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Erika Fernanda Prados erika.prados@ufabc.edu.br Análise Microestrutural Microscopia Óptica • A microscopia óptica é uma técnica importante na análise de diferentes tipos de materiais. • A correta seleção do modo de utilização do microscópio é fundamental para uma boa análise: Diafragmas Espelho Tubo lentes Objetiva Amostra MO Luz transmitida MO Luz refletida (Metalúrgico) https://www.doitpoms.ac.uk/tlplib/optical-microscopy/rmicroscope.php • A resolução do microscópio óptico é da ordem de 250 nm com uma profundidade de campo similar ; • Limitação do uso do MO: ➢Comprimento de onda no espectro eletromagnético (região visível 0,4 a 0,7m); ➢ Intensidade mínima necessária para reconhecer a imagem; ➢Separação espacial mínima que pode ser resolvida a olho nu. Resolução • Medida da habilidade da lente objetiva de separar na imagem dois pontos presentes na amostra. • O poder de resolução de um Sistema óptico é limitado pela difração resultante da abertura. • Para haver resolução, tanto o feixe difratado quando o feixe incidente devem ser coletados pela objetiva. Fonte: https://www.doitpoms.ac.uk/tlplib/optical-microscopy/resolution.php • Considere uma grade com espaçamento d, Iluminada por uma fonte com comprimento de onda e um ângulo de incidência i: 𝑑 𝑠𝑒𝑛 𝑖 + 𝑑 𝑠𝑒𝑛 ∝= 𝜆 • A diferença de caminho entre o feixe incidente e difratado é dado por um comprimento de onda : • Limite de resolução : 𝑑𝑚í𝑛 = 𝜆 2𝑠𝑒𝑛𝛼 Fonte: https://www.doitpoms.ac.uk/tlplib/optical-microscopy/resolution.php Abertura Numérica • A abertura numérica de uma lente objetiva é a medida de sua habilidade de resolver detalhes. 𝑁𝐴 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑛𝑢𝑚é𝑟𝑖𝑐𝑎 = 𝑛 𝑠𝑒𝑛 𝛼 n – índice de refração do meio • Baixa abertura numérica • Baixo valor para • Baixa Resolução • Alta abertura numérica • Alto valor para • Alta Resolução Fonte: https://www.doitpoms.ac.uk/tlplib/optical-microscopy/resolution.php Critério de Rayleigh 𝑑 = 1,2 𝜆 𝑛𝑠𝑒𝑛𝛼 d - diâmetro de abertura – relacionado com o limite mínimo entre os dois pontos a serem observados); - é a radiação incidente, n - é o índice de refração do meio entre a lente e a amostra - é o semi-ângulo subentendido pelo objeto na lente. Não resolvido ResolvidoCritério de Rayleigh Profundidade de Campo do MO • No MO observa-se amostras em três dimensões; • Quando se observa nitidamente certo plano, aqueles que se encontrarem acima ou abaixo do plano focado ficam desfocados; • Não é possível focar simultaneamente dois planos diferentes; • A operação de focagem é tanto mais delicada quanto menor for a distância focal do sistema. https://ringophoto.wordpress.com/2010/11/23/profundidade-de-campo/ Área observada X Ampliação • A área da superfície observada através do microscópio é sempre relativamente restrita e depende da ampliação utilizada; • A área do material observado varia na razão inversa da ampliação que se utiliza; • A redução progressiva da área observada é acompanhada de um aumento de detalhes; • Deve-se iniciar a observação utilizando pequenas ampliações, que permitam captar uma imagem global da amostra; • A amostra deve ser percorrida nos vários sentidos a fim de se localizar a zona de maior interesse. Preparação de superficies • A análise da microestrutura em MO geralmente é realizada em uma superfície polida: Polimento mecânico, químico ou eletrolítico; 200 µm (a) Esquema de grãos polidos e atacados quando observados em M.O. (b) Esquema da seção destes grãos mostrando como a luz interage com as superfícies dos grãos com diferentes rugosidades decorrentes da diferença de ataque causada pela variação da orientação cristalográfica. (c) Fotomicrografia de uma seção polida e atacada de um latão policristalino com aumento de 60 x (=12 mm/200 µm) (adaptado de Callister, Mater. Sc. & Eng.). Preparação Metalográfica: Obtenção de superfícies