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DINÂMICAS-DE-GRUPO-EM-ORIENTAÇÃO-PROFISSIONAL-E-DE-CARREIRA

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1 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3 
2 A ORIENTAÇAO PROFISSIONAL E DE CARREIRA EM SEU CONTEXTO 
GERAL. ....................................................................................................................... 4 
2.1 O que é orientação profissional e de carreira? ............................................... 7 
2.2 Aspectos históricos ....................................................................................... 11 
2.2.1 A escolha da profissão antigamente ............................................................. 11 
2.2.2 Como eram feitos os testes de orientação profissional? .............................. 12 
2.2.3 Então como seria a orientação profissional ideal?........................................ 12 
3 PROJETO DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL/VOCACIONAL .................. 13 
3.1 Entrevistas .................................................................................................... 13 
3.1.1 Ficha de Anamnese ...................................................................................... 13 
3.1.2 Questionário das frases incompletas ............................................................ 15 
3.1.3 Questionário de autoconceito ....................................................................... 17 
3.1.4 Questionário sobre a “loja das profissões” ................................................... 19 
3.2 Sugestões de dinâmicas ............................................................................... 23 
3.2.1 Técnica da cadeira vazia .............................................................................. 23 
3.2.2 Técnica das atividades profissionais ............................................................ 24 
3.2.3 Técnica de apresentação (cores) ................................................................. 26 
3.2.4 Técnica da Nave de Noé .............................................................................. 27 
3.2.5 Técnica bombardeio de ideias ...................................................................... 28 
 
 
2 
 
 
3.2.6 Técnica do Role-playing do papel dos pais .................................................. 29 
3.2.7 Técnica do genoprofissiograma .................................................................... 30 
3.2.8 Técnica do baú mágico ................................................................................. 32 
3.2.9 Técnica do dia ideal ...................................................................................... 33 
3.2.10 Técnica da massa de modelar ...................................................................... 33 
3.2.11 Técnica do círculo da vida ............................................................................ 34 
3.2.12 Técnica da balança ....................................................................................... 38 
3.2.13 Técnica R-O ................................................................................................. 39 
3.2.14 Técnica do conceito de trabalho ................................................................... 41 
3.2.15 Técnica da gincana das profissões ............................................................... 42 
3.2.16 Técnica dos fantoches das profissões .......................................................... 42 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2 A ORIENTAÇAO PROFISSIONAL E DE CARREIRA EM SEU CONTEXTO 
GERAL 
Fonte: https://bit.ly/3Jb3UQz 
A orientação profissional, por vezes também chamada de orientação 
vocacional, é um serviço especializado que visa ajudar os jovens a escolherem sua 
futura carreira. O processo envolve atendimentos individuais com atividades e testes 
psicológicos que proporcionam o autoconhecimento, as informações profissionais 
(considerando as atividades que envolvem a profissão, bem como informações sobre 
a respectiva formação), estabelecendo os principais critérios para ajudá-lo nesta 
escolha e a construção de um projeto de vida que combine expectativas pessoais e 
profissionais. 
O conceito de carreira também é trabalhado para que os adolescentes 
entendam que ela vem de uma série de escolhas ao longo da vida. 
As dúvidas sobre as escolhas de carreira que surgem nesta fase da vida 
envolvem dilemas como: 
• Fazer o que tenho maior afinidade ou o que garante maior retorno financeiro? 
 
 
5 
 
 
• Considerar disciplinas que tenho maior facilidade para optar por um curso de 
humanidades ou exatas ou buscar apenas pelo que gosto mais? 
• Procurar um curso mais tradicional ou se aventurar em um novo? 
Entre outros dilemas que podem surgir na hora de escolher uma profissão, a 
verdade é que grande parte dos jovens tem grande dificuldade em fazer essa escolha. 
A orientação profissional é a base para que todos possam encontrar o seu 
caminho como pessoa e como profissional. Aplicar dinâmicas de orientação 
profissional a jovens e estudantes é uma forma de estimular a curiosidade sobre a 
vida profissional e introduzir novas profissões para identificar com qual(is) o jovem se 
adequa. 
Esta dinâmica de grupo para orientação profissional também pode ser utilizada 
nas empresas e apresenta para os seus colaboradores novos caminhos para a 
qualificação profissional. As dinâmicas e técnicas de orientação profissional podem 
ser utilizadas com crianças, jovens e adultos, nas escolas ou empresas. 
Para muitos jovens, escolher um caminho profissional no séc. XXI é uma 
dificuldade, mas também uma necessidade. Em um momento em que a tecnologia e 
a ciência avançam a passos largos, os jovens estão interessados em aprender sobre 
novas oportunidades de trabalho, faculdades, cursos, mercado, etc. Além disse é 
necessário que o jovem se conheça, reflita sobre seus gostos, sua visão de mundo e 
seus desejos para o futuro, incluindo um projeto de vida pessoal que envolva a 
profissional. 
De acordo com os autores Bock (1995, 2006) e Lucchiari (1993), o jovem deve 
pensar em suas escolhas profissionais, sobre as influências que recebeu em todo o 
seu processo de desenvolvimento, sejam familiares, amigos, mídia, livros, filmes, etc. 
Para Barbier (2007), a pesquisa-ação consiste em uma ação libertadora que 
transforma a realidade por meio da conscientização e humanização dos sujeitos 
envolvidos, levando ao aprendizado e à emancipação humana. Especificamente na 
orientação profissional, cada grupo trabalhado é único, com suas peculiaridades, e 
 
 
6 
 
 
não nos cabe dar respostas prontas, mas estimulá-las, incentivar a pensar e tomar 
suas próprias conclusões sobre escolhas profissionais. 
Silvio Duarte Bock (2006) refere-se a essa perspectiva teórica, denominada 
"sociohistórica", aceitando formulaçõesdesenvolvidas por teorias críticas e apontando 
que é preciso avançar para compreender a relação entre os indivíduos e a sociedade 
de forma dialética, ou seja, é preciso seguir para uma compreensão do indivíduo como 
ator e ao mesmo tempo autor de sua individualidade, que não deve ser confundida 
com individualismo. 
Conforme Bock (2006), a abordagem sócio-histórica, da mesma maneira que a 
perspectiva crítica, questiona e combate a abordagem individual dos ofícios através 
do modelo de perfis. 
Deste modo, entende que as profissões e ocupações não são perenes e 
imutáveis, principalmente na sociedade contemporânea em que a tecnologia e o 
conhecimento avançam rapidamente gerando novas possibilidades de trabalho e por 
vezes desaparecendo com algumas funções que existiam anteriormente. 
Essa abordagem trabalha com a ideia de multideterminação humana e nega a 
ideia de ser humano natural ou abstrato. 
A abordagem sócio-histórica mostra formas de compreender o indivíduo em 
sua relação com a sociedade de maneira dinâmica e dialética, já que de acordo com 
Bock (2006), o ser humano é multideterminado. 
 
 
7 
 
 
2.1 O que é orientação profissional e de carreira? 
Fonte: https://bit.ly/3LgagQD 
Fazemos escolhas o tempo todo, então a escolha é uma das tarefas rotineiras 
da vida. Todos os dias decidimos o que comer, que roupa e cores usar, que música 
ouvir, que filmes e vídeos assistir, que livros ler, pesquisamos sobre o que nos 
interessa e, muitas vezes, adotamos sem perceber critérios para realizar essas e 
muitas outras escolhas. 
Desta forma, há escolhas que não têm grande impacto no nosso cotidiano, mas 
também há escolhas mais complexas, em que temos em conta vários fatores e que 
podem envolver incertezas e riscos. Assim, definir uma carreira ou fazer qualquer 
escolha profissional, pode não ser tão simples quando se pode imaginar. 
A maioria dos jovens tem dificuldade em chegar a este ponto e muitas vezes 
quando se está em determinada profissão há algum tempo e quer fazer uma mudança 
de carreira, essa transição pode levar a um bloqueio, sentimentos contraditórios, 
dúvidas, inseguranças e inseguranças, que são naturais e podem ter seus benefícios 
ao possibilitar maior atenção a isso. 
 
