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tecnicas de fisioterapia respiratoria

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Ling. Acadêmica, Batatais, v. 7, n. 6, p. 27-39, jul./dez. 2017
27
Efeitos fisiológicos das principais técnicas manuais de remoção de muco 
brônquico
Larissa Suelen da SILVA1
Letícia Brito Solane SALGUEIRO2
Lilian Aparecida Martins de ALMEIDA3
Camila de ALMEIDA4
Jacqueline Rodrigues de Freitas VIANNA5
Resumo: Em pacientes hipersecretivos, o transporte mucociliar está comprometido, a produção aumentada de muco dificulta 
remoção pela atividade ciliar, o que resulta em acúmulo, criando um ambiente propício a microrganismos. As técnicas manu-
ais de remoção de muco têm como finalidade auxiliar na prevenção das complicações respiratórias e na contribuição para a 
diminuição e reversão das disfunções ventilatórias, melhorando a qualidade de vida e reduzindo o tempo de internação desses 
pacientes. Neste estudo, serão citadas as técnicas manuais de higiene brônquica: drenagem postural, percussão e vibração 
torácica, aumento de fluxo expiratório (AFE), drenagem autógena, expiração lenta total com a glote aberta (ELTGOL), expi-
ração lenta prolongada (ELPr), tosse e ciclo ativo da respiração (CAR). O objetivo deste estudo é revisar na literatura os efei-
tos fisiológicos das principais técnicas manuais de higiene brônquica. Foi realizada uma revisão bibliográfica com pesquisas 
nas bases de dados Lilacs, SciELO, Bireme, PEdro e Pubmed e também foram utilizadas bibliografias disponíveis no acervo 
da biblioteca Pe. Elias Leite do Claretiano – Centro Universitário de Batatais. Foram discutidos os mecanismos fisiológi-
cos das técnicas manuais de remoção do muco e suas particularidades. Conclui-se que as técnicas de remoção de muco são 
eficazes em pacientes com problemas respiratórios, principalmente aqueles com hipersecreção. Para utilizar esses recursos 
terapêuticos, faz-se necessário conhecer seus efeitos fisiológicos e realizar avaliação minuciosa do paciente, considerando 
as particularidades da doença, assim como as limitações, indicações e contraindicações de cada técnica para proporcionar o 
tratamento mais adequado a cada paciente.
Palavras-chave: Fisioterapia Respiratória. Efeitos Fisiológicos. Técnicas Manuais de Remoção de Muco.
1 Larissa Suelen da Silva. Bacharelanda em Fisioterapia pelo Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <larissasuelensilva@hotmail.com>.
2 Letícia Brito Solane Salgueiro. Bacharelanda em Fisioterapia pelo Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <le.bsolane@gmail.com>.
3 Lilian Aparecida Martins de Almeida. Bacharelanda em Fisioterapia pelo Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <lilian_ap02@hotmail.com>.
4 Camila de Almeida. Mestra em Ciências do Programa de Ciências da Saúde Aplicadas ao Aparelho Locomotor da Universidade de São Paulo (USP), campus 
Ribeirão Preto. Especialista em Fisioterapia Aquática pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid). Bacharel em Fisioterapia pelo Centro Universitário 
Barão de Mauá (CUBM). Docente do Claretiano – Centro Universtário. E-mail: <camilalmeidaft@gmail.com>.
5 Jacqueline Rodrigues de Freitas Vianna. Doutora em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Mestra em Ciências Médicas pela 
Universidade de São Paulo (USP), campus Ribeirão Preto. Especialista em Fisioterapia Respiratória pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e em Fisioterapia 
Pneumofuncional pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFITO). Bacharel em Fisioterapia pela Universidade Católica de Petrópolis 
(UCP). Docente do Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <jacque@claretiano.edu.br>.
Ling. Acadêmica, Batatais, v. 7, n. 6, p. 27-39, jul./dez. 2017
28
Physiological effects of the main manual techniques of bronchial mucus 
removal
Larissa Suelen da SILVA
Letícia Brito Solane SALGUEIRO
Lilian Aparecida Martins de ALMEIDA
Camila de ALMEIDA
Jacqueline Rodrigues de Freitas VIANNA
Abstract: In hipersecretive patients, the mucociliary transport is compromised, the increased production of mucus hinders 
the removal by ciliary activity, resulting in accumulation and the creation of an environment conducive to microorganisms. 
The manual techniques of removal of mucus are intended to assist in the prevention of respiratory complications and in the 
decrease and reversal of ventilatory disorders, improving the quality of life and reducing the length of stay of these patients. 
This study will be referred to the manual techniques of bronchial hygiene: postural drainage, chest percussion and vibration, 
increased expiratory flow (AFE), autogenous drainage, slow expiration with the glottis open (ELTGOL), slow prolonged 
expiration (ELPr), cough and active cycle of breathing (CAR). The aim of this study is to review in the literature the 
physiological effects of the main manual techniques of bronchial hygiene. A literature review was performed with searches 
in the databases Lilacs, SciELO, Bireme, PEdro and Pubmed and also in the collection of the available bibliographies of the 
library of the Claretiano – Centro Universitário de Batatais. In this study, we discuss the physiological mechanisms of manual 
techniques of removal of mucus and their peculiarities. It is concluded that the mucus removal techniques are effective in 
patients with respiratory problems, especially those with hypersecretion. To use these therapeutic resources, it is necessary 
to know their physiological effects and perform thorough assessment of the patient, taking into account the particularities of 
the disease, as well as the limitations, indications and contraindications of each technique to provide the most appropriate 
treatment for each patient.
