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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS 2023

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 
FARMACÊUTICAS 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. IDENTIFICAÇÃO DA DROGARIA .......................................................................... 4 
2. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 
3. PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA E HIGIENE ....................................................... 5 
Condições para funcionamento ............................................................................ 5 
Limpeza da Drogaria .............................................................................................. 6 
Condições De Limpeza Da Sala De Aplicação De Injetáveis .............................. 7 
Técnica De Lavagem Das Mãos ............................................................................ 7 
Aplicação De Injetáveis ......................................................................................... 8 
Rotina De Aplicação Intramuscular ...................................................................... 9 
Locais De Administração .................................................................................... 10 
Assepsia do local e preparo do material ........................................................... 13 
Tipos de Agulhas ................................................................................................. 14 
Primeiros Socorros Decorrentes Da Aplicação De Injetáveis .......................... 15 
Verificação Da Pressão Arterial .......................................................................... 15 
Rotina Para Aferição Da Pressão Arterial .......................................................... 16 
Recomendações Prévias .................................................................................... 16 
Posicionamento do paciente e escolha do braço ................................................ 17 
Largura da bolsa de borracha ............................................................................. 17 
Técnica ............................................................................................................... 18 
Dosagem Da Glicemia Capilar ............................................................................ 19 
Diagnóstico de diabetes mellitus ....................................................................... 20 
Verificação Da Temperatura Corporal ................................................................ 21 
5. MEDICAMENTOS ................................................................................................. 22 
Recepção e Armazenamento de Medicamentos ................................................... 22 
Dispensação De Medicamentos .......................................................................... 23 
6. MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL ................................... 24 
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "A" (COR AMARELA) .......................................... 26 
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "B" (COR AZUL) ................................................... 27 
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ESPECIAL (COR BRANCA) ................................. 29 
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL EM 02 (DUAS) VIAS 33 
Venda de medicamento sujeito a controle especial ......................................... 35 
7. ANTIMICROBIANOS ............................................................................................ 37 
Retirada de Medicamentos Vencidos ................................................................. 38 
Destino dos medicamentos vencidos ................................................................ 38 
Destino Correto Do Lixo ...................................................................................... 38 
Embalagem ........................................................................................................... 39 
Produtos Interditados Para Uso ......................................................................... 40 
8. INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS .................................................... 40 
1. Em farmácias do âmbito privado:.................................................................... 43 
9. TERMO-HIGRÔMETRO ........................................................................................ 44 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. IDENTIFICAÇÃO DA DROGARIA 
 
Razão Social: JOAO BARROSO DA COSTA 
Nome fantasia: Drogaria Econômica 
CNPJ: 63.601.926/0001-52 
Endereço: Rua caetés, n° 295 
CEP: 69929-000 
Município: Distrito de Campinas - Plácido de Castro 
Telefone: (68) 3267-1052 
Responsável técnica (FARMACÊUTICA): Jordana Silva da Costa 
CRF: 588218 - AC 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
 O manual de Boas Práticas foi elaborado para atender os requisitos da 
Resolução n° 44/09 da ANVISA e Resolução n° 357/01 do CFF, que dispõe sobre o 
cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas para o controle do funcionamento, da 
dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços 
farmacêuticos em farmácias e drogarias. 
 Normatizar o funcionamento da Empresa estabelecendo os requisitos gerais de 
Boas Práticas a serem observadas na assistência farmacêutica aplicada a aquisição, 
armazenamento, conservação e dispensação de produtos industrializados 
comercializados em farmácias, drogarias e serviços prestados pelo estabelecimento. 
 Normas elaboradas de acordo com a rotina de funcionamento do 
estabelecimento e para que o trabalho seja feito de uma maneira uniforme por todos. 
A farmácia deve possuir os seguintes documentos no estabelecimento que devem 
estar expostos em local visível ao público e para a fiscalização dos órgãos: 
5 
 
I - Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa; 
II - Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando 
aplicável; 
III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de 
Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente; 
IV- Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de 
Farmácia da respectiva jurisdição; 
V- Licença do Corpo de Bombeiros; 
VI - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação vigente e 
as especificidades de cada estabelecimento. 
Obs: O estabelecimento deve manter a Licença ou Alvará Sanitário e a Certidão 
de Regularidade Técnica afixados em local visível ao público. 
 
3. PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA E HIGIENE 
 
Condições para funcionamento 
 
 As áreas internas e externas devem permanecer em boas condições físicas e 
estruturais, de modo a permitir a higiene e a não oferecer risco ao usuário e aos 
funcionários. O edifício deve ser de alvenaria com boa ventilação e iluminação; Piso, 
paredes e balcões de material resistente, de cor clara, lavável e de fácil limpeza e 
desinfecção. 
 Deve conter armário com chave para armazenamento de medicamentos 
sujeitos a regime de controle especial (Portaria 344/98), uma repartição para 
atividades administrativas (sala do farmacêutico) e sala para aplicação de injetáveis. 
 Os funcionários devem permanecer identificados e com uniformes limpos e em 
boas condições de uso. O uniforme ou a identificação usada pelo farmacêutico deve 
distingui-lo dos demais funcionários de modo a facilitar sua identificação pelos 
usuários da farmácia ou drogaria. 
6 
 
Para assegurar a proteção do funcionário, do usuário e do produto contra 
contaminação ou danos à saúde, devem ser disponibilizados aos funcionários 
envolvidos na prestação de serviços farmacêuticos equipamentos de proteção 
individual (EPIs). 
 
Limpeza da Drogaria 
 
 Este procedimento é realizado por todos os funcionários da drogaria, onde os 
funcionários possuem locais pré-determinados para a realização da limpeza, assim 
como um cronograma de limpeza diária conforme o setor de responsabilidade de cada 
funcionário; além disso, a drogariaconta com colaborador contratado especialmente 
para limpeza geral dos ambientes 2x por semana com pano úmido e limpo utilizando 
água e produto específico para limpeza. 
 A limpeza dos vidros é realizada uma a duas vezes por semana com pano 
úmido e, depois com pano seco e produto limpa vidros, os banheiros são lavados 
semanalmente com álcool 70% ou hipoclorito de sódio 1%, mantidos secos e 
abastecidos com papel higiênico, toalha descartável, sabonete líquido, lixeira limpa 
com pedal e tampa. 
 Os materiais de limpeza e germicidas em estoque devem estar regularizados 
junto à Anvisa e serem armazenados em área ou local especificamente designado e 
identificado. 
 As prateleiras são limpas uma vez por semana com pano úmido e depois um 
pano seco com detergente perfumado, os medicamentos são limpos apenas com 
pano seco, cada funcionário é responsável pela limpeza de um determinado número 
de prateleiras; a drogaria fornece os materiais de limpeza e EPI´s necessários. 
 
 
 
 
7 
 
Condições De Limpeza Da Sala De Aplicação De Injetáveis 
 
 O local deve ser bem iluminado e ventilado, dotado de pia com água corrente, 
sabonete líquido, papel toalha descartável branco, caixa coletora de perfurocortantes, 
lixeira com tampa e pedal. 
 Os móveis, pisos e paredes devem ser revestidos com material liso, resistente, 
impermeável e de fácil limpeza. A limpeza básica da sala de injetáveis é feita 
diariamente com pano, álcool e água sanitária; uma vez por semana é feita lavagem 
completa dos chãos e parede com jato d´água e materiais desinfetantes. 
 