 
8 
 
 
Podemos nos sentir perdidos, confusos, incapazes de organizar e pensar nas 
oportunidades de uma maneira que nos ajude a chegar a algumas notas ou direções. 
De tal modo, a orientação profissional pode propiciar, através de pesquisas, testes e 
exercícios, uma oportunidade de nos conectarmos conosco, estimular o 
autoconhecimento, considerando os gostos particulares, preferências, interesses, 
momento de vida, levando em conta também as oportunidades profissionais, cursos, 
mercado de trabalho, o que se imagina e o que realmente ocorre no dia a dia do 
profissional. 
Por isso, a orientação profissional pode nos levar a uma decisão mais 
consciente e madura que leve em conta perdas, ganhos e riscos. 
 A área de orientação profissional engloba um conjunto de serviços com 
diferentes objetivos, individual ou em grupo: 
- Orientação Vocacional: Atendimento voltado às pessoas em situação de primeira 
escolha profissional. É o caso dos jovens que acabaram de se formar ou concluir 
ensino médio. 
- Reorientação Profissional: Atendimento para pessoas que já fizeram uma escolha 
de carreira, mas se arrependeram. Costuma atrair estudantes universitários e recém-
formados. 
- Orientação de Carreira: Atendimento às pessoas que desejam rever sua carreira e 
repensar sua identidade profissional. Este é o caso de adultos na fase intermediária 
de suas carreiras. 
- Planeamento de Carreira: Oferecido à quem já sabe o que quer para a sua vida 
profissional mas não sabe como alcançar. Atendimento procurado tanto por jovens 
como por adultos. Trata-se de um processo pelo qual o indivíduo desenvolve, 
implementa e monitora metas e estratégias de carreira, resultando em pessoas mais 
produtivas e realizadas. Orienta a trajetória estimulando o sujeito a analisar suas 
habilidades e, principalmente, a se entender. 
 
 
 
9 
 
 
- Pontos básicos da orientação: 
Elencar informações sobre si mesmo e o mundo do trabalho; 
Traçar um perfil detalhado de seus traços de personalidade, interesses e aptidões, 
bem como opções de atuação no mercado de trabalho e em ocupações alternativas; 
Estabelecer metas realistas com base nessas informações; 
Implementar uma estratégia para atingir as metas. 
> Esse planejamento já pode ser feito na fase acadêmica. 
 A pessoa analisada pode fazer cursos extracurriculares que proporcionem uma 
preparação adequada para o ambiente de trabalho: comunicação com equipes, 
convívio, apresentação, desenvolvimento de habilidades gerenciais (liderança) e 
outras exigidas pelo mercado. 
No entanto, o que faz com que poucas pessoas procurem orientação? 
Dutra (1996) afirma que há nas pessoas uma resistência natural em planejar a 
vida profissional, tanto por considerarem o caminho profissional como dado, quanto 
por não terem recebido estímulos ao longo da vida. 
Para estudantes do ensino médio, o trabalho de orientação é realizado por meio 
de atividades que podem ajudá-los a se sentirem mais confiantes em suas escolhas, 
reduzindo a probabilidade de arrependimento após o ingresso no ensino superior, o 
que pode levá-los ao abandono do curso. Para atingir esse objetivo, o processo da 
OP inclui a discussão (por meio de atividades) de tópicos como: 
• Autoconhecimento: história de vida, habilidades, valores e interesses. 
• Ensino superior: informações sobre as diferenças entre as modalidades de curso: 
Bacharelado, Licenciatura e Tecnólogo; Dentre instituições: universidades, centros 
universitários e faculdades; Tudo compreendendo do foco dos cursos. 
 
 
10 
 
 
• Informações profissionais: eventos profissionais, mercado de trabalho, perfis 
profissionais. 
• Processo decisório: Influências individuais e contextuais, avaliando os critérios 
utilizados para validar as escolhas. 
- Importância da Orientação de Carreiras 
Waterman destaca que: 
[...] os indivíduos precisam mais do que nunca além de dedicar-se ao 
aprendizado contínuo; 
- Estar pronto a se remodelar para acompanhar o ritmo das mudanças; 
- Que tomam para si a responsabilidade pela condução de suas carreiras; 
- Devem estar conscientes de suas habilidades (considerando seus pontos 
fortes e pontos fracos) e ter um plano para aumentar seu desempenho e sua 
empregabilidade a longo prazo. (WATERMAN apud ULRICH, 2000) 
- Modelo de Planejamento 
• A autoavaliação, que considera a avaliação de suas qualidades, interesses e 
potencialidades para os diversos espaços organizacionais; 
• O estabelecimento de objetivos de carreira, que trabalha com a identificação de 
metas de carreira e um plano realista na autoavaliação e avaliação de oportunidades 
oferecidas pelas empresas; 
• Implementação do plano de carreira, visando obter a formação e acesso às 
experiências profissionais necessárias para concorrer a oportunidades e atingir os 
objetivos. 
As pessoas podem planejar sua carreira de várias maneiras, mas é importante 
enfatizar duas preocupações principais: desenvolver uma ideia realista, clara e precisa 
de suas qualidades, interesses e inclinações pessoais e estabelecer metas de carreira 
e preferências profissionais. (LONDON; STUMPH. apud DUTRA,1996) 
Dutra (apud BOOG, 2002) chama a atenção para a importância de explorar 
pontos fortes e fracos nas atividades profissionais. 
 
 
11 
 
 
Os pontos fortes podem ser traduzidos em habilidades (saber fazer as coisas), 
comportamentos (saber se comunicar, se relacionar, etc.), talentos (artísticos, 
atléticos, intelectuais, etc.) ou uma mistura de tudo isso. 
2.2 Aspectos históricos 
Fonte: https://bit.ly/3GzMICO 
2.2.1 A escolha da profissão antigamente 
 
Escolher carreiras com base no gosto funcionava bem quando haviam poucas 
carreiras associadasa “papéis de gênero”. Por exemplo, uma mulher não tinha muitas 
dúvidas: seria professora, enfermeira ou secretária. Já os homens possuíam mais 
opções de escolha, entre ocupações nos setores industriais, técnico ou financeiro, ou 
de serviços como pintor, pedreiro, eletricista, etc. Hoje existem inúmeras 
possibilidades e uma gama de carreiras que nem imaginamos e que não são 
determinadas pelo gênero do profissional. 
 
 
12 
 
 
2.2.2 Como eram feitos os testes de orientação profissional? 
No passado, os testes psicológicos resolviam ou tentavam resolver essa 
questão aplicando uma série de testes de interesse ao jovem estudante, que tentavam 
definir por perguntas simples como: "O que você mais gosta de fazer?" 
Ao final, apresentava-se um resultado em que se localizava onde se 
concentravam os gostos dos jovens por determinada área, daí se apresentava um 
inventário das profissões pertencentes a esse resultado e pronto, o problema estava 
resolvido. Obviamente, em um pequeno universo de possibilidades, essa tarefa não 
era muito difícil. 
O problema é que as escolhas de carreira não podem ser decididas pelo gosto, 
pois o gosto por algo encontra-se em um contexto. Alguns testes mais apurados 
aplicavam uma bateria de testes de habilidades para descobrir se as aptidões do 
jovem se concentravam na área de exatas, humanas ou biomédicas, além de analisar 
o seu QI (Quociente de Inteligência). Novamente, a escolha da habilidade viria da ideia 
de que se uma pessoa que é boa em matemática ou física certamente também se 
sairia bem em engenharia. Outro equívoco, pois outra vez desconsidera o contexto 
social. 
2.2.3 Então como seria a orientação profissional ideal? 
Em suma, a orientação profissional ideal deve examinar a personalidade do 
jovem estudante, detectar suas preferências por determinadas funções e analisar 
profundamente as condições de sua vida sob as quais surge o interesse pela 
profissão. 
A orientação profissional/vocacional é objeto de uma breve psicoterapia 
individual ou de grupo, tenha o aluno decidido ou não seu caminho, já que essa 
avaliação serve não só para decidir por algo, mas também mudar a decisão já tomada 
e também referendá-la. 
 
 
13 
 
 
3 PROJETO DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL/VOCACIONAL 
Fonte: https://bit.ly/362EE0R 
3.1 Entrevistas 
3.1.1 Ficha de Anamnese 
Cada aluno é uma pessoa dotada de um rosto, personalidade, características 
e história de vida própria, os quais interferem em seu desenvolvimento. 
Para conhecer um pouco da história de cada aluno, buscando ajudá-lo a 
orientá-lo, organizamos este questionário, considerando os aspectos hereditários, 
suas condições físicas intelectuais e emocionais, as influências ambientais, familiares 
e sociais. Esta ficha e confidencial e somente o setor de autorização terá a mesma. 
IDENTIFICAÇÃO: 
Nome completo: 
Idade: 
Data de nascimento: 
 
 
14 
 
 
Naturalidade: 
Nacionalidade: 
INFORMAÇÕES FAMILIARES: 
Irmãos: 
Nome: 
Sexo: 
Idade: 
Escolaridade: 
Há parentes ou outras pessoas morando com a família? 
CONVIVÊNCIA FAMILIAR: 
Passa a maior parte do tempo com: 
( ) Mãe 
( ) Pai 
( ) Avós 
( ) Irmão(s) 
( ) Empregados 
( ) Outros: ___________________ 
A QUEM RECORRE QUANDO TEM ALGUMA DIFICULDADE? 
Contar novidade: ( ) mãe ( ) pai 
Contar um problema: ( ) mãe ( ) pai 
Pedir explicações: ( ) mãe ( ) pai 
 
