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Patologia clínica I p2

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Kelly Maria da Silva Nunes Patologia clínica Veterinária I- Medicina Veterinária- UNISO- 7º Período 
 
Sumário 
1. Revisão: linhagem vermelha 
2. Reticulócitos 
3. Hematologia: Anemia 
4. Hematologia: Policitemia. 
5. Hematologia: Parâmetros leucocitários 
 
 
 Kelly Maria da Silva Nunes Patologia clínica Veterinária I- Medicina Veterinária- UNISO- 7º Período 
Revisão: linhagem vermelha
Os eritrócitos desempenham um papel vital no transporte de 
oxigênio para os tecidos e na remoção de dióxido de carbono 
do organismo. 
Estrutura das células vermelhas do sangue 
As células têm formato discoidais, bicôncavas e anucleadas e 
possuem uma curvatura em ambos os lados. Essa forma 
aumenta a área de superfície disponível para a difusão de 
gases e permite que as células se deformem ao passar pelos 
capilares estreitos. São preenchidas com a proteína 
hemoglobina, responsável pela ligação reversível de oxigênio 
e dióxido de carbono. 
Função das células vermelhas do sangue 
A função é transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos 
e levar dióxido de carbono dos tecidos de volta aos pulmões 
para ser expirado. A hemoglobina presente nas células 
vermelhas do sangue se liga ao oxigênio nos pulmões, 
formando a oxi-hemoglobina, e libera o oxigênio nos tecidos, 
onde a pressão de oxigênio é baixa. A ligação reversível de 
dióxido de carbono à hemoglobina forma a 
carboemoglobina, permitindo o transporte do dióxido de 
carbono de volta aos pulmões. 
Eritropoiese 
Ocorre principalmente na medula óssea vermelha, localizada 
nos ossos, mas pode ocorrer no baço e no fígado em 
menores proporções. A eritropoiese é estimulada pela 
eritropoietina, um hormônio produzido pelos rins em 
resposta à hipóxia (baixa oxigenação dos tecidos). Durante a 
eritropoiese, as células precursoras, chamadas de 
eritroblastos, passam por várias etapas de maturação até se 
tornarem células vermelhas maduras. 
Estágios de maturação 
Proeritroblastos: progenitoras imaturas da linhagem 
vermelha, encontradas na medula óssea. São células 
grandes, nucleadas e têm alta atividade metabólica. 
Eritroblastos basófilos: células mais maduras do que os 
proeritroblastos. Apresentam redução no tamanho celular e 
condensação da cromatina nuclear. 
Eritroblastos policromáticos: São células que continuam a se 
diferenciar e acumulam grandes quantidades de 
hemoglobina. Apresentam coloração azul-acinzentada 
devido à presença de RNA residual. 
Eritroblastos ortocromáticos: São células mais maduras e 
menores, contendo quantidades significativas de 
hemoglobina. Nesse estágio, ocorre a ejeção do núcleo, 
tornando-se anucleadas. 
Reticulócitos: células imaturas liberadas pela medula óssea 
para a corrente sanguínea. Eles contêm pequenos resquícios 
de RNA reticulado, que conferem uma aparência reticulada 
sob microscopia. São considerados os estágios finais da 
maturação antes de se tornarem células vermelhas maduras. 
 
Características das células vermelhas do sangue 
As células vermelhas do sangue têm uma vida útil média de 
cerca de 120 dias. Elas são flexíveis e capazes de se deformar 
para passar através de vasos sanguíneos estreitos. A falta de 
núcleo e organelas nas células vermelhas permite que elas 
transportem mais hemoglobina e liberem mais oxigênio nos 
tecidos. O vermelho das células é devido à presença de 
pigmentos de ferro contidos na hemoglobina. 
Quanto mais jovem a célula, mais imatura ela é. Os 
proeritroblastos são as células mais imaturas, enquanto os 
reticulócitos são considerados células relativamente jovens, 
próximas do estágio final de maturação antes de se tornarem 
células vermelhas maduras. As células vermelhas maduras, 
também chamadas de hemácias, são anucleadas e não 
possuem organelas, consistindo principalmente de 
hemoglobina responsável pelo transporte de oxigênio. 
 
Condições relacionadas às células vermelhas do sangue 
Anemia é uma condição na qual há uma redução na 
quantidade de células vermelhas ou na concentração de 
hemoglobina no sangue, resultando em uma capacidade 
reduzida de transporte de oxigênio. A anemia pode ser 
causada por deficiências nutricionais, perda de sangue, 
doenças crônicas ou problemas na produção de células 
vermelhas. Outras condições, como anemia falciforme e 
talassemia, envolvem anormalidades genéticas nas células 
vermelhas do sangue. 
Reticulócitos
Os reticulócitos são eritrócitos jovens que se encontram na 
fase final da eritropoiese, o processo de formação das 
células vermelhas do sangue. Diferentemente dos eritrócitos 
maduros, os reticulócitos ainda possuem algumas organelas 
citoplasmáticas, como o retículo endoplasmático rugoso, 
envolvidas na síntese final da hemoglobina. 
Os reticulócitos desempenham um papel importante na 
síntese dos últimos 20% da hemoglobina. Eles são liberados 
pela medula óssea para a corrente sanguínea de forma 
controlada, em resposta a estímulos, principalmente a 
eritropoietina, um hormônio produzido pelos rins em 
situações de baixa oxigenação tecidual. 
Essas células jovens maturam-se rapidamente, geralmente 
em um período de 24 a 48 horas, tanto na circulação 
sanguínea quanto no baço. Durante esse período, eles 
passam por modificações morfológicas, perdendo as 
organelas remanescentes e adquirindo uma aparência mais 
similar aos eritrócitos maduros. 
 
A contagem de reticulócitos, conhecida como reticulocitose, 
pode variar de acordo com o grau de anemia e a estimulação 
da eritropoiese. Em casos de anemia, a produção de 
reticulócitos é estimulada para compensar a diminuição dos 
eritrócitos maduros. A reticulocitose é um indicador útil para 
avaliar a resposta eritropoética do organismo. 
Para identificar os reticulócitos em uma amostra sanguínea, 
é comum utilizar a coloração com novo azul de metileno. 
Essa coloração específica destaca os reticulócitos, que se 
apresentam com precipitados basofílicos visíveis ao 
microscópio, indicando a presença de RNA reticulado. 
Diferença entre reticulócitos: cão X gato 
Existem algumas diferenças entre os reticulócitos de gatos e 
cães. Aqui estão algumas das principais diferenças 
observadas: 
Morfologia: Os reticulócitos de gatos tendem a ter uma 
aparência mais granular e reticulada, com precipitados 
basofílicos proeminentes. Por outro lado, os reticulócitos de 
cães podem apresentar uma aparência menos reticulada e 
granular, com menos precipitados basofílicos visíveis. 
Tempo de maturação: Os reticulócitos de gatos têm um 
tempo de maturação mais curto do que os de cães. 
Geralmente, os reticulócitos de gatos se maturam em cerca 
de 24 horas, enquanto em cães esse processo pode levar de 
48 a 72 horas. 
Contagem de reticulócitos: Os gatos normalmente têm uma 
contagem de reticulócitos mais alta do que os cães. Isso 
significa que é mais comum observar uma reticulocitose em 
gatos do que em cães, mesmo em situações normais. 
Resposta eritropoética: Os gatos têm uma resposta 
eritropoética mais robusta em comparação com os cães. Isso 
significa que, em caso de anemia ou outras condições que 
levem à estimulação da eritropoiese, é mais provável que os 
gatos apresentem uma reticulocitose mais pronunciada do 
que os cães. 
 
Reticulócitos do cão 
Morfologia: Os reticulócitos de cães têm uma aparência 
geralmente granular e reticulada, com precipitados 
basofílicos visíveis sob microscopia. Esses precipitados são 
formados principalmente por RNA reticulado, indicando a 
atividade metabólica e a síntese de hemoglobina em 
andamento. 
Tempo de maturação: Os reticulócitos de cães geralmente se 
maturam em um período de 48 a 72 horas, tanto na 
circulação sanguínea quanto no baço. Durante esse tempo, 
eles passam por modificações morfológicas, como perda 
gradual de organelas e desenvolvimento da estrutura 
característica de eritrócitosmaduros. 
Contagem de reticulócitos: A contagem de reticulócitos 
pode variar em cães, dependendo de vários fatores, 
incluindo a presença de anemia ou outras condições 
estimuladoras da eritropoiese. A contagem de reticulócitos é 
uma medida útil para avaliar a resposta eritropoética e a 
capacidade de produção de células vermelhas do organismo. 
Coloração: Para identificar os reticulócitos em uma amostra 
sanguínea de cães, é comum utilizar a coloração com azul de 
metileno ou outros corantes específicos. Essa coloração 
 Kelly Maria da Silva Nunes Patologia clínica Veterinária I- Medicina Veterinária- UNISO- 7º Período 
realça a presença dos precipitados basofílicos nos 
reticulócitos, permitindo sua identificação e contagem. 
 