Keywords: Respiratory Physiotherapy. Physiological Effects. Manual Secretion Removal Techniques.
Ling. Acadêmica, Batatais, v. 7, n. 6, p. 27-39, jul./dez. 2017
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1. INTRODUÇÃO
A respiração se processa pela agregação dos pulmões ao sistema nervoso central e ao sistema 
nervoso periférico, fazendo parte dessa agregação os músculos respiratórios e a caixa torácica. Mas, 
podem ocorrer alterações nesse mecanismo por doenças em qualquer parte desse sistema (LIEBANO et 
al., 2009).
O trato respiratório está sempre exposto a vários tipos de agentes nocivos que entram em contato 
com a mucosa respiratória, como poluentes atmosféricos e microrganismos. Para manter a homeostase, 
o trato respiratório dispõe de um mecanismo de defesa que se chama aparelho mucociliar. Seu funcio-
namento depende da sincronia, da estrutura e da frequência do batimento mucociliar, da qualidade e 
quantidade de secreção brônquica e da interação entre esses componentes (RAMOS et al., 2015).
O muco brônquico reveste o epitélio e é produzido de forma contínua e transportado pelo batimen-
to ciliar de forma organizada e em ondas metacrônicas na direção da orofaringe, onde será deglutido ou 
expectorado, possuindo várias funções: umidificar e lubrificar a superfície das vias aéreas, proteger e 
isolar o epitélio de agressões externas, proporcionar um ambiente apropriado ao batimento ciliar e dimi-
nuir a tensão superficial nas pequenas VA, de maneira semelhante ao surfactante nos alvéolos, pois são 
propícias ao colapso no final da expiração. O muco respiratório é um fluido bifásico formado por duas 
camadas: a camada sol e a camada gel. A camada sol é formada por uma secreção aquosa, que banha 
os cílios e dispõe da superfície epitelial penetra e hidrata a camada gel; sendo assim, o muco pode ser 
expelido pelo batimento ciliar, e se apresenta de forma contínua da traqueia aos bronquíolos. A camada 
gel se exibe de forma fraccionada por conta das mucinas e é o muco precisamente dito (NAKAGAWA; 
BARNABÉ, 2006; MARTINS; JAMAMI; COSTA, 2005).
Em pacientes hipersecretivos, o transporte mucociliar está comprometido, a produção aumentada 
do muco, com características reológicas (viscosidade e adesividade), dificulta a remoção pela atividade 
ciliar, o que resulta em acúmulo, criando um ambiente propício a microrganismos (RAMOS et al., 2015).
A fisioterapia respiratória envolve um conjunto de técnicas quedevem ser adaptadas a cada pa-
ciente, variando de acordo com acometimento pulmonar, doenças associadas, condição clínica, evo-
lução do quadro, idade e fatores anátomo fisiológicos relativos, bem como capacidade de cooperação 
e adesão ao tratamento. Ela vem sendo utilizada nas diversas disfunções respiratórias que causam a 
hipersecreção brônquica e a retenção de secreção e tem por finalidade melhorar a clearance mucociliar, 
elevar a quantidade de secreção expectorada, melhorar a função pulmonar e diminuir a infecção no trato 
respiratório (AZEREDO, 2002; SARMENTO, 2007).
As técnicas manuais de remoção de muco têm como finalidade auxiliar na prevenção das com-
plicações respiratórias e na contribuição para a diminuição e reversão das disfunções ventilatórias, me-
lhorando a qualidade de vida e reduzindo o tempo de internação desses pacientes. Ao utilizá-las, além 
da execução, deve-se ter o conhecimento dos seus efeitos fisiológicos, para compreender qual a melhor 
técnica, baseando-se no diagnóstico funcional do paciente.
No ano de 1901, foi descrito pela primeira vez na literatura o uso das técnicas manuais para a 
remoção das secreções brônquicas, quando Ewart fez a recomendação da drenagem postural para o tra-
tamento da bronquiectasia e outras doenças crônicas (NAKAGAWA; BARNABÉ, 2006).
Atualmente existem diversas técnicas para a remoção do muco; neste estudo serão citadas as téc-
nicas manuais: drenagem postural, percussão e vibração torácica, aumento de fluxo expiratório (AFE), 
drenagem autógena, expiração lenta total com a glote aberta (ELTGOL), expiração lenta prolongada 
(ELPr), tosse e ciclo ativo da respiração (CAR).
Devido à dificuldade de acesso a trabalhos que abordem o tema em um único conteúdo, este es-
tudo tem o objetivo revisar a literatura e apresentar as principais técnicas manuais de remoção do muco 
brônquico e os seus efeitos fisiológicos.