 
15 
 
 
Pedir sugestões: ( ) mãe ( ) pai 
Solicitar ajuda: ( ) mãe ( ) pai 
DESENVOLVIMENTO MOTOR E DA LINGUAGEM 
Apresenta alguma dificuldade motora? Qual? 
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL 
Além dos pais, há outras pessoas que envolve em sua educação? 
Há parentes ou outras famílias ligadas à sua vida? Quem? 
Recebe instrução religiosa? Qual? 
Você gosta de: 
( ) Ouvir histórias 
( ) Ir ao teatro 
( ) Assistir TV 
( ) Prestar pequenos serviços em casa 
( ) Outros: ______________________ 
DADOS FINAIS 
Data do preenchimento: _____/____/_____ 
Nome do informante: __________________________________________________ 
3.1.2 Questionário das frases incompletas 
OBJETIVO: Auxiliar no diagnóstico da situação do orientando sobre sua possibilidade 
de escolha. (BOHOSLAVSKY, 1977) 
 
 
16 
 
 
INSTRUÇÕES: “Esse material o ajudará a conhecer-se melhor, a pensar mais em 
você mesmo e nas coisas que faz parte do seu mundo. Por isso é importante que você 
seja sincero e espontâneo ao realizá-lo. Complete as frases no espaço em branco. 
Se necessário use o verso da folha.” 
1. Eu sempre gostei de _______________________________________________ 
2. Me sinto bem quando ______________________________________________ 
3. Se estudasse ____________________________________________________ 
4. Às vezes acho melhor ______________________________________________ 
5. Mês pais gostariam que eu __________________________________________ 
6. Me imagino no futuro fazendo ________________________________________ 
7. No curso secundário sempre _________________________________________ 
8. Quando criança queria _____________________________________________ 
9. Quando penso em vestibular _________________________________________ 
10.Meus professores pensam que eu ____________________________________ 
11. No mundo em que vivemos, vale mais a pena __________ do que __________ 
12. Se não estudasse ________________________________________________ 
13. Prefiro _________________________ do que __________________________ 
14.Comecei a pensar no futuro _________________________________________ 
15. Não consigo me ver fazendo ________________________________________ 
16. Quando penso na universidade ______________________________________ 
17. Minha família ____________________________________________________ 
18. Escolhe sempre me fez ____________________________________________ 
 
 
17 
 
 
19. Uma pessoa que admiro muito é ________________ por _________________ 
20. Minha capacidade ________________________________________________ 
21. Meus colegas pensam que eu _______________________________________ 
22. Estou certo de que _______________________________________________ 
23. Se eu fosse _______________________ poderia _______________________ 
24. Sempre quis ________________ mas nunca poderei fazer ________________ 
25. Quanto ao mercado de trabalho _____________________________________ 
26. O mais importante na vida __________________________________________ 
27. Tenho mais habilidades para _________________ do que _________________ 
28. Quando crianças, meus pais queriam _________________________________ 
29. Acho que poderei ser feliz se _______________________________________ 
30. Eu ____________________________________________________________ 
3.1.3 Questionário de autoconceito 
OBJETIVO: Proporcionar maior entendimento com relação ao autoconceito, através 
de questões pré-estabelecidas. 
INSTRUÇÕES: Entrega-se um questionário para cada orientando e é solicitado que 
eles respondam às questões, de acordo com suas experiências, opiniões e visões de 
si. Ao final, discute-se sobre o que foi respondido em cada questão. (GIACAGLIA, 
2000) 
QUESTIONÁRIO: 
Nome: _______________________________________ Idade: ___ Data: _________ 
1. Como você de descreveria do ponto de vista físico? 
 
 
18 
 
 
2. Como você se descreveria do ponto de vista emocional? 
3. Como você se descreveria do ponto de vista mental (inteligência, capacidades)? 
4. Como você acha que seus pais o consideram com relação aos itens acima? 
5. Você gosta do seu nome? Se pudesse, mudaria para qual e por quê? 
6. Como você acha que seus amigos o veem de acordo com os itens 1,2 e 3? 
7. De que forma você se descreve como aluno? 
8. Como seus professores o descreveriam? 
9. Você tem alguma característica ou traço que chame a atenção? Qual? 
10. Você tem ou já teve apelidos? Quais? Por quê? 
11. Você gosta desses apelidos? Por quê? 
12. Se pudesse, o que mudaria em você? Por quê? 
13. Vocêconcorda com a maneira como os outros o veem? Se não, explique por que, 
em relação a seus pais, colegas, amigos, namorado (a) e professores. 
14. Como você se compara à maior parte dos seus colegas em relação: 
a) ao aspecto físico? 
b) à inteligência? 
c) à posição socioeconômica de sua família? 
15. Quais são os seus pontos fortes? 
16. Quais são os seus pontos fracos? 
 
 
19 
 
 
3.1.4 Questionário sobre a “loja das profissões” 
Esta técnica se baseia na Gestalt. A escolha de uma profissão pressupõe 
deixar de lado muitas outras de alguma forma almejadas. Assim, é importante para o 
jovem ter claro o que ele está "perdendo" e o que está "ganhando" com a sua escolha. 
O questionário pode ser aplicado verbalmente após a aplicação da técnica ou 
respondido diretamente pelo(a) orientando(a) e discutido posteriormente pelos(as) 
orientadores(as). (SOARES, 1999) 
OBJETIVOS: Trabalhar a escolha propriamente dita, como relação com um objeto-
profissão, propiciar espaço para expressar, através da fantasia, os medos e 
ansiedades relacionados ao ato de escolher, fazer o jovem vivenciar-se no papel das 
profissões escolhidas, bem como aquela preterida e trabalhar a questão da troca – o 
que damos em troca quando escolhemos uma profissão. 
PROCEDIMENTO: Solicitar que os participantes se coloquem numa posição 
confortável, de olhos fechados, iniciando-se a vivência com as seguintes instruções 
(é fundamental que o coordenador se sinta participando do passeio junto com o jovem, 
por isso a instrução não deve ser lida, mas sim falada com as palavras do próprio 
coordenador, com espontaneidade, porém seguindo os pontos propostos pela 
técnica). 
INSTRUÇÕES: “Quero que você imagine que está andando pela cidade, à noite, na 
chuva! Você está bem agasalhado e pode ver as luzes da cidade refletidas nas ruas 
molhadas... Ande por algum tempo e explore a sua cidade... O que você vê?... Como 
é a sua cidade?... O que acontece nela?... Como se sente ao andar nesta cidade?... 
Logo adiante há uma pequena rua deserta. Caminhe por esta rua e logo verá 
uma velha loja de profissões abandonada, nela estão todas as profissões que nós 
abandonamos, que não foram por nós escolhidas. Olhe para a vitrine da loja, ela está 
suja e quebrada... O que foi abandonado nessa vitrine? Chegue mais perto e tente ver 
o que há ali... Esfregue um pouco o vidro, de forma que possa ver mais claramente... 
 
 
20 
 
 
Escolha uma profissão para explorar e examine esta coisa mais de perto: Como ela 
é? Observe todos os detalhes que a caracterizam. 
– O que faz? Qual é o seu local de trabalho? Como ele é? 
Agora torne-se o profissional que corresponde à profissão abandonada dentro 
da loja. Como se sente? Por que foi largada ali?... Entre mais na experiência de ser 
esta profissão abandonada. 
Agora torne a ser você mesmo e olhe cuidadosamente a profissão abandonada 
na vitrine... Você observa algo que não tinha observado antes? Lentamente diga 
adeus a esta vitrine e ao que se encontra nela, e continue a andar pelas ruas da 
cidade... Continue explorando a sua cidade por algum tempo... 
Mais adiante há outra pequena rua estranha. Ao caminhar por ela, você vê uma 
vitrine, com uma variedade incrível de profissões novas, velhas, outras muito antigas. 
Algumas não valem muita coisa, outras são tesouros, e você nunca esperaria 
encontrar todas elas na mesma vitrine... Enquanto está parado ali fora, olhando, um 
velhinho sai e o convida a entrar. Ele diz que esta não é uma loja comum. Dentro 
desta loja, aparentemente pequena, existe tudo que há no mundo em termos de 
profissões. Qualquer um que encontre o caminho da loja pode escolher algo e levar 
consigo. Mas você só pode levar uma profissão. 
Demore algum tempo para olhar a loja e ver o que há nela. Há todos os tipos 
de cantinhos e quartos laterais, cheio de profissões que você gostaria de ter... 
Eventualmente, você terá que decidir qual dessas muitas profissões você quer levar 
consigo... Quando você tiver decidido o que levar, dedique algum tempo para 
conhecer melhor esta profissão. Olhe para ela cuidadosamente e observe todos os 
detalhes: o que faz? Onde trabalha? Pontos positivos e negativos? Qual a sua 
importância? Como você se sente em relação a ela? 
Quando você está saindo com a profissão escolhida, o velhinho, dono da loja, 
fala de novo com você e diz: "Você pode ficar com ela, como lhe disse antes. Existe 
apenas uma condição: você precisa me dar algo em troca. Pode ser qualquer coisa 
 