Técnica De Lavagem Das Mãos 
 
1. Retirar anéis, pulseiras e relógio. 
2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar na pia. 
3. Colocar nas mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão. O sabão deve ser, de 
preferência, líquido e hipoalergênico. 
4. Ensaboar as mãos friccionando-as por aproximadamente 15 segundos. 
5. Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços 
interdigitais, articulações, polegar e extremidades dos dedos (o uso de escovas 
deverá ser feito com atenção). 
6. Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15 segundos. 
7. Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante, retirando 
totalmente o resíduo do sabão. 
8. Enxugar as mãos com papel toalha. 
9. Fechar a torneira acionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel toalha; 
ou ainda, sem nenhum toque, se a torneira for fotoelétrica. Nunca use as mãos. 
 
 
 
 
8 
 
4. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
 
Aplicação De Injetáveis 
 
 Este procedimento deve ser executado por farmacêutico ou outro profissional 
sob sua supervisão direta, mediante prescrição médica, devendo ser registradas na 
Declaração de Serviços farmacêuticos (fig. 1) e no Livro de Aplicação de injetáveis. 
 No livro deve constar: data, nome, endereço do paciente, nome do 
medicamento, concentração, número do lote, data de fabricação e validade, via de 
administração, nome e CRM do médico que prescreveu, bem como nome do 
responsável pela aplicação. 
 
Figura 1 - Modelo de declaração de serviços farmacêuticos 
 
 
 A eficácia de todo e qualquer procedimento realizado na área da saúde, está 
principalmente na garantia de ser realizado com técnica asséptica, portanto deve ser 
dada especial atenção à lavagem das mãos e higienização da bancada de 
manipulação do medicamento injetável. 
9 
 
Rotina De Aplicação Intramuscular 
 
 
 Higienizar as mãos (pg. 7) fazer a desinfecção do balcão de preparo de 
medicamentos e da bandeja; 
 Reunir o material necessário conferindo a medicação com a prescrição médica; 
 Preencha o Livro de Aplicação de injetáveis, a Declaração de Serviços 
farmacêuticos e forneça uma via com as informações do medicamento e 
procedimento realizado ao paciente; 
 Escolha a região apropriada de acordo com a prescrição médica e a bula do 
medicamento (pg. 10); 
 Lavar as mãos novamente. 
 Abrir a embalagem da seringa e acoplá-la à agulha para aspiração do 
medicamento, observando-se a técnica asséptica, protegendo-a em sua 
embalagem original; 
 Fazer a desinfecção da ampola/frasco ampola com algodão umedecido com 
álcool; 
 Quebrar a ampola, envolvendo-a com algodão, pressionando-a com os dedos 
indicador e polegar da mão dominante; 
 Nos casos de frasco-ampola, retirar a proteção metálica com o auxílio de um 
algodão ou extrator de grampos e após, fazer a desinfecção; 
10 
 
 Retirar o protetor da agulha e mantê-lo dentro de sua embalagem original sobre 
o balcão de preparo do medicamento ou dentro da bandeja; 
 Aspirar o medicamento segurando a ampola ou frasco ampola com os dedos 
indicador e médio da mão não dominante, segurar a seringa com os dedos 
polegar e anular da mão não dominante e com os dedos polegar, indicador e 
médio da mão dominante, tracionar a extremidade do êmbolo sem contaminar 
sua extensão, aspirando o medicamento; 
 Reencapar passivamente a agulha, colocando a ponta da agulha na entrada 
da tampa até cobri-la completamente; 
 Colocar a seringa na posição vertical e retirar o ar. Proteger o êmbolo da 
seringa com sua embalagem original. Explicar o procedimento ao paciente. 
Calçar luvas de procedimentos; 
 Posicionar o paciente de forma confortável na maca ou poltrona. Colocar 
biombos se necessário. Escolher o local para administração do medicamento, 
de acordo com a massa muscular do paciente, a característica da medicação 
(viscosidade, irritantes) e do volume a ser administrado; 
 Retirar o conjunto de seringa e agulha da embalagem; 
 Fazer a antissepsia da região utilizando algodão com álcool. A agulha deve 
estar a 90º. Fazer a prega do músculo para firmar a introdução da agulha. 
Tracionar o êmbolo da seringa e observar se há presença de sangue. Caso não 
haja, injetar a medicação lentamente; 
 Retirar a agulha em movimento rápido e único; 
 Observar resposta do paciente após 30 minutos da administração do 
medicamento; 
 Ao fim da administração, recolher o material e arrumar a unidade; 
 Desprezar os materiais perfuro cortantes na caixa rígida; 
 Higienizar as mãos; 
 Checar a prescrição, assinar e carimbar. 
 
Locais De Administração 
 
11 
 
A via intramuscular é utilizada para a administração de volumes superiores a 
1,5ml de soluções irritantes (aquosas ou oleosas) que necessitam ser absorvidas 
rapidamente e também quando é necessário obter efeitos mais imediatos. 
 Dorso glúteo ou músculo grande glúteo, no quadrante superior externo: usada 
para substâncias irritantes, para volumes maiores que 2 mL, mas igual ou 
menor que 5 mL, para suspensões aquosas ou oleosas puncionar o quadrante 
externo superior desta região. 
 
 Região Ventroglúteo: Esta área é considerada a mais segura para 
administração de injeção IM, devendo ser o primeiro local de escolha para 
pacientes com 3 anos de idade ou mais. Coloca-se a mão não dominante no 
quadril contra-lateral do paciente (mão esquerda no quadril direito) apoiando o 
dedo indicador sobre a espinha ilíaca ântero-superior e o dedo médio ao longo 
da crista ilíaca, formando um V, onde devemos aplicar no máximo 4 mL de 
medicamento (1 mL em lactentes e 2 mL em crianças pequenas) 
 
12 
 
 Região deltoide: utilizada para volumes de até 2 mL, não utilizar para injeções 
consecutivas, a angulação da agulha de ser de 90°. Nunca será o sítio de 
primeira escolha para injeção IM, com exceção para a administração de 
vacinas e pacientes com paraplegia. Localizar o processo acromial e identificar 
o triângulo invertido que forma o músculo deltoide. Considerar a massa 
muscular do paciente e a viscosidade/irritabilidade da droga. 
 
 Região vasto – lateral: É o primeiro local de escolha para lactentes, podendo 
também ser usado em adultos saudáveis. Localizado ântero-lateralmente na 
coxa. Devemos dividir o músculo em três do trocanter maior do fêmur até o 
joelho e aplicar a injeção com nomáximo 4 mL (1 mL em lactentes e 2 mL em 
crianças pequenas) no terço médio do músculo 
 
 
IDADE DELTÓIDE VENTRO-
GLÚTEO 
DORSO-
GLÚTEO 
VASTO-
LATERAL 
Prematuros 0,5 mL 
Neonatos 0,5 mL 
Lactantes 1,0 mL 
3 a 6 anos 1,5 mL 1,5 mL 1,5 mL 
6 a 14 anos 0,5 mL 1,5 – 2,0 mL 1,5 – 2,0 mL 1,5 mL 
Adolescentes 1,0 mL 2,0 – 2,5 mL 2,0 – 2,5 mL 1,5 – 2,0 mL 
Adultos 1,0 mL 4,0 mL 4,0 mL 4,0 mL 
13 
 
Rotina De Aplicação Subcutânea 
 
 Locais de aplicação: face anterior da coxa, parede abdominal, glúteo deltóide. 
 Indicações: vacinas, hormônios, anticoagulantes, adrenalina. 
 Volume a ser administrado: até 1,5 mL. 
 Material: seringa e agulha de calibre adequado (13 X 3,3). 
 Técnica: 
 Lavar as mãos e fazer anti-sepsia do local escolhida; 
 Com a mão esquerda segurar a pele onde foi feita a anti-sepsia, introduzir 
a agulha com o bisel voltado para cima, num ângulo de 90°; 
 Aspirar e verificar se nenhum vaso foi atingido, injetar o líquido 
vagarosamente; 
 Retirar a agulha rapidamente; 
 Fazer ligeira pressão no local com algodão, desprezando-o no lixo 
contaminante; 
 Observar o paciente por alguns minutos. 
 