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2. METODOLOGIA
Este estudo explicativo foi realizado por meio de revisão bibliográfica e as pesquisas foram de-
dicadas a publicações da literatura, por meio de livros e sites acadêmicos, como Google Acadêmico, 
Lilacs, SciELO, Bireme, PEdro e Pubmed. Foram pesquisados artigos da área de saúde, publicados no 
período de 2000 a 2015, em língua portuguesa e também foram utilizadas bibliografias disponíveis no 
acervo da biblioteca Pe. Elias Leite do Claretiano – Centro Universitário de Batatais. Os descritores 
utilizados foram “fisioterapia respiratória”, “higiene brônquica”, “técnicas manuais” e “remoção de 
muco”, usadas separadamente e em combinação. Os artigos foram submetidos à análise de resumo, sen-
do excluídos aqueles que não apresentavam concordância com o tema, que não eram de bases indexadas, 
artigos repetidos e que não estavam disponíveis integralmente.
3. RESULTADOS
Foram analisados pelo resumo 27 artigos, sendo excluídos 5 artigos por não terem concordância 
com o tema exposto, 2 por não serem de bases indexadas, 2 foram repetidos e também foi excluído 1 por 
não ter o texto completo. Assim, 17 artigos foram incluídos (Figura 1).
Figura 1. Apresentação dos resultados encontrados.
Fonte: elaborado pelas autoras.
Os resultados dos artigos incluídos neste estudo estão descritos no Quadro 1.
Ling. Acadêmica, Batatais, v. 7, n. 6, p. 27-39, jul./dez. 2017
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Quadro 1. Apresentação dos mecanismos e técnicas de remoção de muco brônquico.
TÉCNICA EFEITO MECANISMO FISIOLÓGICO AUTOR; ANO
Drenagem Postural
Aumenta a capacidade vital 
forçada (CVF), volume de 
reserva expiratório (VRE), há 
alteração das trocas gasosas 
pela mudança no volume dos 
pulmões, no gás armazenado, 
na ventilação e na perfusão
Facilitação do transporte 
mucociliar por meio da ação 
da gravidade
Ike et al., 2009
Lamari et al., 2006
Ramos et al., 2003
Percussões Torácicas
Conduz o muco brônquico 
para uma região superior da 
árvore brônquica, favorecendo 
a eliminação do muco
Aplicação de energia 
mecânica sobre a parede do 
tórax, utilizando as mãos
Liebano et al., 2009
Antunes, 2006
Vibração Torácica
Aumenta o batimento ciliar, 
causa o efeito tixotrópico, 
facilitando a mobilização de 
secreções livres na árvore 
brônquica em direção aos 
brônquios de maior calibre
Movimentos oscilatórios 
sobre a parede torácica com 
uma frequência de entre 3-17 
Hz
Liebano et al., 2009
Ramos et al., 2003
Aumento do Fluxo 
Expiratório – AFE
Volume expirado 
com deslocamento e 
eliminação das secreções 
traqueobrônquicas 
(Alternância compressão-
expansão/variações cíclicas 
do volume pulmonar).
Modifica o fluxo do ar; 
mobiliza, desloca e elimina o 
muco; AFE rápida (velocidade 
do fluxo de ar deve ser maior) 
e AFE lenta (velocidade de 
fluxo de ar deve ser menos 
intensa)
Gonçalves et al., 2013
Sá et al., 2012
Drenagem Autógena – DA
Mobilização mais rápida 
da secreção e aumento do 
FEF, melhora da dispneia ao 
exercício, CVF, VEF1, FEF 
25-75% e Peak Flow, também 
é efetiva na retirada de 
secreção e melhora da função 
pulmonar
Promove oscilações 
brônquicas e mobiliza 
secreções das vias aéreas 
distais para as centrais
Gomide et al., 2007
Expiração Lenta Total com a 
Glote Aberta – ELTGOL
Melhora do clearance de vias 
aéreas periféricas
Possibilita o estreitamento 
das vias aéreas e, 
consequentemente, o aumento 
da interação gás-líquido, 
facilitando o arrasto dinâmico 
de secreções em direção às 
vias aéreas centrais
Guimarães et al., 2012
Expiração Lenta Prolongada 
– ELPr
Aumento do volume corrente 
(VC) e diminuição da 
frequência respiratória (FC)
Desinsuflação pulmonar 
completa e limpeza da 
periferia broncopulmonar, 
alcançada pelo volume 
expirado ser maior do que o 
de uma expiração normal
Stopiglia e Coppo, 2014
Lanza et al., 2013
Tosse
Aumento e aceleração do 
fluxo aéreo e, por meio de um 
fluxo turbulento, eliminação 
das secreções da árvore 
brônquica
Expulsão do ar dos pulmões, 
que pode ser voluntário para 
limpeza de secreções das vias 
aéreas ou expulsão de um 
corpo estranho, e reflexo por 
inspiração de equipamento 
irritativo ou pela deslocação 
de muco estimulado
Grüdtner e Cipriano, 2009
Lima e Souza, 2015
TEF/Huffing
Melhoria na função pulmonar, 
como volume expiratório; 
forçada no primeiro segundo 
(VEF1) e capacidade vital
forçada (CVF)
Eficácia na desobstrução 
brônquica e com menor 
tendência ao colapso do 
brônquio, favorecendo a 
limpeza das vias aéreas
Gomide et al, 2007
Gonçalves et al, 2013
Ling. Acadêmica, Batatais, v. 7, n. 6, p. 27-39, jul./dez. 2017
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Ciclo Ativo da Respiração – 
CAR
Efetividade na mobilização 
do muco brônquico e na 
melhora da função pulmonar. 
