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TÓPICOS ESPECIAIS I

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TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
133
 Aula 
ALTERAÇÕES NO 
EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE E 
GASOMETRIA
7ª
A redução da temperatura corporal tem efeitos importantes no transporte 
e no consumo do oxigênio. Durante a hipotermia, a afinidade da hemoglo-
bina pelo oxigênio é aumentada e, por outro lado, os tecidos necessitam 
menos oxigênio para os seus processos metabólicos. A redução do consumo 
de oxigênio no metabolismo contribui para diminuir a produção de dióxido 
de carbono e, por consequência, a pressão parcial do dióxido de carbono 
(PCO2), no sangue fica mais baixa.
A neutralidade da água depende da temperatura. Quando se reduz a tem-
peratura do organismo, o ponto de neutralidade e, consequentemente, os 
mecanismos de dissociação iônica, ficam alterados de tal modo que, com o 
resfriamento da água do organismo, o número de íons hidrogênio livre no 
líquido intracelular tende a aumentar. Isso torna difícil, a correta análise 
e interpretação dos principais parâmetros do equilíbrio ácido-base, pH e 
PCO2, durante a hipotermia. 
Via de regra o pH se eleva à medida que a temperatura cai, na proporção 
aproximada de 0,0147 para cada grau centígrado de redução da tempera-
tura. Dessa forma podemos considerar adequado à 28°C de temperatura, 
um pH de 7,58. As alterações do dióxido de carbono, durante a hipotermia, 
estão também relacionadas às modificações complexas produzidas pelas 
baixas temperaturas nos sistemas tampão, especialmente no sistema bicar-
bonato/ácido carbônico.
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
134
Ao final desta aula, esperamos que vocês sejam capazes de:
•	 identificar	as	alterações	do	equilíbrio	ácido-base	e	gasometria;
•	 diagnosticar	os	principais	distúrbios	de	pH	no	organismo	humano;
•	 compreender	suas	causas	e	tratamentos.
SEÇÃO 1	-	Fisiologia	respiratória
SEÇÃO 2	-	Gasometria
A	função	da	respiração	é	essencial	à	manutenção	da	vida	e	pode	ser	definida,	de	um	
modo	simplificado,	como	uma	troca	de	gases	entre	as	células	do	organismo	e	a	atmosfera.	A	
respiração	é	um	processo	bastante	simples	nas	formas	de	vida	unicelulares,	como	as	bacté-
rias,	por	exemplo.	Nos	seres	humanos,	depende	da	função	de	um	sistema	complexo,	o	sistema	
respiratório	(COSTA;	SILVA,	2019;	ÁVILA	et al.,	2018;	RODRIGUES	et al.,	2017).
Embora	viva	imerso	em	gases,	o	organismo	humano	precisa	de	mecanismos	espe-
ciais	do	sistema	respiratório,	para	isolar	o	oxigênio	do	ar	e	difundi-lo	no	sangue	e,	ao	mesmo	
tempo,	 remover	o	dióxido	de	carbono	do	sangue	para	eliminação	na	atmosfera.	O	sistema	
respiratório	pode	ser	representado,	simplificadamente,	por	uma	membrana	com	enorme	su-
perfície	em	que,	de	um	lado	existe	o	ar	atmosférico	e	do	outro	lado	o	sangue	venoso	(COS-
TA;	SILVA,	2019;	ÁVILA	et al.,	2018;	RODRIGUES	et al.,	2017).	Através	da	membrana,	
ocorrem	as	trocas	gasosas.
Quando	o	ar	passa	pelo	nariz,	ocorrem	três	funções	distintas	nas	cavidades	nasais:
•	 o	ar	é	aquecido	pelas	superfícies	dos	cornetos	e	do	septo,	que	tem	a	área	de	
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
SEÇÕES DE ESTUDO
Turma,	nesta	aula	vamos	estudar	os	manuais	de	abordagem	para	o	diagnóstico	de	
desequilíbrios	ácido-base.	É	de	extrema	importância	que	vocês,	futuros	Biomédicos.	
Portanto,	fiquem	ligados	nestes	assuntos.
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIASEÇÃO 01
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
135
cerca	de	160	cm2;	
•	 o	ar	é	umedecido	quase	por	completo,	mesmo	antes	de	passar	além	do	nariz;	
•	 o	ar	é	filtrado.