Assepsia do local e preparo do material 
 
 Os materiais utilizados serão todos descartáveis. 
 Passar papel com álcool no local onde será preparado o material. 
 Ao preparar o material, observar os seguintes itens: 
 Se for um medicamento que necessite de diluição, utilizar uma seringa 
para preparar a solução e outra para aplicar o medicamento. Essas 
agulhas perdem a lubrificação durante a preparação do medicamento, 
por isso eu antes da aplicação deve-se trocar a agulha; 
 Fazer a assepsia no local da aplicação com álcool 70%; 
 Não esquecer de puxar o êmbolo, antes de injetar o medicamento. Se 
ocorrer de “pegar” um vaso, retirar a agulha e reaplicar em outro local 
ou, trocar a seringa. 
14 
 
 Após a aplicação, descartar a seringa no descartex (não recolocar o 
protetor de agulha), bem como ampolas e agulhas utilizadas. Outros 
materiais não perfurocortantes, como caixa de medicamento utilizado, 
descartar no lixo comum. 
 
Tipos de Agulhas 
 
 
 
15 
 
Observações: 
 
 Aplicações subcutâneas e intramusculares: devem ser feitas com a agulha na 
posição de 90°. Subcutânea: fazer a prega cutânea em pessoas magras, para que a 
agulha penetre no tecido conjuntivo e não no músculo. Aplicação intradérmica e 
endovenosa: fazer no antebraço, com a agulha na posição 15°. 
 
Primeiros Socorros Decorrentes Da Aplicação De Injetáveis 
 
 Em caso de queda de pressão, medo ou algum outro mal-estar antes da 
aplicação da medicação, pedir ao paciente para se sentar, oferecer água e ir 
conversando para acalmá-lo aos poucos; 
 Em caso de mal-estar após aplicação da medicação, encaminhar o paciente 
para o pronto socorro, acompanhando-o e esclarecendo ao médico a 
medicação administrada e a reação dos pacientes. 
 
Verificação Da Pressão Arterial 
 
 Deve seguir os seguintes critérios: 
 Fica sob a responsabilidade do profissional farmacêutico; 
 Fica vedada a indicação ou prescrição de medicamentos; 
 Toda aferição de pressão arterial deverá ser registrada na Declaração de 
Serviços Farmacêuticos. 
 
 
 
 
16 
 
Rotina Para Aferição Da Pressão Arterial 
 
Recomendações Prévias 
 
 Evitar grandes refeições, o uso de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 
minutos precedentes. 
 
 A medida deve ocorrer após cinco minutos de repouso em ambiente calmo. 
 
 Instruir a não conversar durante a medição, dúvidas devem ser tiradas antes 
ou depois do atendimento. 
 
 A bexiga deve estar vazia. 
 
17 
 
 Deve-se evitar a medida da PA em situações de estresse físico (dor) e 
emocional. 
 
 
Posicionamento do paciente e escolha do braço 
 
A medida da PA deve ser realizada com o paciente sentado, com o braço 
despido, apoiado sobre uma superfície firme e na altura do coração, com a palma da 
mão voltada para cima. As pernas devem estar descruzadas, pés apoiados no chão, 
costas apoiadas no encosto da cadeira. 
O paciente deve estar relaxado. A medida pode ser realizada nos dois braços, 
porém recomenda-se que as medidas posteriores sejam feitas sempre no mesmo 
braço de referência. 
 
Largura da bolsa de borracha 
 
As dimensões da bolsa de borracha do manguito devem ser de acordo com a 
circunferência do braço do paciente. A relação indicada entre a largura da bolsa e a 
circunferência do braço do paciente é de 0,4. Neste caso, o manguito padrão com 12 
cm de largura é indicado para braços com circunferência em torno de 30 cm. 
 
18 
 
Técnica 
 
1. A pessoa deve estar sentada, com as pernas descruzadas, pés apoiados no 
chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. 
2. O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada 
para cima e as roupas não devem garrotear o membro. 
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital. 
4. Estimar o nível da PAS, através da palpação do pulso radial: insuflar o manguito 
até o pulso radial não ser mais palpável. 
5. Inflar até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela 
palpação radial. 
6. Desinflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg por segundo). 
7. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de 
Korotkoff). 
8. A pressão diastólica corresponde ao desaparecimento dos sons (fase V de 
Korotkoff). 
9. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica 
no abafamento dos sons e anotar os valores da PAS/PAD/zero. 
10. Realizar, pelo menos, 2 medidas com intervalo de 1 minuto. Considerar a média 
das 2 aferições. 
11. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta. Nas consultas 
subsequentes utilizar como referência o braço onde foi obtida a maior pressão. 
12. Informar ao paciente os valores da PA e registrar adequadamente na 
Declaração de Serviços farmacêuticos o valor obtido, sem arredondamentos, e 
o braço aferido. 
 
19 
 
Dosagem Da Glicemia Capilar 
 
A aferição de parâmetros fisiológicos ou bioquímico oferecida na farmácia e 
drogaria deve ter como finalidade fornecer subsídios para a atenção farmacêutica e o 
monitoramento da terapia medicamentosa, visando à melhoria da sua qualidade de 
vida, não possuindo, em nenhuma hipótese, o objetivo de diagnóstico. 
Os parâmetros fisiológicos cuja aferição é permitida nos termos desta 
Resolução são pressão arterial e temperatura corporal. O parâmetro bioquímico cuja 
aferição é permitida nos termos desta Resolução é a glicemia capilar. 
Verificada discrepância entre os valores encontrados e os valores de referência 
constantes em literatura técnico-científica idônea, o usuário deverá ser orientado a 
procurar assistência médica. Ainda que seja verificada discrepância entre os valores 
encontrados e os valores de referência, não poderão ser indicados medicamentos ou 
alterados os medicamentos em uso pelo paciente quando estes possuam restrição de 
"venda sob prescrição médica". 
 As medições do parâmetro bioquímico de glicemia capilar devem ser realizadas 
por meio de equipamentos de autoteste, no contexto da atenção farmacêutica não é 
considerada um Teste Laboratorial Remoto - TLR, nos termos da legislação 
específica. 
Para a medição de parâmetros fisiológicos e bioquímico permitidos deverão ser 
utilizados materiais, aparelhos e acessórios que possuam registro, notificação, 
cadastro ou que sejam legalmente dispensados de tais requisitos junto a ANVISA. 
 
A dosagem da glicemia capilar deve seguir os seguintes critérios: 
 Fica sob responsabilidade do profissional farmacêutico; 
 O profissional responsável deve usar equipamentos de proteção individual, 
como luvas e jaleco; 
 O paciente deve ser acomodado em assento confortável; 
 O responsável pelo procedimento deve fazer a lavagem das mãos conforme 
o POP FAR02 e calçar as luvas; 
20 
 
 Fazer assepsiado dedo do paciente com álcool 70% e algodão; 
 Preparar o aparelho conforme instrução do produto e a lanceta, sendo esta 
descartável; 
 Realizar o procedimento de dosagem, anotando o valor na Declaração de 
Serviços Farmacêuticos; 
 Descartar a lanceta, a tira teste e o algodão no Descarpack (caixa de 
perfurocortantes); 
 Informar ao paciente os valores obtidos, e explicar a ele estes valores, 
orientando a procurar seu médico se necessário; 
 Toda dosagem de glicemia capilar deverá ser registrada na Declaração de 
Serviços Farmacêuticos. 
 