Maior quantia de secreção 
expectorada
Controle respiratório, TEF e 
expansão torácica Gomide et al., 2007
Fonte: elaborado pelas autoras.
4. DISCUSSÃO
Drenagem Postural
Após pesquisa realizada usando a bibliografia de Presto e Damázio (2009), Ramos et al. (2015) e 
Vega et al. (2012), foi encontrado que o objetivo da DP é facilitar o deslocamento de secreções brônqui-
cas em direção à traqueia pela atuação da gravidade e, assim, proporcionar melhora da ventilação, trocas 
gasosas e diminuição do trabalho respiratório. Os seus efeitos são melhora da oxigenação, melhora da 
relação ventilação/perfusão (V/Q), melhora do pico de fluxo expiratório. São efeitos associados à ação 
da gravidade, porém tem menor eficácia em secreções espessas em comparação com as secreções mais 
fluidas, sendo apontada como uma técnica que potencializa e auxilia na efetividade de outras técnicas.
No estudo de Ike et al. (2009), após um levantamento bibliográfico para avaliar os efeitos da DP 
isolada e em combinação com outras técnicas em diferentes condições clínicas, foi concluído que a DP 
tem resultados positivos no aumento da clearance do muco, porém há controvérsia sobre os seus efeitos 
combinados com outras técnicas. 
Nakagawa e Barnabé (2006) e Vega et al. (2012) descrevem que a técnica se embasa no posicio-
namento do brônquio segmentar ou dolobo responsável por ventilar a área pulmonar em que a secreção 
está retida em posição superior à carina e vertical à gravidade. Deve-se levar em consideração o conhe-
cimento da anatomia da árvore traqueobrônquica e identificar a localização do muco brônquico, visto 
que o grau de inclinação e o posicionamento do paciente dependem da área a ser drenada.
Percussões Torácicas
Segundo Sarmento (2009) e Liebano et al. (2009), a técnica de percussão torácica ou tapotagem 
consiste em ondas de choque mecânico sobre a parede torácica, é aplicada na região a ser tratada de 
acordo com ausculta de ruídos adventícios pulmonares. Seu objetivo é favorecer a eliminação de secre-
ções dos brônquios de maior calibre e na traqueia, o que estimula uma excitação das zonas reflexógenas 
da tosse. A percussão é realizada com as mãos em forma de cunha, pela ação rítmica de flexão e extensão 
do punho, a fim de criar um coxim de ar entre a mão e o tórax. Nas crianças pequenas, a percussão pode 
ser aplicada com as polpas dos dedos.
Para Sarmento (2009), o efeito da percussão torácica depende da energia gerada, que, por sua vez, 
necessita da aplicação da manobra e da rigidez do tórax. A melhor frequência para o transporte da secre-
ção é em torno de 25 a 35 Hz, muito além das capacidades manuais, que variam de 1 a 8 Hz, o que não 
é suficiente para proporcionar o batimento ciliar.
No estudo de Antunes et al. (2006), a técnica é mais eficaz em pacientes com grandes quantidades 
de secreções em vias aéreas proximais e pode ser útil para estimular tosse, pois não deve ser utilizada 
como recurso único para remoção de muco brônquico. É preciso mais estudos para verificar de forma 
mais precisa tanto os mecanismos de ação como seu efeito.
Vibrações Torácicas
Ling. Acadêmica, Batatais, v. 7, n. 6, p. 27-39, jul./dez. 2017
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Segundo Ramos et al. (2015) e Liebano et al. (2009), a vibração é uma técnica que envolve a apli-
cação de ação vibratória durante a expiração, na direção do movimento das costelas e dos tecidos moles 
da caixa torácica. Essas vibrações tentam atingir a propriedade de tixotropismo do muco brônquico, 
permitindo-o ficar com baixa viscoelasticidade e mais fluido, pela constante agitação mecânica, fazendo 
com haja uma frequência de deformação, agitando potencialmente o batimento rítmico ciliar.
De acordo com Liebano et al. (2009) e Nakagawa e Barnabé (2006), a técnica tem como objetivo 
mobilizar a secreção pulmonar viscosa, facilitando seu deslocamento em direção às vias aéreas centrais, 
promovendo facilmente a eliminação. Sua aplicação deve ser realizada na região pulmonar afetada, que 
deve ser identificada previamente na ausculta pulmonar. As mãos devem ficar espalmadas, acopladas 
com certa pressão no tórax do paciente; o punho e o cotovelo do fisioterapeuta permanecem imóveis, 
impulsionando os movimentos vibratórios.