 
21 
 
 
que tiver, e você não precisa estar com ela agora, mas tem que me dar algo em troca 
daquilo que pegou." 
O que você dará ao velho?... Demore algum tempo para se decidir... Agora diga 
ao velho o que dará a ele... Saia pela porta e dê um último adeus à loja, e a última 
olhada para a cidade. 
Agora volte a esta sala e traga consigo aquilo que decidiu pegar na loja. Assim 
que você estiver preparado, lentamente abra os olhos e coloque-se na posição 
original. 
Pede-se que cada jovem conte para o grupo a profissão escolhida, bem como 
a preterida, relatando como se sente a este respeito. Num segundo momento, solicita-
se que o grupo exponha o que cada um trocou com o velho. 
COMENTÁRIOS: A realização deste exercício traz à tona, frequentemente, as 
dificuldades quanto à escolha de uma profissão. A viagem-fantasia proporciona uma 
projeção sobre as escolhas não-realizadas, permitindo ao jovem vivenciá-las, 
fechando gestalts abertas. Do mesmo modo, quando o jovem se vê diante da profissão 
desejada, e ao que tem que dar por ela, é possível visualizar o embate interno que o 
mesmo trava consigo. Nem sempre há uma definição, porém é possível verificar-se 
que o participante consegue, através do simbólico, compreender-se melhor. 
Temos aplicado esta técnica no encontro final e observamos o grande 
entusiasmo dos jovens ao poderem realizar sua escolha, dando algo por ela. 
Geralmente escolhem para dar sentimentos que tinham e que, de alguma maneira, 
estão libertando. Por exemplo, um jovem deixou para o velho "a pressão do pai" para 
que ele faça determinado curso, enquanto estava escolhendo outra profissão. Outro 
jovem deixou o "medo de ser reprovado", outro, a "ansiedade", a "determinação". 
Alguns deixam objetos, como um relógio, mas com um significado especial, de ver 
chegada a hora de escolher. 
QUESTIONÁRIO: 
Nome: _______________________________________ Idade: ___ Data: _________ 
 
 
22 
 
 
1. Como era a cidade que você imaginou? A cidade era parecida com algum lugar que 
você conhece? Como você se sentiu andando pela cidade? 
2. Como era a loja “velha”, a Loja de Profissões Abandonadas? Que profissões você 
viu na loja abandonada? Como se sentiu deixando essa loja e abandonando as 
profissões? 
3. Como era a loja “nova”, a Loja de Profissões? Que profissões você viu? Como 
estavam organizadas essas profissões? Como você se sentiu? 
4. Como era o velhinho? Como você se sentiu em relação a ele? 
5. Você escolheu sua profissão? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ficou em dúvida 
- Se sim: Qual a profissão escolhida? Como você se sentiu ao escolher? 
- Se não: Por que você acha que não escolheu? 
- Se você ficou em dúvida: Em quais profissões pensou? Por que você acha que ficou 
em dúvida? 
6. O que você deu em troca ao velhinho? Explique. 
7. Caso queira, acrescente mais alguma informação ou comentário (utilize o verso, se 
necessário). 
 
 
23 
 
 
3.2 Sugestões de dinâmicas 
Fonte: https://bit.ly/34lyc4y 
Há muitas dinâmicas que podem ser propostas na orientação profissional e de 
carreira. Apresentamos aqui algumas delas, podendo ser modificadas de acordo com 
as particularidades da cultura e ambiente em que o avaliando está inserido. 
3.2.1 Técnica da cadeira vazia 
OBJETIVOS: Trabalhar de maneira descontraída a questão da escola de uma 
profissão e suas dificuldades. 
INSTRUÇÕES: Coloca-se uma cadeira vazia no meio da sala como o nome deuma 
pessoa que será entrevistada. Pode ser um profissional, um familiar ou o próprio 
orientador. Três alunos são escolhidos para se sentar atrás da cadeira e responder, 
enquanto o restante do grupo faz as perguntas. Estas podem ser referentes à 
profissão escolhida pelo entrevistado, às dificuldades que enfrentou, as atividades que 
desempenha. 
 
 
24 
 
 
COMENTÁRIOS: Colocar o próprio jovem para responder as perguntas no lugar do 
profissional auxilia-o a entender melhor suas próprias dificuldades para escolher. 
Muitas vezes, no final ele comenta que não imaginava que fosse assim, que ele 
soubesse bastante sobre aquele profissional e o que despertou estando no seu ligar. 
Isso permite que várias facetas de uma mesma profissão possam ser trabalhadas, 
uma vez que três pessoas podem responder de três maneiras diferentes à mesma 
pergunta. (LUCCHIARI, 1993) 
EXERCÍCIOS PARA INVESTIGAÇÃO DAS ÁREAS DE INTERESSE: 
- Procurar todas as informações disponíveis sobre à área em que se deseja atuar 
(livros, internet, etc.); 
- Proporcionar uma conversa com os profissionais da área escolhida, o que pode ser 
feita uma entrevista com os profissionais ou das áreas de interesse para que seja de 
valia dos alunos quanto a carreira a seguir, como: opiniões do mercado de trabalho, 
informações que possa auxiliá-lo nesta escolha; 
- Visita ao ambiente de trabalho desses profissionais. 
3.2.2 Técnica das atividades profissionais 
OBJETIVO: Auxiliar o jovem a imaginar alguns tipos de atividades profissionais que 
gostaria de desempenhar. 
INSTRUÇÕES: Assinale quais destas atividades você poderia desempenhar 
sentindo-se bem: 
( ) Atendimento a pessoas; 
( ) Movimentação em ambientes fechados; 
( ) Trabalho com as mãos; 
( ) Trabalho em equipe; 
 
 
25 
 
 
( ) Ligado a instituição; 
( ) Que envolva instrumento de precisão; 
( ) Organização e sistematização de publicações; 
( ) Pequenos movimentos manuais precisos; 
( ) Que permita trabalhar em mais de uma lugar; 
( ) Que exija compreensão verbal; 
( ) Horário fixo; 
( ) Que envolva desenho a mão livre; 
( ) Desenvolvida em ambientais fechados; 
( ) Que exija estar bem vestido; 
( ) Convencer pessoas; 
( ) Atendimento a pessoas necessitadas; 
( ) Trabalhar sozinho; 
( ) Execução gráfica rica em detalhes; 
( ) Por conta própria – autônomo; 
( ) Manipulação de substâncias; 
( ) Uniformizado; 
( ) Horário livre; 
( ) Que permita traje informal; 
( ) Imaginar coisas novas; 
( ) Ajudar pessoas; 
 
 
26 
 
 
( ) Que auxilie a transformação de mundo; 
( ) Ao ar livre; 
( ) Ligado à construção; 
( ) Direto com a natureza; 
( ) Que exija responsabilidade e decisão. 
Liste, para cada item assinalado, aquelas profissões que você acha que 
envolveriam esse tipo de requisito. Coloque todas que lhe vierem à cabeça. 
Escolha três requisitos que você mais gostaria de desenvolver, e explique por 
que você se sentiria bem atuando dessa forma. 
COMENTÁRIOS: Essa técnica pode ser utilizada como preparatória para a técnica R-
O que veremos mais adiante, pois auxilia o jovem a tomar contato com as inúmeras 
atividades profissionais existentes. Geralmente o jovem se vê colocado frente à 
situação de escolha pela primeira vez. Isso provoca ansiedade, que vai sendo 
trabalhada ao longo do processo. 
3.2.3 Técnica de apresentação (cores) 
OBJETIVOS: Tomar os momentos do grupo conhecidos a partir de características 
comuns e diferentes entre eles. 
INSTRUÇÕES: Distribuir no chão papéis coloridos e solicitar que cada um se levante 
e escolha um papel. Depois cada participante deve procurar os companheiros que têm 
a mesma cor e formar um grupo. Cada grupo deverá criar uma forma de apresentar-
se, de maneira que todos estejam contemplados. Ao se apresentarem, devem estar 
falando de todos ao mesmo tempo. 
COMENTÁRIOS: Surgem maneiras bem diferentes e criativas de se apresentarem, 
por meio de poesia, jogral, ou mesmo dramatizando uma situação. O mais importante 
é o processo de conhecimento e a descoberta das semelhanças entre lês. Surge o 
 
 
27 
 
 
sentimento de grupo, por não se sentirem mais sozinhos em sua dificuldade de 
escolher. 
3.2.4 Técnica da Nave de Noé 
OBJETIVO: Trabalhar preconceitos e valores em relação às profissões. Permitir a 
projeção ao futuro, tendo que decidir no presente. 
INSTRUÇÕES I: O planeta Terra será destruído e uma nave espacial será enviada a 
outro planeta para iniciar uma nova vida. Só cabem dez pessoas nesta nave. Indique 
quais, dentre as pessoas da lista abaixo, você acha que deveriam ser escolhidas (a 
lista pode ser alterada conforme os interesses demonstrados no grupo). 
Médico Padeiro Advogado 
Lixeiro Datilógrafo Psicólogo 
Professor Jornalista Prostituta 
Padre Engenheiro Enfermeiro 
Artista Esportista Economista 
Os participantes fazem listas individuais, depois discutem em pequenos grupos 
e finalmente todos juntos. 
INSTRUÇÕES II: O planeta terra será destruído e você está dentro de uma nave numa 
viagem interplanetária, que irá povoar um novo planeta. Que profissional você gostaria 
de ser para auxiliar na construção desse novo mundo? Vamos nos imaginar nesse 
planeta, e cada um vai assumir o papel do profissional que escolheu ser. 
 
