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Curso: Enfermagem – Duque de Caxias e Barra da Tijuca (Manhã) Valor da avaliação: 8,0 pontos Disciplina: Cuidados de Enfermagem à Saúde do Adulto e do Idoso IV – Turma EEF 219 (x) AV1 ( ) Teste AV1 ( ) AV2( ) Teste AV2 ( ) AVS ( ) 2ª Chamada AVS Professor (a): Data: 06/10/2021 Times de Aprendizagem: OBS: A prova deverá ser postada no Fórum por um membro do time 1- Um cliente com abdômen agudo recebeu um diagnóstico de enfermagem de Perfusão Tissular prejudicada relacionada a agentes lesivos caracterizado por hipohidratação, hipotensão, peristalse débil. Justifique com 5 cuidados de enfermagem baseados neste diagnóstico: (1,0) - Administrar e repor líquidos , coloides e eletrólitos. (Para repor os eletrolíticos perdidos durante a hipohidratação.) - Administrar analgésicos e deixar o paciente em uma posição confortável. (Administração de medicamentos para amenizar dor abdominal aguda e uma posição confortável para diminuir tensão nos órgãos abdominais.) - Controle do débito urinário. (Devido a hipotensão, fazer um controle de débito urinário para mensurar a quantidade de urinada eliminada pelos rins.) - Monitorar o abdome quanto a indicação de perfusão prejudicada. (Em caso de dor abdominal, peristalse débil, abdome distendido.) - Monitorar os valores de exames laboratoriais adequados. (Para monitorar enzimas cardíacas, níveis de eletrólitos.) 2- A obstrução intestinal é uma complicação que pode acompanhar as cirurgias abdominais. A rotina para abdômen agudo é essencial para a qualidade no atendimento. Descreva as características fisiopatológicas deste agravo de saúde correlacionando com os seus sinais e sintomas citando as principais intervenções de enfermagem pós operatórias: (1,0) A fisiopatologia da obstrução intestinal é a obstrução da alça intestinal que leva ao acúmulo de fluidos e gases proximal ao ponto de obstrução e ao aumento da pressão intraluminal fazendo a compressão dos vasos na parede intestinal levando a isquemia, edema de alças, infarto e necrose e finalmente a perfuração. Os sinais e sintomas desse agravo são: distensão abdominal, parada de eliminação de gases e fezes, dor abdominal, náuseas e vômitos, depleção do volume intravascular e distúrbios eletrolíticos. As principais intervenções de enfermagem pós cirúrgicas desse agravo são: respeitar o paciente, educar e orientar o paciente a cuidar da ostomia, avaliar e monitorizar sinais vitais, nível de consciência, coloração e temperatura da pele e extremidades, eliminação vesical e intestinal, drenagens, perfusões, etc. e efetuar registros; Promover medidas de higiene e conforto, utilizar placa protetora desde o primeiro curativo, a fim de prevenir lesões do epitélio periestoma, esvaziar a bolsa sempre que necessário, de acordo com a drenagem, ao realizar a troca da bolsa, verificar sinais de necrose, dermatite, edema, infecção hemorragia, retração ou colapso do estoma, realizar troca das bolsas simples a cada 24 horas ou sempre que necessário, realizar a troca da bolsa com a placa protetora apenas quando perder a aderência ou houver extravasamento de secreções. 3- Paciente em Pós-operatório imediato de Colecistectomia causada por inflamação na vesícula biliar recebeu da enfermeira do plantão um diagnóstico de enfermagem: Déficit de Volume de Liquídos relacionado à agentes lesivos caracterizado por peristalse débil. Descreva 5 intervenções de enfermagem para o cliente: (1,0) Por conta desse déficit de volume de líquidos sofrido deverá ser feita: - Reposição volêmica com água e sódio; - Realizar terapia endovenosa; - Avaliar balanço hídrico; - Monitorar peso e sinais vitais; - Monitorar nível de consciência. 4- Cliente deu entrada na emergência queixando-se de fortes dores abdominais. Ao exame físico Sinal de Rovsing e Obturador são positivos. Descreva os sinais e elabore 3 diagnósticos de enfermagem para um paciente em abdômen agudo: (1,0) •Sinal do Obturador: O sinal do obturador é um sinal indicador de irritação do músculo obturador interno. É realizado com o paciente em decúbito dorsal, o examinador flexiona a coxa direita do paciente com o joelho fletido e faz uma rotação. Pode ser indicativo de apendicite. • O sinal de Rovsing é um sinal de apendicite. Se a palpação do quadrante inferior esquerdo do abdômen do paciente resultar em dor no quadrante inferior direito, diz-se que o paciente é positivo para o sinal de Rovsing. Essa palpação