Reticulócitos do gato 
Morfologia: Os reticulócitos de gatos têm uma aparência 
geralmente granular e reticulada, com precipitados 
basofílicos proeminentes visíveis sob microscopia. Esses 
precipitados basofílicos são compostos principalmente por 
RNA reticulado, que reflete a atividade metabólica e a síntese 
de hemoglobina em andamento. 
Tempo de maturação: Os reticulócitos de gatos têm um 
tempo de maturação mais curto em comparação com outras 
espécies, geralmente em torno de 24 a 48 horas. Durante 
esse tempo, eles passam por modificações morfológicas, 
como a perda gradual de organelas e a formação da estrutura 
característica de eritrócitos maduros. 
Contagem de reticulócitos: Os gatos normalmente 
apresentam uma contagem de reticulócitos mais alta em 
relação a outras espécies, mesmo em condições normais. 
Isso significa que a presença de reticulócitos na circulação 
sanguínea é mais comum em gatos, indicando uma resposta 
eritropoética mais robusta. 
Coloração: Para identificar os reticulócitos em uma amostra 
sanguínea de gatos, é comum utilizar a coloração com azul 
de metileno ou outros corantes específicos. Essa coloração 
realça os precipitados basofílicos nos reticulócitos, 
permitindo sua identificação e contagem. 
 
 
 
RETICULÓCITOS DOS RUMINANTES 
 
Morfologia: Os reticulócitos de ruminantes geralmente têm 
uma aparência mais lisa e homogênea em comparação com 
outras espécies, como cães e gatos. Eles não apresentam os 
precipitados basofílicos proeminentes observados em outras 
espécies. A estrutura citoplasmática dos reticulócitos de 
ruminantes é mais uniforme. 
Tempo de maturação: O tempo de maturação dos 
reticulócitos em ruminantes pode ser mais prolongado em 
comparação com outras espécies. O processo de maturação 
pode levar mais tempo, geralmente mais de 48 horas. 
Durante esse período, ocorrem as modificações morfológicas 
e a perda gradual de organelas para a formação de eritrócitos 
maduros. 
Contagem de reticulócitos: A contagem de reticulócitos em 
ruminantes pode variar dependendo de fatores como a 
idade do animal, a condição de saúde e a presença de 
anemia. Assim como em outras espécies, a contagem de 
reticulócitos é um indicador da atividade eritropoética. 
Coloração: A coloração utilizada para identificar reticulócitos 
em ruminantes pode ser semelhante à utilizada em outras 
espécies, como a coloração com azul de metileno. No 
entanto, os reticulócitos de ruminantes podem apresentar 
uma aparência mais uniforme e menos basofílica em 
comparação com outras espécies. 
Característica Cães Gatos Ruminantes 
Morfologia Granular e 
reticulada com 
precipitados 
basofílicos 
visíveis 
Granular e 
reticulada com 
precipitados 
basofílicos 
visíveis 
Mais lisa e 
homogênea 
Tempo de 
Maturação 
48-72 horas 24-48 horas Pode ser mais 
prolongado 
Contagem de 
Reticulócitos 
Variável, 
dependente da 
estimulação 
eritropoética 
Alta contagem 
mesmo em 
situações 
normais 
Variável, 
dependente da 
idade, condição 
de saúde e 
presença de 
anemia e 
presença de 
anemia 
Coloração Azul de 
metileno 
Azul de metileno Azul de metileno 
Hematologia: Anemia
A anemia é uma condição caracterizada pela redução dos 
níveis de eritrócitos (glóbulos vermelhos), concentração de 
hemoglobina ou hematócrito abaixo dos valores normais de 
referência. Os eritrócitos são responsáveis pelo transporte 
de oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo. Quando 
os níveis de eritrócitos ou hemoglobina estão abaixo do 
normal, pode ocorrer uma diminuição na capacidade do 
sangue de transportar oxigênio, resultando em menor 
oxigenação tecidual. 
Principais causas de anemias em animais 
A anemia pode resultar de diferentes causas, incluindo 
doenças primárias de hemólise (destruição acelerada dos 
eritrócitos), perda de sangue devido a hemorragias, 
produção reduzida de eritrócitos ou uma combinação desses 
fatores. Além disso, a anemia pode estar associada a outras 
condições subjacentes, como doenças crônicas, deficiências 
nutricionais, doenças da medula óssea, infecções e reações 
imunológicas. 
Os sinais clínicos 
• Palidez de mucosas, como gengivas e conjuntivas. 
• Letargia e fadiga excessiva. 
• Menor tolerância ao exercício e fraqueza. 
• Aumento da frequência respiratória (taquipneia) e 
dificuldade respiratória (dispneia) devido à 
necessidade de compensar a menor capacidade de 
transporte de oxigênio. 
• Aumento da frequência cardíaca e sopros cardíacos, 
que são mecanismos compensatórios para fornecer 
oxigênio aos tecidos. 
• Sinais inespecíficos, como esplenomegalia 
(aumento do baço), icterícia (coloração amarelada 
da pele e mucosas) perda de peso, anorexia, febre e 
linfoadenopatia (aumento dos linfonodos). 
• Urina escurecida devido à presença de 
hemoglobina, hemoglobinúria (presença de 
hemoglobina na urina) e bilirrubinúria (presença de 
bilirrubina na urina). 
Como identificar uma anemia 
Para confirmar se um animal está com anemia, é necessário 
realizar testes laboratoriais para medir os valores de 
hematócrito, hemoglobina e contagem de hemácias no 
sangue. Valores baixos nesses testes indicam a presença de 
anemia. Além disso, outros exames podem ser solicitados 
para identificar a causa subjacente da anemia e orientar o 
tratamento adequado. 
A anemia é um sintoma de uma condição subjacente e não 
um diagnóstico em si. Portanto, é fundamental identificar a 
causa da anemia por meio de uma avaliação médica 
completa para que o tratamento adequado possa ser 
administrado. 
Classificação das anemias 
A anemia pode ser classificada de várias maneiras, levando 
em consideração diferentes aspectos, como a causa 
subjacente, a morfologia dos eritrócitos e a resposta 
eritroide da medula óssea. 
Anemia relativa 
Embora a quantidade de eritrócitos seja considerada baixa 
em relação aos valores de referência, a diminuição não é 
devido a uma redução real na produção ou destruição dos 
eritrócitos. Em vez disso, ocorre uma expansão do volume 
plasmático, o que leva a uma diluição dos eritrócitos 
presentes no sangue. Como resultado, os níveis de 
hemoglobina e hematócrito podem estar abaixo dos valores 
normais, mas isso ocorre principalmente devido ao aumento 
da parte líquida do sangue (plasma) em relação à parte 
celular (eritrócitos). A anemia relativa pode ocorrer em 
situações como prenhez, onde há um aumento no volume 
plasmático, ou após fluidoterapia, quando há uma infusão 
de líquidos para restabelecer o volume sanguíneo. 
Anemia absoluta 
Essa forma de anemia é clinicamente significativa e requer 
investigação adequada, pois indica uma redução real na 
quantidade total de eritrócitos no organismo. Pode ser 
causada por uma variedade de fatores, como perda de 
sangue por hemorragia, diminuição na produção de 
eritrócitos pela medula óssea ou aumento na destruição dos 
eritrócitos (anemia hemolítica). A anemia absoluta pode ser 
classificada em diferentes tipos, dependendo da causa 
subjacente e da resposta da medula óssea. Essa classificação 
pode levar em consideração a morfologia dos eritrócitos, 
comomacrocítica, microcítica ou normocítica, e outros 
fatores relacionados à causa e mecanismos patogênicos da 
anemia. 
Morfologia dos eritrócitos 
A morfologia dos eritrócitos refere-se às características 
físicas dos glóbulos vermelhos presentes no sangue. Alguns 
dos parâmetros utilizados para avaliar a morfologia dos 
eritrócitos incluem o tamanho, o teor de hemoglobina, o 
volume corpuscular médio (VCM) e a concentração de 
hemoglobina corpuscular média (CHCM). Esses parâmetros 
podem fornecer informações importantes sobre o tipo de 
anemia e sua possível causa. 
Tamanho dos eritrócitos 
 O tamanho dos eritrócitos pode ser avaliado através de 
parâmetros como o volume corpuscular médio (VCM). O 
 Kelly Maria da Silva Nunes Patologia clínica Veterinária I- Medicina Veterinária- UNISO- 7º Período 
VCM é uma medida do tamanho médio dos eritrócitos e é 
expresso em femtolitros (fl). Com base no VCM, os eritrócitos 
podem ser classificados em três categorias principais: 
• Microcíticos: eritrócitos menores que o normal, 
com VCM abaixo dos valores de referência. Pode 
indicar anemias associadas à deficiência de ferro ou 
distúrbios da síntese de hemoglobina, como 
talassemias. 
• Normocíticos: eritrócitos com tamanho normal, 
com VCM dentro dos valores de referência. Podem 
estar presentes em anemias de várias etiologias, 
como anemia crônica, doença renal crônica ou 
anemia hemolítica. 
• Macrocíticos: eritrócitos maiores que o normal, 
com VCM acima dos valores de referência. Pode 
indicar anemias megaloblásticas, como aquelas 
causadas por deficiência de vitamina B12 ou ácido 
fólico. 
Teor de hemoglobina 
O teor de hemoglobina nos eritrócitos pode ser avaliado 
através do parâmetro conhecido como concentração de 
hemoglobina corpuscular média (CHCM). A CHCM é uma 
medida da concentração de hemoglobina por volume de 
eritrócitos e é expressa em gramas por decilitro (g/dL). Com 
base na CHCM, os eritrócitos podem ser classificados em: 
• Hipocrômicos: eritrócitos com baixa concentração 
de hemoglobina, indicando uma deficiência na 
síntese ou disponibilidade de ferro. Pode estar 
associado a anemias ferroprivas. 
• Normocrômicos: eritrócitos com concentração 
normal de hemoglobina, dentro dos valores de 
referência. Podem estar presentes em diferentes 
tipos de anemias. 
• Hipercrômicos: eritrócitos com alta concentração 
de hemoglobina, embora sejam menos comuns. 
Pode indicar condições como a esferocitose 
hereditária, onde há um aumento da densidade de 
hemoglobina nos eritrócitos. 
VCM e CHCM 
A análise combinada do tamanho dos eritrócitos (VCM) e do 
teor de hemoglobina (CHCM) permite classificar as anemias 
em: 
• microcíticas-hipocrômicas, 
• normocíticas-normocrômicas e 
• macrocíticas-normocrômicas 
 