Diagnóstico de diabetes mellitus 
 
 Glicemia em jejum: coletada em sangue periférico após jejum calórico 
de no mínimo 8 horas; 
 TOTG: previamente à ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água, 
coleta-se uma amostra de sangue em jejum para determinação da 
glicemia; coleta-se outra, então, após 2 horas da sobrecarga oral. 
Importante reforçar que a dieta deve ser a habitual e sem restrição de 
carboidratos pelo menos nos 3 dias anteriores à realização do teste. 
Permite avaliação da glicemia após sobrecarga, que pode ser a única 
alteração detectável no início do DM, refletindo a perda de primeira fase 
da secreção de insulina; 
 Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece vantagens ao refletir níveis 
glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e ao sofrer menor variabilidade dia 
a dia e independer do estado de jejum para sua determinação. Vale 
reforçar que se trata de medida indireta da glicemia, que sofre 
interferência de algumas situações, como anemias, hemoglobinopatias 
e uremia, nas quais é preferível diagnosticar o estado de tolerância à 
glicose com base na dosagem glicêmica direta. Outros fatores, como 
idade e etnia, também podem interferir no resultado da HbA1c. 
21 
 
A confirmação do diagnóstico de DM requer repetição dos exames alterados, 
idealmente o mesmo exame alterado em segunda amostra de sangue, na ausência 
de sintomas inequívocos de hiperglicemia.3 Pacientes com sintomas clássicos de 
hiperglicemia, tais como poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento, devem ser 
submetidos à dosagem de glicemia ao acaso e independente do jejum, não havendo 
necessidade de confirmação por meio de segunda dosagem caso se verifique glicemia 
aleatória ≥ 200 mg/dL. 
 
 
 
Verificação Da Temperatura Corporal 
 
 Colocar o paciente sentado em posição confortável; 
 Colocar o termômetro (de mercúrio ou digital), aproximadamente durante 
3 a 5 minutos, com a extremidade que contém o bulbo (no primeiro caso) 
nas axilas do paciente. 
22 
 
 No caso de termômetro digital, obedecer ao critério de tempo informado 
pelo fabricante, no caso, aguardar o aviso sonoro de conclusão 
automática da aferição de temperatura do equipamento digital; 
 A temperatura corporal normal é 36,8 °C. A partir de 37,5 °C já se 
configura a febre; 
 Manter registros na Declaração de Serviços Farmacêuticos. 
 
5. MEDICAMENTOS 
 
Recepção e Armazenamento de Medicamentos 
 
 A recepção dos produtos é efetuada por um funcionário da farmácia 
devidamente treinada. Primeiramente toda e qualquer mercadoria recebida em 
recipientes apropriados para o transporte e caso não contenha embalagem 
apropriada, a mercadoria será armazenada sobre estrados. 
 No programa Pharma Connection, no módulo operacional. É informado o nome 
do fornecedor, número da nota fiscal e o valor da nota fiscal. O procedimento de 
entrada de produtos é realizado através dos códigos de barra. Após, verifica-se o valor 
da mercadoria, se houver diferença seu acerto será feito no módulo cadastro. 
 No recebimento de mercadorias provenientes dos fornecedores deve ser 
observado o prazo de validade, número do lote, número de registro no Ministério da 
Saúde, bem como se apresentam embalagens íntegras. 
 Devem ser armazenados ao abrigo da luz direta, em temperatura e umidade 
adequada, em prateleiras. Não trabalhamos com medicamentos termolábeis (ex: 
insulina), pois não temos refrigerador apropriado. 
 Todos os produtos e medicamentos que apresentem problemas e/ou 
irregularidades devem ser retirados da área de venda, onde uma vez identificados, 
serão encaminhados para troca junto ao fornecedor/indústria ou encaminhadas para 
descarte como resíduo, segundo o descarte correto do produto danificado. 
 
23 
 
Dispensação De Medicamentos 
 
 Promover a dispensação conforme receituário médico ou solicitação do cliente. 
Observar sempre nome do medicamento, concentração e quantidade apropriada para 
o tratamento. Não poderão ser dispensadas receitas ilegíveis ou que possa induzir a 
erro ou troca na dispensação. 
 O profissional farmacêutico deverá esclarecer todas as dúvidas do paciente 
quanto ao modo de usar, possíveis riscos, efeitos colaterais, interações e demais 
informações pertinentes à utilização dos medicamentos. A dispensação deverá 
obedecer à seguinte ordem: primeiro a vencer, primeiro a sair (PVPS). 
Definições de conhecimento necessário: 
 Denominação Comum Brasileira (DCB) - denominação do fármaco ou princípio 
farmacologicamente ativo aprovada pela Agencia Nacional de Vigilância 
Sanitária. 
 Denominação Comum internacional (DCI) - denominação do fármaco ou 
princípio farmacologicamente ativo recomendada pela Organização Mundial de 
Saúde. 
 Droga - Substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou 
sanitária. 
 Entorpecente - Substância que pode determinar dependência física ou psíquica 
relacionada, como tal, nas listas aprovadas pela Convenção Única sobre 
Entorpecentes, reproduzidas nos anexos deste Regulamento Técnico. 
 Produto Farmacêutico intercambiável - equivalente terapêutico de um 
medicamento de referência, comprovado, essencialmente, os mesmos efeitos 
de eficácia e segurança. 
 Psicotrópico - Substância que pode determinar dependência física ou psíquica 
e relacionada, como tal, nas listas aprovadas pela Convenção sobre 
Substâncias Psicotrópicas, reproduzidas nos anexos deste Regulamento 
Técnico. 
 Receita - prescrição de medicamento, contendo orientação de uso para o 
paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado. 
24 
 
 Responsabilidade Técnica - é o ato de aplicação dos conhecimentos técnicos 
e profissionais, cuja responsabilidade objetiva, está sujeita à sanções de 
natureza cível, penal e administrativa. 
 Substância Proscrita - Substância cujo uso está proibido no Brasil. 
 SNGPC – Sistema Nacional de Gerenciamento de Medicamentos Controlados. 
 
Ao realizar a venda e dar entrada nos medicamentos controlados o sistema 
Pharma Connection armazena as informações, de modo que o farmacêutico gera o 
arquivo XML e envia diretamente à ANVISA semanalmente. Os dados iniciais foram 
inseridos na página da ANVISA por meio de um inventário. Os arquivos XML devem 
ser enviados à ANVISA pelo menos uma vez por semana. 
 Notificação de Receita: Documento padronizado destinado à notificação da 
prescrição de medicamentos: a) entorpecentes (cor amarela), b) psicotrópicos 
(cor azul) e c) retinóides de uso sistêmico e imunossupressores (cor branca). A 
Notificação concernente aos dois primeiros grupos (a e b) deverá ser firmada 
por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina, no 
Conselho Regional de Medicina Veterinária ou no Conselho Regional de 
Odontologia; a concernente ao terceiro grupo (c), exclusivamente por 
profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina. 
 Receituário de controle especial: prescrição escrita de medicamentos 
constantes das listas C1, C2 e C5, contendo orientação de uso para o paciente, 
efetuada por profissional legalmente habilitado em duas vias. 
 
6. MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL 
 
 Lista A1 - Substâncias Entorpecentes; 
 Lista A2 - Substâncias Entorpecentes de uso permitido somente em 
concentrações especiais; 
 Lista A3 - Substâncias Psicotrópicas; 
 Lista B1 - Substâncias Psicotrópicas; 
 Lista B2- SubstânciasPsicotrópicas Anorexígenas; 
25 
 
 Lista C1 - Outras Substâncias sujeitas a Controle Especial; 
 Lista C2 - Substâncias Retinóicas; 
 Lista C3 - Substâncias Imunossupressoras; 
 Lista C4 - Substâncias Anti-retrovirais; 
 Lista C5 - Substâncias Anabolizantes; 
 Lista D1 - Substâncias precursoras de entorpecentes e/ou psicotrópicas; 
 Lista D2 - Insumos e síntese de envelopes e/ou psicotrópicos; 
 Lista E - Plantas que podem originar substâncias; 
 Lista F - Substâncias proscritas no Brasil. 
 