 
28 
 
 
Dramatiza-se a situação da chegada a um novo planeta e todos participam. É 
interessante fazer uma entrevista com cada participante sobre se papel, para auxiliá-
lo na formação na formação do personagem. 
COMENTÁRIOS: Essa técnica permite que o jovem entre em contato com uma 
situação em que a tomada de decisão é importante. Aparecem os preconceitos em 
relação a cada uma das profissões. Também é discutida a função social das 
profissões e sua importância na formação de um mundo novo. Pode aparecer também 
a falta de informações sobre as atividades que cada profissional desempenha. 
(LUCCHIARI, 1993) 
3.2.5 Técnica bombardeio de ideias 
OBJETIVO: Levantar o maior número possível de influências que podem surgir no 
momento da escolha, além de levantar as decisões possíveis e necessárias para 
chegar-se a uma escolha. 
INSTRUÇÕES: Coloca-se uma cadeira vazia no meio do grupo, com uma folha de 
papel em branco. O coordenador diz: Esta é a Angélica, uma jovem mais ou menos 
da idade de vocês e que vive aqui perto. Vamos imaginar que Angélica precisa tomar 
uma decisão, vamos fazer um bombardeio de ideias, durante cinco minutos, sobre as 
decisões que ela provavelmente deverá tomar para escolher uma profissão. As regras 
do bombardeio de ideias são as seguintes: 
- Todas as ideias são bem-vindas; 
- Podem ser ideias desconexas ou absurdas; 
- Não se avaliam negativamente as ideias; 
- Quanto mais ideias, melhor; 
- Aproveitam-se todas as ideias para fazer outras ideias; 
- Estabelece-se um tempo limite e se cumpre. 
 
 
29 
 
 
Escrevem-se todas as ideias numa folha de papel. Depois lê-se e analisa-se a lista, 
escolhendo uma ideia para ser trabalhada profundamente. A atividade pode ser 
realizada por meio do role-playing ou de uma colagem sobre a ideia escolhida. 
COMENTÁRIO: Essa técnica permite, pela associação de ideias, que apareçam 
conteúdos mais profundos, dos medos e fantasias em relação à escolha. Geralmente 
ideias que a princípio podem parecer absurdas refletem a realidade do mundo interno 
do jovem, que nem ele se dá conta que existe. (LUCCHIARI, 1993) 
3.2.6 Técnica do Role-playing do papel dos pais 
OBJETIVO: Trabalhar a nível corporal a vivência do papel dos pais, oportunizar a 
tomada de consciência da expectativa do pai e da mãe a respeito da sua escolha 
profissional, além de trabalhar a percepção do jovem sobre a escolha profissional de 
seus pais e sua influência na sua escolha. 
INSTRUÇÕES I: Após um exercício de aquecimento, solicitar ao grupo que faça um 
círculo. Utiliza-se uma almofada, que será dada para cada participante. O jovem que 
está com a almofada deve escolher o papel de um dos pais, o coordenadore os 
participantes fazem uma entrevista com o mesmo. 
Num primeiro momento ele deve apresentar-se no papel escolhido, falar seu 
nome, idade, profissão, como escolheu, se está satisfeito ou não com seu trabalho. 
Após isso, pergunta-se sobre suas expectativas em relação à escolha do filho, pede-
se que justifique sua opinião. O coordenador pode aproveitar este momento para 
questionar o jovem sobre conflitos que ele tenha observado e que não tenham sido 
trabalhados. 
INSTRUÇÕES II: Propõe-se ao grupo a realização de uma reunião entre seus pais 
vivida no “como se” do psicodrama. Cada jovem assume o papel de um dos seus pais 
e juntamente com os colegas passam a discutir a questão da escolha profissional de 
seus filhos e sua própria escolha. O coordenador participa questionando e 
esclarecendo as dúvidas expressas. 
 
 
30 
 
 
COMENTÁRIOS: O trabalho com o psicodrama, em especial o jogo de papéis, tem 
sido muito rico na experiência com grupos de orientação profissional. Colocar-se no 
lugar dos pais permite ao jovem dar-se conta dos sentimentos deles em relação ao 
filho, como também a percepção do filho em relação aos sentimentos de seus pais. 
Pode-se observar no rosto do jovem sinais de insight de sua situação familiar e da 
influência que sofre. As perguntas feitas pelos jovens “aos pais” de seus colegas são 
muito esclarecedoras, muitas vezes o jovem tem mais clareza e objetividade para 
tocar no “ponto-chave” do conflito. (DIAS, 2016) 
3.2.7 Técnica do genoprofissiograma 
APLICAÇÃO: Solicita-se ao jovem a construção da árvore genealógica de sua família. 
Ele é convidado a falar de cada um, dizendo seu nome, sua idade, sua profissão e 
interesses, os casamentos, as separações e uma característica mais marcante de sua 
personalidade. É importante aprofundar a descrição de alguns membros da família 
para poder eventualmente estimar sua influência na escolha do jovem. 
Ele pode começar por quem ele quiser e seguir a direção desejada. O número 
e tipo de intervenções do psicólogo variam segundo o caso. No final da entrevista, o 
jovem tem a possibilidade de se exprimir a respeito do resultado obtido, permitindo-
lhe ter uma visão diferente de sua família (dos dois lados, do pai e da mãe) e suas 
características próprias. 
Com a árvore genealógica construída, o psicólogo acaba por tornar-se um 
“quase familiar”, mas é necessário partir, levando consigo esta família falada, 
escutada, escrita e gravada. O mais surpreendente é o conhecimento que a gente 
adquire de alguém a partir do momento em que a pessoa é situada dentro de seu 
parentesco, dá-nos a impressão de um conhecimento antigo. A entrevista termina, 
assim, sobre este prazer e este paradoxo: o sentimento de conhecer alguém, fundado 
nos acontecimentos relatados e nas características sociais e a ignorância total que 
resta sobre a pessoa. As questões de estudo que se procura responder pela aplicação 
do genoprofissiograma são as seguintes: 
 
 
31 
 
 
- Conhecendo todas as profissões familiares das três últimas gerações poderemos 
compreender melhor a escolha do jovem? 
- Como as profissões (e interesses) dos avós influenciam a escolha do jovem? 
- Qual o lugar na filiação que a escolha de uma profissão definida vai permitir ao jovem 
de ocupar? 
- Como a escolha de uma profissão pode dar ao jovem a possibilidade de se projetar, 
no presente e no futuro, de se situar numa história e num projeto, de se dar um lugar 
e qual? 
ANÁLISE DO GENOPROFISSIOGRAMA: 
Como o objetivo é a orientação profissional e não a terapia familiar, é importante 
analisar-se os seguintes aspectos: 
a) A estrutura familiar. Examinam-se os papéis, as relações e as profissões de todo o 
parentesco a fim de conhecer as influências de uns sobre os outros e revelar as 
relações estabelecidas entre os diferentes membros da família e o jovem em questão. 
b) Os modelos repetitivos através das gerações. São exploradas principalmente as 
profissões e interesses como também as características pessoais de cada um com o 
objetivo de detecta aquilo que se repete e de compreender o motivo. 
c) Os modelos relacionais nos genogramas os laços relacionais e as relações 
estabelecidas entre as três gerações formam a trama de toda a análise. Sobre esta 
base se somam os valores, as regras e os mitos familiares, que não podem ser 
negligenciados no momento da escolha. 
d) O lugar na filiação. Por intermédio do genoprofissiograma analisamos as possíveis 
relações entre a profissão escolhida e a busca de um lugar filiativo na dinâmica 
familiar. 
O genoprofissiograma pode igualmente revelar elementos importantes no nível 
das estruturas das famílias, as repetições de situações ou de acontecimentos que não 
 