Presto e Damázio (2009) dizem que a frequência ideal para que os movimentos oscilatórios al-
cancem os batimentos ciliares é em torno de 13Hz, mas há dificuldade em conseguir essa frequência de 
vibração com a manobra manual.
Para Ramos et al. (2015) e Ramos et al. (2003), a vibração é muito utilizada, mas os estudos sobre 
seus efeitos são conflitantes, pois a literatura ainda é bastante escassa e é necessário realizar sua vali-
dação e estabelecer protocolos rígidos a esse método, visto que, em trabalhos publicados recentemente, 
essa técnica está sempre associada a outras técnicas convencionais.
Aceleração do Fluxo Expiratório – AFE
Campos et al. (2007) e Nakagawa e Barnabé (2006) dizem que a AFE consiste em um movimento 
toracoabdominal sincronizado, podendo ser ativo ou passivo, gerado pelas mãos do fisioterapeuta sobre 
o tempo expiratório que se inicia após o platô inspiratório sem ultrapassar os limites fisiológicos expi-
ratórios do paciente.
Nos estudos de Sá et al. (2012) e de Ramos et al. (2015) afirma-se que a técnica consiste em uma 
expiração dosada em busca do fluxo expiratório mais favorável para o deslocamento do muco brôn-
quico, a variação do fluxo promove a progressão das secreções; sendo assim, para deslocar secreções 
de vias áreas proximais, a velocidade do fluxo expiratório deve ser maior (AFE rápida), enquanto que, 
grandes volumes, aplicamos a AFE lenta, para que sejam deslocadas com velocidade menos intensa.
Para Nakagawa e Barnabé (2006) e Campos et al. (2007), na execução do AFE, o paciente deve 
estar em supino e, ao expirar (de forma passiva ou ativa assistida), o fisioterapeuta deve estar com uma 
das mãos na região torácica e outra na região abdominal, e realizar uma pressão oblíqua de cima para 
baixo e de frente para trás e, ao mesmo tempo, com a mão abdominal, deve efetuar uma pressão oblíqua, 
mas em sentido oposto, de baixo para cima e de frente para trás. Para Gonçalves et al. (2013) e Sarmento 
(2009), AFE pode ser aplicada de forma passiva, normalmente realizada em crianças pequenas, lactentes 
ou quando não se consegue cooperação do paciente; na ativa-assistida, o paciente deve realizar a expi-
ração com a glote aberta, e o fisioterapeuta faz a pressão manual e, na ativa, conta-se com participação 
integral do paciente.
Drenagem Autógena
Segundo Gomide et al. (2007) e Ramos et al. (2015), a drenagem autógena (DA) utiliza inspira-
ções e expirações lentas, de forma ativa, tentando mobilizar secreções de vias aéreas distais e posterior-
mente de vias aéreas proximais. O Consenso de Lion classifica a DA como técnica de remoção de muco 
ativa e fluxo lento, sendo aplicada em três fases:
• Descolamento: consiste em respirações de baixo volume pulmonar, com a finalidade de mobi-
lizar as secreções das vias aéreas distais.
Ling. Acadêmica, Batatais, v. 7, n. 6, p. 27-39, jul./dez. 2017
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• Coletar: expiração dinâmica, a pequeno e médio volume, o muco é coletado para as vias aéreas 
de médio calibre.
• Eliminar: expiração de alto volume pulmonar e, ao final, huffing ou tosse para remover as se-
creções de vias aéreas centrais.
Para Gomide et al. (2007) e Ramos et al. (2015), há estudos controlados utilizando a DA em pa-
cientes portadores de fibrose cística, mostrando bons resultados em relação à mobilização de secreções e 
melhora da função pulmonar, com a vantagem de apresentar menor possibilidade de gerar dessaturação 
de oxigênio, entretanto isso exige um tempo longo de sessão e da dedicação do paciente no controle de 
seus fluxos aéreos.
Expiração Lenta Total com a Glote Aberta – ELTGOL
Para Presto e Damázio (2009), Guimarães et al. (2012), a expiração lenta total com a glote aberta 
(ELTGOL), que foi desenvolvida por Guy Postiaux, é vista como manobra de desobstrução brônquica 
com expiração lenta. Possibilita o estreitamento das vias aéreas e, consequentemente, o aumento da in-
teração gás-líquido, facilitando o arrasto dinâmico de secreções das vias aéreas médias até as centrais, 
promovendo a remoção de secreção, melhora de clearance de vias aéreas periféricas, a dispneia; e dimi-
nui a exacerbações de doenças.
