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Prof. Camila Texto literário • Texto plurissignificativo e subjetivo. • Não utilitário, não tem compromisso com a realidade. AZEVEDO,Álvares.Meu Sonho, in.:Lira dos vinte anos, Martins Fontes, 1996 As figuras de linguagem Figuras de linguagem etáffora IroniaComparação Comparação dirtáa “O mundo é um moinho.” Comparação indireta “ uu açoo ersooo oomo qurm ohosç.” Palarra oo etoáido iortreo, para críáica “ rcorerner oonç nncoiç rsç mroesç nç çser dr judiçs osiçnoço.” (Enem) Esaú e Jacó Bárbara entrou, enquanto o pai pegou da viola e passou ao patamar de pedra, à porta da esquerda. Era uma criaturinha leve e breve, saia bordada, chinelinha no pé. Não se lhe podia negar um corpo airoso. Os cabelos, apanhados no alto da cabeça por um pedaço de fita enxovalhada, faziam-lhe um solidéu natural, cuja borla era suprida por um raminho de arruda. Já vai nisto um pouco de sacerdotisa. O mistério estava nos olhos. Estes eram opacos, não sempre nem tanto que não fossem também lúcidos e agudos, e neste último estado eram igualmente compridos; tão compridos e tão agudos que entravam pela gente abaixo, revolviam o coração e tornavam cá fora, prontos para nova entrada e outro revolvimento. Não te minto dizendo que as duas sentiram tal ou qual fascinação. Bárbara interrogou-as; Natividade disse ao que vinha e entregou-lhe os retratos dos filhos e os cabelos cortados, por lhe haverem dito que bastava. — Basta, confirmou Bárbara. Os meninos são seus filhos? — São. ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. No relato da visita de duas mulheres ricas a uma vidente no Morro do Castelo, a ironia — um dos traços mais representativos da narrativa machadiana — consiste no a) modo de vestir dos moradores do morro carioca. b) senso prático em relação às oportunidades de renda. c) mistério que cerca as clientes de práticas de vidência. d) misto de singeleza e astúcia dos gestos da personagem. e) interesse do narrador pelas figuras femininas ambíguas. Figuras de linguagem Sioteáteia PtreooiccaçãoHipérbole eieáura dt etoáidoe “O ohriso coprso dço flosro ereç-mr oo oehoo pos drneso dr ouço péeçeço.” Exagero “Chosri eiesoo çooioeindo ço aiemr.” táo dt uumaoiaar o uut oão átm ação uumaoa “ o ondço erijçeçm ço çsriço dç psçiç.” Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para a) condenar a prática de exercícios físicos. b) valorizar aspectos da vida moderna. c) desestimular o uso das bicicletas. d) caracterizar o diálogo entre gerações. e) criticar a falta de perspectiva do pai. (Enem) Barroco Brasil - Século XVII Características gerais • Religiosidade • Hipérbole • Antíteses • Dualismos • Jogo de ideias • Cultismo e Conceptismo Gregório de Matos Guerra - Poesia Lírico-amoroea Passagem do tempo Beleza Amor Inconstância Religiosa Pecado/Perdão Mortalidade Carne/Espírito Saáírica Crítica Ironia Deboche Strmõte • Políticos • Religiosos • Reflexivos/críticos Padre Antônio Vieira (Eotm) Quando Deus redimiu da tirania Da mão do Faraó endurecido O Povo Hebreu amado, e esclarecido, Páscoa ficou da redenção o dia. Páscoa de flores, dia de alegria Àquele Povo foi tão afligido O dia, em que por Deus foi redimido; Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia. Pois mandado pela alta Majestade Nos remiu de tão triste cativeiro, Nos livrou de tão vil calamidade. Quem pode ser senão um verdadeiro Deus, que veio estirpar desta cidade O Faraó do povo brasileiro. DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006. Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto de Gregório de Matos apresenta temática expressa por a) visão cética sobre as relações sociais. b) preocupação com a identidade brasileira. c) crítica velada à forma de governo vigente. d) reflexão sobre os dogmas do cristianismo. e) questionamento das práticas pagãs na Bahia. Romantismo Brasil - Século XIX • Chegada da corte portuguesa. • Imprensa. • Proclamação da Independência. • Ascensão da burguesia. Contexto Romance Romântico ROMANCE URBANO ROMANCE INDIANISTA ROMANCE REGIONALISTA folhetim (Enem) O sertão e o sertanejo Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, tão