 
32 
 
 
teriam aparecido no discurso do cliente espontaneamente. As correspondências entre 
os dois (o discurso e o genograma), os esquecimentos, as precisões obtidas podem 
ser muito reveladoras da dinâmica familiar. 
O genoprofissiograma, desestruturando a história do sujeito facilita, ao mesmo 
tempo, sua reconstrução posterior, a compreensão de sua própria história é 
fundamental para a escolha da profissão, porque ela permite ao sujeito prever o seu 
futuro se situando precisamente num contexto definido. (DIAS, 2016) 
3.2.8 Técnica do baú mágico 
OBJETIVO: Trabalhar os estereótipos das profissões de maneira lúdica, levantar as 
influências da família em relação à escolha dos filhos, identificar os interesses e 
motivações dos jovens. 
INSTRUÇÕES: “Vamos imaginar que aqui temos um baú mágico. Dentro dele existem 
inúmeras roupas, para todos os tipos de gostos ou preferências. Você vai procurar no 
baú diferentes roupas e à medida que for encontrando vai explicando para seus 
colegas como elas são: A roupa da profissão que você gostaria de exercer; a roupa 
da profissão que seus pais gostariam que você exercesse; a roupa da profissão que 
você detestaria exercer.” 
COMENTÁRIOS: Pela escolha das roupas a pessoa está definindo também um jeito 
de ser, sendo possível avaliar a diferença entre as expectativas dos pais e dos jovens 
em relação ao seu futuro. É interessante também que essas roupas possam ser reais. 
Para isso, solicita-se que cada jovem escolha o maior número possível de roupas e 
acessórios e traga para o grupo. Pode-se, também, somente imaginar as roupas e 
descrevê-las ou também desenhar. (LUCCHIARI, 1993) 
 
 
33 
 
 
3.2.9 Técnica do dia ideal 
OBJETIVOS: Avaliar o nível de motivação para a escolha profissional de jovens em 
processo de orientação profissional, além de trabalhar a questão do “lazer x profissão” 
em relação ao desempenho de atividades e interesses. 
MÉTODO: Solicitar ao grupo que distribua as atividades que gostaria de realizar 
durante o período de “um dia ideal” (pode ser o domingo) e de “um dia normal” da 
semana. Logo após, cada membro do grupo apresenta e discute com um ou dois 
colegas. Ao final deve-se analisar se as atividades descritas têm relação com a 
profissão que o jovem pretende escolher e em que dia (normal ou ideal) estas 
atividades aparecem. (LUCCHIARI, 1993) 
COMENTÁRIOS: Acontece com frequência de alguns jovens não conseguirem 
distinguir atividades que gostariam de realizar como lazer ou como trabalho. Por 
exemplo, inúmeros jovens que gostam de atividades físicas (futebol, vôlei, ginástica, 
dança, etc.), pensam em escolher profissões relacionadas a elas, quando na verdade 
estes interesses podem ser realizados nos momentos de lazer. Quando se aplica esta 
técnica aparecem geralmente três tipos de situações: 
- Jovens que desejam realizar seus interesses profissionais no domingo ou num dia 
ideal (lazer); 
- Jovens que desejam realizar seus interesses profissionais num dia normal de 
semana; 
- Jovens que não expressam intenções de realizar seus interesses profissionais. 
3.2.10 Técnica da massa de modelar 
OBJETIVO: Trabalhar de forma expressiva a escolha do jovem, permitindo queapareçam alguns conteúdos ainda não expressos. 
 
 
34 
 
 
A arte permite o trabalho de maneira descontraída e lúdica em temas como: 
expectativas, identidade pessoal/profissional e representação profissional. A 
expressão artística pode cumprir várias funções como: 
- A realização dos desejos de maneira simbólica; 
- O resultado alcançado reforçando o ego graças ao suporte dado pelo grupo; 
- O alívio da ansiedade pela representação concreta da profissão escolhida. 
MÉTODO: Nesta técnica, o orientador solicita que o jovem represente, utilizando a 
massa de modelar, o profissional que gostaria de ser no futuro. Também pode solicitar 
que o jovem represente seus sentimentos durante o processo grupal de orientação 
vocacional. Esta técnica costuma despertar um grande interesse entre os jovens. 
(SOARES, 1999) 
3.2.11 Técnica do círculo da vida 
OBJETIVO: Técnica facilitadora à entrevista diagnóstica, visa precipitar a 
introspecção, permitindo ao cliente verbalizar mais facilmente questões referentes a 
sua vida. 
MATERIAL: Folha de papel (A4), lápis preto nº 2 e borracha, caixa de lápis de cor (12 
cores). 
Obs: Não se deve usar giz de cera ou caneta hidrocor, pois estas não permitem as 
nuances de pressão importantes e tendem a formar uma massa homogênea, observar 
a posição em que a folha é entregue ao jovem, pois sua modificação será também 
analisada. Habitualmente folha deve ser entregue na vertical. 
ORIENTAÇÃO: “Você vai pensar em tudo o que considera importante em sua vida. 
Procure lembrar-se de tudo o que valoriza. Caso queira, pode, primeiro, fazer uma 
lista. Em seguida você vai desenhar um círculo (fazer gesto no ar) e reparti-lo em 
tantas partes quantas foram as áreas (ou os itens) em que pensou. Depois pode colorir 
à vontade e identificar cada parte, nomeando-a.” 
 
 
35 
 
 
PROCEDIMENTO: O orientador deve assegurar que o jovem entendeu corretamente 
a tarefa, acompanhando pelo menos de perto o início da execução. Em caso de 
dúvida, repetir a instrução, fornecendo exemplos (no máximo 2) de itens como família, 
escola. 
EXPLORAÇÃO DA TÉCNICA: A produção leva em média 20-30 minutos, após 
solicitar ao jovem que “apresente seu trabalho”, discorrendo sobre cada um dos itens 
evidenciados no Círculo da Vida. Atentar para clientes detalhistas e tentar concluir em 
uma sessão a investigação, caso não seja possível, levar à sessão seguinte. 
EXPLORAÇÃO DO CONTEÚDO: Deve-se deixar o cliente mais à vontade para 
demarcar, pontuar, de acordo com seus critérios o que considera importante. Pode-
se sugerir que comece pela área que assinalou primeiro, se a fala do cliente for muito 
rápida e/ou superficial, o facilitador pode acompanhar sua fala sem interromper, e 
após seu término fazer as perguntas pertinentes para maior exploração. 
Por se tratar de uma técnica inicial, deve-se buscar informações de áreas 
básicas da vida do jovem como escolar, profissional, entre hobbies, família, lazer, 
hábitos e religião. Pode haver ao invés de áreas, valores que a pessoa considera 
dignos como honestidade, solidariedade, etc., para tanto deve-se buscar entender seu 
significado para o jovem. 
O orientador deverá ouvir o cliente e ajudá-lo a se ouvir para que tome 
consciência de seus valores e até que ponto as áreas mencionadas se relacionam às 
questões referentes à escolha profissional. Há áreas que costumam ficar de fora como 
a saúde, quando o cliente não está passando por nenhum problema, mas convém 
questionar como esta se encontra. Conscientizá-lo das áreas esquecidas é importante 
pois se faz necessário mencionar sobre a amplitude de nos vermos como seres 
inteiros. 
EXPLORAÇÃO DA FORMA: Levá-lo a refletir sobre o tamanho e a localização do 
círculo na folha, o número e o tipo de áreas incluídas, o tamanho de cada uma delas, 
as cores utilizadas e a intensidade do colorido. 
 