Para realização da técnica, o paciente deverá deitar em decúbito lateral, o pulmão a ser tratado 
deve ficar na posição dependente, ou seja, em contato com a maca, e efetuar expirações lentas com a glo-
te aberta (utilizando um bocal), iniciando da capacidade residual funcional (CRF) até o volume residual 
(VR). Durante a execução da manobra, o fisioterapeuta deverá colocar uma das mãos na porção infrala-
teral do abdome e a oura na porção supralateral do tórax. Na expiração, o terapeuta deve aproximar suas 
mãos, ocasionando uma espécie de “torção” no tronco do paciente. A glote deve manter-se aberta para 
que o terapeuta possa escutar o descolamento e o deslocamento das secreções. A “torção” executada no 
tronco do paciente aumenta a pressão intra-abdominal, para deslocar o diafragma superiormente, facili-
tando a passagem do fluxo aéreo, removendo as secreções para as vias aéreas mais centrais. A posição do 
paciente com o pulmão afetado favorece a mecânica diafragmática, associada aos efeitos daventilação 
regional, que é teoricamente maior em bases (ao menos em indivíduos sem patologia pulmonar prévia). 
A manobra deve ser executada em pacientes cooperativos, pois existe alteração dos volumes durante a 
ventilação.
Guimarães et al. (2012) avaliaram os efeitos fisiológicos imediatos da ELTGOL nos volumes pul-
monares dinâmicos e estáticos em pacientes com bronquiectasia e, depois, determinaram o efeito dessa 
manobra na remoção de secreção brônquica, e constataram a diminuição do volume residual (VR), da 
capacidade residual funcional (CRF) e da capacidade pulmonar total (CPT). Foi concluído que essa téc-
nica reduziu a hiperinsuflação pulmonar a curto prazo, e aumentou a eliminação de secreção pulmonar 
de pacientes com bronquiectasia. Dias et al. (2012) estudaram os efeitos da ELTGOL na hiperinsuflação 
pulmonar e na desobstrução brônquica de pacientes bronquiectásicos, e a ELTGOL provoca a eliminação 
de secreção pulmonar, assim como a redução do aprisionamento aéreo e da hiperinsuflação pulmonar. 
Expiração Lenta Prolongada – ELPr
Segundo Stopiglia e Coppo (2014), a expiração lenta prolongada (ELPr) foi descrita em 1980 
por Guy Postiaux e seu objetivo é a desinsuflação pulmonar completa e a limpeza da periferia bronco-
pulmonar, alcançada pelo volume expirado ser maior do que o de uma expiração normal, e pelo tempo 
expiratório ser prolongado, o que induz a criança a respirar dentro do volume de reserva expiratório. 
Para a realização da técnica, o paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal horizontal, ou elevado 
a 30°, em uma superfície semirrígida. Coloca-se uma mão sobre o tórax, localizada entre a fúrcula es-
ternal e a linha intermamária, com o apoio do profissional variando de acordo com o tamanho do tórax 
do paciente, uma mão deve ser colocada no abdome e posicionada sobre o umbigo e as últimas costelas. 
Então, o fisioterapeuta exerce uma pressão manual tóracoabdominal, ao final da expiração espontânea, 
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prosseguindo até o volume residual. A pressão é lenta, opondo-se duas ou três tentativas inspiratórias 
da criança. Na ELPr, não se realiza pressão durante a primeira parte da expiração. A localização da ação 
sistemática da ELPr fica situada nas 5 ou 6 primeiras gerações brônquicas do lactente. No entanto, po-
de-se observar uma ação ocasional na periferia do aparelho respiratório.
Segundo Sarmento (2009), a ação de limpeza da técnica possivelmente está associada à desinsu-
flação pulmonar global e aos aumentos dos fluxos regionais obtidos pela expiração completa, beneficia-
da pela elevada complacência toracopulmonar, própria da faixa etária dos lactentes.
No estudo de Lanza et al. (2013), foi observado, após o tratamento com aplicação da técnica de 
ELPr em 18 lactentes sibilantes, que houve um aumento significativo do volume corrente (VC) e dimi-
nuição da frequência respiratória (FC). 
Tosse
Conforme Presto e Damázio (2009), e Lima e Souza (2015), a tosse é um reflexo fisiológico e pro-
tetor. Pode ser voluntário para limpeza de secreções das vias aéreas ou expulsão de um corpo estranho e 
também por qualquer partícula que penetre nas vias aéreas e provoque irritação dos receptores tussíge-
nos. A tosse voluntária possui três fases: inspiração, compressão (fechamento da glote e contração dos 
músculos expiratórios) e expulsão (abertura da glote e contração dos músculos expiratórios). Já na tosse 
reflexa é necessário provocar uma irritação dos receptores tussígenos antes de todas as fases. É utilizada 
quando existem fatores que podem inibir a tosse: dor, alterações do SNC, doenças neuromusculares, 
secreção espessa etc. Para que o ar seja expulso dos pulmões em alta velocidade, dois fatores são fun-
damentais: velocidade do fluxo aéreo, que deve ser alta, e área seccional, que deve ser pequena (quanto 
menor ela for e maior for a velocidade de fluxo, mais eficaz será a tosse).
Existem três tipos de tosse: induzida, dirigida e assistida. Presto e Damázio (2009), Lima e Souza 
(2015) e Sarmento (2009) as descrevem da seguinte forma:
A tosse induzida é executada manualmente pelo terapeuta por meio da excitação dos receptores 
da laringe (abaixo da traqueia ou acima da fúrcula), realizada em criança ou em pessoas incapazes de 
realizá-la espontaneamente.