Essas	funções,	em	conjunto,	denominam-se	condicionamento	do	ar	das	vias	respi-
ratórias	superiores.	Os	pulmões	estão	localizados	na	caixa	torácica	à	direita	e	à	esquerda	do	
mediastino,	ocupado	pelo	coração,	grandes	vasos,	traqueia,	timo	esôfago	e	troncos	nervosos.	
Os	pulmões	não	são	perfeitamente	iguais	(COSTA;	SILVA,	2019;	ÁVILA	et al.,	2018;	RO-
DRIGUES	et al.,	2017).	
O	pulmão	direito	é	maior	e	é	dividido	por	duas	incisuras	em	três	partes	chamadas	
lobos:	o	lobo	superior,	o	lobo	médio	e	o	lobo	inferior.	O	pulmão	esquerdo	apresenta	apenas	
uma	incisura,	formando	dois	lobos,	um	superior	e	outro	inferior.	Na	face	interna	de	cada	pul-
mão	existe	o	hilo	pulmonar,	através	do	qual	penetram	os	brônquios	e	as	artérias	pulmonares	
e	emergem	as	veias	pulmonares	(COSTA;	SILVA,	2019;	ÁVILA	et al.,	2018;	RODRIGUES	
et al.,	2017).	
O	 ar	 chega	 aos	 pulmões	 através	 das	 fossas	 nasais	 ou	 da	 boca	 e	 sucessivamente,	
atravessa	a	faringe,	a	laringe,	a	traqueia	e	os	brônquios,	que	se	ramificam,	penetrando	nos	
pulmões.	Externamente,	cada	pulmão	é	revestido	por	uma	membrana	transparente,	a	pleura,	
formada	por	dois	folhetos	separados	por	um	espaço	virtualmente	nulo.	Os	brônquios	se	rami-
ficam	a	partir	do	hilo	e	cada	ramo	penetra	num	lobo.	No	interior	do	lobo	os	brônquios	voltam	
a	se	ramificar,	estabelecendo	ligações	com	os	diversos	segmentos	que	compõem	cada	lobo	
(COSTA;	SILVA,	2019;	ÁVILA	et al.,	2018;	RODRIGUES	et al.,	2017).
A	ventilação	é	o	processo	de	conduzir	o	ar	da	atmosfera	até	os	alvéolos	pulmonares.	
Nas	fossas	nasais	e	na	nasofaringe	existem	estruturas	vasculares	que	aquecem	e	umidificam	
o	ar	 inspirado.	As	vias	aéreas	superiores,	acima	dos	bronquíolos	 respiratórios	 tem	suporte	
cartilaginoso.	São	revestidas	de	epitélio	colunar	com	um	grande	número	de	células	produto-
ras	de	muco,	que	auxiliam	na	umidificação	do	ar	e	no	transporte	de	partículas	inaladas,	para	
expulsão	pelos	movimentos	ciliares	e	pela	tosse.	A	partir	dos	bronquíolos,	até	as	unidades	
respiratórias	terminais	não	há	suporte	de	cartilagem.	As	bifurcações	ocorrem	a	curtos	inter-
valos,	até	que	os	segmentos	de	bronquíolos	atravessam	a	parede	alveolar,	para	cada	alvéolo	
individualmente	(COSTA;	SILVA,	2019;	ÁVILA	et al.,	2018;	RODRIGUES	et al.,	2017).	
A	expansão	e	a	retração	dos	pulmões	promovem	a	entrada	e	a	saída	de	ar	do	seu	in-
terior,	à	semelhança	de	um	fole.	Dois	mecanismos	são	responsáveis	pela	movimentação	dos	
pulmões:
1.	 Os	movimentos	do	diafragma,	para	cima	e	para	baixo,	que	fazem	variar	o	vo-
1.1 Ventilação pulmonar
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
136
lume	da	caixa	torácica.	Para	a	inspiração	o	diafragma	traciona	a	superfície	inferior	dos	pul-
mões	para	baixo;	para	a	expiração,	o	diafragma	simplesmente	se	relaxa	e	a	retração	elástica	
dos	pulmões,	da	caixa	torácica	e	as	estruturas	abdominais	comprimem	os	pulmões.
2.	 A	elevação	e	o	abaixamento	das	costelas	aumentam	ou	diminuem	o	diâmetro	
anteroposterior	da	caixa	torácica,	afastando	o	esterno	da	coluna	e	tornando	as	costelas	mais	
horizontais,	alavancadas	pelos	músculos	intercostais.	A	movimentação	da	caixa	torácica	pro-
duz	variações	na	pressão	das	vias	respiratórias	(COSTA;	SILVA,	2019;	ÁVILA	et al.,	2018;	
RODRIGUES	et al.,	2017).	
