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ILARI, Rodolfo.; BASSO, Renato.O português da gente:. A língua que estudamos, a língua que falamos.Algumas Características do português brasileiro São Paulo: Contexto, 2006, p. 95-150. Rodolfo Ilari tem graduação em Letras Neolatinas Português e Francês pela Universidade de São Paulo (1967), mestrado em Lingüística pela Université de Besançon (1971) e doutorado em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (1975). Fez parte do grupo que fundou o Departamento de Lingüística da Universidade Estadual de Campinas no qual trabalhou até 2007. Em 2007-2008 foi titular de Português no Instituto de Espanhol, Português e Estudos Latino-americanos da Universidade de Estocolmo. Em 2009-2913 foi editor da Revista da ABRALIN Renato Basso é professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), doutor e mestre em Linguística pela Unicamp. Suas pesquisas se concentram na descrição de fenômenos linguísticos usando as ferramentas da semântica e pragmática formal. Pesquisa, principalmente, sobre a semântica do verbo e dos indexicais, entre outros temas, mas também possui interesse em linguística história e epistemologia da linguística. No capítulo Português do Brasil:Algumas Características do português brasileiro, os autores além de desenvolverem suas teorias acerca das características culturais que distinguem a fala e a língua de todas as outras também abordam traços da morfologia, sintaxe e léxico que torna a língua inconfundível e única. E que nas décadas de 50 e 60 buscando uma especificação diferente dos filólogos que escreveram sobre o português do Brasil apresentando como uma língua diferente do português europeu. Em antologia Português do Brasil :um português mais antigo, os autores contam que a partir da década de quarenta o português brasileiro é mais arcaizante que o português europeu[ …] “ a pronúncia de e como a fechado , antes de palatal ( ch, x , j e nh) é uma inovação lisboeta bastante moderna , que não chegou a estender se por grandes zonas ( de Portugal.”) [… ]. Esse ritmo frasal e atual do Brasil sem absorvição das vogais átonas é uma marca registrada dos colonizadores durante o século quinze, onde até esse século era predominante a escrita portuguesa da próclise. Recentemente a linguística pesquisa especificar a profundidade das línguas a fim de buscar e enquadrá las a um parâmetro criado por Chomsky que defende em sua teoria que as línguas são muito parecidas entre si . Com essa análise do ponto de vista dos parâmetros, lembra uma língua que independe da descoberta ou característica a distinguindo das demais, sua construção ou singularidade possibilita a estruturação da linguagem em geral. Dando a ideia de que a língua do português brasileiro é mais antiga que a do português europeu. A Fonética / Fonologia , abordadas no próximo tópico conta que o português brasileiro contém trinta e um fonemas dos quais dez são vocálicos e vinte e um são consoantes. Figura 01 Fonte: livro o Português da Gente p.98 Como demonstra na tabela acima os fonemas [o]e[ɔ],[e]e[ɛ] são duas distinções que não sao marcadas pela escrita, as palavras poço/ posso; cesta / sesta. Com a soma de quatro fonemas de vogal baixa/ a/ e ás duas altas /i/ e /u/ chega se a soma de sete vogais orais, que só entram em oposição na posição tônica das palavras. Em posição átona final ficam [o]-[u], [e]-[i]. O português brasileiro apresenta as cinco vogais [a],[ e],[i],[o] e[u] e alguma variedades regionais [ɔ]e[ɛ]. Estas cinco vogais podem ser nasalizadas e para representar esta nasalização dessas vogais os linguistas recorrem ao arquifonema que é a representação fonológica das variantes fonéticas . Que é representada pelo arquifonema /R/ e para a nasalidade /N/. Figura 2 Fonte: livro Português da Gente p.99 Podemos observar na imagem acima que há a presença que quatro consoantes palatais /ʒ/, [ʃ] ,[ɲ] e [ʎ] e tem a presença de dois róticos /R/ e [ɾ], que possuem uma fonética própria [ɾ] . No quadro dois podemos observar que no Brasil não