervos podem ser aferentes (sensoriais), eferentes (motores) ou mistos. Os 12 pares de nervos cranianos Os nervos que conectam a cabeça, a face, os olhos, o nariz, os músculos e os ouvidos ao cérebro (nervos cranianos). Os doze pares de nervos cranianos partem diretamente do cérebro para várias partes da cabeça e para o pescoço. Alguns nervos cranianos estão envolvidos nos sentidos especiais (como visão, olfato e paladar) e outros controlam músculos na face ou regulam as glândulas. Os nervos são nomeados e numerados (de acordo com sua localização, desde a base do cérebro até as costas). Nervos cranianos são os 12 pares de nervos do sistema nervoso periférico que emergem de forames (buracos) e fissuras cranianas. Eles são ordenados numericamente (1-12) de acordo com seu local de saída no crânio (de rostral para caudal). Todos os pares de nervos cranianos https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso-periferico https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cranio originam-se de núcleos no cérebro. Dois deles originam-se do prosencéfalo (olfativo e óptico), um tem o núcleo na medula espinhal, enquanto os restantes se originam do tronco cerebral. Os pares cranianos fazem o suprimento sensitivo e motor da cabeça e do pescoço, controlando a atividade desta região. Somente o nervo vago se estende além do pescoço, para inervar as vísceras torácicas e abdominais. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebro https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-medula-espinhal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-cabeca https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-pescoco Fonte: www.kenhub.com Os 31 pares de nervos espinhais • Os nervos que conectam a medula espinhal ao resto do corpo, incluindo os 31 pares de nervos espinhais • Mais de 100 bilhões de células nervosas que passam por todo o corpo Gânglios Os gânglios são um amontoado de corpos celulares de neurônios localizados fora do SNC, formam uma estrutura esférica e são espalhados pelo corpo. http://www.kenhub.com/ Sistema nervoso autônomo Parte do sistema nervoso periférico inclui o SNA- sistema nervoso autônomo, que coordena os órgãos internos. Processos como controle da pressão arterial, frequência cardíaca, respiração, o metabolismo, controle da temperatura, produção de suor e lágrimas: todos esses exemplos são regidos pelo SNA. Muitos órgãos são controlados basicamente pela divisão simpática ou parassimpática, que veremos a seguir. Às vezes, as duas divisões têm efeitos opostos no mesmo órgão. Por exemplo, a divisão simpática aumenta a pressão arterial e a parassimpática a reduz. Ou no aumento e diminuição das pupilas. No geral, as duas divisões funcionam juntas para garantir que o corpo responda de modo apropriado a diferentes situações e mantenha a sua homeostase. Funciona quase que de uma maneira subconsciente. Sob o ponto de vista funcional, pode-se distinguir um sistema nervoso autônomo e um sistema nervoso somático, atuando no controle e na percepção sensorial inconsciente ou consciente, respectivamente. Ambos os sistemas fornecem informações ao SNC (aferências) ou transmitem informações do SNC para a periferia (eferências). Essa subdivisão funcional do sistema nervoso (› Fig. 11.14b) não é idêntica à organização morfológica do SNC em todos os segmentos. Sistema Simpático Quando se pensa no sistema simpático, vem em mente o termo “ Fight or Fly” , ou em português, luta ou fuga. Ou seja, prepara o organismo para situações de emergência ou stress, aumentando intensamente o seu estado de alerta. Aqui vemos a situação que a adrenalina ( ou epinefrina, outro nome desse hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais) é jogada na corrente sanguínea e uma sucessão de eventos ocorre: frequência cardíaca e respiração são acelerados, o corpo libera energia para os músculos (com a glicogenólise ocorrendo no fígado e