polidas para análise microestrutural: • Corte de uma seção escolhida de análise a partir de uma peça ou produto; • Montagem (embutimento) da amostra em um porta-amostra; • Desbaste por uma seqüência de lixamento; • Polimento superficial por uma seqüência de polimento; • Ataque controlado da superfície para revelação de microconstituintes; • Manuseio e armazenamento adequados para preservação da amostra preparada. Corte da amostra ➢ Conhecimento prévio da história térmica e/ou da produção do metal; - “A preparação não deve modificar a microestrutura do material” • Primeiro corte grosseiro http://www.perfiminas.com.br/processos/corte-de-chapas-perfis-metalicos-e-tubos-metalicos/ • Novo corte em escala de laboratório com o cut-off ou isomet; ➢ Cortadora metalográfica modelo JMQ 12-1 Embutimento • Facilitar o manuseio da amostra: Processo de lixamento/polimento; Obtenção de bordas planas. • Embutimento é feito com material polimérico: À quente sob pressão: baquelite (170°C); À frio: resina epoxi (temperatura ambiente). 14 Lixamento • Etapa de desbaste da superfície para eliminar riscos profundos e a camada encruada. • É feita manualmente sobre prato rotativo no qual fixou-se previamente lixas de diferentes granulometrias; • Lixas d’água para metais com partículas abrasivas de Al2O3 ou SiC;. • Deve ser realizado com uma lamina de água e com pressão suficiente para remoção do material; • No final deverá ter riscos e camada deformada apenas da lixa mais fina utilizada 15 Polimento • Obtenção de uma superfície polida (especular), de preferência isenta de defeitos como riscos; • Partículas Abrasivas: Diamantes (naturais ou sintéticos), alumina (Al2O3) ou óxido de cromo (Cr2O3) ; • Pastas contendo as partículas abrasivas são aplicadas sobre um pano de polimento fixado ou colado sobre uma base rotativa. Cuidados na “manipulação” de micrografias • Uma imagem de uma micrografia sempre deve estar com o aumento indicado. • Quando for necessário variar o tamanho de uma imagem de uma micrografia, mantenha a mesma proporção na altura e na largura da imagem. Determinação da fração volumétrica de segunda-fase • NP é a soma do número de nós que estão dentro ou na borda da fase quantificada, VV é a fração em volume (ou volumétrica) e é igual à fração em pontos PP. T P pV N N PV == Determinação do tamanho de grão • O contorno de grão é um defeito cristalino no qual há um desajuste atômico decorrente do encontro dos grãos cristalinos adjacentes com diferentes orientações cristalográficas 1. Método do intercepto linear L T N L l = LT 1 LT 2 LT 3 LT 4 LT 5 30 µm 150 µm 2. Método planimétrico G T N A A = = A4 d 20 MICROESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS CRISTALINOS ✓ Os contornos dos grãos são mais complicados do que aqueles dos metais, pois, pode existir fases vítreas. ✓ A microestrutura é definida por: ➢ Forma e arranjo de grãos ou fases. ➢ Tamanho e fração em volume dos poros presentes. Grãos Contornos de grão PorosMicro trincas Partículas ou grãos de uma segunda fase (nas ligas) 21 IMAGEM DE MEV MOSTRANDO UMA MICROESTRUTURA DE PORCELANA Poro Quartzo (trincado) Trinca Fase Vítrea Mulita (em forma de agulhas), em uma matriz vítrea Fases alteradas (argilominerais, feldspato) Poro MICROESTRUTURA DOS MATERIAIS POLIMÉRICOS Spherulite in poly-3-hydroxy butyrate (PHB) Bibliografia • Physical methods for materials characterization – P.E.J. Flewitt, R.K. Wild, Inst. of Physics Publishing (1994). • Site da Zeiss: http://www.zeiss.com/micro • ASM Handbook, v. 9 - Metallography and Microstructures. Ed. K. Mills et al. Materials Park: ASM International, 1985 • William D. Callister, Jr. MATERIALS SCIENCE AND ENGINEERING: An Introduction - John Wiley & Sons,Inc., New York,NY,1991. • https://www.doitpoms.ac.uk/tlplib/optical-microscopy/index.php http://www.zeiss.com/micro
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