usamos consoante africada como um fonema a parte em apenas algumas regiões se faz os sons [tʃ] ,[dʒ] que representam a fonética dos fonemas /t/e/i/. Na gramática da língua brasileira é comum dizer que o acento cai na última, penúltima e antepenúltima sílaba como na classificação das palavras em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas mas pode se ser desmentido na palavra técnico, que não é [`tɛk- ni- ku] mas sim [‘tɛ- ki-ku] acentuando a primeira sílaba. Com a corrente pronúncias dessas palavras sempre encontramos erros ortográficos. No tópico Morfologia As flexões do verbo, Ilari e Basso escrevem sobre as línguas românicas , na qual o português herdou do latim uma morfologia rica em que o paradigma de conjugação verbal da língua portuguesa possuem um tempo inexistente nas línguas latinas, como o futuro do subjuntivo e infinitivo flexionado. Mas nas variantes do português ele conserva o pronomes átono como pode colocá lo entre o radical e a desinência dos futuros como encontrar- nos-emos. A gramática se estende no estudo dos verbos “anômalos” que são os irregulares e os defectivos. Os paradigmas chamados de regulares, aceitam verbos novos . A regularização dos paradigmas anômalos podem ser observadas pelos erros dos usuários da língua o uso de predizeu por predisse. Os verbos defectivos seu uso corrente tende a completar um paradigma como na sentença : Estes produtos não se adequam às normas.O verbo adequar só tem as formas que os especialistas chamam de arrizotônicas , a forma como o acento cai na desinência. No tópico As flexões dos nomes, os autores falam sobre a nomenclatura brasileira que não inclui termos recomendados gramaticalmente. Falando sobre a morfologia flexional dos nomes é menos complexa que a dos verbos , se limitando a prática de genero e numero. Onde o grau do substantivo está disponível e produtivo abrindo mão do sufixo. E cada vez menos recursos morfológicos é usado, palavras como baratíssimo e chiquérrimo foram esquecidas. Na formação do feminino e do plural os nomes é difícil para um estrangeiro está aprendendo o Português devido a metafonia. A formação do feminino considera a substituição do -o pelo- a e do plural pelo - s. A alternância do /o/-/a/ e /Ø/-/s/, às vezes são acompanhadas pelas mudança de abertura interna das vogais : Lobo[o] e loba[o] , moço [o] e moços [o]. As palavras sujeitas a metafonia , a diferença de abertura é uma marca de gênero e número, como as palavras avó e avô onde se difere os acentos. No tópico A morfologia derivacional , estuda se o processo onde as palavras são baseadas nas aplicações de prefixos e sufixos , como por exemplo: anti + mofo , na qual anti é um prefixo ao radical, na sufixação facil+ tar o sufixo é itar. Na derivação parassintética há sufixo e prefixo simultaneamente como na palavra em +burr+ecer. Devemos lembrar que prefixo e sufixo não ocorre aleatoriamente ele tem que ser de acordo com as novas classes morfossintáticas . Não há como prever o sentido das palavras derivadas por prefixação ,pois elas podem ter vários sentidos como palavras feito/desfeito em que é aplica o prefixo - des ocorre o efeito de antonímia. Os sufixos usados para transformar um substantivo em verbo não são usados para transformar um verbo em substantivo. Ex : adjetivo- péssimo , substantivo- pessimismo; substantivo- Marx , substantivo- marxismo. O que diferencia o português do francês e inglês são os sufixos -z (inho) de trenzinho , z-( ão), - íssimo e - érrimo. No português brasileiro não há ocorrência derivacional como obrigadinho/ denadinha ou fortinho por se tratar de sufixos vivos e que muitos deles hoje em dia são usados para se referir a uma só palavra para se referir ao passado. Os sufixos em desuso se confunde com o saber do “grau do substantivo” que é muito antiga, como por exemplo a palavra lençol, no latim linteolium , no diminutivo linteum , antepassado lenço . O - ol é um sufixo que perdeu a produtividade. Há dicionários que dão uma definição semântica , o que não é uma tarefa fácil, devido a existência