A dispensação de medicamentos controlados é realizada somente com 
retenção de receita. Deve ser observado: 
 Sigla da Unidade da Federação (AC), impresso pela gráfica. 
 Identificação numérica: sequência numérica fornecida pela Autoridade 
Sanitária competente dos Estados, Municípios e Distrito Federal que 
deve ser precedida com o nº da Unidade da Federação do Estado do 
Acre, impresso pela gráfica. 
 Identificação do emitente: Nome do médico, carimbo do médico e seu 
respectivo registro na classe (CRM), nome e endereço completos da 
instituição, com o número do CNPJ; 
 Identificação do paciente: nome e endereço completos; 
 Nome do medicamento; 
 Concentração; 
 Validade da prescrição (Excetuando-se as prescrições de 
medicamentos da lista C3 – ex: Talidomida -, as demais têm validade 
por até 30 dias a partir da data do preenchimento); 
 Quantidade máxima para dispensação. 
26 
 
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "A" (COR AMARELA) 
Lista das Substâncias A1 e A2 - Entorpecentes 
Lista das Substâncias A3 - Psicotrópicos 
 
A Notificação de Receita “A” é distribuída, gratuitamente, aos médicos e 
estabelecimentos de saúde, pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Estado do Acre. 
Neste caso, o campo de identificação do emitente será colocado pela 
Autoridade Sanitária mediante aposição do carimbo do médico ou da instituição de 
saúde, em todas as folhas do talonário. 
O carimbo deve conter: nome e endereço completos do profissional com o 
número de inscrição no CRM ou nome e endereço completos da instituição com o 
número do CNPJ. 
 
PREENCHIMENTO 
 Item colocado pela Autoridade Sanitária, mediante aposição do carimbo: b 
 Itens de preenchimento obrigatórios do prescritor: c, d, e, f 
 Itens de preenchimento obrigatórios do dispensador: g, h 
 Itens de impressão obrigatória: a, i 
 
 
b a d 
e 
f c 
g 
h 
i 
27 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
 Válida por 30 dias e em todo território nacional, sendo necessário que seja 
acompanhada da receita médica com justificativa do uso, quando para 
aquisição em outra Unidade Federativa. 
 Limitado a 05 ampolas por medicamento. A quantidade dos demais 
medicamentos fica limitada a no máximo 30 dias de tratamento. Acima das 
quantidades previstas, o prescritor deve preencher uma justificativa, datar e 
assinar. 
 Para preencher a Ficha Cadastral e receber o primeiro talonário, o profissional 
deve ir pessoalmente a Autoridade Sanitária local, munido de: carteira do 
Conselho Regional de Medicina (CRM), comprovante de endereço residencial 
ou do consultório (podendo ser uma conta de luz ou telefone), e carimbo com 
os dados: nome e endereço completo do profissional e o nº do CRM do 
Conselho Regional de Medicina. 
 Na hipótese de o profissional não poder comparecer pessoalmente à 
Autoridade Sanitária local poderá solicitar, por escrito, o seu cadastramento e 
os talonários necessários, através de um portador autorizado. 
 
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "B" (COR AZUL) 
Lista de Substâncias B1 - Psicotrópicos 
Lista de Substâncias B2 - Psicotrópicos Anorexígenos 
 
Esta receita, desde que obedecidas as normas estabelecidas pela Portaria nº 
344/98 e ANVISA, RDC Nº 58 de 2007, pode ser impressa por sistema informatizado 
de uso pessoal, devendo, neste caso, constar no rodapé de cada folha do talonário, o 
CPF do profissional prescritor e a numeração inicial e final concedidas para confecção 
do talonário de Notificação de Receita B. 
 
 
 
28 
 
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA B 
 
 
PREENCHIMENTO 
 Itens de preenchimento obrigatórios do prescritor: c, d, e, f 
 Itens de preenchimento obrigatórios do dispensador: g, h 
 Itens de impressão obrigatória: a, b, i 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
 Válida por 30 dias e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a 
numeração. A numeração é concedida, no Estado do Acre; 
 Limitado a 05 ampolas por medicamento. 
 A quantidade dos medicamentos fica limitada a no máximo 30 dias de 
tratamento, com exceção da sibutramina, para a qual pode ser dispensada 
quantidade suficiente para até 60 dias de tratamento. 
 Acima das quantidades previstas, o prescritor deve preencher uma justificativa, 
datar e assinar. 
 Como determina a RDC Nº 58 de 2007 da ANVISA, cada Notificação de Receita 
para os anorexígenos, a legislação determina uma dosagem máxima diária 
acima da qual não é permitida a dispensação (Quadro 1). 
d 
d 
d 
d 
b a 
e 
c 
f 
g h 
i i 
29 
 
Quadro 1: Doses máximas diárias permitidas para substâncias psicotrópicas 
anorexígenas. 
Sibutramina: 15,0 mg; 
Femproporex: 50,0 mg; 
Anfepramona: 120,0 mg; 
Mazindol: 3,0 mg. 
 
 Fica vedada, também, a prescrição de fórmulas com: dois ou mais 
anorexígenos associados; anorexígenos associados com ansiolíticos, 
antidepressivos, diuréticos, hormônios, extratos hormonais e laxantes (mesmo 
em preparações separadas); anorexígenos associados com simpatolíticos ou 
parassimpatolíticos. 
 
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ESPECIAL (COR BRANCA) 
Lista de Substâncias C2 - Retinóides de uso sistêmico 
 
 
 
a 
e 
b 
d 
d 
c 
f 
g h 
i i 
30 
 
PREENCHIMENTO 
 Itens de preenchimento obrigatórios do prescritor: c, d, e, f 
 Itens de preenchimento obrigatórios do dispensador: g, h 
 Itens de impressão obrigatória: a, b, i 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
 Válida por 30 dias e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a 
numeração. A numeração é concedida, no Estado do Acre. 
 Limitado a 05 ampolas por medicamento. 
 A quantidade dos medicamentos fica limitada a no máximo 30 dias de 
tratamento. 
 Acima das quantidades previstas, o prescritor deve preencher uma justificativa, 
datar e assinar. 
 Símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóides deverá conter um 
símbolo de uma mulher grávida, recortado ao meio, com a seguinte indicação: 
“Risco de graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema 
nervoso do feto”. 
 O médico deve fornecer a cada prescrição, o Termo referente ao 
“Consentimento de Risco” e “Consentimento Pós-Informação”, alertando-os 
que o medicamento é pessoal e intransferível e, das suas reações e restrições 
de uso. 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
TERMO DE CONHECIMENTOS DE RISCO E CONSENTIMENTO PÓS-
INFORMAÇÃO 
 
32 
 
 
 
33 
 
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL EM 02 (DUAS) VIAS 
Lista de Substâncias C1 - Outras substâncias de controle especial: Antidepressivos, 
antiparkinsonianos, anticonvulsivantes e antiepilépticos, antipsicóticos e ansiolíticos, 
neurolépticos, anestésicos gerais, antitussígenos. 
Lista de Substâncias C5 - Anabolizantes. 
 