Na	inspiração,	a	pressão	intra-alveolar	se	torna	ligeiramente	negativa	em	relação	à	
pressão	atmosférica,	alcançando	cerca	de	-1	mmHg.	Isso	faz	o	ar	penetrar	através	das	vias	
respiratórias.	Na	expiração	normal,	 a	pressão	 intra-alveolar	 se	 eleva	 aproximadamente	+1	
mmHg,	 fazendo	o	ar	 sair	por	meio	das	vias	 respiratórias.	Durante	a	 respiração	 forçada	as	
pressões	podem	alcançar	o	valor	de	100mmHg,	durante	uma,	expiração	máxima	com	a	glote	
fechada.	Pode	ainda	alcançar	-80	mmHg,	durante	uma	inspiração	forçada.	A	tendência	natu-
ral	dos	pulmões	é	de	colapsar	e	se	afastar	da	parede	torácica.	Esta	tendência	se	deve	a	dois	
fatores	(COSTA;	SILVA,	2019;	ÁVILA	et al.,	2018;	RODRIGUES	et al.,	2017).	
O	primeiro	 são	as	 fibras	elásticas	abundantes	no	 tecido	pulmonar,	que	 se	estiram	
com	a	 insuflação	pulmonar	 e	 retomam	seu	comprimento	original,	 logo	em	seguida.	O	 se-
gundo	é	a	tensão	superficial	do	líquido	que	reveste	internamente	os	alvéolos,	que	faz	com	
que	os	mesmos	mantenham	a	tendência	ao	colapso.	Esse	efeito	decorre	da	atração	entre	as	
moléculas	do	 líquido	que,	continuamente,	 tendem	a	diminuir	a	superfície	de	cada	alvéolo.	
As	fibras	elásticas	contribuem	com	um	terço	da	tendência	de	retração	pulmonar,	enquanto	a	
tensão	superficial	contribui	com	os	doisterços	restantes	(COSTA;	SILVA,	2019;	ÁVILA	et 
al.,	2018;	RODRIGUES	et al.,	2017).	
O	espaço	pleural	mantém	permanentemente	uma	pressão	negativa	no	seu	interior,	
que	impede	o	colapso	dos	pulmões.	Esta	pressão	negativa	oscila	em	torno	de	-4	mmHg.	Na	
inspiração	profunda	a	pressão	negativa	intrapleural	pode	atingir	a	-18	mmHg,	que	promove	
a	expansão	pulmonar	máxima.	A	tendência	à	retração	determinada	pela	fina	camada	líquida	
que	 reveste	 a	 superfície	 dos	 alvéolos	 é	 contrabalançada	por	 uma	mistura	 de	 lipoproteínas	
chamada	surfactante,	secretada	por	células	especiais,	existentes	no	epitélio	de	revestimento	
dos	alvéolos.	Os	componentes	mais	importantes	do	surfactante	são	os	fosfolipídios,	como	o	
dipalmitol-lecitina,	o	dipalmitol	fosfatidilcolina,	as	proteínas	e	os	íons	cálcio	(COSTA;	SIL-
VA,	2019;	ÁVILA	et al.,	2018;	RODRIGUES	et al.,	2017).
O	 surfactante	 tem	 a	 propriedade	 de	 diminuir	 a	 tensão	 superficial	 do	 líquido	 que	
reveste	 os	 alvéolos,	 favorecendo	 a	 sua	 expansão.	 Na	 ausência	 de	 surfactante	 a	 expansão	
pulmonar	torna-se	difícil	e	exige	pressões	pleurais	muito	negativas,	da	ordem	de	-25	mmHg,	
para	superar	a	tendência	ao	colabamento	dos	alvéolos	(COSTA;	SILVA,	2019;	ÁVILA	et al.,	
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
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2018;	RODRIGUES	et al.,	2017).
Conforme	Costa	e	Silva	(2019),	Ávila	 .	(2018)	e	Rodrigues	et al.	(2017),	temos	
que	a	Gasometria	informa	sobre:
Turma,	na	próxima	seção	vamos	refletir	sobre	as	diretrizes	da	gasometria.	Precisa-
mos	mergulhar	nas	informações	científicas	relacionadas	aos	temas	para	assegurar	o	
conhecimento	técnico	dos	futuros	Biomédicos.