de sufixos ambíguos e prefixos vagos como o sufixo- ada que vem de um golpe feito pela goiaba. E martelada que veio de um golpe feito pelo martelo.martelo. A derivação parassintética que se origina da formação de adjetivos e substantivos ,seus principais prefixos parassintéticos são : - a ,-des,-en(m),-es e os sufixos : -ar , - ecer,-izar. As distinções entre prefixação,sufixação e parassíntese é clara no início mas pode confundir se diante dos prefixos e sufixos por não saber em qual modo elas foram criadas. No tópico cruzamento de palavras, os autores relatam que o português é o cruzamento vocabular que tem a intenção de unir os dois ou mais vocabulários para formar um terceiro como a palavra chafé ( junção das palavras chá +café = café fraco ,parecido com chá ). Tal cruzamento vocabular é um fenômeno antigo o qual todo o falante possui experiência. Entretanto ,o cruzamento vocabular pode ser confundido como fenômeno linguístico decorrentes de associações inesperadas como o produto de beleza cosmético que foi associado a gosma ,devido a um produto de baixa qualidade. Este processo é chamado de “etimologia popular”. No tópico classe de palavras,os autores alegam que elas nascem da constatação de que há em toda língua um número de conjuntos de palavras que têm a mesma propriedade morfológicas e sintáticas. O gramático trata das classes de palavras , como por exemplo os substantivos são simples ou compostos , primitivos ou derivados e depois falar que na função sintática a principal função do substantivo é construir o núcleo. O uso da normalização é um recurso estilístico importante que pode ser utilizado em uma alternativa ou uma expressão tipicamente verbal ou oracional. No tópico O adjetivo , em oposição ao inglês que possui adjetivos invariáveis ,os de português variam em gênero e número formando o feminino e plural usando as mesmas flexões. Há adjetivos que nunca aparecem sozinhos no predicativo do sujeito e outros que mudam o contexto : estou com uma bruta dor de cabeça não minha dor de cabeça está/é bruta. Para a distinção dos adjetivos dos substantivos há a necessidade de combinar elementos morfológicos e critérios sintáticos. No tópico O verbo , ele continua sendo na língua portuguesa a classe de palavras que assume o maior número de palavras flexionadas e essa riqueza morfológica tem uma forte semântica como podemos perceber a localização no tempo, o qual é apresentado como simultâneo,anterior ou posterior no momento da fala. Os linguistas falam em télico atélico que indica a propriedade de ter ou não um que indica a propriedade de ter ou não em que determina quantos sintagmas nominais deverão acompanhá lo. A maneira de relacionar com o verbo que levou a língua se desenvolve e os recursos da concordância do verbo com o sujeito que no português do Brasil o sujeito precede o verbo e o uso das preposições para marcar os objetos indiretos e os adjuntos. No tópico, O pronome define sua classe, assim como a dos advérbios é heterogénea. Os gramáticos tentam trabalhar com várias subclasses de pronomes: os pessoais, os possessivos, os demonstrativos, os relativos e os indefinidos. As subclasses desses pronomes pessoais são :( eu, tu, ela/ele, o/a,lhe) e três pessoas do plural ( nós, vós, eles /elas,os/as,lhes). Os artigos indefinidos foram prejudicados por terem a definição pouco clara, porque muitos deles são quantitativos : Alguns brasileiros são nordestinos. Significa que há um determinado número de pessoas que nasceram na região do Nordeste. Os pronomes relativos são os que reúnem uma palavra onde as funções de conjunção demonstrativas e possessivas : Ex : No aeroporto havia uma delegação esportiva que vinha da China = No aeroporto havia uma delegação esportiva , e essa delegação vinha da China. O pronome demonstrativo têm três formas: este =1ª pessoa , esse =2ª pessoa, aquele = 3ª pessoa. A oposição de hoje é que este + esse+aquele, o que caracteriza um sistema binário e deixa de ser categórico o uso do pronome esse na retomada de uma sentença. Nos pronomes