músculos), pupilas dilatam...Como o corpo está em um estado de emergência, processos como a digestão podem ser interrompidos por um tempo nesses casos. Sistema Parassimpático Após o grande stress, esse sistema nos ajuda a recuperar e retornar a homeostase. Ou seja, sua principal função é manter as funções normais corporais em situações de repouso. Fonte: http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/sistema-nervoso-aut%C3%B4nomo-e- som%C3%A1tico.html Sistema Nervoso Somático O sistema que liga os nervos (nervos eferentes motores) do cérebro e a medula espinhal aos músculos ( esqueléticos), que são controlados de maneira consciente, e também aos receptores sensoriais da pele, que estão presentes abundantemente no sistema tegumentar ( a pele que nos reveste que com suas terminacoes nervosas livres, trabalha em conjunto com o SN). Meninges Todo o Sistema Nervoso Central é revestido por três membranas, as meninges, que servem para isolar e proteger. As meninges são: • Dura-máter: É a mais externa, sendo espessa e resistente. A sua porção mais externa fica em contato com os ossos. • Aracnoide: É a membrana intermediária, entre a dura-máter e a pia-máter. • Pia-máter: É a mais interna e delicada, em contato direto com o SNC. A aracnoide e a pia-máter são separadas pelo líquido cefalorraquidiano( liquor). Esse liquido confere proteção mecânica e amortecimento de choques aos órgãos do Sistema Nervoso Central. Ou seja, um belo sistema de segurança, que também fornece nutrientes ao SNC. Referencias Bibliográficas 1. Gray´s Anatomia clínica para estudantes/Richard L. Drake, WayneVogl, Adam W. M. Mitchell; ilustrações Richard Tibbitts e Paul Richardson. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 2. Gray’s Anatomy 41st Ed. Grays Anatomy 41 E ( 2015) [ PDF] : Free Download, Borrow, and Streaming : Internet Archive 3. Corbin-Lewis, Kim, et al. Anatomia Clínica e Fisiologia do Mecanismo de Deglutição. Disponível em: Minha Biblioteca, Cengage Learning Brasil, 2009. 4. Considerações gerais sobre o esôfago - Distúrbios digestivos - Manual MSD Versão Saúde para a Família (msdmanuals.com) 5. https://www.gineco.com.br/saude-feminina/o-corpo-da-mulher/aparelho-genital- feminino#:~:text=O%20aparelho%20genital%20feminino%20%C3%A9,pequenos%20l%C3%A 1bios%20e%20o%20clit%C3%B3ris. 6. https://www.tuasaude.com/ciclo-menstrual/ 7. www.msdmanuals.com 8. Livros textos da Unip : Anatomia dos Sistemas / Cassio Marcos Vilicev. – São Paulo: Editora Sol, 2020. 9. Waschke, J. (2018). Sobotta Anatomia Clínica. Grupo GEN. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788595151536 10. http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/sistema-nervoso-aut%C3%B4nomo-e- som%C3%A1tico.html https://archive.org/details/GraysAnatomy41E2015PDF https://archive.org/details/GraysAnatomy41E2015PDF https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/dist%C3%BArbios-esof%C3%A1gicos-e-de-degluti%C3%A7%C3%A3o/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-es%C3%B4fago https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/dist%C3%BArbios-esof%C3%A1gicos-e-de-degluti%C3%A7%C3%A3o/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-es%C3%B4fago https://www.gineco.com.br/saude-feminina/o-corpo-da-mulher/aparelho-genital-feminino#:~:text=O%20aparelho%20genital%20feminino%20%C3%A9,pequenos%20l%C3%A1bios%20e%20o%20clit%C3%B3ris https://www.gineco.com.br/saude-feminina/o-corpo-da-mulher/aparelho-genital-feminino#:~:text=O%20aparelho%20genital%20feminino%20%C3%A9,pequenos%20l%C3%A1bios%20e%20o%20clit%C3%B3ris https://www.gineco.com.br/saude-feminina/o-corpo-da-mulher/aparelho-genital-feminino#:~:text=O%20aparelho%20genital%20feminino%20%C3%A9,pequenos%20l%C3%A1bios%20e%20o%20clit%C3%B3ris https://www.tuasaude.com/ciclo-menstrual/ http://www.msdmanuals.com/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788595151536
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