Mecanismo patogênico 
Os mecanismos patofisiológicos podem variar e dependem 
do tipo específico de anemia. A anemia pode ser causada por 
diferentes fatores, incluindo: 
A) Perda sanguínea (hemorragia) 
• Aguda: Pode ocorrer devido a procedimentos 
cirúrgicos, traumas, lesões hemostáticas, distúrbios 
da coagulação, deficiência de vitamina K (como 
dicumarol e warfarin) ou coagulação intravascular 
disseminada (CID). 
• Crônica: Pode ser causada por lesões 
gastrointestinais (como neoplasias, úlceras, 
parasitismo), neoplasias com sangramento cavitário 
(como hemangiossarcoma em cães), 
trombocitopenias ou infestações por parasitas 
(como carrapatos, pulgas e parasitas 
gastrointestinais). 
B) Destruição das hemácias 
• Parasitas sanguíneos, vírus e bactérias: Alguns 
organismos podem causar destruição dos 
eritrócitos, muitas vezes com um componente 
imuno-mediado. Exemplos: Anaplasma sp, Babesia 
sp, Mycoplasmas, Ehrlichia sp, Clostridium sp, 
Cytauxzoon felis, Leptospira sp e anemia infecciosa 
equina. 
• Drogas e químicos: Certas substâncias, como 
fenotiazina, acetaminofeno (em gatos e cães), azul 
de metileno (em gatos e cães), vitamina K (em cães) 
e metais como cobre, chumbo e zinco, podem levar 
à destruição dos eritrócitos. 
• Plantas tóxicas e acidentes ofídicos: Algumas 
plantas tóxicas como samambaias e mordidas de 
serpentes podem causar destruição dos eritrócitos. 
• Doenças metabólicas: Falha hepática, 
hiperesplenismo e torção esplênica em equinos 
podem levar à destruição acelerada dos eritrócitos. 
• Defeitos intraeritrocitários: Deficiências 
enzimáticas, como a deficiência de piruvato quinase 
em cães e gatos, deficiência de fosfofrutoquinase 
em cães e deficiência de glicose-6-fosfato 
 Kelly Maria da Silva Nunes Patologia clínica Veterinária I- Medicina Veterinária- UNISO- 7º Período 
desidrogenase em equinos, podem resultar na 
destruição dos eritrócitos. 
• Destruição imunomediada dos eritrócitos: 
Condições como anemia hemolítica imunomediada 
(AHIM), que ocorre principalmente em cães, e 
isoeritrólise neonatal, que ocorre principalmente 
em cavalos e gatos, envolvem uma resposta 
imunomediada que resulta na destruição dos 
eritrócitos. 
• Outros: Lupus eritematoso, reações transfusionais, 
penicilina e cefalosporina também podem causar 
destruição dos eritrócitos. 
C) Diminuição da produção de hemácias 
Na diminuição da produção dos eritrócitos, também 
conhecida como eritropoiese reduzida, alguns dos fatores 
que podem causar anemia incluem deficiências de vitaminas 
e doenças inflamatórias. 
• Deficiência de vitaminas: As vitaminas 
desempenham um papel essencial na produção e 
maturação dos eritrócitos. A deficiência de 
vitaminas como A, E, B12, ácido fólico, niacina, 
piridoxina, tiamina e ácido ascórbico pode afetar 
negativamente a produção adequada de eritrócitos, 
levando à anemia. 
• A deficiência de vitamina B12 e ácido fólico é 
especialmente importante, pois essas vitaminas 
estão envolvidas na síntese do DNA necessário para 
a produção de novas células sanguíneas. 
• Doença inflamatória: A presença de inflamação 
crônica ou doenças inflamatórias pode interferir na 
produção de eritrócitos. A inflamação crônica 
desencadeia uma resposta do sistema imunológico 
que pode afetar negativamente a medula óssea, 
onde ocorre a produção de células sanguíneas. 
Além disso, certas doenças neoplásicas (câncer) 
também podem levar à produção reduzida de 
eritrócitos devido à interferência na função da 
medula óssea. 
Resposta da medula óssea 
Na resposta da medula óssea, a eritropoiese, que é o 
processo de produção de eritrócitos, é regulada pela 
eritropoietina. A eritropoietina é um hormônio produzido 
principalmente pelos rins em resposta à hipóxia tecidual, ou 
seja, baixos níveis de oxigênio nos tecidos. A síntese de 
eritropoietina é influenciada pela massa de eritrócitos e pela 
concentração de hemoglobina no organismo. 
Anemias Regenerativas 
 Essas anemias são caracterizadas por uma resposta 
aumentada da medula óssea na produção de eritrócitos. Isso 
ocorre como uma tentativa do organismo de compensar a 
perda de eritrócitos ou a destruição acelerada dos mesmos. 
No sangue periférico, podem ser observados sinais de 
regeneração, como reticulócitos (eritrócitos imaturos) 
aumentados. Exemplos de condições que podem causar 
anemia regenerativa incluem hemorragias agudas, hemólise 
(destruição dos eritrócitos) e certas doenças infecciosas. 
▪ Eritrograma 
Na anemia regenerativa, o eritrograma, que é a análise dos 
componentes do sangue relacionados aos eritrócitos, 
apresenta elementos que revelam regeneração ou resposta 
medular. Esses elementos incluem: 
• Reticulocitose: A presença de reticulócitos, que são 
eritrócitos imaturos liberados pela medula óssea 
para a corrente sanguínea. A reticulocitose é um 
sinal de que a medula óssea está aumentando sua 
produção de eritrócitos em resposta à demanda. 
• Anisocitose: Variação no tamanho dos eritrócitos. 
Pode haver uma maior variaçãono tamanho das 
células devido à resposta rápida da medula óssea na 
produção de eritrócitos. 
• Policromasia: Coloração variável dos eritrócitos 
devido à presença de células jovens e imaturas, que 
possuem uma coloração mais azulada ou 
acinzentada. A policromasia é um indicativo de uma 
resposta regenerativa da medula óssea. 
Além disso, na anemia regenerativa, pode-se encontrar a 
presença de metarrubrícitos, que são eritrócitos imaturos 
com núcleo residual, principalmente em cães e gatos. 
Também podem ser observados corpúsculos de Howell-
Jolly, que são restos de DNA nuclear remanescentes dentro 
dos eritrócitos. 
Geralmente leva de dois a três dias, para que uma resposta 
regenerativa seja evidente no sangue periférico. Durante 
esse período, a medula óssea aumenta a produção de 
eritrócitos para compensar a perda ou destruição ocorrida, e 
os novos eritrócitos imaturos começam a aparecer no 
sangue circulante. 
 
A quantificação do número de reticulócitos no sangue 
periférico na maioria das espécies, é a forma mais simples e 
eficaz de avaliar a eritropoiese em anemias 
 Kelly Maria da Silva Nunes Patologia clínica Veterinária I- Medicina Veterinária- UNISO- 7º Período 
 
▪ Policromasia 
Descreve a coloração variável dos eritrócitos observada em 
uma análise microscópica de um esfregaço sanguíneo. Essa 
variação de coloração ocorre devido à presença de 
eritrócitos jovens e imaturos na amostra. 
Normalmente, os eritrócitos maduros possuem uma 
coloração avermelhada intensa devido à presença de 
hemoglobina. No entanto, quando a medula óssea está 
respondendo a uma demanda aumentada de produção de 
eritrócitos, como em casos de anemia regenerativa, 
eritrócitos imaturos são liberados prematuramente para a 
circulação sanguínea. 
Esses eritrócitos imaturos 
são conhecidos como 
reticulócitos e 
apresentam uma 
coloração mais azulada 
ou acinzentada. Essa 
coloração diferente é 
resultado da presença de 
RNA residual nos reticulócitos, que se cora de forma 
diferente da hemoglobina. Portanto, quando observados no 
esfregaço sanguíneo, os eritrócitos jovens e imaturos 
conferem uma aparência policromática à amostra. 
A presença de policromasia 
no esfregaço sanguíneo é 
um indicativo de uma 
resposta regenerativa da 
medula óssea, sugerindo 
um aumento na produção 
de eritrócitos para 
compensar a anemia ou a 
perda de eritrócitos. 
Anisocitose é um termo utilizado para descrever a presença 
de eritrócitos com tamanhos variados em um esfregaço 
sanguíneo. Em condições normais, os eritrócitos são 
geralmente uniformes em 
tamanho e forma. No 
entanto, em certas 
condições, como anemias e 
outras doenças 
hematológicas, ocorre uma 
alteração na produção e 
maturação dos eritrócitos, 
levando a uma variedade de 
tamanhos. 
 