GASOMETRIASEÇÃO 02
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
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Fonte: COSTA; SILVA (2019); ÁVILA et al. (2018); RODRIGUES et al. (2017).
Fonte: COSTA; SILVA (2019); ÁVILA et al. (2018); RODRIGUES et al. (2017).
	
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
139
Fonte: COSTA; SILVA (2019); ÁVILA et al. (2018); RODRIGUES et al. (2017).
Fonte: COSTA; SILVA (2019); ÁVILA et al. (2018); RODRIGUES et al. (2017).
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
140
Valores de referência:
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
141
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
142
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
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RETOMANDO A AULA
SEÇÃO 1 - FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
A	concentração	dos	diferentes	gases	no	ar	dos	alvéolos	não	é	exatamente	a	mesma	
do	ar	atmosférico.	O	ar	alveolar	não	é	completamente	renovado	a	cada	respiração;	parte	do	
transferido	ao	sangue	e	o	dióxido	de	carbono	do	sangue	é	continuamente	transferido	ao	ar	al-
veolar.	Além	disso,	o	ar	atmosférico	seco	que	penetra	nas	vias	respiratórias	é	umidificado	nas	
vias	aéreas	superiores.	Isto	faz	com	que	o	ar	alveolar	tenha	menor	teor	de	oxigênio	e	maior	
teor	de	dióxido	de	carbono	e	de	vapor	d’água.	
O	oxigênio	é	continuamente	absorvido	no	sangue	dos	alvéolos	pulmonares	enquanto	
novo	oxigênio	atmosférico	entra	nos	alvéolos.	Quanto	maior	a	rapidez	com	que	o	oxigênio	
é	absorvido,	 tanto	menor	se	 torna	a	sua	concentração	nos	alvéolos;	por	outro	lado,	quanto	
mais	rapidamente	o	oxigênio	da	atmosfera	é	levado	aos	alvéolos,	maior	se	torna	a	sua	con-
centração.	Por	isso,	a	concentração	do	oxigênio	nos	alvéolos,	bem	como	sua	pressão	parcial,	
é	controlada:	primeiro,	pela	velocidade	de	absorção	do	oxigênio	para	o	sangue;	e,	segundo,	
pela	velocidade	de	entrada	de	novo	oxigênio	para	os	pulmões	pelo	processo	ventilatório.	O	
dióxido	de	carbono	é	continuamente	formado	no	organismo	e,	então,	descarregado	nos	alvé-
olos,	sendo	removido	destes	pela	ventilação	pulmonar.	
Portanto,	os	dois	fatores	que	determinam	a	concentração	alveolar	do	dióxido	de	car-
bono	e,	também,	sua	pressão	parcial	no	sangue	(PaCO2)	são	a	velocidade	de	eliminação	do	
Chegamos,	 assim,	 ao	final	 de	 nossa	 primeira	 aula.	Espera-
mos	 que	 agora	 tenha	 ficado	mais	 claro	 o	 entendimento	 de	
vocês	sobre	a	importância	em	conhecer	um	pouco	mais	sobre	
as	alterações	do	equilíbrio	ácido-base	e	gasometria.
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
144
dióxido	de	carbono	para	os	alvéolos	e	a	velocidade	com	que	o	dióxido	de	carbono	é	removido	
dos	alvéolos	pela	ventilação	alveolar.	O	teor	de	CO2	do	ar	alveolar	aumenta	em	proporção	
direta	com	a	eliminação	de	dióxido	de	carbono	do	sangue	e,	o	teor	de	CO2	do	ar	alveolar	
diminui	na	proporção	inversa	da	ventilação	alveolar.
SEÇÃO - GASOMETRIA
A	função	normal	das	células	do	organismo	depende	de	uma	série	de	processos	bio-
químicos	e	enzimáticos	do	metabolismo	celular.	Diversos	fatores	devem	ser	mantidos	dentro	
de	 estreitos	 limites,	 para	preservar	 a	 função	celular,	 como	a	 temperatura,	 a	osmolaridade,	
os	eletrólitos	e	as	quantidades	de	nutrientes,	oxigênio,	dióxido	de	carbono	e	íon	hidrogênio.	