 
36 
 
 
- Posição da folha de papel: o jovem alterou a posição original, ou mantém a mesma? 
- Tamanho do desenho: o círculo é pequeno (menos de ¼ da folha), médio ou ocupa 
a maior parte da folha? Considerar que o diâmetro do círculo se relaciona com a área 
de contato do jovem com seu ambiente. 
- Localização do desenho na folha: Verificar se o círculo está posicionado na parte 
central da folha ou em algum dos quadrantes. Em qual deles? Os jovens têm uma 
preferência pelo canto superior esquerdo, por exemplo. 
DIVERSIDADE E TAMANHO DAS ÁREAS: O círculo é dividido em muitas ou poucas 
áreas? Há diferença de tamanhos entre elas? Se houver, questionar. Será que essa 
diferença se relaciona ao grau de importância ou à valorização diferenciada atribuída 
a cada uma? 
CORES UTILIZADAS: Questionar o porquê utilizou cada uma delas. O que cada cor 
específica significa para o sujeito? 
Como e por que ela foi escolhida para determinada área? Salientar para a 
realização das “escolhas”, como a escolha da cor, ampliando este conceito para as 
escolhas da profissão. O orientador deve assim possibilitar que o S faça uma 
comparação entre sua maneira de agir durante a execução da tarefa e em seu dia-a-
dia. 
EXEMPLOS DE INTERVENÇÃO: A observação do orientador será um ponto de 
partida para o questionamento e visará ajudar o adolescente em seu processo de se 
autoconhecer. Portanto, é importante favorecer essa percepção do jovem a uma 
reflexão. Chamar atenção aos aspectos negativos também é útil, bem como salientar 
os aspectos positivos (capacidade de reflexão, amplitude de aspectos abordados, 
estética de produção, etc.). 
Algumas colocações: desenhos pequenos são apresentados por sujeitos com 
sentimentos de inadequação e talvez com tendências ao retraimento. Não se deve 
fazer afirmativas, mas sim questionamentos. O jovem, inclusive, nem precisa 
 
 
37 
 
 
responder às perguntas, mas é indicado que reflita sobre elas naquele momento e 
depois. 
EXEMPLIFICAÇÕES DE “MODELOS” DE QUESTIONAMENTOS/REFLEXÃO: 
1. Círculo bem pequeno: (+- ¼ da folha), metade inferior do papel: pode representar 
pessoa com dificuldade de posicionar-se, se expor, indicativo de depressão. 
Questionar: Foi difícil realizar esta tarefa? É difícil para você ocupar os espaços que 
lhe são oferecidos? Como se sente frente às exigências que lhe são impostas? O 
círculo pequeno normalmente é indicativo de dificuldade no contato consigo mesmo 
e/ou com os outros, ou coartação e problemáticas emocionais. 
2. Círculo grande (+- ¾ da folha), bem centrado, dividido em diversas áreas e bem 
colorido. Pode sugerir uma pessoa que se coloca facilmente em seu meio, não 
aparenta maiores inibições, ocupa bem seu espaço e diversifica interesses. Porém, 
de maneira geral, quanto maior o desenho, maior a valorização de si mesmo, e essa 
valorização pode ser compensatória quanto mais exagerado for o tamanho do círculo. 
3. Círculo dividido em poucas áreas: pessoa inibida, interesse restritos. Observador: 
observar quais áreas foram demarcadas, auxiliar cliente a perceber esse ponto, 
ampliando sua visão, inclusive através da OVP. 
4. Utilização de poucas cores e predominância de cores suaves e que se repetem: 
baixo nível de energia, pouca ligação afetiva com as áreas representadas. 
Interpretação deve ser feita em relação às cores específicas utilizadas. 
5. Pessoa que diz não ter escolhido as cores, sendo aleatórias: questionar se em sua 
vida diária ela também age da mesma forma, se recebe “coisas” prontas, sem 
interferir; enfatizar a importância das escolhas. 
6. Uso de cores vivas: colorido pastoso pode indicar uma pessoa agressiva, que busca 
se impor, ou sujeito assertivo, determinado, que visa alcançar seus objetivos. 
 
 
38 
 
 
7. Uso de cores fortes, saturadas de preto: indicativo de aumento da ansiedade e 
repressão; ebulição interna, explosiva, dificuldade para lidar com suas emoções, 
intempestiva. Quanto maior for o tamanho do círculo, maior a impulsividade. 
8. Pessoa que se nega a colorir: indica coartações daemoção, sujeito negador, que 
teme, foge das relações de afeto. Mais frequente em homens que acham que já 
passaram dessa fase de colorir. 
A cor é a expressão da afetividade; e os afetos, sentimentos e emoções são 
revelados pelos desenhos e as cores. A pressão do lápis no papel, assim como o 
tamanho, é um indicativo do nível de energia do jovem. (LIMA, 2002) 
3.2.12 Técnica da balança 
OBJETIVO: Auxiliar a tomada de consciência dos prós e dos contras envolvidos em 
cada escolha, visualizando os custos e os benefícios de cada opção e auxiliar a 
trabalhar o luto pelo que deve ser deixado em benefício da escolha. 
Esta técnica foi criada para trabalhar o visível conflito que costuma surgir em 
grupos de reorientação: continuar como estou ou mudar? Muitas vezes, a escolha é 
difícil porque a pessoa não consegue pesar o custo e o benefício de ficar como está 
ou de mudar de escolha. 
INSTRUÇÕES: Solicita-se ao grupo, como tarefa para casa, desenhar uma balança 
pesando os custos e benefícios de sua atual ocupação e outra pesando os custos e 
os benefícios de uma mudança, com troca de ocupação ou simplesmente com a 
mudança na mesma ocupação. De cada lado das balanças devem ser listados os 
aspectos positivos e negativos de cada escolha. Ao final, cada balança deverá tender 
para o lado que tiver maior peso para a pessoa. Pedir que imaginem aquelas balanças 
antigas, em que de um lado da bandeja era colocado o peso e do outro lado o que 
estava sendo pesado (ex: o quilo de arroz ou de feijão). 
COMENTÁRIOS: Inicialmente, pergunta-se como foi para cada um confeccionar suas 
balanças. Em geral, o grupo comenta a dificuldade de imaginar uma situação diferente 
 
 
39 
 
 
da que está sendo vivida agora, além da dificuldade de trocar o certo pelo que ainda 
não se conhece e do medo de novo, do medo de mudar. 
No final, discute-se sobre as atividades realizadas que sempre tem algum custo 
e algum benefício envolvidos. Às vezes, os custos são maiores, e outras vezes os 
benefícios. É possível mudar essa relação na atividade atual ou é preciso mudar de 
atividade? O que é preciso fazer nesses dois casos para que os benefícios sejam 
maiores? (SOARES, 2010) 
3.2.13 Técnica R-O 
OBJETIVOS: 
a) A Técnica R-O pode ser aplicada individualmente ou em grupo. Se o grupo for 
grande, sugere-se que o mesmo seja dividido em subgrupos de 3 a 5 pessoas. 
b) Esta técnica proporciona ao jovem a organização das profissões existentes para a 
tomada de consciência, por parte do orientando, de suas preferências ocupacionais. 
c) A técnica R-O contribui para que o jovem amplie seus horizontes profissionais e 
também auxilia na organização de suas preferências e delimitação de algumas 
atividades profissionais mais significativas para ele. 
PROCEDIMENTO: 
1) Iniciar com uma “Tempestade de Profissões”, pedindo que os orientados falem o 
maior número de profissionais que conseguirem lembrar, sem nenhuma censura. É 
importante que eles digam o nome do profissional (ex: Psicólogo) e não da profissão 
(Psicologia). Uma pessoa deve ficar com a responsabilidade de fazer anotações na 
lousa, em uma cartolina ou em uma folha de papel de todos os profissionais citados. 
Obs: Nos casos em que o universo de profissões estiver muito restrito, os orientadores 
devem contribuir acrescentando profissionais à lista. 
 
 
 
40 
 
 
2) Após esta tempestade, oferecer pequenos cartões (sulfite cortada em pedaços de 
aproximadamente 5x8cm), para que os orientados escrevam o nome de todos os 
profissionais nos cartões. 
3) Pedir aos orientandos que dividam as profissões em “famílias”, de forma que as 
famílias contenham profissões que tenham algo em comum e conversar sobre o que 
as profissões têm em comum, como elas são, onde trabalham, o que gostam de fazer, 
que instrumentos utilizam, etc. 
4) Pegar cartões em branco, escrever o nome dos orientados e pedir que eles 
coloquem a si mesmos na família em que se sentem melhor. 
5) Após isso, dizer que será realizada uma festa e que um deles será o anfitrião e que 
eles devem convidar apenas alguns profissionais. Eles devem convidar em torno de 
15 profissionais. 
6) Pedir que eles contem sobre a festa, como está, quais os assuntos debatidos, quem 
está conversando com quem e etc. 
7) Finalmente, dizer que cada um poderá tirar uma foto com mais quatro profissionais. 
Distribuir folhas em branco e pedir que os orientandos desenhem como a foto ficará 
depois de revelada. 
8) Por último, discutir com os orientandos como ficou a foto de cada um, quais os 
profissionais presentes e o porquê cada um foi incluído. Abrir para discussão geral. 
Obs: As profissões retratadas na foto devem ser pesquisadas pelos orientados em 
guias de profissões, Internet, em conversas com amigos, familiares e profissionais. O 
orientador deve auxiliar na pesquisa, esclarecendo dúvidas. 
(BOHOSLAVSKY, 1998; LASSANCE, 1999; LEVENFUS, SOARES, 2002) 
 