 
Anemias Arregenerativas (ou Degenerativas) 
A anemia arregenerativa não há evidência de regeneração ou 
resposta eritropoética no sangue periférico. Não são 
observados reticulócitos (eritrócitos imaturos) no esfregaço 
sanguíneo e não há presença de policromasia, que é a 
coloração mais intensa dos eritrócitos devido à presença de 
reticulina (RNA residual) dentro das células jovens. 
Pode ser causada por diferentes condições, como 
eritropoiese reduzida devido à falta de eritropoietina (por 
exemplo, em casos de insuficiência renal crônica), doenças 
endócrinas (como hipoadrenocorticismo, hiperestrogenismo 
e hipoandrogenismo), inflamação crônica, lesões tóxicas na 
medula óssea (como radiação, químicos e intoxicação por 
samambaia), infecções por vírus e riquétsias (como a 
Ehrlichia canis), entre outras. São anemias normocíticas 
normocrômicas 
A anemia arregenerativa é caracterizada por eritropoiese 
inadequada e, portanto, os valores de reticulócitos e a 
presença de policromasia estarão diminuídos ou ausentes. 
Essa condição geralmente apresenta um curso clínico crônico 
e início lento, e pode estar associada a outras manifestações 
hematológicas, como neutropenia (diminuição dos 
neutrófilos) e trombocitopenia (diminuição das plaquetas). 
• Este tipo de anemia apresenta curso clínico crônico 
e início lento, é acompanhada de neutropenia e 
trombocitopenia 
Anemia regenerativa X Anemia arregenerativa 
Características Anemia Regenerativa Anemia Arregenerativa 
Etiologia Perda sanguínea 
(hemorragia), destruição 
acelerada de eritrócitos 
Eritropoiese reduzida, 
ausência de elementos 
necessários para a 
produção de eritrócitos 
Curso clínico Agudo ou crônico Crônico 
Início Rápido Lento 
Resposta 
eritropoética no 
sangue periférico 
Evidente: reticulocitose, 
anisocitose, 
policromasia 
Ausente: não há 
reticulócitos nem 
policromasia 
Outras 
manifestações 
hematológicas 
Geralmente não há 
neutropenia ou 
trombocitopenia 
Pode estar 
acompanhada de 
neutropenia e 
trombocitopenia 
Morfologia dos 
eritrócitos 
Variável, pode 
apresentar anisocitose e 
policromasia 
Geralmente 
normocíticos e 
normocrômicos 
Causas comuns Hemorragias, doenças 
parasitárias, doenças 
imunomediadas 
Insuficiência renal 
crônica, doenças 
endócrinas, inflamação 
crônica, lesões tóxicas na 
medula óssea, infecções 
virais e riquétsias 
Reticulócito 
 
Anisocitose
 
Policromasia 
 Kelly Maria da Silva Nunes Patologia clínica Veterinária I- Medicina Veterinária- UNISO- 7º Período 
 
Regenerativa Arregenerativa 
• Perda sanguínea: traumas, cirurgia, 
intoxicação por dicumarol, CID 
 
• Hemólise: hemoparasitas, anemia 
autoimune, reação transfusional 
• Doença renal crônica 
• Neoplasia crônica e/ou metastática 
• Leucemia 
• Erlichiose 
• Panleucopneia felina 
• Hiperestrogenismo 
• Hipoadrenocorticismo 
• Hiperadrenocorticismo 
• Hipoandrogenismo 
• Linfossarcoma 
Classificação de Anemia Descrição 
Anemia Microcítica Caracterizada por glóbulos vermelhos menores que o normal 
Anemia Normocítica Glóbulos vermelhos de tamanho normal 
Anemia Macro Normocrômica Glóbulos vermelhos maiores que o normal e com coloração normal 
Anemia Macro Normocítica com Ovalócitos Glóbulos vermelhos maiores que o normal e com forma ovalada 
Anemia Hipocrômica Glóbulos vermelhos com baixa concentração de hemoglobina 
Anemia Normocrômica, Normocítica Glóbulos vermelhos de tamanho e coloração normais 
Hematologia: Policitemia
É o aumento do número de eritrócitos circulantes acima dos 
valores normais. 
POLICITEMIA RELATIVA 
Ocorre devido a uma diminuição no volume plasmático em 
relação à massa eritrocitária, resultando em um aumento 
relativo dos eritrócitos circulantes. Isso pode ser causado por 
desidratação, perda de fluidos ou condições que levam a 
uma redução do volume plasmático, como queimaduras 
graves ou uso de diuréticos. 
A hemoconcentração aumenta o hematócrito e a proteína 
plasmática devido à diminuição do volume de plasma 
POLICITEMIA ABSOLUTA 
É caracterizada pelo aumento do número de eritrócitos 
circulantes devido a um aumento real na massa total de 
eritrócitos. Pode ser classificada como primária ou 
secundária. 
 
Policitemia Primária 
Também conhecida como policitemia vera, é uma desordem 
na medula óssea que resulta em uma produção excessiva de 
eritrócitos. Isso ocorre independentemente da produção de 
eritropoietina, hormônio responsável pela regulação da 
produção de eritrócitos. A policitemia primária é geralmente 
acompanhada por um aumento nos leucócitos e plaquetas. 
Policitemia Secundária 
Nesse caso, o aumento da taxa de eritropoietina é o principal 
fator responsável pelo aumento dos eritrócitos circulantes. 
Pode ser causada por condições como doença pulmonar 
crônica, doença cardíaca congênita, tumores produtores de 
eritropoietina, hipóxia crônica, entre outras. 
Suspeita de policitemia 
É importante ressaltar que a suspeita de policitemia absoluta 
ou relativaé geralmente feita quando o hematócrito atinge 
níveis elevados, como 60% para suspeita de policitemia 
absoluta ou relativa, e 70% para suspeita de policitemia 
primária. O diagnóstico e o tratamento adequados devem 
ser realizados por um profissional de saúde com base em 
uma avaliação clínica detalhada e exames complementares. 
Hematologia: Parâmetro leucocitários
Leucócitos 
Também conhecidos como glóbulos brancos, são produzidos 
na medula óssea e em órgãos linfáticos, como o baço e os 
gânglios linfáticos. Eles desempenham um papel importante 
no sistema imunológico, ajudando a proteger o corpo contra 
infecções e doenças. 
Os leucócitos circulam pelo corpo através da corrente 
sanguínea e são direcionados para os tecidos onde são 
necessários para combater infecções ou responder a outros 
estímulos. Eles podem sair dos vasos sanguíneos para entrar 
nos tecidos, onde realizam suas funções de defesa. 
O número de leucócitos circulantes no sangue pode variar 
dependendo das condições de saúde e das demandas do 
organismo. Em condições normais, o número de leucócitos 
varia geralmente de 5.000 a 14.000 por microlitro de sangue 
(5 a 14 mil/ L). No entanto, durante infecções ou outras 
condições inflamatórias, esse número pode aumentar, 
indicando uma resposta imunológica ativa. 
Equilíbrio 
 
O equilíbrio dos leucócitos no corpo dos animais é mantido 
através de um processo complexo que envolve a produção, 
liberação, circulação e eliminação dessas células. 
A produção de leucócitos ocorre na medula óssea vermelha, 
que é encontrada principalmente nos ossos longos, como 
fêmur e úmero, e em ossos planos, como o esterno e a bacia. 
As células precursoras dos leucócitos, chamadas de células-
tronco hematopoiéticas, passam por diferenciação e 
maturação na medula óssea, dando origem aos diferentes 
tipos de leucócitos, como neutrófilos, linfócitos, monócitos, 
eosinófilos e basófilos. 
Além da medula óssea, os órgãos linfoides, como o baço e os 
gânglios linfáticos, também desempenham um papel na 
produção e maturação dos leucócitos, principalmente dos 
linfócitos. 
Após a maturação, os leucócitos são liberados na corrente 
sanguínea e circulam por todo o corpo. Quando ocorre uma 
lesão ou infecção em algum tecido, os tecidos lesados 
liberam sinais químicos, como citocinas e quimiocinas, que 
atraem os leucócitos para o local. 
Os leucócitos atravessam as paredes dos vasos sanguíneos e 
migram em direção ao tecido lesionado, onde 
desempenham suas funções imunológicas, como a 
fagocitose de bactérias e a produção de substâncias 
antimicrobianas. 
Após a resposta imunológica, os leucócitos podem retornar 
à circulação sanguínea ou serem eliminados através do 
sistema linfático ou do fígado, dependendo do tipo de célula 
e das condições específicas. 
O equilíbrio dos leucócitos é mantido através de mecanismos 
de regulação complexos. A produção de leucócitos é 
controlada por uma série de fatores, incluindo hormônios e 
citocinas. Além disso, existem mecanismos de feedback 
negativo que regulam a produção e a circulação dos 
leucócitos, para garantir que haja um número adequado 
dessas células no organismo. 
 