Quando	se	adiciona	ácido	à	água,	mesmo	em	pequenas	quantidades,	o	pH	se	altera	rapida-
mente.	O	mesmo	ocorre	com	a	adição	de	bases.	Pequenas	quantidades	de	ácido	ou	de	base	
podem	produzir	grandes	alterações	do	pH	da	água.	Se	adicionarmos	ácido	ou	base	ao	plasma	
sanguíneo,	veremos	que	há	necessidade	de	uma	quantidade	apreciável	de	um	ou	de	outro,	até	
que	se	produzam	alterações	do	pH.	
O	balanço	entre	ácidos	e	bases	no	organismo	é	uma	busca	constante	do	equilíbrio;	o	
plasma	resiste	às	variações	bruscas	do	pH.	O	plasma,	portanto,	dispõe	de	mecanismos	de	de-
fesa	contra	as	alterações	do	pH.	Os	mecanismos	de	defesa	do	organismo	contra	as	variações	
bruscas	do	pH,	são	químicos	e	fisiológicos,	e	agem	em	íntima	relação.	Os	mecanismos	quími-
cos	são	representados	por	conjuntos	de	substâncias	capazes	de	reagir	tanto	com	ácidos	quanto	
com	bases,	neutralizando-as,	e	dificultando	as	oscilações	do	pH.	Os	mecanismos	fisiológicos	
são	representados	pelos	pulmões	e	pelos	rins,	que	eliminam	substâncias	indesejáveis	ou	em	
excesso,	ácidos	ou	bases,	e	poupam	outras,	de	acordo	com	as	necessidades	do	momento.
O	mecanismo	de	defesa	de	natureza	respiratória	é	o	mais	imediato,	para	corrigir	alte-
rações	agudas,	como	as	que	ocorrem	durante	a	circulação	extracorpórea.	O	principal	produto	
do	metabolismo	é	o	dióxido	de	carbono	(CO2),	que	é	a	fonte	de	ácido	carbônico	(H2CO3),	
por	reação	química	com	a	água	(H2O).	Os	pulmões	eliminam	o	dióxido	de	carbono,	reduzin-
do	o	teor	de	ácidos	no	sangue	e	demais	compartimentos	líquidos	do	organismo.	Os	mecanis-
mos	renais	são	mais	lentos	e	tardios;	seus	efeitos	não	são	apreciáveis	naquelas	alterações.	A	
principal	função	dos	rins	no	balanço	ácido-base	é	promover	a	poupança	ou	a	eliminação	de	
bicarbonato,	conforme	as	necessidades	do	organismo.
LEITURA
COSTA,	Wênia;	SILVA,	Lismary	Barbosa	de	Oliveira.	Infecção da corrente san-
SUGESTÕES DE LEITURAS, SITES E FILMES: 
TÓPICOS ESPECIAIS I - Vinícius Oliveira - UNIGRAN
145
guínea associada ao uso de catéter venoso central em UTIs:	uma	revisão	da	literatura.	Repo-
sitório	Institucional	AEE,	2019.
RODRIGUES,	Camila	Alves	et	al.	Ventilação	não	invasiva	no	tratamento	de	pacien-
tes	com	HIV∕	AIDS	e	pneumocystis	jirovecii.	Revista Brasileira de Saúde Funcional,	v.	1,	n.	
1,	2017.
ÁVILA,	Walkíria	 Samuel	 et	 al.	 Caso	 5/2018-Insuficiência	 Respiratória	 Aguda	 e	
choque	 cardiogênico	 em	mulher	no	primeiro	 trimestre	de	gravidez	 e	portadora	de	prótese	
mitral	mecânica.	Arquivos Brasileiros de Cardiologia,	v.	111,	n.	4,	p.	629-634,	2018.
SITE
https://sbpt.org.br/portal/.
VALE A PENA ASSITIR
Gasometria parte 1.	 Disponível	 em:	 https://www.youtube.com/
watch?v=EV433mTnfF4.	Acesso	em:	17	nov.	2020.
Atividades da Aula 07
Após	 terem	 realizado	 uma	 boa	 leitura	 dos	 assuntos	 abordados,	 na	 Plataforma	 do	
CEAD	“Atividades”	estão	disponíveis	os	arquivos	com	as	atividades	 referentes	a	
esta	aula,	que	deverão	ser	respondidas	e	enviadas	por	meio	do	Portfólio	–	ferramenta	
do	ambiente	de	aprendizagem	UNIGRAN	Virtual.
MINHAS ANOTAÇÕES:
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