 
PREENCHIMENTO 
O profissional não precisa, obrigatoriamente, utilizar-se deste modelo, que pode 
ser manuscrito, datilografado ou informatizado, desde que observado: 
b 
a 
c 
d 
Data: / / e 
Assinatura: f 
g 
h 
34 
 
a) Obrigatoriedade de prescrição em 02 (duas) vias: identificação no 
receituário (manualmente, por computador ou impresso) de que a 1ª via se 
destina à FARMÁCIA e a 2ª via ao PACIENTE. 
b) Identificação do Emitente: nome do profissional, número da inscrição no 
CRM, endereço completo e telefone, sigla da UF ou nome da instituição, e no 
caso, o número do CNPJ. 
c) Identificação do Paciente: nome e endereço completos do paciente. 
d) Prescrição: nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de 
Denominação Comum Brasileira(DCB), dosagem ou concentração, forma 
farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia 
e tempo de tratamento. 
e) Data da emissão. 
f) Assinatura e carimbo do emitente. 
g) Identificação do comprador: informações do paciente. 
h) Identificação do fornecedor: de responsabilidade da farmácia e poderá ser 
preenchido manualmente ou mediante carimbo. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
 Válida em todo território nacional. 
 Esta receita, desde que obedecidas as normas estabelecidas pela Portaria nº 
344/98, pode ser manuscrita, datilografada ou impressa por sistema 
informatizado. 
 O receituário do profissional ou da instituição deve ser em 02 (duas) vias. 
 A 1ª via da receita fica retida na farmácia e a 2ª será devolvida ao paciente para 
orientação e como documento comprobatório de uso. 
 A Receita poderá possuir até 03 (três) substâncias ou medicamentos. 
 Acima das quantidades previstas, o prescritor deverá apresentar justificativa 
datando e assinando as duas vias. 
 No caso da prescrição de esteróides ou peptídeos anabolizantes, a receita 
deverá conter o número do CID. 
 
35 
 
QUADRO DEMONSTRATIVO 
A quantidade a ser observada em cada prescrição, atende a necessidade do 
tratamento a que o paciente estiver submetido. 
Notificação QUANTIDADE FORMA 
FARMACÊUTICA 
A 5 AMPOLAS 
30 DIAS DE TRATAMENTO OUTRAS FORMAS 
 
Notificação QUANTIDADE FORMA 
FARMACÊUTICA 
B 5 AMPOLAS 
60 DIAS DE TRATAMENTO OUTRAS FORMAS 
 
Notificação QUANTIDADE FORMA 
FARMACÊUTICA 
Especial 5 AMPOLAS 
30 DIAS DE TRATAMENTO OUTRAS FORMAS 
 
Acima das quantidades prescritas pela Portaria SVS/MS nº 344/98, o prescritor 
deve preencher uma justificativa, datar, assinar e entregar, juntamente com a 
Notificação de Receita, ao paciente para a aquisição do medicamento em farmácia ou 
drogaria. 
 
Venda de medicamento sujeito a controle especial 
 
 Antes da liberação do medicamento controlado deverá ocorrer a conferencia 
do mesmo pelo farmacêutico, ao qual é facultado não dispensar medicamentos 
quando a dosagem ou posologia prescrita ultrapassar os limites farmacológicos ou 
quando apresentar interação perigosa (o farmacêutico poderá exigir confirmação 
médica expressa). 
36 
 
 A venda de todos os medicamentos controlados é realizada através do 
programa Parma Connection e atrelada a ela a identificação do prescritor, do 
comprador e dados referentes ao medicamento, como quantidade dispensada, forma 
farmacêutica e lote. Após a conferência é gerado um arquivo XML e enviado 
diretamente a ANVISA no prazo máximo de uma semana. 
 
 As drogarias ficam obrigadas a apresentar o Balanço de Medicamentos 
Psicoativos e Outros Medicamentos Sujeitos a Controle Especial (BMPO). 
 A entrega dos balanços trimestrais deverá ocorrer até os dias 15 dos meses de 
abril, julho, outubro e janeiro. A entrega do balanço anual deverá ocorrer até o dia 31 
de janeiro do ano subsequente. 
 Para os medicamentos que constam na lista B2 deve ser entregue a VISA do 
município a relação mensal de notificações de receita “B2” (RMNRB2), juntamente 
com as notificações, que serão conferidas e devolvidas a drogaria. 
 Tanto o BMPO quanto o RMNRB2 devem ser apresentados em duas vias à 
autoridade sanitária local nas datas previstas. A primeira ficará retida e a segunda via 
devolvida carimbada. 
 Quando da entrega dos BMPO, o estabelecimento farmacêutico deve estar em 
posse do certificado de regularidade para substâncias e medicamentos psicotrópicos, 
entorpecentes e outros sujeitos a controle especial. Que recebe o carimbo e visto no 
campo do trimestre ou do no correspondente. 
 Os arquivos XML devem ser arquivados pelo prazo de 2 anos, bem como todas 
as receitas B1 (substâncias psicotrópicas), B2 (substâncias psicotrópicas/ 
anorexígenas), C1 (substâncias sujeitas a controle especial) e C5 (substâncias 
anabolizantes). 
 
 
 
37 
 
7. ANTIMICROBIANOS 
 
A dispensação de medicamentos à base de antimicrobianos deverá ser 
realizada em receituário privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde, não 
havendo, portanto, modelo de receita específico (geralmente Receita Comum 
Branca), em farmácias e drogarias públicas e privadas, em 2 vias, sendo 2ª via - Retida 
no estabelecimento farmacêutico e a 1ª via - Devolvida ao Paciente (ANVISA, RDC 
Nº 20/2011). 
As prescrições somente poderão ser dispensadas quando apresentadas de 
forma legível e sem rasuras, por profissionais devidamente habilitados e contendo os 
seguintes dados obrigatórios: 
I - Identificação do paciente: nome completo, idade e sexo; 
II - Nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de 
Denominação Comum Brasileira (DCB), dose ou concentração, forma farmacêutica, 
posologia e quantidade (em algarismos arábicos); 
III – Identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no 
Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e 
marcação gráfica (carimbo); e 
IV - Data da emissão. 
A receita de antimicrobianos é válida em todo o território nacional, por 10 (dez) 
dias a contar da data de sua emissão. 
A receita poderá conter a prescrição de outras categorias de medicamentos 
desde que não sejam sujeitos a controle especial. Não há limitação do número de 
itens contendo medicamentos antimicrobianos prescritos por receita. 
Em situações de tratamento prolongado a receita poderá ser utilizada para 
aquisições posteriores dentro de um período de 90 (noventa) dias a contar da data de 
sua emissão. Na situação descrita, a receita deverá conter a indicação de uso 
contínuo, com a quantidade a ser utilizada para cada 30 (trinta) dias. 
 
38 
 
Retirada de Medicamentos Vencidos 
 
 Na última semana de cada mês o farmacêutico deverá conduzir à retirada dos 
medicamentos que vão vencer no próximo mês. 
 O funcionário à medida que realiza o procedimento de limpeza das prateleiras, 
deverá promover a identificação da validade dos medicamentos, os quais presentam 
validade que expirarão no período de 6 meses. 
Neste caso, os medicamentos com prazo de validade a expirar em seis meses, 
serão colocados em uma prateleira em separado, para facilitar a identificação dos 
mesmos e um mês antes do vencimento, os mesmos serão retirados para ser dado 
baixo do sistema gerencial da farmácia para posterior destinação final como 
medicamento vencido. Em caso de troca desses medicamentos como, os mesmos 
serão separados, identificados e encaminhados para a troca juntamente ao laboratório 
responsável. 
 
Destino dos medicamentos vencidos 
 
 Deve-se primeiro dar baixa dos medicamentos vencidos no sistema gerencial 
para que não haja diferenças de estoque e desta forma manter o controle eficaz dos 
estoques da farmácia. 
 Os medicamentos vencidos são acondicionados em caixas identificadas com 
os dizeres MEDICAMENTOS VENCIDOS/IMPRÓPRIOS PARA A VENDA. 
 