Na tosse dirigida, o paciente é monitorado e orientado pelo fisioterapeuta a executar a tosse volun-
tária, realizando uma inspiração profunda seguida de uma contração brusca da musculatura abdominal 
com a glote fechada e, finalmente, uma expectoração. A posição sentada é a que mais favorece a expi-
ração, a inspiração, e a execução da técnica. Para as pessoas que estão restritas ao leito, a elevação da 
cabeceira, quando possível, pode ajudar na realização da manobra.
A tosse assistida é semelhante à anterior, porém o fisioterapeuta deverá ajudar na contração da 
musculatura abdominal, realizando uma pressão externa com as mãos e os antebraços acima da caixa 
torácica ou próxima à região epigástrica, para favorecer a expectoração.
Presto e Damázio (2009) afirmam que, durante a expiração forçada (tosse), pela atuação da mus-
culatura expiratória, o alto fluxo gerado eleva a pressão pleural e, dessa forma, a pressão de recolhimen-
to elástico alveolar e das vias aéreas tende a aumentar e o ponto de igual pressão move-se em direção 
às vias aéreas centrais. No entanto, a remoção de secreções das vias aéreas periféricas pode não estar 
favorecido, visto que o colapso nas vias aéreas centrais impossibilita a passagem do fluxo aéreo.
No estudo de Santos et al. (2009), a tosse manualmente assistida foi uma das manobras utilizada e 
teve resultados positivos associada às outras técnicas de fisioterapia respiratória em pacientes pediátri-
cos com os sintomas da pneumonia. Reduziu a frequência cardíaca, a frequência respiratória e a quanti-
dade de roncos e creptos apresentados na ausculta respiratória, minimizando a necessidade da utilização 
de terapêuticas ventilatórias agressivas, contribuindo para a redução do esforço respiratório. Os autores 
também relatam que, para que haja a manutenção da limpeza dos pulmões, é necessário uma tosse eficaz 
e a redução da capacidade inspiratória ou expiratória forçada, a diminuição da ação ciliar, ou um maior 
espessamento das secreções são fatores que contribuem para dificultar a tosse. 
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Luisi (2008), em seu estudo, diz que, quando o paciente não consegue realizar a tosse de maneira 
eficaz e quando tem acúmulo de secreções nas vias aéreas, é necessário a aspiração nasofaríngea, uma 
técnica de limpeza das secreções realizada por meio de um cateter estéril e flexível com a aplicação de 
uma apropriada pressão subatmosférica: em neonatos, 60-80 mmHg; em crianças, 80-120 mmHg; e em 
adultos, 100-150 mmHg.
Huffing e Técnica Expiração Forçada
Segundo Presto e Damázio (2009), Gonçalves et al. (2013), o huffing pode ser visto como uma 
técnica de tosse dirigida modificada. Se tomarmos as fases da tosse reflexa como referência, a diferença 
entre o huffing e a tosse estará na fase irritativa e na compressiva, uma vez que, na manobra, essas fases 
não estão presentes. O huffing é um tipo de tosse voluntária, não há fase irritativa. Na fase compressiva 
da tosse reflexa, a glote deverá estar fechada; já no huffing, a glote permanece aberta durante o proce-
dimento. A expiração forçada (TEF) é a execução de uma ou mais técnicas de huffing, com a realização 
de um controle de ventilação (exercício diafragmático). É usada como parte das técnicas desobstrutivas, 
principalmente quando a tosse espontânea não é eficiente e trata-se de uma pessoa hipersecretiva.
Para a realização, Presto e Damázio (2009) e Grüdtner e Cipriano (2009) recomendam que o 
huffing deve ser efetuado com o paciente em uma posição que favorece a mecânica de contração da 
musculatura expiratória, a posição sentada deverá ser priorizada. Essa técnica pode ser divididaem dois 
tipos: o huffing utilizando altos fluxos e volumes, em que o paciente deverá realizar uma inspiração 
profunda e depois abrir a boca e colocar a língua para fora, para manter a glote aberta, e por fim, deve-
se solicitar uma expiração rápida, mantendo a glote aberta; e o huffing realizado com baixos fluxos 
e volumes, a diferença está apenas no volume inicial, que deve começar de volumes mais baixos, e 
no fluxo expiratório, que deve ser realizado de forma mais lenta. Apesar do fluxo lento, a duração do 
huffing com baixos volumes e fluxos deve ser o bastante para deslocar as secreções. Essa manobra 
poderá também ser utilizada no pós-operatório de cirurgia torácicas, cardíacas e abdominais. Nesse 
caso, o terapeuta deve orientar o paciente a utilizar um apoio sobre a incisão cirúrgica esternal, que pode 
ser um travesseiro para ajudar no huffing ou na tosse, acelerando e aumentando o fluxo aéreo, e, por 
meio de um fluxo turbulento, eliminar as secreções da árvore brônquica.