Classificação 
Podem ser classificados em dois grupos principais: 
granulócitos (ou polimorfonucleares) e agranulócitos (ou 
mononucleares). Essas diferentes classes de leucócitos 
desempenham papéis distintos na resposta imunológica do 
organismo e trabalham em conjunto para proteger o corpo 
contra infecções, inflamações e outras condições 
patológicas. 
Granulócitos (polimorfonucleares): 
• Neutrófilos: São os leucócitos mais abundantes e 
desempenham um papel crucial na resposta 
imunológica contra infecções bacterianas. Eles são 
especializados em fagocitar (englobar e destruir) 
bactérias e outros microorganismos invasores. 
• Eosinófilos: Estão envolvidos principalmente na 
resposta imunológica contra parasitas e também 
desempenham um papel importante em alergias e 
 Kelly Maria da Silva Nunes Patologia clínica Veterinária I- Medicina Veterinária- UNISO- 7º Período 
doenças inflamatórias, liberando substâncias que 
combatem essas condições. 
• Basófilos: São células menos comuns e estão 
envolvidos em reações alérgicas e inflamações. Eles 
liberam substâncias químicas, como histamina, que 
podem causar vasodilatação e aumento da 
permeabilidade capilar. 
Agranulócitos (mononucleares): 
• Monócitos: São células grandes que circulam na 
corrente sanguínea e, ao chegar em tecidos, se 
diferenciam em células chamadas macrófagos. Os 
macrófagos têm uma função essencial na fagocitose 
e na apresentação de antígenos para ativar outras 
células do sistema imunológico. 
• Linfócitos: São células-chave do sistema 
imunológico e desempenham diferentes funções. 
Existem três principais tipos de linfócitos: linfócitos 
T, linfócitos B e células natural killer (NK). Os 
linfócitos T são responsáveis por coordenar e 
direcionar a resposta imunológica, enquanto os 
linfócitos B são responsáveis pela produção de 
anticorpos. As células NK são capazes de identificar 
e destruir células infectadas por vírus e células 
tumorais. 
Leucograma 
O leucograma é um exame que consiste na análise dos 
leucócitos presentes no sangue periférico coletado com 
anticoagulante. Ffornece informações importantes sobre os 
leucócitos, incluindo a contagem total de leucócitos, o 
diferencial leucocitário, a fórmula relativa e a fórmula 
absoluta. 
Leucocitose: Refere-se a um aumento na contagem total de 
leucócitos acima dos valores normais. Pode indicar uma 
resposta do organismo a várias condições, como infecções 
bacterianas, inflamação, trauma, estresse, reações alérgicas, 
doenças hematológicas, entre outras. O tipo específico de 
leucócitos aumentados no diferencial leucocitário pode 
ajudar a determinar a causa subjacente. 
Leucopenia: Refere-se a uma diminuição na contagem total 
de leucócitos abaixo dos valores normais. Pode ser causada 
por diferentes fatores, como infecções virais, doenças 
autoimunes, medicamentos, doenças hematológicas, entre 
outros. Assim como na leucocitose, o tipo específico de 
leucócitos diminuídos no diferencial leucocitário pode 
auxiliar na identificação. 
O leucograma também pode incluir a avaliação da 
morfologia leucocitária, que envolve a análise das 
características estruturais e morfológicas dos leucócitos. Isso 
pode ajudar a identificar possíveis anormalidades, como 
alterações na forma, tamanho ou cor dos leucócitos, que 
podem ser indicativas de doenças ou condições específicas. 
 
Leucócitos totais 
É a contagem total de leucócitos presentes no sangue, 
expressa em número por microlitro (µL) ou por mililitro (mL). 
Essa contagem pode variar em diferentes condições de 
saúde e é importante para avaliar a resposta imunológica do 
organismo. 
Contagem 
Essa contagem é geralmente realizada usando uma câmara 
de contagem, como a câmara de Newbauer. 
• O processo envolve a diluição de uma pequena 
amostra de sangue em uma solução hemolisante, 
como o líquido de Turck, em um tubo de ensaio, 
para que as hemácias não interfiram na contagem. 
• Após 5 minutos a mistura é colocada na câmara de 
Newbauer e observada ao microscópio (aumento 
100x -amarela). Os leucócitos são contados em 
quatro quadrantes diferentes da câmara e, em 
seguida, a contagem é multiplicada por um fator de 
correção, geralmente 52,5, para obter o número 
total de leucócitos por microlitro (µL) ou por 
mililitro (mL) de sangue. 
 
Diferencial leucocitário 
É a análise da proporção de cada tipo de leucócito em relação 
ao total de leucócitos presentes no sangue. O diferencial 
leucocitário fornece informações sobre a distribuição 
relativa dos diferentes tipos de leucócitos e pode ajudar na 
identificação de possíveis condições patológicas. Os 
principais tipos de leucócitos avaliados no diferencialsão: 
neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos, basófilos e 
bastonetes. 
Essa análise é feita por meio de uma extensão sanguínea 
corada (como a coloração de Wright ou a coloração de May-
Grünwald-Giemsa) em que os leucócitos são visualizados ao 
microscópio. Os diferentes tipos de leucócitos são 
identificados com base em suas características morfológicas 
distintas, como tamanho, forma do núcleo e coloração 
citoplasmática. 
• Aumento dos neutrófilos (neutrofilia) pode indicar 
infecções bacterianas agudas, inflamação ou 
estresse. 
 Kelly Maria da Silva Nunes Patologia clínica Veterinária I- Medicina Veterinária- UNISO- 7º Período 
• Aumento dos eosinófilos (eosinofilia) pode estar 
associado a alergias, infecções parasitárias ou 
doenças inflamatórias. 
• Aumento dos linfócitos (linfocitose) pode ocorrer 
em infecções virais, doenças imunológicas ou 
linfoproliferativas. 
• Aumento dos monócitos (monocitose) pode ser 
observado em infecções crônicas, doenças 
inflamatórias ou em certos tipos de câncer. 
• Aumento dos basófilos (basofilia) é menos comum 
e pode ocorrer em condições alérgicas graves ou 
doenças hematológicas específicas. 
Fórmula relativa 
Mostra a porcentagem de cada tipo de leucócito em relação 
ao total de leucócitos. Por exemplo, pode indicar que 60% 
são neutrófilos, 30% são linfócitos, 5% são monócitos, 4% 
são eosinófilos e 1% são basófilos. Essa informação é útil 
para avaliar possíveis desequilíbrios ou alterações na 
distribuição dos leucócitos. 
Fórmula absoluta 
 É calculada multiplicando-se a porcentagem de cada tipo de 
leucócito pela contagem total de leucócitos. Esse cálculo 
fornece a quantidade absoluta de cada tipo de leucócito no 
sangue, expressa em número por microlitro (µL) ou por 
mililitro (mL). A fórmula absoluta é importante para uma 
avaliação mais precisa e quantitativa da população de 
leucócitos. 
Contagem de leucócitos 
Diferencial → Esfregaço sanguíneo 
 
• Preparo: esfregaço (lâmina) + coloração (panótico) 
• Coloração panótico: 1) 15seg ... 2)15 seg ... 3) 30 seg 
• Deve-se homogeneizar bem o tubo com EDTA e 
pingar uma gota na lâmina. 
• Fazer esfregaço em movimento uniforme (corpo, 
monocamada, franja e bordas sup/inf) 
• Visualização: em microscópio (aumento de 1000x – 
óleo de imersão) 
• Contagem de 50 células no bordo superior + 
contagem de 50 células no bordo inferior 
 
Diferença entre locais na lâmina 
 
Como diferenciar cada leucócito 
Leucócito Núcleo Grânulos 
Citoplasmáticos 
Cor do 
Citoplasma 
Neutrófilos Multilobulado 
(2-5 lobos) 
Finos e pálidos Levemente 
rosado ou 
incolor 
Eosinófilos Bilobulado Intensamente 
corados 
(vermelho ou 
laranja) 
Azul claro 
Basófilos Segmentado 
em forma de 
S ou U 
Muito corados 
(geralmente 
escuros) 
Dificilmente 
visível 
Linfócitos Grande e 
redondo 
Pouco 
citoplasma, 
relação núcleo-
citoplasma alta 
Varia 
(geralmente 
escasso) 
Monócitos Grande, oval 
ou em forma 
de rim 
Abundante e 
cinzento-
azulado 
Varia 
 
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Neutrófilo adulto (segmentado) 
 