Destino Correto Do Lixo 
 
 O lixo comum (reciclável) deve ser acondicionado em saco plástico padrão de 
cor diferente de preto, em lixeira. Os lixos orgânicos devem ser acondicionados em 
saco plástico de cor preta, justamente para auxiliar a posterior segregação. 
39 
 
 Já o lixo contaminante como seringas, agulhas e perfurocortantes (resíduos de 
serviço de saúde) usados devem ser acondicionados em caixa específica de material 
perfurocortante e recolhido conforme contrato pela empresa de transportes para 
incineração. 
 
Embalagem 
 
 Os medicamentos devem ser comercializados em embalagens invioláveis 
(devem possuir o lacre de segurança) e de fácil identificação. A distribuidora que não 
utiliza número de lote na nota fiscal e sendo o produto medicamento, deve haver 
etiqueta autodestrutível ou impressão com jato de tinta do logotipo do fornecedor. 
Perfumaria e correlatos não necessitam de etiqueta ou número de lote na nota fiscal. 
 A embalagem que pode ser fracionada, chamada de embalagem primária 
fracionável,é especialmente desenvolvida pelo fabricante e aprovada pela Anvisa 
para essa finalidade. Ela vem acondicionada em uma embalagem externa, chamada 
de embalagem original para fracionáveis, facilmente identificada pela inscrição 
“EMBALAGEM FRACIONÁVEL”. 
Os medicamentos nas apresentações de frasco-ampola, ampola, seringa 
preenchida, flaconete, sachê, envelope, blister e strip podem ser registrados para 
dispensação na forma fracionada. 
O fracionamento é responsabilidade do farmacêutico e deve ser realizado de 
acordo com as Boas Práticas para Fracionamento instituídas pela RDC nº 80, de 11 
de maio de 2006. O fracionamento abrangido pela RDC nº 80, de 2006, deve ser 
realizado por farmácias e drogarias a partir de embalagens especificamente 
desenvolvidas para esse fim. 
Os medicamentos sujeitos ao controle especial de que trata a Portaria nº 344, 
de 12 de maio de 1998, e suas atualizações, não podem ser fracionados. 
 As ervas medicinais deverão ser vendidas em suas embalagens originais com 
rotulagem de acordo com o disposto na legislação sanitária, a saber: nome da 
empresa, endereço, identificação botânica, lote e prazo de validade. 
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/27673
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/27673
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/27673
40 
 
Produtos Interditados Para Uso 
 
 De acordo com os artigos 6 e 7 da lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, 
que dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os Medicamentos, as 
Drogas, os Insumos Farmacêuticos e Correlatos, Cosméticos, Saneantes e Outros 
Produtos, e dá outras Providências, determina que: 
 A comprovação de que determinado produto, até então considerado útil, é 
nocivo à saúde ou não preenche requisitos estabelecidos em lei implica na sua 
imediata retirada do comércio e na exigência da modificação da fórmula de sua 
composição e nos dizeres dos rótulos, das bulas e embalagens, sob pena de 
cancelamento do registro e da apreensão do produto, em todo o território 
nacional. É atribuição exclusiva do Ministério da Saúde o registro e a permissão 
do uso dos medicamentos, bem como a aprovação ou exigência de 
modificação dos seus componentes. 
 Como medida de segurança sanitária e a vista de razões fundamentadas do 
órgão competente, poderá o Ministério da Saúde, a qualquer momento, 
suspender a fabricação e venda de qualquer dos produtos de que trata esta 
Lei, que, embora registrado, se torne suspeito de ter efeitos nocivos à saúde 
humana. 
 
Se na drogaria houver suspeita de fraude ou falsificação de produto, este é 
identificado, colocado na área de segregados e avisado a autoridade sanitária. 
 
8. INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS 
 
Definições: 
 
 Biodisponibilidade: indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio 
ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na 
circulação sistêmica ou sua excreção na urina. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.360-1976?OpenDocument
41 
 
 Bioequivalência: consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre 
produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica 
composição qualitativa e quantitativa de princípio(s) ativo(s), e que tenham 
comparável biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo desenho 
experimental. 
 Medicamento de referência: é um produto inovador, registrado no órgão federal 
responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País cuja eficácia, 
segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal 
competente por ocasião do registro. A empresa interessada em registrar 
medicamentos genéricos e/ou similares deverá utilizar obrigatoriamente o 
medicamento de referência constante nas listas vigentes disponíveis nesta página 
(lista A e lista B) de acordo com os requisitos específicos da RDC 35 de 
15/06/2012, que dispõe sobre os critérios de indicação, inclusão e exclusão de 
medicamentos na Lista de Medicamentos de Referência. 
 Medicamento genérico: é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na 
mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a 
mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, 
apresentando eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de referência 
podendo, com este, ser intercambiável. A intercambialidade, ou seja, a segura 
substituição do medicamento de referência pelo seu genérico, é assegurada por 
testes de equivalência terapêutica, que incluem comparação in vitro, através dos 
estudos de equivalência farmacêutica e in vivo, com os estudos de 
bioequivalência apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Os 
medicamentos genéricos podem ser identificados pela tarja amarela na qual se lê 
"Medicamento Genérico". Além disso, deve constar na embalagem a frase 
“Medicamento Genérico Lei nº 9.787/99”. Como os genéricos não têm marca, o 
que você lê na embalagem é o princípio ativo do medicamento. 
 Medicamento similar: é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios 
ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, 
posologia e indicação terapêutica, e que é equivalente ao medicamento registrado 
no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em 
características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, 
embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado 
por nome comercial ou marca. 
42 
 
 Produto Farmacêutico Intercambiável: equivalente terapêutico de um 
medicamento de referência, comprovados, essencialmente, os mesmos efeitos de 
eficácia e segurança. 
 
Dois medicamentos são intercambiáveis entre si se forem equivalentes 
terapêuticos de um medicamento de referência, comprovados, essencialmente, os 
mesmos efeitos de eficácia e segurança. 
Dois medicamentos são equivalentes terapêuticos entre si se forem 
equivalentes farmacêuticos e se, após administração na mesma dose molar, seus 
efeitos em relação à eficácia e segurança são essencialmente os mesmos, o que é 
avaliado por meio de estudos de bioequivalência apropriados, ensaios 
farmacodinâmicos, ensaios clínicos ou estudos in vitro. 
Dois medicamentos são equivalentes farmacêuticos entre si se contiverem o 
mesmo fármaco (mesmo sal ou éster da mesma molécula terapeuticamente ativa), na 
mesma quantidade e forma farmacêutica, podendo ou não conter excipientes 
idênticos; devem cumprir com as mesmas especificações atualizadas da Farmacopéia 
Brasileira e, na ausência destas, com as de outros códigos autorizados pela legislação 
vigente ou, ainda, com outros padrões aplicáveis de qualidade, relacionados à 
identidade, dosagem, pureza, potência, uniformidade de conteúdo, tempo de 
desintegração e velocidade de dissolução, quando for o caso. 
O medicamento genérico é intercambiável com o seu referência. Se houver 
mais de um Genérico por Referência, todos serão intercambiáveis entre si, não sendo 
necessária a comprovação da equivalência terapêutica entre Genéricos de um mesmo 
Referência. 
O medicamento similar que comprovou a equivalência terapêutica com um 
Referência será intercambiável com ele também. Para exemplificar: caso seja 
prescrito um medicamento de referência poderá ser dispensado o próprio referência, 
ou o genérico, ou o similar intercambiável. Caso o medicamento seja prescrito pelo 
nome genérico, poderá ser dispensado o genérico ou o referência. Caso seja prescrito 
um similar intercambiável, poderá ser dispensado o próprio similar intercambiável ou 
referência. 
43 
 
 
1. Em farmácias do âmbito privado: 
 
a. Receita contendo medicamento descrito pela DCB ou, na sua falta, pela DCI: pode 
ser dispensado o Referência ou o respectivo Genérico. 
b. Receita contendo medicamento descrito pela marca do Referência: pode ser 
dispensado o Referência,o respectivo Genérico ou o Similar Intercambiável. 
c. Receita contendo medicamento descrito pela marca do Similar Intercambiável: 
pode ser dispensado o Similar Intercambiável ou o Referência. 
 
d. Receita contendo medicamento descrito pela marca de um similar não 
intercambiável: pode ser dispensado somente este similar. 
 