é realizada procurando-se "ordenhar" o intestino grosso, a partir do sigmóide, indo em direção ao cólon descendente, transverso e finalmente ascendente, onde o acúmulo de gases e/ou fezes gera a dor pois é aí que se encontra o apêndice. - Dor aguda caracterizada por expressão facial de dor, autorrelato da intensidade usando escala padronizada da dor relacionado a agentes físicos lesivo. - Constipação caracterizada por anorexia, dor abdominal, ruídos intestinais hipoativos relacionada a motilidade gastrointestinal diminuída. - Conforto prejudicado caracterizado por desconforto com a situação relacionado ao controle situacional insuficiente. - Náusea caracterizada por ânsia de vômito relacionado a distensão gástrica. - Privação de sono caracterizado por mal-estar, sensibilidade aumentada a dor relacionado a desconforto físico prolongado. 5- Descreva as hipóteses fisiopatológicas em um caso de um cliente com pancreatite alcóolica que apresenta icterícia, hipodratação, debilidade física, peristalse diminuída, abdômen ascítico, colúria e esteatorreia: (1,0) Não existe realmente o mecanismo patogênico da pancreatite, acredita-se em hipótese. O processo inflamatório inicia pela lesão das células acinares, pela liberação de enzimas pancreáticas ativas para o interstício. A lípase age no tecido adiposo pancreático causando necrose. As hipóteses fisiopatológicas do cliente descrito acima, são: autodigestão do pâncreas por suas próprias enzimas proteolíticas, como a tripsina; Doença do trato biliar ou história de abuso de álcool em longo prazo. O álcool aumenta a propensão a formação de plugues proteicos dentro dos ductos pancreáticos, alterando o nível de proteínas litogênicas e aumentando a viscosidade das secreções pancreáticas, causando obstrução e, por fim, atrofia acinar. 6- Disserte sobre a cirurgia de Laparotomia Exploradora em casos de abdômen agudo e suas complicações apontando a importância do preparo pré-operatório para esta intervenção cirúrgica com ênfase na assistência de Enfermagem: (1,0) Diante da variedade etiológica da d zor abdominal e do abdômen agudo, muitas vezes os exames laboratoriais e de imagens não conseguem revelar o motivo daquela dor e com isso se recorre a Laparotomia exploradora que consiste em uma cirurgia invasiva com o intuito de investigar e definir diagnósticos podendo ser terapêutica também quando se identifica o problem. A laparotomia é feita em um centro cirúrgico com o paciente sob efeito de anestesia geral, é feito um corte do abdômen que varia conforme a necessidade podendo se realizado sobre todo abdômen. Como se trata de um procedimento invasivo em que é necessário anestesia geral pode gerar problema relacionados a coagulação, aumento do risco de hemorragias e infecções, formação de hernias e dano a algum órgão localizado na região abdominal. Essas complicações são raras podendo ser mais frequentes em laparotomia exploradora de emergência. Diante disso a enfermagem no pré-operatório fica responsável pela elaboração do histórico de enfermagem do paciente, coletar e organizar os dados, além de um monitorização rigorosa, controle do débito urinário, administração de analgésicos para melhoras dos sintomas, colocar o paciente em posição confortável, além de realizar toda preparação do paciente para a cirurgia como jejum, tricotomia, esvaziamento vesical. 7- Elabore um caso clínico hipotético de um paciente que foi submetido a Gastroplastia descrevendo a técnica utilizada, as alterações digestórias, possíveis complicações mais comuns pós-operatórias com aplicação do SEAP (Sistematização da Assistênciade Enfermagem Perioperatória) em todas as suas etapas (mínimo 4 Diagnósticos de Enfermagem e seus respectivos Planos de Cuidados): (2,0) L.S.V, 35 anos, gênero feminino, possui um namorado, professora e moradora do Rio de Janeiro. Paciente relata que começou a ganhar peso durante a adolescência e que fez reeducação alimentar acompanhada por uma nutricionista e também praticou alguns exercícios físicos, mas não conseguiu reduzir seu peso. Paciente nega tabagismo, faz uso de álcool. Utiliza contraceptivo oral, losartana e hidroclorotiazida para hipertensão e cloridrato de metformina para pré-diabetes. Seu peso antes da gastroplastia era de 132kg e sua altura 1.67m com o IMC de 47 kg/m². A paciente conseguiu indicação para realizar a gastroplastia e após a mesma, está se sentindo fraca, com náuseas, não estava conseguindo se movimentar