O neutrófilo adulto, também conhecido como neutrófilo 
segmentado, é um tipo de leucócito encontrado no sangue 
periférico. Aqui estão algumas características distintivas do 
neutrófilo adulto (segmentado): 
Núcleo: O núcleo do neutrófilo adulto é multilobulado, 
geralmente com 2 a 5 lobos conectados por finas pontes 
cromatínicas. Essa característica é responsável pelo termo 
"segmentado" usado para descrever esse tipo de neutrófilo. 
Grânulos Citoplasmáticos: Os neutrófilos adultos possuem 
grânulos citoplasmáticos finos e pálidos. Esses grânulos 
contêm enzimas e proteínas envolvidas na defesa do 
organismo contra infecções. 
Citoplasma: O citoplasma dos neutrófilos adultos pode 
variar em cor, geralmente aparecendo levemente rosado ou 
incolor. É importante ressaltar que a cor do citoplasma pode 
ser influenciada pela técnica de coloração utilizada. 
Tamanho: Os neutrófilos adultos têm um tamanho 
relativamente uniforme, geralmente medindo cerca de 10 a 
12 micrômetros de diâmetro. 
Os neutrófilos adultos são uma parte importante do sistema 
imunológico e desempenham um papel crucial na resposta 
do organismo a infecções bacterianas. Eles são capazes de 
migrar para os tecidos inflamados e fagocitar 
microrganismos invasores, ajudando a combater as 
infecções. 
Neutrófilo jovem (bastonete) 
O neutrófilo jovem, também conhecido como bastonete, é 
um estágio intermediário de maturação do neutrófilo 
encontrado no sangue periférico. Aqui estão algumas 
características distintivas do neutrófilo jovem (bastonete): 
Núcleo: O núcleo do neutrófilo jovem (bastonete) é em 
forma de bastonete ou em forma de ferradura. Geralmente, 
não possui os lobos característicos do neutrófilo adulto 
segmentado. Em vez disso, o núcleo é mais alongado e 
uniforme em sua aparência. 
Grânulos Citoplasmáticos: Assim como o neutrófilo adulto, 
o neutrófilo jovem (bastonete) possui grânulos 
citoplasmáticos finos e pálidos, que contêm enzimas e 
proteínas relacionadas à defesa imunológica. 
Citoplasma: O citoplasma do neutrófilo jovem (bastonete) é 
semelhante ao do neutrófilo adulto, com uma coloração 
levemente rosada ou incolor. 
Tamanho: Os neutrófilos jovens (bastonetes) são um pouco 
maiores que os neutrófilos segmentados, geralmente 
medindo cerca de 12 a 15 micrômetros de diâmetro. 
Os neutrófilos jovens (bastonetes) são liberados pela medula 
óssea em resposta a estímulos inflamatórios ou infecciosos. 
Eles são considerados uma forma imatura dos neutrófilos e 
são indicativos de uma resposta imune ativa. 
Desvio a esquerda 
É importante ressaltar que a presença de neutrófilos jovens 
(bastonetes) no sangue periférico, chamada de "desvio à 
esquerda", pode ser um indicativo de uma resposta 
inflamatória aguda ou infecção bacteriana. 
 
Neutrófilo velho (hipersegmentado) 
A descrição de neutrófilos hipersegmentados refere-se a 
uma alteração morfológica anormal nos neutrófilos 
segmentados que pode ser observada em certas condições 
médicas. 
Neutrófilos hipersegmentados são caracterizados por 
apresentarem um número anormalmente elevado de lobos 
no núcleo, geralmente mais do que cinco. Normalmente, os 
neutrófilos segmentados têm dois a cinco lobos. Essa 
alteração no número de lobos do núcleo é conhecida como 
hipersegmentação nuclear. 
A hipersegmentação dos neutrófilos pode ser observada em 
certas condições médicas, como deficiência de vitamina B12, 
deficiência de ácido fólico e algumas doenças hematológicas. 
Essas condições podem afetar a maturação dos neutrófilos 
na medula óssea, levando a uma produção anormal de 
neutrófilos com núcleos hipersegmentados. 
A presença de neutrófilos hipersegmentados pode indicar 
uma disfunção na maturação das células sanguíneas e é 
 Kelly Maria da Silva Nunes Patologia clínica Veterinária I- Medicina Veterinária- UNISO- 7º Período 
geralmente um achado associado a exames laboratoriais em 
conjunto com outros resultados clínicos. 
 
Neutrófilo 
Os neutrófilos, um tipo de leucócito, têm uma vida média 
que varia dependendo de sua localização no corpo. 
Circulação: Na corrente sanguínea, os neutrófilos têm uma 
vida média de cerca de 10 horas. Durante esse período, eles 
circulam pelo sistema circulatório, ajudando na resposta 
imune e na defesa contra infecções. 
Tecidos: Quando os neutrófilos são recrutados para os 
tecidos, sua vida média é estendida para aproximadamente 
24 a 48 horas. Essa maior duração permite que eles exerçam 
suas funções imunológicas nos locais de infecção ou 
inflamação. 
Produção e maturação 
Os neutrófilos são produzidos e amadurecem na medulaóssea. Eles são liberados na corrente sanguínea em resposta 
a estímulos inflamatórios ou infecciosos. Além disso, os 
neutrófilos são armazenados em diferentes reservatórios no 
organismo para atender às demandas teciduais. Esses 
reservatórios incluem: 
• Reservatório de estoque na medula óssea: A 
medula óssea serve como um reservatório de 
neutrófilos, onde eles são produzidos e mantidos 
prontos para serem liberados na circulação quando 
necessário. 
• Reservatório circulante: Parte dos neutrófilos 
circula no sangue, prontos para responder a 
infecções ou inflamações. Esses neutrófilos estão 
disponíveis para serem recrutados rapidamente 
para os tecidos quando necessário. 
• Reservatório marginal: Nos tecidos periféricos, 
como baço e pulmões, alguns neutrófilos podem se 
aderir transitoriamente à parede de capilares e 
pequenos vasos sanguíneos. Isso permite que eles 
fiquem em espera nessas áreas, prontos para 
migrar para os tecidos quando ocorrer um estímulo, 
sendo ele patológico, estresse, exercícios, traumas 
e infecções. 
 