 
41 
 
 
3.2.14 Técnica do conceito de trabalho 
Inspirada na técnica do R-O, essa técnica foi criada com o objetivo de se 
trabalhar em grupos com as representações que os participantes trazem a respeito do 
trabalho. Possibilita ainda discussões a respeito das condições históricas e atuais do 
trabalho, além de explicitação e temores relativos à inserção no mercado de trabalho. 
A técnica permite a realização de discussões sobre as condições históricas e atuais 
do trabalho, bem como facilita a explicitação de expectativas e temores relativos à 
inserção no mercado de trabalho, de forma prática e vinculada à realidade de cada 
um. 
INSTRUÇÕES: 
1) Distribui-se três cartões em branco para cada participante, solicitando que 
escrevam (após refletirem) em cada um uma palavra que traduza o seu conceito de 
trabalho, pensando como condição humana, de forma genérica, sem se aterem 
somente no seu trabalho ou no dos pais ou algum ente próximo. 
2) Em seguida, cada participante expõe aos demais, os conceitos trazidos e 
explicando seu entendimento a respeito. 
3) Depois exclui-se as palavras repetidas, espalham-se os cartões no chão e solicita-
se que os participantes leiam cada uma das palavras, procurando avaliar de forma 
verbal, os conceitos ali registrados. Neste momento, pode-se oportunizar que incluam 
ou excluam palavras. 
4) O grupo inicia uma discussão valorativa a respeito do trabalho, no sentido de 
perceber o significado do trabalho para cada elemento e também para o grupo de 
forma global. 
5) Ao final, o coordenador procura fechar o tema mostrando como a escolha de uma 
profissão está ligada à vinculação posterior de cada um no mercado de trabalho. 
6) As palavras escritas nos cartões expressam os valores sociais, a ética de cada 
participante relativa ao trabalho, mostrando a influência da família, amigos e escola. 
 
 
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7) É importante que cada componente do grupo relate como vivenciou o exercício. Ao 
final o coordenador do grupo procura fechar o tema, mostrando o quanto a escolha 
profissional está vinculada a entrada de cada um no mercado de trabalho. (SOARES, 
1999) 
3.2.15 Técnica da gincana das profissões 
Esta técnica proporciona, de uma maneira ativa, um maior conhecimento das 
diversas profissões existentes hoje no mercado, esclarecendo dúvidas e descobrindo 
novas possibilidades de atuação além das mais tradicionais. 
OBJETIVO: Levá-los a conhecer um número maior de profissões, o que é, o que 
fazem os diferentes profissionais e despertá-los a buscar mais informações. 
INSTRUÇÕES: Dividi-los em dois grupos. Cada grupo recebe um determinado 
número de cartões, todos os integrantes devem lê-los e fazer mímicas para o outro 
grupo adivinhar, em que o grupo estabelece regras, tais como quantas chances cada 
um tem para responder e o tempo. 
Nos últimos quinze minutos o coordenador lê os cartões para as equipes e a 
que responder primeiro ganha ponto. Essa modificação torna o jogo mais dinâmico, 
permitindo a abordagemde um maior número de profissões. 
COMENTÁRIOS: Geralmente é possível abordar até cinquenta profissões, de forma 
que muitas vezes os participantes esclarecem dúvidas que tinham sobre 
determinadas profissões. É importante ter em mãos livros e revistas de informação 
profissional. (SOARES, 2010) 
3.2.16 Técnica dos fantoches das profissões 
OBJETIVOS: Trabalhar, de forma lúdica, descontraída e mais próxima do real a 
questão dos estereótipos, dos preconceitos e da insuficiência de informações a 
 
 
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respeito das profissões, trabalhar, de forma lúdica e simbólica, a influência da família 
na escolha da profissão. 
MATERIAL: O orientador profissional deve confeccionar fantoches vestidos conforme 
os profissionais que representam, por exemplo, entre os fantoches que utilizamos, 
temos um médico vestido de branco, um juiz carregando um código penal, um 
arquiteto carregando uma régua T, um psicólogo com um livro de Freud na mão, um 
químico com uma pipeta na mão, etc. os fantoches acabam por representar 
estereótipos de profissionais, mas o objetivo principal é tê-los, concretamente, para 
trabalhar de forma lúdica com os jovens. Quando se tem mais tempo com o grupo, é 
possível confeccionar os fantoches com os participantes. Alguns fantoches "neutros" 
ou uma estudante feminina e um estudante masculino devem ser confeccionados, a 
fim de assumirem o papel de qualquer profissional. 
INSTRUÇÕES: Esta técnica pode ser usada de várias formas sob diferentes 
consignas, de acordo com o objetivo visado. 
1) Cada componente do grupo escolhe um fantoche e logo depois dramatiza uma 
situação em que deve listar quais as atividades realizadas por aquele profissional 
representado pelo fantoche no seu dia-a-dia profissional. 
2) Dividir o grupo em subgrupos, cada subgrupo deverá escolher alguns fantoches e 
dramatizar uma cena em que todos estarão envolvidos de forma a listarem o 
conhecimento que tem acerca das atividades realizadas pelos profissionais 
representados pelos fantoches. As dramatizações podem ser realizadas como ponto 
de partida para inúmeras discussões como o fato de só esse profissional poder realizar 
essas atividades; serem essas (somente essas) realmente as atividades realizadas 
por esse profissional; como se sentem dramatizando esses profissionais; quais os 
valores e os preconceitos envolvidos. A partir disso, é possível fornecer as 
informações necessárias para que se desfaçam as incorreções e os estereótipos 
acerca das profissões por meio de material informativo. 
3) Algumas vezes, os pais desejam que seus filhos optem pela mesma profissão deles 
ou aquela não escolhida por eles. Dessa forma, os fantoches podem ser utilizados, 
 
 
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por exemplo, como auxiliares na técnica do role-playing do papel dos pais (SOARES-
LUCCHIARI, 1993). Fazer uma reunião de pais, em que cada fantoche represente um 
dos pais escolhidos pelos participantes; nela, os pais irão conversar sobre seu desejo 
de que o filho siga seus planos profissionais, envolvendo as vantagens da escolha e 
como os pais fariam para convencer seus filhos. (SOARES, 2010) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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2007. 
BOCK, Ana Mercês Bahia. et al. A escolha profissional em questão. São Paulo: 
Casa do Psicólogo, 1995. 
BOCK. Silvio Duarte. Orientação Profissional: abordagem sócio-histórica. São 
Paulo: Cortez Editora, 2006. 
BOHOSLAVSKY, R. Orientação vocacional: a estratégia clínica. 1 ed. São Paulo: 
Martins Fontes, 1977. 
BOHOSLAVSKY, R. Orientação Vocacional: a estratégia clínica. 11 ed. São Paulo: 
Martins Fontes, 1998. 
BOOG, G.; MAGDALENA (coord.). Manual de Gestão de Pessoas e Equipes. São 
Paulo: Editora Gente, 2002. 
DIAS, M. L. Técnicas para abordagem dos vínculos na família. In: LEVENFUS, R. 
S. (Org.). Orientação vocacional e de carreira em contextos clínicos e educativos. 
Porto Alegre: Artmed, 2016. 
DUTRA, Joel Souza. Administração de Carreira: uma proposta para repensar a 
gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 1996. 
GIACAGLIA, L. R. A. A Personalidade do Orientando. In: GIACAGLIA, L. R. A. 
Atividades para Orientação Vocacional. São Paulo: Pioneira, 2000. 
LASSANCE, M. C. P. O trabalho do SOP/UFRGS – uma abordagem integrada. 
Técnicas para o trabalho de orientação profissional em grupo. Porto Alegre: 1999. 
LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. Técnica R-O: um recurso clássico na tarefa 
da informação ocupacional. In: LEVENFUS, R. S.; DOARES, D. H. P. et al. 
 
 
46 
 
 
Orientação Vocacional Profissional: novos achados teóricos, técnicos e instrumentais 
para a clínica, a escola e a empresa. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
LIMA, M. T. Técnica do Círculo da Vida. In: LEVENFUS, R. S.; DOARES, D. H. P. et 
al. Orientação Vocacional Profissional: novos achados teóricos, técnicos e 
instrumentais para a clínica, a escola e a empresa. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
LUCCHIARI, D.H.P.S. Técnicas de orientação profissional. In: LUCCHIARI, 
D.H.P.S. Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo: Summus, 1993. 
SOARES, D. H. P. O desenvolvimento de novas técnicas em orientação 
profissional no LIOP – Laboratório de Informação e Orientação Profissional. In: 
LASSANCE, M. C. P. Técnicas para o trabalho de orientação profissional em grupo. 
Porto Alegre: 1999. 
SOARES, D. H. P. Técnicas e jogos para utilização em grupos de orientação. In: 
LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P; et al. Orientação Vocacional Ocupacional. 2 ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2010. 
SOARES, Dulce Helena Penna. A escolha profissional do jovem ao adulto. 3 ed. 
São Paulo: Summus, 2002. 
ULRICH, D. Recursos Humanos Estratégicos: novas perspectivas para os 
profissionais de RH. São Paulo: Futura, 2000.

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