possessivos há o deslocamento dos pronomes pessoais; Seu(s) /suas (s) contra dele/ dela; Em sua variedade oculta ,o pronome possessivo encontra à segunda pessoa você é seu,porém o uso do teu, avançando o uso do imperativo de te e do imperativo de segunda pessoa : eu te falei ,segura tua língua,você (è). , No plural o pronome vocês, é possível encontrar várias formas de possessivos, em busca de especificá lo para o pronome de segunda pessoa do plural, vocês. No tópico Advérbio, muitos se enquadram em sua definição etimológica por se aproximarem do verbo mas o advérbio pode se aplica ao substantivo ,ao verbo e ao substantivo. a corrida veloz podemos dizer o atleta correu velozmente. Entretanto ,os exemplos acima são falhos pois o advérbio não se aplica ao predicado ,como o advérbio infelizmente que costuma ser usado para qualificar um enunciado. Infelizmente ,Patrícia não pode continuar conosco na empresa. Os advérbios anguladores ,que definem o tipo de discurso a que a sentença deve ser referida para ser verdadeira: ex: Tecnicamente : a baleia não é um peixe ,em termos de senso comum ,sim. Os advérbios de afirmação e negação: ex : As taxas de inscrição não serão devolvidas em hipótese alguma ; Os advérbios de inclusão e exclusão : ex Reformou inclusive a instalação elétrica; Ele só falou com o secretário pelo telefone. No tópico A conjunção , os autores se referem a sua descrição tradicional como uma palavra que liga as orações, as de mesmo nível ( coordenativa ) e as de níveis diferente ( subordinativa) . Uma oração subordinada pode exercer o papel de termo integrante ,uma oração substantiva, e pode desempenhar o papel de adjunto ,ou seja uma oração adverbial. No tópico A preposição, ela aparece como um conectivo para ligar as frases, mas os seus numerosos recursos se esgotam na medida em que se monta a sentença . O seu papel é complexo e depende da função sintática em que elas intervêm . Muitas das vezes a preposição é seguida por uma sintagma nominal , que pode depender de um substantivo. A língua depende de uma locução prepositiva que vêm de outras classes ,advérbio e substantivos , além de serem um processo altamente produtivo como por exemplo as palavras trás e além e a formação dos topônimos Alentejo ,trás os Montes e Além -Paraíba. Houve a suplementação das locuções prepositivas atrás de, e além de e na linguagem contemporânea em cima de ,embaixo de. No tópico de Sintaxe, os autores contam que a sintaxe da oração vai além da imagem criada pela prática de análise sintática e apresentar ao leitor construções sintáticas típicas português do Brasil. No tópico A sintaxe da setena : um sistema de sistemas, os autores abordam sobre a questão de ensino de sintaxe nas escolas brasileiras, uma sintaxe que estuda os níveis sua de organização mas o que está em jogo é a sua conexidade, como ela é feita internamente , os constituintes , dizer que o predicado contém um verbo, e se ele está acompanhado por algum complemento ou adjunto.,expressões descritas em termos de classes de palavras ou de diferentes relações mostrando em síntese que nos garante uma sentença sintaticamente conexa e bem construída. Os autores falam sobre a conexidade sintática . uma propriedade das sentenças onde os falantes são sensíveis mas que é um aspecto real da sentença ,a qual esperamos que seja conexa e que seja o relato linguístico de algo que aconteça no mundo ou na cabeça das pessoas. Essaforma de organização da sentença podemos chamar de estrutura semântica. No geral, às sentenças são utilizadas como unidades comunicativas que em seu interior há um terceiro tipo de organizão que foram fornecidas por aquela sentença damos o nome de estrutura informativa. No tópico português do Brasil: “uma lingua de tópico”?, durante a década de setenta alguns estudiosos pesquisaram asintexe e constataram que a fala corrente e muitosenunciados tinham sintagmas nominais diferentes do sujeito e o separando por uma pausa dando ,eles resolveram darknome de pausa.
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