 
Esses reservatórios de neutrófilos ajudam a garantir que o 
corpo tenha uma reserva adequada dessas células 
imunológicas para responder a situações de infecção ou 
inflamação. A mobilização e o recrutamento dos neutrófilos 
para os tecidos são regulados por sinais químicos liberados 
durante a resposta imune. 
Funções 
Os neutrófilos desempenham várias funções importantes no 
sistema imunológico. 
Essas funções dos neutrófilos são essenciais para a resposta 
imunológica inicial contra infecções bacterianas e 
inflamações agudas. Eles desempenham um papel 
importante na defesa do organismo contra agentes 
patogênicos invasores e na manutenção da homeostase 
imunológica. 
Quimiotaxia 
Os neutrófilos são capazes de detectar e seguir gradientes 
químicos de substâncias liberadas por bactérias ou células 
danificadas. Esse processo de migração direcionada é 
conhecido como quimiotaxia e permite que os neutrófilos se 
movam em direção a áreas de infecção ou inflamação. 
Atividade bactericida 
Os neutrófilos possuem uma atividade bactericida potente. 
Eles são capazes de englobar (fagocitose) e destruir bactérias 
por meio da liberação de substâncias antimicrobianas, como 
enzimas e espécies reativas de oxigênio. Essas substâncias 
ajudam a matar as bactérias e limitar a disseminação da 
infecção. 
Atividade antifúngica, antiviral e antiprotozoária 
Embora a atividade bactericida dos neutrófilos seja bem 
estabelecida, sua eficácia contra fungos, vírus e protozoários 
é relativamente menor. No entanto, os neutrófilos ainda 
podem contribuir para a resposta imunológica geral contra 
esses agentes patogênicos, seja através da fagocitose ou da 
liberação de substâncias antimicrobianas. 
Regulação da granulopoese e resposta inflamatória aguda 
 Os neutrófilos também desempenham um papel na 
regulação da produção de outros leucócitos granulocíticos 
na medula óssea, como eosinófilos e basófilos. Além disso, 
eles amplificam a resposta inflamatória aguda, recrutando 
outros tipos de células imunes e liberando mediadores 
inflamatórios. 
 Kelly Maria da Silva Nunes Patologia clínica Veterinária I- Medicina Veterinária- UNISO- 7º Período 
Fagocitose e degranulação 
A fagocitose é um processo pelo qual os neutrófilos 
englobam partículas estranhas, como bactérias ou detritos 
celulares, para destruí-las. Além disso, os neutrófilos podem 
liberar os conteúdos de seus grânulos citoplasmáticos em um 
processo chamado degranulação. Isso inclui a liberação de 
enzimas, como a mieloperoxidase e a elastase, que ajudam 
na destruição de patógenos. 
Identificação dos neutrófilos 
A identificação dos neutrófilos pode ser feita com base em 
suas características morfológicas e características de 
coloração. 
• Tamanho médio: Os neutrófilos têm um tamanho 
médio de 12 a 15 µm, o que é cerca de 1,5 vezes 
maior do que o tamanho de uma hemácia (glóbulo 
vermelho). Essa diferença de tamanho é uma das 
maneiras de distingui-los das hemácias durante a 
análise microscópica. 
• Razão núcleo/citoplasma: Os neutrófilos têm uma 
razão núcleo/citoplasma relativamente pequena. 
Isso significa que o núcleo ocupa uma proporção 
significativa do volume da célula em comparação 
com o citoplasma ao seu redor. 
• Núcleo segmentado: O núcleo dos neutrófilos é 
segmentado em 2 a 5 lóbulos. Essa característica dá 
a aparência de "bastonetes" ou "segmentos" 
conectados. A cromatina dentro do núcleo é 
condensada e pode ter uma coloração púrpura 
quando corada. 
• Citoplasma rosado (ligeiramente acidófilo): O 
citoplasma dos neutrófilos tem uma coloração 
rosada quando corado. É ligeiramente acidófilo, o 
que significa que tem afinidade por corantes ácidos. 
Isso pode ser observado ao microscópio como uma 
coloração mais clara em comparação com o núcleo. 
• Granulações abundantes, finas e de coloração 
rósea: Os neutrófilos apresentam granulações 
abundantes no citoplasma. Essas granulações são 
finas e têm uma coloração rósea quando coradas. 
As granulações contêm enzimas e substâncias 
antimicrobianas, que desempenham um papel 
importante na função bactericida dos neutrófilos. 
Essas características ajudam a identificar os neutrófilos 
durante a análise microscópica em um esfregaço sanguíneo 
ou em um leucograma. A combinação do tamanho, forma do 
núcleo, cor do núcleo e citoplasma, e presença de 
granulações permite a identificação adequada dos 
neutrófilos no sangue periférico. 
Cinética dos neutrófilos 
A cinética dos neutrófilos pode ser alterada em condições de 
estresse e em processos reacionais, como infecções ou 
inflamações. Nesses casos, algumas alterações podem 
ocorrer na produção e liberação dos neutrófilos. 
Tempo de maturação diminuído 
 Sob condições de estresse, o tempo necessário para que os 
neutrófilos atinjam a maturação completa pode ser 
reduzido. Isso ocorre devido à demanda aumentada por 
neutrófilos funcionais no local da infecção ou inflamação. A 
medula óssea acelera o processo de maturação, resultando 
na liberação mais rápida de neutrófilos imaturos 
(bastonetes) para o sangue periférico. 
Número de divisões abolidas 
 Durante a maturação normal dos neutrófilos, eles passam 
por várias divisões celulares para alcançar o estágio maduro. 
No entanto, em condições de estresse, esse processo de 
divisão celular pode ser abolido. Isso significa que os 
neutrófilos podem ser liberados no sangue periférico sem 
terem passado por todas as divisões celulares normais, 
resultando em uma população de neutrófilos imaturos 
(bastonetes) aumentada. 
Liberação precoce no sangue periférico 
Em resposta a uma infecção ou inflamação, a medula óssea 
pode liberar precocemente neutrófilos imaturos 
(bastonetes) no sangue periférico. Isso ocorre para fornecer 
rapidamente uma maior quantidade de neutrófilos no local 
da infecção, onde eles são necessários para combater os 
patógenos invasores. 
Essas alterações na cinética dos neutrófilos são uma 
adaptação do organismo para aumentar a resposta 
imunológica contra infecções e inflamações. A liberação mais 
rápida e abundante de neutrófilos, mesmo em estágios 
imaturos, permite um aumento na capacidade de combate 
aos patógenos e na resolução do processo inflamatório. No 
entanto, é importante observar que, em alguns casos, a 
presença de um número aumentado de neutrófilos imaturos 
no sangue periférico pode ser um indicador de um distúrbio 
ou disfunção da medula óssea. 
Maturação dos neutrófilos 
A maturação dos neutrófilos é um processo pelo qual as 
células precursoras dos neutrófilos passam até se tornarem 
células maduras e funcionais. Durante esse processo, as 
células precursoras passam por várias etapas de 
diferenciação, incluindo a formação de bastonetes, 
metamielócitos e mielócitos, antes de se tornarem 
neutrófilos maduros.• Presença de 0 a 2% de bastonetes na circulação 
periférica: É considerado normal encontrar até 2% 
de bastonetes (neutrófilos jovens) na circulação 
periférica. Esses neutrófilos ainda estão em 
processo de maturação, mas sua presença em 
baixas quantidades é considerada dentro dos 
limites normais. 
• Acima de 2% de bastonetes na circulação 
periférica: Quando a porcentagem de bastonetes 
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na circulação periférica ultrapassa 2%, isso é 
considerado anormal. Isso pode indicar uma 
resposta acentuada à infecção ou inflamação, ou 
uma alteração na produção ou liberação de 
neutrófilos pela medula óssea. 
• Presença de células mais jovens que bastonetes na 
circulação periférica: A presença de células 
precursoras dos neutrófilos, como metamielócitos e 
mielócitos, na circulação periférica, é considerada 
anormal. Essas células são mais imaturas do que os 
bastonetes e indicam uma liberação precoce ou 
anormal de células precursoras da medula óssea. 
A avaliação da proporção de células imaturas (bastonetes, 
metamielócitos, mielócitos) na circulação periférica é 
realizada por meio do exame do esfregaço sanguíneo e da 
contagem diferencial de leucócitos. Essa análise permite 
avaliar a maturação dos neutrófilos e identificar possíveis 
anormalidades na produção e liberação dessas células. É 
importante observar que a interpretação dos resultados 
deve levar em consideração o contexto clínico do paciente, 
uma vez que outras condições, como infecções, inflamações 
ou distúrbios da medula óssea, podem afetar a maturação 
dos neutrófilos. 
 
Quantidade alta de neutrófilos 
imaturos na circulação 
Desvio a esquerda 
Quantidade alta de neutrófilos 
velhos (hipersegmentados) na 
circulação 
Desvio a direita 
Como chegar ao número absoluto 
Para chegar ao número absoluto de neutrófilos (ou de 
qualquer outra célula) a partir da contagem percentual no 
esfregaço e do número total de leucócitos, você pode seguir 
os seguintes passos: 
1. Conte o percentual de neutrófilos no esfregaço 
sanguíneo. No exemplo dado, o percentual é de 
86%. 
2. Obtenha o número total de leucócitos no sangue. 
No exemplo dado, o número total de leucócitos é de 
21.750. 
3. Calcule o número absoluto de neutrófilos 
multiplicando o percentual de neutrófilos pelo 
número total de leucócitos. Utilizando o exemplo 
dado: 86% x 21.750 = 18.700. 
O resultado obtido, nesse caso, é o número absoluto de 
neutrófilos, que é de 18.700. Esse valor pode ser comparado 
com os valores de referência (V.R) estabelecidos para 
determinar se está dentro da faixa considerada normal. 
Eosinófilo 
O eosinófilo é um tipo de leucócito granulócito que 
desempenha funções importantes no sistema imunológico. 
 
Vida média 
• Na circulação: A vida média dos eosinófilos na 
corrente sanguínea é de aproximadamente 1 dia. 
• Nos tecidos: Uma vez que os eosinófilos são 
recrutados para os tecidos, sua vida média aumenta 
para cerca de 6 dias. Eles desempenham funções 
importantes nos tecidos onde são necessários. 
Reservatório de estoque na medula óssea 
A medula óssea é o local de produção e maturação dos 
eosinófilos. Ela serve como um reservatório de estoque para 
essas células. 
Produção e maturação 
A produção e maturação dos eosinófilos ocorrem na medula 
óssea ao longo de um período de aproximadamente 6 dias. 
Durante esse processo, as células precursoras dos eosinófilos 
passam por diferentes estágios de desenvolvimento antes de 
se tornarem eosinófilos maduros. 
Funções principais 
Realizar a exocitose de grânulos tóxicos em resposta a certos 
estímulos. Esses grânulos contêm substâncias, como 
enzimas e proteínas, que são tóxicas para patógenos, como 
parasitas multicelulares. Os eosinófilos desempenham um 
papel importante na resposta imunológica contra infecções 
parasitárias. 
Além disso, os eosinófilos também estão envolvidos em 
processos inflamatórios e alérgicos. Eles podem ser 
recrutados para os locais de inflamação ou reações alérgicas, 
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onde liberam mediadores químicos que ajudam a modular a 
resposta imunológica local. 
Antigamente X Pesquisas recentes 
Além das funções tradicionalmente associadas aos 
eosinófilos, como a resposta a parasitas e a participação em 
processos alérgicos, pesquisas recentes têm revelado outras 
áreas em que essas células desempenham papéis 
importantes. 
• Processos reprodutivos fisiológicos e patológicos: 
Estudos têm demonstrado a presença de 
eosinófilos em vários estágios dos processos 
reprodutivos, como a ovulação, implantação do 
embrião e cicatrização pós-parto. Eles também 
podem estar envolvidos em patologias 
reprodutivas, como endometriose e pré-eclâmpsia. 
• Ação no trato gastrointestinal e na pele: Eosinófilos 
desempenham um papel importante no trato 
gastrointestinal, estando envolvidos em condições 
como a doença inflamatória intestinal, esofagite 
eosinofílica e gastrite eosinofílica. Além disso, eles 
também têm sido associados a doenças de pele, 
como dermatite atópica e urticária. 
• Resposta a outras infecções: Embora os eosinófilos 
sejam tradicionalmente conhecidos por sua 
resposta a infecções parasitárias, estudos recentes 
sugerem que eles também podem desempenhar 
um papel na resposta imunológica a infecções 
virais, fúngicas e bacterianas. A presença de 
eosinófilos tem sido observada em várias doenças 
infecciosas, incluindo infecções respiratórias, 
infecções por HIV e infecções fúngicas invasivas. 
Eosinofilia Eosinopenia 
Parasitismo, 
hipersensibilidade, lesões 
teciduais, mastocitoma, 
estro, gestação, parto 
Estresse agudo e crônico 
Tratamento com 
coricosteróides 
 
Identificação de eosinófilos 
• Tamanho médio: um pouco maior que os neutrófilos. 
• Razão núcleo/citoplasma: pequena. 
• Núcleo: caracterizados por núcleos lobulares (2 ou 3). 
• Citoplasma: apresenta grandes grânulos 
citoplasmáticos que se coram em rosa (acidófilos). 
Diferença morfológica em Greyhounds 
Em Greyhounds, os eosinófilos podem 
apresentar diferenças morfológicas em 
comparação com outras raças. É 
observado que os eosinófilos dos 
Greyhounds podem conter mais 
vacúolos no citoplasma e os grânulos 
citoplasmáticos podem ter uma 
coloração acinzentada. 
 