 
 
44 
 
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) autoriza o farmacêutico executar a 
intercambialidade terapêutica e a substituição genérica. 
A intercambialidade indica a possibilidade de substituição do medicamento de 
Referência prescrito por um profissional da saúde por outro medicamento, Genérico 
ou Similar intercambiável, que contenha o mesmo princípio ativo, na mesma dose e 
forma farmacêutica, administrado pela mesma via e com a mesma posologia e 
indicação terapêutica. 
 Convém ressaltar que a troca pelo genérico ou similar correspondente não 
poderá ser realizada quando o médico escrever na receita de punho próprio que não 
autoriza o intercâmbio. 
 
9. TERMO-HIGRÔMETRO 
 
 Responsável: Farmacêutico 
Objetivo: Controlar a temperatura e a umidade ambiente da farmácia para 
manter a estabilidade dos medicamentos. 
Material necessário: Planilha de registro de temperatura ambiente (POP 
FAR18, Anexo pg. 95). 
 
Procedimento 
 A farmácia possui 02 termômetros para controle da temperatura e umidade 
ambiente, localizados na área de dispensação e na área administrativa (sala do 
farmacêutico). 
A verificação da temperatura ambiente da farmácia deve ocorrer 02 vezes ao 
dia, sempre no início de cada turno (às 07h e às 14h) pelos funcionários da manhã e 
da tarde responsáveis pelo atendimento. 
Os passos para verificação das temperaturas atual, mínima e máxima ambiente 
estão descritos a seguir: 
45 
 
1. Anotar a data e horário da verificação na planilha de controle da 
temperatura ambiente. 
2. Verificar a temperatura atual no termômetro e registrar. 
3. Apertar o botão Max/Min para verificar a temperatura mínima e máxima 
registradas, e anotar na planilha. 
4. Apertar o botão Reset/ Clear para apagar os registros anteriores. 
5. Rubricar no campo “funcionário”. 
Obs: Caso a temperatura atual esteja maior que 25°C, deve-se reduzir a 
temperatura do ar condicionado para refrigerar o ambiente 
 
A umidade ambiente também deve ser controlada e ficar entre 40% e 70%. Os 
passos para verificação da umidade atual, mínima e máxima estão descritos a seguir: 
1. Verificar a umidade atual no termômetro e registrar; 
2. Apertar o botão Max/Min para verificar a Umidade mínima e máxima 
registradas, e anotar na planilha. 
3. Apertar o botão Reset/clear para apagar os registros anteriores. 
Obs: Caso a umidade atual esteja fora da faixa recomendada, deve-se ajustar 
o ar condicionado e monitorar. 
 
Aceitabilidade: Temperatura ideal entre 15 e 25 °C e umidade entre 40 e 70%. 
 
Observação: 
Antes de anotar um valor fora da faixa recomendada, questionar o 
Farmacêutico, pois pode ser problema de calibração no termômetro, devendo o 
mesmo ser reiniciado, aguardando-se 30 minutos para nova leitura. 
 
 
 
46 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANVISA. RESOLUÇÃO, RDC Nº 222, DE 28 DE MARÇO DE 2018. Regulamenta as 
Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, Edição: 61, Seção: 1, Página: 76, 2018. 
 
ANVISA. RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009. Dispõe sobre Boas Práticas 
Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da 
comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias 
e drogarias e dá outras providências. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2009/rdc0044_17_08_2009.pdf. 
Acesso em 15 de fev. 2023. 
 
ANVISA. PORTARIA Nº 344, DE 12 DE MAIO DE 1998. Aprova o Regulamento 
Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Disponível 
em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep.ht
ml. Acesso em 18 de fev. 2023. 
 
BRASIL. Diretrizes Da Sociedade Brasileira De Diabetes 2019-2020. Editora 
Científica Clannad, Brasília, 2021. Disponível em: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5730478/mod_resource/content/0/Diretrizes-
SBD-2019-2020.pdf. Acesso em 18 de fev. 2023. 
 
BRASIL. Procedimento de medida da Pressão Arterial. I Congresso Brasileiro de 
Ciências Farmacêuticas, Foz do Iguaçu – Paraná, 15-18 de nov. 2017. 
 
BRASIL. Capacitação de pessoal em sala de vacinação - manual do treinando. 
Organizado pela Coordenação do Programa Nacional de Imunizações. 2a ed. rev. e 
ampl. – Brasília: Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde, 2001. 
 
BRASIL. Lei n° 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o Controle Sanitário 
do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e dá 
outras Providências. Presidente da república. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5991.htm#:~:text=LEI%20No%205.991%2
C%20DE%2017%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201973.&text=Disp%C3%B5e%2
0sobre%20o%20Controle%20Sanit%C3%A1rio,Correlatos%2C%20e%20d%C3%A1
%20outras%20Provid%C3%AAncias. Acesso em 18 de fev. 2023. 
 
CFF. RESOLUÇÃO, RDC N.º 33, DE 25 DE FEVEREIRO DE 2003. Dispõe sobre o 
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. 
Conselho Federal de Farmácia, 2003. Disponível em: 
https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucao_sanitaria/33.pdf. Acesso em 17 de fev. 
2023. 
 
RAPKIEWICZ, J. C.; GROBE, R. Manual para a dispensação de medicamentos - 
sujeitos a controle especial. Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná, 
4a edição, 2015. 
 
 
	1. IDENTIFICAÇÃO DA DROGARIA
	2. INTRODUÇÃO
	3. PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA E HIGIENE
	Condições para funcionamento
	Limpeza da Drogaria
	Condições De Limpeza Da Sala De Aplicação De Injetáveis
	Técnica De Lavagem Das Mãos
	Aplicação De Injetáveis
	Rotina De Aplicação Intramuscular
	Locais De Administração
	Assepsia do local e preparo do material
	Tipos de Agulhas
	Primeiros Socorros Decorrentes Da Aplicação De Injetáveis
	Verificação Da Pressão Arterial
	Rotina Para Aferição Da Pressão Arterial
	Recomendações Prévias
	Posicionamento do paciente e escolha do braço
	Largura da bolsa de borracha
	Técnica
	Dosagem Da Glicemia Capilar
	Diagnóstico de diabetes mellitus
	Verificação Da Temperatura Corporal
	5. MEDICAMENTOS
	Recepção e Armazenamento de Medicamentos
	Dispensação De Medicamentos
	6. MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL
	NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "A" (COR AMARELA)
	NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "B" (COR AZUL)
	NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ESPECIAL (COR BRANCA)
	NOTIFICAÇÃO DE RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL EM 02 (DUAS) VIAS
	Venda de medicamento sujeito a controle especial
	7. ANTIMICROBIANOS
	Retirada de Medicamentos Vencidos
	Destino dos medicamentos vencidos
	Destino Correto Do Lixo
	Embalagem
	Produtos Interditados Para Uso
	8. INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS
	1. Em farmácias do âmbito privado:
	9. TERMO-HIGRÔMETRO
	REFERÊNCIAS

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