diversos pelo matiz das cores, o capim crescido e ressecado pelo ardor do sol transforma-se em vicejante tapete de relva, quando lavra o incêndio que algum tropeiro, por acaso ou mero desenfado, ateia com uma faúlha do seu isqueiro. Minando surda na touceira, queda a vida centelha. Corra daí a instantes qualquer aragem, por débil que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula, como que a contemplar medrosa e vacilante os espaços imensos que se alongam diante dela. O fogo, detido em pontos, aqui, ali, a consumir com mais lentidão algum estorvo, vai aos poucos morrendo até se extinguir de todo, deixando como sinal da avassaladora passagem o alvacento lençol, que lhe foi seguindo os velozes passos. Por toda a parte melancolia; de todos os lados éticas perspectivas. É cair, porém, daí a dias copiosa chuva, e parece que uma varinha de fada andou por aqueles sombrios recantos a traçar às pressas jardins encantados e nunca vistos. Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade. Transborda a vida. TAUNAY, A. Inocência. São Paulo: Ática, 1999 (adaptado). O romance romântico teve fundamental importância na formação da ideia de nação. Considerando o trecho acima, é possível reconhecer que uma das principais e permanentes contribuições do Romantismo para construção da identidade da nação é a: a) possibilidade de apresentar uma dimensão desconhecida da natureza nacional, marcada pelo subdesenvolvimento e pela falta de perspectiva de renovação. b) consciência da exploração da terra pelos colonizadores e pela classe dominante local, o que coibiu a exploração desenfreada das riquezas naturais do país. c) construção, em linguagem simples, realista e documental, sem fantasia ou exaltação, de uma imagem da terra que revelou o quanto é grandiosa a natureza brasileira. d) expansão dos limites geográficos da terra, que promoveu o sentimento de unidade do território nacional e deu a conhecer os lugares mais distantes do Brasil aos brasileiros. e) valorização da vida urbana e do progresso, em detrimento do interior do Brasil, formulando um conceito de nação centrado nos modelos da nascente burguesia brasileira. 1ª Gtração 2ª Gtração 3º Geração • Indianista • Nacionalista • Ultrarromântica • Mal do século • Social • Condoreira Poesia Romântica (Eotm) Soneto Ja ́ da morte o palor me cobre o rosto, Nos la ́bios meus o alento desfalece, Surda agonia o corac ̧a ̃o fenece, E devora meu ser mortal desgosto! Do leito embalde no macio encosto Tento o sono reter!... já esmorece O corpo exausto que o repouso esquece... Eis o estado em que a ma ́goa me tem posto! O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade. Da ́-me a esperanc ̧a com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem ja ́ na ̃o vive! AZEVEDO, A. Oesç oompereç. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000. O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O fundamento desse lirismo é a) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte. b) a melancolia que frustra a possibilidade de reaça ̃o diante da perda. c) o descontrole das emoço ̃es provocado pela autopiedade. d) o desejo de morrer como alívio para a desilusa ̃o amorosa. e) o gosto pela escuridão como soluc ̧ão para o sofrimento. ● Verifique o nome do autor. ● Identifique a palavra-chave da pergunta e busque-a no poema. ● Procure palavras que se repetem, além de sinônimos. Interpretação de poema Lembre!! IDENTIFIQUE FIGURtS DE LINGUtGEe! LEIA POEMAS! (Enem) Se for possível, manda-me dizer: – É lua cheia. A casa estávazia – Manda-me dizer, e o paraíso Há de ficar mais perto, e mais recente Me há de parecer teu rosto incerto. Manda-me buscar se tens o dia Tão longo como a noite. Se é verdade Que sem mim só vês monotonia. E se te lembras do brilho das marés De alguns peixes rosados Numas águas E dos meus pés molhados, manda-me dizer: – É lua nova – E revestida de luz te volto a ver. HILST, H. Júbilio, memória, noviciado da paixão. São Paulo: Cia das Letras, 2018. Falando ao outro, o eu lírico revela-se vocalizando um desejo que remete ao a) ceticismo quanto à possibilidade do reencontro. b) tédio provocado pela distância física do ser amado. c) sonho de autorrealização desenhado pela memória. d) julgamento implícito das atitudes de quem se afasta. e) questionamento sobre o significado do amor ausente. Machadão da Massa “Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies.” QUESTÕES ENEM Quteáão 1. (Enem) Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da corte como brilhante meteoro e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira seu fulgor? Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros. Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na sociedade. Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda certa emancipação feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse. Constava também que Aurélia tinha um tutor; mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter da pupila, não devia exercer maior influência em sua vontade, do que a velha parenta. ALENCAR, J. Srnhosç. São Paulo: Ática, 2006. O romance Srnhosç, de José de Alencar, foi publicado em 1875. No fragmento transcrito, a presença de D. Firmina Mascarenhas como “parenta” de Aurélia Camargo assimila práticas e convenções sociais inseridas no contexto do Romantismo, pois a) o trabalho ficcional do narrador desvaloriza a mulher ao retratar a condição feminina na sociedade brasileira da época. )) O trabalho ficcional do narrador mascara os hábitos no enredo de seu romance. c) as características da sociedade em que Aurélia vivia são remodeladas na imaginação do narrador romântico. d) o narrador evidencia o cerceamento sexista à autoridade da mulher, financeiramente independente. t) o narrador incorporou em sua ficção hábitos muito avançados para a sociedade daquele período histórico. Questão 2. (Enem) Texto I Se eu tenho de morrer na flor dos anos, Meu Deus! não seja já; Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde, Cantar o sabiá! Meu Deus, eu sinto e bem vês que eu morro Respirando esse ar; Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo Os gozos do meu lar! Dá-me os sítios gentis onde eu brincava Lá na quadra infantil; Dá que eu veja uma vez o céu da pátria, O céu de meu Brasil! Se eu tenho de morrer na flor dos anos, Meu Deus! Não seja já! Eu quero ouvir cantar na laranjeira, à tarde, Cantar o sabiá! ABREU, C. Poetas românticos brasileiros. São Paulo: Scipione, 1993. Texto II A ideologia romântica, argamassada ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, introduziu-se em 1836. Durante quatro decênios, imperaram o “eu”, a anarquia, o liberalismo, o sentimentalismo, o nacionalismo, através da poesia, do romance, do teatro e do jornalismo (que fazia sua aparição nessa época). MOISÉS, M. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1971 (fragmento). De acordo com as considerações de Massaud Moisés, no Texto II, o Texto I centra-se: a) no imperativo do “eu”, reforçando a ideia de que estar longe do Brasil é uma forma de estar bem, já que o país sufoca o eu lírico. )) no nacionalismo, reforçado pela distância da pátria e pelo saudosismo em relação à paisagem agradável onde o eu lírico vivera a infância. c) na liberdade formal, que se manifesta na opção por versos sem métrica rigorosa e temática voltada para o nacionalismo. d) no fazer anárquico, entendida a poesia como negação do passado e da vida, seja pelas opções formais, seja pelos temas. t) no sentimentalismo, por meio do qual se reforça a alegria presente em oposição à infância, marcada pela tristeza. Quteáão 3. (Enem) Confidência do itabirano De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil; este São Benedito do velho santeiro Alfredo Durval; este couro de anta, estendido no sofá de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa. Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói. ANDRADE, C. D. Srneimrneo do mundo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012 (fragmento). O poeta pensa a região como lugar, pleno de afetos. A longa história da ocupação de Minas Gerais, iniciada com a mineração, deixou marcas que se atualizam em Itabira, pequena cidade onde nasceu o poeta. Nesse sentido, a evocação poética indica o(a): a) pujança da natureza resistindo à ação humana. )) sentido de continuidade do progresso. c) cidade como imagem positiva da identidade mineira. d) percepção da cidade como paisagem da memória. t) valorização do processo de ocupação da região. Questão 4. (Enem) Mal secreto Se a cólera que espuma, a dor que mora N’alma, e destrói cada ilusão que nasce, Tudo o que punge, tudo o que devora O coração, no rosto se estampasse; Se se pudesse, o espírito que chora, Ver através da máscara da face, Quanta gente, talvez, que inveja agora Nos causa, então piedade nos causasse! Quanta gente que ri, talvez, consigo Guarda um atroz, recôndito inimigo, Como invisível chaga cancerosa! Quanta gente que ri, talvez existe, Cuja ventura única consiste Em parecer aos outros venturosa! CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasília: Alhambra, 1995. Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse julgamento revela que a) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir de forma dissimulada. )) o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando compartilhado por um grupo social. c) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza o sentimento de inveja. d) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a apiedar-se do próximo. t) a transfiguração da angústia em alegria é um artifício nocivo ao convívio social. Quteáão 5. (Enem) Capíáulo LIV — t pêodula Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada. Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o sono, o bater da pêndula fazia-me muito mal; esse tique-taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer a cada golpe que eu ia ter um instante menos de vida. Imaginava então um velho diabo, sentado entre dois sacos, o da vida e o da morte, e a contá-las assim: — Outra de menos… — Outra de menos… — Outra de menos… — Outra de menos… O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não deixasse de bater nunca, e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. Invenções há, que se transformam ou acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio e gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber a hora exata em que morre. Naquela noite não padeci essa triste sensação de enfado, mas outra,e deleitosa. As fantasias tumultuavam-me cá dentro, vinham umas sobre outras, à semelhança de devotas que se abalroam para ver o anjo-cantor das procissões. Não ouvia os instantes perdidos, mas os minutos ganhados. ASSIS, M. Mrmósiço póoeumço dr Bsco Cueço. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992 (fragmento). O capítulo apresenta o instante em que Brás Cubas revive a sensação do beijo trocado com Virgília, casada com Lobo Neves. Nesse contexto, a metáfora do relógio desconstrói certos paradigmas românticos, porque: a) o narrador e Virgília não têm percepção do tempo em seus encontros adúlteros. b) como “defunto autor”, Brás Cubas reconhece a inutilidade de tentar acompanhar o fluxo do tempo. c) na contagem das horas, o narrador metaforiza o desejo de triunfar e acumular riquezas. d) o relógio representa a materialização do tempo e redireciona o comportamento idealista de Brás Cubas. e) o narrador compara a duração do sabor do beijo à perpetuidade do relógio. 1. [D] D. Firmina Mascarenhas emprestava um ar de respeitabilidade e decoro ao fato de Aurélia Camargo ser solteira e financeiramente independente, o que era pouco comum na sociedade patriarcal brasileira da época: “Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda certa emancipação feminina”. Assim, é correta a opção [D]. [A] Não há desvalorização da mulher por parte do narrador, que, inclusive, tece elogios a ela. [B] Na verdade, o autor deixa em evidência os hábitos sociais em vez de mascará-los. [C] O que o autor retrata não é fruto da imaginação do narrador, uma vez que se trata do que realmente acontecia na época. [E] O narrador não incorpora hábitos avançados, pois ele reflete o que de fato ocorria na época. 