Presto e Damázio (2009) dizem que o huffing com altos volumes e fluxos tem fisiologia semelhan-
te à da tosse dirigida, isto é, a técnica será mais efetiva na remoção de muco nas áreas mais centrais, pelo 
deslocamento do ponto de igual pressão para via aérea de maior calibre. No huffing, o uso de fluxos e 
volumes mais baixos tem a finalidade de remover secreções mais periféricas, utilizando um efeito “tubo 
de pasta dental” que ocorre porque, ao serem utilizados volumes e fluxos baixos, o ponto de igual pres-
são move-se das áreas mais periféricas dos pulmões em direção às áreas mais centrais. Na TEF, a base 
fisiológica é semelhante à do huffing, mas realização de exercício diafragmático depois do huffing tem o 
propósito de prevenção do aumento da resistência ao fluxo aéreo, ou seja, prevenir a obstrução das vias 
aéreas. Isso pode ser benéfico para pacientes que apresentam hiper-reatividade brônquica, broncoespas-
mo e fadiga ao realizar o huffing.
Gonçalves et al. (2013) avaliaram a eficácia da técnica de expiração forçada nas doenças respi-
ratórias, relataram que a TEF, além de favorecer o aumento da quantidade de secreção expectorada em 
pacientes com fibrose cística, melhorou alguns parâmetros da função pulmonar, como volume expirató-
rio forçado no primeiro segundo (VEF1) e capacidade vital forçada (CVF). Concluíram que a TEF tem 
resultados positivos em diferentes enfermidades respiratórias, como pneumonia e asma, fibrose cística, 
bronquiectasia, especificamente na mobilização e eliminação de secreção, melhora dos parâmetros de 
função pulmonar e do clearance mucociliar, sendo empregada em protocolos de atendimento.
Gomide et al. (2007), em seu estudo, demonstram que a TEF é muito eficaz na higiene brônquica 
de pacientes com tendência ao colapso das vias aéreas durante a tosse normal, pois a última etapa da 
TEF, em que o paciente efetua a respiração diafragmática controlada, evita broncoespasmo e diminui-
ção da saturação. Segundo os autores, vários estudos demonstram as vantagens da TEF na melhora da 
função pulmonar e na limpeza das vias aéreas. Quando associada à drenagem postural, essa manobra 
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demonstrou ser mais eficaz que percussão e vibração na remoção de muco. Além de aumentar a quanti-
dade de secreção expectorada, provocou o aumento de VEF1 e CVF. Mas, um estudo que durou 3 anos 
comparou os efeitos da TEF, drenagem postural e percussão em associação com a realização somente da 
TEF, e foi verificado declínio na função pulmonar em pacientes que realizaram somente a TEF e con-
cluiu-se que a drenagem postural e percussão não pode ser tirada do tratamento.
Ciclo Ativo da Respiração – CAR
De acordo com Presto e Damázio (2009) e Gomide et al. (2007), o ciclo ativo da respiração (CAR) 
consiste de 3 etapas: controle respiratório (exercício diafragmático), expansão pulmonar e TEF, podendo 
as manobras de expansão pulmonar entrar ou não acompanhadas de manobras desobstrutivas manuais 
(vibração, percussão e compressão). A técnica deve ser realizada com o paciente sentado em uma pos-
tura de drenagem e, para pessoas com volume médio de secreções, deve-se permanecer por 10 minutos 
nessa posição, e assim continuar a técnica. Os ciclos devem parar quando a remoção de secreção for 
alcançada ou se o paciente cansar. Para que a manobra seja efetiva, o fisioterapeuta deve se certificar de 
que o paciente compreendeu todas as etapas da manobra.
Presto e Damázio (2009) descrevem que os efeitos fisiológicos são a associação da resposta fi-
siológica à execução de cada manobra. O objetivo do exercício diafragmático é relaxar o paciente para 
que ele possa descansar entre a execução das técnicas, reduzindo o trabalho ventilatório. As técnicas de 
expansão torácicas são realizadas para favorecer a ventilação colateral, tentando “alcançar” as constan-
tes de tempo, para abrir as vias aéreas colapsadas. A finalidade da TEF está relacionada à execução dos 
huffs. Essa técnica deve ser realizada apenas quando é certificado que as secreções estão alcançáveis.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As técnicas manuais de remoção de muco brônquico são utilizadas de forma abrangente em pa-
cientes com distúrbios respiratórios, principalmente nos hipersecretivos. Para a utilização de tais téc-
nicas, é de extrema importância que se conheça os seus efeitos fisiológicos, assim como realizar uma 
avaliação minuciosa do paciente, considerando as particularidades da doença respiratória, para que se 
possa optar pelo melhor recurso fisioterapêutico. E, na execução desses recursos manuais, deve-se tomar 
o devido cuidado com as limitações e contraindicações relativas e absolutas de cada técnica, para que se 
possa proporcionar o melhor tratamento.
O estudo possui limitações por ter sido confeccionado apenas em língua nacional e pelo pouco 
número de artigos nacionais que abordam as técnicas manuais de remoção de muco brônquico. Portanto, 
são necessários mais estudos em outras línguas e com uma metodologia mais abrangente para definir, 
de forma mais ampla, os efeitos fisiológicos das técnicas, proporcionando maiores conhecimentos sobre 
o assunto.
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