muito, apresentava desconforto, dor estava com sintomas de ansiedade. A técnica utilizada foi a vertical restritiva de Mason a técnica utilizada consiste em “grampear” o estômago de forma que crie um tubo com uma capacidade pequena, fazendo com que pequenas porções gerem saciedade proporcionando perda de peso. As alterações digestórias são que a ingestão de nutrientes passa a ser menor e a absorção dos mesmos também é modificada, seja por desvio da passagem dos alimentos por uma área de absorção do intestino e/ou menor secreção de enzimas e sucos digestivos que auxiliam na sua absorção. Os 5 distúrbios nutricionais vão desde carências vitamínico-minerais (ferro, zinco, tiamina, niacina, ácido fólico, cobalamina, vitaminas A e D) até manifestações de desnutrição energético proteica, tendo como possíveis causas a ingestão nutricional deficiente, má absorção decorrente da técnica cirúrgica, assim como a pobre aderência ao tratamento e reposição de polivitamínicos. As possíveis complicações pós-operatórias são: deiscência da anastomose ou da linha de grampeamento, incorreta reconstrução da alça de Roux, síndrome de dumping, hemorragia gastrointestinal, náuseas e vômitos persistentes, colecistite calculosa, estenose da anastomose gastrojejunal e hérnia incisional. A SAEP é compreendida em 5 etapas, a primeira dela é a visita pré-operatória que nesse caso é muito importante pois é o começo do preparo para a cirurgia e o paciente pode diminuir o medo e a ansiedade podendo neste momento sanar todas as suas dúvidas, entender como será feito o procedimento e de acordo com o seu quadro pensar em possibilidades positivas sobre a sua recuperação, explicar também como será o pós-operatório promovendo traquilidade e segurança até o final do procedimento. A segunda etapa é o planejamento da assistência perioperatória que são ações de enfermagem nessa etapa o enfermeiro procura desenvolver estratégias para que o paciente ter uma melhor qualidade de vida antes e após a realização do procedimento e criando também intervenções para todas as dificuldades que o mesmo apresentar. A terceira etapa é a implementação da assistência é pôr em prática tudo o que foi proposto no planejamento da assistência já podendo aplicar a quarta etapa que é a avaliação da assistência para ver se todas as ações obtiveram os resultados esperados após a cirurgia. A quinta etapa é a reformulação da assistência a ser planejada e nesta etapa e criada novas propostas a partir dos resultados obtidos da implementação das ações e também sobre ocorrência de situações inesperadas e eventos adversos. Os diagnósticos de enfermagem para esse caso são 1. Déficit no autocuidado para higiene íntima relacionado à fraqueza e ao estado de mobilidade prejudicada, evidenciado por incapacidade de sentar e fazer grandes movimentos. As intervenções para os pacientes com Déficit de autocuidado são proporcionar a maior privacidade possível ao paciente, apoiar, se necessário realizar por ele, a higiene e permitir que seja capaz de fazer sozinho, estimulando sua autonomia. 2. Conforto Prejudicado relacionado a falta percebida de sensação de conforto evidenciado por falta de privacidade, falta de controle da situação, incapacidade de relaxar e padrão de sono perturbado e náusea. Promover conforto físico e psicológico, deixar o ambiente confortável para o paciente, monitorar náuseas e vômitos. 3. Padrão respiratório ineficaz, caracterizado pelo uso da musculatura acessória para respirar, relacionado a ansiedade, pela obesidade e por ter passado por uma grande cirurgia recente. Os cuidados intensivos a serem prestados nestas complicações são a fisioterapia pulmonar por pressão positiva que tem a função de restaurar a capacidade funcional residual, aumentando a oxigenação. Além da fisioterapia pulmonar, a posição de Fowler 45% ajuda a melhorar a respiração, pois mantém nessa posição; ocorre o aumento da PAO2, VC e redução da frequência respiratória. 4. Mobilidade no leito prejudicada, caracterizada pela capacidade prejudicada para virar-se de um lado para outro, relacionado a obesidade e pela cirurgia. Deve-se monitorizar sinais vitais nas primeiras 4h, se estiver estável verificar de 4/4h ou conforme a rotina, observar temperatura, frequência respiratória, frequência cardíaca e pressão arterial, tem como objetivo identificar as condições de saúde do paciente. EEF 219 Página 1
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