2. [B] O Romantismo, sobretudo a Primeira Geração, foi importante na construção da identidade nacional, porque exaltava os valores da cultura nacional e as belezas naturais do Brasil. O poema de Casimiro de Abreu expressa os anseios do eu lírico em rever a sua pátria distante (“... dá-me de novo/ os gozos do meu lar”, “quero ouvir.../ cantar o sabiá”), num manifesto apelo saudosista de uma infância vivida numa paisagem idealizada (“sítios gentis”, “O céu do meu Brasil”). [A], [D] e [E] estão incorretas, uma vez que o autor não nega seu passado e tampouco se vê feliz diante da situação em que se encontra no presente. Na verdade, expressa grande saudosismo e desejo de retornar à sua pátria. [C] está incorreta, pois não há uma ligação direta entre liberdade formal com a temática nacionalista. GtAtRIT 3. [D] A distância temporal entre o local de enunciação do eu lírico e a Itabira que ficou para trás provoca sensações dolorosas (“Mas como dói.”), em que se mesclam as saudades da terra natal e a consciência da modernização da cidade provocada pela industrialização do país que votava as pequenas cidades ao esquecimento: “Tive ouro, tive gado, tive fazendas./Hoje sou funcionário público./Itabira é apenas uma fotografia na parede.”. Nesse sentido, a evocação poética indica a percepção da cidade como paisagem da memória, como se afirma em [D]. [A] No poema não há elementos da natureza suficientes para afirmar que ela é grandiosa e, portanto, superou a ação humana. [B] Não há uma progressão, uma que o poeta reforça elementos do passado, suas memórias. [C] Apesar de mostrar pontos positivos da cidade, o foco do autor é abordá-la em tom saudosista pelas suas memórias, não somente elogiá-la. [E] O foco do poema não é discorrer a respeito da ocupação da cidade. GtAtRIT 4. [A] No soneto “Mal secreto”, de Raimundo Correia, o eu lírico expressa a sensação de que o comportamento social do indivíduo pode dissimular as agruras de uma vida penosa que não quer revelar a ninguém. Na última estrofe, os versos “Quanta gente que ri, talvez, consigo/guarda um atroz, recôndito inimigo” explicam que o indivíduo age muitas vezes de forma dissimulada para ser socialmente aceito, como se afirma em [A]. [B] Em nenhum momento há no poema a afirmação de que o sofrimento compartilhado faz com que nos sintamos melhor [C] O poema não discorre sobre aceitação de diferenças e necessidade de perdoar para neutralizar sentimentos ruins. [D] Na verdade, o autor critica os comportamentos das pessoas e não aborda a solidariedade como solução. [E] A transfiguração da angústia em alegria é nociva para a pessoa de forma individual, não para o convívio social. GtAtRIT 5. Por meio da simbologia do relógio, Brás Cubas faz uma distinção entre o tempo qualitativo, repleto de sensações agradáveis pelo beijo com Virgília, com o tempo quantitativo, mensurável e mecânico que assinala a brevidade da vida. Ou seja, o tempo que antes era encarado com enfado pelas sensações de perda que provocava, passa a ser objeto de prazer quando, através da memória, revive os momentos passados com a mulher amada. Embora o escapismo, a idealização e a subjetividade sejam características do Romantismo, o fato de estarem associados ao amor por uma mulher adúltera desconstrói esses paradigmas. Assim, é correta a opção [D]. [A] O narrador tem uma percepção muito clara da passagem do tempo, inclusive, preocupa-se que passe muito rápido enquanto está com sua amada. [B] Não há relação entre a passagem do tempo com fato de Brás Cubas ser um defunto autor. [C] O narrador não mostra preocupação em acumular riquezas no trecho destacado. [E] Em nenhum momento o autor tece uma comparação, apenas enfatiza que, diferentemente de outras invenções, o relógio sempre existirá. GABARITO Slide 1 Slide 2: Texto literário Slide 3: As figuras de linguagem Slide 4: Figuras de linguagem Slide 5 Slide 6 Slide 7: Figuras de linguagem Slide 8 Slide 9: Barroco Slide 10: Características gerais Slide 11: Gregório de Matos Guerra - Poesia Slide 12: Padre Antônio Vieira Slide 13 Slide 14: Romantismo Slide 15: Contexto Slide 16: Romance Romântico Slide 17 Slide 18 Slide 19: Poesia Romântica Slide 20 Slide 21: Interpretação de poema Slide 22 Slide 23: Machadão da Massa Slide 24: QUESTÕES ENEM Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33: GABARITO Slide 34: GABARITO Slide 35: GABARITO Slide 36: GABARITO