Eosinófilo de cavalos 
Os eosinófilos de cavalos também apresentam 
características morfológicas específicas. 
• Tamanho: Os eosinófilos em cavalos são um pouco 
maiores do que os neutrófilos. 
• Núcleo: Geralmente possuem um núcleo 
bilobulado ou trilobulado. 
• Citoplasma: Apresentam grânulos citoplasmáticos 
de cor rosa ou laranja intensa, que se coram bem 
com corantes ácidos. 
• Vacúolos: Assim como em outras espécies, os 
eosinófilos de cavalos podem conter vacúolos no 
citoplasma. 
 
Basófilo 
Os basófilos são um tipo de 
leucócito que desempenham 
funções importantes no sistema 
imunológico. 
 
Vida média 
 Os basófilos têm uma vida média curta na circulação, 
durando apenas algumas horas. No entanto, nos tecidos, sua 
vida média pode se estender por várias semanas. 
Número na circulação periférica 
 Os basófilos estão presentes em um pequeno número na 
circulação periférica, sendo menos comuns do que outros 
tipos de leucócitos. 
Funções dos grânulos 
 Os basófilos possuem grânulos citoplasmáticos que contêm 
histamina. A liberação de histamina pelos basófilos está 
associada a reações de hipersensibilidade imediata, 
desencadeando respostas alérgicas. 
 
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Produção de citocinas 
 Os basófilos também são capazesde sintetizar e liberar 
várias citocinas, que desempenham um papel na iniciação e 
modulação da resposta inflamatória. 
Grânulos com heparina 
 Além da histamina, os grânulos dos basófilos contêm 
heparina, uma substância com propriedades 
anticoagulantes. A heparina liberada pelos basófilos ajuda a 
regular o processo inflamatório. 
Basofilia Basopenia 
Junto com os eosinófilos na 
maioria dos processos. 
Na Dirofilariose pode ser um 
diferencial 
Sem significado clínico 
 
Identificação dos basófilos 
• Tamanho médio: são os maiores granulócitos em 
tamanho. 
• Razão núcleo/citoplasma: média 
• Núcleo: O núcleo dos basófilos é geralmente 
lobulado, com dois ou três lobos, mas também 
pode ser irregular em forma. 
• Citoplasma: O citoplasma dos basófilos é 
abundante e geralmente apresenta uma coloração 
azulada pálida. Possuem grânulos citoplasmáticos 
que se coram em uma tonalidade roxa ou azul-
escura, devido à presença de substâncias como 
histamina e heparina. 
Monócitos 
• Vida média: A vida média dos 
monócitos na circulação é de 8 horas 
• Tecidos (macrófagos): Após 
saírem da corrente sanguínea, os 
monócitos se diferenciam em 
macrófagos e podem permanecer 
nos tecidos por um período que 
varia de semanas a meses. 
• Reservatório: Os monócitos são produzidos na 
medula óssea a partir das células progenitoras e são 
liberados na circulação sanguínea. Não há um 
reservatório específico de estoque de monócitos 
na medula óssea. 
• Reservatório marginal vs. circulante: Os monócitos 
circulantes representam a maior parte dos 
monócitos na corrente sanguínea, enquanto os 
monócitos nos tecidos são encontrados 
principalmente em reservatórios marginais, como o 
baço. A relação entre os monócitos circulantes e os 
macrófagos nos tecidos é estimada em cerca de 3,5 
para 1. 
 
 
Monócitos normais 
Funções 
• Fagocitose: têm a capacidade de englobar e 
destruir patógenos, células mortas e detritos 
celulares por meio da fagocitose. Eles são parte da 
segunda linha de defesa fagocítica do organismo. 
• Transformação em macrófagos: podem se 
diferenciar em macrófagos ao migrarem para os 
tecidos. Esses macrófagos teciduais desempenham 
um papel importante na fagocitose e na resposta 
imunológica local. 
• Regulação da resposta inflamatória: participam da 
regulação da resposta inflamatória, ajudando a 
modular a ativação de outras células do sistema 
imunológico e a produção de mediadores 
inflamatórios. 
• Início da resposta imune: desempenham um papel 
essencial no processamento e apresentação de 
antígenos. Eles podem capturar antígenos, 
processá-los e apresentá-los às células do sistema 
imunológico, iniciando assim a resposta imune 
adaptativa. 
• Remoção de debris e restos celulares: estão 
envolvidos na remoção de debris celulares e restos 
celulares resultantes de processos inflamatórios ou 
infecciosos. Eles contribuem para a limpeza e 
regeneração dos tecidos. 
• Secreção de enzimas lisossômicas: Os monócitos e 
macrófagos secretam enzimas lisossômicas que 
ajudam a degradar e digerir os materiais 
fagocitados, facilitando a eliminação dos patógenos 
e detritos celulares. 
Essas funções dos monócitos são essenciais para a resposta 
imunológica do organismo e para a manutenção da 
homeostase e saúde geral. 
Identificação 
• Os monócitos são as maiores células sanguíneas, 
com um tamanho que varia de 15 a 50μm. 
• Eles possuem uma razão núcleo/citoplasma média, 
o que significa que o núcleo ocupa uma parte 
significativa da célula em relação ao citoplasma. 
 
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• O núcleo dos monócitos tem diferentes formas, mas 
sempre apresenta invaginações ou indentações. 
Isso resulta em um aspecto irregular ou em forma 
de rim quando observado microscopicamente. 
 
• O citoplasma dos monócitos é de tamanho variável 
e geralmente se encontra espalhado pela célula. Ele 
contém vacúolos de tamanhos diferentes, 
conferindo ao citoplasma uma aparência granular e 
com coloração acinzentada ou azulada. Esses 
vacúolos podem ser observados em diferentes 
regiões do citoplasma. 
Essas características morfológicas dos monócitos são 
importantes para sua função na fagocitose, apresentação de 
antígenos e resposta imunológica. 
Linfócitos 
Como células-chave da resposta imunológica adaptativa, 
eles são responsáveis por reconhecer antígenos estranhos, 
iniciar respostas imunológicas específicas e fornecer 
imunidade duradoura. 
• A recirculação dos linfócitos ocorre em uma taxa 
relativamente constante no organismo. Os 
linfócitos são células-chave do sistema imunológico 
e são constantemente transportados do sangue 
para os tecidos linfoides, como os linfonodos, e 
depois retornam à corrente sanguínea por meio da 
linfa. 
 
Essa recirculação contínua dos linfócitos permite que eles 
patrulhem o corpo em busca de antígenos e participem 
ativamente das respostas imunológicas. Em um animal 
saudável, o nível de linfócitos no sangue geralmente se 
mantém constante. 
A vida média dos linfócitos varia de dias a anos, 
dependendo do subtipo de linfócito. Alguns linfócitos podem 
ter uma vida curta, enquanto outros podem persistir por 
longos períodos, proporcionando imunidade duradoura. 
 
 
Linfopoiese 
A produção de linfócitos, conhecida como linfopoiese, é 
estimulada pela exposição a antígenos. Quando os linfócitos 
são expostos a antígenos específicos, eles são ativados e 
passam por uma proliferação clonal, resultando em um 
aumento da produção de linfócitos específicos para 
combater a infecção ou estimular uma resposta imunológica 
adequada. 
A produção de linfócitos pode ser deprimida em certas 
condições, como o uso de corticosteroides, hormônios 
sexuais e desnutrição. Esses fatores podem afetar 
negativamente a resposta imunológica e levar a uma 
diminuição na produção de linfócitos. 
 
Identificação 
• Tamanho: pequeno, mas pode variar (até o 
tamanho do neutrófilo) 
• Razão Núcleo/Citoplasma: alta 
• Núcleo: cromatina muito densa, circular e 
excêntrico. 
• Citoplasma: pouco abundante, redondo, azul a 
transparente. 
Linfocitose Linfopenia 
• No estresse 
agudo em 
FELINOS. 
• Leucemias, 
linfoma 
• No estresse em caninos, equinos, 
bovinos, ovinos, caprinos, suínos, etc. 
• Enteropatias (ex: cólicas equinos) 
• Alguns processos virais (ex: cinomose) 
Sepse, alguns quimioterápicos

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